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PROCESSO HISTÓRICO DA
PSIQUIATRIA E DA SAÚDE MENTAL
PROF. ESP. LORENA A. VIEIRA
“Os seres humanos adoecem desde o
início de sua história e as causas
das doenças foram sendo
explicadas e tratadas de acordo
com o modo de pensamento que o
homem foi adquirindo em sua
trajetória evolutiva”
PRÉ - HISTÓRIA
• Atribuíam causa sobrenatural ou
divina às doenças afirmando serem
ora castigo dos deuses, ora possessão
demoníaca, feitiço ou manifestações
de espíritos hostis.
• A cura era feita através de ritos
tribais, passando-se tintas coloridas
no corpo.
Psiquiatria antiga e
greco-romana:
• Hipócrates e mais alguns estudiosos
acreditavam que as doenças mentais eram
decorrentes de disfunções nos órgãos do corpo,
deslocamento do útero, sendo que a epilepsia
decorria de uma patologia do cérebro e a histeria,
como decorrente da falta de funcionamento
sexual.
• Os estudiosos romanos compartilhavam idéias
semelhantes e propunham como terapêuticas
massagens corporais e dieta alimentar.
Período medieval
(idade média):
• O tratamento aos doentes mentais era feito por
magos ou feiticeiros, havendo um retorno às
concepções mágico religiosas e o abandono da
idéia de que os transtornos mentais tinham uma
origem somática.
• Este foi um período de exorcismos, de
perseguição aos doentes mentais, de condenação
à fogueira.
Psiquiatria francesa e a primeira
revolução psiquiátrica:
• PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO
• LEPROSÁRIOS
• NO FINAL DO SÉCULO XVIII E INÍCIO DO
SÉCULO XIX O MÉDICO FELIPE PINEL FEZ
SURGIR A PSIQUIATRIA.
Psiquiatria francesa e a primeira
revolução psiquiátrica:
O cuidado dispensado aos doentes, no
entanto, era baseada na vigilância,
restrição e contenção. A assistência aos
doentes mentais baseava-se nos princípios
da hereditariedade acreditavam que a
doença mental passava de geração em
geração; da institucionalização o
tratamento só poderia ocorrer através da
internação; da periculosidade todos os
"loucos" eram agressivos e perigosos; e da
incurabilidade a doença mental não tinha
cura.
Psiquiatria alemã e a segunda
revolução psiquiátrica:
• No século XIX - surge uma nova visão sobre o
ser humano considerando o como um todo
(físico e mente), e sua história de vida
considerada como fator que influenciava sua
saúde.
• Sigmund Freud cria a psicanálise e são criadas
também várias teorias psicológicas.
Psiquiatria alemã e a segunda
revolução psiquiátrica:
• Ao término da segunda guerra mundial -
surge a terapia medicamentosa com
substâncias que agem diretamente no
sistema nervoso central amplamente
difundidas.
• A atitude em relação à doença e aos doentes
mentais passa a ser positiva, doentes
considerados crônicos melhoravam, são
criados ambulatórios, os doentes podem ser
tratados em casa e os hospitais mudam a sua
arquitetura eliminando as grades e os
quartos fortes.
PSIQUIATRIA NO BRASIL
PSIQUIATRIA NO BRASIL
O tratamento era centrado no
isolamento dos doentes
mentais ou indivíduos
suspeitos e dependentes
químicos em instituições
fechadas.
EM 1916...
• O Código Civil brasileiro prescrevia a interdição
civil e a conseguinte curatela aos "loucos" de
todo o gênero. Até recentemente a Saúde Mental
brasileira estava ligada a legislação de 1934 que
legalizava a cassação dos direitos civis dos
doentes mentais, submetendo-os a curatela do
Estado.
EM 1960...
• Haviam aproximadamente 100 mil leitos
psiquiátricos no Brasil muitos em macro-
hospitais psiquiátricos, arcaicos, em precárias
condições físicas, deficiências técnicas,
sanitárias e administrativas.
• Os doentes mentais viviam em condições
subumanas, a higiene precária, o sussurro de
palavras arrastadas e a expressão facial de
desespero, demonstravam que os doentes
mentais estavam abandonados.
AINDA EM 1960...
• As terapias mais usadas eram a
eletroconvulsoterapia, insulinoterapia
e em menor escala, medicamentos
como o cardiazol. Os doentes mentais
permaneciam em pátios ou celas com
pouca ou nenhuma supervisão.
EM 1970...
• Houve uma orientação do Ministério da Saúde
no sentido da criação de ambulatórios de saúde
mental, da desospitalização dos doentes mentais
e do atendimento hospitalar por equipes
multidisciplinares, porém modificações mais
eficientes só se tornaram possíveis no Brasil a
partir de 1980 com o movimento da
Reforma Psiquiátrica.
