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Literatura em transição.
 Início: por volta de 1902 – Publicação de
     Os Sertões, de Euclides da Cunha.
Termino: 1922 – Semana da Arte Moderna
   O pré-Modernismo, no Brasil, não constitui
    uma “escola literária”, ou seja, não temos um
    grupo de autores afinados em torno de um
    mesmo ideário, seguindo determinadas
    características.
   Na realidade, Pré-Modernismo é um termo
    genérico que designa a produção literária de
    alguns autores que, não sendo ainda modernos,
    já promovem rupturas com o passado.
   Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto foram os
    presidentes militares do período inicial da História
    Republicana do Brasil, denominado “República da
    Espada”.
   Substituição da “República da espada”
    (governos Marechal Deodoro e do Marechal
    Floriano) pela “República do café-com-leite”;
   Auge da economia cafeeira no Sudeste;
   Entrada de grandes levas de imigrantes
    (notadamente os italianos) no país;
   Esplendor da Amazônia, com o ciclo da
    borracha.
   Conflito entre “os dois brasis”: o tradicionalismo
    agrário, hegemônico versus as ideologias progressivas,
    a urbanização, a imigração, o crescimento industrial e
    as revoltas sociais, que o questionam.
   Principais acontecimentos:
   Guerra de Canudos (Bahia, 1896-1897).
   Revolta contra a vacina obrigatória (Rio de Janeiro,
    1904).
   Revolta da Chibata (Rio de Janeiro, 1910).
   Levante de Juazeiro (Ceará, 1911-1914).
   Revolta do Contestado (Santa Catarina, 1912-1919).
   As duas greves gerais de operários. (São Paulo, 1917-
    1919).
   Ruptura com o passado: as novas produções
    rompem com academismo e com modelos
    preestabelecidos pelas antigas estéticas;
   Denúncia da realidade: a realidade não oficial
    passa a ser a temática do período;
   Regionalismo: são retratados o sertão nordestino, o
    interior paulista, os súbitos cariocas, entre outras
    regiões brasileiras;
   Tipos humanos marginalizados: nas obras desses
    períodos, encontra-se retratadas muitas figuras
    marginalizadas pela elite, como o sertanejo
    nordestino, o caipira, o mulato, entre outros tipos.
   Poesia:
    Augusto dos Anjos – Eu (1912).
   Prosa:
    Euclides da Cunha – Os sertões (1902);
    Lima Barreto – Triste fim de Policarpo
    Quaresma (1915);
    Monteiro Lobato – Urupês (1918);
    Graça Aranha – Canaã (1902).
   Euclides da Cunha – retratou a miséria do
    subdesenvolvido nordeste do país;
   Lima Barreto – retratou a vida carioca urbana e
    suburbana do início do século XX;
   Monteiro Lobato – retratou a miséria dos moradores
    do interior do sudeste e a decadência da economia
    cafeeira;
   Graça Aranha – retratou a imigração Alemã no Espírito
    Santo
   Augusto dos Anjos – apresenta uma classificação
    problemática, não podendo ser apenas estudado com
    um autor pré-modernista. Sua obra apresenta
    elementos de várias estéticas. Mas para fins didático
    costuma-se estudá-lo como pré-modernista.
Euclides da Cunha nasceu no Rio de Janeiro,
estudou na Escola Militar e fez curso de
Engenharia. De formação positivista e
republicano convicto, sempre mostrou grande
interesse por ciência naturais e filosofia. Viveu
durante algum tempo em São Paulo e, em 1897,
foi enviado pelo jornal O Estado de S. Paulo ao
sertão da Bahia, para cobrir, como
correspondente, a guerra de Canudos.
Na condição de ex-militar, Euclides pôde
informar com precisão de guerra das três
últimas semanas de conflito. Mobilizando e
dividindo a opinião pública, suas mensagens,
transmitidas pelo telégrafo, permitiram que o
Sul do país acompanhasse passo a passo a
campanha. Cinco anos depois, o autor lançou
Os sertões, obra que narra e analisa os
acontecimentos de Canudos à luz das teorias
científicas da época.
