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Uma abordagem acerca da Colônia Agrícola Nacional
                       de Goiás: A CANG

                                                                   Levi Júnio de Camargo
                           Graduando em Licenciatura Plena em Geografia pela UEG/UnU Itapuranga

             A CANG se originou no período da Marcha para o Oeste na década de 1940
no vale do São Patrício, mais um esforço concreto dos governos federal e estadual no
sentido de promover a conquista do oeste através da expansão da fronteira agrícola.
             Conforme Dayrell (1974, p.88) as Colônias Agrícolas Nacionais “foram
criadas para receber e fixar cidadãos brasileiros pobres, aptos à agricultura, dentre
aquele amplo programa de superação das carências do modelo brasileiro de
desenvolvimento.”
             Criada por decreto do ditador Getúlio Vargas, de 14 de fevereiro de 1941, a
CANG ficou sob orientação e administração da Divisão de terras e Colonização do
Ministério da Agricultura. Seu fundador e primeiro administrador foi o engenheiro
agrônomo Bernardo Sayão que mais tarde construiu uma rodovia federal ligando a
colônia ao terminal ferroviário de Anápolis.
             No período a economia brasileira estava voltada para o mercado interno,
exigia a expansão da fronteira agrícola no país. O avanço da fronteira agrícola foi
condicionado por fatores “extra-setoriais” e “extra-regionais”, tais como a implantação
e ampliação da infra-estrutura de transporte e o crescimento da urbanização e
industrialização do país. O crescimento e especialização da agropecuária em Goiás, a
partir das primeiras décadas do século, foi o resultado lógico do avanço da fronteira
agrícola do sudeste. A implantação de uma infra-estrutura de transportes, as mudanças
político-institucionais pós 1930, bem como a construção de duas capitais (Goiânia e
Brasília) em um intervalo de poucas décadas, serviram de base de sustentação para este
avanço da fronteira agrícola do Estado.
             O colono chegava e ocupava a terra devoluta na esperança de uma futura
legalização de sua posse, ou era assentado através do sistema de colônias oficiais ou
particulares, onde recebia uma gleba de terra como propriedade para trabalhar com a sua
família.
             Borges 1996, diz que de acordo com o decreto de fundação, o assentamento
teria as seguintes características principais: a área dos lotes deveria variar de 20 a 50
hectares; tais lotes seriam concedidos somente a pessoas reconhecidamente pobres; aos
colonos seriam dados, gratuitamente, ferramentas, instrumentos, casa etc.; a terra para o
cultivo era também gratuita: os beneficiários não seriam proprietários da gleba, mas
somente do que nela produzissem. A expedição definitiva de títulos de propriedades
dependeria da outorga do Presidente da República; até a expedição de título definitivo
de propriedade, o ocupante de lote não poderia vender, hipotecar, transferir, alugar etc.,
o lote, a casa e as benfeitorias. Durante o mesmo período ele estaria isento de impostos.
             A instalação da CANG se assentou a margem esquerda do Rio das Almas,
entre as confluências de seus tributários, Rio Verde, Córrego Grande e Rio São Patrício.
A mata era derivada de rochas intrusivas, tais como gabros, dioritos, etc. Corresponde a
solos excelentes, de argilas vermelhas friáveis, com grande quantidade de água, mesmo
durante a seca, o que leva a uma virtude da excelência de seu solo, pois, permite o
plantio de culturas esgotantes, como o milho, arroz, cana e café (Dayrell, 1974).
             O território Goiano obteve modernização a partir de 1930 que teve como
expressão espacial a regionalização do Mato Grosso Goiano, na atualidade centro
Goiano, impulsionado pela criação de Goiânia e da Colônia Agrícola Nacional de Goiás
– CANG. Grande período emblemático para a produção e transformação do quadro
territorial de Goiás. Conforme Chaveiro, Calaça e Rezende (2009), “para compreender a
relação das mudanças demográficas com as transformações territoriais é necessário
olhar Goiás em dois períodos: de 1930 até 1970 e outro a partir de 1970”. O primeiro é
chamado pelos autores de antecipação da modernização conservadora, e o segundo
(década de 1970), de limiar da modernização conservadora. E acrescentam:

                                  “O primeiro período refere ao Goiás das políticas
                                  expansionistas (Construção de Goiânia, Marcha para o Oeste,
                                  CANG, os Planos Rodoviários, etc.) que se delineia dos anos
                                  trinta até final de sessenta, do século XX. Esse período pode
                                  ser alcunhado de antecipação da modernização conservadora.