CONSTITUIÇÃO DE 1988
Surgiram espaços de elaboração de leis
voltadas para o atendimento das questões
sociais, propiciando um ambiente adequado
para que a sociedade civil, trabalhadores de
Saúde Mental
e
A articulação Nacional de luta Antimanicomial
se organizassem pela reforma do sistema
psiquiátrico, buscando um novo estado de
direito para o doente mental.
Psiquiatria atual:
Atualmente, considera-se que
existe uma relação estreita
entre a doença mental e:
• A exploração da força de trabalho,
• As condições insalubres dos ambientes,
o viver na linha de miséria,
• O alto índice de desemprego,
• O estresse,
• A violência e a sexualidade mal
resolvida.
Visando uma assistência mais
adequada, eficiente e
humanizada, o Ministério da
Saúde baixou a Portaria nº224
de 29/01/92, que estabelece as
diretrizes e normas para o
atendimento ao Doente Mental
em todo o Território Nacional.
DIRETRIZES
• Organização de serviços baseada nos princípios
de universalidade, hierarquização,
regionalização e integralidade de ações;
• Diversidade de métodos e técnicas terapêuticas
nos vários níveis de complexidade assistencial;
• Garantia de continuidade da atenção nos vários
níveis;
DIRETRIZES
• Multiprofissionalidade na prestação de serviços;
• Ênfase na participação social desde a formulação
das políticas de saúde mental até o controle de
sua execução;
• Definição dos órgãos gestores locais como
responsáveis pela complementação da presente
Portaria normativa e pelo controle e avaliação
dos serviços prestados.
NORMAS INCIDEM SOBRE
a) Atendimento Ambulatorial;
b) Núcleos/Centros de Atenção Psicossocial;
c) Atendimento Hospitalar:
• Hospital-dia;
• Serviço de Urgência Psiquiátrica em Hospital-
Geral ;
• Leitos ou Unidade Psiquiátrica em Hospitais-
Gerais ;
• Hospital Especializado em Psiquiatria.
Em o6 de Abril de 2001
• Foi sancionada a lei nº 10.216 que tramitou
durante 11 anos.
• Esta lei dispõe sobre a proteção dos direitos das
pessoas portadoras de transtorno mental,
estrutura e aperfeiçoa a assistência psiquiátrica e
seus serviços, desativa as instituições de modelo
asilar não terapêutico, regulamenta a
hospitalização voluntária, involuntária e
compulsória e dá outras providências.
OBRIGADA PELA ATENÇÃO!!

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Processo histórico da psiquiatria e da saúde mental

  • 1. PROCESSO HISTÓRICO DA PSIQUIATRIA E DA SAÚDE MENTAL PROF. ESP. LORENA A. VIEIRA
  • 2. “Os seres humanos adoecem desde o início de sua história e as causas das doenças foram sendo explicadas e tratadas de acordo com o modo de pensamento que o homem foi adquirindo em sua trajetória evolutiva”
  • 3. PRÉ - HISTÓRIA • Atribuíam causa sobrenatural ou divina às doenças afirmando serem ora castigo dos deuses, ora possessão demoníaca, feitiço ou manifestações de espíritos hostis. • A cura era feita através de ritos tribais, passando-se tintas coloridas no corpo.
  • 4. Psiquiatria antiga e greco-romana: • Hipócrates e mais alguns estudiosos acreditavam que as doenças mentais eram decorrentes de disfunções nos órgãos do corpo, deslocamento do útero, sendo que a epilepsia decorria de uma patologia do cérebro e a histeria, como decorrente da falta de funcionamento sexual. • Os estudiosos romanos compartilhavam idéias semelhantes e propunham como terapêuticas massagens corporais e dieta alimentar.
  • 5. Período medieval (idade média): • O tratamento aos doentes mentais era feito por magos ou feiticeiros, havendo um retorno às concepções mágico religiosas e o abandono da idéia de que os transtornos mentais tinham uma origem somática. • Este foi um período de exorcismos, de perseguição aos doentes mentais, de condenação à fogueira.
  • 6. Psiquiatria francesa e a primeira revolução psiquiátrica: • PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO • LEPROSÁRIOS • NO FINAL DO SÉCULO XVIII E INÍCIO DO SÉCULO XIX O MÉDICO FELIPE PINEL FEZ SURGIR A PSIQUIATRIA.
  • 7. Psiquiatria francesa e a primeira revolução psiquiátrica: O cuidado dispensado aos doentes, no entanto, era baseada na vigilância, restrição e contenção. A assistência aos doentes mentais baseava-se nos princípios da hereditariedade acreditavam que a doença mental passava de geração em geração; da institucionalização o tratamento só poderia ocorrer através da internação; da periculosidade todos os "loucos" eram agressivos e perigosos; e da incurabilidade a doença mental não tinha cura.