A ânsia de ir além dos esquemas e desvendar o
mistério da terra e do homem brasileiro com
suas armas e a presença da ciência e da
sensibilidade.
Os sertões é uma obra literária que denuncia as
contradições nacionais ainda não superadas e
que manifesta um profundo sentimento
patriota.
    O livro tem um caráter científico que o eleva a
    condição de verdadeiro tratado geofísico e social
    de nosso país, privilegiando o Nordeste, palco de
    chacina de Canudos
   O determinismo do francês Hippolyte Taine
    fundamenta a obra: o meio, a raça e o momento
    histórico. Segundo o qual o meio determina o
    homem, a obra organiza-se em três partes: “A
    terra”, que descreve as condições geográficas do
    sertão; “O homem”, que descreve os costumes do
    sertanejo; e ”A luta”, que descreve os ataques a
    Canudos e sua extinção.
A TERRA

"Ao sobrevir das chuvas, a terra, como vimos, transfigura-se em mutações
fantásticas, contrastando com a desolação anterior.
Os vales secos fazem-se rios. Insulam-se os cômoros escalvados, repentinamente
verdejantes. A vegetação recama de flores, cobrindo-os, os grotões escancelados, e
disfarça a dureza das barrancas, e arredonda em colinas os acervos de blocos
disjungidos -de sorte que as chapadas grandes, entremeadas de convales, se ligam
em curvas mais suaves aos tabuleiros altos. Cai a temperatura. Com o desaparecer
das soalheiras anula-se a secura anormal dos ares. Novos tons na paisagem: a
transparência do espaço salienta as linhas mais ligeiras, em todas as variantes da
forma e da cor.
Dilatam-se os horizontes. O firmamento, sem o azul carregado dos desertos, alteia-
se, mais profundo, ante o expandir revivescente da terra.
E o sertão é um vale fértil. É um pomar vastíssimo, sem dono.
Depois tudo isto se acaba. Voltam os dias torturantes; a atmosfera asfixiadora; o
empedramento do solo; a nudez da flora; e nas ocasiões em que os estios se ligam
sem a intermitência das chuvas -o espasmo assombrador da seca."
O HOMEM

"O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo
dos mestiços neurastênicos do litoral.
A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário.
Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das
organizações atléticas.
É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no
aspecto a fealdade típica dos fracos. O andar sem firmeza, sem aprumo,
quase gingante e sinuoso, aparenta a translação de membros
desarticulados. Agrava-o a postura normalmente abatida, num
manifestar de displicência que lhe dá um caráter de humildade
deprimente. A pé, quando parado, recosta-se invariavelmente ao
primeiro umbral ou parede que encontra; a cavalo, se sofreia o animal
para trocar duas palavras com um conhecido, cai logo sobre um dos
estribos, descansando sobre a espenda da sela. Caminhando, mesmo a
passo rápido, não traça trajetória retilínea e firme. Avança celeremente,
num bambolear característico, de que parecem ser o traço geométrico os
meandros das trilhas sertanejas. (...)
É o homem permanentemente fatigado."
A LUTA

"Concluídas as pesquisas nos arredores, e recolhidas as armas e munições
de guerra, os jagunços reuniram os cadáveres que jaziam esparsos em
vários pontos. Decapitaram-nos. Queimaram os corpos. Alinharam
depois, nas duas bordas da estrada, as cabeças, regularmente espaçadas,
fronteando-se, faces volvidas para o caminho. Por cima, nos arbustos
marginais mais altos, dependuraram os restos de fardas, calças e dólmãs
multicores, selins, cinturões, quepes de listras rubras, capotes, mantas,
cantis e mochilas...
A caatinga mirrada e nua, apareceu repentinamente desabrochando
numa florescência extravagantemente colorida no vermelho forte das
divisas, no azul desmaiado dos dólmãs e nos brilhos vivos das chapas dos
talins e estribos oscilantes...
Um pormenor doloroso completou essa encenação cruel: a uma banda
avultava, empalado, erguido num galho seco, de angico, o corpo do
coronel Tamarindo.
