2. Tópicos Métodos quantitativos Propósitos Características Instrumentos: a realização de levantamentos e o papel das variáveis A elaboração de questionários Tratamento dos dados Apresentação dos resultados
4. Técnicas qualitativas, quantitativas e de métodos mistos CRESWELL, John W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2.ed. Port Alegre: Artmed, 2007. p. 36
5. Suposições filosóficas Alegações de conhecimento significa que os pesquisadores começam um projeto com determinadas suposições sobre como vão aprender e o que vão aprender durante a investigação Construtivismo: *significados múltiplos do participante *construção social e histórica *geração de teoria Pós-positivismo: *determinação *reducionismo *observação empírica e mensuração *verificação da teoria Pragmatismo: *consequência das ações *centrado no problema *pluralista *orientada para prática no mundo real CRESWELL, John W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2.ed. Port Alegre: Artmed, 2007. p. 36
7. Propósitos Testar ou verificar teorias ou explicações Reduzir o estudo à análise de variáveis e questões específicas Quanti Adaptado de: CRESWELL, John W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2.ed. Port Alegre: Artmed, 2007.
8. Características (1) Requisitos: usar padrões de validade e confiabilidade observar e mensurar informações numericamente empregar procedimentos estatísticos Instrumentos: questões que resultam em respostas facilmente codificáveis técnicas predeterminadas dados numéricos Quanti Adaptado de: CRESWELL, John W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2.ed. Port Alegre: Artmed, 2007.
9. Características (2) Estratégias de investigação: levantamentos experimentos Quanti Adaptado de: CRESWELL, John W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2.ed. Port Alegre: Artmed, 2007.
11. Dados quantitativos obtidos a partir de questionários (levantamento ou survey) “Um projeto de levantamento dá uma descrição quantitativa ou numérica de tendências, atitudes ou opiniões de uma população ao estudar uma amostra dela. A partir dos resultados da amostragem, o pesquisador generaliza ou faz alegações acerca da população.” CRESWELL, John W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2.ed. Port Alegre: Artmed, 2007. p. 161-162
12. Operacionalização da pesquisa Os aspectos que o pesquisador pretende investigar são operacionalizados em um estudo quantitativo em termos de variáveis a serem observadas Quanti
13. O que são as variáveis em um estudo? Uma variável é simplesmente algo que pode variar, isto é, pode assumir valores ou categorias diferentes Valor – Idade: 23 Categoria – Gênero: Feminino Quanti
14. Por que as variáveis nos interessam? Porque queremos entender o motivo das variações observadas nos fenômenos que estudamos. Para que a variação seja compreendida, precisamos medir e registrar as alterações verificadas em uma dada situação. Quanti DANCEY, Christine P.; REIDY, John. Estatística sem matemática para psicologia : usando SPSS para Windows. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
15. A posição das variáveis em um modelo explicativo (1) Por intermédio de um questionário, por exemplo, pode-se explorar o relacionamento entre as variáveis que as perguntas representam. Quanti May, Tim. Pesquisa social : questões, métodos e processos. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. p .134
16. A posição das variáveis em um modelo explicativo (2) Em que medida uma variável é influenciada por outra? As variáveis são descritas como dependentes e independentes A variável dependente é “explicada” por referência pela variável independente Exemplo: Qual a relação entre o nível de satisfação do usuário com acervo e sua área de pesquisa? Quanti May, Tim. Pesquisa social : questões, métodos e processos. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. p .134
17. Tipos de variáveis Quanti Barbetta, Pedro Alberto. Estatística aplicada às ciências sociais. 3. ed. rev. Florianópolis: Editora da UFSC, 1999.
