1. GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO E CULTURA
DIRETORIA REGIONAL DE ENSINO DE ARRAIAS
ESCOLA ESTADUAL BRIGADEIRO FELIPE
PROJETO
TEMA: Disciplina, Sexualidade e Droga no Ensino Fundamental.
TÍTULO: Corpo e Mente em prol da vida: Uma adaptação Curricular.
AUTOR: Leonor dos Santos Rodrigues
CLIENTELA: Professores, alunos, pais, funcionários e apoio pedagógico.
ÓRGÃO PROPONENTE: Escola Estadual Brigadeiro Felipe
EQUIPE RESPONSÁVEL:
• Equipe Gestora
• Professores
• Representantes de alunos
PARCERIAS E VOLUNTARIOS
• Diretoria Regional de Ensino
• Secretaria Municipal
• Conselho Tutelar
• Polícia Militar
• Voluntários Cadastrados
• Comissão de pais
“Não há vivência da cidadania plena se as atitudes não forem
compreensivas e consideradas com respeito”.
2. OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
• Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança e do adolescente
resgatando valores (respeito mútuo, amor próprio, solidariedade, humildade...)
através da reflexão e do aprofundamento de questões da sexualidade,
indisciplina e drogas, propondo aos educadores rever e ampliar conceitos e
condutas ao lidar com esses temas na escola.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Incorporar o tema Sexualidade, Droga e Disciplina no cotidiano do Currículo
Escolar.
• Criar mecanismo para incorporação de metodologias participativas que
possibilitem a construção do ensino-aprendizagem mais compreensivo para
relações interpessoais mais harmoniosas.
• Organizar o dia “D” da Sexualidade, Anti-Drogas e Disciplina com evento de
socialização dos trabalhos realizados na escola.
• Desenvolver capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição do
conhecimento, habilidades e a formação de hábitos, atitudes e valores.
• Desenvolver a autoconfiança e o senso crítico de maneira responsável e
construtiva de modo a selecionar procedimentos, verificando a sua adequação;
• Criar hábitos de ler o mundo na sua essência para aprender a se comunicar, a
expressar e defender pontos de vista, construindo visões de mundo e
produzindo conhecimentos.
• Despertar o interesse dos alunos, educadores e familiares na busca de ações
coletivas preventivas contra o uso de estimulante e exploração inadequada da
sexualidade.
• Estudar o ECA e a Portaria 05, em parceria com o Conselho Tutelar, como
instrumento de superação da violência no âmbito educacional
• Melhorar os níveis de auto-estima com aquisição de hábitos escolares e sociais
para a minimização dos fatores de risco e vulnerabilidade frente aos fenômenos
e problemas da sociedade contemporânea como a violência, uso indevido de
drogas, gravidez precoce e outros temas que constituem adversidades no
universo da adolescência atual.
3. • Promover atitudes para melhorar a convivência dentro da escola, procurando
adaptá-las ao novo perfil apresentado pelos jovens de hoje.
METAS
1. Adotar Adaptação Curricular no que se refere aos temas citados e como eixo
metodológico, a ênfase na interdisciplinaridade, contextualização e valores.
2. Minimizar a violência, indisciplina e desrespeito à sexualidade no recinto
escolar.
3. Melhorar a convivência do aluno com o aluno, com professores, funcionários e
Direção, diminuindo a agressividade.
4. JUSTIFICATIVA
Os últimos 30 anos foram marcados com o final da censura que possibilitou um
acentuado de imagens, reportagens, músicas, situações sobre sexualidade humana e uso
indevido de drogas com grande impacto na infância e juventude. A criança de hoje sabe que
para se tornar adulto, a sociedade espera deles, algumas posturas como transar, beber, dirigir, ter
dinheiro e etc. Todo esse universo na mídia acaba por erotizar o comportamento infantil, mais
do que suas mentes. As crianças imitam a obscenidade, simulam a malícia adulta, verbalizam e
gesticulam palavrões sem muitas vezes entenderem o que estão fazendo.
As bebidas alcoólicas têm sido usadas desde o início da civilização humana, constando
da história dos mais variados povos na crença de que o álcool era o remédio para todos os
males. Hoje, sabe-se que o uso terapêutico do álcool é muito reduzido, enquanto que seu uso
social é imenso, inclusive no contexto de nossos alunos.
