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Ana Beatriz
Isis Cavalcante
 Lívia Priscilla
Monique Martins
Histórico
O Origem: França, vem da palavra charger.


O No Brasil: século XIX com Manuel de Araújo
 Porto Alegre, que cria a revista Lanterna
 Mágica.

O 1º momento de amadurecimento da charge na
 segunda metade do século XIX: política como
 objeto e eficácia do discurso situado em um
 contexto social.
Manuel de Araújo (1837)
                 A Campainha
                 Quem quer; quem
                 quer redigir
                 O Correio Oficial!
                 Paga-se bem. Todos
                 fogem?
                 Nunca se viu coisa
                 igual
                 O Cujo
                 Com três contos e
                 seiscentos
                 Eu aqui´stou, meu
                 senhor
                 Honra tenho e
                 probidade
                 Que mais quer d´um
                 redator?
O 2º momento de desenvolvimento da charge nos
  últimos anos da Monarquia: forte oposição à
  política imperial.
O Ângelo Agostini (Revista Ilustrada): abolição da
  escravatura e proclamação da República.
O 1896: Publicação de charges em jornais, através de
  Julião Machado, chargista português.
O No início do século XX, começa-se a criar
  personagens: Zé Povo e Jeca Tatu.




O Neste momento, a charge passa por um processo
  de despolitização, conservando-se desta maneira
  até a década de 30.
O Último momento de amadurecimento da
  charge na década de 30, através de Guevara:
  instrumento de crítica política.
O Contexto econômico: Brasil passa por
  crise, com a economia frágil e dependente da
  exportação de café.
O Guevara reduz o texto verbal, aproximando-se
  da oralidade.
O A charge intensifica seu traço e expõe sua
  verdade para que o leitor construa sentido nas
  representações das ações do sujeito real
  através de um personagem diferente
  dele, mas que com ele se identifica.
Características
O A “charge se constitui realidade inquestionável no
  universo da comunicação, dentro do qual não
  pretende apenas distrair, mas, ao contrário, alertar,
  denunciar, coibir e levar à reflexão” (AGOSTINHO,
  1993).
O “Satirizar um fato específico, tal como uma ideia, um
  acontecimento, uma situação ou pessoa, em geral
  de caráter político, que seja de conhecimento
  público”. (FONSECA, 1999).
O A agressividade, presente na charge, incita o leitor a
  se conscientizar e assumir uma atitude crítica diante
  do texto.
O A charge é uma crítica temporal, desta forma, seu
  texto envelhece rápido. Há, no entanto, alguns casos
  em que a charge é republicada.
O Estabelece uma relação discursiva entre o chargista
    e o leitor.
O   Antes de fazer rir, a charge tem a função de fazer
    refletir, “a charge é um desenho de humor que
    estrutura sua linguagem como reflexão e crítica
    social” (TEIXEIRA, 2005).
O   Constrói-se por meio da intertextualidade e recria a
    realidade utilizando-se do humor, da crítica, da
    sátira e da ironia.
O   Tenta ser fiel aos seguintes propósitos: reproduzir a
    realidade independente da razão, produzir uma
    verdade independente da realidade e incorporar o
    humor como linguagem.
O   Representa em uma única imagem: a narração de
    um fato, a descrição de um problema e uma opinião
    satírica sobre a temática.
O “A crítica e o desejo de denunciar, de revolver e analisar
    as ordens instituídas são marcadas por um humorismo de
    caráter subversivo” (MIANI, 2002).
O   “Os efeitos de sentido da charge são ocasionados pela
    simultaneidade dos movimentos opostos, mas
    justapostos, que possibilitam um riso de zombaria sobre
    nossa atualidade social, política e econômica” (NERY,
    2002).
O   A linguagem da charge está em comunicação constante
    com os acontecimentos políticos e sociais, mas mantêm
    relação com o passado, é ideologicamente influenciada.
