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CONSUMO PARTICIPATIVO E ENGAJAMENTO ATRAVÉS DA
 COMUNICAÇÃO NAS PLATAFORMAS DE REDES SOCIAIS


               MIDIA SOCIAL
AUTORA: LUCINA VIANA
Mestranda em Comunicação e Linguagens da UTP -
PR, da Linha de pesquisa de Comunicação e
Tecnologia, com pesquisa em andamento sobre
consumo da música na cibercultura, realizada com o
apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico, CNPq – Brasil

E-mail: lucka@onda.com.br
RESUMO
Partindo de uma definição para mídia social (ARORA, 2008), de suas
características e de seus componentes, apresenta-se a colaboração
em massa como força motora das transformações nos mercados e
principalmente para a transformação das pessoas em mensagens.
Apresentam-se as características da Geração Net (TAPSCOTT & WILLIAMS,
2007) para discutir os motivos pelos quais a colaboração faz parte
do modo como se produzem bens culturais na cibercultura (ANDERSON,
2006; JENKINS, 2006; McCONNELL & HUBA, 2008; TAPSCOTT & WILLIAMS, 2007), e se
apresenta a aquisição de reputação como principal motivo para a
colaboração.
Discutem-se as formas de se adquirir credibilidade online e as
possibilidades de influência acerca da utilização dessa qualidade
para referenciar as recomendações pessoais online, no caminho da
autonomia que se espera num sistema econômico onde cada um de
nós é importante (McCONNELL & HUBA, 2008).
MÍDIA SOCIAL
Ser humano - animal social por essência.
Participa ao se colocar em atividades sociais, se
comunicando, interagindo, dividindo opiniões e dando
conselhos, fazendo recomendações e colaborando.
Mídia social:
  “atividades sociais em torno de e utilizando mídia” (ARORA, 2008, p. 4).
  “mídia social, é o estudo e a prática de novas tecnologias,
  interações sociais, e novos conceitos e tendências que emergem
  da fusão entre sociabilidade e mídia” (ARORA, 2008, p. 5)
atividades de produção de conteúdo online feitas pelos
usuários enquanto navegam e também derivadas na
própria navegação, são por essência e não por resultado,
mídia social.
Todo o conteúdo criado pelos usuários é mídia social
ESTUDO E PRÁTICA DE MÍDIA SOCIAL
conglomerado de atividades sociais, tecnologia,
tendências e conceitos, e tecnologia - ampla aplicação do
conceito - amplo campo de estudos e aplicações.
CARACTERÍSTICAS DA MÍDIA SOCIAL
Transposição dos antigos conceitos de controle, hierarquia,
policiamento, protocolos e trabalho organizado para novas
configurações baseadas em abertura, empoderamento do
usuário, transparência, barulho e conversações.
COMPONENTES
Plataformas de Redes sociais
 Atividades de sociabilidade e interação
Comunidades de Compartilhamento de
Conteúdo,
 Blogs, Wikis, Foruns, Fotologs, videologs, etc
Sistemas de bookmarking
 Atividades de recomendação e classificação
Outros:
 Sistemas de Feed
 Comunicadores instantâneos
COLABORAÇÃO EM MASSA
 “a colaboração em massa está virando a economia de
cabeça para baixo” (TAPSCOTT & WILLIAMS, 2007, p. 21)
“os interesses de produtores e consumidores não são os
mesmos. Em alguns momentos eles se sobrepõem. Em outros
momentos são conflitantes” (JENKINS, 2006, p. 58).
Dos 100% dos visitantes, 10% colabora, e apenas 1%
produz conteúdo (McConnell e Huba, 2008)
Público formado na sua maioria por pessoas jovens, alto
grau de instrução,interessados no novo, sociáveis e curiosos,
acreditam na informação livre e tem intenção de prover
informações precisas.
“um público não precisa ser grande para ser influente”
(McCONNELL & HUBA, 2008, p. 22), os produtores colaboradores são
o núcleo sólido que ajudam a dirigir os outros para a ação.