Alcoolismo é uma síndrome da dependência (conjunto de sintomas) conseqüente ao uso
excessivo e prolongado do etanol, caracterizada por evolução típica e seqüelas específicas,
sendo considerada pela ONU como a doença de maior extensão no território.
Além disso, nos últimos séculos, as sociedades ocidentais vêm difundindo seus valores
pelo mundo, num processo que se chama globalização. Isso tem modificado bastante os antigos
controles comunitários sobre a vida dos indivíduos e, conseqüentemente, a maneira como eles
concebem suas relações com o espaço, o tempo e a produção, levando-os a buscar o
preenchimento de vazios existenciais, por meio de ações indevidas, como o uso de drogas, o não
respeito à sexualidade e conseqüentemente a indisciplina.
É responsabilidade de qualquer sistema escolar promover a educação integral dos
educandos. Crianças e adolescentes precisam ser submetidos a momentos de reflexão séria
sobre aonde seus comportamentos poderão levá-los e que tipo de cidadão eles esperam ser.
Tendo como referencial a rede teórica apresentada justifica-se a elaboração e
implementação do presente projeto nessa escola, denominado pela necessidade de ações que
possibilite ao jovem construir novos significados na educação, como processo indispensável
para a sua formação como pessoa.
A missão da Escola Brigadeiro Felipe é atuar efetivamente para o desenvolvimento
global das crianças, para formação do aluno crítico, capaz de perceber a realidade que o cerca,
modificando-a mediante construção de experiências coerentes com os valores coletivos.
Para exercer este papel, a escola enquanto espaço de construção da cidadania, precisa
ser dinâmica, eficiente e mais atenta às necessidades do aluno, devendo garantir uma educação
que possibilite fatores de proteção e minimização de risco. Deve fazer sistematicamente o
trabalho de educação, desde as séries iniciais, atentar para as brincadeiras e danças eróticas que
só tendem a banalizar o ser como objeto sexual e expor as crianças tornando-as vulneráveis a
situações de abuso e violência.
5. Espera se que crianças e jovens tenham informações que possibilitem compreender as
manifestações de sua sexualidade, a pensar na responsabilidade da prática sexual, no uso
indevido de droga, seus desejos e prazer de uma forma tranqüila e responsável, pois a
compreensão de si e da natureza humana é fundamental para tomada de decisões acertadas.
É preciso compreender também que numa sociedade plural a diversidade de valores e
crenças é um direito de cada cidadão. Os estereótipos sexuais são construções sociais e
expressões de atitudes discriminatórias e intolerantes. Devem ser revista e evitadas todas as
formas de preconceitos entre as pessoas entendendo que todos têm valor e dignidade e que os
valores sexuais e estilos de vida mudam de pessoa para pessoa.
O trabalho com educação sexual, prevenção de drogas e cidadania devem começar antes
mesmo da puberdade: conversar sobre menstruação, gravidez, ato sexual, expressão de afeto,
limites, democracia, vícios e respeito ao outro.
Assim se faz necessário questionamentos e debates que ajudem a encontrar soluções
que atenuem ou erradiquem as causas desses problemas.
Neste sentido, incorpora-se o conceito de Protagonismo Juvenil, expresso na sua
amplitude como “um tipo de ação de intervenção no contexto social para responder a
problemas reais onde o jovem é sempre o ator principal como fonte de iniciativa e de
compromissos, que é responsabilidade.” Constitui uma forma de educação para a cidadania,
onde o jovem ocupa uma posição de centralidade.
A maior preocupação é desenvolver um processo educativo centrado no aluno e na sua
realidade pessoal e contextual que se efetive como tarefa contínua, onde professores, auxiliares,
pais e alunos participem, não só de execuções, mas principalmente de decisões, planejamentos,
acompanhamentos, controle e avaliações das ações propostas.
DIAGNÓSTICO
A Escola Estadual Brigadeiro Felipe atende a uma clientela do 1º ao 9º ano do Ensino
Fundamental, bastante diversificada em termos dos aspectos sociais, econômicos e culturais. Os
alunos são oriundos de famílias residentes nas quadras vizinhas à escola, mas atende um número
razoável de alunos residentes na zona rural e na zona periférica da cidade, dificultando de certa
forma a participação dos mesmos e da família em determinados projetos.
