O documento descreve a evolução histórica da concepção de infância ao longo dos séculos XVI a XIX. Naquele período, as crianças passaram de serem vistas como inferiores e sem identidade própria para serem percebidas como seres inocentes que precisam ser educados e protegidos. O documento também discute como a noção de infância depende do contexto social e está sujeita a mudanças ao longo do tempo.
2. SÉCULO XVI
Relação entre pais e filhos é
formal, crianças são
consideradas inferiores;
Não existe consciência de
infância.
3. SÉCULO XVII
As crianças são percebidas como
“criaturinhas” de Deus;
São consideradas seres frágeis;
Necessidade de preservar sua
inocência;
Precisa ser educada.
4. SÉCULOS XVIII E XIX
Séc. XVIII – permanece a criança frágil
e inocente;
Séc. XVIII e XIX – é considerada
importante componente familiar e
social;
Séc. XVIII e XIX – preocupação em
relação ao seu futuro;
5. INFÂNCIA
Não existe um modelo padrão de
infância, depende da forma de
organização da classe social em que a
criança vive. (Kramer, 1982)
6. CONCEPÇÃO DE
INFÂNCIA
Sendo que as classes da sociedade
capitalista são categorias de um
processo histórico em movimento,
também a categoria “criança” muda de
sentido de acordo com o tipo de
sociedade em discussão, sua
organização, seu modo de produção.
(Victor Vicent Valla).
7. SUJEITO HISTÓRICO
“Enquanto não enxergarmos a
dimensão histórica de um ser, de um
objeto, de um fenômeno, de um
acontecimento, não podemos
aprofundar, de fato, a compreensão
que temos dele.” (Konder, 2000)
8. DECONSTRUIR a idéia:
De criança “padrão”;
De receptor passivo;
De alguém que nada sabe;
De mini-adulto;
De sujeito em-falta (privação cultural).
11. “A escola é um dos principais espaços
de convivência social do ser humano,
durante as primeiras fases do seu
desenvolvimento. Ela tem o papel
primordial no desenvolvimento da
consciência de cidadania e de direitos,
já que é na escola que a criança e o
adolescente começam a conviver num
coletivo diversificado, fora do contexto
familiar.”
Programa de Educação Inclusiva: Direito à Diversidade – Volume 1
12. EDUCAÇÃO INFANTIL
Direito da criança;
Espaço de alegria, prazer e ludicidade;
Espaço de troca, de interação de
descobertas, de experiências, de construção
de conhecimentos variados: plásticos,
científicos, lingüísticos, corporais,
matemáticos, musicais, sociais etc.
Espaço não hospitalar, não assistencial, não
residencial, não preparatório = espaço não
escolar.
13. Brincadeira
Atividade sociocultural aprendida na
troca entre sujeitos;
Atividade humana – todo ser humano é
lúdico;
A criança tem direito a brincar
14. “Dentre as várias formas de interação
possíveis, as crianças de 0 a 6 anos,
na busca de conhecerem,
compreenderem, se apropriarem e
transformarem o mundo privilegiam: a
experimentação, a exploração (não
apenas física, mas também através de
perguntas, levantamento de hipoteses,
pesquisa), o brincar e outras
linguagens, a repetição, a imitação, a
imaginação.”
(Orientações para a (re)elaboração da proposta pedagógica, p.78)
16. “... precisamos refletir sobre o
importante papel do professor na busca
de articulação entre essas formas de
como as crianças se apropriam do
mundo, a curiosidade infantil e os
conhecimentos a serem construídos
coletivamente. É o professor que irá
fazer a mediação entre o grupo de
crianças e aquilo que elas querem
conhecer, possibilitando que elas
dialoguem com o conhecimento e dêem
significado ao que aprendem.”
(Orientações para a (re)elaboração da proposta pedagógica, p.78)