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MATÉRIA PRIMA
Com boa qualidade a matéria prima é processada rapidamente e resulta em alto
rendimento industrial. O produto de alta qualidade normalmente reduz o custo por
unidade de produto, enquanto que a má qualidade provoca perdas de tempo no
processamento, maior consumo de utilidades e produtos químicos, resultando em
menor rendimento industrial e produto de qualidade inferior.
MATÉRIA PRIMA
•A parte sólida desses colmos é constituída por celulose, lignina e pentosanas
(conhecida como fibra).
•A parte líquida é formada pelo caldo, uma solução aquosa com uma variedade de
substâncias orgânicas. 91% do caldo é constituído de: 78% a 86% de água, 10% a
20% de sacarose, 0,1% a 2,0% de açúcares redutores, 0,3% a 0,5% de cinza, 0,5%
a 1,0% de compostos nitrogenados e pH entre 5,2 a 6,8 (LIMA et al., 2001).
•Em média, uma tonelada de cana rende aproximadamente 80 litros de etanol e 130
kg de açúcar VHP (very high polarization), em um processo sem perdas corriqueiras
de uma produção industrial.


                                              1. Epiderme
                                              2. Células espessas da casca
                                              3. e 4. Feixes vasculares de
                                              diferentes tamanhos (xilema)
                                              5. Esclerênquima (sustentação)
                                              6. Parênquima (estocagem)
DEFINIÇÕES
Brix % CE: indica a porcentagem, em peso, de sólidos solúveis no caldo, o qual,
por sua vez, nos possibilitará a determinação dos sólidos na cana-de-açúcar. O ideal
é de no mínimo 15 chegando a 20 ° Brix.

Teor de Sacarose (leitura sacarimétrica): indica a quantidade de sacarose na
cana. O ideal, com um brix 18 seria de 66 ou mais o que deve gerar uma Pureza %
Cana acima de 88%.

Pol % CA: é a porcentagem, em peso, de sacarose aparente encontrada na
solução(13 - 18 %).

AR: açúcar, não sacarose existente no caldo. Além da quantidade normal existente
eles se formam, durante a degradação no campo, pelo desdobramento da molécula
de sacarose. Seu teor ideal deve ficar abaixo de 0,8% (glicose e frutose).

PBU(peso do bolo úmido): Utilizado no cálculo da Fibra da Cana que por sua vez
entra no cálculo do ART % Cana, Brix % Cana, Pol % Cana e AR % Cana.
DEFINIÇÕES
Fibra % CA : teor de fibra na cana analisada ( 11 - 15 % ) A porcentagem de fibra
da cana reflete na eficiência da extração da moenda, ou seja, quanto mais alta a
porcentagem de fibra da cana, menor será a eficiência de extração.

pH e acidez: Uma cana muito ácida indica deficiência na adubagem (calagem
inadequada), cana velha ou tempo de queima muito alto propiciando um ambiente
melhor para o desenvolvimento de bactérias. A sacarose, sob condições ácidas ou
ação de enzimas (invertase), desdobra-se em duas moléculas de monossacarídeos
(glicose e frutose) diminuindo o teor de sacarose e aumentando o teor de glicose e
frutose, açúcares estes que não cristalizam. O pH ideal fica entre 5,2 - 5,5.

ART – Açúcares Redutores Totais. Utilizado para se conhecer o total de açúcares
(sacarose + frutose + glicose) presentes e que serão recuperados em forma de
etanol e/ou açúcar cristalizado. Seu teor varia de 13 a 17,5 %, podendo ter teores
maiores dependendo do cultivo.

ATR - Açúcares Totais Recuperáveis, em peso, em solução (sacarose, glicose e
frutose) utilizado para pagamento de cana do fornecedor.
TRANSFORMAÇÃO DA SACAROSE EM AÇÚCARES REDUTORES

Na presença de certas enzimas ou sob ação ácida e temperatura adequada, a
sacarose agrega a uma molécula de água e desdobra-se, por hidrólise ou
inversão, em uma molécula de glucose e outra de frutose (açúcares invertidos)
(Fernandes, 2000).

C12H22O11   +   H2O        C6H12O6 + C6H12O6
mm- 342g        mm-18g         mm-180g     mm-180g
sacarose         água           glucose     frutose

Então o ART, ou seja, a sacarose pode ser transformada em açúcar invertido
dividindo-se a massa da sacarose por 0,95.