18. O papel das variáveis para a formulação das questões em pesquisas quantitativas O uso das variáveis em questões de pesquisa é geralmente limitado a três métodos básicos (1): Descrever respostas às variáveis independentes ou dependentes Qual a idade dos respondentes? Qual o nível de satisfação do usuário em relação ao acervo de livros? Variável independente Variável dependente CRESWELL, John W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2.ed. Port Alegre: Artmed, 2007. p. 162
19. O papel das variáveis para a formulação das questões em pesquisas quantitativas O uso das variáveis em questões de pesquisa é geralmente limitado a três métodos básicos (2): Relacionar uma ou mais variáveis independentes a uma variável dependente Qual é o nível de satisfação dos alunos de pós-graduação que atual na área de divulgação científica em relação ao acervo de livros? Comparar grupos em uma variável independente para verificar seu impacto em um variável dependente Quais são as categorias de usuários (alunos de graduação, pós e professores) que possuem maior nível de satisfação em relação ao acervo de livros? Variáveis independentes Variável dependente CRESWELL, John W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2.ed. Port Alegre: Artmed, 2007. p. 162
20. A medição das variáveis As variáveis independentes e dependentes devem ser medidas separadamente. Quanti CRESWELL, John W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2.ed. Port Alegre: Artmed, 2007. p. 162
22. Componentes do questionário Identificação do respondente Solicitação de cooperação Instruções Informações solicitadas Informações de classificação do respondente Quanti STUMPF, Ida. Instrumentos de coleta de dados.
23. Passos para elaboração de um questionário (1) Estabelecer uma ligação com: problema e os objetivos da pesquisa; as hipóteses da pesquisa; a população a ser pesquisada; os métodos de análise de dados escolhidos e/ou disponíveis. STUMPF, Ida. Instrumentos de coleta de dados.
24. Passos para elaboração de um questionário (2) Tomar as decisões referentes aos seguintes pontos da pesquisa: conteúdo das perguntas; formulação das perguntas; seqüência das perguntas; apresentação e lay-out; pré-teste. STUMPF, Ida. Instrumentos de coleta de dados.
25. Conteúdo das perguntas Quanti Questões: A pergunta é realmente necessária? Qual sua utilidade? Os respondentes têm o conhecimento necessário para responder à pergunta? Cuidados: Evitar perguntas demasiadamente gerais Evitar questões hipotéticas Ter cautela ao utilizar perguntas pessoais May, Tim. Pesquisa social : questões, métodos e processos. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. p .130-131 STUMPF, Ida. Instrumentos de coleta de dados.
26. Formulação das perguntas Utilizar linguagem simples para facilitar a compreensão da pergunta Evitar ambigüidade: palavras que sugiram duplo significado ou frases com duplas negativas Elimine palavras vagas Quanti May, Tim. Pesquisa social : questões, métodos e processos. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. p .130-131
27. Seqüência das perguntas Quanti Colocar no final as questões de fato, quando o respondente já estiver mais seguro em relação à pesquisa Partir das: perguntas gerais para chegar às específicas perguntas fáceis para chegar às difíceis As perguntas relativas ao mesmo tem devem aparecer separadas para evitar o efeito de contágio LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, M. de A. Técnicas de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
28. Tipos de questões Abertas Fechadas: De múltipla escolha Dicotômicas De escala de opinião Quanti
29. Questões abertas Exemplo: Você gosta de frequentar a Biblioteca? Por que? Os respondentes ficam livres para responderem com suas próprias palavras, sem se limitarem a escolha entre um rol de alternativas. São, normalmente, utilizadas no começo do questionário. Quanti STUMPF, Ida. Instrumentos de coleta de dados.
