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Processos ecológicos
em zonas ripárias
Aurea Lemes
Pós- doutoranda
PNPD-UFSC
1
Fevereiro
2015
2
1.Dinâmica da Matéria orgânica
Processos ecológicos em zonas ripárias
2.Processo de decomposição foliar 3.Métodos de amostragens
3
Zonas ripárias
Introdução
4
5
6
• “Interface entre os ecossistemas
aquáticos e terrestres”
• “Compartimento fundamental
para o funcionamento dos
ecossistemas aquáticos”
• River Continuum Concept (Vannote et al. 1980)
• Localizadas ao longo das margens dos
rios e cabeceiras de drenagens
• Dinâmicos  heterogeneidade
florística  alterações na composição
da vegetação
Definições
7
1965 (lei 4.771)
 criação do Código Florestal
Áreas de preservação
permanente
Limita a ocupação e proíbe a sua supressão
consequência
2012 (lei 12.651)
Modificações feitas no código florestal Zonas ripárias tornaram-se
mais vulneráveis
o Inserção de novas justificativas para a supressão/diminuição das zonas ripárias.
Consequências
8
 Exercem importantes funções ecológicas, sociais e econômicas:
o Manutenção da integridade da Bacia Hidrográfica
o Filtro natural para as águas superficiais
o Controle da erosão das margens
o controle da alteração da temperatura e incidência luminosa
o Importante corredor ecológico
o Fornecimento de energia na forma de matéria orgânica alóctone para os ecossistemas aquáticos
adjacentes
Participação nos processos ecossistemas aquáticos
Devido a capacidade de retenção dos nutrientes dissolvidos e particulados
Devido ao sombreamento incidente no sistema aquático
Contribuindo para a manutenção da diversidade faunal e dispersão das plantas
9
guiaecologico.wordpress.com
caliandradocerrado.com.br
Processo de urbanização +
crescimento das áreas agrícolas
Redução das zonas ripárias e serviços ecossistêmicos
Benefícios diretos e indiretos obtidos pelo
homem a partir dos ecossistemas
Provisão de alimentos
Formação dos solos
Manutenção da
qualidade
da água
10
Tundisi & Tundisi (2010)
Processo de urbanização +
crescimento das áreas agrícolas
Redução das zonas ripárias e serviços ecossistêmicos
Benefícios diretos e indiretos obtidos pelo
homem a partir dos ecossistemas
guiaecologico.wordpress.com
caliandradocerrado.com.br
11
 Exercem importantes funções ecológicas
o Manutenção da integridade da Bacia Hidrográfica
o Filtro natural para as aguas superficiais
o Controle da erosão das margens
o controle da alteração da temperatura e incidência luminosa
o Importante corredor ecológico
o Fornecimento de energia na forma de matéria orgânica alóctone para os ecossistemas aquáticos
adjacentes
Participação nos processos ecossistemas aquáticos
Devido a capacidade de retenção dos nutrientes dissolvidos e particulados
Devido ao sombreamento incidente no sistema aquático
Contribuindo para a manutenção da diversidade faunal e dispersão das plantas
12JFG Júnior
.... todo material orgânico produzido fora do ecossistema que
é incorporada posteriormente como energia no ecossistema...
O que é Matéria Orgânica Alóctone?
Rio de zona temperadas Rio de zona tropical
13
Folhas, galhos, frutos, sementes, entre outros
Conectar os ecossistemas aquáticos e terrestres
o Entrada vertical: a partir da vegetação ripária sobre o riacho
14
o Entrada horizontal: transferência de matéria orgânica estocada no solo
através do escoamento de água, ventos e movimento de animais
Entrada da matéria orgânica alóctone
Dinâmica de matéria
orgânica alóctone
oriundas da
vegetação ripária
Radiação solar
RIACHOS
Ambientes aquáticos
Autóctones Alóctones
15
Conectam os ecossistemas aquáticos e
terrestres
Galhos, folhas e partes reprodutivas
Aquaripária
Importância
16
o Riachos de baixa ordem ou cabeceiras vegetação ripária desenvolvida  menor incidência de luz
diminuindo a produção autotrófica (fitoplâncton/alga perifiticas)
o Produção heterotrófica (matéria orgânica alóctone)  é a principal fonte de energia e nutrientes para
as comunidades aquáticas
Riachos de baixa ordem
17
• Conceito do Rio Continuo
(Vanote, 1980)
Os riachos de cabeceira e de baixa ordem são
ecossistemas que funcionam como “hotspots” de
diversidade transformadores da matéria orgânica
proveniente dos sistemas terrestres, fornecendo
recursos alimentares e centro dispersor de
biodiversidade aos cursos d`água de maior ordem
(Hauer & Hill, 2007)
18
Quais os fatores que determinam o aporte
dos
detritos foliares?