O   “a charge acaba sendo uma espécie de „editorial gráfico‟
    (...) e por vezes ela atingiu o status de grande meio de
    expressão” (MARINGOGI, 1996)
O   “a charge como toda configuração visual, expressa e
    transmite ideias, sentimentos e informação a respeito de
    si própria, de seu tempo ou a respeito de outros lugares e
    outros tempos” (SOUZA, 1986).
O chargista
O “[...] falemos, primeiramente, do chargista, esse
  desconhecido. Ele tem que ser uma pessoa capaz de
  se indignar com a situação política do seu país, do
  mundo. Tem que ser contra tudo isso que está
  aí, politicamente, socialmente, comportalmente. O
  chargista tem que ser contra, por exemplo, o político
  brasileiro e a sociedade brasileira, que se comportam
  muito mal. Eles têm muita coisa para criticar: a
  hipocrisia, o exibicionismo, a mentira, a inversão de
  valores, a falta de dignidade etc. Tem que, a seu
  modo, denunciar o que vê de errado, torto. Charge é
  guerra! Sempre foi assim, desde a invenção da
  imprensa. No tempo da ditadura, o inimigo nesta
  guerra era mais visível. Hoje, ele fica meio enrustido.
  Tem gente boa que, muitas vezes, está do lado do
  inimigo e nem percebe” (Ziraldo, 2007).
Diferença entre charge,
  cartum, quadrinho e tira
O A charge é um desenho humorístico,
  acompanhado ou não de texto verbal;
  com ou sem legenda ou balão, espécie de
  releitura de um acontecimento;
  geralmente veiculado pelos meios de
  comunicação, especialmente a imprensa.
O Normalmente, critica um fato ou
  acontecimento especifico, explorando
  temas sociais, econômicos e, sobretudo
  políticos.
O Segundo o dicionário Aurélio:
  “representação pictórica, de caráter
  burlesco e caricatural, em que se satiriza
  um fato especifico, em geral de caráter
  politico e que é do conhecimento publico.”
O A charge é um todo orgânico, não
  apresenta caráter narrativo sequencial.
  Exige uma contextualização, o leitor deve
  estar sempre atualizado com os últimos
  acontecimentos.
O Tematização de um fato cotidiano, um
  acontecimento atual, comportando, critica,
  humor, mordacidade, sarcasmo, ironia,
  focalizado por meio de caricatura.
Historias em quadrinhos
O As historias em quadrinhos tem origem nos
  Estados Unidos e foram denominadas de
  comics (cômicos; humorísticos).
O São narrativas contadas em quadrinhos ou
  vinhetas, que empregam palavras e imagens
  ou apenas imagens. Inicialmente eram em
  tabloide, mas reduziram-se para o formato de
  tiras, ou seja, para narrativas com dois ou três
  quadrinhos, assumindo sintetismo e
  instantaneidade inexplorados na
  comunicação.
Mauricio de Souza, escritor e desenhista da Turma da Mônica
Tiras diárias
O Surgiam então as tiras diárias. É uma
  narrativa curta, de caráter cômico
  humorístico, composta de 3 ou quatro
  quadrinhos ou vinhetas.
O Geralmente é descontextualizada, sem uma
  datação, portanto esta sempre
  atualizada, fato que lhe confere dimensão
  universal.
O As tiras e charges tem caráter gráfico-
  anedótico. Palavras e imagens com o desejo
  de despertar o riso assemelham-se a uma
  anedota construída apenas com palavras de
  fundo cômico humorísticas.
Mafalda, tira escrita e desenhada pelo cartunista argentino Quino.
Cartum
O O cartum é uma espécie de anedota
  gráfica sobre os mais diferentes
  comportamentos humanos.
O De modo geral, explora situações
  atemporais e universais, que podem
  ocorrer em qualquer lugar e qualquer
  época.