Era assombroso... Como um manequim terrivelmente lúgubre, o cadáver
desaprumado, braços e pernas pendidos, oscilando à feição do vento no
galho flexível e vergado, aparecia nos ermos feito uma visão demoníaca."
   Peru versus Bolívia
   À margem da História
   Contrastes e confrontos
Paulista de Taubaté, foi um dos escritores
brasileiros de maior prestígio, em consequência
de sua atuação como intelectual polêmico e
autor de histórias infantis.
Sua ação foi além do circulo literário, tendo se
estendido também para o âmbito da luta
política e social. Moralista e doutrinador,
aspirava ao progresso material e mental do
povo brasileiro.
   Urupês é o nome dado a um fungo parasita,
    também conhecido como orelha-de-pau, que se
    alimenta da seiva dos troncos das árvores.
    Urupês reúne contos que narram histórias
    caipiras engraçadas ou dramáticas.
   O grande protagonista de seu primeiro livro: o
    Jeca Tatu, imagem do caipira que vive à
    margem da cidade grande e da História,
    sempre “de cócoras” e regido, em seus mínimo
    movimentos, pela “lei do menor esforço”.
Espécie de “anti-
herói” nacional, o
caipira representa
uma ruptura com a
idealização romântica
de nossos símbolos
pátrios.
Jeca Tatu era um pobre caboclo que morava no mato, numa
casinha de sapé. Vivia na maior pobreza, em companhia da
mulher, muito magra e feia e de vários filhinhos pálidos e
tristes.
Jeca Tatu passava os dias de cócoras, pitando enormes
cigarrões de palha, sem ânimo de fazer coisa nenhuma. Ia ao
mato caçar, tirar palmitos, cortar cachos de brejaúva, mas
não tinha idéia de plantar um pé de couve atras da casa.
Perto um ribeirão, onde ele pescava de vez em quando uns
lambaris e um ou outro bagre. E assim ia vivendo.
Dava pena ver a miséria do casebre. Nem móveis nem
roupas, nem nada que significasse comodidade. Um
banquinho de três pernas, umas peneiras furadas, a
espingardinha de carregar pela boca, muito ordinária, e só.
Todos que passavam por ali murmuravam:
Que grandíssimo preguiçoso!
Jeca Tatu era tão fraco que quando ia lenhar vinha com um feixinho que parecia
brincadeira. E vinha arcado, como se estivesse carregando um enorme peso.
Por que não traz de uma vez um feixe grande? Perguntaram-lhe um dia.
     Jeca Tatu coçou a barbicha rala e respondeu:
Não paga a pena.
     Tudo para ele não pagava a pena. Não pagava a pena consertar a casa, nem fazer
     uma horta, nem plantar arvores de fruta, nem remendar a roupa.
Só pagava a pena beber pinga.
Por que você bebe, Jeca? Diziam-lhe.
     Bebo para esquecer.
     Esquecer o quê?
     Esquecer as desgraças da vida.
     E os passantes murmuravam:
Além de vadio, bêbado...
Jeca possuía muitos alqueires de terra, mas não sabia aproveitá-la. Plantava todos os
     anos uma rocinha de milho, outra de feijão, uns pés de abóbora e mais nada.
     Criava em redor da casa um ou outro porquinho e meia dúzia de galinhas. Mas o
     porco e as aves que cavassem a vida, porque Jeca não lhes dava o que comer. Por
     esse motivo o porquinho nunca engordava, e as galinhas punham poucos ovos.
Jeca possuía ainda um cachorro, o Brinquinho, magro e sarnento, mas bom
     companheiro e leal amigo.
Brinquinho vivia cheio de bernes no lombo e muito sofria com isso. Pois apesar dos
     ganidos do cachorro, Jeca não se lembrava de lhe tirar os bernes. Por que?
     Desânimo, preguiça...
   Em Urupês como também em Os sertões,
    ambos retratam a descrição de dois tipos
    regionais de brasileiros, o caipira e o sertanejo.
    Porém, percebem-se que “os brasis” na
    realidade, um está próximo da Europa, outro,
    distante, a margem da sociedade.