A GERAÇÃO NET
a web como “habitat natural de uma tropa de
colaboradores chamados de ‘Geração Net’” que é a
primeira a crescer online” (TAPSCOTT & WILLIAMS, 2007, p. 63)
é a primeira geração que foi produzida pela tecnologia,
ao invés de ser o resultado de forças sociais históricas ou
culturais.
funciona através da formação de redes de comunidades
formadas por interesses comuns em detrimento da
proximidade
a participação é movida pela vontade de manutenção de
suas conexões com seus amigos (BOYD, 2007)
provoca impacto nos sistemas educacionais, nas formas de
identidade, de relações e nas formas de organização
política e social. (Buckingham ,2008, p. 14)
A GERAÇÃO NET
Características: “rapidez, liberdade, abertura,
inovação, mobilidade, autenticidade e ludicidade”
(BUCKINGHAM, 2008, p. 15), que tratam da imagem coletiva de
todo o grupo.
autonomia em relação à informação, eles são mais
pesquisadores de informação do que recipientes, o que
associado ao seu espírito de investigação os torna muito
mais aptos a promover mudanças do que as gerações
anteriores (TAPSCOTT, 1997).
As diferenças comportamentais em relação ao
engajamento da geração net em tudo o que faz a
torna pressuposta a colaborar. É essa característica e a
amplitude em que ela ocorre que torna a colaboração
em massa uma realidade.
AS PESSOAS SÃO A MENSAGEM
 As atividades sociais realizadas em torno ou através
 de redes sociais estabelecidas nas plataformas online
 de comunicação estão continuamente ganhando
 importância
 foco de ações de mídia ou mesmo de observação por
 parte de empresas
 Resultado: aumento da importância individual de cada
 participante dentro de sua rede de conexões,
 desencadeando grandes transformações na forma
 como o consumidor é visto e tratado dentro dos
 sistemas de produção atuais.
 As pessoas são as mensagens quando dispõem de
 credibilidade dentro do meio onde transitam.
REPUTAÇÃO E PARTICIPAÇÃO
pessoas identificadas sentem-se livres empregar o tempo livre em
algo que acreditam. Não são movidos pelo impulso financeiro. O
que importa é a reputação
“microeconomia da mão-de-obra”, onde o objetivo é experimentar
uma nova maneira de ganhar visibilidade (...)uma atividade de
lazer com dimensão social” (TAPSCOTT & WILLIAMS, 2007, p. 51)
impulsionado por “expressão, diversão, experimentação” conta com
“a existência de uma moeda no reino capaz de ser tão motivadora
quanto o dinheiro: reputação” convertendo a reputação “em outras
coisas de valor: trabalho, estabilidade, público e ofertas lucrativas
de todos os tipos” (ANDERSON, 2006, p. 71)
A reputação online e fruto de trabalho e de tempo dedicado ao
grupo, bem como a qualidade e a confiabilidade desse trabalho
(JENKINS, 2006, p. 34)
Podem também remeter à credibilidade: igualdade, intimidade,
paixão, velocidade nas comunicações, e a facilidade de acesso aos
mecanismos de participação (Bowman e Willis, 2003).
CIBER- REPUTAÇÃO E ATENÇÃO
“estamos nos tornando uma economia em nós mesmos” (TAPSCOTT &
WILLIAMS, 2007, p. 26),
“as pessoas são o antídoto à realidade” (McCONNELL & HUBA, 2008, p. 20),
transformando-se na mensagem e multiplicando o seu poder
individual, pois “esses novos formadores de preferência não são
uma super-elite, cujos componentes são melhores do que nós. Eles
são nós.” (ANDERSON, 2006, p. 105).