30. Questões abertas Quanti Vantagens Desvantagens Estimulam a cooperação; Permitem avaliar melhor as atitudes para análise das questões estruturadas; São muito úteis como primeira questão de um determinado tema porque deixam respondente mais à vontade para a entrevista a ser feita; Cobrem pontos além das questões fechadas; Têm menor poder de influência nos respondentes do que as perguntas com alternativas previamente estabelecidas: Exigem menor tempo de elaboração; Proporcionam comentários, explicações e esclarecimentos significativos para se interpretar e analisar as perguntas com respostas fechadas; Evita-se o perigo existente no caso das questões fechadas, do pesquisador deixar de relacionar alguma alternativa significativa no rol de opções. Dão margem à parcialidade do entrevistador na compilação das respostas, já que não há um padrão claro de respostas possíveis. Assim, é difícil a codificação das respostas e sua conseqüente compilação; Há grande dificuldade para codificação e possibilidade de interpretação subjetiva de cada decodificador; Quando aplicadas em forma de entrevistas, podem levar potencialmente a grandes viéses dos entrevistadores; Quando feitas através de questionários auto-preenchidos, esbarram com as dificuldades de redação da maioria das pessoas, e mesmo com a "preguiça" de escrever. São menos objetivas, já que o respondente pode divagar e até mesmo fugir do assunto; São mais onerosas e mais demoradas para serem analisadas que os outros tipos de questões. STUMPF, Ida. Instrumentos de coleta de dados.
31. Questões fechadas:Múltipla escolha Exemplo: Quais são os serviços da biblioteca que você mais utiliza? ( ) Empréstimo domiciliar ( ) Consulta local de materiais ( ) Acesso à Internet Outro. Qual? ______ Os respondentes optarão por uma das alternativas, ou por determinado número permitido de opções. Quanti STUMPF, Ida. Instrumentos de coleta de dados.
32. Questões fechadas:Múltipla escolha Vantagens Facilidade de aplicação, processo e análise; Facilidade e rapidez no ato de responder; Apresentam pouca possibilidade de erros; Diferentemente das dicotômicas, trabalham com diversas alternativas. Desvantagens Exigem muito cuidado e tempo de preparação para garantir que todas as opções de respostas sejam oferecidas; Se alguma alternativa importante não foi previamente incluída, fortes viéses podem ocorrer, mesmo quando esteja sendo oferecida a alternativa "Outros. Quais?"; O respondente pode ser influenciado pelas alternativas apresentadas. Quanti STUMPF, Ida. Instrumentos de coleta de dados.
33. Questões fechadas:Dicotômica Você está satisfeito com os serviços da Biblioteca? ( ) Sim ( )Não São as que apresentam apenas duas opções de respostas, de caráter bipolar, do tipo: sim/não; concordo/não concordo; gosto/não gosto. Quanti STUMPF, Ida. Instrumentos de coleta de dados.
34. Questões fechadas:Dicotômica Vantagens Rapidez e facilidade de aplicação, processo e análise; Facilidade e rapidez no ato de responder; Menor risco de parcialidade do entrevistador; Apresentam pouca possibilidade de erros; São altamente objetivas. Desvantagens Polarização de respostas e/ou possibilidade de forçar respostas em relação a um leque de opiniões; Podem levar a erros de medição, se o tema foi tratado de forma dicotômica, quando na verdade apresenta várias alternativas, por exemplo, entre a concordância total e discordância total; Dependendo de como a pergunta é feita, questões com respostas dicotômicas são fortemente passíveis de erros sistemáticos. Quanti STUMPF, Ida. Instrumentos de coleta de dados.
35. Questões fechadas:Escalas de atitudes Quanti Exemplo: Vocês considera que o acervo de livros é: (0) Não tenho opinião (1) Muito inadequado (2) Inadequado (3) Regular (4) Adequado (5) Muito adequado Conjunto de enunciados que o pesquisador elaborou e sobre o qual o respondente é solicitado a concordar segundo respostas pré-codificadas A escala de atitudes mais conhecida é a de Likert, segundo a qual as respostas das pessoas são colocadas em um contínuo de atitudes. May, Tim. Pesquisa social : questões, métodos e processos. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. p .130-131
36. Lista de verificação das questões para elaborar um projeto de pesquisa de levantamento CRESWELL, John W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2.ed. Port Alegre: Artmed, 2007. p. 162
37. Tratamento dos dados coletados com uso do Excel Antes de executar qualquer análise, você precisa tratar os dados coletados. O Excel é um dos programas que podem auxiliar na realização desta tarefa
38.