   Sítio do Picapau Amarelo: Reinações de
    Narizinho, Viagem ao Céu, História do mundo
    para as crianças, As caçadas de Pedrinho,
    Memórias da Emília, O poço do Visconde,
    Serões de Dona Benta, O Picapau Amarelo etc;
   Cidades Mortas;
   Ideias de Jeca Tatu;
   Negrinha;
   A onda verde etc.
O escritor carioca Lima Barreto é hoje
considerado um dos principais romancistas
brasileiros, embora sua importância literária
tenha sido reconhecida aos poucos e se firmado
apenas nas últimas décadas. Mulato, pobre,
orgulhoso de suas origens, ferino e severo em
suas críticas, alcoólatra e subversivo, Lima
Barreto foi incompreendido pela crítica de seu
tempo e alcançou em vida apenas uma relativa
popularidade.
   Combateu o preconceito racial e a
    discriminação social do negro e do mulato;
   Conseguiu retratar às novidades trazidas pela
    modernidade, como o cinema, os arranha-ceús
    e o futebol;
   Registra de forma critica os episódios da
    insurreição antiflorianista, a campanha contra a
    febre amarela, apolítica de valorização do café,
    o governo marechal Hermes da Fonseca, a
    participação do Brasil na Primeira Guerra
    Mundial.
O romance discute principalmente a questão
do nacionalismo, mas também fala do abismo
existente entre as pessoas idealistas e aquelas
que se preocupam apenas com seus interesses e
com sua vida comum. Com uma narrativa leve
que em alguns pontos chega a ser cômica, mas
sempre salpicada de pequenas críticas a vários
aspectos da sociedade, a história se torna mais
tensa apenas quando o autor analisa a loucura
e no seu final, quando são feitas duras críticas
ao positivismo e ao presidente Floriano
Peixoto (1891-1894).
Nesse romance narrado em terceira pessoa,
através de uma forte carga humorística, Lima
Barreto conta a história do Major Policarpo
Quaresma. O livro é uma caricatura da vida
política brasileira no período posterior à
proclamação da República.

Policarpo Quaresma é um fanático, uma
espécie de Dom Quixote brasileiro. Possuidor
de um nacionalismo extremo, Quaresma tenta
evitar a todo custo a influência da cultura
européia na cultura brasileira.
   A primeira parte da obra se desenrola na cidade
    do Rio de Janeiro, logo após a proclamação da
    república brasileira.
   Na segunda parte, são analisados os problemas
    enfrentados pela porção rural do país.
   Última e mais tensa parte do livro, narra as
    andanças de Policarpo pela Capital Federal durante
    a revolta da Armada e mostra sua desilusão final.
    Há aqui uma crítica feroz aos positivistas que
    apoiavam a Primeira República.
“Como de hábito, Policarpo Quaresma, mais conhecido
por Major Quaresma, bateu em casa às quatro e quinze
da tarde. Havia mais de vinte anos que isso acontecia.
Saindo do Arsenal de Guerra, onde era subsecretário,
bongava* pelas confeitarias algumas frutas, comprava
um queijo, às vezes, e sempre o pão da padaria francesa.
Não gastava nesses passos nem mesmo uma hora, de
forma que, as três e quarenta, por ai assim, tomava o
bonde, sem erro de um minuto, ia pisar a soleira* da
porta de sua casa, numa rua afastada de São Januário,
bem exatamente as quatro e quinze, como se fosse uma
aparição de um astro, um eclipse, enfim um fenômeno
matematicamente determinado, previsto e
predito...” (trecho extraído da primeira parte, capítulo I – A lição de violão)
“Policarpo Quaresma, cidadão brasileiro,
funcionário público, certo de que a língua
portuguesa é emprestada ao Brasil; certo também
de que, por este fato, o falar e o escrever em geral,
sobretudo no campo das letras, se vêem na
humilhante contingência de sofrer continuamente
censuras ásperas dos proprietários do língua;
sabendo, além, que,dentro de nosso país, os
escritores, com especialidade os gramáticos,não se
entendem no tocante à correção gramatical, vendo-
se,diariamente, surgir azedas polêmicas entre os
mais profundos estudiosos do nosso idioma,
usando o direito que lhe confere a Constituição,
vem pedir que o Congresso Nacional decrete o
tupi-guarani como língua oficial e nacional do
povo brasileiro”
   Numa e Ninfa;
   Vida e morte de M.J. Gonzaga de Sá;
   Os Bruzundangas;
   Clara dos Anjos;
   Histórias e sonhos;
   Feiras e mafuás.
