O documento descreve um projeto de pesquisa que visa restaurar a mata ciliar do Rio Purus no Acre, através de três ações: 1) Diagnosticar as características da mata ciliar no trecho do Purus no Acre; 2) Mapear as áreas críticas de degradação da mata ciliar que precisam ser restauradas; 3) Estabelecer um sistema para produção de sementes de 20 espécies da mata ciliar para uso na restauração. O projeto será realizado por uma equipe da Universidade Federal do Acre em parcer
1. CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient•fico e Tecnol‚gico
DABS – Diretoria de Ciƒncias Agr„rias, Biol‚gicas e da Sa…de
CGAPB – Coordena†‡o-Geral do Programa de Pesquisa em Agropecu„ria e
Biotecnologia
COAGR – Coordena†‡o do Programa de Pesquisa em Agropecu„ria e do Agroneg‚cio
Processo. 561784/2010-8
Edital MCT/CNPq/CT-Agro nº 26/2010 - Reflorestamento em Áreas Degradadas
Visando Restauração Ambiental, Serviços Ecológicos e Outros Usos
Vigência: 11/11/2010 a 10/11/2013
DESCRIÇÃO DETALHADA DA PROPOSTA
Projeto:
CILIAR CABECEIRAS DO PURUS
Resumo:
O Rio Purus corta, transversalmente, todo o territ‚rio do Acre durante o momento mais
importante para manuten†‡o das caracter•sticas ecol‚gicas de sua imensa bacia hidrogr„fica:
consolida†‡o das cabeceiras, da nascente ˆ foz do Rio Iaco. ‰ nesse trecho que o Purus se
forma e se consolida como um dos mais importantes tribut„rios do Rio Amazonas. Degradar
essa extensa „rea de influƒncia das cabeceiras significar„ comprometimentos variados ˆs outras
bacias hidrogr„ficas localizadas ˆ jusante. Ocorre que com o asfaltamento da BR 364, no sentido
Rio Branco a Cruzeiro do Sul (fronteira com o Peru) o vetor de ocupa†‡o produtiva do Acre
assumiu novo eixo, em dire†‡o ˆs „reas ainda n‡o exploradas para produ†‡o de madeira e onde
a pecu„ria ainda se apresenta incipiente, como caso do primeiro munic•pio a ser ligado com a
pavimenta†‡o, Manuel Urbano, localizado ˆs margens do Purus. Nessa perspectiva o projeto
pretende atuar em duas diretrizes principais. Primeiro iniciar um estudo de diagn‚stico, pioneiro
diga-se, das caracter•sticas da mata ciliar presente no Purus em seu percurso acreano. Segundo
mapear todos os trechos cr•ticos de degrada†‡o de mata ciliar que exigem restaura†‡o florestal.
Terceiro mapear matrizes das 20 espŠcies de maior ocorrƒncia na mata ciliar. E, finalmente,
estabelecer sistema fenol‚gico para produ†‡o de sementes e mudas das 20 espŠcies
selecionadas.
Instituição Proponente:
Universidade Federal do Acre
Endere†o: Km 04 da BR 364, Distrito Industrial, Rio Branco Acre
CNPJ: 04.071.106/0001-37
Em parceria com:
Universidade do Estado de S‡o Paulo, Unesp
2. Oscip Associação Andiroba
Prefeitura Municipal de Manuel Urbano
Papel das Instituições Parceiras na Execução das Atividades
Instituição Especialização Esclarecimentos
Universidade Federal do Engenharia Coordenará o projeto e disponibilizará
Acre - Ufac Florestal profissionais da área de engenharia florestal
com doutorado e que compõem o quadro de
professores. Também selecionará 4 estudantes
de Engenharia Florestal para participarem como
bolsistas de ITI A. Por fim também selecionará 1
recém formado para atuar como bolsista Exp 2
na realização do Inventário Florestal,
levantamento sócio-econômico, fenologia das
espécies selecionadas e estabelecimento de
sistema de coleta e produção de sementes.
Universidade Estadual Engenharia de Por meio do envolvimento do Departamento de
Paulista- UNESP Transportes Engenharia Civil, a UNESP produzirá estudos
relacionados ao escoamento da produção
florestal, dinâmica do leito do rio e sobre a
logística necessária aos levantamentos e à
posterior produção de sementes e mudas.
Associação Andiroba Plano de Manejo Com experiência na elaboração de Plano de
para sementes Manejo para Unidades de Conservação e em
Florestais restauração florestal de mata ciliar a Andiroba
apoiará o projeto na elaboração do Plano de
Manejo para produção de sementes das 20
espécies selecionadas, incluindo o licenciamento
ambiental junto aos órgãos de controle e
monitoramento ambiental
Prefeitura Municipal de Socioeconomia e Com experiência na realização de cadastros
Manuel Urbano apoio operacional rurais e urbanos a administração municipal
apoiará a realização do levantamento de
socioeconomia a ser realizado por meio de
entrevistas junto aos residentes ribeirinhos das
margens do Purus em todo trecho compreendido
pelo projeto. A base de dados socioeconômicos
3. será estruturado na prefeitura para posterior
acompanhamento da dinâmica fundiária na mata
ciliar do Purus. A prefeitura além de fornecer
pessoal para atuar em socioeconomia também
irá apoiar a operacionalização do projeto.
Sindicato e Associações Socioeconomia e Serão os associados e suas entidades
de Trabalhadores Rurais seleção de representativas que indicarão as unidades
de Manuel Urbano produtores para o produtivas, colocações como são denominadas
Plano de Manejo na região, que farão parte do sistema de coleta e
de sementes produção de sementes. Os produtores
florestais selecionados receberão treinamento de
alpinismo para coleta de sementes antes da
queda. Serão esses produtores que farão parte
do Plano de Manejo para produção de sementes
a ser licenciado nos órgãos ambientais.
Coordenador:
ECIO RODRIGUES DA SILVA, Professor Adjunto III da UFAC, Doutor em
Desenvolvimento Sustentável pela UnB, título obtido em 2004.
Endereço:
Rua amazonas, 61, Cadeia Velha, Rio Branco, Acre, Cep: 69900-445
Fone: 068 3901 25 21; 068 3244 1534
Email: ecio@ufac.br
Enquadramento segundo Edital 026/2010:
Proposta enquadrada na Chamada I, proposta individual de pesquisador com
doutorado, vinculado a universidade federal, orçada no valor de R$ 99.600,00.
Linha(s) Temática(s) segundo o Edital 026/2010:
Identificação e mapeamento de áreas degradadas e em processo de
degradação, por região geográfica ou bioma;
Recomposição florística de áreas de preservação e reserva legal;
Análise e estudos de cenários da degradação dos ecossistemas e potencial para
reflorestamento ecológico, nas diversas regiões/biomas existentes no território
nacional;
Tecnologia de sementes e produção de mudas florestais;
Estruturação de unidades de serviços tecnológicos e de apoio à coleta e
distribuição de sementes florestais, produção de mudas e sua comercialização;
4. Instituição de Execução do Projeto:
Universidade Federal do Acre, enquadrada pelo edital como:
Instituição de ensino superior pública.
Experiência do coordenador e da instituição
O Coordenador possui ampla experiência com a execução de projetos de pesquisa e
extensão florestal na Amazônia. O currículo resumido descrito abaixo fornece com clareza a
dimensão dessa experiência.
Graduado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
em 1987 iniciou sua carreira profissional na Fundação de Tecnologia do Acre, FUNTAC. Na
condição de pesquisador compôs equipe que elaborou o primeiro projeto de manejo florestal de
uso múltiplo da Amazônia financiado pela Organização Internacional de Madeiras Tropicais,
ITTO, para a Floresta Estadual do Antimary.
Em 1990 atuou como assessor parlamentar para assuntos de meio ambiente junto a
Assembléia Legislativa do Acre. Retornou à Universidade Federal do Paraná para cursar
Mestrado em economia e política florestal concluído em 1994, com uma dissertação acerca da
viabilidade econômica da criação de Reservas Extrativistas.
De volta ao Acre foi coordenador geral do Centro dos Trabalhadores da Amazônia, CTA,
uma importante organização não governamental, criada por Chico Mendes, durante o período de
1992 a 1998. No CTA coordenou equipes de profissionais de várias formações para elaboração
de planos de manejo de uso múltiplo e comunitário em duas Reservas Extrativistas e na Floresta
Nacional do Macauã. Projetos apoiados pelo Banco Interamericano e pela ITTO,
respectivamente.
Retornou à FUNTAC na condição de Diretor-Presidente presidente em 1999. Na Funtac
coordenou a elaboração do Relatório de Impacto Ambiental, RIMA, de quatro projetos de infra-
estrutura considerados prioritários. Para o licenciamento do Anel Viário de Rio Branco e Terceira
Ponte sobre o Rio Acre, o RIMA previu a implantação de uma série de medidas mitigadoras ao
longo da mata ciliar em um trecho de 20 quilômetros à jusante e à montante da ponte. A esse
conjunto de medidas, a equipe técnica chamou de Projeto Ciliar Só-Rio Acre.
Em 2001 iniciou o doutorado em desenvolvimento sustentável na UnB. Durante o
doutorado trabalhou no Centro Nacional de Populações Tradicionais, CNPT, do IBAMA, onde foi
responsável direto pela criação de 18 novas Reservas Extrativistas na Amazônia e instrução do
processo de criação de outras 22 unidades.
Em 2004 concluiu o doutorado defendendo tese acerca da vantagem competitiva do
ecossistema na Amazônia usando como exemplo um cluster florestal para o Acre. A partir de
2003 atuou como assessor parlamentar na Câmara dos Deputados do Congresso Nacional onde
5. permaneceu até 2006 quando ingressou na carreira acadêmica. Atualmente é Professor Adjunto
III na Universidade Federal do Acre.
