SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 42
Downloaden Sie, um offline zu lesen
I Curso de Verão em Limnologia
25 Fevereiro, 2015
Nei K. Leite
Contexto histórico
ü Último grande período glacial (Laurenciano)
ü Ocupação das zonas mais quentes
ü Captação de água subterrânea –
Importante posessão dos povos primitivos
ü Inicialmente, buracos d’água no solo
ü Com o passar do tempo, as necessidades de
sobrevivência induziram o desenvolvimento do
conhecimento
Contexto histórico
ü registros arqueológicos mostram que a tecnologia de
construção de poços de água datam de tempos pré-
históricos (~ 8.000 anos)
ü Jericó (Palestina), a cidade mais antiga do mundo, já
possuía uma cacimba integralmente revestida por tijolos
Contexto histórico
üNecessidade de extração de sal, estimulou perfurações de
poços profundos na China
ü O sistema de perfuração
era conhecido como agitador
ü Tinha aproximadamente
10 m de altura e todas as
partes eram compostas de
madeira (principalmente
bambú)
üO impulso das batidas atingia cerca de 136 kg, perfurando
poços com profundidade de até 600 m, em um prazo de até
3 anos para sua conclusão
Contexto histórico
ü Hieróglifos egípcios indicam construção de poços há 2.100 A.C.
ü Poço artesiano mais antigo , perfurado no oásis de Kharga, com
prof. ~ 100 m
Utilização principal na
irrigação (300k ha de terras
férteis)
O instrumento que
viabilizava as perfurações
era a picota (shaduf),
construída com 2 pedaços
longos e articulados de
madeira
Contexto histórico
ü Desde os primórdios, a importância da água subterrânea era
reconhecida ® fonte de abastecimento em zonas áridas
ü A partir da Revolução Industrial, sua importância passou a ser
reconhecida na Europa ® aumento populacional e atividades
industriais
ü Nos EUA, a utilização deste recurso foi a base do
desenvolvimento da maior economia de todos os tempos, em
uma região próxima de 3M km2, de clima semi-árido
ü No Brasil, a captação para abastecimento das populações vem
sendo realizada desde os tempos coloniais
ü Sua importância na região semi-árida do NE foi reconhecida
desde os primórdios da sua ocupação
ü Até a década de 1950, o termo água subterrânea
referia-se a água da zona saturada do subsolo, capaz de
abastecer um poço para atendimento de certa demanda
ü A partir da década de 1960, a evolução da Informática e
a necessidade de uma abordagem quanto à qualidade e
quantidade, passaram a considerar a extensão da
unidade aquífera
ü A partir da década de 1970, houve a percepção de que
os processos físicos, químicos e microbiológicos exercia
forte transformação na qualidade da água
Contexto histórico
Distribuição de água na Terra
Distribuição espacial e quantitativa da água
subterrânea no planeta
Ciclo hidrológico
Trenberth et al., 2007
Definições e terminologia
Água subterrânea refere-se a toda água que ocorre abaixo
da superfície de uma determinada área, compreendendo:
§ água do solo
§ água da zona não-saturada
§ água da zona saturada
§ água de camadas aflorantes muito permeáveis
(aquífero livre)
§ água de camadas encerradas entre outras
relativamente menos permeáveis (aquífero
confinado)
§ água de camadas relativamente argilosas
(aqüitardes)
§ água de camadas muito argilosas (aqüicludes)
Definições e terminologia
ü No processo de infiltração (unidimensional), a água
entra no solo (ou seja, é o movimento para dentro da
interface solo-ar)
ü Quando a água percorre o solo falamos em percolação
(tridimensional)
ü Por definição, água subterrânea é aquela que
preenche os vazios do solo e das rochas
ü A superfície limite entre as zonas aerada e saturada é
chamada de lençol freático
ü Recarga é o processo pelo qual a água se move da
zona não saturada (aerada) para a zona saturada
Definições e terminologia