   O Homem que Sabia Javanês e outros contos –
    1997;

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  • 1. Literatura em transição. Início: por volta de 1902 – Publicação de Os Sertões, de Euclides da Cunha. Termino: 1922 – Semana da Arte Moderna
  • 2. O pré-Modernismo, no Brasil, não constitui uma “escola literária”, ou seja, não temos um grupo de autores afinados em torno de um mesmo ideário, seguindo determinadas características.  Na realidade, Pré-Modernismo é um termo genérico que designa a produção literária de alguns autores que, não sendo ainda modernos, já promovem rupturas com o passado.
  • 3. Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto foram os presidentes militares do período inicial da História Republicana do Brasil, denominado “República da Espada”.  Substituição da “República da espada” (governos Marechal Deodoro e do Marechal Floriano) pela “República do café-com-leite”;  Auge da economia cafeeira no Sudeste;  Entrada de grandes levas de imigrantes (notadamente os italianos) no país;  Esplendor da Amazônia, com o ciclo da borracha.
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  • 8. Conflito entre “os dois brasis”: o tradicionalismo agrário, hegemônico versus as ideologias progressivas, a urbanização, a imigração, o crescimento industrial e as revoltas sociais, que o questionam.  Principais acontecimentos:  Guerra de Canudos (Bahia, 1896-1897).  Revolta contra a vacina obrigatória (Rio de Janeiro, 1904).  Revolta da Chibata (Rio de Janeiro, 1910).  Levante de Juazeiro (Ceará, 1911-1914).  Revolta do Contestado (Santa Catarina, 1912-1919).  As duas greves gerais de operários. (São Paulo, 1917- 1919).
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  • 17. Ruptura com o passado: as novas produções rompem com academismo e com modelos preestabelecidos pelas antigas estéticas;  Denúncia da realidade: a realidade não oficial passa a ser a temática do período;  Regionalismo: são retratados o sertão nordestino, o interior paulista, os súbitos cariocas, entre outras regiões brasileiras;  Tipos humanos marginalizados: nas obras desses períodos, encontra-se retratadas muitas figuras marginalizadas pela elite, como o sertanejo nordestino, o caipira, o mulato, entre outros tipos.
  • 18. Poesia: Augusto dos Anjos – Eu (1912).  Prosa: Euclides da Cunha – Os sertões (1902); Lima Barreto – Triste fim de Policarpo Quaresma (1915); Monteiro Lobato – Urupês (1918); Graça Aranha – Canaã (1902).
  • 19. Euclides da Cunha – retratou a miséria do subdesenvolvido nordeste do país;  Lima Barreto – retratou a vida carioca urbana e suburbana do início do século XX;  Monteiro Lobato – retratou a miséria dos moradores do interior do sudeste e a decadência da economia cafeeira;  Graça Aranha – retratou a imigração Alemã no Espírito Santo  Augusto dos Anjos – apresenta uma classificação problemática, não podendo ser apenas estudado com um autor pré-modernista. Sua obra apresenta elementos de várias estéticas. Mas para fins didático costuma-se estudá-lo como pré-modernista.
  • 20. Euclides da Cunha nasceu no Rio de Janeiro, estudou na Escola Militar e fez curso de Engenharia. De formação positivista e republicano convicto, sempre mostrou grande interesse por ciência naturais e filosofia. Viveu durante algum tempo em São Paulo e, em 1897, foi enviado pelo jornal O Estado de S. Paulo ao sertão da Bahia, para cobrir, como correspondente, a guerra de Canudos.