Como professor da Ufac coordenou projeto de extensão aprovado no âmbito do Edital
CT-AGRO/MCT/MDA/CNPq nº 20/2005 - Disponibilização de Tecnologias de Base Ecológica
Apropriadas à Agricultura Familiar, com objetivo de introduzir o manejo de paca (Agouti paca) em
sistemas agrosilvopastoris no município acreano de Acrelândia. Projeto já encerrado por meio do
processo de número 552651/2005-2.
Ainda em 2006 elaborou proposta de restauração florestal da Bacia do Rio Acre,
denominada Ciliar Só-Rio Acre, que foi aprovado pelo Conselho Deliberativo do Fundo Nacional
do Meio Ambiente, mas, infelizmente por força de contingenciamentos não pode contar com
financiamento.
A proposta do Ciliar Só-Rio Acre foi recebida com sucesso em várias instituições nas
quais foi discutida, como no Ministério Público acreano, na Câmara dos Deputados em Brasília e
junto ao executivo local, o que fez com que a Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Acre
contratasse a execução do projeto em 20 trechos críticos previamente selecionados do Rio Acre.
A restauração florestal dessas 20 áreas, com média de 1 hectare cada, foi coordenada pelo
proponente e sua equipe da UFAC.
Posteriormente concebeu e aprovou junto ao edital 036 de 2007 do CNPq projeto
voltado ao suporte do manejo florestal comunitário do cacau nativo disperso na mata ciliar do Rio
Purus, no trecho inicial do Estado do Amazonas, entre a foz do Rio Iaco até o município de
Pauiní.
Foi durante a execução desse projeto, em fase de prestação de contas junto ao CNPq,
que a equipe de pesquisadores envolvida percebeu a importância em se efetivar ações na área
de influencia da cabeceira do Purus, destinadas à restauração florestal de trechos críticos, que
originou a presente proposta de projeto.
Objetivos:
Geral:
Contribuir para melhoria das condições ambientais da bacia hidrográfica do Rio Purus,
por meio da restauração florestal de trechos críticos de mata ciliar, na área de influencia
da cabeceira.
Específicos:
1. Produzir informações acerca do grau de ação antrópica na área de influencia da
cabeceira do Purus;
2. Promover a elaboração de diagnósticos que reflitam às condições ambientais
observadas na bacia hidrográfica do Purus;
3. Conscientizar a população ribeirinha acerca das implicações decorrentes do modelo
do uso do solo na mata ciliar;
6. 4. Promover a melhoria das condições de manejo da bacia hidrográfica praticada pelos
produtores familiares;
5. Promover a integração dos produtores familiares nas ações de restauração florestal
da bacia do Purus;
6. Estruturar sistema permanente de oferta de sementes florestais de espécies
selecionadas para emprego na restauração florestal da mata ciliar do Purus;
7. Internalizar na administração municipal instrumentos de controle e monitoramento da
ocupação na mata ciliar do Purus; e
8. Estreitar a relação da administração municipal com a população ribeirinha no intuito
de concretizar ações de política pública na região.
Metas relacionadas aos objetivos
Objetivos Específicos Metas
i. Realizar revisão de literatura acerca do histórico da
ocupação social e produtiva nos municípios localizados
na área de influencia da cabeceira do Purus como:
Santa Rosa do Purus, Manuel Urbano e Sena
Madureira, até a foz do Rio Iaco.
ii. Realizar levantamento dos projetos de financiamento ao
1. Produzir setor produtivo apoiados, nos últimos dez anos, pela
informações acerca do Superintendencia da Zona Franca de Manaus, Suframa
grau de ação antrópica e pela Superintendencia do Desenvolvimento da
existente na área de Amazônia, Sudam, na área de influencia da cabeceira
influencia da cabeceira do Purus.
do Purus;
iii. Preparar síntese de diagnóstico da ocupação produtiva da
região a partir das informações compiladas para
elaboração da fase final do Zoneamento Econômico e
Ecológico do Acre, transformado em legislação estadual
em 2008.
iv. Realizar levantamento de experiências de produção de
sementes florestais realizadas no Acre nos últimos dez
anos.
i. Elaborar mapeamento temático da cobertura vegetal
presente na área de influencia da cabeceira do Purus, a
partir da interpretação de imagens de satélite Landsat,
considerando uma faixa de 3 quilômetros de largura em
cada margem (esquerda e direita), desde a nascente até
a foz do Rio Iaco.
ii. Realizar uma expedição de reconhecimento da área de
influencia da cabeceira do Purus, no trecho entre o
município de Santa Rosa e Manuel Urbano, para
7. 2. Promover a checagem do mapeamento temático e contato com os
elaboração de ribeirinhos sobre as ações do projeto.
diagnósticos que
reflitam às condições iii. Definir metodologia de Inventário Florestal a partir do
ambientais observadas mapeamento temático.
na bacia hidrográfica
do Purus; iv. Medir amostras de Inventário Florestal distribuídas ao longo
da mata ciliar do Purus.
v. Processar os dados do Inventário Florestal e elaborar
relatório para publicação.
vi. Realizar levantamento socioeconômico junto às famílias de
produtores residentes na mata ciliar da área de
influencia da cabeceira do Purus.
vii. Selecionar a partir do Inventário Florestal, lista das 20
espécies florestais de maior ocorrência na mata ciliar do
Purus, que serão objeto de levantamento fenológico
para produção de sementes florestais.
i. Elaborar material de extensão florestal composto de um
folder e cartaz, com tiragens de 1.000 exemplares,
descrevendo os objetivos do projeto, para apresentação
aos produtores.
3. Conscientizar a
ii. Realizar visitas de sensibilização junto às entidades
população ribeirinha
representativas dos produtores rurais com prioridade
acerca das implicações
para o Sindicato de Trabalhador Rural de Manuel
decorrentes do modelo
Urbano, parceiro dessa iniciativa.
do uso do solo na mata
ciliar;
iii. Apresentar as ações do projeto nas escolas de ensino
fundamental e de segundo grau localizadas nos três
municípios da área de influencia.
i. Elaborar material de extensão florestal composto por uma
cartilha de conscientização acerca da alternativa
produtiva de produção de sementes florestais, com
tiragens de 1.000 exemplares para ser distribuídas aos
produtores rurais participantes do projeto.
ii. Realizar 4 cursos de coleta e produção de sementes
florestais nativas, com a participação de 40 produtores
4. Promover a melhoria em cada curso, envolvendo o conteúdo de técnicas de
das condições de coleta de sementes e processo de licenciamento
manejo da bacia ambiental da atividade.
hidrográfica praticada
pelos produtores iii. Promover a marcação de matrizes para coleta de sementes
familiares; nas unidades produtivas dos ribeirinhos envolvidos no
projeto.
8. iv. Realizar visitas de sensibilização aos órgãos de extensão
rural e de licenciamento ambiental localizados em
Manuel Urbano, no intuito de promover a produção de
sementes florestais nativas.
i. Apresentar aos produtores rurais resultados do mapeamento
temático com indicação de trechos críticos para
restauração na mata ciliar do Purus.
5. Promover a ii. Selecionar, em conjunto com o STR, um total de 160
integração dos produtores para participarem diretamente no projeto por
produtores familiares meio dos treinamentos para produção de mudas.
nas ações de
restauração florestal iii. Selecionar e acompanhar representantes de produtores
da bacia do Purus; rurais para participar de reuniões de sensibilização junto
aos órgãos oficiais de extensão e de licenciamento
ambiental.
i. Georeferenciar um mínimo de dez matrizes de cada uma das
20 espécies florestais selecionadas como prioritárias
para restauração florestal de mata ciliar no Purus,
conforme resultado do Inventário Florestal.
ii. Realizar levantamento fenológico das 20 espécies tendo em
vista o estabelecimento do período de floração e
frutificação para coleta de sementes na árvore e no solo.
6. Estruturar sistema
permanente de oferta iii. Realizar testes de germinação e de armazenamento das
de sementes florestais sementes das 20 espécies florestais selecionadas, junto
de espécies ao laboratório de sementes da Fundação de tecnologia
selecionadas para do Acre, Funtac.
emprego na
restauração florestal iv. Cadastrar as unidades de produção de sementes nativas do
da mata ciliar do Purus junto à Rede Amazônica de Sementes Florestais
Purus; nativas.
v. Propor aos órgãos de licenciamento ambiental procedimento
simplificado para produção de sementes florestais
destinadas à preparação de mudas a serem usadas em
projetos de restauração florestal.
i. Treinar um mínimo de 4 técnicos, funcionários de carreira,
das três prefeituras envolvidas no projeto, para
monitoramento das ações do projeto.
7. Internalizar na ii. Envolver dois técnicos na realização do levantamento
administração socioeconômico no intuito de operacionalizar os
municipal indicadores sociais e econômicos presentes na área
instrumentos de rural do município.
controle e
monitoramento da iii. Preparar e instalar banco de dados resultante do
9. ocupação na mata levantamento socioeconômico para cadastramento rural
ciliar do Purus; e na prefeitura de cada município envolvido.
8. Estreitar a relação da i. Discutir com representantes dos ribeirinhos e com a
administração administração municipal ações de monitoramento da
municipal com a mata ciliar do Purus.
população ribeirinha
no intuito de ii. Preparar proposta de Projeto de Lei municipal acerca da
concretizar ações de largura ideal de mata ciliar para o Purus na região das
política pública na cabeceiras, a fim de aprovação nas Câmaras de
região. Vereadores de cada município.
Indicadores relacionados às Metas do projeto
Metas Indicadores
i. Realizar revisão de literatura acerca do Relatório acerca da ocupação social e produtiva
histórico da ocupação social e nos três municípios envolvidos no projeto
produtiva nos municípios localizados elaborado.
na área de influencia da cabeceira do
Purus como: Santa Rosa do Purus, Mapa de localização e vias escoamento elaborado
Manuel Urbano e Sena Madureira, até para cada município.
a foz do Rio Iaco.
Mapa de ação antrópica elaborado para cada
município.
ii. Realizar levantamento dos projetos de N⁰ de projetos avaliados com destaque para
financiamento ao setor produtivo alternativa produtiva financiada e área abrangida
apoiados, nos últimos dez anos, pela pelos projetos.