O excesso empregado pelos meios publicitários confere
credibilidade às vozes individuais. A saturação da propaganda
desencadeia um bloqueio por parte das pessoas
“na economia do futuro, o capital será o homem total” (LÉVY, 2003, pp. 42-45)
o consumo com dimensão pública – não mais uma questão de
escolhas e preferências pessoais, e sim de deliberações coletivas;
(JENKINS, 2006, p. 222)
Quando “a propaganda boca a boca é uma conversa pública (...)
as formigas têm megafones” (ANDERSON, 2006, p. 97).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O baixo custo e efetividade da mídia em tempo real -
declínio da mídia tradicional favorecendo o ciberespaço,
acolhedor das inteligências coletivas.
A alternativa é usar a dinâmica das redes sociais e
interações no ciberespaço para desenvolver ações e
estratégias midiáticas, baseadas no poder da coletividade
e da reputação, levando em consideração um ambiente em
que a mensagem pode ser alterada em seus ínfimos
fragmentos, a mixagem e a reorganização são partes do
processo e os signos são reordenados.
Para isso, as novas mídias terão que trabalhar com a
sensibilidade das redes formadas por ligações emotivas,
autênticas e genuínas, construídas por laços de confiança
calcados na reputação de seus participantes, pois nesta
cultura cada bit de informação colabora para o incremento
do coletivo
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A construção de um senso mútuo de responsabilidade para
com toda a produção online como processo coletivo é um
desafio em curso, do qual nem todos participam, mas sob o
qual estamos todos à mercê.
O resultado do processo serve a todos, mesmo que este seja
desenvolvido por poucos. Dentre estes, a maior parcela é
constituída pela geração net.
A funcionalidade do processo só é conseguida porque faz
parte da característica dessa geração, levar a sério o seu
papel participativo, talvez porque participar seja sempre
uma escolha e não uma obrigação.
Escolhendo participar, o jovem cria reputação e
credibilidade, transferindo sua notoriedade à sua produção,
quando chamar a atenção é, dentre os comportamentos
juvenis, aquele que mais se persegue.
BIBLIOGRAFIA
ANDERSON, C. (2006). A Cauda Longa. Rio de Janeiro: Elsevier.
BOLTER, J. D., & GRUSIN, R. (2000). Remediation: Understanding New Media. Cambridge, Massachusetts: The MIT Press.
BOWMAN, S., & WILLIS, C. (2003). We Media. How audiences are shaping the future of news and information. Reston, Va.: The
Media Center at The American Press Institute.
BOYD, D. (2007). Why Youth (Heart) Social Network Sites: The Role of Networked Publics in Teenage Social Life. In: D.
BUCKINGHAM, MacArthur Foundation Series on Digital Learning – Youth, Identity, and Digital. Cambridge, MA: MIT Press.
DAVENPORT, T., & BECK, J. (2002). The Attention Economy: Understanding the New Currency of Business. Cambridge MA:
Harvard Business School Press .
FEATHERSTONE, M. (1995). Cultura de Consumo e pós modernismo. São Paulo: Studio Nobel.
GOFFMAN, E. (1985). A representaçõa do eu na vida cotidiana. Petrópolis: Editora Vozes.
JENKINS, H. (2006). Convergence Culture, when old and new media collide. New York: New York University Press.
JENKINS, H. (2006a). Fans, Bloggers and Gammers: Exploring Participatory Culture. New York: New York University Press.
LESSIG, L. (2004). Free culture. How big media uses technology and the law to lock down culture and control creativity. Penguim
Press.
LÉVY, p. (2003). A Inteligencia Coletiva. Por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Loyola.
McCONNELL, B., & HUBA, J. (2008). Citizen Marketers. São Paulo: MBooks.
TAPSCOTT, D. (1997). Growing Up Digital: The Rise of the Net Generation. Nova York: McGraw-Hill.
TAPSCOTT, D., & WILLIAMS, A. (2007). Wikinomics: como a colaboração em massa pode mudar o seu negócio. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira.