o Composição das espécies vegetais
*Decíduas
*Semi-decíduas
*Perenes
o Características climáticas
*Seca
*Precipitação
*Ventos
19
Ecossistemas temperados
• Sazonal
• Características das espécies vegetais
• Outono/Inverno
• Frio  fator determinante
Fonte: Hart SK et al., 2013
19
Ecossistemas tropicais
• Variável
• Localização e das características da região
• Ex: seca marcante
• Seca fator determinante
Fonte: Gonçalves et al., 2014
20
Ausência de um
período de seca marcante
Entrada contínua de detritos foliares
Eventos de chuvaTempestades
21
Composição das espécies vegetais ao longo da zona ripária
Estrutura e a composição
da vegetação ripária
influenciam na
dinâmica da matéria orgânica
Fenologia
22
 122 espécies
Riacho Cacheira Grande
Bioma: Mata Atlântica
Florianópolis-SC
Lisboa et al, in press
 44 espécies
Riacho Doce
Bioma: Cerrado
Belo Horizonte-MG
França et al. 2009
Riacho Garcia
Bioma: transição de MA-CE
Ouro Branco-MG
Callisto et al. 2014
 192 espécies
Diferenças na composição
das espécies vegetais
Variações locais
Biomas
Tipo de vegetação dominante
Altitude
Composição das espécies vegetais ao longo da zona ripária
0
100
200
300
400
500
600
700
800
ago set out nov dez jan fev mar abr mai
gramas.m-2.mês-1
MédiaVertical
MédiaLaterais
MédiaBêntico
MédiaMatas
23
E este efeito pode ser agravado se o tipo de detrito foliar que entra nos riachos
for composto por detritos impalatáveis (menor qualidade)
Composição das espécies vegetais ao longo da zona ripária
Remoção das zonas ripárias
Mudanças na composição
da vegetação ripária
Estrutura e os
processos funcionais
Qualidade e a quantidade
de detritos para o ecossistema
Substituição por espécies
exóticas
Avanço das problemáticas
ambientais
24
Nitrogênio
Fósforo Polifenóis
Lignina
Celulose
Carbono
Qualidade química do detrito foliar
NUTRIENTES
ESTRUTURAIS
DEFESAS QUÍMICAS
Outras defesas:
Cutículas e a dureza das folhas
edfotos.fotosblogue.com
Polifenóis:
• Compostos defensivos produzidos pelas
espécies vegetais
•Proteção contra herbívoria
• variam de acordo com a espécie, idade e
nível de decomposição das folhas
• Presença deste pode afetar a colonização
microbiana, retardando a decomposição
dos detritos
Acta bot. bras. 23(2): 407-413. 2009
Compostos secundários durante a decomposição foliar de espécies arbóreas em um riacho do sul do Brasil
Luiz Ubiratan Hepp, Rogério Delanora e André Trevisan
Composto estrutural das plantas vasculares- conferem dureza aos tecidos vegetais
Difícil decomposição
Proteção contra herbivoria e infecções microbianas
“...altas concentrações destes compostos estão associados
com baixa colonização microbiana...”