Superintendencia da Zona Franca de
Manaus, Suframa e pela Quantidade de contatos realizados nos escritórios
Superintendencia do das agencias de financiamento localizadas no Acre.
Desenvolvimento da Amazônia,
Sudam, na área de influencia da
cabeceira do Purus.
iii. Preparar síntese de diagnóstico da Documento síntese elaborado para cada município.
ocupação produtiva da região a partir
das informações compiladas para Análise das informações geradas no Zoneamento
elaboração da fase final do Econômico e Ecológico realizada.
Zoneamento Econômico e Ecológico
do Acre, transformado em legislação
estadual em 2008.
iv. Realizar levantamento de experiências de Cadastro das entidades que atuam com o
produção de sementes florestais segmento de sementes florestais elaborado.
realizadas no Acre nos últimos dez
anos. Quantidade de instituições que atuam com
10. sementes florestais analisadas e contatadas.
viii. Elaborar mapeamento temático da Imagens de satélite obtidas a partir do Instituto
cobertura vegetal presente na área de Nacional de Pesquisas Espaciais, Inpe.
influencia da cabeceira do Purus, a
partir da interpretação de imagens de Interpretadas as imagens de satélite relacionadas à
satélite Landsat, considerando uma área de influencia do projeto.
faixa de 3 quilômetros de largura em
cada margem (esquerda e direita), Elaborados 3 mapas, sendo um para cada
desde a nascente até a foz do Rio município, na área de influencia do projeto.
Iaco.
ix. Realizar uma expedição de N⁰ de produtores rurais familiares contatados
reconhecimento da área de influencia pelos pesquisadores da expedição.
da cabeceira do Purus, no trecho
entre o município de Santa Rosa e Quantidade de apresentações do projeto junto aos
Manuel Urbano, para checagem do produtores rurais.
mapeamento temático e contato com
os ribeirinhos sobre as ações do
projeto.
x. Definir metodologia de Inventário Florestal Metodologia específica para Inventário Florestal da
a partir do mapeamento temático. mata ciliar do Purus elaborada com base em
experiências anteriores com o Inventário Florestal
do cacau em mata ciliar no Purus já finalizado na
Ufac.
xi. Medir amostras de Inventário Florestal N⁰ de unidades amostrais do Inventário Florestal
distribuídas ao longo da mata ciliar do medidas.
Purus.
Quantidade de matrizes de espécies florestais
georeferenciadas.
xii. Processar os dados do Inventário Tabelas de abundancia, dominância, freqüência,
Florestal e elaborar relatório para índice de valor de importância por espécie
publicação. elaborado.
Relatório final do Inventário Florestal publicado.
Monografia sobre o Inventário Florestal defendida
no curso de Engenharia Florestal da Ufac.
N⁰ de agricultores familiares entrevistados.
xiii. Realizar levantamento socioeconômico Formulário específico de entrevistas elaborado.
junto às famílias de produtores
residentes na mata ciliar da área de Relatório final de socioeconomia publicado.
influencia da cabeceira do Purus.
Monografia sobre a socioeconomia do Purus
defendida no curso de Engenharia Florestal da
11. Ufac.
xiv. Selecionar a partir do Inventário Florestal, N⁰ de espécies identificadas pelo Inventário
lista das 20 espécies florestais de Florestal.
maior ocorrência na mata ciliar do
Purus, que serão objeto de Lista com as 20 espécies florestais prioritárias para
levantamento fenológico para restauração florestal publicada.
produção de sementes florestais.
xv. Elaborar material de extensão florestal Folder e cartaz publicados.
composto de um folder e cartaz, com
tiragens de 1.000 exemplares, % dos agricultores familiares beneficiados com
descrevendo os objetivos do projeto, visitas de extensão florestal.
para apresentação aos produtores.
xvi. Realizar visitas de sensibilização junto às Relatório das visitas junto às entidades elaborado.
entidades representativas dos
produtores rurais com prioridade para % dos agricultores familiares beneficiados com
o Sindicato de Trabalhador Rural de visitas de extensão florestal em santa Rosa,
Manuel Urbano, parceiro dessa Manuel Urbano e Sena Madureira.
iniciativa.
xvii.Apresentar as ações do projeto nas N⁰ de escolas visitadas nos 3 municípios.
escolas de ensino fundamental e de
segundo grau localizadas nos três Quantidade de apresentações sobre o projeto
municípios da área de influencia. realizadas.
xviii. Elaborar material de extensão N⁰ de exemplares de cartilha ilustrada sobre
florestal composto por uma cartilha de produção de sementes florestais nativas,
conscientização acerca da alternativa publicados e distribuídos.
produtiva de produção de sementes
florestais, com tiragens de 1.000
exemplares para ser distribuídas aos
produtores rurais participantes do
projeto.
xix. Realizar 4 cursos de coleta e produção de Quantidade de cursos realizados em cada
sementes florestais nativas, com a município, sendo um em Santa Rosa, um em
participação de 40 produtores em Manuel Urbano e dois em Sena Madureira.
cada curso, envolvendo o conteúdo
de técnicas de coleta de sementes e N⁰ de agricultores familiares participantes nos
processo de licenciamento ambiental treinamentos sobre sementes florestais.
da atividade.
xx. Promover a marcação de matrizes para N⁰ de matrizes georeferenciadas e marcadas para
coleta de sementes nas unidades posterior levantamento fenológico.
produtivas dos ribeirinhos envolvidos
no projeto.
xxi. Realizar visitas de sensibilização aos N⁰ de reuniões realizadas em cada órgão.
órgãos de extensão rural e de
12. licenciamento ambiental localizados Quantidade de apresentações do projeto
em Manuel Urbano, no intuito de realizadas.
promover a produção de sementes
florestais nativas.
xxii.Apresentar aos produtores rurais N⁰ de apresentações realizadas para os produtores
resultados do mapeamento temático rurais.
com indicação de trechos críticos
para restauração na mata ciliar do
Purus.
xxiii. Selecionar, em conjunto com o STR, Um total de 160 produtores selecionados para os
um total de 160 produtores para treinamentos.
participarem diretamente no projeto
por meio dos treinamentos para Lista dos participantes dos treinamentos.
produção de mudas.
xxiv. Selecionar e acompanhar Lista de produtores selecionados para visitas de
representantes de produtores rurais sensibilização nos órgãos.
para participar de reuniões de
sensibilização junto aos órgãos N⁰ de reuniões realizadas nos órgãos.
oficiais de extensão e de
licenciamento ambiental.
xxv. Georeferenciar um mínimo de dez N⁰ de matrizes georeferenciadas em cada
matrizes de cada uma das 20 município.
espécies florestais selecionadas
como prioritárias para restauração
florestal de mata ciliar no Purus,
conforme resultado do Inventário
Florestal.
xxvi. Realizar levantamento fenológico das Relatório do levantamento fenológico elaborado e
20 espécies tendo em vista o divulgado.
estabelecimento do período de
floração e frutificação para coleta de
sementes na árvore e no solo.
xxvii. Realizar testes de germinação e de N⁰ de testes realizados com as sementes coletadas
armazenamento das sementes das no Purus.
20 espécies florestais selecionadas,
junto ao laboratório de sementes da
Fundação de tecnologia do Acre,
Funtac.
xxviii. Cadastrar as unidades de produção Cadastro efetivado.
de sementes nativas do Purus junto à
Rede Amazônica de Sementes
Florestais nativas.
xxix. Propor aos órgãos de licenciamento Documento de flexibilização do processo de
13. ambiental procedimento simplificado licenciamento para sementes florestais nativas
para produção de sementes florestais elaborado.
destinadas à preparação de mudas a
serem usadas em projetos de Quantidade de reuniões realizadas para
restauração florestal. apresentação do procedimento nos órgãos de
licenciamento.
xxx. Treinar um mínimo de 4 técnicos, N⁰ de técnicos da prefeitura treinados.
funcionários de carreira, das três
prefeituras envolvidas no projeto,
para monitoramento das ações do
projeto.
xxxi. Envolver dois técnicos na realização N⁰ de técnicos da prefeitura compondo equipe de
do levantamento socioeconômico no levantamento socioeconomico.
intuito de operacionalizar os
indicadores sociais e econômicos
presentes na área rural do município.
xxxii. Preparar e instalar banco de dados Banco de dados e indicadores socioeconômico
resultante do levantamento instalado junto às prefeituras.
socioeconômico para cadastramento
rural na prefeitura de cada município
envolvido.
xxxiii. Discutir com representantes dos Documento de ações de monitoramento elaborado
ribeirinhos e com a administração e pactuado entre os envolvidos.
municipal ações de monitoramento da
mata ciliar do Purus.
xxxiv. Preparar proposta de Projeto de Lei Um projeto de lei elaborado para cada município
municipal acerca da largura ideal de envolvido no projeto.
mata ciliar para o Purus na região das
cabeceiras, a fim de aprovação nas Quantidade de reuniões realizadas nas Câmaras de
Câmaras de Vereadores de cada Vereadores para discussão de proposta de
município. legislação sobre largura adequada de mata ciliar.
Metodologia detalhada e cronograma das atividades do projeto
Todas as atividades a serem realizadas no âmbito do presente projeto deverão assumir
como referência elementar a busca constante pelo envolvimento dos produtores em todos os
níveis e a necessidade maior de se concretizar os processos de pesquisa e extensão de maneira
a transferir, ainda no decorrer da execução do projeto, ou seja, dentro do prazo de 24 meses
estipulado para seu encerramento, todas as metas de acordo com o que foi descrito acima.
A composição da equipe executora procurou mesclar profissionais e instituições de
diferentes formações e missões, respectivamente, para que as diversas áreas de interesse
fossem contempladas. A descrição do papel de cada instituição envolvida na execução do
14. projeto apresentada no início do documento fornece uma idéia da interdisciplinaridade requerida
no projeto.