                                    =           = 0,95
Exemplo:

Em 500g de colmo (cana) 0,5 kg ______________ 350 mL de caldo = 0,35 L
Em 120.000 kg de colmos (cana) _______________ X L de caldo
X = 84.000 L de caldo

Em 100 mL = 0,1 L de caldo ___________________ 17 g = 0, 017 kg de sacarose
Em 84.000 L de caldo ________________________ X kg de sacarose aparente
X = 14.280 kg de sacarose

14,28 t de sacarose aparente / ha
Logo, a produção de 14.280 kg de sacarose corresponde a:

ARTsac =                    = 15.031,58 kg de ART (Fernandes, 2000).
RENDIMENTO ESTEQUIOMÉTRICO DA FERMENTAÇÃO

Definido como o volume de álcool (litros) a ser produzido com eficiência de
100% por kg de ART, ou seja, admitindo-se que todas as moléculas de açúcar
transformam-se em etanol, tem-se (Fernandes, 2000):

        C6H12O6      2x   CH3CH2OH     + 2x CO2
         mm – 180g          mm – 2x 46g          mm – 2x 44g
        glicose                álcool   dióxido de carbono

        Exemplo:
Para o álcool hidratado de graduação 93,2 % INPM, o rendimento
estequiométrico é de:

Rendeq = 1.000 x                          1.000 x                        = 0,
6776 L/kg ART

Assim, com 15.031,58 kg de ART, obtem-se no máximo, 10.185,40 litros de
álcool hidratado 93,2° INPM (Fernandes, 2000).
MATURAÇÃO DA CANA

O processo de maturação:

Botânico: com a emissão de flores.
Fisiológico: armazenamento de sacarose.
Econômico: teor mínimo de sacarose em peso ( 13 % )
MATURAÇÃO DA CANA
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA
                MATURAÇÃO
1º - Pontos de Maturação:
Atribuídos aos valores de Brix (Pbr); Pol (Ppo); Pureza (Ppu); AR (Par):

P = Pbr + Ppo + Ppu + Par   onde: Pbr = brix % cana – 13,0
                             Ppo = pol % cana – 11,0
                             Ppu = (pureza – 70,0 ) / 5
                             Par = 3 x (2,2 – Ar % cana)

O mínimo de pontos para corte = 9,0 a 11,0
MATURAÇÃO DA CANA
2º - Índice de Maturação:
Realizado da base do colmo ao seu ápice.

IM = Brix ponta do colmo
      Brix base do colmo

Valores de IM: menor que 0,6 para cana verde
             entre 0,6 e 0,85 para cana em processo de maturação
             entre 0,85 e 1,0 para cana madura
              maior que 1,0 para cana em processo de declínio de sacarose
IMPUREZAS
Matéria estranha

 Impurezas 5 – 14 %

        Orgânico Vegetal – 3 – 7% : Pontas, folhas, chupões (babeiros), raízes
(arrancadas), pedaços de madeira.

         Minerais – 5 – 8% : solo aderido as raízes, pedras, areia , pedaços de
metal.
DETERIORIZAÇÕES
Deteriorização:

 Fisiológica – respiração, ressecamento, brotamento e florescimento.

        Respiração:
        Colmo cortado → respiração → consumo de energia
DETERIORIZAÇÕES
Ressecamento: transpiração do colmo:
Perda de peso: 11% em 8 dias e 17% em 10 dias.
Aumento do teor de fibra.

       Consequências:
           Dificuldades de moagem.
            < extração de sacarose.
            > perdas de sacarose no bagaço.

Brotamento e florescimento:
       Induz a isoporização da cana.
DETERIORIZAÇÕES

 Tecnológicas:

        Manejo e condições de cultivo.
        Causadas durante o manejo de cana : favorece a deteriorização
microbiológica associada a condições climáticas e operações unitárias.

       Consequências: alto teor de fibra; desgaste de equipamento;
       problemas na condução do processo de fabricação.
DETERIORIZAÇÕES
 Microbiológica – microrganismos, bactérias e leveduras.