Cartum de José Pires, do blog Jota Brasil Limpeza
O humor da charge política no
          jornal
 O “A charge é parte desses „penduricalhos‟
   que o jornal apresenta como material de
   opinião. Não é a toa que ela sempre esta
   nas paginas de editoriais, a pagina nobre.
   A charge acaba sendo uma espécie de
   „editorial gráfico.” (Maringoni, 1996)
 O A charge possui uma
   unidimensionalidade, que não lhe permite
   ficar no “mas-contudo-todavia”. Ou é
   contra ou a favor.
O Para se fazer humor é preciso haver
  cumplicidade com o publico. Ninguém ri
  da piada que você conta se não existe um
  código prévio entre você e os seus
  ouvintes. Muitas vezes, este código está
  baseado no mais repugnante dos
  preconceitos, mas o vinculo deve existir.
O A existência de um código permite que se
  associem acontecimentos que a primeira
  vista não possuem ligação nenhum. Esse
  código cultural e emocional tem
  características universais e também
  particularidades locais.
O A charge envolve mais um componente
  nesse código com o publico: o tempo. Por
  ser datada a charge é perene. Ela pode
  ficar como um registro de uma época,
  mas a graça dificilmente permanece.
O Cartum x Charge
O Alguns cartunistas conseguem em seu
  trabalho captar mais o espirito de uma
  época do que se limitar ao registro do fato
  do dia. Neste caso, não temos mais a
  charge politica, mas a critica de costumes
  e ela adquire uma característica mais
  duradoura.
O uso dos signos imagético e
      verbal na charge
O A linguagem é formada por signos, que
  são entidade psíquica com duas faces:
  uma imagem acústica e um conceito.
  (Saussure, 2004)
O Signo = significante + significado
O signo imagético na imagem
O Manifestação de caráter visual da
  capacidade textual do homem, que pode
  ser expressa por meio de linhas, de
  superfícies escuras e hachura e que
  variam em diferentes formas.
O Contexto intraicônico;
O Contexto intericônico;
O Contexto extraicônico.
A caricatura
O Recurso presente na maioria das charges
  de jornais impressos;
O São fundamentais para produzir efeitos
  de sentido gerados por todo conjunto da
  charge: o texto imagético e verbal;
O Apresenta exagero nas características de
  um individuo, valorizando ou
  ridicularizando traços mais marcantes.
O signo verbal na charge
O Estratégia que completa algo ou se
  contrapõe a algo;
O Dá-se pela forma de texto (fala do
  personagem) ou pela forma de para texto
  (fala do enunciador);
O Onomatopeias, legendas, falas e palavras
  destacadas podem transmitir ironia, critica
  e sentimentos diversos.
O Intertextualidade e ironia.
A multimodalidade na charge
O Configuração dos significados de
  diferentes formas;
O Os textos multimodais utilizam mais de
  um modo de elaboração da mensagem.
  Portanto, a charge é multimodal porque o
  conteúdo presente nela é veiculado por
  meio de texto, de imagem e de desenho.
O Na charge, só o desenho pode ser
  multimodal, pois nele esta presente
  diferentes cores, tamanhos, símbolos e
  expressões dos personagens.
O A multimodalidade torna a charge mais
  ativa e nada enfadonha;
O Ironia e bom humor
O A interação de imagens e de palavras dá
  abertura ao leitor para a construção de
  ideias, de opiniões e de conclusões.
A charge e a ação social no
    espaço sociocultural
O Tem o propósito de provocar a reflexão
  sobre assuntos de destaque na
  sociedade;
O Contém um complexo ideológico de seu
  autor e da sociedade
O O leitor precisa observar, através de seus
  traços, uma denuncia, o humor e uma
  critica.
Republicação de charges
O A charge sempre mostra um fato do
  cotidiano;
O Textos temporais
O Para uma charge ser republicada é
  preciso retratar uma ação que se reflete.
