APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
As famílias de crianças com necessidades educativas especiais
1. As famílias de crianças com
necessidades educativas especiais.
2. • O que significa ter um filho com necessidades educativas
especiais.
• Ter um filho é um dos acontecimentos mais vitais para o ser
humano, os vínculos afetivos entre pais e filhos são intensos.
Mas o fato que ser pai e mãe seja algo habitual não significa que
seja fácil, e quando o filho tem alguma dificuldade séria tudo
pode tornar-se particularmente difícil.
3. • Ao longo do desenvolvimento das crianças
pais terão de decidir sobre tratamentos
médicos, escolhas de profissionais e opções
educativas.
4. • O desenvolvimento de programas de
estimulação desde cedo, às atividades de lazer
e o reforço familiar ao longo da escolarização
representam para os pais o esforço pessoal
muito considerável.
5. • Outro tipo de dedicação mais indireta decorre
da necessidade de coordenação com diversos
especialistas: revisões medicas, idas
constantes a serviço de reabilitação,
orientação psicopedagógica e
acompanhamento escolar.
6. • Diante de todas as dificuldades é preciso ressaltar
que muitas famílias conseguem altos níveis de
adaptação e satisfação, acompanham o crescimento
de seus filhos com necessidades especiais com
verdadeiro entusiasmo embora sempre exista um
fundo de preocupação.
7. As Diferentes Concepções Sobre a
Família de Crianças com Deficiências.
• Até o começo do século XX, as deficiências eram
atribuídas a causas orgânicas geradas na família
por algum tipo de degeneração moral em algum
de seus membros.
• Essa atribuição foi no passado, fonte de vergonha
e culpa para muitas famílias, e ainda hoje muitos
pais se sentem extremamente culpados porque
no fundo acreditam que o nascimento de um
filho com deficiência significa algum tipo de
castigo.
8. • Mas os avanços fez com que as mudanças
acontecessem a respeito da concepção da família
com crianças deficientes, sendo consideradas
famílias normais em circunstâncias excepcionais.
• Um primeiro avanço ocorreu ao se incorporar,
como fator essencial na aproximação da família,
seu ambiente social e, concretamente os recursos
disponíveis.
9. Reações Emocionais
• Compreender que um filho tem uma deficiência é um processo
que vai além do mero conhecimento do fato. A sempre um
sentimento de perda quando se tem um filho com deficiência
os pais tem que renunciar a expectativa que todo pai alimenta
de ter um filho sem nenhuma dificuldade, inclusive um filho
ideal e perfeito.
10. • Modelo de adaptação das reações mais
frequentes que ocorrem desde que os pais
constatam a deficiência até chegar a sua aceitação
“Seligman,1979,Hornby,1995”.
• 1° Fase de Choque – Ao serem informados de que
a criança tem uma deficiência cria-se um
bloqueio.
• 2° Negação- Após a profunda pertubação e
desorientação inicial, a primeira reação de muitos
pais e mães passa por “esquecer” ou ignorar o
problema.
11. • 3° Fase de reação- Depois do choque e da negação dos primeiros
momentos, os pais vivem uma série de emoção e sentimentos.
• As reações mais frequentes,são:
• - Irritação;
• -Culpa;
• -Depressão;
• -Ansiedade
• -Sentimentos de fracasso;
• 4°Fase- Fase de adaptação e orientação- Depois de sentir com
intensidade algumas reações citadas anteriormente, a maioria dos
pais chega a um grau de calma emocional
suficiente para avançar no sentido de uma visão realista e prática,
centrando-se no que fazer e em como ajudar seu filho.
Progressivamente veem-se em condição de orientar suas vidas, até
alcançar um nível de reorganização baseado na consciência do que
ocorre.
12. As Relações Entre os Diferentes
Membros da Família.
• Entre as interações familiares, a mais
estudada é a que se estabelece entre a mãe e
o filho com necessidades especiais.
• Os pais que educam seus filhos sozinhos,
quando contam com uma rede social de
amigos e, ou familiares podem conseguir altos
níveis de adaptação e satisfação.
13. • Os pais se preocupam com as reações de
ciúmes pela maior atenção que dedicam aos
filhos com dificuldades. Sendo assim muitas
famílias dão uma atenção especial aos outros
irmãos, evitando que toda família gire em torno
da deficiência.
14. • Uma situação que alguns pais não aceitam é quando
percebem que seu filho é rejeitado pelos outros,
muitas vezes acabam rompendo a relação de amizade
ou até mesmo familiar. Em geral, a sociabilidade dos
pais será um dos recursos fundamentais de que tanto
eles como seu filho dispõem.