  • 21. Na condição de ex-militar, Euclides pôde informar com precisão de guerra das três últimas semanas de conflito. Mobilizando e dividindo a opinião pública, suas mensagens, transmitidas pelo telégrafo, permitiram que o Sul do país acompanhasse passo a passo a campanha. Cinco anos depois, o autor lançou Os sertões, obra que narra e analisa os acontecimentos de Canudos à luz das teorias científicas da época.
  • 22. A ânsia de ir além dos esquemas e desvendar o mistério da terra e do homem brasileiro com suas armas e a presença da ciência e da sensibilidade. Os sertões é uma obra literária que denuncia as contradições nacionais ainda não superadas e que manifesta um profundo sentimento patriota.
  • 23. O livro tem um caráter científico que o eleva a condição de verdadeiro tratado geofísico e social de nosso país, privilegiando o Nordeste, palco de chacina de Canudos  O determinismo do francês Hippolyte Taine fundamenta a obra: o meio, a raça e o momento histórico. Segundo o qual o meio determina o homem, a obra organiza-se em três partes: “A terra”, que descreve as condições geográficas do sertão; “O homem”, que descreve os costumes do sertanejo; e ”A luta”, que descreve os ataques a Canudos e sua extinção.
  • 24. A TERRA "Ao sobrevir das chuvas, a terra, como vimos, transfigura-se em mutações fantásticas, contrastando com a desolação anterior. Os vales secos fazem-se rios. Insulam-se os cômoros escalvados, repentinamente verdejantes. A vegetação recama de flores, cobrindo-os, os grotões escancelados, e disfarça a dureza das barrancas, e arredonda em colinas os acervos de blocos disjungidos -de sorte que as chapadas grandes, entremeadas de convales, se ligam em curvas mais suaves aos tabuleiros altos. Cai a temperatura. Com o desaparecer das soalheiras anula-se a secura anormal dos ares. Novos tons na paisagem: a transparência do espaço salienta as linhas mais ligeiras, em todas as variantes da forma e da cor. Dilatam-se os horizontes. O firmamento, sem o azul carregado dos desertos, alteia- se, mais profundo, ante o expandir revivescente da terra. E o sertão é um vale fértil. É um pomar vastíssimo, sem dono. Depois tudo isto se acaba. Voltam os dias torturantes; a atmosfera asfixiadora; o empedramento do solo; a nudez da flora; e nas ocasiões em que os estios se ligam sem a intermitência das chuvas -o espasmo assombrador da seca."
  • 25. O HOMEM "O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas. É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos. O andar sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e sinuoso, aparenta a translação de membros desarticulados. Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar de displicência que lhe dá um caráter de humildade deprimente. A pé, quando parado, recosta-se invariavelmente ao primeiro umbral ou parede que encontra; a cavalo, se sofreia o animal para trocar duas palavras com um conhecido, cai logo sobre um dos estribos, descansando sobre a espenda da sela. Caminhando, mesmo a passo rápido, não traça trajetória retilínea e firme. Avança celeremente, num bambolear característico, de que parecem ser o traço geométrico os meandros das trilhas sertanejas. (...) É o homem permanentemente fatigado."
  • 26. A LUTA "Concluídas as pesquisas nos arredores, e recolhidas as armas e munições de guerra, os jagunços reuniram os cadáveres que jaziam esparsos em vários pontos. Decapitaram-nos. Queimaram os corpos. Alinharam depois, nas duas bordas da estrada, as cabeças, regularmente espaçadas, fronteando-se, faces volvidas para o caminho. Por cima, nos arbustos marginais mais altos, dependuraram os restos de fardas, calças e dólmãs multicores, selins, cinturões, quepes de listras rubras, capotes, mantas, cantis e mochilas... A caatinga mirrada e nua, apareceu repentinamente desabrochando numa florescência extravagantemente colorida no vermelho forte das divisas, no azul desmaiado dos dólmãs e nos brilhos vivos das chapas dos talins e estribos oscilantes... Um pormenor doloroso completou essa encenação cruel: a uma banda avultava, empalado, erguido num galho seco, de angico, o corpo do coronel Tamarindo. Era assombroso... Como um manequim terrivelmente lúgubre, o cadáver desaprumado, braços e pernas pendidos, oscilando à feição do vento no galho flexível e vergado, aparecia nos ermos feito uma visão demoníaca."
