2. Reestruturação produtiva
Fenômeno ligado à globalização, onde as empresas para obterem
maior competitividade a nível global se reestruturam.
A reestruturação produtiva se caracteriza por dois elementos:
- Inovação tecnológica:
- Inovação organizacional:
A reestruturação produtiva veio com a chamada "Terceira Revolução
Industrial" que tem como paradigma o modelo Toyotista.
Profundas mudança no mundo do trabalho;
Afirma-se como oposição ao modelo de produção FordistaTaylorista.
Começa a se desenvolver no Ocidente a partir da década de 70.
O toyotismo é o modo de organização do trabalho e da produção
capitalista adequado à era das novas máquinas da automação
flexível, que constituem uma nova base técnica para o sistema do
capital, e da crise estrutural de superprodução, com seus mercados
restritos;
3. Taylorismo
Baseia-se nos seguintes princípios:
Mecanização da produção: repassa o saber do trabalhador para a
máquina, sempre que possível;
O estudo dos tempos e movimentos: buscar a maneira certa de executa
uma tarefa, com o menor gasto de tempo e energia possível.
Seleção e treinamento "científico": definir um perfil adequado à tarefa a
ser executada, com apoio de profissionais das áreas de psicologia e
serviço social.
Plano de incentivo salarial: incentivar monetariamente o trabalhador,
pagando-o por peça produzida ou hora trabalhada ;
Fordismo
Produção estandardizada(padronizada) na linha de montagem da
indústria automobilística. O tempo de produção passou a ser
determinado pelo fluxo da linha de montagem, fixando o trabalhador ao
seu posto e estabelecendo o conceito de "tempo imposto".
O Fordismo não é uma ruptura com Taylor. Ele dá as bases técnicas e
culturais para um novo impulso na "revolução" da produção, feita
principalmente pela indústria automobilística.
Economia em grande escala e a padronização dos produtos.
4. 1° período –final de 70 e início de
80 O início do processo : a difusão
dos CCQs
CCQs ( Círculos de Controle de Qualidade);
foi no final dos anos de 1970 e inicio da década
de 1980;
As técnicas japonesas, particularmente os círculos
de controle de qualidade(ccqs) requerem um
maior comprometimento do trabalhador, um
maior envolvimento, que passa a ser chamado de
“colaborador “.
Os sindicatos lançaram-se a um processo de
oposição aos CCQs.
5. 2°periodo- 1984 a 1985
Reestruturação “Defensiva”
Caracteriza-se pela rápida difusão dos equipamentos e pela busca
de novas formas de organização do trabalho;
Baseada,sobretudo,nas técnicas japonesas.
Apesar do esforço inovador quanto aos equipamentos, o quadro
brasileiro
mostra alta defasagem em relação aos países
desenvolvidos:
-Menores índices de robotização;
-Menores porcentagens em automação comparada a 90
montadoras de 15 países;
Difusão de just In time
Forma organizacional que está associada á regularização da
produção e á tecnologia de grupo, em como a incorporação do
controle de qualidade por meio do CEP(controle estatístico de
processo);
6. Resistência do Empresariado
Em adotar o trabalho em equipe;
Em adotar medidas que permitissem uma efetiva participação dos
trabalhadores nas decisões caracterizando como conservador o processo
brasileiro.
Brasileirização das técnicas brasileira
Rígida divisão do trabalho com prescrição industrial das tarefa;
Ausência de autonomia dos operários na definição dos modelos de
trabalho;
Poucas mudanças na organização do trabalho;
As empresas brasileiras opuseram participação dos trabalhadores nos
trabalhos de programação, mantendo dessa forma a separação Taylorista
entre execução e concepção
Aspectos negativos :
- altos custos;
- Baixo volume de produção de artesanato;
- Desqualificação do trabalho
- Distancia entre planejamento e execução da produção em massa;
7. As principais características das políticas de gestão do trabalho
brasileiro contrárias ao modelo japonês:
Altas taxas de rotatividade;
Recurso indiscriminado às demissões como forma de enfrentamento
das crises econômicas;
Fraco investimento em treinamento;
Estimulo à competição entre os trabalhadores;
Complexas estruturas hierárquicas com grandes diferenciais de
trabalho;
8. 3 Período- Inicia nos anos 1990A abertura do mercado e a “epidemia”
da competitividade
Nessa fase as empresas passaram a concentrar seus esforços nas
estratégias organizacionais e na adoção de novas formas de gestão de
trabalho mais compatíveis com as necessidades de flexibilização da
produção e com o envolvimento dos trabalhadores coma a qualidade
e a produtividade.