Zona
não-saturada
Zona
saturada
‘
Zona de umidade
no solo
Franja de
capilaridade
Zona
intermediária
‘
Água
Subterrânea
Ocorrência, qualidade e usos
ü As águas subterrâneas (10.360.230 km3) são
aproximadamente 100 vezes mais abundantes do que as
águas superficiais dos rio e lagos (92.168 km3)
ü Embora armazenadas nos poros e fissuras milimétricas das
rochas, ocorrem em grandes extensões, distribuídas em
uma área aproximada de 134,8 milhões de km2
(Shikmanov, 1998)
ü Quantidade passível de ser captada
(<4k m de prof)
Umidade do solo
Zona não-saturada
até 750 m
750 m a 4.000 m
ü O subsolo tem capacidade de estocar 10,4 milhões de
km3 de água subterrânea doce (30% total), que
constituem 97% de água doce, no estado líquido,
presente nas terras emergentes
ü Águas subterrâneas de origem meteórica (~750 m)
correspondem a 4,2 milhões de km3 participando
ativamente no mecanismo de renovação das águas na
Terra – Ciclo Hidrológico
ÞÞÞÞ 13.000 km3/ano descarga dos rios
ü Estas águas são recarregadas naturalmente pela
infiltração de uma fração das infiltrações
Ocorrência, qualidade e usos
Componentes do
balanço hídrico
Eurasia África América
do Norte
América
do Sul
Austrália Superfície
terrestre*
Precipitação 728 686 670 1650 440 834
Evapotranspiração 430 547 383 1065 393 540
Descarga total dos
rios
298 139 287 585 47 294
Escoamento
superficial
216 91 203 375 40 204
Contribuição
subterrânea
82
(27%)
48
(34%)
84
(29%)
210
(35%)
7
(15%)
90
(30%)
* Excluindo calotas polares e glaciares, a superfície terrestre é
de aproximadamente 128.000.000 km2
Valores em km3/ano
Zektser & Loaiciga, 1993
Ocorrência, qualidade e usos
Recursos hídricos subterrâneos Brasileiros
Reservas de água
subterrânea
112.000 km3
= 1,12 x 1017 l
(~1,1%)
Contribuição
multianual média à
descarga dos rios
2.400 km3 / ano
(~18,5%)
(Rebouças, 1988)
Aquífero Guarani
Aquífero Guarani
Fonte: DAEE / Embrapa Meio Ambiente
Área
1.195.200 km2
Reserva de água no Brasil
48.000 km3
(~43% do total)
Uso da água
Preservação de fauna e flora
Usos múltiplos da água Abastecimento Público Indústria
Irrigação Aqüacultura
Navegação
Geração de energia elétricaRecreação
O principal uso da água no planeta é agrícola!!!
= irrigação de culturas
Legislação
“ÁGUAS SUBTERRÂNEAS SÃO DE DOMINIALIDADE
DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL”
Índice de Qualidade
• Conjunto de indicadores ponderados
§ Fornecem informações simplificadas
importantes para tomadas de decisões
§ Pode apresentar erros pela simplificação
Indicadores de qualidade de água
pH
Condutividade
DBO
OD
Coliformes fecais
Nitrogênio total
Fósforo total
Temperatura
Turbidez
Toxicidade
Carbono Orgânico
Diversidade biológica
Índice de qualidade de água
Faixas de IQA
utilizadas nos
seguintes
Estados: AL,
MG, MT, PR,
RJ, RN, RS
Faixas de IQA
utilizadas nos
seguinte
Estados: BA,
CE, ES, GO,
MS, PB, PE, SP
Avaliação da
Qualidade da
Água
91-100 80-100 Ótima
71-90 52-79 Boa
51-70 37-51 Razoável
26-50 20-36 Ruim
0-25 0-19 Péssima
Índice de Qualidade Natural das Águas
Subterrâneas – IQNAS
• Hão poucas referências sobre a qualidade da água
subterrânea
• O IQNAS incorpora um número limitado de variáveis,
garantindo praticidade no seu cálculo
• As variáveis utilizadas são parâmetros químicos mais
significativos para se avaliar a qualidade natural das
águas subterrâneas (pH, Cl-, SDT, Dureza, F-, N-NO3)
• As variáveis escolhidas são aquelas, dentro da
disponibilidade de dados, ou seja, são as análises
químicas das águas subterrâneas mais
frequentemente realizadas
• A formulação matemática foi a mesma utilizada para o
IQA da CETESB, ou seja, um produto dos valores de
qualidade da água subterrânea para cada parâmetro
químico escolhido (Qi), elevado ao peso atribuído a
