1. ÁREAS DE RISCO EM SÃO PAULO
Eduardo Soares de Macedo (1), Frederico Bohland Neto (2) e Luciana Pascarelli (3)
(1) Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT
(2) Bureau de Projetos e Consultoria
(3) Prefeitura da Cidade de São Paulo
8. MODELO DE ABORDAGEM DA UNDRO
UNDRO-(Office of the United Nations Disasters Relief Co-Ordinator)
1. Identificação dos riscos
Mapeamento
2. Análise dos riscos
3. Medidas de prevenção
4. Planejamento para situações de emergência
5. Informações públicas e treinamento
9. R = P(A) x C(V)/G
Onde:
R = Risco
P (A) = Probabilidade de ocorrência de um acidente associado
a um determinado perigo ou ameaça
C (V) = Consequências, danosas às pessoas ou bens, em
função da vulnerabilidade (V) do meio exposto ao perigo
G = Grau de gerenciamento (G) colocado em prática pelo
poder público e/ou pela comunidade
(A partir de NOGUEIRA, 2002)
10. MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS INSTALADAS
• uso de metodologia reconhecida pelo Ministério
das Cidades
• reconhecimento do problema
• propõe a concepção das soluções
• permite priorizar as intervenções (estruturais e
não-estruturais)
• fotografias aéreas oblíquas obtidas em voos de
helicóptero
• avaliações geológicas-geotécnicas “in situ”
11. MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS INSTALADAS
FATORES AVALIADOS
• tipologia do processo esperado e a sua probabilidade ou
possibilidade de ocorrência
• vulnerabilidade dos assentamentos urbanos
• potencial de danos
12. MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS
ELEMENTOS DE ANÁLISE
• características morfológicas e morfométricas do terreno
• materiais geológicos e perfil de alteração
• estruturas geológicas
• coberturas do terreno
• evidências de movimentação
• condições associadas às águas servidas, pluviais e
subsuperficiais
• intervenções do uso e ocupação
13. MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS INSTALADAS
ATIVIDADES
1.Obtenção de fotos oblíquas de baixa altitude, a partir de
sobrevoo de helicóptero;
2.Trabalhos de campo para caracterização e delimitação ou
reavaliação dos setores de risco nas áreas de risco previamente
definidas;
3.Avaliação da possibilidade de ocorrência dos processos
destrutivos;
4.Avaliação das consequências potenciais considerando a
vulnerabilidade das moradias;
5.Definição do grau de risco dos setores; e
6.Recomendações de intervenções para controle de risco.
19. Escorregamento de solo e exposição
das moradias ao risco R4 – Muito
Alto. Área do Parque das Flores,
Subprefeitura de São Mateus, Zona
Leste. (IPT, 2010).
Cicatriz de escorregamento de solo,
com moradias próximas à base e ao
topo do talude. Parque das Flores,
Subprefeitura de São Mateus, Zona
Leste. (IPT, 2010).
21. Número de áreas mapeadas em cada Subprefeitura
Subprefeitura Nº de Subprefeitura Nº de Subprefeitura Nº de
áreas áreas áreas
Cidade Ademar 24 Guaianases 17 Penha 05
Aricanduva 06 Ipiranga 04 Pirituba/Jaraguá 20
Butantã 21 Itaquera 12 Perus 24
Campo Limpo 32 Itaim Paulista 12 São Mateus 20
Capela do Socorro 42 Jabaquara 13 São Miguel 07
Cidade Tiradentes 07 Jaçanã/Tremembé 14 Santana 01
Casa Verde/ Cachoeirinha 21 Lapa 03 Vila Prudente/Sapopemba 08
Ermelino Matarazzo 06 M´Boi Mirim 50 Vila Maria/Vila Guilherme 02
Freguesia do Ó/Brasilândia 25 Parelheiros 11
22. Número de setores por
nível de risco
Total de setores: 1179
• 735 encostas
• 444 margem de córrego
Número de moradias por nível de risco
Total de moradias: 105.816
Moradias para remoção imediata: 1.132
23. CADASTRAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS
INSTALADAS
• o mapeamento cadastral tem por finalidade a
elaboração de um Plano de Intervenção;
• metodologia desenvolvida pela Bureau;
• análise dos estudos anteriores (IPT, SISTRAN) e
comparação das manchas com grau de risco alto e grau
de risco muito alto identificadas nos levantamentos;
• avaliação do grau de risco das moradias, em escala de
semi-detalhe;
• análise de dados e elaboração do plano de intervenção.
24. Elementos analisados para a avaliação do
grau de risco no cadastramento
•Características morfológicas e morfométricas do terreno;
•Características geológicas e geoestruturais;
•Feições de movimentação do solo;
•Padrão construtivo das moradias;
•Infraestrutura urbana presente;
•Obras de contenção existentes.
25. Prioridades
•8 níveis de prioridade;
•Prioridades para remoção de moradias;
•Prioridades para realização de obras.
27. Exemplo de prioridades
Grau de Número de Setor Prioridades para Intervenção
Setores
Risco (IPT) Moradias BUREAU P.1 P.2 P.3 P.4 P.5 P.6 P.7 P.8 Dem. Total
SM‐06‐04 R4 108 A e B 52 12 24 8 0 0 0 0 21 117
SM‐06‐07 R4 53 C 11 2 8 0 0 0 0 0 8 29
SM‐06‐02 R3 53 D 0 0 2 15 0 16 21 0 0 54
SM‐06‐03 R3 14 G 0 0 7 4 1 0 0 0 0 12
SM‐06‐06 R3 17 F 10 7 4 0 0 0 0 0 2 23
SM‐06‐08 R3 38 H 0 2 18 7 0 0 0 0 0 27
Área SM‐06
SM‐06‐09 R3 31 E 0 4 0 33 0 0 0 0 1 38
SM‐06‐01 R2 160 K e L 0 2 0 14 38 21 58 0 0 133
SM‐06‐05 R2 144 I e J 2 1 12 46 46 44 0 0 0 151
R4 161 R4 63 14 32 8 0 0 0 0 29 146
R3 153 R3 10 13 31 59 1 16 21 0 3 154
TOTAIS R2 304 R2 2 3 12 60 84 65 58 0 0 284
R1 0 R1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Total 618 Total 75 30 75 127 85 81 79 0 32 584
28.
29. MEDIDAS ESTRUTURAIS E NÃO-ESTRUTURAIS
• obras de drenagem superficial e serviços de limpeza
(remoção de lixo e entulho) foram indicadas para 70% dos
setores;
• obras de contenção de encosta e de margens de córrego
foram sugeridos para cerca de 20% das áreas;
• remoção definitiva de moradias, muitas vezes tratadas
erroneamente como “única solução”, indicada para menos
de 2% dos casos.
30. Ações e programas para áreas
Urbanização
de risco em
de Favelas
Oficinas de
Percepção de Regularização
São Paulo Risco em Fundiária
comunidades
Capacitação
Programa
de
Servidores Mananciais
Risco
Geológico
Canalização HABISP
de Córregos
Programa de Plano
intervenções Preventivo
em áreas de Defesa
risco Civil
Operação
Parques Defesa das
Lineares Águas
31. Sistema de Informações para habitação
social na Cidade de São Paulo - HABISP
Setores de
risco
Armazenamento, organização, processamento e produção de informações geográficas de alta
qualidade, que servem de suporte para os técnicos da PMSP na tomada de decisões