Charges virtuais
O As charges vem se adaptando a evolução
  tecnológica dos meios de comunicação;
O É a confirmação de que os gêneros se
  adequam as condições sociohistóricas e
  as possibilidades tecnológicas;
O É o mesmo gênero, mas utiliza diferentes
  suportes, como animação e som.
Dialogismo e polifonia na
             charge
O O dialogismo representa a interação entre o “eu” e
    o “tu” no texto e traz, em si, a perspectiva de outra
    voz;
O   Todo enunciado possui, ao menos, duas vozes.
    Qualquer enunciação mantém um diálogo com
    outras enunciações, ou seja, não há enunciação
    pura;
O   Há duas maneiras de inserir o discurso do outro
    no enunciado:
O   1) De forma clara(discurso objetivo) – aspas,
    negação, DD ou DI.
O    2) Internamente dialogizado. Não há separação
    nítida entre 1ª e 3ª pessoa e é apresentado por
    paródia ou polêmica clara.
Polifonia

O Define-se pela convivência , em um
 mesmo espaço, de uma multiplicidade de
 vozes e consciências independentes.
Ironia
O É a afirmação de algo diferente do que se
  deseja comunicar. Não dá ao texto o sentido
  completo para significar o oposto do que se
  diz.
O O chargista não quer opinião dele seja aceita
  como verdade, mas quer levar o leitor à
  crítica, à reflexão e ao humor.
O A ironia é um dos principais elementos da
  charge. É um instrumento de
  denúncia, geralmente de situações políticas e
  econômicas.
O Às vezes, a ironia é mal interpretada ou nem
  sequer percebida.
João Montanaro, chargista da Folha de São Paulo.
Simon Taylor, chargista do site de notícias Jornale.
Amarildo Lima, chargista do Jornal A Gazeta do Espírito Santo.
Ivan Cabral, chargista e artista gráfico da TVU/UFRN
Zé Dassilva, chargista do Diário Catarinense
Camaleão, site Jararé Banguela
Retirado do site HumorTadela
Retirado do Jornal O
Povo, 2011
Ivan Cabral, retirado do site Sorriso Pensante
Bier, O golpe de 64
Latuff, 2010
Charge de Fortuna, publicado Correio da Manhã em 07/10/1966
Latuff, 2008
Newton Silva, 12 de novembro de 20011
Vasco J., 2005
Cleyton, Jornal O Povo, 20/05/2009
Newton Silva, retirado do site do autor.

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Charge

  • 1. Ana Beatriz Isis Cavalcante Lívia Priscilla Monique Martins
  • 2. Histórico O Origem: França, vem da palavra charger. O No Brasil: século XIX com Manuel de Araújo Porto Alegre, que cria a revista Lanterna Mágica. O 1º momento de amadurecimento da charge na segunda metade do século XIX: política como objeto e eficácia do discurso situado em um contexto social.
  • 3. Manuel de Araújo (1837) A Campainha Quem quer; quem quer redigir O Correio Oficial! Paga-se bem. Todos fogem? Nunca se viu coisa igual O Cujo Com três contos e seiscentos Eu aqui´stou, meu senhor Honra tenho e probidade Que mais quer d´um redator?
  • 4. O 2º momento de desenvolvimento da charge nos últimos anos da Monarquia: forte oposição à política imperial. O Ângelo Agostini (Revista Ilustrada): abolição da escravatura e proclamação da República.
  • 5. O 1896: Publicação de charges em jornais, através de Julião Machado, chargista português. O No início do século XX, começa-se a criar personagens: Zé Povo e Jeca Tatu. O Neste momento, a charge passa por um processo de despolitização, conservando-se desta maneira até a década de 30.
  • 6. O Último momento de amadurecimento da charge na década de 30, através de Guevara: instrumento de crítica política. O Contexto econômico: Brasil passa por crise, com a economia frágil e dependente da exportação de café. O Guevara reduz o texto verbal, aproximando-se da oralidade. O A charge intensifica seu traço e expõe sua verdade para que o leitor construa sentido nas representações das ações do sujeito real através de um personagem diferente dele, mas que com ele se identifica.