WILLET, R. (2008). “Consumer Citizens Online: Structure, Agency, and Gender in Online Participation. In: D. BUCKINGHAM,
MacArthur Foundation Series on Digital Learning – Youth, Identity, and Digital (pp. 49-70). Cambridge, MA: The MIT Press.

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  • 1. CONSUMO PARTICIPATIVO E ENGAJAMENTO ATRAVÉS DA COMUNICAÇÃO NAS PLATAFORMAS DE REDES SOCIAIS MIDIA SOCIAL
  • 2. AUTORA: LUCINA VIANA Mestranda em Comunicação e Linguagens da UTP - PR, da Linha de pesquisa de Comunicação e Tecnologia, com pesquisa em andamento sobre consumo da música na cibercultura, realizada com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq – Brasil E-mail: lucka@onda.com.br
  • 3. RESUMO Partindo de uma definição para mídia social (ARORA, 2008), de suas características e de seus componentes, apresenta-se a colaboração em massa como força motora das transformações nos mercados e principalmente para a transformação das pessoas em mensagens. Apresentam-se as características da Geração Net (TAPSCOTT & WILLIAMS, 2007) para discutir os motivos pelos quais a colaboração faz parte do modo como se produzem bens culturais na cibercultura (ANDERSON, 2006; JENKINS, 2006; McCONNELL & HUBA, 2008; TAPSCOTT & WILLIAMS, 2007), e se apresenta a aquisição de reputação como principal motivo para a colaboração. Discutem-se as formas de se adquirir credibilidade online e as possibilidades de influência acerca da utilização dessa qualidade para referenciar as recomendações pessoais online, no caminho da autonomia que se espera num sistema econômico onde cada um de nós é importante (McCONNELL & HUBA, 2008).
  • 4. MÍDIA SOCIAL Ser humano - animal social por essência. Participa ao se colocar em atividades sociais, se comunicando, interagindo, dividindo opiniões e dando conselhos, fazendo recomendações e colaborando. Mídia social: “atividades sociais em torno de e utilizando mídia” (ARORA, 2008, p. 4). “mídia social, é o estudo e a prática de novas tecnologias, interações sociais, e novos conceitos e tendências que emergem da fusão entre sociabilidade e mídia” (ARORA, 2008, p. 5) atividades de produção de conteúdo online feitas pelos usuários enquanto navegam e também derivadas na própria navegação, são por essência e não por resultado, mídia social. Todo o conteúdo criado pelos usuários é mídia social
  • 5. ESTUDO E PRÁTICA DE MÍDIA SOCIAL conglomerado de atividades sociais, tecnologia, tendências e conceitos, e tecnologia - ampla aplicação do conceito - amplo campo de estudos e aplicações.
  • 6. CARACTERÍSTICAS DA MÍDIA SOCIAL Transposição dos antigos conceitos de controle, hierarquia, policiamento, protocolos e trabalho organizado para novas configurações baseadas em abertura, empoderamento do usuário, transparência, barulho e conversações.
  • 7. COMPONENTES Plataformas de Redes sociais Atividades de sociabilidade e interação Comunidades de Compartilhamento de Conteúdo, Blogs, Wikis, Foruns, Fotologs, videologs, etc Sistemas de bookmarking Atividades de recomendação e classificação Outros: Sistemas de Feed Comunicadores instantâneos
  • 8. COLABORAÇÃO EM MASSA “a colaboração em massa está virando a economia de cabeça para baixo” (TAPSCOTT & WILLIAMS, 2007, p. 21) “os interesses de produtores e consumidores não são os mesmos. Em alguns momentos eles se sobrepõem. Em outros momentos são conflitantes” (JENKINS, 2006, p. 58). Dos 100% dos visitantes, 10% colabora, e apenas 1% produz conteúdo (McConnell e Huba, 2008) Público formado na sua maioria por pessoas jovens, alto grau de instrução,interessados no novo, sociáveis e curiosos, acreditam na informação livre e tem intenção de prover informações precisas. “um público não precisa ser grande para ser influente” (McCONNELL & HUBA, 2008, p. 22), os produtores colaboradores são o núcleo sólido que ajudam a dirigir os outros para a ação.