A seguir é apresentada a metodologia a ser empregada para execução de cada
atividade prevista para atender os objetivos e as metas descritas acima.
i. Seleção de bolsistas de ITI - A
Serão oferecidas um total de 8 bolsas de Iniciação Tecnológica, ITI nível A, para
alunos de graduação a serem selecionados junto ao curso de Engenharia Florestal da
Ufac. Cada bolsista atuará por um período de 12 meses, sendo quatro por cada ano do
projeto. Os bolsistas serão selecionados entre alunos do último ano de graduação e
deverão firmar compromisso com a elaboração de monografia sobre algum tema
relacionado ao projeto e no qual estiver envolvido.
ii. Reunião de equipe para definição do planejamento operacional do projeto
Com a participação de todos os pesquisadores envolvidos, tanto da Ufac
quanto da Unesp, e mais o envolvimento de representantes da Prefeitura de Manuel
Urbano será realizada naquela cidade uma primeira reunião operacional do projeto.
Pretende-se a partir desse planejamento dar início aos trabalhos de compilação
de dados secundários de literatura e preparação da equipe para os levantamentos de
dados primários.
iii. Aquisição de imagens de satélite
Serão adquiridas imagens do satélite ETM/Landsat 7 (média resolução), para
toda a área de abrangência da cabeceira do Purus, junto ao Inpe.
Para definição da área coberta pela imagem bem como seleção das imagens se
contará com o apoio do laboratório de sensoriamento remoto instalado na Funtac.
iv. Aquisição de material permanente
Os materiais permanentes a serem adquiridos pelo projeto incluem dois
computadores lap top.
v. Definição da metodologia para o mapeamento por satélite da mata ciliar do
Purus na área de influencia da cabeceira
Com base na análise das imagens de satélite adquiridas, os pesquisadores
definirão a metodologia apropriada à identificação da ação antrópica corrente ao
longo de uma faixa de 3 quilometros de cada margem do Purus, no trecho
compreendido entre a nascente até a foz do Rio Iaco em Sena Madureira.
15. vi. Elaboração de relatório sobre a mapeamento temático da área de influencia
da cabeceira do Purus
Uma vez estabelecida a metodologia para o mapeamento por satélite será
realizada interpretação visual das imagens acompanhadas por checagem de campo em
pontos previamente selecionados.
vii. Definição da metodologia para o Inventário florestal da mata ciliar do Purus
Os pesquisadores definirão uma metodologia para o Inventário Florestal da
mata ciliar, tendo como princípio os inventários realizados, também em projetos
apoiados pelo CNPq, para o cacau nativo do Purus e pelo projeto Ciliar Só-Rio Acre.
A interpretação das imagens de satélite auxiliará essa atividade, na medida em
que a escolha das parcelas amostrais deverá ser feita a fim de se alcançar a maior
representatividade possível dos diferentes estratos florestais existentes na várzea do
alto Purus.
viii. Elaboração de relatório sobre a metodologia para Inventário Florestal da
mata ciliar do Purus
Um relatório contendo as discussões acerca da metodologia adotada para o
Inventário Florestal será elaborado e disponibilizado via site para discussão acadêmica
com interessados. Esse relatório será objeto de monografia e será publicado ao final
do projeto para disseminação do conhecimento a outras instituições.
ix. Levantamento de amostras de inventário florestal
Com base na metodologia definida para o Inventário Florestal serão medidas
informações em amostras, escolhidas a fim de proporcionar a maior intensidade
amostral e representatividade possível da área de abrangência deste projeto. Os
levantamentos serão feitos por ocasião das primeiras expedições na área.
x. Processamento estatístico do inventário
Os dados coletados no levantamento das amostras de inventário florestal serão
processados pelos bolsistas, em programa de processamento estatístico comumente
empregados como o Mata Nativa por exemplo.
xi. Elaboração de relatório sobre o Inventário Florestal
Com os dados do levantamento processados, a equipe do projeto elaborará um
relatório contendo as análises de abundancia, freqüência e dominância, a fim de
determinar as 20 espécies de maior relevancia para projetos de restauração da mata
ciliar do Purus.
16. xii. Elaboração de relatório sobre o mapeamento por satélite da ocorrência e
dispersão do cacaueiro nativo e espécies associadas
Mediante confrontação das informações obtidas por meio do Inventário
Florestal com a análise das imagens de satélite, será elaborado um relatório sobre o
mapeamento remoto da ocorrência e dispersão de espécies florestais na mata ciliar do
Purus.
xiii. Elaboração de formulário para Levantamento Socioeconômico
Com base em levantamentos socioeconômicos já realizados no Acre, como na
Floresta Estadual do Antimary, no Projeto de Assentamento extrativista São Luis do
Remanso e no projeto de Manejo Florestal Comunitário do cacau nativo do Purus,
apoiado pelo CNPq, a equipe executora irá preparar um novo formulário a ser aplicado
nas entrevistas com os produtores localizados na área da mata ciliar do Purus.
xiv. Realização das entrevistas de socioeconomia
De posse do formulário específico para aplicação junto aos produtores
ribeirinhos do Purus, será composta equipe interdisciplinar, formada por engenheiros
florestais, extensionistas, economistas e educadores, para entrevistarem um mínimo
de 40% da população residente na área.
xv. Processamento do levantamento socioeconômico
Os dados do levantamento socioeconômico serão processados digitados e
processados na Prefeitura de Manuel Urbano. O sistema a ser utilizado será
estabelecido na reunião para definição dos instrumentos de monitoramento do
projeto. avaliação da sustentabilidade do manejo.
xvi. Reunião de avaliação parcial do projeto entre as instituições parceiras e a
equipe executora
Uma avaliação de meio termo será realizada com representantes de todas as
instituições parceiras e a equipe executora, durante 3 dias em Manuel Urbano,
incluindo uma visita a uma comunidade beneficiária do projeto, a fim de avaliar os
resultados alcançados e tomar decisões visando à melhoria de desempenho do
projeto.
xvii. Visitas de extensão florestal para inovação tecnológica da produção de
sementes florestais
Uma das atividades principais do projeto é a extensão florestal com inovação
da produção de sementes. Essa atividade será desenvolvida sob a forma de visitas
técnicas aos agricultores familiares, realizadas ao longo dos 3 primeiros trimestres do
17. primeiro e segundo anos de execução, bem como durante os 2 trimestres finais do
projeto.
Com isso, cada agricultor será beneficiado com um total de 8 visitas técnicas,
nas épocas indicadas para navegação no Purus.
Serão formadas 2 equipes de extensão, incluindo os bolsistas e os
extensionistas do projeto vinculados às instituições parceiras. Essas equipes serão
supervisionadas e orientadas por pesquisadores do projeto. As equipes, ao longo dos
trimestres de extensão, ficarão 2 semanas em campo, alternadas com 1 semana na
cidade, e assim sucessivamente.
xviii. Elaboração de material de extensão envolvendo a produção de sementes
florestais nativas
A fim de auxiliar o trabalho de extensão junto aos agricultores familiares, será
elaborada cartilha ilustrada, em linguagem acessível, contendo as informações
essenciais sobre a produção de sementes florestais.
xix.Publicação e distribuição em treinamentos para agricultores familiares sobre
coleta e produção de sementes florestais
A cartilha será publicada com uma tiragem de 1.000 exemplares e distribuídas
nos cursos de qualificação para produção de sementes florestais.
xx. Realização do levantamento fenológico para as 20 espécies florestais
selecionadas
Estudos de fenologia serão elaborados para cada uma das 20 espécies florestais
selecionadas a partir de informações de literatura, observação no campo e entrvistas
com os produtores.
xxi. Teste das sementes coletadas no Purus
Exemplares de sementes de cada uma das 20 espécies selecionadas serão
testadas quanto ao poder germinativo junto ao laboratório de sementes florestais da
Funtac.
xxii. Elaboração de documento de legislação municipal sobre largura adequada
de mata ciliar
A equipe de pesquisadores irá, com base em todas as informações obtidas pelo
projeto, preparar proposta de legislação municipal contendo cálculo da largura
adequada da mata ciliar para o Purus naquele município.
xxiii. Reuniões de sensibilização com órgãos ambientais e de extensão
18. Todos os órgãos que possuem escritório de representação nos municípios
envolvidos no projeto serão instados a se envolverem na sua execução e na discussão
dos seus resultados, através de reuniões bimestrais periódicas com os pesquisadores
do projeto.
xxiv. Reunião final de avaliação do projeto entre as instituições parceiras e a
equipe executora
Ao final do projeto, será realizada, em Manuel Urbano, uma reunião de
avaliação do projeto, com representantes das instituições parceiras e a equipe
executora. Essa reunião terá duração de 3 dias, e incluirá visita a uma comunidade
beneficiária do projeto. Essa reunião subsidiará a elaboração do relatório final.
xxv. Elaboração do relatório final do projeto
Com base na reunião final de avaliação do projeto, o coordenador elaborará o
relatório final do projeto.
19. Cronograma de execução por Metas
TRIMESTRE
Metas 1 2 3 4 5 6 7 8
i. Realizar revisão de literatura histórico da ocupação... X
ii. Realizar levantamento dos projetos de financiamento... X
iii. Preparar síntese de diagnóstico da ocupação... X
iv. Realizar levantamento de produção de sementes... X
v. Elaborar mapeamento temático da cobertura vegetal... X X
vi. Realizar uma expedição de reconhecimento da área... X
vii. Definir metodologia de Inventário Florestal... X
viii. Medir amostras de Inventário Florestal distribuídas... X X
ix. Processar os dados do Inventário Florestal e... X X
x. Realizar levantamento socioeconômico junto às famílias... X X X X
xi. Selecionar a partir do Inventário Florestal, lista das 20... X X
xii. Elaborar material de extensão florestal... X X X
xiii. Realizar visitas de sensibilização junto às entidades... X X
xiv. Apresentar as ações do projeto nas escolas... X X X X
xv. Elaborar material de extensão florestal composto... X
xvi. Realizar 4 cursos de coleta e produção de sementes... X X
xvii.Promover a marcação de matrizes para coleta... X X X
xviii. Realizar visitas de sensibilização aos órgãos... x X X X X
xix. Apresentar aos produtores rurais resultados... X X X
xx. Selecionar, em conjunto com o STR, um total de 160... X X X
xxi. Selecionar e acompanhar representantes de produtores... X X
xxii.Georeferenciar um mínimo de dez matrizes de cada... X X
xxiii. Realizar levantamento fenológico das 20 espécies... X X X
xxiv. Realizar testes de germinação e armazenamento... X X
xxv. Cadastrar as unidades de produção de sementes... X X
xxvi. Propor aos órgãos de licenciamento ambiental... X
xxvii. Treinar um mínimo de 4 técnicos... X X X
xxviii. Envolver dois técnicos na realização levantamento... X X X
xxix. Preparar e instalar banco de dados resultante... X X
xxx. Discutir com representantes dos ribeirinhos... X X
xxxi. Preparar proposta de Projeto de Lei municipal acerca X X
da largura ideal de mata ciliar para o Purus...
