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Parte I


                               INTRODUÇÃO À
      CONTABILIDADE COMERCIAL

1. Noções de Comércio e Instituições Comerciais
2. Sociedades Comerciais
3. Esquema Básico da Escrituração Contábil — Uma Revisão
4. Plano de Contas
5. Constituição de Empresas
NOÇÕES DE COMÉRCIO
1                 E INSTITUIÇÕES COMERCIAIS


1.1   Conceito de Comércio
Troca de mercadorias por dinheiro ou por outra mercadoria
1.2   Origens Histórica do Comércio
Surgiu na antiguidade por varias causas e fatores, um deles
natureza geográfica;
Atualmente atividade primordial de todos os países;
O Brasil desde abertura dos portos inicio do séc. XIX tem
ampla vocação para o comércio.
NOÇÕES DE COMÉRCIO
1                       E INSTITUIÇÕES COMERCIAIS

1.3      Tipos de Entidades Mercantis
Entidades comerciais atacadistas; e,
Entidades comerciais varejistas.
Outras diferenciações: (i) política de compras; (ii) política de
financiamentos; e, (iii) natureza e grau dos riscos assumidos.
Compra e venda “por conta própria” ou “por conta de
terceiros”
    a)   Atacadistas que operam por conta própria;
    b)   Varejistas que operam por conta própria;
    c)   Comissionados, representantes e outras que operam por conta alheia
         (terceiros).
NOÇÕES DE COMÉRCIO
1                           E INSTITUIÇÕES COMERCIAIS

1.4      Definição de Contabilidade Comercial e Suas Conseqüências
Ramo da contabilidade destinado ao estudo e controle do patrimônio das empresas
comerciais.

Grande importância analítica em seus desdobramentos.

1.5      Horizontes da Especialização de Contador de Entidades
Comerciais
Perspectiva modesta dada a pequena dimensão dessas entidades (no passado).

Com o desenvolvimento que ultrapassa até mesmo as fronteiras geográficas de um país, as
oportunidades para os profissionais se multiplicaram.

Entretanto, as oport. são para aqueles atualizados com os novos métodos introduzidos no
mundo moderno.
2                    CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.1 Introdução
Sociedade é o acordo consensual em que duas ou mais pessoas se obrigam a
conjugar esforços ou recursos para a consecução de um fim comum; ou ainda,

Contrato entre pessoas que se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o
exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados
auferidos. Podendo ser um ou mais negócios determinados.



2.2 As sociedades no Novo Código Civil
O NCC foi criado em 10-1-2002;
Entrou em vigor a partir de 11-1-2003;
Para efeito de atualizações foi prorrogado através da MP nº 234 de 10-1-2005;
Dando aos empresários o prazo até 11-1-2006 para se adaptarem ao NCC.
2                    CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.3 Conceito de empresa
Antiga Sociedade Comercial = Sociedade Empresária hoje

     Instrumentos de constituição e alterações registrados na Junta Comercial

Antiga Sociedade Civil = Sociedade Simples hoje

     Registradas em Cartório

Para classificas as sociedades no NCC, é preciso entender:

# entre Empresário e Não Empresário

Empresário: (i) aquele que exerce atividade econômica organizada; (ii) inscrito
na junta comercial; (iii) indústria, comércio, prestação de serviços em geral
caracterizam atividades empresariais.                         Continua >>>>>
2                    CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.3 Conceito de empresa
Não Empresário: aquele que exerce profissão intelectual, de natureza
científica, literária ou artística, salvo se o exercício da profissão constituir
elemento de empresa. A exemplo um médico em seu consultório. Mas ... se esse
médico se une a outros médicos, constituindo um hospital, aí será uma atividade
empresarial.

Aos cônjuges é possível constituir sociedade entre si ou com terceiros, desde
que não tenham casado em regime de comunhão de bens, ou da separação
obrigatória de bens respectivamente.

Voltando   ao   conceito   anterior:   Empresária   x   Simples,   considera-se
empresaria a sociedade que tem por objetivo o exercício de atividade própria
de empresário; e, consideram-se simples todas as demais
2                    CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES


2.4 Objetivo social no nome empresarial

2.5 Classificação das sociedades

    Sociedade Não Personificada >> embora constituída oral ou
    documentalmente, não oficializou o registro;

    Sociedade Personificada >> registrada no órgão competente (pessoa
    jurídica)

2.5.1 Sociedades Não Personificadas

    Sociedade Comum >> explora atividade economia, mas em registro;

    Sociedade em Conta Participação >> um sócio é o Ostensivo, e os demais são
    participantes.
2                    CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES


2.5.2 Sociedades Personificadas

    Empresária >> registro na junta comercial
       Sociedade em Nome Coletivo;
       Sociedade em Comandita Simples
       Sociedade Limitada
       Sociedade por Ações (Lei das S.A.)
       Sociedade em Comandita por Ações (Lei das S.A.)
    Simples >> atividade de não empresário registro Cartório Civil
       Sociedade Simples “Pura” ou Sociedade em Nome Coletivo;
       Sociedade em Comandita Simples;
       Sociedade Limitada;
       Cooperativa >> Legislação especial e CC
2                  CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES


2.6 Sociedade Empresária >> registro na junta comercial
    Registrada para explorar atividades de empresa. São
    representadas pelas empresas industriais, comerciais e
    prestadoras de serviço REGULADAS NOS TIPOS:
2.6.1 SOCIEDADE EM NOME COLETIVO
    Características: (i) somente pessoas físicas podem tomar parte;
    (ii) todos os sócios respondem solidários e ilimitadamente pelas
    obrigações; (iii) esse tipo de sociedade é pouco interessante pois
    as responsabilidade dos sócios vais além do capital, é ilimitada.
2.6.2 SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES
    (i) Tomam parte sócios de 2 categorias: comanditados –
    responsabilidade solidária e ilimitada; e, comanditários –
    responsáveis somente pelo valor de sua quota; (ii) contrato deve
    descriminar ambos; (iii) em desuso, é menos ruim que a anterior.
2                  CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES


2.6.3 SOCIEDADE LIMITADA
    Características: (i) mais de 90% das empresas se encaixam; (ii)
    responsabilidade restrita ao valor de suas quotas; (iii) sociedade
    que tem lei própria nº 11.638/07; (iv) capital divide-se em
    quotas, iguais ou desiguais onde cada sócio poderá ter uma ou
    diversas; (v) é administrada por uma ou mais pessoas designadas
    no contrato social ou ato separado; (vi) administradores não
    sócios, depende da aprovação de todos os sócios antes da
    integralização do capital, e, de dois terços no mínimo após a
    integralização; (vii) o exercício do cargo de administrador
    termina pela destituição, pelo término do prazo; (viii) ao fim do
    exercício social elabora o Inventário, BP e DRE; (ix) sem
    prejuízo dos poderes dos sócios, pode o contrato instituir
    conselho fiscal de três ou mais membros e suplentes, sócios ou
    não, residentes no país; (x) deliberações dos sócios serão >>>>>
2                  CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES


2.6.3 SOCIEDADE LIMITADA
    >>>> tomadas em reunião ou em assembléia, conforme previsto
    no contrato social, convocadas pelos administradores nos casos
    previstos em lei ou no contrato; (xi) a assembléia é obrigatório
    quando o número de sócios for superior a dez.
2.6.4 DA SOCIEDADE ANÔNIMA (S.A.) OU COMPANHIA (Cia.)
    Características: (i) o capital divide-se em ações, obrigando-se
    cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações
    que subscrever ou adquirir; (ii) regida por lei específica nº
    11.638/07 e nos casos omissos, pelas disposições do Código
    Civil. Será comentada em tópico específico.
2.6.5 DA SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES
    (i) Também tem o capital dividido em ações e rege-se pelas
    mesmas normas das sociedades anônimas; (ii) somente >>>>>>
2                  CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES


2.6.5 DA SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES
    >>>> sócio ou acionista pode administrar, e como diretor,
    responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da
    sociedade; (iii) em caso de mais de 1 diretor, ambos respondem
    solidariamente depois de esgotados os bens sociais; (iv)
    sociedade em desuso.
2.7 SOCIEDADE SIMPLES
    Características: (i) explora a prestação de serviços de atividade
    intelectual: advogados, médicos, contadores ... enfim atividades
    de natureza científica, literária, artística e intelectual; (ii)
    registradas em cartório de registro civil; (iii) podem ser
    estabelecidas segundo os mesmos tipos que as sociedades
    empresárias: sociedades limitada, em nome coletivo ou em
    comandita simples.
2                  CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES


2.8 SOCIEDADE COOPERATIVA
    Características: (i) regida por legislação específica às
    cooperativas Lei nº 5,764/71 e pelo CC; (ii) variabilidade, ou
    dispensa do capital social; (iii) condicionada a número mínimo de
    sócios, sem limitação de número máximo; (iv) limitação de quotas
    para cada sócio; (v) instrasferibilidade das quotas do capital;
    (vi) necessidade de quorum para a assembléia geral funcionar e
    deliberar; (vii) direito a um único voto para cada participante
    nas deliberações; (viii) distribuição dos resultados proporcional
    ao valor das operações efetuadas; (ix) indivisibilidade do fundo
    de reserva entre os sócios; (x) responsabilidade dos sócios pode
    ser limitada ou ilimitada.
2                  CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES


2.9 SOCIEDADE ANÔNIMA (SOCIEDADE POR AÇÕES)
    Sociedade de capitais regidas pela Lei 11.638/07;
    Também denominadas de companhias, tem capital dividido em
    ações, e a responsabilidade dos acionistas é limitada ao preço
    de emissão das ações subscritas ou adquiridas;
    É sempre uma sociedade empresária;
2.9.2 CONSTITUIÇÃO DA S.A. (Requisitos/regras regem a S.A.)
    - Subscrição, pelo menos por duas pessoas de todas as ações;
    - Realização mínima de 10% em dinheiro;
    - Deposito em banco autorizado pela CVM dos 10% dinheiro;
    - Duas formas de constituição: subscrição pública ou subscrição
    particular
2                 CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.9.3 TIPOS DE S.A.
    - COMPANHIA ABERTA
      - captação de recursos junto ao publico via bolsas ou
      mercado de balcão.
    - COMPANHIA FECHADA
      - obtenção dos recursos entre os próprios acionistas;
      - sociedade tradicional, restrita a pequenos grupos.
    - SOCIEDADE DE CAPITAL AUTORIZADO
      - possui limite autorizado pelo estatuto para aumento de
      capital até certo teto.
    - SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
      - parcela do capital é privado e outra parcela do capital é
      pertencente a União; - finalidade de interesse público.
2                  CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES


2.9.4 OBRIGATORIEDADES DAS S.A.
- Assembléia Geral;
     - reunião dos acionistas com poderes de decisão sobre negócios
- Ata e Convocação;
     - ata é o resumo dos assuntos discutidos nas assembléias
     lavrada em livro próprio e publicada em jornais;
     - convocação para assembléias anúncio publicado em jornais.
- Publicação das Demonstrações Financeiras.
     - tanto as S.A. de capital fechado como as S.A. de capital
     aberto devem publicar no Diário Oficial ou em outro jornal de
     grande circulação.
2                 CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.9.5 AÇÕES
- Títulos de propriedade, representativos das cotas-partes de cada
sócio em que se divide o capital social de uma sociedade por ações;
- Menor fração em que é dividido seu capital;
- Proprietário de uma ação torna-se sócio da companhia;
- Ao possuidor da ação é conferida parcela de participação no
controle e nos lucros da companhia;
- Conforme natureza e vantagens que conferem aos seus titulares,
podem ser:
     - ORDINÁRIAS: ações comuns sem quaisquer restrições, nem
     privilégios salvo o direito ao voto;
     - PREFERENCIAIS: ações que conferem preferencias declaradas
     no estatuto como prioridade na distribuição de dividendos e
     prioridade no reembolso do capital.
2                 CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.9.5 AÇÕES
- Quanto à forma de circulação, as ações podem ser:
    - NOMINATIVAS: caracterizadas pela inscrição do nome do
    acionista no livro de Registro das Ações Nominativas;
    transferência dessas ações se dá lavrando-se livro de
    Transferência de Ações Nominativas com assinatura do cedente
    e do cessionário;
    - ENDOSSÁVEIS: presume-se pela posse do título com base em
    série regular de endossos, o exercício do direito perante a
    companhia requer averbação do nome do acionista no livro de
    Registro de Ações Endossáveis e no certicado.
2                   CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES

2.11 OUTRAS FORMAS DE TRATAR SOCIEDADES
- SOCIEDADE NACIONAL
    - regida pelas leis brasileiras
- SOCIEDADE ESTRANGEIRA
    - necessita de autorização do Poder Executivo;
    - pode ser acionista em sociedade anônima brasileira.