LIGNINA E CELULOSE
27
Qualidade do detrito
+
ambiente físico
Comunidade
decompositora
consequência
Atratividade
Composição química e
estrutura física
N + colonização
microbiana  Detritos
palatáveis
Fases finais (fungos) ou
iniciais da colonização
(bactérias)
Nível de degradação do
detrito
Completo ou
incompleto
Estágio de colonização
microbiana
Lignina e Celulose
 Detritos
impalatáveis
consequência Processamento do
detrito foliar
Certos tipos de detritos são
especialmente atrativos para os
invertebrados
28
Zonas ripárias Sistemas aquáticos
Processos
ecossistêmicos
28
Processo de Decomposição foliar
Parte 2- Processo de decomposição foliar
29
“...mudança de estado do detrito foliar,
passando de matéria orgânica particulada
grossa para matéria orgânica particulada fina
e dissolvida...”
tempo
Decomposição foliar
Físicos
Temperatura da água
Vazão
Biológicos
Invertebrados
Microorganismos
Químicos
nutrientes
Oxigênio dissolvido
Composição
do detrito
30
Ciclagem de
nutrientes
Interações
tróficas
Transferência
de energia
31
Decomposição da
matéria orgânica
32
Modelo tradicional de decomposição foliar
em sistemas aquáticos:
1-Lixiviação
2-Condicionamento
3-Fragmentação
Conversion to
FPOM
Invertebrates Colonization,
Microbial Activity
And Physical Decomposition
Microbial Colonization and
Physical Decomposition
Chemistry
Decomposition
Leaf Fall (CPOM)
• Início imediatamente após a imersão das folhas na água
• Liberação dos compostos hidrossolúveis (proteína,
aminoácidos, lipidios)
• Mudanças na química inicial do detrito.
• Influências intrínsecas e extrínsecas à planta.
• Perda de massa – até 30 %.
33
1-Lixiviação
Conversion to
FPOM
Invertebrates Colonization,
Microbial Activity
And Physical Decomposition
Microbial Colonization and
Physical Decomposition
Chemistry
Decomposition
Leaf Fall (CPOM)
Lixiviação
• período de colonização e crescimento de micro-organismos
no detrito foliar
• Intensificam-se as modificações químicas e estruturais do
detrito devido a colonização microbiana
• Aumento da palatabilidade e da qualidade nutricional do
detrito foliar para os invertebrados
34
2-Condicionamento
Conversion to
FPOM
Invertebrates Colonization,
Microbial Activity
And Physical Decomposition
Microbial Colonization and
Physical Decomposition
Chemistry
Decomposition
Leaf Fall (CPOM)
Condicionamento
35
3-Fragmentação
• resultante da abrasão física e consumo das folhas
pelos invertebrados, principalmente os
pertencentes ao grupo trófico funcional
fragmentadorConversion to
FPOM
Invertebrates Colonization,
Microbial Activity
And Physical Decomposition
Microbial Colonization and
Physical Decomposition
Chemistry
Decomposition
Leaf Fall (CPOM)
Fragmentação
36
Adaptado de Allan (1995)
Conversion to
FPOM
Invertebrates Colonization,
Microbial Activity
And Physical Decomposition
Microbial Colonization and
Physical Decomposition
Chemistry
Decomposition
Leaf Fall (CPOM)
Lixiviação
Condicionamento
Fragmentação
Apesar de distintas, estas fases se sobrepõem
durante a decomposição da matéria orgânica
(Gessner et al. 1999)
Modelo tradicional de decomposição:
37
38
Fatores biológicos:
o Algas, bactérias, fungos, ciliados, flagelados, amebas e nematóides estão envolvidos no
processo de decomposição dos detritos foliares alóctones
o Bactérias e os fungos (hifomicetos aquáticos) são considerados os principais micro-
organismos decompositores
JoanArtigasAlejo-tesededoutorado
1.Micro-organismos
39
Bactérias e fungos hifomicetos
o Capazes de produzir enzimas extracelulares que degradam os polímeros estruturais na
parede celular das plantas promovendo perda de massa e
suavizando os tecidos foliares para a alimentação dos invertebrados
o Apesar da importância bacteriana, os hifomicetos aquáticos são os principais
direcionadores deste processo.