20. Orçamento em Reais
Custeio
Discrimina†‡o do item Valor unit„rio Quantidade Valor total
Di„rias de campo 93,91 180 10.903,80
Material de escrit‚rio vb vb 3.000,00
Combust•vel em litros (Gasolina e ‚leo 2 tempos) 3,10 5.000 litros 15.500,00
Servi†os terceiros pessoa f•sica (por dia) 60,00 200 12.000,00
Servi†os terceiro pessoa jur•dica (impress‡o de vb vb 12.500,00
material, aluguel de barco)
Capital
Discrimina†‡o do item Valor unit„rio Quantidade Valor total
Computador lap top 2.500,00 2 5.000,00
Justificativas quanto ˆ imprescindibilidade:
Processamento de dados dos levantamentos e possibilidade de uso no interior, para apresenta†‡o de
resultados e elabora†‡o de relat‚rios.
Bolsas
Modalidade Quant. N‹ de meses Valor Unit„rio Valor total
ITI – A 8 12* 360,00 34.560,00
Total Geral (Custeio + Capital + Bolsas) 93.463,80
* Para ampliar a participação dos alunos e a quantidade de produtos acadêmicos como
monografias, cada bolsista permanecerá no projeto no máximo 12 meses apesar do
cronograma do projeto ser de 36 meses.
21. Contrapartida das instituições envolvidas
No quadro a seguir, pode ser observada a contrapartida, n‡o financeira, disponibilizada
pelas institui†Œes envolvidas na proposta.
Instituição Contrapartida Mensurada
Universidade Federal do Acre Disponibiliza†‡o de laborat‚rios (sementes e bot•nico),
– UFAC, por meio do Centro escrit‚rios, telefones e computadores. TambŠm colocar„
de Ciƒncias Biol‚gicas e da horas de trabalho de 4 professores, sendo dois em n•vel de
Natureza, CCBN e doutorado e dois de mestrado. Por fim tambŠm selecionar„
Coordena†‡o de Engenharia 8 alunos de gradua†‡o em Engenharia Florestal para serem
Florestal bolsistas do projeto.
Universidade Estadual Paulista Disponibilizar„ as horas de trabalho de um pesquisador com
- Unesp n•vel de doutorado em log•stica de transporte e escoamento
fluvial da produ†‡o. TambŠm disponibilizar„ os laborat‚rios
de ensaios de materiais.
Associa†‡o Andiroba Disponibilizar„ 2 extensionistas para envolvimento no
programa de extens‡o florestal do projeto. Colocar„ ˆ
disposi†‡o a estrutura f•sica, composta de escrit‚rio de
trabalho com telefone e mobili„rio, para as a†Œes do projeto
em Rio Branco.
Prefeitura de Manuel Urbano Compor„ em com junto com as prefeituras de Sena
Madureira e de Santa Rosa do Purus, o comitƒ de
monitoramento do projeto. Especificamente recepcionar„ o
banco de dados em Socioeconomia e colocar„ dois
servidores para serem treinados em a†Œes relacionadas ao
projeto.
Sindicato de Trabalhadores Apoiar„ a sele†‡o dos produtores que se envolver‡o
Rurais de Manuel Urbano diretamente no projeto, em especial nos treinamentos.
Compor„ a equipe que realizar„ atividades de
sensibiliza†‡o junto aos ‚rg‡os e ˆs c•maras municipais.
Associa†Œes e entidades Se envolver‡o com participa†‡o direta em treinamentos, na
diversas de representa†Œes realiza†‡o do levantamento socioeconŽmico, na instala†‡o
dos trabalhadores das unidades de produ†‡o de sementes e, por fim, no
monitoramento das a†Œes do projeto como um todo.
22. Existência de financiamento de outras fontes ou solicitação em curso
Não há outras fontes de financiamento para o projeto, em que pese o fato de ter sido
iniciada uma elementar discussão com a prefeitura municipal de Manuel Urbano, que se
comprometeu na busca de possibilidades de financiamento, o que, contudo, tendo em vista as
fontes de recursos operadas pelas administrações municipais, como o tradicional Fundo
Nacional de Meio Ambiente, não deverá priorizar a geração de informação como na atual
proposta.
Instituições onde se pretende realizar o projeto
As ações do projeto de materializarão em três espaços distintos e interligados, quais
sejam:
Escritório em Manuel Urbano:
Toda parte operacional do projeto estará sediada na cidade de Manuel Urbano
em espaço físico em processo de negociação com a administração municipal.
Será nessas instalações que a equipe do projeto trabalhará de forma rotineira
durante os 24 meses de execução do projeto.
A administração municipal estabeleceu, recentemente instrumento de parceria
com a Ufac.
Laboratório de Negócios Florestais da Ufac:
Recém inaugurado com apoio da Finep essa estrutura sediará toda parte
operacional do projeto em Rio Branco em conjunto com o escritório cedido pela
Associação Andiroba, que nos últimos 5 anos executou 3 projetos em parceria
com a Ufac.
Laboratório de Sementes da Funtac:
Com capacidade e, o mais importante credenciado pelo Ministério da agricultura,
para realização de ensaios para obtenção dos coeficientes técnicos para
sementes o Laboratório da Funtac será de imprescindível ajuda no teste e
determinação do poder germinativo e procedimentos para armazenamento para
as sementes coletadas no Purus.
Existe acordo permanente de cooperação técnica e financeira entre a Ufac e a
Funtac que envolve vários projetos de Iniciação Científica, PIBIC e de promoção
de pesquisas sobre o uso múltiplo do ecossistema florestal no Acre.
23. Equipe envolvida no projeto
Pesquisador Vinculação Formação/função no Atividade (dedicação em
Instituição projeto horas)
Ecio Rodrigues UFAC Engenheiro Florestal, Coordenador Geral - 20
Doutorado. horas
Jairo Pinheiro de Lima UNESP Engenheiro Civil, Estudo da log•stica de
Doutorado, Pesquisador escoamento da produ†‡o -
10 horas
Edmilson Santos Cruz UFAC Engenheiro Florestal, Metodologia de Invent„rio
Doutorado. Pesquisador Florestal – 20 horas
Nei Sebasti‡o Braga Gomes UFAC Engenheiro Florestal, Composi†‡o Flor•stica da
Doutorado. Pesquisador Mata Ciliar – 10 horas
Bolsistas ITI - A UFAC Graduandos em Todos os levantamentos e
Engenharia Florestal extens‡o – 20 horas
TŠcnicos prefeitura de Prefeitura TŠcnicos n•vel mŠdio Levantamento
Manuel Urbano socioeconŽmico e cadastro
Domingos Ramos de Assis Associa†‡o Extensionista Execu†‡o do programa de
Andiroba extens‡o florestal – 20 horas
Lucina Rodrigues Pereira Associa†‡o Engenheira Florestal Coordena†‡o do Invent„rio
Andiroba Florestal – 40 horas
Symone Maria Melo UFAC Engenheira AgrŽnoma, Interpreta†‡o de imagens de
Figueiredo Mestrado. satŠlite e confec†‡o de
mapas .
Dirigentes sindicais STR Manuel Lideran†as comunit„rias Sele†‡o e contato com os
Urbano produtores.
Luis Augusto Mesquita de UFAC Engenheiro Florestal, Planejamento operacional do
Azevedo Mestrado. Pesquisador projeto e da produ†‡o de
sementes.
Marco Antonio Amaro UFAC Engenheiro Florestal, Processamento e relat‚rio
Doutor. Pesquisador do Invent„rio Florestal
Raul Torrico Andiroba Mestre em Desenvolto An„lise produ†‡o de
Regional sementes
24. Anexo I
Informa†Œes adicionais sobre a produ†‡o de sementes florestais nativas no Acre
T•tulo:
PLANO DE NEG•CIOS PARAPRODU•‘O DE SEMENTES FLORESTAIS, NO ACRE, POR
ASSOCIA•’ES DE PRODUTORES RURAIS FAMILIARES
Estudo realizado em parceria com a Associa†‡o Andiroba por:
Raul Vargas Torrico – Engenheiro AgrŽnomo, MSc.
Ecio Rodrigues – Engenheiro Florestal, PhD.
25. ASPECTOS MERCADOLÓGICOS DA PRODUÇÃO DE SEMENTES FLORESTAIS
Ramo de atividade: Produção de sementes Florestais nativas
Setor da economia: Primário
Identificação da oportunidade
Na Amazônia a tecnologia do Manejo Florestal de Uso Múltiplo tem sido apontada como
alternativa principal para uso sustentável da diversidade biológica existente na região. Espera-se
que com o emprego dessa tecnologia seja possível transformar o potencial da biodiversidade em
geração de emprego e renda para as populações residentes na região. A conseqüência natural é
a redução e total eliminação da prática do desmatamento enquanto alternativa de produção.
Isto é, se o recurso florestal possuir maior valor monetário que a sua principal concorrente: a
pecuária; a decisão dos investimentos privados se direcionará para manutenção da floresta, ao
mesmo tempo em que, quando o contrário acontece e a carne do gado possui maior valor que a
floresta, as taxas de desmatamento são intensificadas.
