Este documento apresenta o plano de ensino da disciplina de Gestão do Conhecimento e da Inovação. O objetivo é capacitar profissionais a identificar e planejar processos para gerenciar inovações nas organizações. Os tópicos abordados incluem gestão estratégica do conhecimento, tecnologia da informação aplicada à gestão do conhecimento, aprendizagem organizacional e gestão da inovação. A avaliação será feita por meio de trabalhos em grupo que demonstrem a aplicação desses processos de inovação e
2. Plano de Ensino
Objetivo
Capacitar os profissionais a identificar e planejar os processos
sistematizados para gerenciar e criar inovações nas organizações.
Ementa
● Gestão estratégica do conhecimento e da inteligência;
● Tecnologia da Informação Aplicada à Gestão do Conhecimento;
● Aprendizagem Organizacional;
● Gestão da Inovação.
4. Cronograma*
20 e 21/09 - Gestão estratégica do conhecimento e
Aprendizagem Organizacional
04 e 05/10 - Gestão da Inovação, Tecnologias Aplicadas à
Gestão do Conhecimento, Estudo de caso e Alinhamento com
Projeto Integrador
* Essas datas poderão sofrer modificações sem prévio aviso.
5. Gestão estratégica do
conhecimento e da inteligência
"Nunca diga às pessoas como fazer as coisas. Diga a elas o que
fazer e elas te surpreenderão com sua engenhosidade."
George Smith Patton
6. Gestão do Conhecimento
Conceito: “Gestão do Conhecimento é o conjunto integrado de
ações que tem por objetivo identificar, capturar, gerar e
compartilhar o ativo de conhecimento de uma organização.”
DAVENPORT, T.; PRUSAK, L. Conhecimento Empresarial: como as organizações gerenciam seu capital.
12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
Quais são as palavras chaves do conceito ?
O que é conhecimento ?
7. Gestão do Conhecimento
Dados são as simples observações sobre o estado da Natureza.
Usualmente, tais observações estão associadas aos sentidos e à
percepção primária do Ser Humano.
Informações é o dado dotado de relevância e propósito para o
Ser Humano, a partir de um significado. Exige, necessariamente,
uma análise preliminar baseada no conhecimento ou interesse.
Conhecimento é a aplicação de padrões através de sistema
especialistas ou compreensão das causas que são originadas das
informações.
9. A cultura da aprendizagem
“alguns pontos são essenciais para gerar a dinâmica da
aprendizagem, como o processo que deve ser contínuo e
estendido a todos na corporação desde o operacional; bem
como os processos de inovação, capacitação e qualificação;
outro ponto é que os objetivos organizacionais são
explicitados e partilhados, possibilitando o comprometimento
das pessoas à medida que haja congruência entre os objetivos
pessoais, ou seja, o autodesenvolvimento, e os relacionados
ao desenvolvimento organizacional."
FLEURY, Afonso; FLEURY, Maria Tereza Leme. Aprendizagem e Inovação Organizacional: As experiências de
Japão, Coréia e Brasil. São Paulo : Atlas, 1995.
10. A cultura da aprendizagem
-- ou seja --
se os colaboradores não estiverem pessoalmente engajados, o
processo de aprendizado não será mantido.
Porque ?
11. A cultura da aprendizagem
Princípios da cultura da aprendizagem: o foco do processo
educacional está na construção do conhecimento, no
desenvolvimento de competências e habilidades. Há um
respeito ao ritmo de desenvolvimento do sujeito, pois se
acredita que a aprendizagem é um processo coletivo,
significado individualmente estando relacionada às
construções/significações anteriores do sujeito.
C H A
Conhecimento, Habilidades e Atitudes
12. Gestão estratégica
Os inúmeros problemas com os quais um organização se
defronta, quer sejam originadas das incertezas existentes no
contexto da sociedade, quer sejam decorrentes das
instabilidades imprevisíveis do ambiente competitivo, exigem
uma contínua aprendizagem.
A moderna empresa precisa se transformar
numa organização que aprende.