Fungos hifomicetos Início do processo de decomposição
importância
Bactérias Final do processo de decomposição
importância
40
Fungos hifomicetos
o Hifomicetos aquáticos são fungos anamórfos
SUCESSO
ADAPTAÇÕES
FISIOLÓGICAS
ADAPTAÇÕES
MORFOLÓGICAS
o ocorrem predominantemente no ambiente
aquático
o Apresentam reprodução assexuada, com
formação de conídios (estruturas de dispersão)
Fungos hifomicetos
Adaptações morfológicas Adaptações fisiológicas
41
JoanArtigasAlejo-tesededoutorado
o Produção de conídios em formatos
sigmóides ou tetrarradiados
o Eficiente aderência aos substratos
o Produção enzimas extracelulares
o Degradar polímeros estruturais
Aumenta a qualidade do detrito vegetal
para o consumo dos invertebrados
aquáticos
42
Fungos hifomicetos
o Temperatura
o Condutividade
o Velocidade da água
o Oxigênio dissolvido
o Nutrientes (N e P)
Biomassa
Atividade dos
hifomicetos
43
Aumento da temperatura +
concentração de nutrientes na coluna
d’água
Aumento nas taxas
de decomposição foliar
Estimulam o crescimento,
reprodução e o
metabolismo dos hifomicetos
crescimento, reprodução e o metabolismo
dos hifomicetos dos fungos aquáticos
Nutrientes inorgânicos
+ baixas taxas de O2
Efeito
negativo
44
Apresentam um aparelho bucal adaptado para macerar e rasgar partes da matéria orgânica
particulada grossa
“…aumentando a área disponível para a ação microbiana…”
...selecionar/rejeitar algumas espécies de folhas...
Fatores biológicos:
2. Invertebrados fragmentadores
45
Físicos:
1. pH e velocidade da água
Águas com baixos
valores de pH
menores coeficientes
de decomposição
águas ácidas inibem a
atividade microbiana
Águas mais agitadas
Estimula a atividade microbiana e
aumenta a fragmentação dos detritos
Aumenta o processamento
do detrito foliar
Interfere na taxa de
decomposição
Aumenta a taxa de decomposição
46
Decomposição dos detritos foliares como método de avaliação ambiental
conservação da zona ripária ----------------- fundamental para preservar a integridade
ecológica
caliandradocerrado.com.br
A redução ou perda da vegetação ripária é um dos impactos ambientais mais comuns nos
sistemas aquáticos
consequências negativas nos parâmetros funcionais e
estruturais do ecossistemas
47
Indicadores
funcionais
Indicadores
estruturais
Comunidade aquática
e seus recursos
Taxas, padrões e
processos
ecossistêmicos
Como avaliar os efeitos dos distúrbios antrópicos sobre a integridade
ecológica de riachos?
Integridade ecológica dos
riachos
Taxa de decomposição foliar Processo integrado: liga a vegetação ripária, condições ambientais e a
atividade dos invertebrados e micro-organismos
DETRITO FOLIAR
Físicos
Temperatura da água
Vazão
Biológicos
Invertebrados
Microorganismos
Químicos
nutrientes
Oxigênio dissolvido
Composição
do detrito
48
49
<
Desta forma, a taxa de decomposição foliar foi mais
rápida no riacho referência do que no impactado.
%massremaining
Breakdownrates(day-1)
reference impacted
Mass remaining
Breakdown rates
Perda de massa foliar
50
385
325
50
Altas [O2] + características naturais do ambiente podem ter favorecido a presença dos fungos
aquáticos, principalmente hifomicetos aquáticos
Eficientes no processo de decomposição foliar
Biomassa dos fungos :
Avaliada pela quantificação do ergosterol, lipídeo exclusivo das membranas dos fungos
51
• Riqueza de invertebrados foi maior no riacho referência, porém a abundância total foi maior no
impactado
• Capacidade dos organismos de se adaptar as mudanças ambientais
Invertebrados aquáticos
52
Métodos de amostragens
53
Dinâmica da matéria orgânica
Como avaliar o aporte de MO em riachos?
54
Amostragem vertical
55
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56
Aporte solo (1m²) Estoque bêntico (0,1024m²)
57
Como avaliar o decomposição foliar em riachos?
