Maria perdeu seu emprego e foi recusada em outro por preconceito racial. Sem dinheiro para os remédios do filho doente no hospital, ela aceita um trabalho em um bar sujo e perigoso, apesar das dúvidas de Marina.
1. PO RTA L MA C HA D O D E A S S I S
A P R E S E NTA
2.
3. Os dias passam, Maria esta feliz com o
trabalho e com a família, mas uma terrível
pneumonia ataca o pequeno Davi, que é internado
na UTI e corre risco de vida. Maria segue ao
trabalho, sua cabeça esta tomada pela tristeza de
ver seu filho a beira da morte no hospital, ela
segura suas lágrimas na frente de seu chefe, ela
então segue até a rua, onde começo seu ardiloso
trabalho acompanhada de Marina, que tenta
consolá-la
_Ele irá ficar bem amiga
_Eu estou aqui somente por
ele, sofrendo estas humilhações apenas para
poder pagar aqueles remédios que custam os
olhos da cara
4. _Tudo vai passar, acredite – Afirma
Marina
_Tomara – Torce Maria. O dia passa e o
expediente termina, Maria logo chega a sua
casa, abrindo a porta, ela vê seu marido aos
prantos, ela pergunta o porquê e ele diz que fora
dispensado da metalúrgica
_E agora Maria? O que iremos fazer?
_Nós daremos um jeito, confie – Diz
ela, abraçando o marido
A noite passa e o sol se
põe, Marina, como sempre, se troca e segue rumo
ao trabalho, chegando lá ela tem uma terrível
surpresa
5. _Como assim, demitida? – Questiona
ela
_Seus serviços não são mais
necessários, a senhora esta dispensada – Diz
friamente a moça da recepção
_Mas, como? Eu tenho um filho
morrendo no hospital! Não posso ficar sem este
emprego! Por favor eu suplico, me ajudem pelo
amor de Deus! – Suplica Maria, escandalosamente
_Tirem esta louca daqui! – ordena a
recepcionista, logo os seguranças chegam e
pegam Maria pelo braço, a arrastando para fora
6. _Eu preciso, pelo meu filho, meu filho!
– Diz ela, um pouco antes de ser jogada na
calçada, onde permanece chorando até a chegada
de Marina
_O que há? – Pergunta Marina
_Eles, eles me demitiram, o que eu
faço, e meu filho! Os remédios dele! – Diz ela, aos
prantos
_Agente vai dar um
jeito, acredite, agora vamos para a casa – Marina
então acompanha Maria até a comunidade, elas
agora estão na casa de Maria
_Tome este copo de água – pede
Rodrigo a esposa
7. _Não, não quero! – Diz ela, angustiada
_Temos que seguir em frente – Diz ele
_Ouça seu marido amiga, o que não
podemos fazer agora é ficarmos sentados
aqui, angustiados, olha, eu tenho uma amiga,que
trabalha na cassa de uma ricaça, ela disse que esta
Madame esta precisando de uma empregada, eu
recomendei você a ela – Diz Marina – Eu posso
levar você até a casa dela, com certeza ela lhe
contratará
O dia seguinte logo chegou, Marina e
Maria se dirigem a casa , logo chegam a um bairro
de classe média alta, a casa onde trabalha a amiga
de Marina é a primeira da rua. Marina e Maria
tocam a campanhinha, a porta da casa é aberta
por Adelaide, a tal amiga de Marina
8. _Marina! Que surpresa – Diz ela
entusiasmada – Veio tentar um emprego?
_Não, na verdade vim trazer minha
amiga, esta é Maria, ela esta precisando muito
deste emprego – Responde Marina
_Oh, claro, entrem, eu chamarei a dona
Rosângela – Diz Adelaide. As duas amigas então
se sentam e logo a dona da casa chega até a sala
acompanhada de Adelaide
9. _Madame, estas são Marina e Maria, a
segunda é a candidata ao emprego
_Ah, claro – Diz Rosângela, com certa
apatia em relação à Maria – Por favor, Maria, me
acompanhe até meu escritório – Maria obedece, e
as duas vão até o escritório. Chegando
lá, Rosângela se senta em uma luxuosa cadeira
_Posso me sentar, senhora? –
Questiona Maria
_Melhor não – Responde
Rosangela, causando desconforto em Maria
_Senhora, eu soube que a senhora esta
procurando uma empregada, vim oferecer meus
serviços, olha, eu lavo, passo, cozinho...
10. _Sejamos francas – Interrompe
Rosangela – Você pode até ser uma boa
funcionaria, mas eu não a contratarei
_Por que senhora? – Pergunta
Maria, com os olhos marejados
_Olhe para sua pele, ela é
preta, ora, por favor, você é uma suja, da
favela, não aceito gente como você aqui na minha
casa – Diz Rosangela
_Isto é preconceito, não é justo, eu
estou aqui pelo meu filho...
_Não importa, por favor, se retire de
minha casa – ordena Rosangela
_Sim, senhora – Diz Maria, se retirando
do escritório, aos prantos
11. _O que foi Maria? – Questiona Marina
_Vamos embora – Pede Maria. As duas
deixam a casa, agora se encontram a caminho da
comunidade
_O que aconteceu dentro daquela sala
Maria? – Pergunta Marina
_Ela me negou emprego, me chamou
de Preta, suja, disse que sou uma favelada – Diz
Maria aos prantos
_Meu Deus... – Diz Marina
espantada, ela é interrompida por Maria, que
avista um cartaz na porta de um bar
12. _Ei olhe o que diz o cartaz – Diz Maria
_Estão precisando de ajudantes – Diz
Marina
_Vamos lá! – Diz Maria
Elas adentram ao local, o lugar era
sujo, fétido e repleto de homens bêbados e com
más intenções
_O que querem aqui garotas –
Questiona um homem, que parecia ser o dono do
local
_Queremos um emprego, eu quero um
emprego – Diz Maria, animada
13. _Bonita, boa lábia, sim, pode vir
amanhã mesmo – Constata o homem
_O que terei que fazer? – Questiona
Maria
_Servir, cozinhar, limpar, de tudo um
pouco – Diz o homem
_Está ótimo,amanhã mesmo virei bem
cedo – diz ela
14. As duas se retiram do local, elas agora
seguem rumo até o hospital
_Tem certeza de que foi uma boa idéia?
– Questiona marina
_Não, não tenho certeza, mas é o que
tem pra hoje – Diz Maria
O que será de Maria naquele emprego?
E o pequeno Davi, irá se recuperar? Respostas
apenas nos próximos capítulos.