O nível e as condições sócio-econômicas das famílias são considerados médio baixo,
tendo em vista a informalidade das atividades econômicas.
Os alunos são oriundos de famílias que professam as mais variadas religiões, com
predominância da católica.
Há na escola focos de violência, postura de indisciplina e tendência ao alcoolismo e
tabagismo, uma vez que a maioria dos alunos convive em ambiente extremamente fértil a esses
vícios.
6. A equipe escolar é comprometida com o resultado de desempenho dos alunos, não
medindo esforços para o bom atendimento ou inovações pedagógicos que venham melhorar o
ensino aprendizagem. O trabalho pedagógico tem como indicador de qualidade os gráficos de
desempenho mensal e bimestral dos alunos, pautando neles a revisão de estratégias traçadas e
planejamento semanal das aulas.
Todo o processo educativo da Escola é embasado no cultivo de valores ético morais que
são alicerce para a vida inteira. Procuramos vivenciar valores como: a responsabilidade, o amor,
a amizade, a cooperação, o respeito, a honestidade, a paz e tendo como base a família
participativa que acompanha seu filho.
“Educar é caminhar para a totalidade; é incorporar as diferenças e
saber conviver com as contradições”.
METODOLOGIAS
1. Desempenho dos professores de forma interdisciplinar utilizando:
7. • Pesquisas;
• Seminários;
• Redações;
• Palestras nas salas;
• Confecção de cartazes;
• Mural informativo;
• Filmes;
• Poesias
• Debates como auxílio na fixação dos assuntos e conteúdos abordados estimulando
opiniões;
• Entrevistas;
• Dramatizações.
2. Protagonismo Juvenil - Neste projeto considera-se a participação dos alunos no
planejamento, na execução, na avaliação e na apropriação dos resultados da ação.
3. Organização de evento para:
• Socialização de atividades desenvolvidas em sala de aula;
• Depoimentos de pessoas experiências com os temas abordados.
• Palestras especiais com os temas a respeito de ações preventivas;
• Envolvimento de pessoas com experiência religiosa para mostrar a visão espírito
cristã, que seja estudioso da causa e que estimule o debate de propostas;
4. Envolvimento da comunidade em forma de parceria e voluntariado.
5. Ciclo de estudo entre professores e apoio pedagógico sobre os temas.
6. Produções de Vídeo pelos alunos.
O Vídeo é um espaço democrático, em que crianças e jovens de diferentes origens têm a
oportunidade de se encontrar e mostrar o que pensam e produzem. O processo de criação do
vídeo é importante para a construção do pensamento. O objetivo é trabalhar a auto-estima, é
estimular os jovens a se expressar, a mostrar seu ponto de vista de uma forma evolutiva com a
utilização da ferramenta audiovisual.
Pesquisa de depoimentos colhidos em várias fontes, preservando a identidade do
usuário, se for preciso.
8. DESENVOLVIMENTO
• 1º MOMENTO: Cada professor ficará responsável por uma classe. Cada classe
trabalhará com valores diferentes, tendo a Família, a Escola, voluntários, a igreja e
comissão de pais distribuídos como responsável por turmas. Os professores
levantam o tema e grupo de valores que devem ser escolhidos pela turma para
serem trabalhados como: Disciplina (amizade, respeito, honestidade, cooperação,
fraternidade, solidariedade, liberdade, liderança, igualdade, amor, perseverança,
justiça, crença, obediência, paz, bondade, felicidade); Sexualidade
(responsabilidade, dignidade, equilíbrio, consciência, confiança, família, igreja,
sociedade, escola; Droga (responsabilidade, otimismo, esperança, crença, amor à
vida, felicidade, consciência, dignidade, paz, família, vida, fé, equilíbrio).Desse
modo, cada classe terá um tema com seu grupo de palavras (que pode ser
acrescentado) para ser desenvolvido pelo professor orientador da classe com seus
colaboradores. Entretanto, antes de aplicar a atividade, todos os professores da
Escola devem pesquisar e planejar para se sentirem mais seguros na sua aplicação.
Essa etapa é fundamental porque alguns professores “ainda” apresentam grande
dificuldade em desenvolver atividades "fora do conteúdo de sua disciplina".
