2. RISCOS E DESVANTAGENS NO USO PROFILÁTICO DE ANTIMICROBIANOS
1 – NÃO EXISTE DROGA ANTIMICROBIANA QUE SEJA CAPAZ DE AGIR SOBRE TODAS
AS BACTÉRIAS VIGENTES
2 -USO INDICRIMINADO FAVORECE A AQUISIÇÃO DE RESISTENCIA. PODE GERAR
MUDANÇA DA MICROBIOTA RESIDENTE E RISCO DE SUPERINFECÇÃO.
3- OS ANTIMICROBIANOS PODE INDUZIR IRRITAÇÃO, ALERGIA OU TOXICIDADE AO
ORGANISMO DO HOSPEDEIRO
BENEFICIOS E VANTAGENS NO USO PROFILÁTICO DE ANTIMICROBIANOS
1 – REDUZIR A MORBIDADE E MORTALIDADE POR INFECÇÕES
2- REDUZIR O TEMPO DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR
3 – REDUÇÃO DE COMPLICAÇÕES INERENTES AO PROCEDIMENTOS (FLEBITES, ESCARAS
ETC)
4 – MENOS SELEÇÃO DE CEPAS RESISTENTE DEVIDO A REDUÇÃO DO USO DE
ANTIMICROBIANOS TERAPEUTICOS
5- É INDICADO QUANDO HÁ RISCO DO PACIENTE CONTRAIR UMA INFECÇÃO.
3. CRITÉRIOS PARA USO PROFILÁTICO DOS ANTIMICROBIANOS
1- BENEFICIO DEVE SER MAIOR QUE AS DESVANTAGENS: NÃO SÓ
PELA FREQUENCIA MAIS TAMBEM PELA GRAVIDADE
2 - O ANTIBIOTICO DEVE SER ATIVO CONTRA O MICROORGANISMO
ENVOLVIDO NA GENESE DA INFECÇÃO: DROGAS DE ESPECTRO DE
AÇÃO ESPECIFICO
3 - NA PROFILAXIA DA INFECÇÃO CIRURGICA DEVE-SE OBSERVAR O
TEMPO DE INICIO DO EMPREGO DO ANTIBIOTICO: INICIO DEVE SER
NO PRÉ-OPERATÓRIO IMEDITADO E MANTIDO POR TEMPO REDUZIDO,
NÃO MAIS QUE 24H APÓS O PROCEDIMENTO
4 - É IMPORTANTE O MÉDICO AVALIAR OS RISCOS DE INFECÇÃO
INERENTES AO PACIENTE: DIABETES, AIDS, CANCER, IDADE. ALÉM DO
TEMPO DE CIRURGIA E FATORES QUE POSSAM INFLUENCIAR NA
INFECÇÃO.
4. 14 MANDAMENTOS DA
PROFILAXIA EM CIRURGIA
Por Walter Tavares, “Antibiotico e quiomoterápicos para o
clínico” 2ed, Ed Ateneu 2009
5. 1 – uso de antibiótico profilático não substitui os requisitos absolutos da
delicada e precisa técnica cirúrgica
2- Identifique aquelas cirurgias nas quais risco existente de infecção pode
reduzido por antibióticoprofilaxia, de tal modo que esse beneficio exceda o
risco, ainda que pequeno, da administração do antibiotico
3- Determine a microbiota que provavelmente causará a infecção no pós-
operatório.
4- Escolha o antibiótico, ou ao menos, idealmente a combinação de
antibióticos comprovadamente ativos contra a microbiota especficamente
presente no sítio da cirurgia. Entre drogas de igual eficácia, escolha a menos
tóxica e, em seguida, a menos dispendiosa.
5 – não adiciona antibióticos a um regime de eficácia comprovada. As drogas
adicionais, usualmente, aumento mais os riscos do que trazem beneficios
6. 6 – Novos antibióticos não devem ser adotados em lugar de um regime de
eficiência comprovada, até que sua eficiencia seja estabelecida em vários
trabalhos clínicos.
7 – Administre a dose terapeutica integral do antibiótico escolhido. Não reduza
a dose só porque está sendo administrado para a profilaxia.