                                  Já o segundo período, principalmente após setenta, representa
                                  outro Goiás, amparado por uma infra-estrutura consolidada
                                  (rodovias, energia elétrica, comunicação) mas cindido
                                  (separação de Tocantins); um Goiás que sofre influência da
                                  construção de Brasília; um território com uma modernização
                                  conservadora que se articula à economia nacional e se prepara
                                  para, posteriormente, se aglutinar à economia internacional
                                  (CHAVEIRO, CALAÇA E REZENDE, 2009, p.18-19).”

            Para o governo, a Colônia Agrícola Nacional de Goiás tinha como
finalidade principal acelerar a conquista e a ocupação do oeste, através da expansão da
fronteira agrícola e da modernização da produção no campo.
            Mesmo com condições precárias, na década de 1950 a CANG já se
destacava na produção agrícola de Goiás conforme Dayrell (1974), até 1957 não havia
trator ou qualquer implemento agrícola, além da ausência de análise de solo, prevenção
de erosão, etc. Castilho afirma que a constituição da CANG, juntamente com a
ocupação do Mato Grosso Goiano, significou o primeiro período da modernização em
Goiás.
            Borges (2000) também afirma que a expansão da fronteira agrícola em
Goiás ocorreu em consonância com as transformações estruturais na economia do
Sudeste do país. Tratavam-se das políticas de expansão da fronteira, demográfica e
econômica que ocorreram nas décadas de 1930 e 1940, período revolucionário chamado
de “Marcha para o Oeste”, que teve como resultados imediatos a criação de Goiânia e
da CANG.
            A expansão da fronteira Agrícola em Goiás, como em quase todo o país,
envolveu simultaneamente ou sucessivamente duas modalidades de ocupação distintas:
uma de simples povoamento por posseiros ou ocupantes das novas áreas até então
vazias ou escassamente habitadas; outra de apropriação formas dessas áreas por
empreendimentos capitalistas, onde a terra e os diversos recursos naturais passaram a
ser controlados pelo capital.
            Antes do surgimento da CANG já havia ferrovia em Ipameri, Pires do Rio,
Vianópolis, Silvânia até chegar em Anápolis (1912 a 1935), que com o surto agrícola
provocado pela CANG se tornou o mais importante centro cerealista.
            A elite goiana percebeu a necessidade de infra-estrutura para a reprodução
de seus domínios, permitiu a construção de estradas que ligassem à ferrovia, de modo
que a expansão da produção avançasse por outras áreas do Estado.
            Conforme Deus (2002), a mecanização da produção deu impulso ao
processo de inserção de Goiás na economia nacional internacional.
            Com a chegada dos trilhos da estrada de ferro à cidade de Anápolis (1935) e
com a implantação da Colônia Agrícola Nacional de Goiás (1941), segundo Waibel,
“um novo tipo de povoado veio para Goiás: o pequeno lavrador que cultiva a terra que
ele próprio possui e vende produtos agrícolas para o mercado. Ele naturalmente se
interessou pelas terras com melhor solo, as florestas que os fazendeiros do gado tinham
menosprezado”.
             Com a chegada da CANG os serviços urbanos ganharam impulso nas
estradas, infra-estrutura, emancipação de municípios etc.
             Esse processo traz à paisagem o sentido de transição, isso por que, de
acordo com Santos (1998), a paisagem não é dada para todo o sempre, é objeto de
mudança, “é um conjunto de formas heterogêneas , de idades diferentes, pedaços e
tempos históricos representativos das diversas maneiras de produzir as coisas, de
construir o espaço”.
             Conforme dados dos censos demográficos, o estado de Goiás foi uma das
unidades da federação que mais recebeu imigrantes e o índice de crescimento
populacional, após 1920, foi superior à média nacional. Em 1946, a CANG contava com
uma população de aproximadamente oito mil pessoas, das quais cerca de 75% eram
mulatos ou negros.