cada variável (wi)
IQNAS = Produto (Qi
wi) = Q1
w1 x Q2
w2 x Q3
w3 ....Qn
wn
• A escala escolhida para o IQNAS foi a seguinte: nota
de 80 a 100 (qualidade ótima), de 52 a 79 (boa), de 37
a 51 (aceitável), de 0 a 36 (imprópria)
Índice de Qualidade Natural das Águas
Subterrâneas – IQNAS
Informações técnicas
Total de Poços Cadastrados:
257.885
SC: 7.263
(2,8% do total)
Atualizado em : 09/02/2015
Siagas
• entrada de dados relativos
às águas subterrâneas;
• disponibilização de dados via web
• visualização e interpretação de dados,
Sistema de Informações Geográficas
Geral
Construtivo
Geológicos
Hidrogeológicos
Teste de bombeamento
Análises químicas
Crise hídrica
Fatos
Amazônia possui 50% da água,
porém apenas 4% da população
Cerca de 80% dos brasileiros estão
Concentrados em megalópoles
Muitas destas cidades encontram-
se sob estresse hídrico, devido ao
rápido crescimento demográfico
Os dados ao lado referem-se a
cidades com mais de 1 milhão de
habitantes
Cientistas afirmam que o
desmatamento seria a principal
causa da seca
Em 2009, Antônio Nobre
alertou que o desmatamento
poderia interferir no
funcionamento da floresta
Afetando os “rios voadores”
Segundo este pesquisador, sem
estes, a área compreendendo
70% do PIB Sulamericano
poderia se tornar um deserto
http://riosvoadores.com.br/o-projeto/fenomeno-dos-rios-voadores/
Solução do momento?
http://www.aesabesp.org.br/component/content/article/75-boletim-aesabesp/2382-abas-
aponta-agua-subterranea-como-a-solucao-do-momento.html
ü Seminário à imprensa 09/12/2014
ü ABAS defendeu o uso das águas subterrâneas no
enfrentamento da atual crise hídrica
ü Everton de Oliveira (empresário, geólogo e secretário
executivo) explicou consumo cotidiano deste recurso
ü Cláudio Pereira de Oliveira (presidente) apresentou a
grande extensão, com foco no Guarani, ressaltando que
devido ao estado em que se encontra, seria a solução no
curto prazo
ü Marcelo Morgado (engenheiro químico) argumentou que o
enfrentamento à crise necessita de variadas intervenções
(desperdício, reúso, dessalinização, condensação)
Solução do momento?
Fatores de competitividade
ü A notável capacidade de armazenamento dos aquíferos
ü A potabilidade natural e maior proteção da qualidade
dispensam os investimentos em tratamento
ü A forma extensiva de ocorrência das águas subterrâneas
possibilita captação onde ocorrem as demandas
ü Os prazos de execução das obras de captação são
relativamente pequenos
ü Os investimentos são relativamente pequenos
ü Os mananciais não sofrem o processo de assoreamento,
não há perdas por evaporação
http://glo.bo/1F3nfPM
12/02/2015 20h44 - Atualizado em 12/02/2015 21h04
Especialistas dizem que crise hídrica era previsível desde 2013
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-02/sao-paulo-prepara-plano-de-contingencia-para-pior-
cenario-de-crise-de-agua
13/02/2015 14h19
São Paulo prepara plano de contingência para pior cenário de crise de água
http://folha.com/no1589353
13/02/2015 02h00
Com crise, supermercado terá ajuda para perfurar poço artesiano em SP
http://folha.com/no1589236
12/02/2015 19h12
Cientistas reclamam da falta de ação dos governos contra a crise da água
http://folha.com/no1589231
12/02/2015 19h20
Se continuar a chover, 'volume morto' se recupera em cem dias, diz consórcio
http://folha.com/no1588937
12/02/2015 13h34
Rio quer dessalinizar água do mar para conter crise de abastecimento
http://folha.com/no1588728
11/02/2015 21h37
Ato contra a crise hídrica fecha ruas no centro de SP e tem dois detidos
http://folha.com/no1588134
11/02/2015 02h00
Menino do Acre 'bomba' na internet com brincadeira sobre seca paulista
Aguas Subterraneas
Aguas Subterraneas
Aguas Subterraneas
Aguas Subterraneas
Aguas Subterraneas
Aguas Subterraneas

