O documento contém instruções para um TPC de leitura expressiva de poemas. Os participantes devem preparar a leitura de poemas específicos dependendo das ligas e grupos em que estão competindo.
5. O filme começa num espaço (EUA) e
num tempo (atualidade) que serão
abandonados pouco depois. Nesse primeiro
nível narrativo, a figura principal parece ser
o maestro Pierre Morhange. Ficamos a
saber que é pessoa bem sucedida. Mesmo
antes de ambos de terminado o concerto e
sair, intuímos que a sua mãe terá morrido.
Por isso, quando vemos depois um enterro,
percebemos que estamos agora noutro
espaço, em França, mas ainda no presente,
em França.
6. O funeral é o pretexto natural para
conhecermos mais uma personagem,
Pépinot. Até aqui não há narrador (num
conto, haveria decerto um narrador de 3.ª
pessoa, heterodiegético, mas talvez com
focalização através de Pierre — isto é,
que nos apresentasse os acontecimentos
filtrados sobretudo pela perspetiva do
maestro). O reencontro dos dois colegas
permite datar a ação da narrativa
encaixada que se vai seguir: foi há «uns
cinquenta anos».
7. Antes de chegarmos a esse segundo
nível narrativo, a personagem secundária
Pépinot funciona — brevemente — como
narrador homodiegético (narrador de ação
testemunhada mas não vivida como herói),
ao explicar como lhe chegou às mãos o
diário que vai constituir a narrativa
encaixada. Faz uma ponte entre os dois
níveis narrativos.
8. Aberto o diário, olhada a foto de
conjunto (que favorece a identificação
das personagens e a transição entre
tempos e espaços), o narrador passa a
ser Clément Mathieu. É um narrador
homodiegético (aliás, autodiegético, já
que é a personagem principal do que vai
contar). Entramos numa analepse, que
nos faz recuar até 1949, e, por bastante
tempo, vamos esquecer os dois
sexagenários que abriram o diário do
antigo professor.
9. TPC — Prepara leitura expressiva dos
seguintes dois poemas (fica entre
parênteses retos por quem a leitura dos
poemas deve ser preparada):
• «Poética» (199) [participantes nos jogos I e K da
Liga dos Campeões]
• «Conheço esse sentimento» (220) [participantes
nos jogos I e K]
• «Discurso ao Príncipe de Epaminondas, mancebo
de grande futuro» (215) [participantes nos jogos J
e L]
• «Encontro» (223) [participantes nos jogos J e L]
10. • «Depoimento [Miguel Torga]» (206) [Liga Europa,
grupos I e II]
• «Cordial» (207) [Liga Europa, grupos I e II]
• «O relógio [Vinicius de Moraes]» (208) [Liga
Europa, grupos III e IV]
• «O relógio — adereço conceptual para usar no
pulso» (208) [Liga Europa, grupos III e IV]
• Os infelizes que já só estão a disputar jogos
particulares devem preparar dois poemas dos da
Liga Europa ou um dos da Champions.