         Crescimento e atividade de microrganismos.
          Produto resultante: ácidos.
DETERIORIZAÇÕES
Principais:
        Leuconostoc mesenteroides: produz substância (goma) dextrana (lembra
        gelatina no caldo).
Problemas no processo:
        Contaminação no processo de fermentação.
        Perda de 3 kg açúcar por tonelada de cana.
Produção de álcool: perdas de rendimento e inibição da levedura; reduz a
                   viabilidade do fermento; aumenta a floculação.
Produção de açúcar:queda na velocidade de cristalização, perda na qualidade,
                   granulometria ruim, incrustações nos equipamentos de
                   aquecimento.
DETERIORIZAÇÕES
Campo
A matéria prima é queimada para efeito de limpeza e cortada manualmente
para ser carregada através de guinchos em caminhões, para ser transportada
até a indústria.
AMOSTRAGEM PARA ANÁLISE
AMOSTRAGEM PARA ANÁLISE
AMOSTRAGEM PARA ANÁLISE
AMOSTRAGEM PARA ANÁLISE
Análise de Sonda e Impurezas da Cana
Um sistema informatizado determina em quais cargas deverão ser coletadas as
amostras para análises. O setor balança fornece um ticket com todos os dados
referentes à procedência da cana.
Laboratório
O laboratório (PCTS) é de suma importância para indústria, tendo em vista que
as decisões e controles para queima e colheita da cana estão a cargo das
análises realizadas.
CÁLCULOS UTILIZADOS (CONSECANA)
Impurezas: sólidos encontrados na cana tais como minerais.
(peso residual - o menor peso da PB x 10) / 0,25

Fibra % CA (pré –colheita): teor de fibra na cana analisada ( 11 - 15 % ) A
porcentagem de fibra da cana reflete na eficiência da extração da moenda, ou seja,
quanto mais alta a porcentagem de fibra da cana, menor será a eficiência de
extração. :
(0,08 x PBU) + 0,8760

Brix% Cana: indica a porcentagem, em peso, de sólidos dissolvidos na cana
Brix%CE x (1 – 0,01 x Fibra) x (1,0313 – 0,00575 x Fibra)
Pol % CE: é a porcentagem, em peso, de sacarose aparente encontrada na solução
((0,2605-(0,0009882 x Brix%CE)) x Leitura Sacarimétrica)

Pureza % CA – porcentagem de sacarose encontrada no brix, isto é, porcentagem
de sacarose existente nos sólidos totais dissolvidos. (ideal deve ser > 88%)
(Pol % CA x 100) / Brix% CA

Pol % CA: é a porcentagem, em peso, de sacarose encontrada na solução(11,7 –
16,5 %)
( Pol%CE x (1-0,01 x Fibra%) x (1,0313-0,00575 x Fibra%)

FC: fator de correção do cálculo
1,0313 – (0,00575 x Fibra)
ART % CA: açúcares redutores totais utilizados nos cálculos de eficiência (13 % a
17,5 %).
(Pol %CA/0,95)+ AR

AR: açúcar, não sacarose, existente no caldo que tem a propriedade de reduzir o
cobre.Além da quantidade normal existente, eles se formam no curso da fabricação
pelo desdobramento da molécula de sacarose.Seu teor ideal deve ficar abaixo de
0,8% (glicose e frutose).
(3,641 – 0,0343 x Pureza % CE) x (1 – 0,01 x Fibra) x (FC)

ATR - açúcares totais recuperáveis, utilizado no pagamento de cana do fornecedor.
Seu teor varia de 13 a 17,5 %, podendo ter tores maiores dependendo do cultivo.
(9,5263 x Pol % CA) + (9,05 x AR)
ATR - açúcares totais recuperáveis, utilizado no pagamento de cana do fornecedor.
Seu teor varia de 13 a 17,5 %, podendo ter tores maiores dependendo do cultivo.
ATR (kg / ton) = 10 x PC x 1,05263 x 0,905 + 10 x ARC x 0,905

Onde:

10 x PC = pol por tonelada de cana
1,05263 = coeficiente estequiométrico para a conversão da sacarose em açúcares
redutores
0,905 = coeficiente de recuperação, para uma perda industrial de 9,5% (nove e meio
por cento)
10 x ARC = açúcares redutores por tonelada de cana

Transformação dos produtos em ATR:

Açúcar VHP com 99,3º Z
1 kg de açúcar VHP = 0,993 x 1,05263 = 1,0453 kg de ATR

Álcool hidratado em ATR
Como 1 kg de ATR produz 0,59126 litro de álcool hidratado, para
se obter 1 litro deste álcool necessita-se de:
1 ÷ 0,59126 = 1,6913 kg de ATR.
Curso: Laboratório
Realizado por :Leandro Aparecido Cândido

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  • 1.
  • 2. MATÉRIA PRIMA Com boa qualidade a matéria prima é processada rapidamente e resulta em alto rendimento industrial. O produto de alta qualidade normalmente reduz o custo por unidade de produto, enquanto que a má qualidade provoca perdas de tempo no processamento, maior consumo de utilidades e produtos químicos, resultando em menor rendimento industrial e produto de qualidade inferior.
  • 3. MATÉRIA PRIMA •A parte sólida desses colmos é constituída por celulose, lignina e pentosanas (conhecida como fibra). •A parte líquida é formada pelo caldo, uma solução aquosa com uma variedade de substâncias orgânicas. 91% do caldo é constituído de: 78% a 86% de água, 10% a 20% de sacarose, 0,1% a 2,0% de açúcares redutores, 0,3% a 0,5% de cinza, 0,5% a 1,0% de compostos nitrogenados e pH entre 5,2 a 6,8 (LIMA et al., 2001). •Em média, uma tonelada de cana rende aproximadamente 80 litros de etanol e 130 kg de açúcar VHP (very high polarization), em um processo sem perdas corriqueiras de uma produção industrial. 1. Epiderme 2. Células espessas da casca 3. e 4. Feixes vasculares de diferentes tamanhos (xilema) 5. Esclerênquima (sustentação) 6. Parênquima (estocagem)
  • 4. DEFINIÇÕES Brix % CE: indica a porcentagem, em peso, de sólidos solúveis no caldo, o qual, por sua vez, nos possibilitará a determinação dos sólidos na cana-de-açúcar. O ideal é de no mínimo 15 chegando a 20 ° Brix. Teor de Sacarose (leitura sacarimétrica): indica a quantidade de sacarose na cana. O ideal, com um brix 18 seria de 66 ou mais o que deve gerar uma Pureza % Cana acima de 88%. Pol % CA: é a porcentagem, em peso, de sacarose aparente encontrada na solução(13 - 18 %). AR: açúcar, não sacarose existente no caldo. Além da quantidade normal existente eles se formam, durante a degradação no campo, pelo desdobramento da molécula de sacarose. Seu teor ideal deve ficar abaixo de 0,8% (glicose e frutose). PBU(peso do bolo úmido): Utilizado no cálculo da Fibra da Cana que por sua vez entra no cálculo do ART % Cana, Brix % Cana, Pol % Cana e AR % Cana.
  • 5. DEFINIÇÕES Fibra % CA : teor de fibra na cana analisada ( 11 - 15 % ) A porcentagem de fibra da cana reflete na eficiência da extração da moenda, ou seja, quanto mais alta a porcentagem de fibra da cana, menor será a eficiência de extração. pH e acidez: Uma cana muito ácida indica deficiência na adubagem (calagem inadequada), cana velha ou tempo de queima muito alto propiciando um ambiente melhor para o desenvolvimento de bactérias. A sacarose, sob condições ácidas ou ação de enzimas (invertase), desdobra-se em duas moléculas de monossacarídeos (glicose e frutose) diminuindo o teor de sacarose e aumentando o teor de glicose e frutose, açúcares estes que não cristalizam. O pH ideal fica entre 5,2 - 5,5. ART – Açúcares Redutores Totais. Utilizado para se conhecer o total de açúcares (sacarose + frutose + glicose) presentes e que serão recuperados em forma de etanol e/ou açúcar cristalizado. Seu teor varia de 13 a 17,5 %, podendo ter teores maiores dependendo do cultivo. ATR - Açúcares Totais Recuperáveis, em peso, em solução (sacarose, glicose e frutose) utilizado para pagamento de cana do fornecedor.
  • 6.
  • 7.
