O documento descreve a filosofia antiga, desde seus primórdios com Tales de Mileto até o período helenístico. Apresenta os principais períodos e escolas filosóficas gregas, como a pré-socrática, socrática, sistemática e helenística. Destaca Sócrates e seu método de questionamento como um marco importante para o desenvolvimento do pensamento filosófico.
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Filosofia antiga é o período
compreendido entre o surgimento
da filosofia e a queda do Império
Romano.
2. INTRODUÇÃO
A filosofia antiga nasceu de uma
necessidade em explicar o mundo
com explicações reais, O primeiro
filósofo foi Tales de Mileto.
Originalmente, todas as áreas
que hoje
denominamos ciências faziam
parte da Filosofia.
Compreende os quatro grandes
períodos da filosofia Greco-
Romana indo dos pré-socráticos
aos grandes sistemas do período
helenístico.
Como todas as criações e
instituições humanas, a filosofia
está na história e tem uma
história.
Tales de Mileto
3. Está na história: a filosofia manifesta e exprime os
problemas e as questões que, em cada época de
uma sociedade, os homens colocam para si
mesmos diante do que é novo e ainda não foi
compreendido.
A filosofia procura enfrentar essa novidade
oferecendo os caminhos, respostas e, sobretudo,
propondo novas perguntas, num diálogo
permanente com a sociedade e a cultura de seu
tempo, do qual ela faz parte.
4. OS PERÍODOS DA
FILOSOFIA GREGA
Os quatros grandes
períodos da filosofia grega,
nos quais seu conteúdo
muda e se enriquece, são:
Período pré-socrático, do
fim do século VII a.C ao fim
do século V e C, quando a
filosofia se ocupa
fundamentalmente com a
origem do mundo e as
causas das transformações
na natureza.
Os principais
filósofos pré-socráticos
forma:
5. Os da Escola Jônica: Tales
de Mileto, Anaxímenes de
Mileto, Anaximandro de
Mileto e Heráclito de Éfeso;
Os da Escola Itálica:
Pitágoras de Samos, Filolau
de Crotona e Árquitas de
Tarento;
Os da Escola de Eleata:
Parmênides de Eleia e
Zenão de Eleia;
Os da Escola da Pluralidade:
Empedocles de Agrigento
Leucipo de Abdera e
Demócrito.
6. Algumas características da
cosmologia são:
Busca o principio natural,
eterno, imperecível e imortal,
gerador de todos os seres. A
cosmologia não admite a
criação do mundo a partir do
nada; ela afirma a geração de
todas as coisas por um
princípio natural de onde
tudo vem e para onde tudo
retorna. Esse princípio é uma
natureza primordial chamado
physis, sendo ele a causa
natural contínua e
imperecível da existência de
todos os seres e de suas
transformações.
Cosmologia
7. Também é uma explicação racional e sistemática
sobre a origem, ordem e transformação da
natureza, da qual os seres humanos fazem parte,
de modo que, ao explicá-la, a filosofia também
explica a origem e as mudanças dos seres
humanos.
Período socrático, do fim do século V a.C a todo o
século IV a.C., quando a filosofia investiga as
questões humanas, isto é, a política e as técnicas,
e busca compreender qual é o lugar do homem no
mundo.
8. Com o desenvolvimento das
cidades, do comércio, do
artesanato e das artes militares,
Atenas tornou-se o centro da vida
social, política e cultual da Grécia,
e viveu seu período de esplendor,
conhecido como o Século de
Péricles.
É época de maior florescimento
da democracia. A democracia
grega possuía, entre outras, duas
características de grande
importância para o futuro da
filosofia.
Em primeiro lugar, afirmava a
igualdade de todos os homens
adultos perante as leis e o direito
de todos participar diretamente do
governo da cidade, da polis.
9. Em segundo, e como consequência, a democracia,
sendo direta e não por eleição de representantes,
garantia toda a participação no governo, e os que
dele participavam tinham o direito de exprimir,
discutir e defender em público suas opiniões sobre
as decisões que a cidade deveria tomar.
Para prosseguir que sua opinião fosse aceita nas
assembleias, o cidadão precisava saber falar e ser
capaz de persuadir os demais. Com isso, uma
mudança profunda vai ocorrer na educação grega.
Antes da instituição da democracia, as cidades
eram dominadas pelas famílias aristocráticas,
senhoras das terras e do poder militar.