Neste aspecto o governo federal tem apoiado o Uso racional das florestas, através dos
vários programas destinados à conservação das florestas amazônicas e apoio às atividades
florestais consideradas de elevado risco econômico.
Sendo assim, no contexto do uso múltiplo, o Manejo Florestal de Sementes nativas se
adequada perfeitamente, primeiro do ponto de vista ecológico (redução do desmatamento),
segundo sob o ponto de vista social (manter as ligações sociais familiares, religiosas, lazer etc..)
e terceiro sob o ponto vista econômico (aumento de emprego e renda).
Surge dessa maneira uma nova e promissora oportunidade de investimentos para
associações de produtores localizados na Amazônia, quer para ofertar sementes florestais que
atenderão aos programas de reflorestamento e de restauração privados em execução pelas
empresas, quer seja para atender a demanda por revegetalização oriundas de prefeituras,
órgãos estaduais e organizações não governamentais.
Gargalos normativos criados pela legislação específica para produção de sementes
florestais
Para legalizar a exploração e comercialização de sementes florestais nativas, a comunidade
empreendedora deve elaborar um Plano de Manejo ao Ibama, ou órgão estadual que tenha
firmado o pacto federativo, e fazer o Registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, MAPA, do seu estado.
A obtenção deste registro é condição para poder comercializar sementes florestais para todo
território nacional. A Associação para conseguir o registro no MAPA terá que elaborar estudo de
fenologia, georeferenciar as matrizes e estruturar o que se denomina de Área de Produção de
Sementes, APS.
26. Análise de risco da produção de sementes florestais nativas:
Pontos fortes
Os investimentos realizados pela Associa†‡o podem ser conseguidos ˆ fundo
perdido, em ‚rg‡os de apoio como o Fundo Nacional de Meio Ambiente,
Conselho de Direitos Difuso e Fundo AmazŽnia;
N‡o existem concorrentes diretos operando no Acre;
O mercado consumidor no Acre e em toda regi‡o Norte Š crescente;
Existe estrutura de apoio ˆ comercializa†‡o representada pela Cooperativa de
produtos florestais, Coopfloresta;
Existe m‡o-de-obra especializada no manejo das sementes nativas em
abund•ncia no Acre;
H„ ocorrƒncia de matŠria–prima com garantida anual de abastecimento;
Existe uma forte oferta de sementes pass•veis de serem obtidas em „reas sob
manejo florestal madeireiro, o que facilita a coleta;
O MAPA possui pessoal para auxiliar no registro das associa†Œes de
produtores.
Pontos Fracos
O mercado de sementes florestais no Acre possui uma sŠrie de restri†Œes;
Dif•cil acesso em „rea de floresta na Špoca da frutifica†‡o das sementes;
Algumas espŠcies florestais possuem sementes recalcitrantes, que perdem
rapidamente o seu poder germinativo; e
Histeria acarretada por poss•veis amea†as da biopirataria contaminam o
processo de licenciamento ambiental da atividade, tornando-o mais oneroso que
o necess„rio.
Aspectos ambientais do negócio
A Instru†‡o Normativa de 05 de setembro de 1996, do MMA, que altera o critŠrio de
reposi†‡o florestal na AmazŽnia, exigindo o plantio de acordo com o consumo de madeira
utilizada de „rea de desmatamento, veio a Incentivar a demanda por sementes florestais,
sobretudo por madeireiros e fazendeiros.
Observando as tabelas 01 e 02 verifica-se que o Mato Grosso Š o Estado que apresenta
maior n…mero de „rea autorizadas para o desmatamento o que permite deduzir que Š o Estado
que demandar„ maior quantidade de mudas para reposi†‡o florestal.
27. Tabela 01. Autoriza€•es de desmatamento da Amaz‚nia Legal – 1997
Estados Nº Autoriza. Área Autorizada Volume Total
Em Hectares Em M3
Acre 287 23.347,40 177.524,41
Amapá 197 1.699,00 5.352,00
Amazonas 124 5.984,14 232.698,78
Maranhão 152 24.744,64 587.014,86
Mato Grosso 1.567 174.052,08 4.079.523,68
Pará 68 1.706,40 57.351,59
Rondônia 690 12.796,77 --------
Roraima 31 1.257,00 10.287,07
Tocantins 88 7.216,72 176.351,90
Total 3.204 252.804,15 5.326.104,29
Fonte: IBAMA-DEREF/2001
Tabela 02: Desmatamento da Amaz€nia Legal – 1998.
3
Estados N² Autoriza. Área Autorizada Volume Total (M )
Acre 1.222 12.177,53 15.635,63
Amapa 164 930,30 ----------
Amazonas 266 5.788,14 141.627,50
Maranhao 156 18.573,94 80.991,30
Mato Grosso 3.296 374.531,98 3.327.531,88
Para 97 16.600,95 527.458,72
Rondonia 236 10.296,96 285.149,72
Roraima 636 3.038,05 ------------
Tocantins 346 18.783,89 80.991,30
Total 6.419 895.712,76 4.459.386,05
Fonte: IBAMA-DEREF/2001
No ano de 1999, conforme a tabela 03, observa-se que os estados do Matogrosso e o
Acre foram o que mais desmataram na Amazônia legal, os dois juntos chegaram a desmatar
18.1087,32 hectares de floresta que corresponde a 75% das áreas desmatada na amazônia
legal. Portanto, nem sempre o estado que mais derruba é o que mais aproveita a madeira. Os
Estados que mais volume consumiram foram Matogrosso com 4.013.057,68 m3 e Maranhão
com volume de 698.345,55 m3.
Tabela 03: Autoriza€•es de desmatamento da Amaz‚nia Legal – 1999 e 2000
DEMONSTRATIVO SOBRE AS ÁREAS DESMATADAS - Consolidado de 1999
N.º Total de Área Total das Soma Total das Áreas Volume Total
N.º Estado 3
Propriedades Propriedades Autorizadas (em Ha.) M
1 Acre 4.036 682.328,10 20.584,56 55.953,30
2 Amapá 336 30.398,79 1.995,04 810,71
3 Amazonas 524 117.629,54 3.603,60 43.135,80
4 Maranhão 109 386.097,16 19.777,84 943.895,96
5 Mato Grosso 3.392 1.598.413,53 160.502,76 4.013.057,68
6 Pará 375 3.700.658,76 12.595,17 698.345,55
7 Rondônia 803 142.644,60 6.933,35 6.513,32
28. 8 Roraima 364 29.506,58 1.232,25 3.412,98
9 Tocantins 183 146.454,66 13.704,61 129.783,84
Total Geral 10.122 6.834.131,72 240.929,18 5.894.909,13
Consolidado de 2000
N.º Total de Área Total das Total das Áreas Volume Total
N.º Estado 3
Propriedades Propriedades Autorizadas (em Ha.) M
1 Acre 157 255.258,86 5.546,90 107.735,32
2 Amapá 914 21.496.355,07 2.928,00 29.366,00
3 Amazonas 736 96.019,84 4.324,50 192.966,67
4 Maranhão 147 3.764.735,40 56.500,07 2.739.440,03
5 Mato Grosso - - - -
6 Pará 408 4.618.937,21 7.582,54 534.152,59
7 Rondônia 1.008 3.459.696,90 611.689,44 428.158,63
8 Roraima 282 63.277,40 3.528,09 38.611,66
9 Tocantins 721 523.334,27 29.758,97 670.826,13
Total Geral 4.373 34.277.614,95 721.858,51 4.741.257,03
Fonte: IBAMA-DEREF/2001
No ano de 2000 o Matogrosso n‡o liderou o desmatamento; de acordo com os dados
oficiais n‡o se tem registro de autoriza†‡o de desmate. J„ o Estado de RondŽnia liderou com
611.689,44 hectares, mas tambŠm n‡o foi o Estado que mais volume extraiu, neste caso o
Maranh‡o assume com 2.739.440,03 m3.
Neste sentido, tomando como base os anos de 1997 e 1998, verifica-se que ap‚s a
aplica†‡o da IN 1/96-MMA que trata da reposi†‡o florestal houve uma redu†‡o de consumo de
madeira na AmazŽnia legal, por outro lado, aumentou-se a „rea de desmatamento, passando de
252.804,15 hectares para 895.712,76 hectares. Portanto, o consumo de madeira foi mais
selecionada, reduzindo de 5.326.104,29 m3 para 4.459.386,05 m3. Mesmo assim, existiu uma
demanda de mudas para atender estes dois ano na ordem de 58.712.941,00 de mudas
(utilizando o critŠrio adotado pelo Par„ , a cada 1 m3 consumido iria 6 mudas para o campo) .
Nos anos de 1999 a 2000, repete-se o que vem ocorrendo nos anos anteriores, ou seja,
mais „reas desmatadas e menos consumo de madeira. Baseando–se nos resultados identificou-
se que a demanda por mudas deveria chegar na ordem de 63.816.996 mudas. (1 m3
consumido, 06 mudas iria para o campo).
Analisando as tabelas acima, observa-se que nos anos impares existem maiores
consumo de madeira e menores n…meros de „reas desmatadas, por outro lado, nos anos pares
o processo Š inverso.
No ano de 2.000 a procura por sementes nativas no Estado de RondŽnia foi superior a
oferta, este fato levou a substituir as espŠcies nativas da Regi‡o por espŠcies ex‚tica, a
demanda maior est„ sobre a espŠcie Teca (Tectona grandis).
Mercado Consumidor
29. O mercado de sementes florestais é amplo e está em expansão, atinge diversos
segmentos do setor Florestal Brasileiro. As regiões mais consumidoras de sementes florestais
são o Sul e Sudeste do País, sendo que existe um nicho de sementes florestais Amazônicas,
dentre outras podemos citar as sementes que foram classificadas como produto em extinção,
como é o caso do mogno, que está sendo utilizada em eventos educativos.
Especificamente, podemos considerar que o maior nicho de consumo de espécies
nativas da Amazônia está localizado no Estado do Pará, seguido do Maranhão e Tocantins.