  • 8. TRANSFORMAÇÃO DA SACAROSE EM AÇÚCARES REDUTORES Na presença de certas enzimas ou sob ação ácida e temperatura adequada, a sacarose agrega a uma molécula de água e desdobra-se, por hidrólise ou inversão, em uma molécula de glucose e outra de frutose (açúcares invertidos) (Fernandes, 2000). C12H22O11 + H2O  C6H12O6 + C6H12O6 mm- 342g mm-18g mm-180g mm-180g sacarose água glucose frutose Então o ART, ou seja, a sacarose pode ser transformada em açúcar invertido dividindo-se a massa da sacarose por 0,95. = = 0,95
  • 9. Exemplo: Em 500g de colmo (cana) 0,5 kg ______________ 350 mL de caldo = 0,35 L Em 120.000 kg de colmos (cana) _______________ X L de caldo X = 84.000 L de caldo Em 100 mL = 0,1 L de caldo ___________________ 17 g = 0, 017 kg de sacarose Em 84.000 L de caldo ________________________ X kg de sacarose aparente X = 14.280 kg de sacarose 14,28 t de sacarose aparente / ha Logo, a produção de 14.280 kg de sacarose corresponde a: ARTsac =  = 15.031,58 kg de ART (Fernandes, 2000).
  • 10. RENDIMENTO ESTEQUIOMÉTRICO DA FERMENTAÇÃO Definido como o volume de álcool (litros) a ser produzido com eficiência de 100% por kg de ART, ou seja, admitindo-se que todas as moléculas de açúcar transformam-se em etanol, tem-se (Fernandes, 2000): C6H12O6  2x CH3CH2OH + 2x CO2 mm – 180g mm – 2x 46g mm – 2x 44g glicose álcool dióxido de carbono Exemplo: Para o álcool hidratado de graduação 93,2 % INPM, o rendimento estequiométrico é de: Rendeq = 1.000 x  1.000 x = 0, 6776 L/kg ART Assim, com 15.031,58 kg de ART, obtem-se no máximo, 10.185,40 litros de álcool hidratado 93,2° INPM (Fernandes, 2000).
  • 11. MATURAÇÃO DA CANA O processo de maturação: Botânico: com a emissão de flores. Fisiológico: armazenamento de sacarose. Econômico: teor mínimo de sacarose em peso ( 13 % )
  • 13. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA MATURAÇÃO 1º - Pontos de Maturação: Atribuídos aos valores de Brix (Pbr); Pol (Ppo); Pureza (Ppu); AR (Par): P = Pbr + Ppo + Ppu + Par onde: Pbr = brix % cana – 13,0 Ppo = pol % cana – 11,0 Ppu = (pureza – 70,0 ) / 5 Par = 3 x (2,2 – Ar % cana) O mínimo de pontos para corte = 9,0 a 11,0
  • 14. MATURAÇÃO DA CANA 2º - Índice de Maturação: Realizado da base do colmo ao seu ápice. IM = Brix ponta do colmo Brix base do colmo Valores de IM: menor que 0,6 para cana verde entre 0,6 e 0,85 para cana em processo de maturação entre 0,85 e 1,0 para cana madura maior que 1,0 para cana em processo de declínio de sacarose
  • 15. IMPUREZAS Matéria estranha  Impurezas 5 – 14 % Orgânico Vegetal – 3 – 7% : Pontas, folhas, chupões (babeiros), raízes (arrancadas), pedaços de madeira. Minerais – 5 – 8% : solo aderido as raízes, pedras, areia , pedaços de metal.
  • 16. DETERIORIZAÇÕES Deteriorização:  Fisiológica – respiração, ressecamento, brotamento e florescimento. Respiração: Colmo cortado → respiração → consumo de energia
  • 17. DETERIORIZAÇÕES Ressecamento: transpiração do colmo: Perda de peso: 11% em 8 dias e 17% em 10 dias. Aumento do teor de fibra. Consequências: Dificuldades de moagem. < extração de sacarose. > perdas de sacarose no bagaço. Brotamento e florescimento: Induz a isoporização da cana.
  • 18. DETERIORIZAÇÕES  Tecnológicas: Manejo e condições de cultivo. Causadas durante o manejo de cana : favorece a deteriorização microbiológica associada a condições climáticas e operações unitárias. Consequências: alto teor de fibra; desgaste de equipamento; problemas na condução do processo de fabricação.
  • 19. DETERIORIZAÇÕES  Microbiológica – microrganismos, bactérias e leveduras. Crescimento e atividade de microrganismos. Produto resultante: ácidos.