10. Qual é o momento que o
cidadão mais aparece e mais
exerce sua cidadania? Quando
opina, discute, delibera e vota
nas assembleias. Assim, a nova
educação estabelece como
padrão ideal a formação do bom
orador, isto é, aquele que sabe
falar em público e persuadir os
outros na política.
Para dar aos jovens essa
educação, substituindo a
educação antiga dos poetas,
surgiram, na Grécia, os sofistas,
os primeiros filósofos do período
socrático. Os sofistas mais
importantes são: Protágoras de
Abdera, Górgias de Leontini e
Isócrates de Atenas.
11. SÓCRATES CONTRAS OS
SOFISTAS
Sócrates rebelou-se contra os
sofistas, dizendo que eles não eram
filósofos, pois não tinham amor pela
sabedoria nem respeito pela
verdade, defendendo qualquer ideia,
se isso fosse vantajoso. Corrompiam
o espírito dos jovens, pois faziam o
erro e a mentira valerem tanto
quanto a verdade.
Como homem de seu tempo,
Sócrates concordava com os sofistas
em um ponto: por um lado, a
educação antiga do guerreiro belo e
bom já não atendia às exigências da
sociedade grega e, por outro, os
filósofos cosmologistas defendiam
ideias tão contrárias entre si que
também não eram uma fonte segura
para o conhecimento verdadeiro.
12. Discordando dos antigos poetas, dos
antigos e dos sofistas, o que propunha
Sócrates? Propunha que, antes de querer
conhecer a natureza e antes de querer
persuadir os outros, cada um deveria
primeiro e antes de tudo, conhecer-se a si
mesmo.
13. AS IDEIAS DE SÓCRATES
Sabemos que os poderes têm medo do
pensamento, pois o poder é mais forte se
ninguém pensar, se todos aceitarem as
coisas como elas são, ou melhor, como
nos dizem e nos fazem acreditar que
são. Para os poderes de Atenas,
Sócrates tornara-se um perigo, pois fazia
a juventude pensar. Por isso, eles o
acusarem de desrespeitar os deuses,
corromper os jovens a violar as leis.
Levado à assembleia, Sócrates não se
defendeu e foi condenado a tomar um
veneno, a cicuta.
Porque Sócrates não se defendeu?
“Porque”, dia ele, “se eu me defender,
estarei aceitando as acusações, e eu não
as aceito. Se eu me defender, o que os
juízes vão exigir de mim? Que eu pare de
filosofar. Mas eu prefiro a morte ater de
renunciar à filosofia”.
14. O julgamento e a morte de Sócrates são narrados
por Platão numa obra intitulada Apologia de
Sócrates é a defesa de Sócrates, feita por seus
discípulos, contra Atenas.
Sócrates nunca escreveu. O que sabemos de seu
pensamento encontra-se nas obras de seus vários
discípulos, e Platão foi o mais importante deles.
Podemos apresentar algumas
características gerais do período
socrático:
15. A filosofia se volta para as questões humanas no
plano da ação, dos comportamentos, das ideias,
das crenças, dos valores e, portanto, se preocupa
com as questões morais.
O ponto de partida da filosofia é a confiança no
pensamento ou no homem como um ser racional,
capaz de conhecer-se a si mesmo e, portanto,
capaz de reflexão.
A reflexo e o trabalho do pensamento são tomados
como uma purificação intelectual que permite ao
espírito humano conhecer a verdade invisível,
imutável, universal e necessária.
16. PERÍODO SISTEMÁTICO
Do final do século IV ao final
do século III a.C., quando a
Filosofia busca a reunir e
sistematizar tudo quando foi
pensado sobre a cosmologia
e a antropologia,
interessando-se, sobre tudo
em mostrar que tudo pode ser
objeto do conhecimento
filosófico, desde que as leis
do pensamento e de suas
demonstrações estejam
firmemente estabelecidas
para oferecer os critérios da
verdade e da ciência.
17. PERÍODO HELENÍSTICO
Trata-se do último período da filosofia
antiga, quando a polis grega
desaparece como centro político e
deixa de ser a citação principal dos
filósofos, uma vez que a Grécia
encontra-se sob o poder do Império
Romano.
A filosofia helenística corresponde a
um desenvolvimento natural do
movimento intelectual que a sucedeu
e torna-se a enfrentar muitas vezes
com temas pré-socráticos; porém,
sobretudo ela é profundamente
marcada pelo espírito socrático. A
experiência com outros povos
também lhe permitiu desempenhar
certo papel no desenvolvimento da
noção de cosmopolitismo, isto é, da
ideia de homem como cidadão do
mundo.