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt? (20)

Geomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvialGeomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvial
 
A hidrosfera e sua dinâmica
A hidrosfera e sua dinâmicaA hidrosfera e sua dinâmica
A hidrosfera e sua dinâmica
 
Hidrosfera: as Águas Continentais
Hidrosfera: as Águas ContinentaisHidrosfera: as Águas Continentais
Hidrosfera: as Águas Continentais
 
Elementos climáticos
Elementos climáticosElementos climáticos
Elementos climáticos
 
fatores e elementos climáticos
 fatores e elementos climáticos fatores e elementos climáticos
fatores e elementos climáticos
 
Recursos hídricos
Recursos hídricosRecursos hídricos
Recursos hídricos
 
Hidrografia
HidrografiaHidrografia
Hidrografia
 
As Formas do Relevo Terrestre
As Formas do Relevo TerrestreAs Formas do Relevo Terrestre
As Formas do Relevo Terrestre
 
ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL
ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASILESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL
ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL
 
Aula Geologia
Aula Geologia Aula Geologia
Aula Geologia
 
Hidrologia escoamento superficial
Hidrologia   escoamento superficialHidrologia   escoamento superficial
Hidrologia escoamento superficial
 
Geomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvialGeomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvial
 
Hidrosfera 6º ano
Hidrosfera 6º anoHidrosfera 6º ano
Hidrosfera 6º ano
 
A biosfera
A biosferaA biosfera
A biosfera
 
Bacias hidrográficas
Bacias hidrográficasBacias hidrográficas
Bacias hidrográficas
 
Aula 01: Água x Recursos Hídricos
Aula 01: Água x Recursos HídricosAula 01: Água x Recursos Hídricos
Aula 01: Água x Recursos Hídricos
 
Abordagem da bacia hidrográfica pela Geografia
Abordagem da bacia hidrográfica pela GeografiaAbordagem da bacia hidrográfica pela Geografia
Abordagem da bacia hidrográfica pela Geografia
 
Relevo Brasileiro
 Relevo Brasileiro Relevo Brasileiro
Relevo Brasileiro
 
Hidrografia do brasil
Hidrografia do brasilHidrografia do brasil
Hidrografia do brasil
 
áGuas oceanicas e mares
áGuas oceanicas e maresáGuas oceanicas e mares
áGuas oceanicas e mares
 

Andere mochten auch (20)

Oficina de Capacitação: . Gestão Sustentável dos Recursos Hídricos
Oficina de Capacitação:.Gestão Sustentável dos Recursos Hídricos Oficina de Capacitação:.Gestão Sustentável dos Recursos Hídricos
Oficina de Capacitação: . Gestão Sustentável dos Recursos Hídricos
 
Métodos de captação de água subterrânea
Métodos de captação de água subterrâneaMétodos de captação de água subterrânea
Métodos de captação de água subterrânea
 
Aula 1
Aula 1Aula 1
Aula 1
 
Panorama qualidade aguas_superficiais_br_2012
Panorama qualidade aguas_superficiais_br_2012Panorama qualidade aguas_superficiais_br_2012
Panorama qualidade aguas_superficiais_br_2012
 
Aula 3
Aula 3Aula 3
Aula 3
 
Aula 7
Aula 7Aula 7
Aula 7
 
Aula 5
Aula 5Aula 5
Aula 5
 
13aula agua subterranea
13aula agua subterranea13aula agua subterranea
13aula agua subterranea
 
Aguas subterraneas
Aguas subterraneasAguas subterraneas
Aguas subterraneas
 
Erosão
ErosãoErosão
Erosão
 
Introdução Águas Subterrâneas - Parte I
Introdução Águas Subterrâneas - Parte IIntrodução Águas Subterrâneas - Parte I
Introdução Águas Subterrâneas - Parte I
 
Aula 5b
Aula 5bAula 5b
Aula 5b
 
Aula 9
Aula 9Aula 9
Aula 9
 
Aula 8
Aula 8Aula 8
Aula 8
 
Aula 10
Aula 10Aula 10
Aula 10
 
Aula 9 aterro
Aula 9   aterroAula 9   aterro
Aula 9 aterro
 
Saneamento - captação
Saneamento - captaçãoSaneamento - captação
Saneamento - captação
 
Águas superficiais
Águas superficiaisÁguas superficiais
Águas superficiais
 
AGUAS SUBTERRANEAS
AGUAS SUBTERRANEASAGUAS SUBTERRANEAS
AGUAS SUBTERRANEAS
 
Recursos hidricos
Recursos hidricosRecursos hidricos
Recursos hidricos
 

Ähnlich wie Aguas Subterraneas

Ähnlich wie Aguas Subterraneas (20)

Aula 1 para estudante de economia agraria
Aula 1 para estudante de economia agrariaAula 1 para estudante de economia agraria
Aula 1 para estudante de economia agraria
 
Recursos Hídricos
Recursos HídricosRecursos Hídricos
Recursos Hídricos
 
3 agua no mundo, br e sc
3 agua no mundo, br e sc3 agua no mundo, br e sc
3 agua no mundo, br e sc
 
HIDROGEOGRAFIA E HIDROLOGIA
HIDROGEOGRAFIA E HIDROLOGIAHIDROGEOGRAFIA E HIDROLOGIA
HIDROGEOGRAFIA E HIDROLOGIA
 
Hidrologia analítica aula1
Hidrologia analítica aula1Hidrologia analítica aula1
Hidrologia analítica aula1
 
Agua Bioecologia
Agua    BioecologiaAgua    Bioecologia
Agua Bioecologia
 
Hidrologia Bacias Hidrograficas e cursos dagua.ppt
Hidrologia Bacias Hidrograficas e cursos dagua.pptHidrologia Bacias Hidrograficas e cursos dagua.ppt
Hidrologia Bacias Hidrograficas e cursos dagua.ppt
 
Águas subterrâneas
Águas subterrâneasÁguas subterrâneas
Águas subterrâneas
 
Ciclo da agua
Ciclo da aguaCiclo da agua
Ciclo da agua
 
Recursos Hidricos.ppt
Recursos Hidricos.pptRecursos Hidricos.ppt
Recursos Hidricos.ppt
 