Detritos foliares Litter bags
incubação
Incubado por n dias
58
Marcelo Moretti
O material vegetal pode ser agrupado em 3 categorias:
1. Decomposição rápida: valor de k > 0,001 dia/1
2. Decomposição média: 0,005 dia/1 < k< 0,010 dia/1
3. Decomposição lenta: k < 0,005 dia/1
61
OBRIGADA
luizalemes@yahoo.com.br

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Decomposição em Ambientes Aquáticos

  • 1. Processos ecológicos em zonas ripárias Aurea Lemes Pós- doutoranda PNPD-UFSC 1 Fevereiro 2015
  • 2. 2 1.Dinâmica da Matéria orgânica Processos ecológicos em zonas ripárias 2.Processo de decomposição foliar 3.Métodos de amostragens
  • 4. 4
  • 5. 5
  • 6. 6 • “Interface entre os ecossistemas aquáticos e terrestres” • “Compartimento fundamental para o funcionamento dos ecossistemas aquáticos” • River Continuum Concept (Vannote et al. 1980) • Localizadas ao longo das margens dos rios e cabeceiras de drenagens • Dinâmicos  heterogeneidade florística  alterações na composição da vegetação Definições
  • 7. 7 1965 (lei 4.771)  criação do Código Florestal Áreas de preservação permanente Limita a ocupação e proíbe a sua supressão consequência 2012 (lei 12.651) Modificações feitas no código florestal Zonas ripárias tornaram-se mais vulneráveis o Inserção de novas justificativas para a supressão/diminuição das zonas ripárias. Consequências
  • 8. 8  Exercem importantes funções ecológicas, sociais e econômicas: o Manutenção da integridade da Bacia Hidrográfica o Filtro natural para as águas superficiais o Controle da erosão das margens o controle da alteração da temperatura e incidência luminosa o Importante corredor ecológico o Fornecimento de energia na forma de matéria orgânica alóctone para os ecossistemas aquáticos adjacentes Participação nos processos ecossistemas aquáticos Devido a capacidade de retenção dos nutrientes dissolvidos e particulados Devido ao sombreamento incidente no sistema aquático Contribuindo para a manutenção da diversidade faunal e dispersão das plantas
  • 9. 9 guiaecologico.wordpress.com caliandradocerrado.com.br Processo de urbanização + crescimento das áreas agrícolas Redução das zonas ripárias e serviços ecossistêmicos Benefícios diretos e indiretos obtidos pelo homem a partir dos ecossistemas Provisão de alimentos Formação dos solos Manutenção da qualidade da água
  • 10. 10 Tundisi & Tundisi (2010) Processo de urbanização + crescimento das áreas agrícolas Redução das zonas ripárias e serviços ecossistêmicos Benefícios diretos e indiretos obtidos pelo homem a partir dos ecossistemas guiaecologico.wordpress.com caliandradocerrado.com.br
  • 11. 11  Exercem importantes funções ecológicas o Manutenção da integridade da Bacia Hidrográfica o Filtro natural para as aguas superficiais o Controle da erosão das margens o controle da alteração da temperatura e incidência luminosa o Importante corredor ecológico o Fornecimento de energia na forma de matéria orgânica alóctone para os ecossistemas aquáticos adjacentes Participação nos processos ecossistemas aquáticos Devido a capacidade de retenção dos nutrientes dissolvidos e particulados Devido ao sombreamento incidente no sistema aquático Contribuindo para a manutenção da diversidade faunal e dispersão das plantas
  • 12. 12JFG Júnior .... todo material orgânico produzido fora do ecossistema que é incorporada posteriormente como energia no ecossistema... O que é Matéria Orgânica Alóctone? Rio de zona temperadas Rio de zona tropical
  • 13. 13 Folhas, galhos, frutos, sementes, entre outros Conectar os ecossistemas aquáticos e terrestres
  • 14. o Entrada vertical: a partir da vegetação ripária sobre o riacho 14 o Entrada horizontal: transferência de matéria orgânica estocada no solo através do escoamento de água, ventos e movimento de animais Entrada da matéria orgânica alóctone Dinâmica de matéria orgânica alóctone