Fatores que ajudaram a empurrar as empresas à inovação:
aprofundamento da crise econômica a partir de 90 diminuiu
brutalmente o mercado interno.
A política de abertura adotada pelo governo Collor obrigou as
empresas a melhorarem suas estratégias de produtividade e
qualidade para fazer frente à concorrência internacional.
9. Reação das empresas
Caráter
parcial – Resistência: pouca efetividade quanto a
modernização dos equipamentos e aos novos métodos
organizacionais e de gestão da mão-de-obra.
Com a difusão dos Programas de Qualidade e Produtividade: [...] as
empresas estavam se preocupando mais com a estabilização dos
trabalhadores, o treinamento, a simplificação das estruturas de
cargos e salários , e a diminuição dos níveis hierárquicos, ao mesmo
tempo que vinham buscando melhorar o relacionamento com os
operários dentro das fábricas e diminuir os conflitos nos ambientes
de trabalho.
10. Características
Novo perfil do trabalhador: participante,consciente,responsável e
polivalente;
Resistência do empresariado em adotar o trabalho em equipe;
Caráter conservador do processo brasileiro;
Autoritarismo sempre presente;
Gestão participativa: baseava-se numa incorporação individual
dos trabalhadores, que excluía todo e qualquer canal de
representação de seus interesses enquanto categoria social, mas
revela também que a participação que as gerências buscavam se
limitava apenas àquelas decisões referentes aos problemas
cotidianos da produção relacionados com custos, produtividade e
qualidade dos produtos.
Desemprego crescente;
Exclusão dos trabalhadores mais idosos;
Baixa escolaridade;
Precarização do emprego e do trabalho;
11. Processo muito heterogêneo;
Meta principal dos treinamentos: modificar comportamentos;
Treinamentos dos trabalhadores: boa parte do esforço empresarial
direcionado
ao
treinamento
destinava-se
a
programas
comportamentais ou motivacionais que caracterizam basicamente
pela preocupação em despertar nos trabalhadores uma postura
cooperativa com relação às estratégias gerenciais e que não podem
ser confundidas com treinamentos destinados a formar
trabalhadores mais qualificados.
Descentralização das empresas;
Terceirização (estratégia principal e mais utilizada no Brasil);
Implementação do just in time externo;
Divisão sexual do trabalho;
Questão da estabilização: demissões em massa;
Divisões dos ativistas ,lideres sindicais e representantes de comissões
de fabrica;
12. Terceirização
A terceirização é uma estratégia empresarial que transfere
algumas atividades que anteriormente eram feitas no
interior das empresas para fora da mesma.
Eximindo-se a empresa dos
salários e encargos
trabalhistas antes pagos a funcionários internos .Estes
serviços passam a ser executados por empresas terceiras
por sua própria conta e risco de forma autônoma,
assumindo o risco do seu próprio negócio.
O principal objetivo da terceirização é reduzir os custos
com instalações e manutenção de equipamentos e dos
custos diretamente relacionados ao trabalho como
despesas com admissão e demissão, treinamento,
benefícios sociais.
13. Em direção a uma
modernização sistêmica?
O processo de reestruturação ganhou novo fôlego, aprofundando-se de
maneira significativa, especialmente nos setores mais competitivos;
A modernização sistêmica;
Processo de descentralização das empresas;
- áreas de serviços;
- as áreas produtivas;
Terceirização;
Estudos de casos isolados/estudos em cadeias produtivas em conjunto;
Reestruturação no setor é fruto de uma combinação de fatores ,tais como
abertura comercial, a crescente integração, o redirecionamento dos
estímulos governamentais ao investimento produtivo e a redefinição do
lugar do país na divisão do trabalho;
Divisão de trabalho e precarização do trabalho nas empresas do último elo
de cadeia(trabalho mal pago ,desqualificado ,repetitivo ,parcelado);
Trabalho da mulher(desqualificadas e destituídas);
14. Referências bibliográficas
LEITE, márcia– o trabalho e sociedade em transformação(mudanças
produtivas e atores sociais);2003
PINTO, geraldo -a organização do trabalho no século 20 (taylorismo,
fordismo e toyotismo);2010
Google
GOMES, maria- o debate sobre a reestruturação no Brasil;2007
PELIANO, josé - a reestruturação produtiva e a qualificação para o
trabalho;1987