2.12 EMPRESA RURAL
    - Baseado no Novo Código Civil, o produtor rural passa a ser
    chamado de empresário rural, desde que se inscreva na junta
    comercial, do contrário ele será considerado um produtor rural
    autonomo.
2                CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES


2.13 ESCRITURAÇÃO CONFORME O CÓDIGO CIVIL
- O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um
sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base em
escrituração uniforme em livros específicos e levantar anualmente o
BP e a DRE, ficando dispensado dessas obrigações o pequeno
empresário.


2.14 SOCIEDADES SEM FINS LUCRATIVOS
- São associações pela união de pessoas para exercerem atividades
para fins não econômicos.
ESQUEMA BÁSICO DE ESCRITURAÇÃO
  3                   CONTÁBIL - UMA REVISÃO


                            Qualquer Conta do Ativo

                             Débito            Crédito

                         $ Aumentos        $ Diminuições

  3.5.6 Contas de Passivo e de Patrimônio Líquido
  A — De Passivo
Desde que as contas do Passivo sempre apareçam no lado direito do balanço, deve acontecer
com elas o inverso do que acontece com as do Ativo, isto é, os aumentos e diminuições do
Passivo (obrigações) devem ser registrados da seguinte maneira:


                          Qualquer Conta do Passivo

                            Débito            Crédito
                      $ Diminuições        $ Aumentos
ESQUEMA BÁSICO DE ESCRITURAÇÃO
3                CONTÁBIL - UMA REVISÃO


3.5.7 Resumo do Mecanismo de Débito e Crédito
      Resumindo o mecanismo apresentado pode-se dizer que:



                             Efetua-se um lançamento a:
          Contas
                             Débito             Crédito

          de                 para               para
          Ativo              Aumentar           Diminuir
          Passivo            Diminuir           Aumentar
          Patrimônio         Diminuir           Aumentar
4                                                                    PLANO DE CONTAS


      Código                                                    Contas
1              ATIVO
1.1            Circulante (até 360 dias)
               — Disponível
1.1.1                 Caixa
1.1.2                 Bancos Conta Movimento
1.1.3                 Aplicações do Mercado Aberto
               — Créditos
1.1.4                 Duplicatas a Receber
1.1.5             (-) Duplicatas Descontadas
1.1.6             (-) Provisão para Devedores Duvidosos
1.1.7                 Títulos a Receber
1.1.8                 Imposto de Renda na Fonte a Compensar
               — Estoques
1.1.9                 Mercadorias
1.1.10                Material de Escritório
1.1.11            * (Poderia haver destaque por produtos, por departamento, por filiais etc.)
1.1.12         — Aplicações, Tít. E Valores Mobiliários
1.1.13         — Incentivos Fiscais
               — Despesas do Exercício Seguinte
                  (Despesas antecipadas)
1.1.14                Prêmios de Seguro a Vencer
1.1.15                Juros a Vencer
1.1.16                Encargos Financeiros a Apropriar
1.1.17                ---------------------------------------
1.2            Realizável a Longo Prazo (após 360 dias)
1.2.1                 Contas a Receber
1.2.2                 Títulos a Receber
1.2.3             (-) Provisão para Devedores Duvidosos
1.2.4                 Empréstimos Compulsórios
1.2.5                 Aplicações em Incentivos Fiscais
1.2.6                 Empréstimos a Coligadas
1.2.7                 ----------------------------
1.2.8                 ----------------------------
4                                                                        PLANO DE CONTAS


      Código                                                         Contas
1.3            Permanente
               — Investimentos
1.3.1                 Participações em Outras Cias.
1.3.2                 Imóveis para Renda
1.3.3                 Imóveis para Futura Utilização (Terrenos)
1.3.4                 Aplicações em Incentivos Fiscais (efetivada)
               — Imobilizado
1.3.5                 Terrenos
1.3.6                 Edifícios
1.3.7                 Instalações
1.3.8                 Móveis e Utensílios
1.3.9                 Veículos
1.3.10                Marcas e Patentes
1.3.11                Benfeitorias em Propriedade de Terceiros
1.3.12                Imobilizado em Andamento
1.3.13                 -------------------------------
1.3.14                Depreciação (ou Amortização) Acumulada
1.3.14.01             Edifícios - Depreciação
1.3.14.02             Instalações - Depreciação
1.3.14.03             Móveis e Utensílios - Depreciação
1.3.14.04             Veículos - Depreciação
1.3.14.05             Marcas e Patentes - Amortização
1.3.14.06             Benfeitorias - Amortização
1.3.14.07             -------------------------------
1.3.14.08             -------------------------------
               — Diferido
1.3.17                Gastos Pré-Operacionais
1.3.18                Gastos de Organização ou Reorganização
1.3.19                ------------------------------------------------
1.3.20            (-) Amortização
1.3.20.01             Gastos Pré-Operacionais
1.3.20.02             Gastos de Organização ou Reorganização
1.3.20.03             ----------------------------
4                                                             PLANO DE CONTAS


   Código                                                   Contas

2           PASSIVO
2.1         Circulante (até 360 dias)
2.1.1              Fornecedores
2.1.2              ICMS a Recolher
2.1.3              IR a Pagar (Provisão para I.Renda)
2.1.4              Salários a Pagar
2.1.5              Encargos Sociais a Recolher
2.1.6              Empréstimos Bancários
2.1.7              Contas a Pagar
2.1.8              PIS a Recolher
2.1.9              FINSOCIAL a Recolher
2.1.10             Contribuição Social a Pagar (Provisão)
2.1.11             Título a Pagar
2.1.12         (-) Despesa de Juros a Apropriar
2.1.13             ------------------------------------

2.2         Exigível a Longo Prazo (após 360 dias)
2.2.1             Financiamentos
2.2.2             Títulos a Pagar
2.2.3             Debêntures a Pagar
2.2.4             ----------------------
2.2.5             ----------------------

2.3         Resultados de Exercícios Futuros
2.3.1              Receitas de Exercícios Futuros
2.3.2          (-) Custos/Despesas Referentes a
                   Receitas de Exercícios Futuros
4                                                             PLANO DE CONTAS


   Código                                                   Contas

3           PATRIMÔNIO LÍQUIDO
3.1         Capital Social
3.1.1              Capital Subscrito
3.1.2          (-) Capital a Integrar

3.2         Reservas de Capital
3.2.1             Correção Monetária do Capital Realizado
3.2.2             Ágio na Emissão de Ações
3.2.3             Doações e Subvenções
3.2.4             Prêmio na Emissão de Debêntures
3.2.5             Alienação de Partes Beneficiárias
3.2.6             Reserva para Incentivos Fiscais

3.3         Reservas de Reavaliação
3.3.1             Reavaliação do Permanente

3.4         Reservas de Lucros
3.4.1             Reserva Legal
3.4.2             Reserva Estatutária
3.4.3             Reserva para Contingência
3.4.4             Reserva de Lucros a Realizar
3.4.5             Reserva de Lucros para Expansão
3.4.6             --------------------------------------

3.5         Lucros ou Prejuízos Acumulados
3.5.1              Lucros Acumulados
3.5.2          (-) Prejuízos Acumulados

3.6.1          (-) Ações em Tesouraria
4                                                                 PLANO DE CONTAS


   Código                                                   Contas

4.1         Receita Bruta de Vendas
4.1.1             No Estado
4.1.2             Interestadual

4.2           (-) Deduções da Receita Bruta
4.2.1             Vendas Canceladas
4.2.2             Abatimentos
            Impostos e Taxas Incidentes sobre Vendas
4.2.3             ICMS
4.2.4             PIS s/faturamento
4.2.5             FINSOCIAL


5.1         (-) Custos da Mercadoria Vendida
5.1.1             Custo por Unidade de Mercadoria Vendida ou
5.1.2.            Custo da Mercadoria Vendida com Base no Inventário
5.1.2.1            Estoque Inicial
5.1.2.2            Compras
5.1.2.3            Despesas com Transporte de Compras
5.1.2.4            Outras Despesas de Compras
5.1.2.5            Devoluções de Compras (-)
5.1.2.6            Estoque Final (-)
4                                                                               PLANO DE CONTAS


    Código                                                               Contas
 5.2                   (-) Despesas Operacionais
                       de Vendas
 5.2.1                       Pessoal
 5.2.2                       Comissão de Vendedores
 5.2.3                       Propaganda e Publicidade
 5.2.4                       Provisão para Devedores Duvidosos
 5.2.5                       (+) Reversão da Provisão p/ Devedores Duvidosos
 5.2.6                       Fretes de Vendas
                       Administrativas
 5.2.7                       Pessoal
 5.2.8                       Honorários da Diretoria
 5.2.9                       Encargos Sociais
 5.2.10                      Aluguel do Escritório
 5.2.11                      Depreciação de Bens Utilizados pela Administração
 5.2.12                      Seguros, Acidente de Trabalho
 5.2.13                      Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
 5.2.14                      Auditoria e Consultoria
 5.2.15                      Seguros

                       Financeira
 5.2.16                       Juros Pagos ou Incorridos
 5.2.17                       Descontos Concedidos
 5.2.18                       Correção Monetária Prefixada
                          (+) Receitas
 4.4.1                        Juros Recebidos (Juros Ativos)
 4.4.2                        Descontos Obtidos
                          (-) Variações Monetárias
 5.2.18*                      Variação Cambial
 5.2.19*                      Correção Monetária de Dívida

* Na hipótese de serem variações positivas, codificaríamos também o dígito 4.
4                                                                     PLANO DE CONTAS