Hidrologia aula 02
Hidrologia aula 02Hidrologia aula 02
Hidrologia aula 02
 
Ecologia de riachos CURSO DE VERÃO EM LIMNOLOGIA
Ecologia de riachos CURSO DE VERÃO EM LIMNOLOGIAEcologia de riachos CURSO DE VERÃO EM LIMNOLOGIA
Ecologia de riachos CURSO DE VERÃO EM LIMNOLOGIA
 
Mat geo 3ºem_usos_da_água_13-09-13
Mat geo 3ºem_usos_da_água_13-09-13Mat geo 3ºem_usos_da_água_13-09-13
Mat geo 3ºem_usos_da_água_13-09-13
 
Ud ii.2 hidrosfera
Ud ii.2 hidrosferaUd ii.2 hidrosfera
Ud ii.2 hidrosfera
 
Aula 06 água
Aula 06   águaAula 06   água
Aula 06 água
 
Samuel Barrêto
Samuel BarrêtoSamuel Barrêto
Samuel Barrêto
 
Artigo qualidade da água
Artigo qualidade da águaArtigo qualidade da água
Artigo qualidade da água
 
Águas superficiais
Águas superficiaisÁguas superficiais
Águas superficiais
 
A Água
A ÁguaA Água
A Água
 
A água
A águaA água
A água
 

Mehr von Limnos Ufsc

Ecologia de lagos
Ecologia de lagosEcologia de lagos
Ecologia de lagosLimnos Ufsc
 
Ecologia de insetos
Ecologia de insetosEcologia de insetos
Ecologia de insetosLimnos Ufsc
 
Decomposição em Ambientes Aquáticos
Decomposição em Ambientes AquáticosDecomposição em Ambientes Aquáticos
Decomposição em Ambientes AquáticosLimnos Ufsc
 
Ecotoxicologia aquática
Ecotoxicologia aquáticaEcotoxicologia aquática
Ecotoxicologia aquáticaLimnos Ufsc
 
Qualidade da água
Qualidade da águaQualidade da água
Qualidade da águaLimnos Ufsc
 
Metabolismo de Lagos
Metabolismo de LagosMetabolismo de Lagos
Metabolismo de LagosLimnos Ufsc
 
Curso de verao em limnologia 2015
Curso de verao em limnologia 2015Curso de verao em limnologia 2015
Curso de verao em limnologia 2015Limnos Ufsc
 
Ciclagem de matéria e energia
Ciclagem de matéria e energiaCiclagem de matéria e energia
Ciclagem de matéria e energiaLimnos Ufsc
 
Biodiversidade aquática
Biodiversidade aquáticaBiodiversidade aquática
Biodiversidade aquáticaLimnos Ufsc
 
Macrófitas aquáticas
Macrófitas aquáticasMacrófitas aquáticas
Macrófitas aquáticasLimnos Ufsc
 
Ecologia de riachos e mata riparia
Ecologia de riachos e mata ripariaEcologia de riachos e mata riparia
Ecologia de riachos e mata ripariaLimnos Ufsc
 
Ecologia de rios int
Ecologia de rios intEcologia de rios int
Ecologia de rios intLimnos Ufsc
 
Guia de COLETA ANA CETESB
Guia de COLETA ANA CETESBGuia de COLETA ANA CETESB
Guia de COLETA ANA CETESBLimnos Ufsc
 
Amostragem em Limnologia
Amostragem em LimnologiaAmostragem em Limnologia
Amostragem em LimnologiaLimnos Ufsc
 
SEMINARIO LIMNOS DEBORA #7
SEMINARIO LIMNOS DEBORA #7SEMINARIO LIMNOS DEBORA #7
SEMINARIO LIMNOS DEBORA #7Limnos Ufsc
 
Apresentação1 seminario
Apresentação1 seminarioApresentação1 seminario
Apresentação1 seminarioLimnos Ufsc
 
Ecologia de riachos seminario edicao
Ecologia de riachos seminario edicaoEcologia de riachos seminario edicao
Ecologia de riachos seminario edicaoLimnos Ufsc
 
Seminário limnos por denise tonetta
Seminário limnos por denise tonettaSeminário limnos por denise tonetta
Seminário limnos por denise tonettaLimnos Ufsc
 

Mehr von Limnos Ufsc (20)

Ecologia de lagos
Ecologia de lagosEcologia de lagos
Ecologia de lagos
 
Ecologia de insetos
Ecologia de insetosEcologia de insetos
Ecologia de insetos
 
Decomposição em Ambientes Aquáticos
Decomposição em Ambientes AquáticosDecomposição em Ambientes Aquáticos
Decomposição em Ambientes Aquáticos
 