  • 7. Características O A “charge se constitui realidade inquestionável no universo da comunicação, dentro do qual não pretende apenas distrair, mas, ao contrário, alertar, denunciar, coibir e levar à reflexão” (AGOSTINHO, 1993). O “Satirizar um fato específico, tal como uma ideia, um acontecimento, uma situação ou pessoa, em geral de caráter político, que seja de conhecimento público”. (FONSECA, 1999). O A agressividade, presente na charge, incita o leitor a se conscientizar e assumir uma atitude crítica diante do texto. O A charge é uma crítica temporal, desta forma, seu texto envelhece rápido. Há, no entanto, alguns casos em que a charge é republicada.
  • 8. O Estabelece uma relação discursiva entre o chargista e o leitor. O Antes de fazer rir, a charge tem a função de fazer refletir, “a charge é um desenho de humor que estrutura sua linguagem como reflexão e crítica social” (TEIXEIRA, 2005). O Constrói-se por meio da intertextualidade e recria a realidade utilizando-se do humor, da crítica, da sátira e da ironia. O Tenta ser fiel aos seguintes propósitos: reproduzir a realidade independente da razão, produzir uma verdade independente da realidade e incorporar o humor como linguagem. O Representa em uma única imagem: a narração de um fato, a descrição de um problema e uma opinião satírica sobre a temática.
  • 9. O “A crítica e o desejo de denunciar, de revolver e analisar as ordens instituídas são marcadas por um humorismo de caráter subversivo” (MIANI, 2002). O “Os efeitos de sentido da charge são ocasionados pela simultaneidade dos movimentos opostos, mas justapostos, que possibilitam um riso de zombaria sobre nossa atualidade social, política e econômica” (NERY, 2002). O A linguagem da charge está em comunicação constante com os acontecimentos políticos e sociais, mas mantêm relação com o passado, é ideologicamente influenciada. O “a charge acaba sendo uma espécie de „editorial gráfico‟ (...) e por vezes ela atingiu o status de grande meio de expressão” (MARINGOGI, 1996) O “a charge como toda configuração visual, expressa e transmite ideias, sentimentos e informação a respeito de si própria, de seu tempo ou a respeito de outros lugares e outros tempos” (SOUZA, 1986).
  • 10. O chargista O “[...] falemos, primeiramente, do chargista, esse desconhecido. Ele tem que ser uma pessoa capaz de se indignar com a situação política do seu país, do mundo. Tem que ser contra tudo isso que está aí, politicamente, socialmente, comportalmente. O chargista tem que ser contra, por exemplo, o político brasileiro e a sociedade brasileira, que se comportam muito mal. Eles têm muita coisa para criticar: a hipocrisia, o exibicionismo, a mentira, a inversão de valores, a falta de dignidade etc. Tem que, a seu modo, denunciar o que vê de errado, torto. Charge é guerra! Sempre foi assim, desde a invenção da imprensa. No tempo da ditadura, o inimigo nesta guerra era mais visível. Hoje, ele fica meio enrustido. Tem gente boa que, muitas vezes, está do lado do inimigo e nem percebe” (Ziraldo, 2007).
  • 11. Diferença entre charge, cartum, quadrinho e tira O A charge é um desenho humorístico, acompanhado ou não de texto verbal; com ou sem legenda ou balão, espécie de releitura de um acontecimento; geralmente veiculado pelos meios de comunicação, especialmente a imprensa. O Normalmente, critica um fato ou acontecimento especifico, explorando temas sociais, econômicos e, sobretudo políticos.
