O documento discute a formação de professores no Brasil. Aborda os desafios da profissão docente como a necessidade de formação superior, expansão das redes escolares e perda de prestígio social. Também apresenta o perfil dos professores brasileiros e estratégias de formação continuada em um determinado colégio, como oficinas, cursos e incentivo à pós-graduação.
2. PESQUISAPESQUISA “A QUALIDADE DA“A QUALIDADE DA
EDUCAÇÃO SOB O OLHAR DOSEDUCAÇÃO SOB O OLHAR DOS
PROFESSORES”PROFESSORES”
Fundação SM e Organização dos Estados
Íbero-Americanos (OEI)
Consultoria de Maria Malta Campos
(Fundação Carlos Chagas)
Aplicação de 12 mil questionários em 19
estados da Federação (retorno de 8773)
Apresentada em setembro de 2008
3. O CONTEXTO EDUCACIONALO CONTEXTO EDUCACIONAL
BRASILEIROBRASILEIRO
N o seria exagero afirmar queã
hoje, mais do que nunca, a figura
do professor encontra-se na
berlinda. As reformas
educacionais que incidiram sobre
muitos pa ses nas ltimas d cadasí ú é
do s culo xx trouxeram consigoé
novas demandas s escolas e aosà
professores, as quais se somaram
aos reflexos das mudan as sociaisç
e culturais sobre as expectativas e
modifica es das crian as,çõ ç
adolescentes e jovens atendidos
pelos sistemas escolares.
4.
5. DESAFIOSDESAFIOS
NECESSIDADE DE FORMAÇÃO EM NÍVEL
SUPERIOR
EXPANSÃO DAS REDES ESCOLARES
PERDA DE PRESTÍGIO NA SOCIEDADE
OCUPAÇÃO PROVISÓRIA
DIVERSAS CONCEPÇÕES DE QUALIDADE
PARTICIPAÇÃO DE DIVERSOS
PROTAGONISTAS LOCAIS: AUTORES DA
EDUCAÇÃO
6.
7. PERFIL DO PROFESSORPERFIL DO PROFESSOR
URBANO
PREDOMINÂNCIA DE MULHERES (81,3%)
MÉDIA DE IDADE MAIS JOVEM QUE A DOS PAÍSES
DESENVOLVIDOS (37,8 ANOS)
MAIS DA METADE É CASADO
MULHERES CHEFES DE FAMÍLIA (30%)
FILHOS DE PAIS COM BAIXA ESCOLARIDADE,
SUGERINDO MOBILIDADE SOCIAL (64,6%)
RENDA FAMILIAR DOS PROFESSORES É MAIOR DO
QUE A MÉDIA BRASILEIRA (65,5% PERCEBENDO
ENTRE 2 E 10 SALÁRIOS MÍNIMOS)
POSSUEM FILHOS MATRICULADOS EM ESCOLAS
PARTICULARES (54%)
8. CARREIRACARREIRA
INÍCIO DA CARREIRA OCORREU
ANTES MESMO DA TITULAÇÃO
QUASE INEXISTÊNCIA DE UM
PERÍODO DE DOCÊNCIA
SUPERVISIONADO, NA TRANSIÇÃO
DO RECÉM-FORMADO ANTES DE
ASSUMIR A REGÊNCIA DE CLASSE
REGIME DE TRABALHO: 30,9% ATÉ
20 HORAS SEMANAIS; 54,2% ATÉ 40
HORAS E 14,8% MAIS DE 40 HORAS.
9. CERCA DE 59,6% NUNCA USAM O
CORREIO ELETRÔNICO E 58,4% NUNCA
ACESSAM A INTERNET
CERCA DE 40,8% SÃO LEITORES
16% PARTICIPAM DE SINDICATO
CERCA DE 40,8% FREQUENTAM ALGUM
GRUPO RELIGIOSO
10. EMOÇÕES E VALORESEMOÇÕES E VALORES
A MAIORIA ACREDITA QUE, PARA SERA MAIORIA ACREDITA QUE, PARA SER
PROFESSOR, É NECESSÁRIO TERPROFESSOR, É NECESSÁRIO TER
VOCAÇÃOVOCAÇÃO
CRITÉRIOS DIFERENTES NACRITÉRIOS DIFERENTES NA
CONCEPÇÃO DE QUALIDADE DECONCEPÇÃO DE QUALIDADE DE
EDUCAÇÃOEDUCAÇÃO
11. CONSIDERAM QUE A PROFISSÃO
DOCENTE NÃO É VALORIZADA NEM
PELA SOCIEDADE, NEM PELOS
ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS NEM PELOS
PAIS DOS ALUNOS.
