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CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient•fico e Tecnol‚gico
DABS – Diretoria de Ciƒncias Agr„rias, Biol‚gicas e da Sa…de
CGAPB – Coordena†‡o-Geral do Programa de Pesquisa em Agropecu„ria e
Biotecnologia
COAGR – Coordena†‡o do Programa de Pesquisa em Agropecu„ria e do Agroneg‚cio

Processo. 561784/2010-8
          Edital MCT/CNPq/CT-Agro nº 26/2010 - Reflorestamento em Áreas Degradadas
          Visando Restauração Ambiental, Serviços Ecológicos e Outros Usos
Vigência: 11/11/2010 a 10/11/2013


DESCRIÇÃO DETALHADA DA PROPOSTA

Projeto:

        CILIAR CABECEIRAS DO PURUS

Resumo:

O Rio Purus corta, transversalmente, todo o territ‚rio do Acre durante o momento mais
importante para manuten†‡o das caracter•sticas ecol‚gicas de sua imensa bacia hidrogr„fica:
consolida†‡o das cabeceiras, da nascente ˆ foz do Rio Iaco. ‰ nesse trecho que o Purus se
forma e se consolida como um dos mais importantes tribut„rios do Rio Amazonas. Degradar
essa extensa „rea de influƒncia das cabeceiras significar„ comprometimentos variados ˆs outras
bacias hidrogr„ficas localizadas ˆ jusante. Ocorre que com o asfaltamento da BR 364, no sentido
Rio Branco a Cruzeiro do Sul (fronteira com o Peru) o vetor de ocupa†‡o produtiva do Acre
assumiu novo eixo, em dire†‡o ˆs „reas ainda n‡o exploradas para produ†‡o de madeira e onde
a pecu„ria ainda se apresenta incipiente, como caso do primeiro munic•pio a ser ligado com a
pavimenta†‡o, Manuel Urbano, localizado ˆs margens do Purus. Nessa perspectiva o projeto
pretende atuar em duas diretrizes principais. Primeiro iniciar um estudo de diagn‚stico, pioneiro
diga-se, das caracter•sticas da mata ciliar presente no Purus em seu percurso acreano. Segundo
mapear todos os trechos cr•ticos de degrada†‡o de mata ciliar que exigem restaura†‡o florestal.
Terceiro mapear matrizes das 20 espŠcies de maior ocorrƒncia na mata ciliar. E, finalmente,
estabelecer sistema fenol‚gico para produ†‡o de sementes e mudas das 20 espŠcies
selecionadas.

Instituição Proponente:

                Universidade Federal do Acre

                Endere†o: Km 04 da BR 364, Distrito Industrial, Rio Branco Acre

                CNPJ: 04.071.106/0001-37

Em parceria com:

                Universidade do Estado de S‡o Paulo, Unesp
Oscip Associação Andiroba

                Prefeitura Municipal de Manuel Urbano



Papel das Instituições Parceiras na Execução das Atividades



      Instituição          Especialização                    Esclarecimentos

Universidade Federal do   Engenharia          Coordenará o projeto e disponibilizará
Acre - Ufac               Florestal           profissionais da área de engenharia florestal
                                              com doutorado e que compõem o quadro de
                                              professores. Também selecionará 4 estudantes
                                              de Engenharia Florestal para participarem como
                                              bolsistas de ITI A. Por fim também selecionará 1
                                              recém formado para atuar como bolsista Exp 2
                                              na realização do Inventário Florestal,
                                              levantamento sócio-econômico, fenologia das
                                              espécies selecionadas e estabelecimento de
                                              sistema de coleta e produção de sementes.

Universidade Estadual     Engenharia de       Por meio do envolvimento do Departamento de
Paulista- UNESP           Transportes         Engenharia Civil, a UNESP produzirá estudos
                                              relacionados ao escoamento da produção
                                              florestal, dinâmica do leito do rio e sobre a
                                              logística necessária aos levantamentos e à
                                              posterior produção de sementes e mudas.

Associação Andiroba       Plano de Manejo     Com experiência na elaboração de Plano de
                          para sementes       Manejo para Unidades de Conservação e em
                          Florestais          restauração florestal de mata ciliar a Andiroba
                                              apoiará o projeto na elaboração do Plano de
                                              Manejo para produção de sementes das 20
                                              espécies selecionadas, incluindo o licenciamento
                                              ambiental junto aos órgãos de controle e
                                              monitoramento ambiental

Prefeitura Municipal de   Socioeconomia e     Com experiência na realização de cadastros
Manuel Urbano             apoio operacional   rurais e urbanos a administração municipal
                                              apoiará a realização do levantamento de
                                              socioeconomia a ser realizado por meio de
                                              entrevistas junto aos residentes ribeirinhos das
                                              margens do Purus em todo trecho compreendido
                                              pelo projeto. A base de dados socioeconômicos
será estruturado na prefeitura para posterior
                                              acompanhamento da dinâmica fundiária na mata
                                              ciliar do Purus. A prefeitura além de fornecer
                                              pessoal para atuar em socioeconomia também
                                              irá apoiar a operacionalização do projeto.