8 – Escolha o momento da administração intravenosa/oral do antibiótico de tal
maneira que uma concentração ativa nos tecidos tenha sido alcançada no
momento que possa ocorrer contaminação bacteriana perioperatória. Em
geral, o antibiótico devem ser administrado 30 minutos antes da incisão de
pele, isto é, na indução anestésica.
9 – Repita a administração do antibiótico se a operação for prolongada. A
concentração sérica é imprevisível durante uma operação, devido a perda de
sangue, administração de fluídos e outros fatores que afetam o volume
sanguineo. Em geral repita a dose a cada 2 horas durante a operação,
quando a meia-vida da droga é menor que uma hora.
7. 10 – Não administre antibióticos profiláticos no pós-operatório. A profilaxia
transoperatória com uma dose da droga é tão efetiva quanto múltiplas doses
continuadas por qualquer período no pós-operatório, seja curto ou longo.
11- Se uma prótese for colocada como parte de uma operação e um dreno é
colocado na proximidade da prótese, ou as defesas do hospedeiro estão
comprometidas, pode ser necessário continuar o antibiótico até que o dreno
seja removido ou por um curo período de tempo pós-operatório.
12- Se uma infecção já estabelecida é encontrada durante a operação, o
enfoque muda para terapia, e o antibiótico será continuado como terapêutica
conforme indicação clínica.
13 – Se múltiplas doses do antibiótico são empregadas como profilaxia e uma
infecção se desenvolve no pós-operatório (falha da profilaxia), um outro
antibiótico deve ser escolhido para o tratamento. Pode ter havido resistência.
14 – Preveja quais microorganismos resistentes podem emergir em algum
tempo no meio hospitalar se o mesmo antibiótico parenteral é
persistentemente utilizado na profilaxia. A verificação da emergência de
germes resistentes deve ser feita pelo laboratório de microbiologia do hospital,
e as praticas profiláticas devem mudar se estiver indicando.
8. EXEMPLO ONDE O BENEFÍCIO
SUPERA O RISCO NA PROFILAXIA
ANTIMICROBIANA DENTRO DA
PRÁTICA CLINICA
19. Na odontologia a profilaxia com antibióticos é
desnecessária na maioria dos procedimentos (LONGMAN
e MARTIN, 1991).
Porém, em cirurgias de grande porte como ortognática,
fratura maxilofacial, ressecções e reconstruções amplas e
em pacientes oncológicos está indicada a profilaxia,
sendo que nestes casos há uma redução na incidência de
infecção grave de 50% (WANNACHER e FERREIRA,
2001).
Os índices de bacteremia em alguns procedimentos
odontológicos são mostrados na tabela 6, segundo estes
últimos autores. Antes de exodontias em pacientes
imunodeprimidos, indica-se a profilaxia antibiótica
(LUCARTORTO et al.,1992).
23. PROFILAXIA PRÉ E PÓS-OPERATÓRIA EM PROCEDIMENTOS
CIRÚRGICOS
Os procedimentos cirúrgicos que podem se beneficiar da
profilaxia com antibióticos são os classificados pelo
National Research Council Wound Classification Criteria
(Critérios de Classificação de Feridas do Conselho
Nacional de Pesquisas) como Classes II ou “Limpa-
contaminada”, cujo índice esperado de infecção é de
aproximadamente 10%,
Classes III ou as Classes IV ou “Sujas”, cujos índices de
infecção esperados são de 40%. As cirurgias bucais
eletivas são consideradas Classe II e o uso de boa técnica
e profilaxia com antibióticos podem reduzir o índice
esperado de infecção para aproximadamente 1%
(BURKE, 1961; PAGE et al, 1993).
30. NORMAS PARA SELEÇÃO DE ANTIBIÓTICO PARA USO CLÍNICO
1 – DIAGNOSTICAR O
PROCESSO INFECCIOSO
2– FLORA INFECTANTE
HABITUAL
3– SENSIBILIDADE AO
AGENTE INFECTANTE
4 – NATUREZA DA
INFECÇÃO
5– PECULIARIDADES DO
HOSPEDEIRO
6 – FARMACOLOGIA DO
ANTIBIÓTICO