  • 15. oriundas da vegetação ripária Radiação solar RIACHOS Ambientes aquáticos Autóctones Alóctones 15 Conectam os ecossistemas aquáticos e terrestres Galhos, folhas e partes reprodutivas Aquaripária Importância
  • 16. 16 o Riachos de baixa ordem ou cabeceiras vegetação ripária desenvolvida  menor incidência de luz diminuindo a produção autotrófica (fitoplâncton/alga perifiticas) o Produção heterotrófica (matéria orgânica alóctone)  é a principal fonte de energia e nutrientes para as comunidades aquáticas Riachos de baixa ordem
  • 17. 17 • Conceito do Rio Continuo (Vanote, 1980) Os riachos de cabeceira e de baixa ordem são ecossistemas que funcionam como “hotspots” de diversidade transformadores da matéria orgânica proveniente dos sistemas terrestres, fornecendo recursos alimentares e centro dispersor de biodiversidade aos cursos d`água de maior ordem (Hauer & Hill, 2007)
  • 18. 18 Quais os fatores que determinam o aporte dos detritos foliares? o Composição das espécies vegetais *Decíduas *Semi-decíduas *Perenes o Características climáticas *Seca *Precipitação *Ventos
  • 19. 19 Ecossistemas temperados • Sazonal • Características das espécies vegetais • Outono/Inverno • Frio  fator determinante Fonte: Hart SK et al., 2013 19 Ecossistemas tropicais • Variável • Localização e das características da região • Ex: seca marcante • Seca fator determinante Fonte: Gonçalves et al., 2014
  • 20. 20 Ausência de um período de seca marcante Entrada contínua de detritos foliares Eventos de chuvaTempestades
  • 21. 21 Composição das espécies vegetais ao longo da zona ripária Estrutura e a composição da vegetação ripária influenciam na dinâmica da matéria orgânica Fenologia
  • 22. 22  122 espécies Riacho Cacheira Grande Bioma: Mata Atlântica Florianópolis-SC Lisboa et al, in press  44 espécies Riacho Doce Bioma: Cerrado Belo Horizonte-MG França et al. 2009 Riacho Garcia Bioma: transição de MA-CE Ouro Branco-MG Callisto et al. 2014  192 espécies Diferenças na composição das espécies vegetais Variações locais Biomas Tipo de vegetação dominante Altitude Composição das espécies vegetais ao longo da zona ripária 0 100 200 300 400 500 600 700 800 ago set out nov dez jan fev mar abr mai gramas.m-2.mês-1 MédiaVertical MédiaLaterais MédiaBêntico MédiaMatas
  • 23. 23 E este efeito pode ser agravado se o tipo de detrito foliar que entra nos riachos for composto por detritos impalatáveis (menor qualidade) Composição das espécies vegetais ao longo da zona ripária Remoção das zonas ripárias Mudanças na composição da vegetação ripária Estrutura e os processos funcionais Qualidade e a quantidade de detritos para o ecossistema Substituição por espécies exóticas Avanço das problemáticas ambientais
  • 24. 24 Nitrogênio Fósforo Polifenóis Lignina Celulose Carbono Qualidade química do detrito foliar NUTRIENTES ESTRUTURAIS DEFESAS QUÍMICAS Outras defesas: Cutículas e a dureza das folhas edfotos.fotosblogue.com
  • 25. Polifenóis: • Compostos defensivos produzidos pelas espécies vegetais •Proteção contra herbívoria • variam de acordo com a espécie, idade e nível de decomposição das folhas • Presença deste pode afetar a colonização microbiana, retardando a decomposição dos detritos Acta bot. bras. 23(2): 407-413. 2009 Compostos secundários durante a decomposição foliar de espécies arbóreas em um riacho do sul do Brasil Luiz Ubiratan Hepp, Rogério Delanora e André Trevisan
  • 26. Composto estrutural das plantas vasculares- conferem dureza aos tecidos vegetais Difícil decomposição Proteção contra herbivoria e infecções microbianas “...altas concentrações destes compostos estão associados com baixa colonização microbiana...” LIGNINA E CELULOSE