             Até meados da década de 1940, a secretaria do conselho de Imigração e
Colonização havia aprovado 1485 lotes de cerca de 30 hectares. A área cultivada era de
mais ou menos 17.375 hectares, o que correspondia a um terço da área ocupada.
             A CANG proporcionou o planejamento da cidade de Ceres em uma
localidade de relevo irregular em um período curto. A CANG se posicionou as margens
esquerda do Rio das Almas, porque daquele lado o solo era fértil, sem mencionar a
abundância de água.
             O excesso de migrantes da CANG fez surgir outras cidades, e para o
surgimento destas ficam a mercê de respostas algumas perguntas, como: Por que
Bernardo Sayão não conteve esse excesso de migrantes? Será que essas novas cidades
surgiram porque os migrantes não concordavam com as leis que Bernardo Sayão
impunha? Ou será por que a realidade era diferente do que as propagandas mostravam?
             Conforme Silva (2002), a Colônia era o lugar de trabalho. Por lá não se
podia envolver com bebida alcoólica e muito menos com diversão noturnas. A
disciplina era muito parecida com o regime militar, onde a desobediência poderia
significar a perda do direito de residência. Portanto, por não contar com normas rígidas,
a Barranca, além de surgir como espaço marginal, se constitui num lugar de diversão.
Os prostíbulos, os bares, as pensões, os ambientes de diversão estavam todos no
povoado de Barranca, atualmente Município de Rialma. Portanto atravessar o rio
significa entrar “num outro mundo”.
Referências
BORGES, Barsanufo Gomides. A expansão da fronteira agrícola em Goiás.História
Revista,                    1996.                      Disponível         em:
http://www.revistas.ufg.br/index.php/historia/article/download/10932/7235
Acesso em 19/09/11.

CASTILHO, Denis. A dinâmica Socioespacial de Ceres/Rialma no Âmbito da
modernização de Goiás: território em movimento, paisagem em transição. Goiânia,
2009.            Tese           de          mestrado.         Disponível   em:
http://bdtd.ufg.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=634
Acesso em 19/09/11.

DAYRELL, E.G. Colônia Agrícola Nacional de Goiás: análise de uma política de
colonização. Dissertação de Mestrado (Instituto de Ciências Humanas e Letras da
UFG). Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 1974.

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A CANG e a expansão da fronteira agrícola em Goiás

  • 1. Uma abordagem acerca da Colônia Agrícola Nacional de Goiás: A CANG Levi Júnio de Camargo Graduando em Licenciatura Plena em Geografia pela UEG/UnU Itapuranga A CANG se originou no período da Marcha para o Oeste na década de 1940 no vale do São Patrício, mais um esforço concreto dos governos federal e estadual no sentido de promover a conquista do oeste através da expansão da fronteira agrícola. Conforme Dayrell (1974, p.88) as Colônias Agrícolas Nacionais “foram criadas para receber e fixar cidadãos brasileiros pobres, aptos à agricultura, dentre aquele amplo programa de superação das carências do modelo brasileiro de desenvolvimento.” Criada por decreto do ditador Getúlio Vargas, de 14 de fevereiro de 1941, a CANG ficou sob orientação e administração da Divisão de terras e Colonização do Ministério da Agricultura. Seu fundador e primeiro administrador foi o engenheiro agrônomo Bernardo Sayão que mais tarde construiu uma rodovia federal ligando a colônia ao terminal ferroviário de Anápolis. No período a economia brasileira estava voltada para o mercado interno, exigia a expansão da fronteira agrícola no país. O avanço da fronteira agrícola foi condicionado por fatores “extra-setoriais” e “extra-regionais”, tais como a implantação e ampliação da infra-estrutura de transporte e o crescimento da urbanização e industrialização do país. O crescimento e especialização da agropecuária em Goiás, a partir das primeiras décadas do século, foi o resultado lógico do avanço da fronteira agrícola do sudeste. A implantação de uma infra-estrutura de transportes, as mudanças político-institucionais pós 1930, bem como a construção de duas capitais (Goiânia e Brasília) em um intervalo de poucas décadas, serviram de base de sustentação para este avanço da fronteira agrícola