2. TRAUMA RAQUIMEDULAR
• Epidemiologia:
Incidência : de 32 a 52 casos/m
Nº casos/ano : 8.000
Sexo : preferencialmente masculino
Faixa etária : entre 15 e 40 anos
Custo : 300 milhões de dólares/ano
6. ABORDAGEM NO LOCAL DO
ACIDENTE
Diagnóstico de lesões e
prevenção de lesões
adicionais no transporte
Considerar a presença de
lesão da coluna verte-bral e a
manutenção da imobilização
até definição diagnóstica
7. Transporte da Vítima
Prancha longa (em
bloco)
Colar cervical +
apoios laterais
da cabeça
Virar a prancha ou
aspirar VAS se
vômitos
8. CRITÉRIOS PARA UTILIZAÇÃO
DO COLAR CERVICAL
•
•
•
•
•
•
•
Glasgow < 14 (?)
Lesão neurológica em vítima de trauma
Vítima projetada ou encarcerada
Atropelamento ou capotamento
Queda > 3m
Tentativa de enforcamento
Acidente de submersão
9. TRAUMA RAQUIMEDULAR
“Desde que a coluna do doente esteja devidamente
protegida, o exame vertebral e a exclusão de
traumas à coluna podem ser postergados sem riscos,
especialmente na presença de alguma instabilidade
sistêmica”
ATLS
10. AVALIAÇÃO CLÍNICA
Anamnese:
• dor na coluna
• perda de sensibilidade e/ou mobilidade em
membros.
• perda de consciência secundária ao trauma
Exame físico (ATLS )
• respiração abdominal
• priapismo (sem estímulo sexual)
• sinal de lesão na face ou pescoço
11. AVALIAÇÃO CLÍNICA
Exame neurológico :
Perda de resposta aos estímulos doloroso abaixo
da lesão
Incapacidade de realizar movimentos voluntários
voluntários nos membros
Alterações no controle de esfíncteres
Pesquisa do reflexo bulbo-cavernoso
Choque neurogênico:
queda de PA e bradicardia
16. AVALIAÇÃO DOS MIÓTOMOS
CHAVES
CLASSIFICAÇÃO GRAU DE FORÇA ( 0 a 5 pontos ):
GRAU 0- Sem tônus muscular
GRAU 1- Tônus presente
GRAU 2- Força motora não vence gravidade
GRAU 3- Força motora vence gravidade, mas não resistência
GRAU 4- Força motora vence resistência leve
GRAU 5- Força motora normal
17. NÍVEL NEUROLÓGICO
Nível da lesão neurológica
Refere-se ao segmento mais caudal da medula espinhal que
apresenta as funções sensitiva e motora completa em ambos os
lados.
Nível motor:
Refere-se ao segmento mais caudal da medula espinhal que
apresenta as função motora completa bilateral.
Nível sensitivo :
Refere-se ao segmento mais caudal da medula espinhal que
apresenta sensibilidade normal.
18. CLASSIFICAÇÃO DA LESÃO
Completas – perda sensitiva e
completa abaixo do nível da lesão.
motora
Incompletas – alguma função sensitiva ou
motora preservada distalmente à lesão
19. CLASSIFICAÇÃO ASIA
A – Lesão Medular Completa
B – Incompleta,Sensibilidade Presente e Motor ausente
C – Incompleta, Sensibilidade e Motor Presente (não útil)
D – Incompleta, Sensibilidade e Motor Presente (útil)
E - Neurológico Normal
21. LESÕES PRIMÁRIAS
• Ocorrem no momento da lesão, por
mecanismos de: contusão, compressão,
estiramento e laceração
• Energia Cinética inicial
• Lesão neuronal e vascular imediata
29. TRAUMA RAQUIMEDULAR
CORTICOTERAPIA- NASCIS III
• Iniciado até 8 horas após o trauma.
• Se iniciado em até 3 horas, manter por 24 h, se além
disto, manter por 48 h.
METILPREDNISOLONA: 30 mg/Kg na 1ª hora e 5,4
mg/Kg/Hora nas próximas 24 a 48 horas.
32. Síndromes Medulares
• Síndrome Medular Central
• Síndrome de Brown-Séquard
• Síndrome Medular Anterior
• Síndrome Medular Posterior
• Síndrome do Cone Medular
• Síndrome da Cauda Eqüina
• Síndrome Medular Mista
33. SÍNDROME MEDULAR CENTRAL
• Lesão mais comum
• Quadriparesia, pior nos MMSS
• Prognóstico bom em 50 a 60%
• Idoso com osteoartrose cervical
34. SÍNDROME DE BROWN-SÉQUARD
(Hemissecção medular)
•Déficit motor e da propriocepção ipsilateral à
lesão, e perda da sensibilidade térmica e
dolorosa contra-lateral.
• Bom prognóstico.
35. SÍNDROME MEDULAR ANTERIOR
• Lesões por hiperflexão.
• Perda motora completa e perda da discriminação à
dor e temperatura abaixo do nível de lesão.
• O prognóstico é bom se a recuperação for evidente
e progressiva nas primeiras 24 horas.
36. SÍNDROME MEDULAR POSTERIOR
• Envolve as colunas dorsais, perda da
sensibilidade vibratória e de propriocepção.
• Outras funções motoras e sensitivas estão
normais.
• Lesão rara, geralmente associada a traumas
em extensão.
37. SÍNDROME DO CONE MEDULAR
• Lesão do cone medular
• Arreflexia de bexiga, intestino e MMII
• Segmentos sacrais preservados
• Prognóstico variável
38. SÍNDROME DA CAUDA EQÜINA
• Lesão entre o cone medular e as raízes
lombosacras
• Arreflexia da bexiga, intestino e MMII
• Anestesia
em
bulbocavernoso
sela,
arreflexia
do
40. Intervenção Cirúrgica Precoce X
Tardia
A cirurgia precoce ( < 72 horas)
-diminui incidência de complicações pulmonares
- maior chance de recuperação neurológica ?
Todd J. A. Kim D. Timing of surgical stabilization after cervical and
thoracic trauma J Neurosurg Spine 3:182–190, 2005
41. TRAUMA RAQUIMEDULAR
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Redução de fraturas e luxações
Descompressão Medular
Estabilização
Mobilização precoce
Cuidados de enfermagem
Evita complicações respiratórias
Reabilitação