  • 27. 27 Qualidade do detrito + ambiente físico Comunidade decompositora consequência Atratividade Composição química e estrutura física N + colonização microbiana  Detritos palatáveis Fases finais (fungos) ou iniciais da colonização (bactérias) Nível de degradação do detrito Completo ou incompleto Estágio de colonização microbiana Lignina e Celulose  Detritos impalatáveis consequência Processamento do detrito foliar Certos tipos de detritos são especialmente atrativos para os invertebrados
  • 28. 28 Zonas ripárias Sistemas aquáticos Processos ecossistêmicos 28 Processo de Decomposição foliar
  • 29. Parte 2- Processo de decomposição foliar 29 “...mudança de estado do detrito foliar, passando de matéria orgânica particulada grossa para matéria orgânica particulada fina e dissolvida...” tempo
  • 30. Decomposição foliar Físicos Temperatura da água Vazão Biológicos Invertebrados Microorganismos Químicos nutrientes Oxigênio dissolvido Composição do detrito 30
  • 32. 32 Modelo tradicional de decomposição foliar em sistemas aquáticos: 1-Lixiviação 2-Condicionamento 3-Fragmentação Conversion to FPOM Invertebrates Colonization, Microbial Activity And Physical Decomposition Microbial Colonization and Physical Decomposition Chemistry Decomposition Leaf Fall (CPOM)
  • 33. • Início imediatamente após a imersão das folhas na água • Liberação dos compostos hidrossolúveis (proteína, aminoácidos, lipidios) • Mudanças na química inicial do detrito. • Influências intrínsecas e extrínsecas à planta. • Perda de massa – até 30 %. 33 1-Lixiviação Conversion to FPOM Invertebrates Colonization, Microbial Activity And Physical Decomposition Microbial Colonization and Physical Decomposition Chemistry Decomposition Leaf Fall (CPOM) Lixiviação
  • 34. • período de colonização e crescimento de micro-organismos no detrito foliar • Intensificam-se as modificações químicas e estruturais do detrito devido a colonização microbiana • Aumento da palatabilidade e da qualidade nutricional do detrito foliar para os invertebrados 34 2-Condicionamento Conversion to FPOM Invertebrates Colonization, Microbial Activity And Physical Decomposition Microbial Colonization and Physical Decomposition Chemistry Decomposition Leaf Fall (CPOM) Condicionamento
  • 35. 35 3-Fragmentação • resultante da abrasão física e consumo das folhas pelos invertebrados, principalmente os pertencentes ao grupo trófico funcional fragmentadorConversion to FPOM Invertebrates Colonization, Microbial Activity And Physical Decomposition Microbial Colonization and Physical Decomposition Chemistry Decomposition Leaf Fall (CPOM) Fragmentação
  • 36. 36 Adaptado de Allan (1995) Conversion to FPOM Invertebrates Colonization, Microbial Activity And Physical Decomposition Microbial Colonization and Physical Decomposition Chemistry Decomposition Leaf Fall (CPOM) Lixiviação Condicionamento Fragmentação Apesar de distintas, estas fases se sobrepõem durante a decomposição da matéria orgânica (Gessner et al. 1999) Modelo tradicional de decomposição:
  • 37. 37
  • 38. 38 Fatores biológicos: o Algas, bactérias, fungos, ciliados, flagelados, amebas e nematóides estão envolvidos no processo de decomposição dos detritos foliares alóctones o Bactérias e os fungos (hifomicetos aquáticos) são considerados os principais micro- organismos decompositores JoanArtigasAlejo-tesededoutorado 1.Micro-organismos
  • 39. 39 Bactérias e fungos hifomicetos o Capazes de produzir enzimas extracelulares que degradam os polímeros estruturais na parede celular das plantas promovendo perda de massa e suavizando os tecidos foliares para a alimentação dos invertebrados o Apesar da importância bacteriana, os hifomicetos aquáticos são os principais direcionadores deste processo. Fungos hifomicetos Início do processo de decomposição importância Bactérias Final do processo de decomposição importância
