O documento descreve os principais processos do ciclo hidrológico, incluindo a precipitação, interceptação, infiltração, escoamento superficial e evapotranspiração. Ele explica como a água circula entre a superfície terrestre e a atmosfera, impulsionada pela energia solar, e como esses processos afetam a crosta terrestre e a atmosfera. Além disso, fornece detalhes sobre a interceptação pela vegetação, os fatores que afetam a infiltração e os diferentes tipos de escoamento superficial
2. CICLO HIDROLÓGICO
É o fenômeno global de circulação fechada da água
entre a superfície terrestre e a atmosfera, impulsionado
fundamentalmente pela energia solar associada à
gravidade e a rotação terrestre, tendo como principais
fases a precipitação, interceptação, infiltração,
escoamento superficial e evapotranspiração.
3. É um sistema fechado em nível global, porém à medida
que se considere área menor de drenagem, fica mais
caracterizado o ciclo hidrológico como um ciclo aberto
ao nível local.
O conceito do ciclo da água é o fundamento de toda
ciência hidrológica, uma vez que considera que toda
água da terra está inserida em um sistema de inter-
relações contínuas, que se processam através de três
estados da água: sólido, líquido e gasoso.
4. Afeta a parte superficial da crosta terrestre até
aproximadamente 1 km de profundidade e a
atmosfera até em 15 km de altitude (troposfera).
O intercâmbio entre as circulações da superfície
terrestre e da atmosfera, fechando o ciclo
hidrológico, ocorre em dois sentidos: a) no sentido
superfície-atmosfera, onde o fluxo de água ocorre
fundamentalmente na forma de vapor, como
decorrência dos fenômenos de evaporação e
transpiração, este último um fenômeno biológico;
b) no sentido atmosfera-superfície, onde a
transferência de água ocorre em qualquer estado
físico, sendo mais significativas, em termos
mundiais, as precipitações de chuva e neve.
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7. INTERCEPTAÇÃO
É a retenção de parte da precipitação acima da superfície do
solo que pode ocorrer devido à vegetação ou outra forma de
obstrução ao escoamento.
Interceptação pela vegetação – é mais intensa no início das
precipitações, diminuindo no decorrer destas. Ocorre
retenção das águas pelas ramas, troncos e folhas, depois de
encharcados, começa o gotejamento.
Variações da interceptação pela vegetação – depende da
intensidade e volume da chuva, bem como da fisionomia da
cobertura vegetal.
Com 6,4 mm de chuva em floresta densa --- 80% é interceptado.
Com 25 mm de chuva em floresta densa -----30% é interceptado.
Floresta de coníferas intercepta mais que floresta caducifólia.
Gramados e plantio de cereais interceptam igual à floresta caducifólia.
8. Importância da Interceptação pela vegetação.
Protege os solos e relevo dos processos erosivos.
Favorece a infiltração hídrica e a pedogênese.
Conserva as nascentes e margens dos cursos hídricos.
Melhora as condições microclimáticas mantendo a umidade
atmosférica e edáfica.
Interceptação Artificial – efetuada por obras, residências ou infra-
estrutura originadas pelas atividades humanas. Exemplos: telhados,
galpões e residências, terrenos e quadras cimentadas, vias asfaltadas.
Influência da interceptação artificial.
Elimina ou reduz a infiltração hídrica no solo
Diminui o potencial hídrico dos mananciais subterrâneos
Aumenta a evaporação hídrica. (no caso dos açudes)
Amplia o volume das águas escoadas, podendo provocar
transbordamento dos canais fluviais e reservatórios hídricos
superficiais.
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12. INFILTRAÇÃO
Infiltração – processo de penetração da água nas camadas
do solo. Inicialmente preenche as deficiências de umidade
do solo sendo o excedente deslocado para baixo formando o
lençol freático.
Drenagem interna do solo – todos os horizontes podem
drenar através deles, a velocidade depende da
permeabilidade do material.
Fases da infiltração
Fase de intercâmbio – próximo à superfície sujeita a
retornar por efeito de capilaridade
Fase de descida – movimento vertical dada à força da
gravidade e do volume hídrico.
Fase de circulação – escoamento subterrâneo, com
percolação da água e recarga de aqüíferos.
13. Fatores que influem na infiltração
Umidade do solo,
Espessura da camada saturada,
Compactação do solo devida às chuvas ou
atividade antrópica, formação de crostas na
superfície do solo
Macroestrutura do solo
Fisionomia da cobertura vegetal, temperatura e
vento e modelado do relevo.
Medidas de infiltração hídrica (mm/hora, mm/dia,
m3/m2/dia).
14. Aparelho de medição
Infiltrômetros
Tensiômetros – medida de tensão entre água e solo
Condutividade térmica, radioativa ou elétrica.
Pesagem úmida X pesagem seca, através de estufa em
laboratório.
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17. CAPILARIDADE
Capilaridade é a subida (ou descida) de um líquido
através de um tubo fino, que recebe o nome de
capilar. Esse fenômeno é resultado da ação da
interação das moléculas da água com o vidro
(considerando que o tubo é de vidro). Essa
interação depende de alguns parâmetros como o
diâmetro do tubo (quanto mais fino, maior a
aderência), o tipo de líquido e sua viscosidade,
que, por sua vez depende da temperatura (mais
quente, menos viscoso).
18. Isso se dá mais ou menos da seguinte forma: as
moléculas do líquido são atraídas pelas moléculas do
tubo por causa das interações intermoleculares. Desse
modo, o líquido fica "grudado" na parede.
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20. ESCOAMENTO SUPERFICIAL
É o segmento do ciclo hidrológico que estuda o
deslocamento das águas na superfície terrestre,
impulsionado pela força da gravidade. Considera o
movimento das águas a partir da chuva que com a
saturação do solo pela umidade ou
impermeabilidade do solo, se escoa pela superfície.
Etapas do escoamento.
Pelicular laminar –- movimento de águas livres –
formação de micro drenagem –torrentes –cursos
de água -- rede de drenagem organizada.
22. Padrões de Escoamento
Escoamento superficial – é o escoamento de água que
ocorre nas encostas, quando o solo se torna saturado. Essa
pode ser uma tradução para o termo inglês runoff. Ocorre
quando a capacidade de infiltração da superfície do solo é
excedida e não consegue mais absorver água.
Escoamento em lençol – é o escoamento de água de
forma difusa, em uma encosta. O início do processo de
escoamento se dá, quase sempre, dessa forma. Ou seja,
nesse estágio ainda não há canalização escoamento das
águas. O escoamento em lençol dá origem à erosão em
lençol (laminar).
Escoamento concentrado – é o escoamento da água já
organizada em sulcos e pequenos filetes, que irá evoluir na
formação de ravinas e voçorocas constituindo a erosão
linear.
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24. Escoamento subsuperficial – é o fluxo de água
que ocorre em subsuperfície. A água que percola
no solo pode encontrar uma descontinuidade
com menor permeabilidade e começar a escorrer
lateralmente, dentro do solo em subsuperfície.
Escoamento fluvial – corresponde à quantidade
total de água que alcança os cursos fluviais,
incluindo o escoamento pluvial que á imediato, e
quantidade de água que, pela infiltração, vai se
juntar a ela, de modo lento.