O documento discute lazer e minorias sociais. Apresenta desafios em tornar atividades de lazer acessíveis a todos e conceber intervenções que possam superar desigualdades sociais. Também aborda conceitos de grupos minoritários, como idosos e homossexuais, e como resistências desses grupos questionam o status quo de forma sutil no cotidiano.
7. Lazer e Minorias Sociais - Por trás das lutas se encontram mais do que questões simplesmente pontuais ligadas a cada grupo. De alguma forma incomodam e tensionam o todo conservador, podendo e devendo ser encaradas como forma de contribuir para a superação deste status quo . - Contra guetificação, isolamento. Embora possamos entender que em determinadas vezes estes são os caminhos possíveis, devemos buscar uma nova forma de vivência em sociedade, pautada não na homogeneidade, mas sim na tolerância e no reconhecimento das diferenças.
13. Lazer e Minorias Sociais - Relação entre resistência e adequação “ ...os sujeitos não são integralmente governados pelo discurso, nem inteiramente capazes de sair fora dele. Ao contrário há uma contínua luta em torno o significado; a governalidade tanto permite a construção da subjetividade e do processo de corporificação quanto, de certa forma, age para constranger tais processos...Poderia se dizer que se trata de um continuum ao longo do qual a resistência, ou a construção de alternativas, é consciente, indo de lutas de oposição radicais plenamente conscientes – tanto no nível do grupo quanto do indivíduo – até o inconsciente, no qual a resistência ocorre através de impulsos e desejos emocionais e não precisa necessariamente ser reconhecida ou enunciada pelo sujeito como resistência. É preciso reconhecer também uma dimensão não consciente das práticas do eu, nas quais comportamentos são impostos através do habitus e são executadas automaticamente” (Lupton, 2000).