• Nos últimos anos, as vias de contato direto entre a
famílias atravessam fronteiras via internet na qual são
cada vez mais frequentes as paginas Web criadas pelas
associações com possibilidades, em alguns casos de
intercâmbio direto com outros pais, Por esta via os pais
podem obter informação atualizada sobre várias
síndromes.
16. • As famílias de crianças com necessidades educativas
especiais tem de recorrer a diferentes profissionais,
seja para o diagnóstico, a intervenção ou a busca de
suportes;
• Esses profissionais são todas as pessoas que entram
em contato com os pais devido às dificuldades de
seu filho, seja nos âmbitos médico, psicológico,
escolar ou social;
17. • No trabalho com pais de crianças com
necessidades educativas especiais, descreve-se
vários modelos de relação profissional que
ajudam a entender e a orientar a intervenção
com as famílias;
18. • Os modelos que são vistos a seguir vão dos mais
tradicionais e questionados- modelos do expert e do
transplante- aos que levam mais em conta as
necessidades, os direitos e o papel dos pais- modelos
do usuário e da negociação;
• O modelo do expert: A relação profissional e família é
estabelecida com base em que é o profissional que tem
o conhecimento sobre a criança, assim como o poder
de decisão sobre as medidas a adotar;
• Conta-se com a família como fonte de informação de
dados que o especialista julga necessários;
• Costuma-se utilizar uma linguagem técnica, pouco
transparente para os pais, que os faz sentirem-se
pouco competentes;
19. • O modelo do transplante: Neste modelo, tenta-se
“transplantar "o papel dos profissionais para
os pais, considerando-os como um valioso
recurso para trabalhar com as crianças;
• Contudo, para muitas famílias, a obrigação de
trabalhar com os filhos pode significar uma
sobrecarga em sua vida cotidiana e, inclusive,
uma distorção em seu papel;
• Nesse modelo, assim como no anterior, quando
as crianças não avançam o suficiente, as famílias
costumam considerar que as tarefas não eram
apropriadas para seu filho, e os profissionais
tendem a pensar que os pais não puseram em
prática as pautas recomendadas;
20. • O modelo do usuário: Neste modelo, insiste-se
nos direitos dos pais como usuários de um
serviço. Parte-se do reconhecimento da
experiência e da competência dos pais como
autênticos experts no que se refere a seu filho;
• Na orientação, a maior capacitação dos pais não
se produz por uma mera recepção e acumulação
de informação técnica;
• O modelo de negociação: Assim como no modelo
do usuário, o ponto de vista e os interesses dos
pais sobrepõem-se aos dos profissionais, nessa
formulação se busca um equilíbrio maior entre
uns e outros;
21. • Seja qual for o modelo em que o profissional
opera, vale a pena deter-se em seu nível de
envolvimento emocional e afetivo;
• Alguns se sentem tão identificados com os pais
que chegam a perder seu papel e a extrapolar os
limites profissionais para se converterem em
amigos;
22. • Em outro extremo, o medo de envolver-se
excessivamente nos problemas dos pais, leva
outros profissionais a manterem interações frias
e distantes com as famílias, que também não são
gratificantes nem adequadas;
• O especialista deve encontrar sua distância
profissional perfeita,
• que seja funcional para ele e que lhe permita
preservar seu equilíbrio emocional sem
necessidade de defender-se das reações dos pais.
25. Conceito de Pessoa com
Deficiência para Lei de Cotas
• Limitação física, mental, sensorial ou múltipla,
que incapacite a pessoa para o exercício de
atividades normais da vida e que, em razão
dessa incapacitação, a pessoa tenha
dificuldades de inserção social.
26. Como é feita a comprovação da
deficiência?
• Laudo médico;
• Certificado de Reabilitação Profissional
emitido pelo INSS.
27. • HABILITADA - Aquela que concluiu curso de
educação profissional de nível básico, técnico ou
tecnológico, ou curso superior, com certificação ou
diplomação expedida por instituição pública ou
privada, legalmente credenciada pelo Ministério
da Educação ou órgão equivalente.
• REABILITADA - Aquela que se submeteu a
programas oficiais de recuperação da atividade
laboral, perdida em decorrência de infortúnio.
28. ALGUMAS INFORMAÇÕES
• O deficiente não deve ficar em um setor isolado;
• O salário deve ser igual aos demais
empregados na mesma função;
• Qual a penalidade em caso de descumprimento
da lei de cotas?