  Código                                                       Contas


               Outras Despesas Operacionais
5.2.20               Prejuízos de Participação em outras Sociedades
5.2.21               -----------------------
               Outras Receitas Operacionais
4.5.3            (-) Lucros de Participação em outras Sociedades
4.5.4                -----------------------
                 (±) Resultados não Operacionais
4.6.1                Ganhos de Capital Permanente
4.6.2                -----------------------
5.3.1                Perdas de Capital Permanente
5.3.2                -----------------------
5.3.3            (-) Despesa com Impostos de Renda
5.3.4                Despesa com Contribuição Social

5.4               (-) Participação e Contribuições
5.4.1                 Debêntures
5.4.2                 Empregados
5.4.3                 Administradores
5.4.4                 Partes Beneficiárias
5.4.5                 Doações e Contribuições
5.4.6                 ------------------------------
5.4.7 ou 4.7          Resultado do Exercício
5                      CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS


5.1 Parte Jurídica
    a) o tipo de sociedade adotado:
       empresa individual, sociedade civil, sociedade comercial (Ltda., S.A.)...;
    b) a declaração precisa do objeto social
       o ramo de negócio que a empresa exercerá;
    c) o capital social, a participação e a responsabilidade de cada sócio:
       o valor do capital social, o quinhão de cada sócio;
    d) qualificação dos sócios:
       nome, nacionalidade, estado civil, número da identidade, reservista;
    e) denominação da empresa e sede:
       o nome comercial da empresa, bem como a sua localização, município;
    f) prazo de duração da sociedade:
       normalmente o prazo é indeterminado;
    g) outras informações: destaque dos sócios-gerentes; forma de
       integralização do capital; atitudes no caso de falecimento de sócios etc.
5                                 CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS


5.2.1 Sociedade por Quota de Responsabilidade Limitada (Ltda.)
    A — Subscrição do Capital

                                                                Código
     Data       Títulos das contas/histórico                              Débito       Crédito
                                                               da conta
    19x4
    maio 02   CAPITAL A INTEGRALIZAR                             3.1.2    80.000.000        -
                CAPITAL SUBSCRITO                                3.1.1         -       80.000.000
                Capital assumido (subscrito) na constituição
                de empresa Sílvia Modas Ltda. Conforme
                contrato assinado na Junta Comercial sob
                nº 96.495, pelos sócios:
                ULDERICO BARNAR
                $ 48.000.000 por 48.000 quotas a
                $ 1.000 cada uma
                JANE LIMA TAVARES
                $ 32.000.000 por 32.000 quotas a
                $ 1.000 cada uma
5                                    CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS


5.2.1 Sociedade por Quota de Responsabilidade Limitada (Ltda.)

    B — Integralização do Capital


                                                               Código
    Data         Títulos das contas/histórico                            Débito       Crédito
                                                              da conta
    19x4
    maio   10 CAIXA A INTEGRALIZAR                              1.1.1    40.000.000        -
                CAPITAL A INTEGRALIZAR                          3.1.2         -       40.000.000
                Recebimentos dos cheques nominais
                para integralização de 50% do capital
                 dos sócios:
                 ULDERICO BARNAR
                 $ 24.000.000 cf. cheque do Banco Universal
                 nº ------------------------
                 JANE LIMA TAVARES
                 $ 16.000.000 cf. cheque do Banco Safenado
                 nº ------------------------
5                        CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS


Após a realização de 50% do Capital Social, a situação patrimonial é a
seguinte:
                                                                          Em $ mil


                 Ativo                                 Passivo e PL
                            10-5-x4                                   10-5-x4
Circulante                            Circulante
   Caixa                    40.000    ------------------------           -
   Bancos c/
   Movimento                 -0-      ------------------------           -

Permanente
                                      Patrimônio Líquido
  Investimento               -0-                                       80.000
                                        Capital Subscrito
  Imobilizado                -0-                                      (40.000)
                                        (-) Capital a Integralizar
                                        Capital Realizado
                                                                      40.000


TOTAL                       40.000    TOTAL                           40.000
Parte II


                     OPERAÇÕES TÍPICAS
       EM EMPRESAS COMERCIAIS
6.    Impostos e Taxas Sobre Vendas
7.    Operações com Mercadorias
8.    Apuração Contábil do Resultado
9.    Operações Financeiras
10.   Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa
11.   Folha de Pagamento
12.   Depreciação e Correção Monetária
IMPOSTOS E TAXAS SOBRE VENDAS
     6                                    (IPI, ICMS, ISS, FINSOCIAL)


     6.1 Alguns Aspectos Contábeis do ICMS
         6.1.1 Na Compra

                A contabilização é:

        Compras/Mercadorias           1
                                                  ICMS a Recuperar                      Fornecedores/Caixa


        41.500.000                            8.500.000                                                50.000.000




_____________
1. A explicação do uso da conta Compras (Resultado) ou conta Mercadorias (Ativo Circulante) será fornecida no capítulo
   seguinte
IMPOSTOS E TAXAS SOBRE VENDAS
6                        (IPI, ICMS, ISS, FINSOCIAL)

6.1 Alguns Aspectos Contábeis do ICMS
    6.1.2 Na Venda
        No momento da venda, ao contrário da compra, o ICMS (assim como os outros
        Impostos sobre Vendas) comporá a Receita Bruta, devendo ser deduzido, em
        seguida, para apuração da Receita Líquida:

        Receita Bruta                             Caixa/Clientes


                 70.000.000                 70.000.000


Em seguida, destaca-se contabilmente o ICMS


       ICMS s/Vendas                            ICMS a Recolher


    11.900.000                                           11.900.000
IMPOSTOS E TAXAS SOBRE VENDAS
6                       (IPI, ICMS, ISS, FINSOCIAL)

6.1 Alguns Aspectos Contábeis do ICMS

      6.1.3 Apuração do ICMS a Recolher


      ICMS pago na compra                     ICMS recebido na venda



    ICMS a Recuperar                                ICMS a Recolher


    8.500.000     8.500.000 1                1 8.500.000    11.900.000


                                                            3.400.000
                                11.900.000
                                                           (saldo devido)
                            (-) 8.500.000
                                 3.400.000
7                  OPERAÇÕES COM MERCADORIAS


7.2 Resultado com Mercadorias (RCM)
   É obtido de diferença entre o valor das Vendas efetuadas num determinado
período e o valor do Custo das Mercadorias vendidas incorrido nesse mesmo
período.

Assim:

                        RCM = V - CMV


 ou:

  RESULTADO COM MERCADORIAS = VENDAS - CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
7                    OPERAÇÕES COM MERCADORIAS



7.4 Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)

   Representa o valor atribuído às mercadorias negociadas pelo comerciante
com seus clientes. O CMV, como o nome indica, é um valor de custo para o
comerciante, valor que será confrontado com o valor de venda (receita) para a
obtenção do Resultado com Mercadorias - RCM.
  Monetariamente, o valor do CMV é obtido pela equação:

Custo das Mercadorias Vendidas = Estoque Inicial + Compras - Estoque Final

               CVM              =        EI      +          -       EF
7                 OPERAÇÕES COM MERCADORIAS


7.4 Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)

    7.4.1 Inventário Periódico versus Inventário Permanente

   A característica básica do inventário periódico é a de que a empresa toma
conhecimento do volume de seus estoques (para fins contábeis) de tempos em
tempos, ou seja, no final de cada período (mês, semestre, ano). Com isso, o
valor do CMV também só é conhecido periodicamente. Por isso, não há registro
do CMV à medida que as vendas vão correndo.
   No inventário permanente, a cada venda efetuada a empresa controla cada
item de estoque negociado. Isso permite que se conheça, após cada operação
(quer de compra, quer de venda) o nível de seus estoques. Se acoplada ao
controle físico da movimentação dos estoques uma forma de controle
financeiro, serão conhecidos após cada movimentação tanto o valor do CMV
(da operação ou o acumulado até a operação), como o valor do estoque
remanescente (Estoque Final).
7                              OPERAÇÕES COM MERCADORIAS


 A Demonstração do Resultado do Exercício:
                         A DEMONSTRAÇÃO NA FORMA DEDUTIVA
Vendas                                                                                             224.000
Menos:
   Devolução de Vendas                                                          6.000
   Abatimentos s/ Vendas                                                        4.000               10.000
                                                                                                   214.000
Vendas Líquidas
(-) CMV:
    Estoque Inicial                                                            30.000
    (+)                                                182.000
    Menos:
         Devoluções de Compras           9.000
        Abatim. s/ Compras               5.000          14.000                168.0001
    Mercadorias Disponíveis                                                   198.000
(-) Estoque Final                                                              28.000

Custo das Mercadorias Vendidas                                                                    170.000

Lucro Bruto                                                                                        44.000
                                                                                                    etc.


1. 168.000,00 correspondem às compras líquidas. Devoluções e abatimentos alteram o valor das compras ou das
   vendas, diminuindo-as.
7                       OPERAÇÕES COM MERCADORIAS


7.7 Inventário Permanente e Avaliação dos Estoques
   Cada um dos critérios arrolados pode ser subdivido em métodos distintos de abordar
o assunto. Apenas a título de curiosidade citamos a seguir alguns dos métodos possíveis
dentro do “critério do custo de aquisição sem consideração dos eleitos da inflação”:


 método do custo específico;
 método do custo mais recente;
 método PEPS (ou FIFO), conhecido por “Primeiro a Entrar e o Primeiro a sair”, do
   inglês “First In, First Out” ;
 método UEPS (ou LIFO), conhecido por “Ultimo a Entrar e o ´Primeiro a sair”, do
   inglês “Last In, First Out”;
 método do “custo médio ponderado”;
 método do “custo médio ponderado variável”.
7                      OPERAÇÕES COM MERCADORIAS


7.7.5 Comparação entre Métodos

   Para uma observação dos reflexos dos quatro métodos ilustrados, suponha-se
que os preços unitários das três vendas realizadas tenham sido $ 40,00, $ 45,00 e
$ 50,00 conforme a ordem cronológica que que ocorreram. Logo, a receita total do
mês de março foi de $ 1.800,00.

    Tabulando os dados de forma resumida teremos:

                         Custo                                  Média Ponderada
                                      PEPS       UEPS
                       Específico                                    Móvel
        Vendas           1.800         1.800     1.800               1.800
        (-) CMV          1.050         1.000     1.250               1.094

      Lucro Bruto         750          800          550               706


       Est. Final        1.300         1.350      1.100              1.256
7                   OPERAÇÕES COM MERCADORIAS


7.8 Avaliação do Estoque no Caso de Inventário Periódico


    7.8.1 Método do Preço Específico
    7.8.2 PEPS (FIFO)
    7.8.3 UEPS (LIFO)
    7.8.4 Média Ponderada Móvel
8           APURAÇÃO CONTÁBIL DO RESULTADO


  8.1 Resultado e Período Contábil
   Despesas de Salários                                        Receita


  16.000.000   16.000.000                              45.000.000   45.000.000



                               Apur.Result.Exercício


                             16.000.000   45.000.000

                             7.000.000
Despesas de Mat.Escritório

 7.000.000     7.000.000
8            APURAÇÃO CONTÁBIL DO RESULTADO


8.1.4 Apuração do Resultado

Se o total da receita for maior que o total da despesa, haverá lucro; se a receita for
menor que a despesa, haverá prejuízo.
No exemplo apresentado, têm-se $ 45.000.000 de receita contra $ 23.000.000 de
despesa; portanto, houve um lucro de $ 22.000.000 ($45 -$23).