  • 20. DETERIORIZAÇÕES Principais: Leuconostoc mesenteroides: produz substância (goma) dextrana (lembra gelatina no caldo). Problemas no processo: Contaminação no processo de fermentação. Perda de 3 kg açúcar por tonelada de cana. Produção de álcool: perdas de rendimento e inibição da levedura; reduz a viabilidade do fermento; aumenta a floculação. Produção de açúcar:queda na velocidade de cristalização, perda na qualidade, granulometria ruim, incrustações nos equipamentos de aquecimento.
  • 22. Campo A matéria prima é queimada para efeito de limpeza e cortada manualmente para ser carregada através de guinchos em caminhões, para ser transportada até a indústria.
  • 27.
  • 28. Análise de Sonda e Impurezas da Cana Um sistema informatizado determina em quais cargas deverão ser coletadas as amostras para análises. O setor balança fornece um ticket com todos os dados referentes à procedência da cana.
  • 29. Laboratório O laboratório (PCTS) é de suma importância para indústria, tendo em vista que as decisões e controles para queima e colheita da cana estão a cargo das análises realizadas.
  • 30. CÁLCULOS UTILIZADOS (CONSECANA) Impurezas: sólidos encontrados na cana tais como minerais. (peso residual - o menor peso da PB x 10) / 0,25 Fibra % CA (pré –colheita): teor de fibra na cana analisada ( 11 - 15 % ) A porcentagem de fibra da cana reflete na eficiência da extração da moenda, ou seja, quanto mais alta a porcentagem de fibra da cana, menor será a eficiência de extração. : (0,08 x PBU) + 0,8760 Brix% Cana: indica a porcentagem, em peso, de sólidos dissolvidos na cana Brix%CE x (1 – 0,01 x Fibra) x (1,0313 – 0,00575 x Fibra)
  • 31. Pol % CE: é a porcentagem, em peso, de sacarose aparente encontrada na solução ((0,2605-(0,0009882 x Brix%CE)) x Leitura Sacarimétrica) Pureza % CA – porcentagem de sacarose encontrada no brix, isto é, porcentagem de sacarose existente nos sólidos totais dissolvidos. (ideal deve ser > 88%) (Pol % CA x 100) / Brix% CA Pol % CA: é a porcentagem, em peso, de sacarose encontrada na solução(11,7 – 16,5 %) ( Pol%CE x (1-0,01 x Fibra%) x (1,0313-0,00575 x Fibra%) FC: fator de correção do cálculo 1,0313 – (0,00575 x Fibra)
  • 32. ART % CA: açúcares redutores totais utilizados nos cálculos de eficiência (13 % a 17,5 %). (Pol %CA/0,95)+ AR AR: açúcar, não sacarose, existente no caldo que tem a propriedade de reduzir o cobre.Além da quantidade normal existente, eles se formam no curso da fabricação pelo desdobramento da molécula de sacarose.Seu teor ideal deve ficar abaixo de 0,8% (glicose e frutose). (3,641 – 0,0343 x Pureza % CE) x (1 – 0,01 x Fibra) x (FC) ATR - açúcares totais recuperáveis, utilizado no pagamento de cana do fornecedor. Seu teor varia de 13 a 17,5 %, podendo ter tores maiores dependendo do cultivo. (9,5263 x Pol % CA) + (9,05 x AR)
  • 33.
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37. ATR - açúcares totais recuperáveis, utilizado no pagamento de cana do fornecedor. Seu teor varia de 13 a 17,5 %, podendo ter tores maiores dependendo do cultivo.
  • 38. ATR (kg / ton) = 10 x PC x 1,05263 x 0,905 + 10 x ARC x 0,905 Onde: 10 x PC = pol por tonelada de cana 1,05263 = coeficiente estequiométrico para a conversão da sacarose em açúcares redutores 0,905 = coeficiente de recuperação, para uma perda industrial de 9,5% (nove e meio por cento) 10 x ARC = açúcares redutores por tonelada de cana Transformação dos produtos em ATR: Açúcar VHP com 99,3º Z 1 kg de açúcar VHP = 0,993 x 1,05263 = 1,0453 kg de ATR Álcool hidratado em ATR Como 1 kg de ATR produz 0,59126 litro de álcool hidratado, para se obter 1 litro deste álcool necessita-se de: 1 ÷ 0,59126 = 1,6913 kg de ATR.
  • 39.
  • 40. Curso: Laboratório Realizado por :Leandro Aparecido Cândido