29. PREENCHIMENTO DAS VAGAS
• Existem vagas a serem ocupadas, mas as
empresas encontram muitas dificuldades
na hora da contratação;
• A falha no processo de formação e
qualificação profissional.
30. Importância do trabalho na vida do
deficiente
• Promove a autonomia;
• a independência;
• a segurança;
• o acesso aos direitos,
• a participação plena e
efetiva na sociedade.
31.
32. Mediação como um dos fatores
para o desenvolvimento de
potencialidades
33. Teoria Histórico-Cultural
Essa teoria psicológica, com base no marxismo, foi elaborada,
inicialmente, por L. S. Vigotski (1896-1934), mas continuada por
outros autores russos, tais como A. N. Leontiev (1903-1979) e A. R.
Luria (1902-1977). Estes pesquisadores preocuparam-se com a
compreensão e a gênese dos processos psicológicos que originam
o comportamento consciente do homem, considerando-o como um
ser social e histórico.
• O contexto social influencia o processo de desenvolvimento
humano, determinando a forma como o indivíduo se constitui como
sujeito. O mundo dos objetos e fenômenos que rodeia o homem,
criado pelo trabalho, fornece as condições para que se desenvolva
o que ele tem de verdadeiramente humano. Para Lenontiev (1978,
p. 257).
34. • A criança considerada deficiente é vista, geralmente,
como alguém que apresenta déficits, passando, no
decorrer de sua vida, por momentos significativos em
que é avaliada pelas suas dificuldades
• Vygotsky e Luria (1996) compreendem que essa seria
uma concepção limitada às características negativas
da criança deficiente, em detrimento ao mais
essencial, suas características positivas, que se
manifestam na capacidade de compensar as
dificuldades, por meio do desenvolvimento de
caminhos novos e diferentes.
35. • A Psicologia Histórico-Cultural possibilita o deslocamento do
olhar dos impedimentos ou impossibilidades da pessoa com
deficiência para o olhar que abre a perspectiva de
reconhecimento das potencialidades, capacidades e superação.
Este princípio indica que todo ser humano pode aprender e
desenvolver suas capacidades psicológicas, ainda que
apresente condições físicas, mentais, sensoriais, neurológicas
ou emocionais significativamente diferenciadas.
• Colocaremos como exemplo a criança com deficiência mental,
Vygotsky e Luria (1996) colocam que esta pode ter os mesmos
talentos naturais de uma criança normal, no entanto, não sabe
como utilizá-los.
36. • A ênfase recai no processo histórico e cultural e nas
relações sociais que constituem o ser humano e não
mais na sua deficiência. Esta perspectiva indica que a
ação voltada ao incentivo do desenvolvimento está
pautada no potencial e nas capacidades a serem
adquiridas por meio da mediação nas relações sociais.
37. • Como afirma Vygotski (1997), a aquisição formalizada
de conhecimentos é responsabilidade da educação
escolar e a Educação Especial deve ter o mesmo
objetivo do ensino comum, no sentido de ter como
foco a aprendizagem dos conteúdos científicos do
currículo regular.
38. • A mediação na educação escolar, especificamente nos
processos de ensinar e aprender, a mediação tem se
caracterizado de várias maneiras. Não podemos
considerar a mediação simplesmente como uma
atribuição daquele professor que se apresenta como
uma ponte entre o que é ensinado e quem aprendem.
39. • O conhecimento adquirido na escola, “[...]
transforma e desenvolve os processos
cognitivos das pessoas, fazendo tais processos
ultrapassarem os limites da experiência dos
indivíduos” (FACCI, 2004, p. 192).
40. • Assim, a mediação do professor, no caso da
Educação Especial, é fundamental justamente
para levar o aluno a negar o imediato, o que
está presente naquele momento, levando-o a
superação de um pensamento primitivo, para
um pensamento superior, no sentido de saber
utilizar os instrumentos mediadores disponíveis
no ambiente.
41. • A principal função do mediador é ser o intermediário
entre a criança e as situações vivenciadas por ela, onde
se depare com dificuldades de interpretação e ação.
Logo, o mediador pode atuar como intermediário nas
questões sociais e de comportamento, na comunicação
e linguagem, nas atividades e/ou brincadeiras escolares,
e nas atividades dirigidas e/ou pedagógicas na escola.
42. REFERÊNCIA:
Desenvolvimento Psicológico e
Educação/ organizado por Cessar Cool,
Álvaro Marchesi e Jesús Palácios; trad.
Fátima Murad- 2. ed- Porto Alegre: Artmed,
2004. 3 v.