                  Apuração do Resultado do Exercício

          (Despesas) 23.000.000       45.000.000 (Receita)

                                       22.000.000      (Saldo)

                                           lucro
8        APURAÇÃO CONTÁBIL DO RESULTADO


8.2 Apuração Contábil de Resultado em Empresa Comercial

        Custo Merc. Vendida
                                                                                   Receita Bruta
            XXX            
                                                  Resultado com Mercadorias             YYY
      Depurações de Receita Bruta                                             
                                                        XXX
                                                                              
          XXX                           
                                                                              
                                                        XXX           YYY
                                                                         
                                                                    
                                                                    XXX
                                               
                                                                      
                                    Apuração do Resultado do Exercício
                                                                                   
                                                                   XXXXXX
                                                                                   
                                                               
                                                                               Outras Receitas
       Despesas Diversas                                          XXXX
                                        XXXX
                                                                                        XXXX
      XXXXX                                            
9                      OPERAÇÕES FINANCEIRAS




9.1   Importância da Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)
9.2   Aplicações Financeiras
9.3   Financiamentos
  9.3.1 Empréstimos com juros — prefixados
  9.3.2 Desconto de duplicadas
  9.3.3 Empréstimos com juros pós-fixados (variações monetárias)
9                            OPERAÇÕES FINANCEIRAS




9.4     Descontos financeiros (Condicionais)

         Os descontos financeiros são os prêmios oferecidos pelo vendedor
 ao comprador, por um pagamento antecipado de dívidas assumidas com
transação de mercadorias. Normalmente, o vendedor indica, na nota fiscal,
ou na duplicata, que o valor da dívida é “X”, e que será cobrada, dentro de
90 dias, pelo próprio valor; se for paga dentro de 60 dias, o comprador gozará
de um desconto de 3%, e, se dentro de 30 dias, de 5%. Essas porcentagens
variam segundo as condições; há, inclusive, os que concedem desconto a favor
dos que fazem o pagamento no próprio dia do vencimento.
PROVISÃO PARA CRÉDITO
10                         DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA



    O recebimento da duplicata não é líquido e certo, uma vez que a
empresa está sujeita aos riscos de crédito. Se a empresa tiver perdas
com seus clientes (os que não são bons pagadores), o saldo de Duplicatas a
Receber será reduzido, isto é, a empresa não receberá o montante
registrado, mas aquele montante menos as possíveis perdas. Dessa forma,
defronta-se com dois valores referentes a Duplicatas a Receber: aquele
registrado como contrapartida da Vendas a prazo e aquele que
efetivamente a empresa irá receber (deduzidas as possíveis perdas). Pelo
Conservadorismo, não há dúvida, fica-se com o menor.
PROVISÃO PARA CRÉDITO
10                           DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA


10.1     Cálculo da Provisão para Devedores Duvidosos
                 DEMONSTRAÇÃO DO CÁLCULO DA PROVISÃO
                         (Retrospecto histórico)


                   Duplicatas a Receber
     Exercício                                         Perda efetivamente observada
                     Saldo em 31/12

       Ano 1           200.000.000                                   7.000.000
       Ano 2           250.000.000                                  10.000.000
       Ano 3           300.000.000                                  10.750.000
                      ___________                                  __________

       Total           750.000.000                                  27.750.000


                        Σ Perda X 100             27.750.000
                        _________________   = ________________ = 3,7%

                        Σ Saldos                 750.000.000
PROVISÃO PARA CRÉDITO
 10                            DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA



                               Despesas com Provisão p/
  Pro.p/ Dev. Duvidosos          Crédito Liq. Duvidosa        Duplicatas a Receber

a 10.750.000   12.500.000      c 14.311.600                 387.550.000   10.750.000 a
               (Provisão de                                  (v.bruto)

b 1.750.000    31-12-x3)

                                                            376.800.000
 12.500.000     12.500.000                                    (Saldo de
                                  Revisão Prov. Dev.
                                       Duvidosos              31-12-x4)
                14.311.600 c


                                              1.750.000 b
11                                FOLHA DE PAGAMENTO


11.1 Noções Básicas de Contabilização da Folha de Pagamento
     e Encargos Sociais

        Pactuados os salários com os empregados, a contabilização da folha
de pagamento deve ser feita de modo a respeitar o regime de competência
mensal. Suponhamos que o salário mensal do empregado A seja de $ 200,00.
No final de abril/x1, tendo ele trabalhado sem faltas, teremos:


  Déb.         Despesas com Salários              200,00
  Créd.        Caixa/Bancos (Salários a Pagar)                 200,00
11                                      FOLHA DE PAGAMENTO



11.1.2 Encargos dos Empregados


         Os próprios empregados são responsáveis por parte do custeio da previdência
social oficial. O governo atribui às empresas a responsabilidade de serem as
intermediárias arrecadadoras das contribuições dos empregados. Surge então um novo
“desconto” na folha de pagamento: para com a IAPAS.
           É comum, também, que empregados que percebam salários acima de certos
montantes tenham outro desconto em folha: o relativo ao imposto de renda. Esse
desconto é o “imposto de renda retido na fonte” (IRRF). A empresa — fonte pagadora —
recebe a incumbência de efetuar essa retenção, a qual nada mais é do que uma tributação
do imposto de renda sobre os salários (renda) dos empregados.
           A “contribuição sindical” é outro encargo que cabe ao empregado, competindo à
empresa empregadora reter na fonte. Isso ocorre uma vez por ano.
11                                      FOLHA DE PAGAMENTO



11.1.3 Encargos da Empresa


         As empresas empregadoras também são responsáveis por parte do custeio
da previdência social. Esse ônus, despesa da empresa, é um dos denominados “encargos
sociais”. O cálculo do encargo da empresa para com o IAPAS tem como base os
salários pagos aos empregados. O valor recolhido pela empresa ao IAPAS, encargo
seu, é composto de uma série de valores, cada um dos quais recebendo, quando em
poder do governo, uma destinação específica: Fundo de Previdência e Assistência
Social, salário-família, salário-maternidade, salário-educação, seguro acidentes do
trabalho etc.
           Parte dos encargos sociais da empresa para com o IAPAS acaba sendo
ressarcida (pelo menos parcialmente) pelo governo às empresas. Alguns casos são a
seguir explicados, sem aprofundamento nas minúcias legais de cada um.
11                                      FOLHA DE PAGAMENTO



11.2 Férias

         É constitucionalmente garantido aos empregados o gozo de férias anuais
remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal. Os empregados
adquirem o direito às férias a cada período de 12 meses de vigência do contrato de
trabalho (é o chamado “período de aquisição”), o qual não é interrompido quando as
férias forem efetivamente gozadas.
            O tempo normal de duração das férias é de 30 dias (que poder ser reduzido
para 24, 18 ou 12 dias em função do número de faltas injustificadas no período
aquisitivo: essa particularidade não será aqui aprofundada).
            As férias devem ser pagas ao empregado antes que ele as inicie a gozar e,
pela norma constitucional, acrescidas de pelo menos um terço do valor que lhe cabe
pelos dias que gozará (em regra geral, 30 dias).
11                                   FOLHA DE PAGAMENTO




11.2.1 Abono Pecuniário e Provisão para Férias


         É a expressão técnica para a possibilidade que existe de o
empregado negociar com a empresa no máximo um terço do período de
férias a que tem direito. Ou seja, tendo ele direito a, por exemplo, 30 dias,
recebe por 30 dias de férias, mas somente goza 20 deles. Os 10 outros ele
trabalha, recebendo normalmente pelo seu trabalho. É o que, no jargão
popular, se usa como “vendeu 1/3 das férias”.
11                                  FOLHA DE PAGAMENTO




11.3 13º Salário


         “Décimo terceiro salário” é o nome popular que tecnicamente se
denomina “gratificação de natal”, ou “gratificação natalina”, que, de forma
simplificada, consiste em pagar ao empregado “um salário a mais no final do
ano”. Essa regra geral, tal como enunciada, na prática é bem mais flexível.
          Em primeiro lugar, o 13º salário pago deve guardar certa
proporcionalidade com o período de tempo de trabalho do empregado
naquele ano. Em segundo lugar, a legislação determina que o 13º salário seja
pago em duas parcelas: a primeira até 30 de novembro e a segunda (e última)
até 20 de dezembro de cada ano.
12                                                           Depreciação


12.1 Depreciação
         Os bens do imobilizado, com o passar do tempo, em virtude do uso, vão
sofrendo deteriorização física. Dessa forma, os bens vão perdendo sua eficiência
funcional. Esse desgaste ocorrido no período é contabilizado como despesa
denominada Depreciação.
           A depreciação também pode ocorrer por razões tecnológicas, ou seja, o bem
pode, de uma hora para outra, ficar superado, antiquado, perder sua competitividade,
tornando-se inviável a sua utilização. Nesse caso denomina-se depreciação por
obsoletismo.
           A depreciação ocorre normalmente com bens tangíveis (corpóreos). Quando
se tratar de bens intangíveis (incorpóreos, isto é, que não podem ser tocados,
palpados), a despesa é denominada (em virtude da perda de valor do bem)
Amortização. A perda de valor decorrente da exploração de direitos cujo objeto
sejam recursos minerais ou florestais é denominada Exaustão. Normalmente, os
procedimentos aplicados à depreciação são válidos para a Amortização e Exaustão.
12                                                                              Depreciação


12.1.1 Taxa Anual de Depreciação
         Para cálculo de taxa anual de depreciação é necessário estimar a vida útil do
bem, isto é, quando ela vai durar, levando-se em consideração as Causas Físicas (o uso,
o desgaste natural e a ação dos elementos da natureza) e as Causas Funcionais (a
inadequação e o obsoletismo, considerando-se o aparecimento de substitutos mais
aperfeiçoados).
                    Taxas de Depreciação Anual Fixadas pela Legislação do Imposto de Renda

Grupos de Bens do Imobilizado            Ao Ano      100%    ÷   pela vida útil estimada

Bens Móveis em geral                      10%        (100%   ÷           10 anos)

Edifícios e Construções                    4%        (100%   ÷           25 anos)

Biblioteca                                10%        (100%   ÷           10 anos)

Ferramentas                               20%        (100%   ÷           5 anos)

Máquinas e Instalações Industriais        10%        (100%   ÷           10 anos)

Veículos em geral                         20%        (100%   ÷           5 anos)
12                                                         Depreciação


12.1.2 Depreciação por Uso Intensivo

       Para dois turnos    Taxa Normal   X   Coeficiente   Taxa Acelerada



                                         X       1,5
                              10%                               15%
   Máquinas                              X       1,5
                              20%                               30%
   Ferramentas:                          X       1,5
                              -----                            ------
   -------------------                   X       1,5
                              -----                            ------
   -------------------



   Para três turnos




          Máquinas             10%       X      2,0             20%
       -----------------      ------     X      2,0            ------
       -----------------      ------     X      2,0            ------
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   12.1.3 Cálculo e Contabilização da Depreciação