Mesmo assim, poucas espécies são aproveitadas para realizar grandes plantios, dentre o leque
das 50 espécies trabalhadas no Pará, 04 (quatro) são mais procuradas para realizar grandes
plantios, e destas 04 (quatros), 03 (três) são nativas (Mogno, Sumaúma, Paricá) e 01 (uma) é
exótica (Teca).
O laboratório de Sementes e Mudas Florestais da AIMEX, faz uma previsão para este
ano de 2001 de 300.000 mudas para plantios. Sendo que, sua maior receita é através da venda
de sementes, pois os madeireiros da região consideram mais econômico produzir suas mudas,
devido ao transporte encarece-las, quando é adquirido da AIMEX.
Outras espécies nativas são procuradas mais em pequenas escala, não deixando de ser
um potencial, de venda. Segundo Laboratório de sementes da AIMEX, existe uma demanda de
sementes nativas para 2001, na ordem de 07 Toneladas de Paricá ( shizolobium amazonicum
aubl.), 0,3 Ton de mogno e 0,2 Ton de Sumaúma.
No Estado do Pará os maiores compradores de sementes e mudas são os madeireiros,
uma vez que, aqueles que não possuem Plano de Manejo junto ao IBAMA, são obrigado a
fazerem a Reposição Florestal em obediência a LEI 4771/65 do IBAMA. Parte da demanda deste
setor é atendida pelo Laboratório da AIMEX. Mesmo assim, o laboratório não consegue atender
a demanda anual de sementes nativas. As espécies mais comercializadas no Estado do Pará,
são encontradas na tabela 04.
31. Taxi branco Slerolobium paniculatum Leguminosae
Ucuuba da terra firme Virola surinamensis Myristicaceae
FONTE: AIMEX – 2001
Em estudo recente realizado Pelo Projeto PPD 3/92 – VER –1 (E) , nos P‚los
(SantarŠm, Breves, BelŠm e Sul do Par„) identificou –se uma demanda anual de mudas na
ordem de 32 a 58 milhŒes conforme a Tabela 3, sendo a demanda por sementes na ordem 3,9
a 7,1 mil kg anualmente, as principais espŠcies s‡o: Paric„, mogno e suma…ma. Ainda baseado
no estudo identificaram, o défict de mudas nos P‚los estudados que gira entorno de 11 a 36,8
milhŒes por ano, com maior intensidade em BelŠm e no Sul do Par„. Indicando um “dŠficit de
semente” entre 1,4 a 4,5 mil kg por ano.
Tabela 05: demanda Anual de mudas de 04 Pólos do setor florestal no Pará
Pólos Cenário Conservador Cenário Otimista
Santar€m 486.100 875.000
Breves 3.065.000 5.522.200
Bel€m 10.928.000 19.678.000
Sul Do Par• 17.702.200 31.873.000
Total 32.181.300 57.948.200
Fonte: SIMDIMAD – Sindicato dos Madeireiros do Par• / 2000
De acordo com a conclus‡o do documento acima, a taxa de crescimento da demanda
por sementes e mudas para os pr‚ximos anos Š de 2,38 % ao ano, o que levar„ a uma demanda
por mudas entre 40 e 76 milhŒes de unidades, enquanto que a demanda por sementes est„
entre 5 e 9 mil kg.
AtŠ 1995, existiam poucos plantios em RondŽnia, devido a que a reposi†‡o florestal
obrigat‚ria era feita mediante recolhimento banc„rio, que no final das contas, ninguŠm fazia
reposi†‡o alguma. Com a chegada da Instru†‡o Normativa 1/96 – MMA, de 05 de Setembro de
1996, que extinguia o recolhimento banc„rio, e obriga a realizar a reposi†‡o, este quadro
come†a a mudar. De 1996 a 2000 tinha-se a previs‡o de implantar 30 milhŒes de mudas no
Estado de RondŽnia, de acordo com IBAMA, deste 70 % dos plantios foram efetivados. As
principais espŠcies utilizadas foram: Pinho Cuiabano ( Paric„) , Freij‚, Teca, Cedro e Mogno. Os
principais Munic•pios reflorestadores foram: Pimenta Bueno e Ji – Paran„.
Para este ano de 2001, os Sindicatos das industrias Madeireiras do Estado de RondŽnia
v‡o plantar na sua maioria mudas de TECA, pois tiveram dificuldades de encontrar sementes
nativas selecionadas e de boa qualidade. Est„ previsto para este ano no Munic•pio de Espig‡o
do Oeste, e circunvizinhos o plantio de Um Milh‡o de TECA. Isto demonstra que as empresas
que trabalham com sementes nativas naquela regi‡o n‡o apresentam condi†Œes para abastecer
este mercado, e ainda n‡o possuem a qualidade exigida.
32. Empresas que mais compraram sementes florestais nativas no Acre
Tabela 06: Volume das sementes comercializadas em 1999.
Nome Vulgar Qtdade (kg) Comprador Estado
Mogno 17 SOPREN PA
Mogno 1,5 Claúdio Oliveira S/R
Pref. Municipal de Campo Goitacazes
Mogno 2,0 SP
Mogno 3,0 Usina santa cruz SC
Mogno 1,0 FETAGRO RO
Mogno 0,5 Pirinópolis GO
Mogno 5,0 S.T.R.Ji-Paraná RO
Mogno 1,0 Wanderlei S/R
Mogno 2,0 Aimoré aparecido S/R
Paricá 3,0 SOPREN PA
Paricá 2,0 Aimoré aparecido S/R
Paricá 10,0 SOPREN PA
Cedro vermelho 3,0 SOPREN PA
Cedro vermelho 0,5 FETAGRO RO
Total 51,5
Fonte: CAPEB - 1999
33. Tabela 07: Volume das sementes comercializadas em 2000.
Compradores Espécies Qtdade Estado
Aimex Paric• 300 kg Bel‚m -PA
Pesacre Mogno/Cerejeira/Canelƒo 1 kg/1kg/1 kg/1kg RioBranco-AC
Freij„/ Tauari 250gr/360 gr
Sopren Mogno/Paric• 20 kg/2 kg Bel‚m - PA
Agriflora Cerejeira/Mogno/Freij„ 1kg/1,5kg/500 gr Araraquara–SP
Instit. Reflorestando Mogno/Paric•/Amarelƒo/ 100gr/100gr/100gr Santa cruz –
O Brasil Freij„/Sama…ma/Canelƒo 100gr/100gr/100gr RS
/Mulateiro/Jutai/Cerejeira/ 100gr/100gr/100gr
Cedro Verm./Tauari 100gr/100gr
Cumaru ferro/Jatoba 200 gr/200gr
Reflorestadora Cerejeira/Jatoba/ Cumaru 2 kg2 kg/2 kg Rio Branco–AC
Amaz†nia Viva Canelƒo/Amarelƒo 1kg/500gr
Ass. Trabalhadores Cedro/ Mogno/ Cerejeira 2 kg/1 kg/1kg TO
Rurais Freij„/ Paric•/ Canelƒo 500gr/500gr/500gr
Eletronorte Cerejeira/cumar… de ferro 1 kg/1kg Rio Branco–AC
Jatobá/Canelão /Paricá 1 kg/100g/500gr
Tauari/Mogno/ Freij„ 500gr/500gr/500gr
Amarelƒo 200 gr
Pedro Nem‚zio Cerejeira /Jatob•/Paric• 2 kg/1kg/1kg Fazenda Tr‡s
Cedro/ Freij„ 500gr/500 gr Irmƒos – SP
Asso. Trabalhadores Mogno/Canelƒo/Cedro 1kg/1kg/500gr Wanderlˆndia –
Vale Do Corda Cerejeira Freij„ Paric• 450gr/500gr/500gr TO
Clube Da Semente Mogno 70 kg Bras‰lia - DF
PauloRosa MendonŠa Mogno 2 kg Centralma–MG
Total 438
Fonte: CAPEB - 2000
Verificando nas tabelas acima, que não existe continuidade de demanda de uma
mesma empresa, ou instituição, exceto a SOPREN que aparece como compradora nos dois
anos de comercialização.
Neste sentido conclui-se que a procura por sementes depende da necessidade de cada
cliente (instituição) para aquele ano, ou seja, não é confiável coletar sementes para atender
anualmente o mesmo cliente.
34. Tabela 08: Previsão da quantidade de mudas a serem plantadas: de 1996 à 2001.
Descriminação Quantidade de mudas Previstas Ano
Rondƒnia 30.000.000,00 1996 – 2000
Par• 232.000.000,00 1996 – 2000
Amazonia Legal 58.712.941,00 1997 – 1998
Amazƒnia legal 63.816.166,00 1999 – 2000
Aimex 300.000,00 2001
Rondƒnia 1.000.000,00 2001
Par• 58.000.000,00 2001
Total 443.064.366,00 -------
Tomando como base a tabela acima, podemos fazer uma estimativa referente a
participação da Associação Nossa Senhora de Fátima no mercado de sementes na Amazônia
legal. No entanto, a participação no mercado da Associação desde sua implementação em 1997
até o previsto para 2001, onde o mercado demandou em torno de 54.237 kg de sementes (dados
estimados com base no estudo de Gasparetto/1994).
Quando se toma como referência os dados de toda a demanda de mudas desde 1996,
pode-se refletir que a participação da Associação foi de apenas 14 % de todo mercado na
Amazônia.
Mercado Fornecedor
Os Fornecedores de sementes florestais, ainda são bastante questionados, uma vez que
qualquer pessoa está habilitada a fornecer sementes. Existem situações em que o produtor
muitas vezes também é um fornecedor. As instituições de pesquisas, e os viverista, são muitas
vezes fornecedores e concorrentes ao mesmo tempo.
Este fato nos leva a concluir que é difícil dimensionar o tamanho do mercado fornecedor
no Brasil, uma vez que existem muitos fornecedores clandestinos.
Com a criação da Rede de Sementes Estaduais, este problema poderá ser minimizado,
considerando que somente poderá ser cadastrado quem estiver capacitado para exercer tal
atividade. Com isto, pretende-se, assegurar a qualidade e idoneidade do produto.