Mas no sentido organizacional, o que
significa aprender ?
13. Gestão estratégica
“a aprendizagem é o processo em que o conhecimento é criado
através da transformação de experiência” David Kolb
-- ou seja --
A aprendizagem do indivíduo é, em primeiro lugar, um processo
vivencial para depois se transformar numa atividade reflexiva e,
continuando o fluxo, tornar-se novamente prática.
14. Aprendizagem Organizacional
"As organizações só aprendem por meio de indivíduos que
aprendem. A aprendizagem individual não garante a
aprendizagem organizacional. Entretanto, sem ela, a
aprendizagem organizacional não ocorre."
Peter Senge
15. Aprendizagem Organizacional
A busca da excelência empresarial tem sido perseguida,
incessantemente, pelas organizações e pelos profissionais que
nela trabalham e isso não se consegue apenas pelo bom
desempenho na execução das atividades, mas por meio da
capacidade de adaptação às mudanças que são impostas e,
principalmente, pela busca constante de novas abordagens
administrativas, novos sistemas de gestão com foco no ser
humano e novos conhecimentos.
16. Aprendizagem Organizacional
As empresas no estágio inicial, a aprendizagem individual se
confunde com o da organização, por se tratar de uma estrutura
pequena, com o crescimento da organização vai existindo uma
distinção entre essas aprendizagens.
Embora possa existir esta confusão entre a aprendizagem
individual e organizacional, a aprendizagem organizacional,
segundo os autores, é mais do que a simples soma das
aprendizagens dos indivíduos. A aprendizagem individual é
necessária, mas não suficiente para o aprendizado coletivo.
17. Aprendizagem Organizacional
Então o que é Aprendizagem Organizacional ?
"São organizações nas quais as pessoas expandem
continuamente sua capacidade de criar resultados que
realmente desejam, onde se estimulam padrões de
pensamentos novos e abrangentes, a aspiração coletiva ganha
liberdade e onde as pessoas aprendem continuamente a
aprender juntas".
Senge, P. (1998). A quinta disciplina (2a ed.). São Paulo: Best Seller.
18. Processo de Aprendizagem
No modelo de aprendizagem vivencial de Kolb, os indivíduos
precisam dominar quatro tipos de habilidades:
● A experiência concreta;
● A observação reflexiva;
● A conceituação abstrata;
● A experimentação ativa.
19. Processo de Aprendizagem
Experiência concreta refere-se a experiências de contato direto
com situações que propõem dilemas a resolver. As ações são
referenciadas em conhecimentos e processos mentais já
existentes, aprendidos anteriormente. Principalmente por
atitudes de experimentação, obtém-se a matéria-prima para
aprendizagens posteriores.
20. Processo de Aprendizagem
Obervação reflexiva constitui-se num movimento voltado para
o interior, de reflexão. Caracteriza-se por atitudes, sobretudo,
de pesquisa sobre a realidade, como:
● identificação de elementos;
● construção de associações;
● agrupamentos entre os fatos perceptíveis da experiência;
● determinação de características, dificuldades e possibilidades de escolhas;
● partilha de opiniões sobre um
determinado assunto.
21. Processo de Aprendizagem
Conceituação abstrata caracteriza-se pela formação de
conceitos abstratos e generalizáveis sobre elementos e
características da experiência. Constitui-se de ações de
comparação com realidades semelhantes, bem como
generalização de regras e princípios, cujo intuito é estabelecer
sínteses a partir da troca de opiniões, estabelecendo-se um
tronco comum de idéias compartilhadas.
22. Processo de Aprendizagem
Experiência ativa é a repercussão das aprendizagens em
experiências inéditas, num movimento voltado para o
externo, de ação. Caracteriza-se por aplicação prática dos
conhecimentos e processos de pensamento tornados
refletidos, explicados e generalizados. A ação está centrada
em relações interpessoais, com destaque à colaboração e ao
trabalho em equipe.
23. Prática
De acordo com o que vimos. O processo de aprendizagem passa
por alguns estágios. Reflita na forma que você aprende e por
quais estágios você passa.