   Período                 DRE (Despesas ou Custo)                               Balanço Patrimonial (Ativo Permanente)
              ______________      _________              Depreciação     Imobilizado                           Depreciação Acumulada
              ______________      _________
    1º Ano    Desp. Depreciação   (3.000.000)      1 3.000.000           Veículos               15.000.000                 3.000.000 1
              ______________      _________                              (-) Depr. Acumulada    (3.000.000)
              ______________      _________                                                     12.000.000
              ______________      _________                              Imobilizado                           Depreciação Acumulada
                                                         Depreciação
              ______________      _________                                                                                3.000.000
    2º Ano                                        2 3.000.000            Veículos               15.000.000
              Desp. Depreciação   (3.000.000)
                                                                         (-) Depr. Acumulada    (6.000.000)                3.000.000 2
              ______________      _________
                                                                                                 9.000.000                 3.000.000
              ______________      _________

    3º Ano    ______________      _________       ______________         __________________________             ________________

    4º Ano    ______________      _________       ______________         __________________________              ________________
              ______________      _________                              Imobilizado                           Depreciação Acumulada
              ______________      _________              Depreciação
    5º Ano    Desp. Depreciação   (3.000.000)                            Veículos               15.000.000                 12.000.000
                                                  3 3.000.000
              ______________      _________                              (-) Depr. Acumulada   (15.000.000)                 3.000.000 3
              ______________      _________                                                          -0-                   15.000.000
Observações   Obs. 1: se o bem fosse adquirido durante o ano, a depre-   Obs. 2: a conta Veículos não será baixada enquanto esses
                      ciação seria em duodécimo, considerando-se uma             não forem vendidos ou destruídos.
                      taxa proporcional ao número de meses de uso ao
                      ano.
                                                                                       Debita  Despesas de Depreciação
                                                                 Partidas Dobradas     Credita  Depreciação Acumulada