O fornecedor de sementes florestais nativas da Associação Nossa Senhora de Fátima
são os produtores rurais da própria comunidade. No momento está trabalhando com 30
produtores de sementes, que receberam cursos específicos para trabalharem com este tipo de
atividade.
Mercado Concorrente
São aqueles que possuem áreas de manejo, de maneira que as sementes são
comercializadas conforme a legislação vigente no IBAMA e Ministério da Agricultura.
Geralmente, este tipo de concorrente, são representado pelas instituições de pesquisas, que
fornecem sementes com qualidade, como é o caso da EMBRAPA-CPATU em Belém que
geralmente fornece sementes florestais nativas para índios da Região. Não significa que este
35. segmento, esteja dominando o mercado. Outros concorrentes, est‡o representados por
entidades de classe, tais como Associa†Œes e Cooperativas da AmazŽnia. Embora este
segmente seja bastante pequeno, est‡o preparados legalmente para ofertar sementes de „rea
de manejo Florestal.
Dentro da conjuntura atual de comercializa†‡o de sementes florestais nativas, podemos
citar as seguintes institui†Œes:
a) OSR – Organiza†‡o dos Seringueiros de RondŽnia, Š considerada como uma
entidade potencial – Pois j„ iniciaram estudos de comercializa†‡o de sementes em anos
anteriores. Com a cria†‡o da rede Estadual em RondŽnia, no ano de 2001, ser‡o reativados os
estudos e a comercializa†‡o das sementes florestais.
Ashaninka – Associa†‡o dos •ndios Ashaninka no estado do Acre, podem ser
enquadrados como sendo concorrente direto e em potencial.
As sementes coletadas da aldeia eram enviadas para o Instituto de Pesquisas e Estudos
Florestais – IPF em S‡o Paulo/SP, onde eram feitos os testes de germina†‡o e a
comercializa†‡o de sementes. Portanto a produ†‡o com a comercializa†‡o durou atŠ final de
1996, foram dois anos apenas de produ†‡o. Tendo em vista que n‡o se obteve nenhum apoio
financeiro externo, dificultando sua continua†‡o. Os •ndios chegaram a realizar curso de coleta
de sementes em S‡o Paulo. Mas infelizmente esta atividade encontra-se paralizada, em virtude
da falta de incentivos financeiros e apoio tŠcnico. Com a cria†‡o da rede de semente, onde a
FUNTAC ser„ intermedi„ria, poder„ ser um concorrente direto da Associa†‡o Nossa Senhora de
F„tima.
c ) Aimex – Laborat‚rio de sementes – S‡o consumidores, mas com a rede Estadual
ser‡o tambŠm concorrentes diretos, pois ir‡o adquirir sementes diretamente de produtores rurais
treinados na regi‡o do Par„.
Institui†Œes de Pesquisas - As institui†Œes de pesquisas atuam como fornecedores de
sementes, porque o mercado consumidor n‡o encontra quem as comercializa na AmazŽnia.
Existem tambŠm, outros tipos de concorrentes, como Š o casso dos viverista e empresas
Reflorestadoras, que em propor†Œes menores e bastante pulverizados, est‡o atuando no
mercado. Este tipo de concorrente, adquirem sementes florestais de pequenos produtores rurais
a pre†os irris‚rio e as comercializam, quando existe pedido. No Acre foram identificados as
seguintes empresas:
Centro de Produ†‡o de Mudas – CPM
‰ uma empresa privada fundada em 1997, com a finalidade de produzir mudas de
essƒncias florestais para atender a Reposi†‡o florestal no Estado. N‡o obtendo sucesso no
primeiro ano, teve que mudar de estratŠgia, passando a produzir mudas de espŠcies frut•feras. A
comercializa†‡o de sementes florestais se inicia no ano de 2.000, vendendo toda as produ†‡o
para fora do estado, conforme demonstra a tabela 08.
36. Tabela 09: Volume comercializado pelo CPM – ano 2.000
Nome Vulgar Quantidade (kg) Quem comprou ? Estado
Mogno 200 AIMEX Pará
Copaíba 50 AIMEX Pará
Cedro 5 AIMEX Pará
Paricá 20 AIMEX Pará
Cumaru 100 AIMEX Pará
Mogno 20 CPT Matogrosso
Total 395
Fonte: registros cpm
Reflorestadora AmazŽnia Viva
‰ uma empresa privada, criada com a finalidade de atender a demanda local de
espŠcies frut•feras, florestais, ornamentais e medicinais. Segundo o propriet„rio o comŠrcio de
mudas nativas de essƒncias florestais Š restrito. N‡o foi poss•vel identificar o volume
comercializado.
Viveiro Organiza†Œes Primavera
‰ uma entidade privada com objetivo de atender a demanda de mudas no Estado do
Acre e RondŽnia. Compra sementes de produtores rurais e comercializa as mudas. O volume de
mudas comercializadas est„ na tabela 09
Tabela 10: Quantidade de mudas vendidas no Acre e Rond•nia em 2000
Item Quantid. de mudas Quem comprou Estado
Mogno e cedro 80.000 Madeireiros RO
Espécies diversas 20.000 Peq. Produtores AC
Total 100.000
Redes de Sementes
Para se ter maior controle sobre o comercio de sementes florestais, est‡o sendo criadas
a n•vel estadual, redes de sementes. Os recursos financeiros para implanta†‡o da rede, s‡o
oriundos do MinistŠrio do Meio Ambiente, atravŠs do Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA.
Atualmente, encontram-se em funcionamento cinco redes:
a) Universidade do Amazonas – UA
37. b) Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov„veis
– IBAMA – DF;
c) Universidade de Bras•lia – Departamento de Engenharia Florestal – DF
d) Funda†‡o para Conserva†‡o e a Produ†‡o Florestal do Estado de S‡o Paulo;
e) Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC / PR
Rede de Sementes da Regi‡o Norte
Considerando que o maior consumo de sementes nativas da amazŽnia, se da na pr‚pria
AmazŽnia, a coordena†‡o ficar„ sob a responsabilidade da Universidade do Amazonas – UA.
Para dar maior visibilidade a Rede, pretende-se criar ainda este ano um site no provedor do
INPA (Instituto de Pesquisa da AmazŽnia). Neste site constar„ todas as informa†Œes …teis de
pelo menos 20 espŠcies da AmazŽnia. A rede de semente do Norte vai abranger os Estados do
Par„, Amazonas, RondŽnia, Acre e Roraima.
Ainda, pretende-se criar mais quatro redes Estaduais, algumas j„ est‡o em face de
implanta†‡o, como Š o casso do Estado do Acre, representado pela FUNTAC. As outras redes
ser‡o implantadas nos estados de RondŽnia, atravŠs da IRAD (.....) no Par„, com a AIMEX –
Laborat‚rio de Sementes Florestais e, finalmente no Amazonas, atravŠs da Universidade do
Amazonas.
As redes Estaduais ir‡o cadastrar somente Associa†Œes que estiverem capacitadas ,
desde a sele†‡o das matrizes atŠ a coleta das sementes. No caso do Acre (FUNTAC),
Amazonas e RondŽnia, ser‡o apenas intermediárias no processo, dispondo de um percentual
das sementes para pesquisa.
No Acre a FUNTAC, dever„ trabalhar com as Associa†Œes de Seringueiros do Projeto
Porto Dias e Antimary. Neste sentido, a Associa†‡o Nossa Senhora de F„tima poderia fazer
parte desta rede, ou formalizar convƒnio junto a FUNTAC, no intuito de garantir o
Armazenamento das sementes, bem como reduzir custos.
Espécies florestais prioritárias para serem comercializados pelas Associações
A Associa†‡o Nossa Senhora de F„tima tem um leque de 20 espŠcies de sementes
submetida ao manejo de sementes florestais para serem colocada a cada ano no mercado. A
seguir, espŠcies comercializadas pela Associa†‡o.
38. Tabela 11 . Espécies manejadas e preços praticados por kg de sementes
Nome Vulgar Nome cientifico
Preço
R$/Kg
Mogno/Samaúma/ipê Swietenia macrophilla/C. pentandra/T.serratifolia 80,00
Maçaranduba/Cedro vermelho Manilkara uberi/Cedrela odorata 60,00
Aroeira Astronium spp. 55,00
Aquaricuara/Mulateiro Minquartia guianensis/Mulatus acordarum 50,00
Amarelão/Quina quina Aspidosperma vargassi/Guettarda SP 50,00
Cumaru cetim/Canelão/Freijó Apuléia molaris/Aniba canelilla/Cordia goeldiana 40,00
Itauba Melizaurus itaúba 40,00
Carapanaúba/Cerejeira Aspidosperma oblongum/Torresea acreana 35,00
Tauari/Catuaba Couratari macrosperma/ Qualea tesmaniil 30,00
Jutaí/Paricá Hymenaea frutifies/Shizolobium amazonicum 25,00
Copaiba Copaifera multijuga 25,00
Jatobá Hymenaea courbaril 15,00
Fonte: CAPEB/2001 – Central de Produtores Rurais de Epitaciol„ndia e Brasil€ia
Principais Atributos do Produto - Vantagens
São sementes de árvores selecionadas (matrizes), Pois árvores não selecionadas
podem gerar sementes de má qualidade, dando origem a mudas inaptas ao plantio, ainda,
aumentam os custos de implementação do empreendimento.
As matrizes são selecionadas através de mapeamento florestal, distribuído entre 20
colocações da Associação. São realizados estudos fenológicos periodicamente, para identificar
vários aspectos ligados a produção, tais como: melhor época de colheita; época de produção de
cada espécie e; estimativa do tempo de produção por matriz/espécie.
Todos estes fatores, fazem com que o produto seja de boa qualidade, e tenha uma
procedência conhecida. Todavia, pode-se citar o apelo sócio-ambiental, que o produto tem, ou
seja, os produtores rurais estão incrementando sua renda e, o que é mais importante, estão
mantendo a floresta em pé.