Método: Reflexão em grupo.
Tempo: 30 min
24. Capital Intelectual
Capital Intelectual é o conjunto de conhecimentos e informações
possuídos por uma pessoa ou instituição e colocado ativamente a
serviço da realização de objetivos econômicos. *
O capital intelectual da organização vive a margem da composição
do capital financeiro, ou seja, sem mensuração. Esse cenário está
mudando, mas ainda de acordo com alguns modelos de gestão
financeira, esse fator não é levado em consideração.
Importante: O capital intelectual deve fazer parte do capital da
organização da mesma forma que o capital financeiro.
26. Capital Intelectual
Os conceitos básicos relativos à medida e gestão do capital
intelectual estão relacionados a três aspectos:
● Contexto econômico – o crescimento é maior nas indústrias e nações voltadas à
criação, transformação e capitalização dos conhecimentos do que naquelas
ligadas à exploração e utilização dos recursos naturais em seus processos. O
conhecimento é um diferencial de competitividade.
● Contexto Contábil – a Contabilidade tradicional não está habilitada a medir
aspectos da empresa quanto à capacidade de dirigentes e pessoal, o valor das
informações, da capacidade tecnológica, potencial de mercado e investimentos
em pesquisa e desenvolvimento.
● Contexto Empresarial - a visão na gestão da empresa, a partir da atual era do
conhecimento em relação à era industrial, passa a ter o enfoque maior nas
pessoas e os valores que elas geram (ter comparativo no próximo slide).
27. Capital Intelectual
Aspecto
Estilo de Visão
Industrial Conhecimento
Percepção do pessoal Fator de produção e custos
Conhecimento como geração
de riquezas
Fluxo de produção Baseado sobre processos Baseado sobre idéias
Benefícios s/ inversões Tendência de baixa
Tendência de alta pela
criatividade
Base de poder Posição hierárquica Nível de conhecimento
Fluxo de informações Hierárquica
Redes funcionais e
operacionais
* Baum & Gonçalves (2001)
28. Capital Intelectual
O capital intelectual, pode ser definido de duas formas *:
● ativos intangíveis combinados que permitem a
companhia funcionar e manter uma vantagem
competitiva;
● a diferença entre o valor real de mercado da companhia
e o valor real de mercado dos ativos tangíveis menos
passivos da companhia.
* WERNKE, Rodney. Gestão de custos: Uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2001. 175p.
29. Capital Intelectual
Os fatores que geram o capital intelectual são:
● conhecimento, pelo funcionário, de sua importância para os objetivos da empresa;
● funcionário tratado como ativo raro;
● alocar a pessoa certa na função certa, considerando suas habilidades;
● oportunizar o desenvolvimento profissional e pessoal;
● identificação do know-how gerado pela pesquisa e desenvolvimento (P & D);
● avaliar o retorno sobre o investimento em P & D;
● definir uma estratégia proativa para tratar a propriedade intelectual;
● mensurar o valor de marcas;
● avaliar investimentos em canais de distribuição;
● avaliar a sinergia resultante de treinamento e os objetivos corporativos;
● prover infra-estrutura e adequado ambiente de trabalho;
● valorizar a opinião dos funcionários;
● oportunizar a participação dos funcionários na definição dos objetivos da empresa;
● estimular os funcionários para a inovação.
30. Capital Intelectual
Elementos do Capital Intelectual *
* PACHECO, V. Mensuração e divulgação do capital intelectual nas demonstrações contábeis:
teoria e empiria. 2005. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005.
31. Prática
De acordo com sua experiência, você percebe na sua ou em
outras organizações uma preocupação com o capital
intelectual ?
Método: Reflexão em grupo.
Tempo: 30 min
32. Reflexões
“Numa sociedade com base no conhecimento, por definição é
necessário que você seja estudante a vida toda.”
Tom Peters
"O treinamento tem sido, há décadas, a arma secreta da IBM. A
um certo ponto, Watson tinha uma assessoria de apenas uma
pessoa - um diretor de educação."
Tom Peters