  • 9. A GERAÇÃO NET a web como “habitat natural de uma tropa de colaboradores chamados de ‘Geração Net’” que é a primeira a crescer online” (TAPSCOTT & WILLIAMS, 2007, p. 63) é a primeira geração que foi produzida pela tecnologia, ao invés de ser o resultado de forças sociais históricas ou culturais. funciona através da formação de redes de comunidades formadas por interesses comuns em detrimento da proximidade a participação é movida pela vontade de manutenção de suas conexões com seus amigos (BOYD, 2007) provoca impacto nos sistemas educacionais, nas formas de identidade, de relações e nas formas de organização política e social. (Buckingham ,2008, p. 14)
  • 10. A GERAÇÃO NET Características: “rapidez, liberdade, abertura, inovação, mobilidade, autenticidade e ludicidade” (BUCKINGHAM, 2008, p. 15), que tratam da imagem coletiva de todo o grupo. autonomia em relação à informação, eles são mais pesquisadores de informação do que recipientes, o que associado ao seu espírito de investigação os torna muito mais aptos a promover mudanças do que as gerações anteriores (TAPSCOTT, 1997). As diferenças comportamentais em relação ao engajamento da geração net em tudo o que faz a torna pressuposta a colaborar. É essa característica e a amplitude em que ela ocorre que torna a colaboração em massa uma realidade.
  • 11. AS PESSOAS SÃO A MENSAGEM As atividades sociais realizadas em torno ou através de redes sociais estabelecidas nas plataformas online de comunicação estão continuamente ganhando importância foco de ações de mídia ou mesmo de observação por parte de empresas Resultado: aumento da importância individual de cada participante dentro de sua rede de conexões, desencadeando grandes transformações na forma como o consumidor é visto e tratado dentro dos sistemas de produção atuais. As pessoas são as mensagens quando dispõem de credibilidade dentro do meio onde transitam.
  • 12. REPUTAÇÃO E PARTICIPAÇÃO pessoas identificadas sentem-se livres empregar o tempo livre em algo que acreditam. Não são movidos pelo impulso financeiro. O que importa é a reputação “microeconomia da mão-de-obra”, onde o objetivo é experimentar uma nova maneira de ganhar visibilidade (...)uma atividade de lazer com dimensão social” (TAPSCOTT & WILLIAMS, 2007, p. 51) impulsionado por “expressão, diversão, experimentação” conta com “a existência de uma moeda no reino capaz de ser tão motivadora quanto o dinheiro: reputação” convertendo a reputação “em outras coisas de valor: trabalho, estabilidade, público e ofertas lucrativas de todos os tipos” (ANDERSON, 2006, p. 71) A reputação online e fruto de trabalho e de tempo dedicado ao grupo, bem como a qualidade e a confiabilidade desse trabalho (JENKINS, 2006, p. 34) Podem também remeter à credibilidade: igualdade, intimidade, paixão, velocidade nas comunicações, e a facilidade de acesso aos mecanismos de participação (Bowman e Willis, 2003).
  • 13. CIBER- REPUTAÇÃO E ATENÇÃO “estamos nos tornando uma economia em nós mesmos” (TAPSCOTT & WILLIAMS, 2007, p. 26), “as pessoas são o antídoto à realidade” (McCONNELL & HUBA, 2008, p. 20), transformando-se na mensagem e multiplicando o seu poder individual, pois “esses novos formadores de preferência não são uma super-elite, cujos componentes são melhores do que nós. Eles são nós.” (ANDERSON, 2006, p. 105). O excesso empregado pelos meios publicitários confere credibilidade às vozes individuais. A saturação da propaganda desencadeia um bloqueio por parte das pessoas “na economia do futuro, o capital será o homem total” (LÉVY, 2003, pp. 42-45) o consumo com dimensão pública – não mais uma questão de escolhas e preferências pessoais, e sim de deliberações coletivas; (JENKINS, 2006, p. 222) Quando “a propaganda boca a boca é uma conversa pública (...) as formigas têm megafones” (ANDERSON, 2006, p. 97).