Ecotoxicologia aquática
Ecotoxicologia aquáticaEcotoxicologia aquática
Ecotoxicologia aquática
 
Qualidade da água
Qualidade da águaQualidade da água
Qualidade da água
 
Metabolismo de Lagos
Metabolismo de LagosMetabolismo de Lagos
Metabolismo de Lagos
 
Curso de verao em limnologia 2015
Curso de verao em limnologia 2015Curso de verao em limnologia 2015
Curso de verao em limnologia 2015
 
Ciclagem de matéria e energia
Ciclagem de matéria e energiaCiclagem de matéria e energia
Ciclagem de matéria e energia
 
Biodiversidade aquática
Biodiversidade aquáticaBiodiversidade aquática
Biodiversidade aquática
 
Macrófitas aquáticas
Macrófitas aquáticasMacrófitas aquáticas
Macrófitas aquáticas
 
Ecologia de riachos e mata riparia
Ecologia de riachos e mata ripariaEcologia de riachos e mata riparia
Ecologia de riachos e mata riparia
 
Ecologia de rios int
Ecologia de rios intEcologia de rios int
Ecologia de rios int
 
Guia de COLETA ANA CETESB
Guia de COLETA ANA CETESBGuia de COLETA ANA CETESB
Guia de COLETA ANA CETESB
 
Amostragem em Limnologia
Amostragem em LimnologiaAmostragem em Limnologia
Amostragem em Limnologia
 
SEMINARIO LIMNOS DEBORA #7
SEMINARIO LIMNOS DEBORA #7SEMINARIO LIMNOS DEBORA #7
SEMINARIO LIMNOS DEBORA #7
 
Apresentação1 seminario
Apresentação1 seminarioApresentação1 seminario
Apresentação1 seminario
 
Ecologia de riachos seminario edicao
Ecologia de riachos seminario edicaoEcologia de riachos seminario edicao
Ecologia de riachos seminario edicao
 
Seminário 1
Seminário 1Seminário 1
Seminário 1
 
Seminário 1
Seminário 1Seminário 1
Seminário 1
 
Seminário limnos por denise tonetta
Seminário limnos por denise tonettaSeminário limnos por denise tonetta
Seminário limnos por denise tonetta
 