• 2º MOMENTO: Escolha de um texto para reflexão dos alunos. Para os alunos de
1º ao 5º ano seriam usadas fábulas como, "Por favor", "Alguém está vendo você",
"O Menino que Mentia" e outras (Livro das Virtudes Infantis).
• 3º MOMENTO: sensibilização da turma sobre o tema a ser trabalhado:
1. Colocar os alunos um grande círculo na sala de aula
2. Usar uma técnica de relaxamento (com música apropriada).
3. Fazer a leitura e reflexão do texto:
4. Aplicar na lousa a técnica "chuva de idéias" com o tema da classe, que será colocada no
centro do papel pardo. E as "idéias" de como será trabalhado o tema durante o bimestre
deverão ser escritas ao redor da palavra.
5. Refletir com os alunos sobre o tema: Só o resgate de valores poderá melhorar a
convivência na Escola e na Família (voltada para o tema da turma).
7. Cada classe montará uma frase coletiva, na lousa, antes de passar para o papel.
8. Os trabalhos serão expostos nos corredores das salas de aula ou em painel, pré-
organizado, com o tema "Assim é o mundo que desejo construir".
9. • 4º MOMENTO: Repasse do plano de trabalho da classe para o coordenador e
equipe escolar que irão apoiar o trabalho de cada turma. Entretanto, todos devem
obedecer ao cronograma pré-estabelecido pela turma.
• 5º MOMENTO: Final do ano/2007 - Avaliação do Projeto:
1. Como foi à participação dos alunos durante as atividades e ao término delas?
2. Houve melhoria dos pontos levantados (situação-problema) no início deste projeto?
3. Os coordenadores conseguiram motivar e apoiar o professor para a realização do
trabalho na utilização de novas metodologias?
4. Observou-se a participação, o interesse, a criatividade e a satisfação dos alunos?
5. O professor ouviu e orientou a classe para que chegassem aos objetivos propostos?
10. AVALIAÇÃO
A sistemática e registro do desempenho escolar dos alunos ultrapassam os limites
quantitativos e, portanto, deve observar quatro dimensões: diagnóstico, processual/contínuo,
cumulativo, participativo e interdisciplinar, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
fatores quantitativos do desempenho do aluno.
Que a Avaliação:
a) Seja um instrumento capaz de levar a repensar e a retomar o ensino e a aprendizagem,
apontando suas diretrizes;
b) Não seja apenas a verificação de conhecimento, mas seja vista como condutora do
processo educativo, algo a ser permanentemente construído;
c) Envolva conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais relativos ao processo de
ensino-aprendizagem;
d) Que a natureza processual da aprendizagem esteja refletida na avaliação;
e) Que a participação e o empenho do aluno nas atividades sejam valorizados.
A avaliação da operacionalização do Projeto será efetivada mediante a observação
direta da participação dos envolvidos, bem como o alcance das metas quantitativas e
qualitativas estabelecidas, com revisão de periodicidade semestral.
“Não há fórmula pronta para acabar com os problemas na Escola,
porém, Valorizar o Ser Humano que lá estuda ou trabalha, pode ser
um começo. Aumentar sua auto-estima com certeza é a solução
para melhorar a convivência escolar”.
LINHAS DE AÇÃO
11. NÍVEL INTERDISCIPLINAR
Responsável Ativo – o professor
DISCIPLINAS
INGLÊS (Composição na forma de
comédia, drama sobre o tema.)
CIÊNCIAS (CONTEÚDO SOBRE
DROGAS, GRAVIDEZ, DST...)
RELIGIÃO (CONTEÚDO SOBRE
ÉTICA, POSTURA, RESPEITO...)
PORTUGUÊS (“LEITURA ,
REDAÇÃO, SOBRE OS TEMAS”
MATEMÁTICA (“PERIGOS DA ARTES (“CARTAZES/ELAB. DAS
DEPENDÊNCIA QUÍMICA, GRÁFICOS, FRASES, TEATRO”)
TABELAS”)
GEOGRAFIA(“FLUXO MATERIAL
DE DROGAS ... GLOBALIZAÇÃO,
HISTÓRIA (“Origem das drogas...
sexualidade”)
Evolução e sexualidade”)
EDUCAÇÃO FÍSICA (“ginástica
laborial”)
AVALIAÇÃO
12. Ações Responsável Situação da ação
1 - Planejamento Participativo mensal para definição do
trabalho pedagógico e troca de experiências entre todos os
professores para assegurar a integração dos conteúdos nas
diferentes áreas do conhecimento.