  • 27.
  • 28. Peru versus Bolívia  À margem da História  Contrastes e confrontos
  • 29. Paulista de Taubaté, foi um dos escritores brasileiros de maior prestígio, em consequência de sua atuação como intelectual polêmico e autor de histórias infantis. Sua ação foi além do circulo literário, tendo se estendido também para o âmbito da luta política e social. Moralista e doutrinador, aspirava ao progresso material e mental do povo brasileiro.
  • 30. Urupês é o nome dado a um fungo parasita, também conhecido como orelha-de-pau, que se alimenta da seiva dos troncos das árvores. Urupês reúne contos que narram histórias caipiras engraçadas ou dramáticas.  O grande protagonista de seu primeiro livro: o Jeca Tatu, imagem do caipira que vive à margem da cidade grande e da História, sempre “de cócoras” e regido, em seus mínimo movimentos, pela “lei do menor esforço”.
  • 31. Espécie de “anti- herói” nacional, o caipira representa uma ruptura com a idealização romântica de nossos símbolos pátrios.
  • 32. Jeca Tatu era um pobre caboclo que morava no mato, numa casinha de sapé. Vivia na maior pobreza, em companhia da mulher, muito magra e feia e de vários filhinhos pálidos e tristes. Jeca Tatu passava os dias de cócoras, pitando enormes cigarrões de palha, sem ânimo de fazer coisa nenhuma. Ia ao mato caçar, tirar palmitos, cortar cachos de brejaúva, mas não tinha idéia de plantar um pé de couve atras da casa. Perto um ribeirão, onde ele pescava de vez em quando uns lambaris e um ou outro bagre. E assim ia vivendo. Dava pena ver a miséria do casebre. Nem móveis nem roupas, nem nada que significasse comodidade. Um banquinho de três pernas, umas peneiras furadas, a espingardinha de carregar pela boca, muito ordinária, e só. Todos que passavam por ali murmuravam: Que grandíssimo preguiçoso!
  • 33. Jeca Tatu era tão fraco que quando ia lenhar vinha com um feixinho que parecia brincadeira. E vinha arcado, como se estivesse carregando um enorme peso. Por que não traz de uma vez um feixe grande? Perguntaram-lhe um dia. Jeca Tatu coçou a barbicha rala e respondeu: Não paga a pena. Tudo para ele não pagava a pena. Não pagava a pena consertar a casa, nem fazer uma horta, nem plantar arvores de fruta, nem remendar a roupa. Só pagava a pena beber pinga. Por que você bebe, Jeca? Diziam-lhe. Bebo para esquecer. Esquecer o quê? Esquecer as desgraças da vida. E os passantes murmuravam: Além de vadio, bêbado... Jeca possuía muitos alqueires de terra, mas não sabia aproveitá-la. Plantava todos os anos uma rocinha de milho, outra de feijão, uns pés de abóbora e mais nada. Criava em redor da casa um ou outro porquinho e meia dúzia de galinhas. Mas o porco e as aves que cavassem a vida, porque Jeca não lhes dava o que comer. Por esse motivo o porquinho nunca engordava, e as galinhas punham poucos ovos. Jeca possuía ainda um cachorro, o Brinquinho, magro e sarnento, mas bom companheiro e leal amigo. Brinquinho vivia cheio de bernes no lombo e muito sofria com isso. Pois apesar dos ganidos do cachorro, Jeca não se lembrava de lhe tirar os bernes. Por que? Desânimo, preguiça...
  • 34.
  • 35. Em Urupês como também em Os sertões, ambos retratam a descrição de dois tipos regionais de brasileiros, o caipira e o sertanejo. Porém, percebem-se que “os brasis” na realidade, um está próximo da Europa, outro, distante, a margem da sociedade.
  • 36. Sítio do Picapau Amarelo: Reinações de Narizinho, Viagem ao Céu, História do mundo para as crianças, As caçadas de Pedrinho, Memórias da Emília, O poço do Visconde, Serões de Dona Benta, O Picapau Amarelo etc;  Cidades Mortas;  Ideias de Jeca Tatu;  Negrinha;  A onda verde etc.