Aguas Subterraneas

  • 1. I Curso de Verão em Limnologia 25 Fevereiro, 2015 Nei K. Leite
  • 2. Contexto histórico ü Último grande período glacial (Laurenciano) ü Ocupação das zonas mais quentes ü Captação de água subterrânea – Importante posessão dos povos primitivos ü Inicialmente, buracos d’água no solo ü Com o passar do tempo, as necessidades de sobrevivência induziram o desenvolvimento do conhecimento
  • 3. Contexto histórico ü registros arqueológicos mostram que a tecnologia de construção de poços de água datam de tempos pré- históricos (~ 8.000 anos) ü Jericó (Palestina), a cidade mais antiga do mundo, já possuía uma cacimba integralmente revestida por tijolos
  • 4. Contexto histórico üNecessidade de extração de sal, estimulou perfurações de poços profundos na China ü O sistema de perfuração era conhecido como agitador ü Tinha aproximadamente 10 m de altura e todas as partes eram compostas de madeira (principalmente bambú) üO impulso das batidas atingia cerca de 136 kg, perfurando poços com profundidade de até 600 m, em um prazo de até 3 anos para sua conclusão
  • 5. Contexto histórico ü Hieróglifos egípcios indicam construção de poços há 2.100 A.C. ü Poço artesiano mais antigo , perfurado no oásis de Kharga, com prof. ~ 100 m Utilização principal na irrigação (300k ha de terras férteis) O instrumento que viabilizava as perfurações era a picota (shaduf), construída com 2 pedaços longos e articulados de madeira
  • 6. Contexto histórico ü Desde os primórdios, a importância da água subterrânea era reconhecida ® fonte de abastecimento em zonas áridas ü A partir da Revolução Industrial, sua importância passou a ser reconhecida na Europa ® aumento populacional e atividades industriais ü Nos EUA, a utilização deste recurso foi a base do desenvolvimento da maior economia de todos os tempos, em uma região próxima de 3M km2, de clima semi-árido ü No Brasil, a captação para abastecimento das populações vem sendo realizada desde os tempos coloniais ü Sua importância na região semi-árida do NE foi reconhecida desde os primórdios da sua ocupação
  • 7. ü Até a década de 1950, o termo água subterrânea referia-se a água da zona saturada do subsolo, capaz de abastecer um poço para atendimento de certa demanda ü A partir da década de 1960, a evolução da Informática e a necessidade de uma abordagem quanto à qualidade e quantidade, passaram a considerar a extensão da unidade aquífera ü A partir da década de 1970, houve a percepção de que os processos físicos, químicos e microbiológicos exercia forte transformação na qualidade da água Contexto histórico
  • 9. Distribuição espacial e quantitativa da água subterrânea no planeta
  • 11. Definições e terminologia Água subterrânea refere-se a toda água que ocorre abaixo da superfície de uma determinada área, compreendendo: § água do solo § água da zona não-saturada § água da zona saturada § água de camadas aflorantes muito permeáveis (aquífero livre) § água de camadas encerradas entre outras relativamente menos permeáveis (aquífero confinado) § água de camadas relativamente argilosas (aqüitardes) § água de camadas muito argilosas (aqüicludes)
  • 12. Definições e terminologia ü No processo de infiltração (unidimensional), a água entra no solo (ou seja, é o movimento para dentro da interface solo-ar) ü Quando a água percorre o solo falamos em percolação (tridimensional) ü Por definição, água subterrânea é aquela que preenche os vazios do solo e das rochas ü A superfície limite entre as zonas aerada e saturada é chamada de lençol freático ü Recarga é o processo pelo qual a água se move da zona não saturada (aerada) para a zona saturada
  • 13. Definições e terminologia Zona não-saturada Zona saturada ‘ Zona de umidade no solo Franja de capilaridade Zona intermediária ‘ Água Subterrânea
  • 14. Ocorrência, qualidade e usos ü As águas subterrâneas (10.360.230 km3) são aproximadamente 100 vezes mais abundantes do que as águas superficiais dos rio e lagos (92.168 km3) ü Embora armazenadas nos poros e fissuras milimétricas das rochas, ocorrem em grandes extensões, distribuídas em uma área aproximada de 134,8 milhões de km2 (Shikmanov, 1998) ü Quantidade passível de ser captada (<4k m de prof) Umidade do solo Zona não-saturada até 750 m 750 m a 4.000 m
  • 15. ü O subsolo tem capacidade de estocar 10,4 milhões de km3 de água subterrânea doce (30% total), que constituem 97% de água doce, no estado líquido, presente nas terras emergentes ü Águas subterrâneas de origem meteórica (~750 m) correspondem a 4,2 milhões de km3 participando ativamente no mecanismo de renovação das águas na Terra – Ciclo Hidrológico ÞÞÞÞ 13.000 km3/ano descarga dos rios ü Estas águas são recarregadas naturalmente pela infiltração de uma fração das infiltrações Ocorrência, qualidade e usos
  • 16. Componentes do balanço hídrico Eurasia África América do Norte América do Sul Austrália Superfície terrestre* Precipitação 728 686 670 1650 440 834 Evapotranspiração 430 547 383 1065 393 540 Descarga total dos rios 298 139 287 585 47 294 Escoamento superficial 216 91 203 375 40 204 Contribuição subterrânea 82 (27%) 48 (34%) 84 (29%) 210 (35%) 7 (15%) 90 (30%) * Excluindo calotas polares e glaciares, a superfície terrestre é de aproximadamente 128.000.000 km2 Valores em km3/ano Zektser & Loaiciga, 1993 Ocorrência, qualidade e usos
  • 17. Recursos hídricos subterrâneos Brasileiros Reservas de água subterrânea 112.000 km3 = 1,12 x 1017 l (~1,1%) Contribuição multianual média à descarga dos rios 2.400 km3 / ano (~18,5%) (Rebouças, 1988)
