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CONCEPÇÃO DE 
INFÂNCIA AO LONGO 
DA HISTÓRIA 
Docente: Adélia Paixão 
Disciplina: FHPEI
SÉCULO XVI 
 Relação entre pais e filhos é 
formal, crianças são 
consideradas inferiores; 
 Não existe consciência de 
infância.
SÉCULO XVII 
 As crianças são percebidas como 
“criaturinhas” de Deus; 
 São consideradas seres frágeis; 
 Necessidade de preservar sua 
inocência; 
 Precisa ser educada.
SÉCULOS XVIII E XIX 
 Séc. XVIII – permanece a criança frágil 
e inocente; 
 Séc. XVIII e XIX – é considerada 
importante componente familiar e 
social; 
 Séc. XVIII e XIX – preocupação em 
relação ao seu futuro;
INFÂNCIA 
 Não existe um modelo padrão de 
infância, depende da forma de 
organização da classe social em que a 
criança vive. (Kramer, 1982)
CONCEPÇÃO DE 
INFÂNCIA 
 Sendo que as classes da sociedade 
capitalista são categorias de um 
processo histórico em movimento, 
também a categoria “criança” muda de 
sentido de acordo com o tipo de 
sociedade em discussão, sua 
organização, seu modo de produção. 
(Victor Vicent Valla).
SUJEITO HISTÓRICO 
 “Enquanto não enxergarmos a 
dimensão histórica de um ser, de um 
objeto, de um fenômeno, de um 
acontecimento, não podemos 
aprofundar, de fato, a compreensão 
que temos dele.” (Konder, 2000)
DECONSTRUIR a idéia: 
 De criança “padrão”; 
 De receptor passivo; 
 De alguém que nada sabe; 
 De mini-adulto; 
 De sujeito em-falta (privação cultural).
Poema: 
O homem da orelha verde 
Autora: Gianni Rodari
Imagem: 
A criança tem um corpo e 
uma história
“A escola é um dos principais espaços 
de convivência social do ser humano, 
durante as primeiras fases do seu 
desenvolvimento. Ela tem o papel 
primordial no desenvolvimento da 
consciência de cidadania e de direitos, 
já que é na escola que a criança e o 
adolescente começam a conviver num 
coletivo diversificado, fora do contexto 
familiar.” 
Programa de Educação Inclusiva: Direito à Diversidade – Volume 1
EDUCAÇÃO INFANTIL 
 Direito da criança; 
 Espaço de alegria, prazer e ludicidade; 
 Espaço de troca, de interação de 
descobertas, de experiências, de construção 
de conhecimentos variados: plásticos, 
científicos, lingüísticos, corporais, 
matemáticos, musicais, sociais etc. 
 Espaço não hospitalar, não assistencial, não 
residencial, não preparatório = espaço não 
escolar.
Brincadeira 
 Atividade sociocultural aprendida na 
troca entre sujeitos; 
 Atividade humana – todo ser humano é 
lúdico; 
 A criança tem direito a brincar
“Dentre as várias formas de interação 
possíveis, as crianças de 0 a 6 anos, 
na busca de conhecerem, 
compreenderem, se apropriarem e 
transformarem o mundo privilegiam: a 
experimentação, a exploração (não 
apenas física, mas também através de 
perguntas, levantamento de hipoteses, 
pesquisa), o brincar e outras 
linguagens, a repetição, a imitação, a 
imaginação.” 
(Orientações para a (re)elaboração da proposta pedagógica, p.78)
Tiras de Calvin e Haroldo
 “... precisamos refletir sobre o 
importante papel do professor na busca 
de articulação entre essas formas de 
como as crianças se apropriam do 
mundo, a curiosidade infantil e os 
conhecimentos a serem construídos 
coletivamente. É o professor que irá 
fazer a mediação entre o grupo de 
crianças e aquilo que elas querem 
conhecer, possibilitando que elas 
dialoguem com o conhecimento e dêem 
significado ao que aprendem.” 
(Orientações para a (re)elaboração da proposta pedagógica, p.78)

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Concepção de infância ao longo da história

  • 1. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA AO LONGO DA HISTÓRIA Docente: Adélia Paixão Disciplina: FHPEI
  • 2. SÉCULO XVI  Relação entre pais e filhos é formal, crianças são consideradas inferiores;  Não existe consciência de infância.
  • 3. SÉCULO XVII  As crianças são percebidas como “criaturinhas” de Deus;  São consideradas seres frágeis;  Necessidade de preservar sua inocência;  Precisa ser educada.
  • 4. SÉCULOS XVIII E XIX  Séc. XVIII – permanece a criança frágil e inocente;  Séc. XVIII e XIX – é considerada importante componente familiar e social;  Séc. XVIII e XIX – preocupação em relação ao seu futuro;
  • 5. INFÂNCIA  Não existe um modelo padrão de infância, depende da forma de organização da classe social em que a criança vive. (Kramer, 1982)
  • 6. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA  Sendo que as classes da sociedade capitalista são categorias de um processo histórico em movimento, também a categoria “criança” muda de sentido de acordo com o tipo de sociedade em discussão, sua organização, seu modo de produção. (Victor Vicent Valla).
  • 7. SUJEITO HISTÓRICO  “Enquanto não enxergarmos a dimensão histórica de um ser, de um objeto, de um fenômeno, de um acontecimento, não podemos aprofundar, de fato, a compreensão que temos dele.” (Konder, 2000)
  • 8. DECONSTRUIR a idéia:  De criança “padrão”;  De receptor passivo;  De alguém que nada sabe;  De mini-adulto;  De sujeito em-falta (privação cultural).
  • 9. Poema: O homem da orelha verde Autora: Gianni Rodari
  • 10. Imagem: A criança tem um corpo e uma história
  • 11. “A escola é um dos principais espaços de convivência social do ser humano, durante as primeiras fases do seu desenvolvimento. Ela tem o papel primordial no desenvolvimento da consciência de cidadania e de direitos, já que é na escola que a criança e o adolescente começam a conviver num coletivo diversificado, fora do contexto familiar.” Programa de Educação Inclusiva: Direito à Diversidade – Volume 1
  • 12. EDUCAÇÃO INFANTIL  Direito da criança;  Espaço de alegria, prazer e ludicidade;  Espaço de troca, de interação de descobertas, de experiências, de construção de conhecimentos variados: plásticos, científicos, lingüísticos, corporais, matemáticos, musicais, sociais etc.  Espaço não hospitalar, não assistencial, não residencial, não preparatório = espaço não escolar.
  • 13. Brincadeira  Atividade sociocultural aprendida na troca entre sujeitos;  Atividade humana – todo ser humano é lúdico;  A criança tem direito a brincar
  • 14. “Dentre as várias formas de interação possíveis, as crianças de 0 a 6 anos, na busca de conhecerem, compreenderem, se apropriarem e transformarem o mundo privilegiam: a experimentação, a exploração (não apenas física, mas também através de perguntas, levantamento de hipoteses, pesquisa), o brincar e outras linguagens, a repetição, a imitação, a imaginação.” (Orientações para a (re)elaboração da proposta pedagógica, p.78)
  • 15. Tiras de Calvin e Haroldo
  • 16.  “... precisamos refletir sobre o importante papel do professor na busca de articulação entre essas formas de como as crianças se apropriam do mundo, a curiosidade infantil e os conhecimentos a serem construídos coletivamente. É o professor que irá fazer a mediação entre o grupo de crianças e aquilo que elas querem conhecer, possibilitando que elas dialoguem com o conhecimento e dêem significado ao que aprendem.” (Orientações para a (re)elaboração da proposta pedagógica, p.78)