  • 12. O Segundo o dicionário Aurélio: “representação pictórica, de caráter burlesco e caricatural, em que se satiriza um fato especifico, em geral de caráter politico e que é do conhecimento publico.” O A charge é um todo orgânico, não apresenta caráter narrativo sequencial. Exige uma contextualização, o leitor deve estar sempre atualizado com os últimos acontecimentos. O Tematização de um fato cotidiano, um acontecimento atual, comportando, critica, humor, mordacidade, sarcasmo, ironia, focalizado por meio de caricatura.
  • 13. Historias em quadrinhos O As historias em quadrinhos tem origem nos Estados Unidos e foram denominadas de comics (cômicos; humorísticos). O São narrativas contadas em quadrinhos ou vinhetas, que empregam palavras e imagens ou apenas imagens. Inicialmente eram em tabloide, mas reduziram-se para o formato de tiras, ou seja, para narrativas com dois ou três quadrinhos, assumindo sintetismo e instantaneidade inexplorados na comunicação.
  • 14. Mauricio de Souza, escritor e desenhista da Turma da Mônica
  • 15. Tiras diárias O Surgiam então as tiras diárias. É uma narrativa curta, de caráter cômico humorístico, composta de 3 ou quatro quadrinhos ou vinhetas. O Geralmente é descontextualizada, sem uma datação, portanto esta sempre atualizada, fato que lhe confere dimensão universal. O As tiras e charges tem caráter gráfico- anedótico. Palavras e imagens com o desejo de despertar o riso assemelham-se a uma anedota construída apenas com palavras de fundo cômico humorísticas.
  • 16. Mafalda, tira escrita e desenhada pelo cartunista argentino Quino.
  • 17. Cartum O O cartum é uma espécie de anedota gráfica sobre os mais diferentes comportamentos humanos. O De modo geral, explora situações atemporais e universais, que podem ocorrer em qualquer lugar e qualquer época.
  • 18. Cartum de José Pires, do blog Jota Brasil Limpeza
  • 19. O humor da charge política no jornal O “A charge é parte desses „penduricalhos‟ que o jornal apresenta como material de opinião. Não é a toa que ela sempre esta nas paginas de editoriais, a pagina nobre. A charge acaba sendo uma espécie de „editorial gráfico.” (Maringoni, 1996) O A charge possui uma unidimensionalidade, que não lhe permite ficar no “mas-contudo-todavia”. Ou é contra ou a favor.
  • 20. O Para se fazer humor é preciso haver cumplicidade com o publico. Ninguém ri da piada que você conta se não existe um código prévio entre você e os seus ouvintes. Muitas vezes, este código está baseado no mais repugnante dos preconceitos, mas o vinculo deve existir. O A existência de um código permite que se associem acontecimentos que a primeira vista não possuem ligação nenhum. Esse código cultural e emocional tem características universais e também particularidades locais.
  • 21. O A charge envolve mais um componente nesse código com o publico: o tempo. Por ser datada a charge é perene. Ela pode ficar como um registro de uma época, mas a graça dificilmente permanece. O Cartum x Charge O Alguns cartunistas conseguem em seu trabalho captar mais o espirito de uma época do que se limitar ao registro do fato do dia. Neste caso, não temos mais a charge politica, mas a critica de costumes e ela adquire uma característica mais duradoura.
  • 22. O uso dos signos imagético e verbal na charge O A linguagem é formada por signos, que são entidade psíquica com duas faces: uma imagem acústica e um conceito. (Saussure, 2004) O Signo = significante + significado
  • 23. O signo imagético na imagem O Manifestação de caráter visual da capacidade textual do homem, que pode ser expressa por meio de linhas, de superfícies escuras e hachura e que variam em diferentes formas. O Contexto intraicônico; O Contexto intericônico; O Contexto extraicônico.
  • 24. A caricatura O Recurso presente na maioria das charges de jornais impressos; O São fundamentais para produzir efeitos de sentido gerados por todo conjunto da charge: o texto imagético e verbal; O Apresenta exagero nas características de um individuo, valorizando ou ridicularizando traços mais marcantes.