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  • 1. Parte I INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE COMERCIAL 1. Noções de Comércio e Instituições Comerciais 2. Sociedades Comerciais 3. Esquema Básico da Escrituração Contábil — Uma Revisão 4. Plano de Contas 5. Constituição de Empresas
  • 2. NOÇÕES DE COMÉRCIO 1 E INSTITUIÇÕES COMERCIAIS 1.1 Conceito de Comércio Troca de mercadorias por dinheiro ou por outra mercadoria 1.2 Origens Histórica do Comércio Surgiu na antiguidade por varias causas e fatores, um deles natureza geográfica; Atualmente atividade primordial de todos os países; O Brasil desde abertura dos portos inicio do séc. XIX tem ampla vocação para o comércio.
  • 3. NOÇÕES DE COMÉRCIO 1 E INSTITUIÇÕES COMERCIAIS 1.3 Tipos de Entidades Mercantis Entidades comerciais atacadistas; e, Entidades comerciais varejistas. Outras diferenciações: (i) política de compras; (ii) política de financiamentos; e, (iii) natureza e grau dos riscos assumidos. Compra e venda “por conta própria” ou “por conta de terceiros” a) Atacadistas que operam por conta própria; b) Varejistas que operam por conta própria; c) Comissionados, representantes e outras que operam por conta alheia (terceiros).
  • 4. NOÇÕES DE COMÉRCIO 1 E INSTITUIÇÕES COMERCIAIS 1.4 Definição de Contabilidade Comercial e Suas Conseqüências Ramo da contabilidade destinado ao estudo e controle do patrimônio das empresas comerciais. Grande importância analítica em seus desdobramentos. 1.5 Horizontes da Especialização de Contador de Entidades Comerciais Perspectiva modesta dada a pequena dimensão dessas entidades (no passado). Com o desenvolvimento que ultrapassa até mesmo as fronteiras geográficas de um país, as oportunidades para os profissionais se multiplicaram. Entretanto, as oport. são para aqueles atualizados com os novos métodos introduzidos no mundo moderno.
  • 5. 2 CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES 2.1 Introdução Sociedade é o acordo consensual em que duas ou mais pessoas se obrigam a conjugar esforços ou recursos para a consecução de um fim comum; ou ainda, Contrato entre pessoas que se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados auferidos. Podendo ser um ou mais negócios determinados. 2.2 As sociedades no Novo Código Civil O NCC foi criado em 10-1-2002; Entrou em vigor a partir de 11-1-2003; Para efeito de atualizações foi prorrogado através da MP nº 234 de 10-1-2005; Dando aos empresários o prazo até 11-1-2006 para se adaptarem ao NCC.
  • 6. 2 CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES 2.3 Conceito de empresa Antiga Sociedade Comercial = Sociedade Empresária hoje Instrumentos de constituição e alterações registrados na Junta Comercial Antiga Sociedade Civil = Sociedade Simples hoje Registradas em Cartório Para classificas as sociedades no NCC, é preciso entender: # entre Empresário e Não Empresário Empresário: (i) aquele que exerce atividade econômica organizada; (ii) inscrito na junta comercial; (iii) indústria, comércio, prestação de serviços em geral caracterizam atividades empresariais. Continua >>>>>
  • 7. 2 CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES 2.3 Conceito de empresa Não Empresário: aquele que exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. A exemplo um médico em seu consultório. Mas ... se esse médico se une a outros médicos, constituindo um hospital, aí será uma atividade empresarial. Aos cônjuges é possível constituir sociedade entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado em regime de comunhão de bens, ou da separação obrigatória de bens respectivamente. Voltando ao conceito anterior: Empresária x Simples, considera-se empresaria a sociedade que tem por objetivo o exercício de atividade própria de empresário; e, consideram-se simples todas as demais
  • 8. 2 CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES 2.4 Objetivo social no nome empresarial 2.5 Classificação das sociedades Sociedade Não Personificada >> embora constituída oral ou documentalmente, não oficializou o registro; Sociedade Personificada >> registrada no órgão competente (pessoa jurídica) 2.5.1 Sociedades Não Personificadas Sociedade Comum >> explora atividade economia, mas em registro; Sociedade em Conta Participação >> um sócio é o Ostensivo, e os demais são participantes.
  • 9. 2 CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES 2.5.2 Sociedades Personificadas Empresária >> registro na junta comercial Sociedade em Nome Coletivo; Sociedade em Comandita Simples Sociedade Limitada Sociedade por Ações (Lei das S.A.) Sociedade em Comandita por Ações (Lei das S.A.) Simples >> atividade de não empresário registro Cartório Civil Sociedade Simples “Pura” ou Sociedade em Nome Coletivo; Sociedade em Comandita Simples; Sociedade Limitada; Cooperativa >> Legislação especial e CC
  • 10. 2 CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES 2.6 Sociedade Empresária >> registro na junta comercial Registrada para explorar atividades de empresa. São representadas pelas empresas industriais, comerciais e prestadoras de serviço REGULADAS NOS TIPOS: 2.6.1 SOCIEDADE EM NOME COLETIVO Características: (i) somente pessoas físicas podem tomar parte; (ii) todos os sócios respondem solidários e ilimitadamente pelas obrigações; (iii) esse tipo de sociedade é pouco interessante pois as responsabilidade dos sócios vais além do capital, é ilimitada. 2.6.2 SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES (i) Tomam parte sócios de 2 categorias: comanditados – responsabilidade solidária e ilimitada; e, comanditários – responsáveis somente pelo valor de sua quota; (ii) contrato deve descriminar ambos; (iii) em desuso, é menos ruim que a anterior.
  • 11. 2 CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES 2.6.3 SOCIEDADE LIMITADA Características: (i) mais de 90% das empresas se encaixam; (ii) responsabilidade restrita ao valor de suas quotas; (iii) sociedade que tem lei própria nº 11.638/07; (iv) capital divide-se em quotas, iguais ou desiguais onde cada sócio poderá ter uma ou diversas; (v) é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou ato separado; (vi) administradores não sócios, depende da aprovação de todos os sócios antes da integralização do capital, e, de dois terços no mínimo após a integralização; (vii) o exercício do cargo de administrador termina pela destituição, pelo término do prazo; (viii) ao fim do exercício social elabora o Inventário, BP e DRE; (ix) sem prejuízo dos poderes dos sócios, pode o contrato instituir conselho fiscal de três ou mais membros e suplentes, sócios ou não, residentes no país; (x) deliberações dos sócios serão >>>>>
  • 12. 2 CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES 2.6.3 SOCIEDADE LIMITADA >>>> tomadas em reunião ou em assembléia, conforme previsto no contrato social, convocadas pelos administradores nos casos previstos em lei ou no contrato; (xi) a assembléia é obrigatório quando o número de sócios for superior a dez. 2.6.4 DA SOCIEDADE ANÔNIMA (S.A.) OU COMPANHIA (Cia.) Características: (i) o capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir; (ii) regida por lei específica nº 11.638/07 e nos casos omissos, pelas disposições do Código Civil. Será comentada em tópico específico. 2.6.5 DA SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES (i) Também tem o capital dividido em ações e rege-se pelas mesmas normas das sociedades anônimas; (ii) somente >>>>>>
  • 13. 2 CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES 2.6.5 DA SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES >>>> sócio ou acionista pode administrar, e como diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade; (iii) em caso de mais de 1 diretor, ambos respondem solidariamente depois de esgotados os bens sociais; (iv) sociedade em desuso. 2.7 SOCIEDADE SIMPLES Características: (i) explora a prestação de serviços de atividade intelectual: advogados, médicos, contadores ... enfim atividades de natureza científica, literária, artística e intelectual; (ii) registradas em cartório de registro civil; (iii) podem ser estabelecidas segundo os mesmos tipos que as sociedades empresárias: sociedades limitada, em nome coletivo ou em comandita simples.
  • 14. 2 CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES 2.8 SOCIEDADE COOPERATIVA Características: (i) regida por legislação específica às cooperativas Lei nº 5,764/71 e pelo CC; (ii) variabilidade, ou dispensa do capital social; (iii) condicionada a número mínimo de sócios, sem limitação de número máximo; (iv) limitação de quotas para cada sócio; (v) instrasferibilidade das quotas do capital; (vi) necessidade de quorum para a assembléia geral funcionar e deliberar; (vii) direito a um único voto para cada participante nas deliberações; (viii) distribuição dos resultados proporcional ao valor das operações efetuadas; (ix) indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios; (x) responsabilidade dos sócios pode ser limitada ou ilimitada.
  • 15. 2 CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES 2.9 SOCIEDADE ANÔNIMA (SOCIEDADE POR AÇÕES) Sociedade de capitais regidas pela Lei 11.638/07; Também denominadas de companhias, tem capital dividido em ações, e a responsabilidade dos acionistas é limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas; É sempre uma sociedade empresária; 2.9.2 CONSTITUIÇÃO DA S.A. (Requisitos/regras regem a S.A.) - Subscrição, pelo menos por duas pessoas de todas as ações; - Realização mínima de 10% em dinheiro; - Deposito em banco autorizado pela CVM dos 10% dinheiro; - Duas formas de constituição: subscrição pública ou subscrição particular
  • 16. 2 CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES 2.9.3 TIPOS DE S.A. - COMPANHIA ABERTA - captação de recursos junto ao publico via bolsas ou mercado de balcão. - COMPANHIA FECHADA - obtenção dos recursos entre os próprios acionistas; - sociedade tradicional, restrita a pequenos grupos. - SOCIEDADE DE CAPITAL AUTORIZADO - possui limite autorizado pelo estatuto para aumento de capital até certo teto. - SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA - parcela do capital é privado e outra parcela do capital é pertencente a União; - finalidade de interesse público.
  • 17. 2 CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES 2.9.4 OBRIGATORIEDADES DAS S.A. - Assembléia Geral; - reunião dos acionistas com poderes de decisão sobre negócios - Ata e Convocação; - ata é o resumo dos assuntos discutidos nas assembléias lavrada em livro próprio e publicada em jornais; - convocação para assembléias anúncio publicado em jornais. - Publicação das Demonstrações Financeiras. - tanto as S.A. de capital fechado como as S.A. de capital aberto devem publicar no Diário Oficial ou em outro jornal de grande circulação.
  • 18. 2 CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES 2.9.5 AÇÕES - Títulos de propriedade, representativos das cotas-partes de cada sócio em que se divide o capital social de uma sociedade por ações; - Menor fração em que é dividido seu capital; - Proprietário de uma ação torna-se sócio da companhia; - Ao possuidor da ação é conferida parcela de participação no controle e nos lucros da companhia; - Conforme natureza e vantagens que conferem aos seus titulares, podem ser: - ORDINÁRIAS: ações comuns sem quaisquer restrições, nem privilégios salvo o direito ao voto; - PREFERENCIAIS: ações que conferem preferencias declaradas no estatuto como prioridade na distribuição de dividendos e prioridade no reembolso do capital.
  • 19. 2 CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES 2.9.5 AÇÕES - Quanto à forma de circulação, as ações podem ser: - NOMINATIVAS: caracterizadas pela inscrição do nome do acionista no livro de Registro das Ações Nominativas; transferência dessas ações se dá lavrando-se livro de Transferência de Ações Nominativas com assinatura do cedente e do cessionário; - ENDOSSÁVEIS: presume-se pela posse do título com base em série regular de endossos, o exercício do direito perante a companhia requer averbação do nome do acionista no livro de Registro de Ações Endossáveis e no certicado.
  • 20. 2 CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES 2.11 OUTRAS FORMAS DE TRATAR SOCIEDADES - SOCIEDADE NACIONAL - regida pelas leis brasileiras - SOCIEDADE ESTRANGEIRA - necessita de autorização do Poder Executivo; - pode ser acionista em sociedade anônima brasileira. 2.12 EMPRESA RURAL - Baseado no Novo Código Civil, o produtor rural passa a ser chamado de empresário rural, desde que se inscreva na junta comercial, do contrário ele será considerado um produtor rural autonomo.
  • 21. 2 CLASSIFICAÇÃO DE SOCIEDADES 2.13 ESCRITURAÇÃO CONFORME O CÓDIGO CIVIL - O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base em escrituração uniforme em livros específicos e levantar anualmente o BP e a DRE, ficando dispensado dessas obrigações o pequeno empresário. 2.14 SOCIEDADES SEM FINS LUCRATIVOS - São associações pela união de pessoas para exercerem atividades para fins não econômicos.