  • 40. 40 Fungos hifomicetos o Hifomicetos aquáticos são fungos anamórfos SUCESSO ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS ADAPTAÇÕES MORFOLÓGICAS o ocorrem predominantemente no ambiente aquático o Apresentam reprodução assexuada, com formação de conídios (estruturas de dispersão)
  • 41. Fungos hifomicetos Adaptações morfológicas Adaptações fisiológicas 41 JoanArtigasAlejo-tesededoutorado o Produção de conídios em formatos sigmóides ou tetrarradiados o Eficiente aderência aos substratos o Produção enzimas extracelulares o Degradar polímeros estruturais Aumenta a qualidade do detrito vegetal para o consumo dos invertebrados aquáticos
  • 42. 42 Fungos hifomicetos o Temperatura o Condutividade o Velocidade da água o Oxigênio dissolvido o Nutrientes (N e P) Biomassa Atividade dos hifomicetos
  • 43. 43 Aumento da temperatura + concentração de nutrientes na coluna d’água Aumento nas taxas de decomposição foliar Estimulam o crescimento, reprodução e o metabolismo dos hifomicetos crescimento, reprodução e o metabolismo dos hifomicetos dos fungos aquáticos Nutrientes inorgânicos + baixas taxas de O2 Efeito negativo
  • 44. 44 Apresentam um aparelho bucal adaptado para macerar e rasgar partes da matéria orgânica particulada grossa “…aumentando a área disponível para a ação microbiana…” ...selecionar/rejeitar algumas espécies de folhas... Fatores biológicos: 2. Invertebrados fragmentadores
  • 45. 45 Físicos: 1. pH e velocidade da água Águas com baixos valores de pH menores coeficientes de decomposição águas ácidas inibem a atividade microbiana Águas mais agitadas Estimula a atividade microbiana e aumenta a fragmentação dos detritos Aumenta o processamento do detrito foliar Interfere na taxa de decomposição Aumenta a taxa de decomposição
  • 46. 46 Decomposição dos detritos foliares como método de avaliação ambiental conservação da zona ripária ----------------- fundamental para preservar a integridade ecológica caliandradocerrado.com.br A redução ou perda da vegetação ripária é um dos impactos ambientais mais comuns nos sistemas aquáticos consequências negativas nos parâmetros funcionais e estruturais do ecossistemas
  • 47. 47 Indicadores funcionais Indicadores estruturais Comunidade aquática e seus recursos Taxas, padrões e processos ecossistêmicos Como avaliar os efeitos dos distúrbios antrópicos sobre a integridade ecológica de riachos? Integridade ecológica dos riachos Taxa de decomposição foliar Processo integrado: liga a vegetação ripária, condições ambientais e a atividade dos invertebrados e micro-organismos
  • 48. DETRITO FOLIAR Físicos Temperatura da água Vazão Biológicos Invertebrados Microorganismos Químicos nutrientes Oxigênio dissolvido Composição do detrito 48
  • 49. 49 < Desta forma, a taxa de decomposição foliar foi mais rápida no riacho referência do que no impactado. %massremaining Breakdownrates(day-1) reference impacted Mass remaining Breakdown rates Perda de massa foliar
  • 50. 50 385 325 50 Altas [O2] + características naturais do ambiente podem ter favorecido a presença dos fungos aquáticos, principalmente hifomicetos aquáticos Eficientes no processo de decomposição foliar Biomassa dos fungos : Avaliada pela quantificação do ergosterol, lipídeo exclusivo das membranas dos fungos
  • 51. 51 • Riqueza de invertebrados foi maior no riacho referência, porém a abundância total foi maior no impactado • Capacidade dos organismos de se adaptar as mudanças ambientais Invertebrados aquáticos
  • 53. 53 Dinâmica da matéria orgânica Como avaliar o aporte de MO em riachos?
  • 56. 56 Aporte solo (1m²) Estoque bêntico (0,1024m²)
  • 57. 57 Como avaliar o decomposição foliar em riachos? Detritos foliares Litter bags incubação Incubado por n dias
  • 58. 58
  • 60. O material vegetal pode ser agrupado em 3 categorias: 1. Decomposição rápida: valor de k > 0,001 dia/1 2. Decomposição média: 0,005 dia/1 < k< 0,010 dia/1 3. Decomposição lenta: k < 0,005 dia/1