12.
13.
14.
15.
16. INVERSÃO NOS INVESTIMENTOSINVERSÃO NOS INVESTIMENTOS
EM EDUCAÇÃOEM EDUCAÇÃO
Pesquisa:Pesquisa: POLÍTICAS PARAPOLÍTICAS PARA
PROFESSORESPROFESSORES
ORGANIZAÇÃO PARA COOPERAÇÃO EORGANIZAÇÃO PARA COOPERAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICODESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
(OCDE)(OCDE)
17.
18.
19. FOCO NOS PROFESSORESFOCO NOS PROFESSORES
PROFESSORES SÃO ELEMENTOS SIGNIFICATIVOS NA
FORÇA DE TRABALHO E NOS ORÇAMENTOS ESCOLARES
A QUALIDADE DE ENSINO É VITAL PARA A MELHORIA DA
APRENDIZAGEM DOS ESTUDANTES
ATRATIVIDADE DA DOCÊNCIA
DEMANDA FUTURA DE PROFESSORES
ATRATIVIDADE DA DOCÊNCIA COMO CARREIRA
RETENÇÃO DE PROFESSORES EFICAZES NAS ESCOLAS
RECRUTAMENTO, SELEÇÃO E CONTRATAÇÃO DE NOVOS
PROFESSORES
PERÍODOS DE EXPERIÊNCIA PARA PROFESSORES
INICIANTES
DESENHO DE NOVAS POLÍTICAS PARA PROFESSORES
20.
21. “Os tempos de hoje s o maisã
complexos do que os tempos
passados. E mais dif ceis. Masí
grande parte das cren as fundadorasç
da profiss o docente continua atual.ã
A come ar por esse sentimento deç
que nos compete cuidar das crian asç
e do seu futuro. Para que isso seja
poss vel, fundamental que osí é
professores ocupem um espa o maisç
din mico e menos defensivo nasâ ( )
22.
23. O CICLO DE VIDA DOO CICLO DE VIDA DO
PROFESSORPROFESSOR
““Há um tempo em que é precisoHá um tempo em que é preciso
abandonar as roupas usadas... Que já têmabandonar as roupas usadas... Que já têm
a forma do nosso corpo... E esquecer osa forma do nosso corpo... E esquecer os
nossos caminhos que nos levam semprenossos caminhos que nos levam sempre
aos mesmos lugares... É o tempo daaos mesmos lugares... É o tempo da
travessia... E se não ousarmos fazê-la...travessia... E se não ousarmos fazê-la...
Teremos ficado... para sempre... ÀTeremos ficado... para sempre... À
margem de nós mesmos...”margem de nós mesmos...” Fernando Pessoa
24.
25. A FORMAÇÃO DE PROFESSORESA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
NO COLÉGIO CATARINENSENO COLÉGIO CATARINENSE
152 professores
44 com formação em nível superior (36 na área
e 8 fora da área)
88 pós-graduados em nível de Especialização
15 pós-graduados em nível de Mestrado
5 graduação incompleta
Professores distribuídos em 4 segmentos
(Educação infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental,
Fundamental II, Ensino Médio e Ensino Médio noturno)
26. Antonio Nóvoa, pesquisador
português, defende que os
professores e os programas de
formação continuada devem adotar
na prática pedagógica as dimensões
reflexivas e deliberativas.
27. Reflexivas – Para ele, a formação
reflexiva é a única forma de se reagir a
profusão de cursos, seminários, técnicas e
novos métodos que são oferecidos hoje
aos professores. “A bagagem essencialA bagagem essencial
do professor seu repert rioé ódo professor seu repert rioé ó
profissional que adquirido pelaéprofissional que adquirido pelaé
pr tica. Por m, n o a pr tica porá é ã é ápr tica. Por m, n o a pr tica porá é ã é á
si s que formadora, ela deveó ési s que formadora, ela deveó é
sempre ser acompanhada dasempre ser acompanhada da
reflex o sobre a experi ncia, poisã ê éreflex o sobre a experi ncia, poisã ê é
a reflex o sobre a experi ncia queã êa reflex o sobre a experi ncia queã ê
formadora e n o a experi nciaé ã êformadora e n o a experi nciaé ã ê
por si sópor si só”.