  • 37. O escritor carioca Lima Barreto é hoje considerado um dos principais romancistas brasileiros, embora sua importância literária tenha sido reconhecida aos poucos e se firmado apenas nas últimas décadas. Mulato, pobre, orgulhoso de suas origens, ferino e severo em suas críticas, alcoólatra e subversivo, Lima Barreto foi incompreendido pela crítica de seu tempo e alcançou em vida apenas uma relativa popularidade.
  • 38. Combateu o preconceito racial e a discriminação social do negro e do mulato;  Conseguiu retratar às novidades trazidas pela modernidade, como o cinema, os arranha-ceús e o futebol;  Registra de forma critica os episódios da insurreição antiflorianista, a campanha contra a febre amarela, apolítica de valorização do café, o governo marechal Hermes da Fonseca, a participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial.
  • 39. O romance discute principalmente a questão do nacionalismo, mas também fala do abismo existente entre as pessoas idealistas e aquelas que se preocupam apenas com seus interesses e com sua vida comum. Com uma narrativa leve que em alguns pontos chega a ser cômica, mas sempre salpicada de pequenas críticas a vários aspectos da sociedade, a história se torna mais tensa apenas quando o autor analisa a loucura e no seu final, quando são feitas duras críticas ao positivismo e ao presidente Floriano Peixoto (1891-1894).
  • 40. Nesse romance narrado em terceira pessoa, através de uma forte carga humorística, Lima Barreto conta a história do Major Policarpo Quaresma. O livro é uma caricatura da vida política brasileira no período posterior à proclamação da República. Policarpo Quaresma é um fanático, uma espécie de Dom Quixote brasileiro. Possuidor de um nacionalismo extremo, Quaresma tenta evitar a todo custo a influência da cultura européia na cultura brasileira.
  • 41. A primeira parte da obra se desenrola na cidade do Rio de Janeiro, logo após a proclamação da república brasileira.  Na segunda parte, são analisados os problemas enfrentados pela porção rural do país.  Última e mais tensa parte do livro, narra as andanças de Policarpo pela Capital Federal durante a revolta da Armada e mostra sua desilusão final. Há aqui uma crítica feroz aos positivistas que apoiavam a Primeira República.
  • 42. “Como de hábito, Policarpo Quaresma, mais conhecido por Major Quaresma, bateu em casa às quatro e quinze da tarde. Havia mais de vinte anos que isso acontecia. Saindo do Arsenal de Guerra, onde era subsecretário, bongava* pelas confeitarias algumas frutas, comprava um queijo, às vezes, e sempre o pão da padaria francesa. Não gastava nesses passos nem mesmo uma hora, de forma que, as três e quarenta, por ai assim, tomava o bonde, sem erro de um minuto, ia pisar a soleira* da porta de sua casa, numa rua afastada de São Januário, bem exatamente as quatro e quinze, como se fosse uma aparição de um astro, um eclipse, enfim um fenômeno matematicamente determinado, previsto e predito...” (trecho extraído da primeira parte, capítulo I – A lição de violão)
  • 43. “Policarpo Quaresma, cidadão brasileiro, funcionário público, certo de que a língua portuguesa é emprestada ao Brasil; certo também de que, por este fato, o falar e o escrever em geral, sobretudo no campo das letras, se vêem na humilhante contingência de sofrer continuamente censuras ásperas dos proprietários do língua; sabendo, além, que,dentro de nosso país, os escritores, com especialidade os gramáticos,não se entendem no tocante à correção gramatical, vendo- se,diariamente, surgir azedas polêmicas entre os mais profundos estudiosos do nosso idioma, usando o direito que lhe confere a Constituição, vem pedir que o Congresso Nacional decrete o tupi-guarani como língua oficial e nacional do povo brasileiro”
  • 44. Numa e Ninfa;  Vida e morte de M.J. Gonzaga de Sá;  Os Bruzundangas;  Clara dos Anjos;  Histórias e sonhos;  Feiras e mafuás.  O Homem que Sabia Javanês e outros contos – 1997;