  • 22. ESQUEMA BÁSICO DE ESCRITURAÇÃO 3 CONTÁBIL - UMA REVISÃO Qualquer Conta do Ativo Débito Crédito $ Aumentos $ Diminuições 3.5.6 Contas de Passivo e de Patrimônio Líquido A — De Passivo Desde que as contas do Passivo sempre apareçam no lado direito do balanço, deve acontecer com elas o inverso do que acontece com as do Ativo, isto é, os aumentos e diminuições do Passivo (obrigações) devem ser registrados da seguinte maneira: Qualquer Conta do Passivo Débito Crédito $ Diminuições $ Aumentos
  • 23. ESQUEMA BÁSICO DE ESCRITURAÇÃO 3 CONTÁBIL - UMA REVISÃO 3.5.7 Resumo do Mecanismo de Débito e Crédito Resumindo o mecanismo apresentado pode-se dizer que: Efetua-se um lançamento a: Contas Débito Crédito de para para Ativo Aumentar Diminuir Passivo Diminuir Aumentar Patrimônio Diminuir Aumentar
  • 24. 4 PLANO DE CONTAS Código Contas 1 ATIVO 1.1 Circulante (até 360 dias) — Disponível 1.1.1 Caixa 1.1.2 Bancos Conta Movimento 1.1.3 Aplicações do Mercado Aberto — Créditos 1.1.4 Duplicatas a Receber 1.1.5 (-) Duplicatas Descontadas 1.1.6 (-) Provisão para Devedores Duvidosos 1.1.7 Títulos a Receber 1.1.8 Imposto de Renda na Fonte a Compensar — Estoques 1.1.9 Mercadorias 1.1.10 Material de Escritório 1.1.11 * (Poderia haver destaque por produtos, por departamento, por filiais etc.) 1.1.12 — Aplicações, Tít. E Valores Mobiliários 1.1.13 — Incentivos Fiscais — Despesas do Exercício Seguinte (Despesas antecipadas) 1.1.14 Prêmios de Seguro a Vencer 1.1.15 Juros a Vencer 1.1.16 Encargos Financeiros a Apropriar 1.1.17 --------------------------------------- 1.2 Realizável a Longo Prazo (após 360 dias) 1.2.1 Contas a Receber 1.2.2 Títulos a Receber 1.2.3 (-) Provisão para Devedores Duvidosos 1.2.4 Empréstimos Compulsórios 1.2.5 Aplicações em Incentivos Fiscais 1.2.6 Empréstimos a Coligadas 1.2.7 ---------------------------- 1.2.8 ----------------------------
  • 25. 4 PLANO DE CONTAS Código Contas 1.3 Permanente — Investimentos 1.3.1 Participações em Outras Cias. 1.3.2 Imóveis para Renda 1.3.3 Imóveis para Futura Utilização (Terrenos) 1.3.4 Aplicações em Incentivos Fiscais (efetivada) — Imobilizado 1.3.5 Terrenos 1.3.6 Edifícios 1.3.7 Instalações 1.3.8 Móveis e Utensílios 1.3.9 Veículos 1.3.10 Marcas e Patentes 1.3.11 Benfeitorias em Propriedade de Terceiros 1.3.12 Imobilizado em Andamento 1.3.13 ------------------------------- 1.3.14 Depreciação (ou Amortização) Acumulada 1.3.14.01 Edifícios - Depreciação 1.3.14.02 Instalações - Depreciação 1.3.14.03 Móveis e Utensílios - Depreciação 1.3.14.04 Veículos - Depreciação 1.3.14.05 Marcas e Patentes - Amortização 1.3.14.06 Benfeitorias - Amortização 1.3.14.07 ------------------------------- 1.3.14.08 ------------------------------- — Diferido 1.3.17 Gastos Pré-Operacionais 1.3.18 Gastos de Organização ou Reorganização 1.3.19 ------------------------------------------------ 1.3.20 (-) Amortização 1.3.20.01 Gastos Pré-Operacionais 1.3.20.02 Gastos de Organização ou Reorganização 1.3.20.03 ----------------------------
  • 26. 4 PLANO DE CONTAS Código Contas 2 PASSIVO 2.1 Circulante (até 360 dias) 2.1.1 Fornecedores 2.1.2 ICMS a Recolher 2.1.3 IR a Pagar (Provisão para I.Renda) 2.1.4 Salários a Pagar 2.1.5 Encargos Sociais a Recolher 2.1.6 Empréstimos Bancários 2.1.7 Contas a Pagar 2.1.8 PIS a Recolher 2.1.9 FINSOCIAL a Recolher 2.1.10 Contribuição Social a Pagar (Provisão) 2.1.11 Título a Pagar 2.1.12 (-) Despesa de Juros a Apropriar 2.1.13 ------------------------------------ 2.2 Exigível a Longo Prazo (após 360 dias) 2.2.1 Financiamentos 2.2.2 Títulos a Pagar 2.2.3 Debêntures a Pagar 2.2.4 ---------------------- 2.2.5 ---------------------- 2.3 Resultados de Exercícios Futuros 2.3.1 Receitas de Exercícios Futuros 2.3.2 (-) Custos/Despesas Referentes a Receitas de Exercícios Futuros
  • 27. 4 PLANO DE CONTAS Código Contas 3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 3.1 Capital Social 3.1.1 Capital Subscrito 3.1.2 (-) Capital a Integrar 3.2 Reservas de Capital 3.2.1 Correção Monetária do Capital Realizado 3.2.2 Ágio na Emissão de Ações 3.2.3 Doações e Subvenções 3.2.4 Prêmio na Emissão de Debêntures 3.2.5 Alienação de Partes Beneficiárias 3.2.6 Reserva para Incentivos Fiscais 3.3 Reservas de Reavaliação 3.3.1 Reavaliação do Permanente 3.4 Reservas de Lucros 3.4.1 Reserva Legal 3.4.2 Reserva Estatutária 3.4.3 Reserva para Contingência 3.4.4 Reserva de Lucros a Realizar 3.4.5 Reserva de Lucros para Expansão 3.4.6 -------------------------------------- 3.5 Lucros ou Prejuízos Acumulados 3.5.1 Lucros Acumulados 3.5.2 (-) Prejuízos Acumulados 3.6.1 (-) Ações em Tesouraria
  • 28. 4 PLANO DE CONTAS Código Contas 4.1 Receita Bruta de Vendas 4.1.1 No Estado 4.1.2 Interestadual 4.2 (-) Deduções da Receita Bruta 4.2.1 Vendas Canceladas 4.2.2 Abatimentos Impostos e Taxas Incidentes sobre Vendas 4.2.3 ICMS 4.2.4 PIS s/faturamento 4.2.5 FINSOCIAL 5.1 (-) Custos da Mercadoria Vendida 5.1.1 Custo por Unidade de Mercadoria Vendida ou 5.1.2. Custo da Mercadoria Vendida com Base no Inventário 5.1.2.1 Estoque Inicial 5.1.2.2 Compras 5.1.2.3 Despesas com Transporte de Compras 5.1.2.4 Outras Despesas de Compras 5.1.2.5 Devoluções de Compras (-) 5.1.2.6 Estoque Final (-)
  • 29. 4 PLANO DE CONTAS Código Contas 5.2 (-) Despesas Operacionais de Vendas 5.2.1 Pessoal 5.2.2 Comissão de Vendedores 5.2.3 Propaganda e Publicidade 5.2.4 Provisão para Devedores Duvidosos 5.2.5 (+) Reversão da Provisão p/ Devedores Duvidosos 5.2.6 Fretes de Vendas Administrativas 5.2.7 Pessoal 5.2.8 Honorários da Diretoria 5.2.9 Encargos Sociais 5.2.10 Aluguel do Escritório 5.2.11 Depreciação de Bens Utilizados pela Administração 5.2.12 Seguros, Acidente de Trabalho 5.2.13 Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 5.2.14 Auditoria e Consultoria 5.2.15 Seguros Financeira 5.2.16 Juros Pagos ou Incorridos 5.2.17 Descontos Concedidos 5.2.18 Correção Monetária Prefixada (+) Receitas 4.4.1 Juros Recebidos (Juros Ativos) 4.4.2 Descontos Obtidos (-) Variações Monetárias 5.2.18* Variação Cambial 5.2.19* Correção Monetária de Dívida * Na hipótese de serem variações positivas, codificaríamos também o dígito 4.
  • 30. 4 PLANO DE CONTAS Código Contas Outras Despesas Operacionais 5.2.20 Prejuízos de Participação em outras Sociedades 5.2.21 ----------------------- Outras Receitas Operacionais 4.5.3 (-) Lucros de Participação em outras Sociedades 4.5.4 ----------------------- (±) Resultados não Operacionais 4.6.1 Ganhos de Capital Permanente 4.6.2 ----------------------- 5.3.1 Perdas de Capital Permanente 5.3.2 ----------------------- 5.3.3 (-) Despesa com Impostos de Renda 5.3.4 Despesa com Contribuição Social 5.4 (-) Participação e Contribuições 5.4.1 Debêntures 5.4.2 Empregados 5.4.3 Administradores 5.4.4 Partes Beneficiárias 5.4.5 Doações e Contribuições 5.4.6 ------------------------------ 5.4.7 ou 4.7 Resultado do Exercício
  • 31. 5 CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS 5.1 Parte Jurídica a) o tipo de sociedade adotado: empresa individual, sociedade civil, sociedade comercial (Ltda., S.A.)...; b) a declaração precisa do objeto social o ramo de negócio que a empresa exercerá; c) o capital social, a participação e a responsabilidade de cada sócio: o valor do capital social, o quinhão de cada sócio; d) qualificação dos sócios: nome, nacionalidade, estado civil, número da identidade, reservista; e) denominação da empresa e sede: o nome comercial da empresa, bem como a sua localização, município; f) prazo de duração da sociedade: normalmente o prazo é indeterminado; g) outras informações: destaque dos sócios-gerentes; forma de integralização do capital; atitudes no caso de falecimento de sócios etc.
  • 32. 5 CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS 5.2.1 Sociedade por Quota de Responsabilidade Limitada (Ltda.) A — Subscrição do Capital Código Data Títulos das contas/histórico Débito Crédito da conta 19x4 maio 02 CAPITAL A INTEGRALIZAR 3.1.2 80.000.000 - CAPITAL SUBSCRITO 3.1.1 - 80.000.000 Capital assumido (subscrito) na constituição de empresa Sílvia Modas Ltda. Conforme contrato assinado na Junta Comercial sob nº 96.495, pelos sócios: ULDERICO BARNAR $ 48.000.000 por 48.000 quotas a $ 1.000 cada uma JANE LIMA TAVARES $ 32.000.000 por 32.000 quotas a $ 1.000 cada uma
  • 33. 5 CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS 5.2.1 Sociedade por Quota de Responsabilidade Limitada (Ltda.) B — Integralização do Capital Código Data Títulos das contas/histórico Débito Crédito da conta 19x4 maio 10 CAIXA A INTEGRALIZAR 1.1.1 40.000.000 - CAPITAL A INTEGRALIZAR 3.1.2 - 40.000.000 Recebimentos dos cheques nominais para integralização de 50% do capital dos sócios: ULDERICO BARNAR $ 24.000.000 cf. cheque do Banco Universal nº ------------------------ JANE LIMA TAVARES $ 16.000.000 cf. cheque do Banco Safenado nº ------------------------
  • 34. 5 CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS Após a realização de 50% do Capital Social, a situação patrimonial é a seguinte: Em $ mil Ativo Passivo e PL 10-5-x4 10-5-x4 Circulante Circulante Caixa 40.000 ------------------------ - Bancos c/ Movimento -0- ------------------------ - Permanente Patrimônio Líquido Investimento -0- 80.000 Capital Subscrito Imobilizado -0- (40.000) (-) Capital a Integralizar Capital Realizado 40.000 TOTAL 40.000 TOTAL 40.000
  • 35. Parte II OPERAÇÕES TÍPICAS EM EMPRESAS COMERCIAIS 6. Impostos e Taxas Sobre Vendas 7. Operações com Mercadorias 8. Apuração Contábil do Resultado 9. Operações Financeiras 10. Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa 11. Folha de Pagamento 12. Depreciação e Correção Monetária
  • 36. IMPOSTOS E TAXAS SOBRE VENDAS 6 (IPI, ICMS, ISS, FINSOCIAL) 6.1 Alguns Aspectos Contábeis do ICMS 6.1.1 Na Compra A contabilização é: Compras/Mercadorias 1 ICMS a Recuperar Fornecedores/Caixa 41.500.000 8.500.000 50.000.000 _____________ 1. A explicação do uso da conta Compras (Resultado) ou conta Mercadorias (Ativo Circulante) será fornecida no capítulo seguinte
  • 37. IMPOSTOS E TAXAS SOBRE VENDAS 6 (IPI, ICMS, ISS, FINSOCIAL) 6.1 Alguns Aspectos Contábeis do ICMS 6.1.2 Na Venda No momento da venda, ao contrário da compra, o ICMS (assim como os outros Impostos sobre Vendas) comporá a Receita Bruta, devendo ser deduzido, em seguida, para apuração da Receita Líquida: Receita Bruta Caixa/Clientes 70.000.000 70.000.000 Em seguida, destaca-se contabilmente o ICMS ICMS s/Vendas ICMS a Recolher 11.900.000 11.900.000
  • 38. IMPOSTOS E TAXAS SOBRE VENDAS 6 (IPI, ICMS, ISS, FINSOCIAL) 6.1 Alguns Aspectos Contábeis do ICMS 6.1.3 Apuração do ICMS a Recolher ICMS pago na compra ICMS recebido na venda ICMS a Recuperar ICMS a Recolher 8.500.000 8.500.000 1 1 8.500.000 11.900.000 3.400.000 11.900.000 (saldo devido) (-) 8.500.000 3.400.000
  • 39. 7 OPERAÇÕES COM MERCADORIAS 7.2 Resultado com Mercadorias (RCM) É obtido de diferença entre o valor das Vendas efetuadas num determinado período e o valor do Custo das Mercadorias vendidas incorrido nesse mesmo período. Assim: RCM = V - CMV ou: RESULTADO COM MERCADORIAS = VENDAS - CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
  • 40. 7 OPERAÇÕES COM MERCADORIAS 7.4 Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) Representa o valor atribuído às mercadorias negociadas pelo comerciante com seus clientes. O CMV, como o nome indica, é um valor de custo para o comerciante, valor que será confrontado com o valor de venda (receita) para a obtenção do Resultado com Mercadorias - RCM. Monetariamente, o valor do CMV é obtido pela equação: Custo das Mercadorias Vendidas = Estoque Inicial + Compras - Estoque Final CVM = EI + - EF
  • 41. 7 OPERAÇÕES COM MERCADORIAS 7.4 Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) 7.4.1 Inventário Periódico versus Inventário Permanente A característica básica do inventário periódico é a de que a empresa toma conhecimento do volume de seus estoques (para fins contábeis) de tempos em tempos, ou seja, no final de cada período (mês, semestre, ano). Com isso, o valor do CMV também só é conhecido periodicamente. Por isso, não há registro do CMV à medida que as vendas vão correndo. No inventário permanente, a cada venda efetuada a empresa controla cada item de estoque negociado. Isso permite que se conheça, após cada operação (quer de compra, quer de venda) o nível de seus estoques. Se acoplada ao controle físico da movimentação dos estoques uma forma de controle financeiro, serão conhecidos após cada movimentação tanto o valor do CMV (da operação ou o acumulado até a operação), como o valor do estoque remanescente (Estoque Final).
  • 42. 7 OPERAÇÕES COM MERCADORIAS A Demonstração do Resultado do Exercício: A DEMONSTRAÇÃO NA FORMA DEDUTIVA Vendas 224.000 Menos: Devolução de Vendas 6.000 Abatimentos s/ Vendas 4.000 10.000 214.000 Vendas Líquidas (-) CMV: Estoque Inicial 30.000 (+) 182.000 Menos: Devoluções de Compras 9.000 Abatim. s/ Compras 5.000 14.000 168.0001 Mercadorias Disponíveis 198.000 (-) Estoque Final 28.000 Custo das Mercadorias Vendidas 170.000 Lucro Bruto 44.000 etc. 1. 168.000,00 correspondem às compras líquidas. Devoluções e abatimentos alteram o valor das compras ou das vendas, diminuindo-as.