28. Deliberativas - refor a a ideia deç
que os professores precisam ser
capazes de conhecer e de
trabalhar o aspecto culturalcultural e
outros aspectos do dom nio daídom nio daí
tica e dos valoresética e dos valoresé . Para ele, o
que define o trabalho do
professor n o s aã é ó
transposi o dos saberes, comoçã
proposto por Chevallard, e n o sã ó
a mobiliza o pr tica dessesçã á
saberes em contexto pedag gico,ó
como prop e Perrenoud, mas aõ
jun o dessas duas coisas numaçã
terceira dimens o: a dimens oã ã
tica, cultural e de valores.é
29. QUESTÕES NORTEADORAS DOQUESTÕES NORTEADORAS DO
PROCESSO DE FORMAÇÃOPROCESSO DE FORMAÇÃO
CONTINUADA NO COLÉGIOCONTINUADA NO COLÉGIO
CATARINENSE:CATARINENSE:
QUAIS AS COMPETÊNCIAS QUE OS
PROFESSORES DEVEM AJUDAR OS
ALUNOS A DESENVOLVER?
30.
31. QUE TIPOS DE CONHECIMENTO E DE
SABER-FAZER PERMITEM AOS
PROFESSORES DESEMPENHAR O SEU
TRABALHO EFICAZMENTE?
32.
33.
34. QUE TIPO DE FORMAÇÃO É MAIS
VIÁVEL PARA EQUIPAR OS
PROFESSORES COM AS CAPACIDADES
NECESSÁRIAS AO DESEMPENHO DO
SEU TRABALHO?
35.
36. ESTRATÉGIASESTRATÉGIAS
HTPS (HORÁRIO DE TRABALHO
PEDAGÓGICO SEMANAL)
Atendimento a grupos de
professores no SOP, semanalmente,
a fim de discutir acerca dos
projetos, planejamentos,
estrat gias metodol gicas e deé ó
avalia o; encaminhamentos deçã
alunos com dificuldades para
refor o e estudos dirigidosç
37. REUNIÕES PEDAGÓGICASREUNIÕES PEDAGÓGICAS
NOTURNASNOTURNAS
Pedag gicas GeraisóPedag gicas Geraisó (reunindo todos os
professores dos diferentes segmentos
do Col gio)é
Pedag gicas por segmentoóPedag gicas por segmentoó (reunindo
professores de cada segmento para
din micas espec ficas)â í
De Coordena oçãDe Coordena oçã (por segmento para
orienta es sobre os eventosçõ
cotidianos e espec ficos do calend rioí á
escolar)
De Servi osçDe Servi osç (gerais e por segmento
para a realiza o de estudos de temasçã
significativos para a comunidade
escolar)
Celebra esçõCelebra esçõ (nas datas e eventos
lit rgicos P scoa, Natal, Dia de Santoú – á
In cio)á
38. INCENTIVO À FORMAÇÃOINCENTIVO À FORMAÇÃO
CONTINUADACONTINUADANA ESCOLA:
PalestrasPalestras (Madalena Freire, Frei Beto,
Ign cio deá
Loyola Brand o, Mario Sergio Cortella, Miguelã
Arroyo e etc.)
OficinasOficinas (Inclus o digital em diferentesã
meios e outras)
CursosCursos (Pedagogia Inaciana, Planejamento,
H bitos de Estudo, Gest o da Informa oá ã çã
Pedag gica, Forma o do Leitor, ENEM,ó çã
Modificabilidade Cognitiva e Media o, etc.)çã
Cursos diversosCursos diversos (Confec o de brinquedosçã
de sucata; Culin ria e reaproveitamento deá
alimentos; Compostagem, etc.)
Estudos e leituras dirigidasEstudos e leituras dirigidas
Intera o com novas metodologias eçãIntera o com novas metodologias eçã
39. PROGRAMAS EXTERNOS:
Realiza o de estudos de p s-çã ó
gradua oçã
Participa o em congressos,çã
semin rios, encontros, col quios,á ó
cursos
Apresenta o de trabalhosçã
40. DesafiosDesafios
Mudan as te ricas devem virç ó
acompanhadas de uma mudan a concretaç
das escolas.
Formar professores como profissionais
competentes e comprometidos com os
pressupostos da Pedagogia Inaciana.
Melhorar as condi es de trabalho comçõ
oferecimento de cursos de atualiza oçã
profissional, qualifica o do climaçã
institucional, respeito s formas deà
organiza o do tempo e do trabalhoçã
docente.
41. DesafiosDesafios
Suporte emocional para as dificuldades
com alunos e familiares.
Valoriza o do papel do educador eçã
busca de solu es para que a institui oçõ çã
possa desenvolver-se respeitando as
peculiaridades do trabalho e dos saberes
docentes.
Garantir a atualiza o constante de todaçã
a equipe pedag gica para que osó
formadores equipes dos diversos(
servi os tamb m mantenham-seç ) é
estudando.