2- Entrosamento mensal entre os professores que trabalham na
primeira e segunda fase.
3- Manutenção de objetivos comuns, por segmento e por série,
a curto, médio e longo prazo.
4- Formulação semanal dos objetivos de cada disciplina, com
foco nas múltiplas dimensões dos temas supracitados.
5- Presença do tema “Ética” nos conteúdos atitudinais das
diferentes áreas, constituindo-se um dos eixos da ação
pedagógica.
6- Resgate de hábitos esquecidos como: por favor, bom dia,
obrigado, com licença, desculpe etc., como "palavras mágicas
da semana". É preciso lembrar que, se você quiser modificar
hábitos e atitudes de seu aluno, é preciso ter como
protótipos: professores, funcionários, direção e
coordenadores.
7- Práticas pedagógicas intensificada nas múltiplas
dimensões dos conteúdos (conceitual, procedimental e
atitudinal);
8- Mediação diária ao aluno para assumir o próprio processo de
aprendizagem e ver o erro como elemento norteador do
levantamento de dúvidas e de novos avanços.
9- Promover atividade semanal (para adquirir hábitos) de
pesquisa acerca de valores de sustentabilidade da vida, em
jornais, revistas, livros e outros.
10- Trabalho sistemático com pesquisa, leitura, escrita e
oralidade, propiciando, também, o contato dos alunos com
diferentes gêneros discursivos, já a partir da primeira fase.
11-Reflexão bimestral, juntamente com os alunos, sobre o
desempenho individual e coletivo, com base na análise dos
gráficos de resultados, procurando encorajar sempre um bom
desempenho
12- Inserir esses conteúdos na lista de avaliação atitudinal
da turma;
13- Utilização de teatro, das tecnologias da informação digital
(parceria) e de outros meios de comunicação disponível na
escola, nas atividades deste projeto;
14- Pratica de exercícios de relaxamento, de concentração e
meditação, pelo ao menos uma vez por semana, para
harmonizar-se com a natureza, com a vida e com o cosmos;
15- Publicação de trabalhos mensal dos alunos e professores no
jornal ou painel da Escola, tendo turmas como responsáveis;
16- Avaliação mensal da coerência entre a prática e os
objetivos, durante o planejamento participativo.
NÍVEL ORGANIZACIONAL
Responsável Ativo – Equipe Gestora
13. Ações Responsáveis Cronograma
1- Apresentação do projeto à equipe Gestora; Leonor 1ª semana de aula
OK
2 - Apresentação do projeto à equipe pedagógica; Leonor 1ª semana
3 – Seleção de material didático para apoio; Mª Auxiliadora 2ª semana
4– Reunião com representantes de alunos para definir ações; Leonor e Salomé 3ª semana de aula
5 – Promover discussão com os professores sobre as Leonor e Salomé Bimestralmente
reivindicações dos alunos elencadas na ficha do conselho de
classe;
6- Incorporar na pauta de reuniões, momentos para reflexão Leonor e Salomé Mensalmente
e discussão sobre os temas em pauta e a atuação da escola;
7- Montagem de um painel extraclasse para divulgação dos Valdelúcia 1ª semana de aula
trabalhos escolares, esportistas e do Grêmio Estudantil com
colagem de fotos para atrair atenção dos leitores;
8- Cronograma de turmas para organizar mostras sobre 1ª semana de aula
assuntos veiculados nas aulas, eventos culturais, produção Valdelúcia
de alunos e professores e acontecimentos ocasionais
relevantes para publicação no jornal ou painel.