do Estado. O colono chegava e ocupava a terra devoluta na esperança de uma futura legalização de sua posse, ou era assentado através do sistema de colônias oficiais ou particulares, onde recebia uma gleba de terra como propriedade para trabalhar com a sua família. Borges 1996, diz que de acordo com o decreto de fundação, o assentamento teria as seguintes características principais: a área dos lotes deveria variar de 20 a 50 hectares; tais lotes seriam concedidos somente a pessoas reconhecidamente pobres; aos colonos seriam dados, gratuitamente, ferramentas, instrumentos, casa etc.; a terra para o cultivo era também gratuita: os beneficiários não seriam proprietários da gleba, mas somente do que nela produzissem. A expedição definitiva de títulos de propriedades dependeria da outorga do Presidente da República; até a expedição de título definitivo de propriedade, o ocupante de lote não poderia vender, hipotecar, transferir, alugar etc., o lote, a casa e as benfeitorias. Durante o mesmo período ele estaria isento de impostos. A instalação da CANG se assentou a margem esquerda do Rio das Almas, entre as confluências de seus tributários, Rio Verde, Córrego Grande e Rio São Patrício. A mata era derivada de rochas intrusivas, tais como gabros, dioritos, etc. Corresponde a solos excelentes, de argilas vermelhas friáveis, com grande quantidade de água, mesmo durante a seca, o que leva a uma virtude da excelência de seu solo, pois, permite o plantio de culturas esgotantes, como o milho, arroz, cana e café (Dayrell, 1974). O território Goiano obteve modernização a partir de 1930 que teve como expressão espacial a regionalização do Mato Grosso Goiano, na atualidade centro Goiano, impulsionado pela criação de Goiânia e da Colônia Agrícola Nacional de Goiás
  • 2. – CANG. Grande período emblemático para a produção e transformação do quadro territorial de Goiás. Conforme Chaveiro, Calaça e Rezende (2009), “para compreender a relação das mudanças demográficas com as transformações territoriais é necessário olhar Goiás em dois períodos: de 1930 até 1970 e outro a partir de 1970”. O primeiro é chamado pelos autores de antecipação da modernização conservadora, e o segundo (década de 1970), de limiar da modernização conservadora. E acrescentam: “O primeiro período refere ao Goiás das políticas expansionistas (Construção de Goiânia, Marcha para o Oeste, CANG, os Planos Rodoviários, etc.) que se delineia dos anos trinta até final de sessenta, do século XX. Esse período pode ser alcunhado de antecipação da modernização conservadora. Já o segundo período, principalmente após setenta, representa outro Goiás, amparado por uma infra-estrutura consolidada (rodovias, energia elétrica, comunicação) mas cindido (separação de Tocantins); um Goiás que sofre influência da construção de Brasília; um território com uma modernização conservadora que se articula à economia nacional e se prepara para, posteriormente, se aglutinar à economia internacional (CHAVEIRO, CALAÇA E REZENDE, 2009, p.18-19).” Para o governo, a Colônia Agrícola Nacional de Goiás tinha como finalidade principal acelerar a conquista e a ocupação do oeste, através da expansão da fronteira agrícola e da modernização da produção no campo. Mesmo com condições precárias, na década de 1950 a CANG já se destacava na produção agrícola de Goiás conforme Dayrell (1974), até 1957 não havia trator ou qualquer implemento agrícola, além da ausência de análise de solo, prevenção de erosão, etc. Castilho afirma que a constituição da CANG, juntamente com a ocupação do Mato Grosso Goiano, significou o primeiro período da modernização em Goiás. Borges (2000) também afirma que a expansão da fronteira agrícola em Goiás ocorreu em consonância com as transformações estruturais na economia do Sudeste do país. Tratavam-se das políticas de expansão da fronteira, demográfica e econômica que ocorreram nas décadas de 1930 e 1940, período revolucionário chamado de “Marcha para o Oeste”, que teve como resultados imediatos a criação de Goiânia e da CANG. A expansão da fronteira Agrícola em Goiás, como em quase todo o país, envolveu simultaneamente ou sucessivamente duas modalidades de ocupação distintas: uma de simples povoamento por posseiros