  • 25. O signo verbal na charge O Estratégia que completa algo ou se contrapõe a algo; O Dá-se pela forma de texto (fala do personagem) ou pela forma de para texto (fala do enunciador); O Onomatopeias, legendas, falas e palavras destacadas podem transmitir ironia, critica e sentimentos diversos. O Intertextualidade e ironia.
  • 26. A multimodalidade na charge O Configuração dos significados de diferentes formas; O Os textos multimodais utilizam mais de um modo de elaboração da mensagem. Portanto, a charge é multimodal porque o conteúdo presente nela é veiculado por meio de texto, de imagem e de desenho.
  • 27. O Na charge, só o desenho pode ser multimodal, pois nele esta presente diferentes cores, tamanhos, símbolos e expressões dos personagens. O A multimodalidade torna a charge mais ativa e nada enfadonha; O Ironia e bom humor O A interação de imagens e de palavras dá abertura ao leitor para a construção de ideias, de opiniões e de conclusões.
  • 28. A charge e a ação social no espaço sociocultural O Tem o propósito de provocar a reflexão sobre assuntos de destaque na sociedade; O Contém um complexo ideológico de seu autor e da sociedade O O leitor precisa observar, através de seus traços, uma denuncia, o humor e uma critica.
  • 29. Republicação de charges O A charge sempre mostra um fato do cotidiano; O Textos temporais O Para uma charge ser republicada é preciso retratar uma ação que se reflete.
  • 30. Charges virtuais O As charges vem se adaptando a evolução tecnológica dos meios de comunicação; O É a confirmação de que os gêneros se adequam as condições sociohistóricas e as possibilidades tecnológicas; O É o mesmo gênero, mas utiliza diferentes suportes, como animação e som.
  • 31. Dialogismo e polifonia na charge O O dialogismo representa a interação entre o “eu” e o “tu” no texto e traz, em si, a perspectiva de outra voz; O Todo enunciado possui, ao menos, duas vozes. Qualquer enunciação mantém um diálogo com outras enunciações, ou seja, não há enunciação pura; O Há duas maneiras de inserir o discurso do outro no enunciado: O 1) De forma clara(discurso objetivo) – aspas, negação, DD ou DI. O 2) Internamente dialogizado. Não há separação nítida entre 1ª e 3ª pessoa e é apresentado por paródia ou polêmica clara.
  • 32. Polifonia O Define-se pela convivência , em um mesmo espaço, de uma multiplicidade de vozes e consciências independentes.
  • 33. Ironia O É a afirmação de algo diferente do que se deseja comunicar. Não dá ao texto o sentido completo para significar o oposto do que se diz. O O chargista não quer opinião dele seja aceita como verdade, mas quer levar o leitor à crítica, à reflexão e ao humor. O A ironia é um dos principais elementos da charge. É um instrumento de denúncia, geralmente de situações políticas e econômicas. O Às vezes, a ironia é mal interpretada ou nem sequer percebida.
  • 34. João Montanaro, chargista da Folha de São Paulo.
  • 35. Simon Taylor, chargista do site de notícias Jornale.
  • 36. Amarildo Lima, chargista do Jornal A Gazeta do Espírito Santo.
  • 37. Ivan Cabral, chargista e artista gráfico da TVU/UFRN
  • 38. Zé Dassilva, chargista do Diário Catarinense
  • 40. Retirado do site HumorTadela
  • 41.
  • 42. Retirado do Jornal O Povo, 2011
  • 43. Ivan Cabral, retirado do site Sorriso Pensante
  • 44. Bier, O golpe de 64
  • 46. Charge de Fortuna, publicado Correio da Manhã em 07/10/1966
  • 48. Newton Silva, 12 de novembro de 20011
  • 49.
  • 51. Cleyton, Jornal O Povo, 20/05/2009
  • 52. Newton Silva, retirado do site do autor.