39. Formas de apresentação de um dado Para a elaboração de tabelas, quadros e gráficos, conta-se com inúmeros recursos de informática que podem facilitar a apresentação dos dados para o leitor do trabalho Um mesmo dado tem inúmeras formas de apresentação
40. Tabelas É a forma não discursiva de apresentação de informações, representadas por dados numéricos e codificações, dispostos em uma ordem determinada, segundo as variáveis analisadas de um fenômeno. Ex.: Tabela 1 - Número e proporção de docentes dos Programas de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Capes*, segundo faixa etária, Brasil, 2002. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Faculdade de Saúde Pública. Biblioteca. Guia de apresentação de teses. Disponível em: <http://www.bvs-sp.fsp.usp.br:8080/html/pt/paginas/guia/home.htm>.
41. Recomenda-se que a tabela seja suficientemente completa para ser entendida, dispensando consulta ao texto; contenha somente os dados necessários ao seu entendimento; seja estruturada da forma mais simples e objetiva; inclua os dados logicamente ordenados; apresente dados, unidades e símbolos consistentes com o texto. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Faculdade de Saúde Pública. Biblioteca. Guia de apresentação de teses. Disponível em: <http://www.bvs-sp.fsp.usp.br:8080/html/pt/paginas/guia/home.htm>.
42. A tabela e o quadro são tipos de ilustações diferentes por sua função e forma!
43. Quadros Ex.: Os quadros são definidos como arranjo predominante de palavras dispostas em linhas e colunas, com ou sem indicação de dados numéricos. Diferenciam-se das tabelas por apresentarem um teor esquemático e descritivo, e não estatístico. A apresentação dos quadros é semelhante à das tabelas, exceto pela colocação dos traços verticais em suas laterais e na separação das casas. Quadro 10- Principais bases de dados bibliográficas de interesse para a área de saúde pública disponíveis para acesso na Biblioteca da Faculdade de Saúde Pública da USP, em 2002 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Faculdade de Saúde Pública. Biblioteca. Guia de apresentação de teses. Disponível em: <http://www.bvs-sp.fsp.usp.br:8080/html/pt/paginas/guia/home.htm>.
44. Gráficos Ex.: Os gráficos representam dinamicamente os dados das tabelas, sendo mais eficientes na sinalização de tendências. Deve-se optar por uma forma ou outra de representação dos dados, isto é, não utilizar tabela e gráfico para uma mesma informação. O gráfico bem construído pode substituir de forma simples, rápida e atraente, dados de difícil compreensão na forma tabular. Figura 9 - Distribuição dos registros da produção brasileira em saúde pública da base de dados LILACS-SP Brasil, por ano de publicação UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Faculdade de Saúde Pública. Biblioteca. Guia de apresentação de teses. Disponível em: <http://www.bvs-sp.fsp.usp.br:8080/html/pt/paginas/guia/home.htm>.
45. Exercício de análise de dados http://www.scimagojr.com/countrysearch.php?country=BR
46. Análise de dados quantitativos (1) Dê informações sobre o número de membros da amostra que retornaram e não retornaram o questionário Tabelas com números e percentuais Discuta os possíveis vieses das respostas Se os não respondentes tivessem retornado, as respostas deles teriam mudado substancialmente os resultados gerais da pesquisa? CRESWELL, John W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2.ed. Port Alegre: Artmed, 2007. p. 167
47. Análise de dados quantitativos (2) Realize uma análise descritiva dos dados obtidos para todas as variáveis envolvidas no estudo Elabore um plano para realização de cruzamentos entre as variáveis Identifique qual é o melhor programa de computador para realização do tratamento dos dados CRESWELL, John W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2.ed. Port Alegre: Artmed, 2007. p. 168