  • 19. Aquífero Guarani Fonte: DAEE / Embrapa Meio Ambiente Área 1.195.200 km2 Reserva de água no Brasil 48.000 km3 (~43% do total)
  • 21. Preservação de fauna e flora Usos múltiplos da água Abastecimento Público Indústria Irrigação Aqüacultura Navegação Geração de energia elétricaRecreação
  • 22. O principal uso da água no planeta é agrícola!!!
  • 23. = irrigação de culturas
  • 24. Legislação “ÁGUAS SUBTERRÂNEAS SÃO DE DOMINIALIDADE DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL”
  • 25. Índice de Qualidade • Conjunto de indicadores ponderados § Fornecem informações simplificadas importantes para tomadas de decisões § Pode apresentar erros pela simplificação Indicadores de qualidade de água pH Condutividade DBO OD Coliformes fecais Nitrogênio total Fósforo total Temperatura Turbidez Toxicidade Carbono Orgânico Diversidade biológica
  • 26. Índice de qualidade de água Faixas de IQA utilizadas nos seguintes Estados: AL, MG, MT, PR, RJ, RN, RS Faixas de IQA utilizadas nos seguinte Estados: BA, CE, ES, GO, MS, PB, PE, SP Avaliação da Qualidade da Água 91-100 80-100 Ótima 71-90 52-79 Boa 51-70 37-51 Razoável 26-50 20-36 Ruim 0-25 0-19 Péssima
  • 27. Índice de Qualidade Natural das Águas Subterrâneas – IQNAS • Hão poucas referências sobre a qualidade da água subterrânea • O IQNAS incorpora um número limitado de variáveis, garantindo praticidade no seu cálculo • As variáveis utilizadas são parâmetros químicos mais significativos para se avaliar a qualidade natural das águas subterrâneas (pH, Cl-, SDT, Dureza, F-, N-NO3) • As variáveis escolhidas são aquelas, dentro da disponibilidade de dados, ou seja, são as análises químicas das águas subterrâneas mais frequentemente realizadas
  • 28. • A formulação matemática foi a mesma utilizada para o IQA da CETESB, ou seja, um produto dos valores de qualidade da água subterrânea para cada parâmetro químico escolhido (Qi), elevado ao peso atribuído a cada variável (wi) IQNAS = Produto (Qi wi) = Q1 w1 x Q2 w2 x Q3 w3 ....Qn wn • A escala escolhida para o IQNAS foi a seguinte: nota de 80 a 100 (qualidade ótima), de 52 a 79 (boa), de 37 a 51 (aceitável), de 0 a 36 (imprópria) Índice de Qualidade Natural das Águas Subterrâneas – IQNAS
  • 29. Informações técnicas Total de Poços Cadastrados: 257.885 SC: 7.263 (2,8% do total) Atualizado em : 09/02/2015 Siagas • entrada de dados relativos às águas subterrâneas; • disponibilização de dados via web • visualização e interpretação de dados, Sistema de Informações Geográficas Geral Construtivo Geológicos Hidrogeológicos Teste de bombeamento Análises químicas
  • 30. Crise hídrica Fatos Amazônia possui 50% da água, porém apenas 4% da população Cerca de 80% dos brasileiros estão Concentrados em megalópoles Muitas destas cidades encontram- se sob estresse hídrico, devido ao rápido crescimento demográfico Os dados ao lado referem-se a cidades com mais de 1 milhão de habitantes
  • 31. Cientistas afirmam que o desmatamento seria a principal causa da seca Em 2009, Antônio Nobre alertou que o desmatamento poderia interferir no funcionamento da floresta Afetando os “rios voadores” Segundo este pesquisador, sem estes, a área compreendendo 70% do PIB Sulamericano poderia se tornar um deserto
  • 34. ü Seminário à imprensa 09/12/2014 ü ABAS defendeu o uso das águas subterrâneas no enfrentamento da atual crise hídrica ü Everton de Oliveira (empresário, geólogo e secretário executivo) explicou consumo cotidiano deste recurso ü Cláudio Pereira de Oliveira (presidente) apresentou a grande extensão, com foco no Guarani, ressaltando que devido ao estado em que se encontra, seria a solução no curto prazo ü Marcelo Morgado (engenheiro químico) argumentou que o enfrentamento à crise necessita de variadas intervenções (desperdício, reúso, dessalinização, condensação) Solução do momento?
  • 35. Fatores de competitividade ü A notável capacidade de armazenamento dos aquíferos ü A potabilidade natural e maior proteção da qualidade dispensam os investimentos em tratamento ü A forma extensiva de ocorrência das águas subterrâneas possibilita captação onde ocorrem as demandas ü Os prazos de execução das obras de captação são relativamente pequenos ü Os investimentos são relativamente pequenos ü Os mananciais não sofrem o processo de assoreamento, não há perdas por evaporação
  • 36. http://glo.bo/1F3nfPM 12/02/2015 20h44 - Atualizado em 12/02/2015 21h04 Especialistas dizem que crise hídrica era previsível desde 2013 http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-02/sao-paulo-prepara-plano-de-contingencia-para-pior- cenario-de-crise-de-agua 13/02/2015 14h19 São Paulo prepara plano de contingência para pior cenário de crise de água http://folha.com/no1589353 13/02/2015 02h00 Com crise, supermercado terá ajuda para perfurar poço artesiano em SP http://folha.com/no1589236 12/02/2015 19h12 Cientistas reclamam da falta de ação dos governos contra a crise da água http://folha.com/no1589231 12/02/2015 19h20 Se continuar a chover, 'volume morto' se recupera em cem dias, diz consórcio http://folha.com/no1588937 12/02/2015 13h34 Rio quer dessalinizar água do mar para conter crise de abastecimento http://folha.com/no1588728 11/02/2015 21h37 Ato contra a crise hídrica fecha ruas no centro de SP e tem dois detidos http://folha.com/no1588134 11/02/2015 02h00 Menino do Acre 'bomba' na internet com brincadeira sobre seca paulista