  • 8. Psiquiatria alemã e a segunda revolução psiquiátrica: • No século XIX - surge uma nova visão sobre o ser humano considerando o como um todo (físico e mente), e sua história de vida considerada como fator que influenciava sua saúde. • Sigmund Freud cria a psicanálise e são criadas também várias teorias psicológicas.
  • 9. Psiquiatria alemã e a segunda revolução psiquiátrica: • Ao término da segunda guerra mundial - surge a terapia medicamentosa com substâncias que agem diretamente no sistema nervoso central amplamente difundidas. • A atitude em relação à doença e aos doentes mentais passa a ser positiva, doentes considerados crônicos melhoravam, são criados ambulatórios, os doentes podem ser tratados em casa e os hospitais mudam a sua arquitetura eliminando as grades e os quartos fortes.
  • 11. PSIQUIATRIA NO BRASIL O tratamento era centrado no isolamento dos doentes mentais ou indivíduos suspeitos e dependentes químicos em instituições fechadas.
  • 12. EM 1916... • O Código Civil brasileiro prescrevia a interdição civil e a conseguinte curatela aos "loucos" de todo o gênero. Até recentemente a Saúde Mental brasileira estava ligada a legislação de 1934 que legalizava a cassação dos direitos civis dos doentes mentais, submetendo-os a curatela do Estado.
  • 13. EM 1960... • Haviam aproximadamente 100 mil leitos psiquiátricos no Brasil muitos em macro- hospitais psiquiátricos, arcaicos, em precárias condições físicas, deficiências técnicas, sanitárias e administrativas. • Os doentes mentais viviam em condições subumanas, a higiene precária, o sussurro de palavras arrastadas e a expressão facial de desespero, demonstravam que os doentes mentais estavam abandonados.
  • 14. AINDA EM 1960... • As terapias mais usadas eram a eletroconvulsoterapia, insulinoterapia e em menor escala, medicamentos como o cardiazol. Os doentes mentais permaneciam em pátios ou celas com pouca ou nenhuma supervisão.
  • 15. EM 1970... • Houve uma orientação do Ministério da Saúde no sentido da criação de ambulatórios de saúde mental, da desospitalização dos doentes mentais e do atendimento hospitalar por equipes multidisciplinares, porém modificações mais eficientes só se tornaram possíveis no Brasil a partir de 1980 com o movimento da Reforma Psiquiátrica.
  • 16. CONSTITUIÇÃO DE 1988 Surgiram espaços de elaboração de leis voltadas para o atendimento das questões sociais, propiciando um ambiente adequado para que a sociedade civil, trabalhadores de Saúde Mental e A articulação Nacional de luta Antimanicomial se organizassem pela reforma do sistema psiquiátrico, buscando um novo estado de direito para o doente mental.
  • 18. Atualmente, considera-se que existe uma relação estreita entre a doença mental e: • A exploração da força de trabalho, • As condições insalubres dos ambientes, o viver na linha de miséria, • O alto índice de desemprego, • O estresse, • A violência e a sexualidade mal resolvida.
  • 19. Visando uma assistência mais adequada, eficiente e humanizada, o Ministério da Saúde baixou a Portaria nº224 de 29/01/92, que estabelece as diretrizes e normas para o atendimento ao Doente Mental em todo o Território Nacional.
  • 20. DIRETRIZES • Organização de serviços baseada nos princípios de universalidade, hierarquização, regionalização e integralidade de ações; • Diversidade de métodos e técnicas terapêuticas nos vários níveis de complexidade assistencial; • Garantia de continuidade da atenção nos vários níveis;
  • 21. DIRETRIZES • Multiprofissionalidade na prestação de serviços; • Ênfase na participação social desde a formulação das políticas de saúde mental até o controle de sua execução; • Definição dos órgãos gestores locais como responsáveis pela complementação da presente Portaria normativa e pelo controle e avaliação dos serviços prestados.
  • 22. NORMAS INCIDEM SOBRE a) Atendimento Ambulatorial; b) Núcleos/Centros de Atenção Psicossocial; c) Atendimento Hospitalar: • Hospital-dia; • Serviço de Urgência Psiquiátrica em Hospital- Geral ; • Leitos ou Unidade Psiquiátrica em Hospitais- Gerais ; • Hospital Especializado em Psiquiatria.
  • 23. Em o6 de Abril de 2001 • Foi sancionada a lei nº 10.216 que tramitou durante 11 anos. • Esta lei dispõe sobre a proteção dos direitos das pessoas portadoras de transtorno mental, estrutura e aperfeiçoa a assistência psiquiátrica e seus serviços, desativa as instituições de modelo asilar não terapêutico, regulamenta a hospitalização voluntária, involuntária e compulsória e dá outras providências.