9- Programação de atividades específicas com as turmas Professor responsável pelo
(Momento Cívico) para o trabalho com valores e dia
atitudes;
10- Estudo do Regimento Escolar, Portaria 05 e do ECA Maria Auxiliadora
com todos os funcionários da escola;
11- Elaboração de estratégias mais adequadas para registro Leonor
de avaliação dos conteúdos atitudinais dos alunos que
chegam à equipe gestora para tomada de posições;
12- Manter sempre contato entre os dois níveis, Leonor
aprofundando a reflexão sobre a linha pedagógica da Escola
na inclusão dos temas no currículo escolar;
13- Possibilitar que as equipes de professores de cada Leonor
nível avaliem, continuamente, os pontos positivos e
negativos de cada bimestre;
14-Promover 2 encontros dirigidos a pais, educadores e Leonardo
alunos, no decorrer do ano, com pessoas qualificadas nos
temas supracitados para a formação da criança e do
adolescente;
15- Promover um dia “D” semestralmente para discussão Leonardo
desses temas e socialização de atividades desenvolvidas;
16- Recepção dos alunos que chegam atrasados para uma Leonardo e Anália
reflexão da causa.
17- Programar, por área, ao longo do ano, atividades Maria Auxiliadora
envolvendo os recursos da Informática através de parcerias
com outras entidades;
18- Incentivo constante à integração entre pais, alunos e Leonor e representantes
educadores com momentos recreativos (times de pais e de alunos
professores) e atividades escolares.
19- Em todas as ocasiões, como reuniões, entrevistas Leonardo e Leonor
individuais e palestras, haverá a preocupação em deixar
clara a nossa ação educativa na formação integral do
educando.
20- Incluir nos assuntos abordados no pátio interno da Leonardo
escola durante os momentos Cívicos organização por
temas, incluindo os do projeto em pauta.
14. 21-Determinar um dia X na semana para trabalhar Leonor
sobre o assunto (acolhida, texto, redação, música ...)
22- Cuidar para que aconteça o resgate de hábitos
esquecidos como: por favor, bom dia, obrigado, com Leonor
licença, desculpe etc., lembrando que se quiser modificar
hábitos e atitudes de seu aluno, é preciso ter como
protótipos: professores, funcionários, direção e
coordenadores
23- Promover momentos semanais de Salomé e Leonor
integração/socialização nas turmas dos trabalhos realizados.
24-Promover reunião mensal com os responsáveis pelas Leonor
turmas;
25-Cuidar para que aja reunião periódica com grupo de Salomé e Leonor
alunos ”rodada de bate-papo” (os que causam tumulto
na escola), não esquecendo que eles serão um dos grupos
do protagonismo juvenil no combate à indisciplina, terão
plano próprio, mediado por um membro da equipe
gestora.
26- Preparar os representantes de classe e dos alunos para se Salomé e professor
apresentar em público quando forem solicitados; regente
27- Promover ginástica laborial, semanalmente, com os Professor de Educação
funcionários como instrumentos para o trabalho em sala. Física
28- Homenagem bimestral à turma que mereceu e Leonor, professor Regente
apresentou bons resultados nos instrumentos de e Repres. de turmas
acompanhamento.
29- Providenciar identificação (crachás) para os Anália OK
representantes de sala e Grêmio Estudantil.
30- Promover uma conversa sobre indisciplina na primeira Leonor
reunião com os pais.
31-Elaborar normas a ser cumprida na íntegra Leonardo
envolvendo a Comissão de pais, Grêmio e representantes
de sala, equipe gestora e professores.
32- Firmar parceria com especialista na área de Salomé e Leonor
psicopedagogia e ou psicologia para um trabalho
contínua na escola com as turmas.
33- Possibilitar um momento de reflexão para proposta Leonor
pedagógica baseada na resolução de situações-problemas
com o objetivo de dinamizar mais as aulas e minimizar a
indisciplina.
NÍVEL INTEGRADORA/DISCIPLINAR
RESPONSÁVEL ATIVO - Representantes de alunos
Ações Responsáveis Cronograma
1- Efetivar o protagonismo juvenil, possibilitando a Salomé e Leonor
participação ativa dos representantes estudantis nas
15. propostas e execução de ações da escola.
2-Eleição do representante de sala; Professor Regente
3- Que os representantes de turma sejam conscientizados de Representantes de sala e
sua função intermediadora entre a Classe, a Direção e o do governo estudantil
Corpo Docente;
4-Reeleição do Grêmio Estudantil conscientizando o de suas Mª Auxiliadora e Leonor Agosto/07
funções, atribuições e deveres, como participante ativo das OK
atividades da Escola e principalmente das salas de aula;
5- Elaborar estratégias para estudo do Regimento Escolar Grêmio
pelos alunos, principalmente no que se refere aos deveres
dos mesmos;
6- Promover a reelaboração das Normas Internas da Leonor e Grêmio
Escola com a participação efetiva dos alunos;
7- Possibilitar momentos bimestrais com os alunos para Professor Regente e
apresentar sugestões que contribuam para a motivação nas coordenadoras
aulas.