ou ocupantes das novas áreas até então vazias ou escassamente habitadas; outra de apropriação formas dessas áreas por empreendimentos capitalistas, onde a terra e os diversos recursos naturais passaram a ser controlados pelo capital. Antes do surgimento da CANG já havia ferrovia em Ipameri, Pires do Rio, Vianópolis, Silvânia até chegar em Anápolis (1912 a 1935), que com o surto agrícola provocado pela CANG se tornou o mais importante centro cerealista. A elite goiana percebeu a necessidade de infra-estrutura para a reprodução de seus domínios, permitiu a construção de estradas que ligassem à ferrovia, de modo que a expansão da produção avançasse por outras áreas do Estado. Conforme Deus (2002), a mecanização da produção deu impulso ao processo de inserção de Goiás na economia nacional internacional. Com a chegada dos trilhos da estrada de ferro à cidade de Anápolis (1935) e com a implantação da Colônia Agrícola Nacional de Goiás (1941), segundo Waibel,
  • 3. “um novo tipo de povoado veio para Goiás: o pequeno lavrador que cultiva a terra que ele próprio possui e vende produtos agrícolas para o mercado. Ele naturalmente se interessou pelas terras com melhor solo, as florestas que os fazendeiros do gado tinham menosprezado”. Com a chegada da CANG os serviços urbanos ganharam impulso nas estradas, infra-estrutura, emancipação de municípios etc. Esse processo traz à paisagem o sentido de transição, isso por que, de acordo com Santos (1998), a paisagem não é dada para todo o sempre, é objeto de mudança, “é um conjunto de formas heterogêneas , de idades diferentes, pedaços e tempos históricos representativos das diversas maneiras de produzir as coisas, de construir o espaço”. Conforme dados dos censos demográficos, o estado de Goiás foi uma das unidades da federação que mais recebeu imigrantes e o índice de crescimento populacional, após 1920, foi superior à média nacional. Em 1946, a CANG contava com uma população de aproximadamente oito mil pessoas, das quais cerca de 75% eram mulatos ou negros. Até meados da década de 1940, a secretaria do conselho de Imigração e Colonização havia aprovado 1485 lotes de cerca de 30 hectares. A área cultivada era de mais ou menos 17.375 hectares, o que correspondia a um terço da área ocupada. A CANG proporcionou o planejamento da cidade de Ceres em uma localidade de relevo irregular em um período curto. A CANG se posicionou as margens esquerda do Rio das Almas, porque daquele lado o solo era fértil, sem mencionar a abundância de água. O excesso de migrantes da CANG fez surgir outras cidades, e para o surgimento destas ficam a mercê de respostas algumas perguntas, como: Por que Bernardo Sayão não conteve esse excesso de migrantes? Será que essas novas cidades surgiram porque os migrantes não concordavam com as leis que Bernardo Sayão impunha? Ou será por que a realidade era diferente do que as propagandas mostravam? Conforme Silva (2002), a Colônia era o lugar de trabalho. Por lá não se podia envolver com bebida alcoólica e muito menos com diversão noturnas. A disciplina era muito parecida com o regime militar, onde a desobediência poderia significar a perda do direito de residência. Portanto, por não contar com normas rígidas, a Barranca, além de surgir como espaço marginal, se constitui num lugar de diversão. Os prostíbulos, os bares, as pensões, os ambientes de diversão estavam todos no povoado de Barranca, atualmente Município de Rialma. Portanto atravessar o rio significa entrar “num outro mundo”.
  • 4. Referências BORGES, Barsanufo Gomides. A expansão da fronteira agrícola em Goiás.História Revista, 1996. Disponível em: http://www.revistas.ufg.br/index.php/historia/article/download/10932/7235 Acesso em 19/09/11. CASTILHO, Denis. A dinâmica Socioespacial de Ceres/Rialma no Âmbito da modernização de Goiás: território em movimento, paisagem em transição. Goiânia, 2009. Tese de mestrado. Disponível em: http://bdtd.ufg.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=634 Acesso em 19/09/11. DAYRELL, E.G. Colônia Agrícola Nacional de Goiás: análise de uma política de colonização. Dissertação de Mestrado (Instituto de Ciências Humanas e Letras da UFG). Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 1974.