  • 43. 7 OPERAÇÕES COM MERCADORIAS 7.7 Inventário Permanente e Avaliação dos Estoques Cada um dos critérios arrolados pode ser subdivido em métodos distintos de abordar o assunto. Apenas a título de curiosidade citamos a seguir alguns dos métodos possíveis dentro do “critério do custo de aquisição sem consideração dos eleitos da inflação”:  método do custo específico;  método do custo mais recente;  método PEPS (ou FIFO), conhecido por “Primeiro a Entrar e o Primeiro a sair”, do inglês “First In, First Out” ;  método UEPS (ou LIFO), conhecido por “Ultimo a Entrar e o ´Primeiro a sair”, do inglês “Last In, First Out”;  método do “custo médio ponderado”;  método do “custo médio ponderado variável”.
  • 44. 7 OPERAÇÕES COM MERCADORIAS 7.7.5 Comparação entre Métodos Para uma observação dos reflexos dos quatro métodos ilustrados, suponha-se que os preços unitários das três vendas realizadas tenham sido $ 40,00, $ 45,00 e $ 50,00 conforme a ordem cronológica que que ocorreram. Logo, a receita total do mês de março foi de $ 1.800,00. Tabulando os dados de forma resumida teremos: Custo Média Ponderada PEPS UEPS Específico Móvel Vendas 1.800 1.800 1.800 1.800 (-) CMV 1.050 1.000 1.250 1.094 Lucro Bruto 750 800 550 706 Est. Final 1.300 1.350 1.100 1.256
  • 45. 7 OPERAÇÕES COM MERCADORIAS 7.8 Avaliação do Estoque no Caso de Inventário Periódico 7.8.1 Método do Preço Específico 7.8.2 PEPS (FIFO) 7.8.3 UEPS (LIFO) 7.8.4 Média Ponderada Móvel
  • 46. 8 APURAÇÃO CONTÁBIL DO RESULTADO 8.1 Resultado e Período Contábil Despesas de Salários Receita 16.000.000 16.000.000 45.000.000 45.000.000 Apur.Result.Exercício 16.000.000 45.000.000 7.000.000 Despesas de Mat.Escritório 7.000.000 7.000.000
  • 47. 8 APURAÇÃO CONTÁBIL DO RESULTADO 8.1.4 Apuração do Resultado Se o total da receita for maior que o total da despesa, haverá lucro; se a receita for menor que a despesa, haverá prejuízo. No exemplo apresentado, têm-se $ 45.000.000 de receita contra $ 23.000.000 de despesa; portanto, houve um lucro de $ 22.000.000 ($45 -$23). Apuração do Resultado do Exercício (Despesas) 23.000.000 45.000.000 (Receita) 22.000.000 (Saldo) lucro
  • 48. 8 APURAÇÃO CONTÁBIL DO RESULTADO 8.2 Apuração Contábil de Resultado em Empresa Comercial Custo Merc. Vendida Receita Bruta XXX   Resultado com Mercadorias  YYY Depurações de Receita Bruta   XXX   XXX     XXX YYY      XXX    Apuração do Resultado do Exercício  XXXXXX   Outras Receitas Despesas Diversas XXXX XXXX XXXX XXXXX  
  • 49. 9 OPERAÇÕES FINANCEIRAS 9.1 Importância da Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) 9.2 Aplicações Financeiras 9.3 Financiamentos 9.3.1 Empréstimos com juros — prefixados 9.3.2 Desconto de duplicadas 9.3.3 Empréstimos com juros pós-fixados (variações monetárias)
  • 50. 9 OPERAÇÕES FINANCEIRAS 9.4 Descontos financeiros (Condicionais) Os descontos financeiros são os prêmios oferecidos pelo vendedor ao comprador, por um pagamento antecipado de dívidas assumidas com transação de mercadorias. Normalmente, o vendedor indica, na nota fiscal, ou na duplicata, que o valor da dívida é “X”, e que será cobrada, dentro de 90 dias, pelo próprio valor; se for paga dentro de 60 dias, o comprador gozará de um desconto de 3%, e, se dentro de 30 dias, de 5%. Essas porcentagens variam segundo as condições; há, inclusive, os que concedem desconto a favor dos que fazem o pagamento no próprio dia do vencimento.
  • 51. PROVISÃO PARA CRÉDITO 10 DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA O recebimento da duplicata não é líquido e certo, uma vez que a empresa está sujeita aos riscos de crédito. Se a empresa tiver perdas com seus clientes (os que não são bons pagadores), o saldo de Duplicatas a Receber será reduzido, isto é, a empresa não receberá o montante registrado, mas aquele montante menos as possíveis perdas. Dessa forma, defronta-se com dois valores referentes a Duplicatas a Receber: aquele registrado como contrapartida da Vendas a prazo e aquele que efetivamente a empresa irá receber (deduzidas as possíveis perdas). Pelo Conservadorismo, não há dúvida, fica-se com o menor.
  • 52. PROVISÃO PARA CRÉDITO 10 DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA 10.1 Cálculo da Provisão para Devedores Duvidosos DEMONSTRAÇÃO DO CÁLCULO DA PROVISÃO (Retrospecto histórico) Duplicatas a Receber Exercício Perda efetivamente observada Saldo em 31/12 Ano 1 200.000.000 7.000.000 Ano 2 250.000.000 10.000.000 Ano 3 300.000.000 10.750.000 ___________ __________ Total 750.000.000 27.750.000 Σ Perda X 100 27.750.000 _________________ = ________________ = 3,7% Σ Saldos 750.000.000
  • 53. PROVISÃO PARA CRÉDITO 10 DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA Despesas com Provisão p/ Pro.p/ Dev. Duvidosos Crédito Liq. Duvidosa Duplicatas a Receber a 10.750.000 12.500.000 c 14.311.600 387.550.000 10.750.000 a (Provisão de (v.bruto) b 1.750.000 31-12-x3) 376.800.000 12.500.000 12.500.000 (Saldo de Revisão Prov. Dev. Duvidosos 31-12-x4) 14.311.600 c 1.750.000 b
  • 54. 11 FOLHA DE PAGAMENTO 11.1 Noções Básicas de Contabilização da Folha de Pagamento e Encargos Sociais Pactuados os salários com os empregados, a contabilização da folha de pagamento deve ser feita de modo a respeitar o regime de competência mensal. Suponhamos que o salário mensal do empregado A seja de $ 200,00. No final de abril/x1, tendo ele trabalhado sem faltas, teremos: Déb. Despesas com Salários 200,00 Créd. Caixa/Bancos (Salários a Pagar) 200,00
  • 55. 11 FOLHA DE PAGAMENTO 11.1.2 Encargos dos Empregados Os próprios empregados são responsáveis por parte do custeio da previdência social oficial. O governo atribui às empresas a responsabilidade de serem as intermediárias arrecadadoras das contribuições dos empregados. Surge então um novo “desconto” na folha de pagamento: para com a IAPAS. É comum, também, que empregados que percebam salários acima de certos montantes tenham outro desconto em folha: o relativo ao imposto de renda. Esse desconto é o “imposto de renda retido na fonte” (IRRF). A empresa — fonte pagadora — recebe a incumbência de efetuar essa retenção, a qual nada mais é do que uma tributação do imposto de renda sobre os salários (renda) dos empregados. A “contribuição sindical” é outro encargo que cabe ao empregado, competindo à empresa empregadora reter na fonte. Isso ocorre uma vez por ano.
  • 56. 11 FOLHA DE PAGAMENTO 11.1.3 Encargos da Empresa As empresas empregadoras também são responsáveis por parte do custeio da previdência social. Esse ônus, despesa da empresa, é um dos denominados “encargos sociais”. O cálculo do encargo da empresa para com o IAPAS tem como base os salários pagos aos empregados. O valor recolhido pela empresa ao IAPAS, encargo seu, é composto de uma série de valores, cada um dos quais recebendo, quando em poder do governo, uma destinação específica: Fundo de Previdência e Assistência Social, salário-família, salário-maternidade, salário-educação, seguro acidentes do trabalho etc. Parte dos encargos sociais da empresa para com o IAPAS acaba sendo ressarcida (pelo menos parcialmente) pelo governo às empresas. Alguns casos são a seguir explicados, sem aprofundamento nas minúcias legais de cada um.
  • 57. 11 FOLHA DE PAGAMENTO 11.2 Férias É constitucionalmente garantido aos empregados o gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal. Os empregados adquirem o direito às férias a cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho (é o chamado “período de aquisição”), o qual não é interrompido quando as férias forem efetivamente gozadas. O tempo normal de duração das férias é de 30 dias (que poder ser reduzido para 24, 18 ou 12 dias em função do número de faltas injustificadas no período aquisitivo: essa particularidade não será aqui aprofundada). As férias devem ser pagas ao empregado antes que ele as inicie a gozar e, pela norma constitucional, acrescidas de pelo menos um terço do valor que lhe cabe pelos dias que gozará (em regra geral, 30 dias).
  • 58. 11 FOLHA DE PAGAMENTO 11.2.1 Abono Pecuniário e Provisão para Férias É a expressão técnica para a possibilidade que existe de o empregado negociar com a empresa no máximo um terço do período de férias a que tem direito. Ou seja, tendo ele direito a, por exemplo, 30 dias, recebe por 30 dias de férias, mas somente goza 20 deles. Os 10 outros ele trabalha, recebendo normalmente pelo seu trabalho. É o que, no jargão popular, se usa como “vendeu 1/3 das férias”.
  • 59. 11 FOLHA DE PAGAMENTO 11.3 13º Salário “Décimo terceiro salário” é o nome popular que tecnicamente se denomina “gratificação de natal”, ou “gratificação natalina”, que, de forma simplificada, consiste em pagar ao empregado “um salário a mais no final do ano”. Essa regra geral, tal como enunciada, na prática é bem mais flexível. Em primeiro lugar, o 13º salário pago deve guardar certa proporcionalidade com o período de tempo de trabalho do empregado naquele ano. Em segundo lugar, a legislação determina que o 13º salário seja pago em duas parcelas: a primeira até 30 de novembro e a segunda (e última) até 20 de dezembro de cada ano.
  • 60. 12 Depreciação 12.1 Depreciação Os bens do imobilizado, com o passar do tempo, em virtude do uso, vão sofrendo deteriorização física. Dessa forma, os bens vão perdendo sua eficiência funcional. Esse desgaste ocorrido no período é contabilizado como despesa denominada Depreciação. A depreciação também pode ocorrer por razões tecnológicas, ou seja, o bem pode, de uma hora para outra, ficar superado, antiquado, perder sua competitividade, tornando-se inviável a sua utilização. Nesse caso denomina-se depreciação por obsoletismo. A depreciação ocorre normalmente com bens tangíveis (corpóreos). Quando se tratar de bens intangíveis (incorpóreos, isto é, que não podem ser tocados, palpados), a despesa é denominada (em virtude da perda de valor do bem) Amortização. A perda de valor decorrente da exploração de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais é denominada Exaustão. Normalmente, os procedimentos aplicados à depreciação são válidos para a Amortização e Exaustão.
  • 61. 12 Depreciação 12.1.1 Taxa Anual de Depreciação Para cálculo de taxa anual de depreciação é necessário estimar a vida útil do bem, isto é, quando ela vai durar, levando-se em consideração as Causas Físicas (o uso, o desgaste natural e a ação dos elementos da natureza) e as Causas Funcionais (a inadequação e o obsoletismo, considerando-se o aparecimento de substitutos mais aperfeiçoados). Taxas de Depreciação Anual Fixadas pela Legislação do Imposto de Renda Grupos de Bens do Imobilizado Ao Ano 100% ÷ pela vida útil estimada Bens Móveis em geral 10% (100% ÷ 10 anos) Edifícios e Construções 4% (100% ÷ 25 anos) Biblioteca 10% (100% ÷ 10 anos) Ferramentas 20% (100% ÷ 5 anos) Máquinas e Instalações Industriais 10% (100% ÷ 10 anos) Veículos em geral 20% (100% ÷ 5 anos)
  • 62. 12 Depreciação 12.1.2 Depreciação por Uso Intensivo Para dois turnos Taxa Normal X Coeficiente Taxa Acelerada X 1,5 10% 15% Máquinas X 1,5 20% 30% Ferramentas: X 1,5 ----- ------ ------------------- X 1,5 ----- ------ ------------------- Para três turnos Máquinas 10% X 2,0 20% ----------------- ------ X 2,0 ------ ----------------- ------ X 2,0 ------
  • 63. 12 Depreciação 12.1.3 Cálculo e Contabilização da Depreciação Período DRE (Despesas ou Custo) Balanço Patrimonial (Ativo Permanente) ______________ _________ Depreciação Imobilizado Depreciação Acumulada ______________ _________ 1º Ano Desp. Depreciação (3.000.000) 1 3.000.000 Veículos 15.000.000 3.000.000 1 ______________ _________ (-) Depr. Acumulada (3.000.000) ______________ _________ 12.000.000 ______________ _________ Imobilizado Depreciação Acumulada Depreciação ______________ _________ 3.000.000 2º Ano 2 3.000.000 Veículos 15.000.000 Desp. Depreciação (3.000.000) (-) Depr. Acumulada (6.000.000) 3.000.000 2 ______________ _________ 9.000.000 3.000.000 ______________ _________ 3º Ano ______________ _________ ______________ __________________________ ________________ 4º Ano ______________ _________ ______________ __________________________ ________________ ______________ _________ Imobilizado Depreciação Acumulada ______________ _________ Depreciação 5º Ano Desp. Depreciação (3.000.000) Veículos 15.000.000 12.000.000 3 3.000.000 ______________ _________ (-) Depr. Acumulada (15.000.000) 3.000.000 3 ______________ _________ -0- 15.000.000 Observações Obs. 1: se o bem fosse adquirido durante o ano, a depre- Obs. 2: a conta Veículos não será baixada enquanto esses ciação seria em duodécimo, considerando-se uma não forem vendidos ou destruídos. taxa proporcional ao número de meses de uso ao ano. Debita  Despesas de Depreciação Partidas Dobradas Credita  Depreciação Acumulada