8- Promover atividades extraclasses como mais um recurso Eronildes e
pedagógico: jogos intra e interescolares, grupos de danças, representantes de alunos
xadrez, capoeira;
9- O Recreio Orientado terá a participação efetiva dos Coordenação do recreio,
professores, monitoria de alunos nas diversas divisões de Leonardo, Leonor e
espaços, auxiliada pela equipe de apoio e direção. representante
10- Selecionar músicas do recreio dirigido de acordo com a
proposta de trabalho da escola.
11- Realizar um dia esportivo na escola com o Representantes de sala e
envolvimento de pais e alunos, organizado pelos Grêmio
representantes estudantis.
12-Promover a elaboração de normas pelos próprios Professor de Ensino
alunos para melhor atuação das atividades extraclasse Religioso, Artes e
dinamização e
representantes de sala.
13-Promover rodada de papo bimestral com os alunos Leonor e representantes
específicos sobre os temas em pauta (entrevista, o que de sala
sabe, o que gostaria de saber, troca de experiência) em
produção de vídeo.
14- Enumerar os maiores incômodos acontecidos na Leonor e representantes
escola com relação a gestos e posturas no que se refere à de sala
indisciplina e sexualidade para subsidiar a execução do
projeto.
15- Mensagens semanais entregues por representantes de Professor regente e
alunos às turmas, para leitura e reflexão, como uma forma Representantes dos
de integração dos trabalhos realizados sobre os temas; alunos
16-Resgatar hábitos esquecidos como: por favor, bom dia, Equipe gestora,
obrigado, com licença, desculpe etc., como "palavras professores e
mágicas da semana"; representantes
17- Produção de jornal, a cada bimestre, na Professor Regente e
responsabilidade de uma turma ou por modalidade tendo um representantes dos alunos
professor como mediador, em forma de rodízio;
16. 18- Promover uma Feira Cultural anual - um momento Equipe gestora,
especial do projeto, que permitirá a exposição debates, de professores e
todas as atividades artísticas, esportivas, culturais e representantes (Dia “D” da Leitura)
científicas produzida pelos alunos e professores da escola
até aquele instante;
19-Possibilitar que aconteça momento de confraternização Leonor e representantes
entre a turma, professor e voluntário efetivo (dia do dos alunos
professor?) pelo ao menos uma vez por ano, elaborados
pelos alunos, sempre com o objetivo de resgatar os valores e
melhorar a convivência escolar.
RECURSOS
Quanto aos recursos humanos as atividades serão efetivadas com a participação dos
professores, direção, alunos, parceiros, voluntários e demais funcionários integrantes ao grupo,
ressaltando os processos de interdisciplinaridade.
Os recursos financeiros ficarão a cargo da escola, uma vez que o material utilizado
serão os de consumo. No momento não está previsto nenhum gasto extra, no entanto, podendo
aparecer no decurso da execução.
17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PCN’s – (Ensino Fundamental) - Uso de drogas e Orientação sexual;
VASCONCELOS, Celso de: “Construção da Disciplina Consciente e Interativa em Sala de
Aula e na Escola”, pág. 130. Libertad, 2001;
ROLIM, Maritza e SANA, Marli Aparecida: Limites e Indisciplina na Educação Infantil,
pág.75. Editora Átomo;
Revista Nova Escola: Agosto 2003, dezembro de 2003 e fevereiro de 2005;
Revista Gestão em Rede: Outubro de 2000, agosto de 2003;
Revista Mestre: Janeiro e Fevereiro de 2003 e 2005, agosto de 2003;
18. TEXTO PARA REFLEXÃO
"Não, não tenho caminho novo, o que tenho de novo é o jeito de
caminhar”.