  • 14. CONSIDERAÇÕES FINAIS O baixo custo e efetividade da mídia em tempo real - declínio da mídia tradicional favorecendo o ciberespaço, acolhedor das inteligências coletivas. A alternativa é usar a dinâmica das redes sociais e interações no ciberespaço para desenvolver ações e estratégias midiáticas, baseadas no poder da coletividade e da reputação, levando em consideração um ambiente em que a mensagem pode ser alterada em seus ínfimos fragmentos, a mixagem e a reorganização são partes do processo e os signos são reordenados. Para isso, as novas mídias terão que trabalhar com a sensibilidade das redes formadas por ligações emotivas, autênticas e genuínas, construídas por laços de confiança calcados na reputação de seus participantes, pois nesta cultura cada bit de informação colabora para o incremento do coletivo
  • 15. CONSIDERAÇÕES FINAIS A construção de um senso mútuo de responsabilidade para com toda a produção online como processo coletivo é um desafio em curso, do qual nem todos participam, mas sob o qual estamos todos à mercê. O resultado do processo serve a todos, mesmo que este seja desenvolvido por poucos. Dentre estes, a maior parcela é constituída pela geração net. A funcionalidade do processo só é conseguida porque faz parte da característica dessa geração, levar a sério o seu papel participativo, talvez porque participar seja sempre uma escolha e não uma obrigação. Escolhendo participar, o jovem cria reputação e credibilidade, transferindo sua notoriedade à sua produção, quando chamar a atenção é, dentre os comportamentos juvenis, aquele que mais se persegue.
  • 16. BIBLIOGRAFIA ANDERSON, C. (2006). A Cauda Longa. Rio de Janeiro: Elsevier. BOLTER, J. D., & GRUSIN, R. (2000). Remediation: Understanding New Media. Cambridge, Massachusetts: The MIT Press. BOWMAN, S., & WILLIS, C. (2003). We Media. How audiences are shaping the future of news and information. Reston, Va.: The Media Center at The American Press Institute. BOYD, D. (2007). Why Youth (Heart) Social Network Sites: The Role of Networked Publics in Teenage Social Life. In: D. BUCKINGHAM, MacArthur Foundation Series on Digital Learning – Youth, Identity, and Digital. Cambridge, MA: MIT Press. DAVENPORT, T., & BECK, J. (2002). The Attention Economy: Understanding the New Currency of Business. Cambridge MA: Harvard Business School Press . FEATHERSTONE, M. (1995). Cultura de Consumo e pós modernismo. São Paulo: Studio Nobel. GOFFMAN, E. (1985). A representaçõa do eu na vida cotidiana. Petrópolis: Editora Vozes. JENKINS, H. (2006). Convergence Culture, when old and new media collide. New York: New York University Press. JENKINS, H. (2006a). Fans, Bloggers and Gammers: Exploring Participatory Culture. New York: New York University Press. LESSIG, L. (2004). Free culture. How big media uses technology and the law to lock down culture and control creativity. Penguim Press. LÉVY, p. (2003). A Inteligencia Coletiva. Por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Loyola. McCONNELL, B., & HUBA, J. (2008). Citizen Marketers. São Paulo: MBooks. TAPSCOTT, D. (1997). Growing Up Digital: The Rise of the Net Generation. Nova York: McGraw-Hill. TAPSCOTT, D., & WILLIAMS, A. (2007). Wikinomics: como a colaboração em massa pode mudar o seu negócio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. WILLET, R. (2008). “Consumer Citizens Online: Structure, Agency, and Gender in Online Participation. In: D. BUCKINGHAM, MacArthur Foundation Series on Digital Learning – Youth, Identity, and Digital (pp. 49-70). Cambridge, MA: The MIT Press.