A indisciplina se aprende, porém a disciplina também se aprende, garante o
professor Joe Garcia, do Mestrado em Educação da Universidade Tuiuti, do Paraná. Em sua
palestra “Afinal, quem manda aqui? Garcia ilustrou o problema com o caso de uma
professora que desistiu de seu aluno. Ela disse que fez “tudo”, mas não sabia dizer o que era esse
“tudo”. Além disso, fez “tudo” apenas por duas semanas. “A indisciplina desse aluno foi
aprendida, então ele não vai mudar em duas semanas”, explicou Garcia, trazendo uma noção para
a discussão: “Observo uma desarticulação entre planejamento da disciplina e planejamento de
aprendizagem na gestão do projeto político pedagógico”.
Em outras palavras, Garcia disse que no início do ano letivo, geralmente, não há trabalho
disciplinar integrado com o processo de ensino-aprendizagem. Em função disso, a indisciplina é
entendida como anomalia ou incidente. Como conseqüência, interrompe-se o ensino para resolver
o problema de forma isolada de todo o processo de aprendizagem, consumindo tempo precioso de
alunos, professores, coordenação e de todos os envolvidos na instituição escolar. Para pensar o
problema, Garcia propõe um trabalho preventivo e com possibilidade de intervenção, se
necessário.
Se compararmos com a década de 1950, Garcia entende que o problema da indisciplina
está mais complexo, com causas novas e antigas. Em função disso e das exigências da organização
escolar, precisamos de gestão e, principalmente, de liderança de pessoas e idéias, para planejar e
organizar as ações. “A autoridade vem da competência dos professores para ensinar”, salienta
Garcia, que fez seu doutorado em Educação na PUC-SP. Ele entende que os jovens precisam de
liderança para perceberem uma perspectiva de futuro. “Não vamos dar o futuro para eles, mas
levá-los a conhecer futuros possíveis”. Segundo Garcia, se os pais não participam e os alunos se
aproveitam da ausência dos pais, é porque falta liderança.
Joe Garcia também ressaltou a importância de se pensar mudanças de paradigmas. Ele
disse que há escolas construtivistas no planejamento do ensino-aprendizagem, mas são
comportamentalistas quando aparece a indisciplina, gerando desconforto nos alunos, nos
professores e nos pais. “É preciso adotar um paradigma consonante com a realidade da escola”.
Ainda com relação à gestão, que deve contemplar um plano de prevenção e intervenção,
Garcia salientou que não devemos priorizar a intervenção em detrimento da prevenção. Ele disse
que muitos professores esperam a indisciplina aparecer para depois fazerem algo que devia ser
previsto na escola como um todo. Ou seja, esperam um “problema concreto”. “É bom saber que os
19. bombeiros não pensam assim”, ironizou Garcia, lembrando o trabalho preventivo com extintores,
saídas de emergência e placas de sinalização, antes mesmo do incêndio acontecer. Referindo-se a
uma pesquisa, o professor disse ainda que “a indisciplina é a principal causa de estresse entre os
professores”.
Há vários sintomas que indica segundo Garcia, uma falta de gestão: por exemplo, quando
o problema ocorre na sala de aula e toda a escola é mobilizada para resolvê-lo; ou quando não há
um trabalho de formação de professores; ou ainda quando a relação com a comunidade não é
considerada no planejamento. Ele recomendou, nesse sentido, várias ações: monitoração da
indisciplina, acompanhamento dos alunos, sensibilidade para identificar a falta de motivação,
capacidade para avaliar resultados etc.
Se o melhor incêndio para apagar é o que não começou, no caso da indisciplina deve-se
evitá-la, diminuindo a possibilidade se seu aparecimento e aumentando as chances da disciplina.
“Devemos aumentar a propensão para a disciplina com a motivação, o bom relacionamento e
ações conjugadas na escola como um todo”. Garcia acredita que uma visão compartilhada na
escola evita aquilo que é comum em casa: a mãe diz para o filho não sair, mas o pai libera e vice-
versa.
O professor recomendou ainda, em sua palestra, a criação de vínculos afetivos,
intelectuais ou de confiança. Isso pode ser praticado até com a lista de chamada, demonstrando
interesse pelos alunos. “Escolha três alunos por dia e gaste um tempo com eles durante a
chamada”, orientou. Acordos e contratos pedagógicos também são importantes, mas não podem
ser confundidos com os “combinados” que, na verdade, são os chamados “solicitados”. Para tanto,
sugeriu começar com um princípio, por exemplo, da amizade ou solidariedade, que devem
legitimar a autoridade do professor.
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