Sindicato e Associações Socioeconomia e       Serão os associados e suas entidades
de Trabalhadores Rurais seleção de            representativas que indicarão as unidades
de Manuel Urbano        produtores para o     produtivas, colocações como são denominadas
                        Plano de Manejo       na região, que farão parte do sistema de coleta e
                        de sementes           produção de sementes. Os produtores
                        florestais            selecionados receberão treinamento de
                                              alpinismo para coleta de sementes antes da
                                              queda. Serão esses produtores que farão parte
                                              do Plano de Manejo para produção de sementes
                                              a ser licenciado nos órgãos ambientais.



Coordenador:

               ECIO RODRIGUES DA SILVA, Professor Adjunto III da UFAC, Doutor em
               Desenvolvimento Sustentável pela UnB, título obtido em 2004.
               Endereço:
               Rua amazonas, 61, Cadeia Velha, Rio Branco, Acre, Cep: 69900-445
               Fone: 068 3901 25 21; 068 3244 1534
               Email: ecio@ufac.br

Enquadramento segundo Edital 026/2010:

               Proposta enquadrada na Chamada I, proposta individual de pesquisador com
               doutorado, vinculado a universidade federal, orçada no valor de R$ 99.600,00.


Linha(s) Temática(s) segundo o Edital 026/2010:

               Identificação e mapeamento de áreas degradadas e em processo de
               degradação, por região geográfica ou bioma;

               Recomposição florística de áreas de preservação e reserva legal;

               Análise e estudos de cenários da degradação dos ecossistemas e potencial para
               reflorestamento ecológico, nas diversas regiões/biomas existentes no território
               nacional;

               Tecnologia de sementes e produção de mudas florestais;

               Estruturação de unidades de serviços tecnológicos e de apoio à coleta e
               distribuição de sementes florestais, produção de mudas e sua comercialização;
Instituição de Execução do Projeto:

Universidade Federal do Acre, enquadrada pelo edital como:


                Instituição de ensino superior pública.

Experiência do coordenador e da instituição

       O Coordenador possui ampla experiência com a execução de projetos de pesquisa e
extensão florestal na Amazônia. O currículo resumido descrito abaixo fornece com clareza a
dimensão dessa experiência.

       Graduado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
em 1987 iniciou sua carreira profissional na Fundação de Tecnologia do Acre, FUNTAC. Na
condição de pesquisador compôs equipe que elaborou o primeiro projeto de manejo florestal de
uso múltiplo da Amazônia financiado pela Organização Internacional de Madeiras Tropicais,
ITTO, para a Floresta Estadual do Antimary.

         Em 1990 atuou como assessor parlamentar para assuntos de meio ambiente junto a
Assembléia Legislativa do Acre. Retornou à Universidade Federal do Paraná para cursar
Mestrado em economia e política florestal concluído em 1994, com uma dissertação acerca da
viabilidade econômica da criação de Reservas Extrativistas.

        De volta ao Acre foi coordenador geral do Centro dos Trabalhadores da Amazônia, CTA,
uma importante organização não governamental, criada por Chico Mendes, durante o período de
1992 a 1998. No CTA coordenou equipes de profissionais de várias formações para elaboração
de planos de manejo de uso múltiplo e comunitário em duas Reservas Extrativistas e na Floresta
Nacional do Macauã. Projetos apoiados pelo Banco Interamericano e pela                  ITTO,
respectivamente.

        Retornou à FUNTAC na condição de Diretor-Presidente presidente em 1999. Na Funtac
coordenou a elaboração do Relatório de Impacto Ambiental, RIMA, de quatro projetos de infra-
estrutura considerados prioritários. Para o licenciamento do Anel Viário de Rio Branco e Terceira
Ponte sobre o Rio Acre, o RIMA previu a implantação de uma série de medidas mitigadoras ao
longo da mata ciliar em um trecho de 20 quilômetros à jusante e à montante da ponte. A esse
conjunto de medidas, a equipe técnica chamou de Projeto Ciliar Só-Rio Acre.

       Em 2001 iniciou o doutorado em desenvolvimento sustentável na UnB. Durante o
doutorado trabalhou no Centro Nacional de Populações Tradicionais, CNPT, do IBAMA, onde foi
responsável direto pela criação de 18 novas Reservas Extrativistas na Amazônia e instrução do
processo de criação de outras 22 unidades.

        Em 2004 concluiu o doutorado defendendo tese acerca da vantagem competitiva do
ecossistema na Amazônia usando como exemplo um cluster florestal para o Acre. A partir de
2003 atuou como assessor parlamentar na Câmara dos Deputados do Congresso Nacional onde
permaneceu até 2006 quando ingressou na carreira acadêmica. Atualmente é Professor Adjunto
III na Universidade Federal do Acre.

        Como professor da Ufac coordenou projeto de extensão aprovado no âmbito do Edital
CT-AGRO/MCT/MDA/CNPq nº 20/2005 - Disponibilização de Tecnologias de Base Ecológica
Apropriadas à Agricultura Familiar, com objetivo de introduzir o manejo de paca (Agouti paca) em
sistemas agrosilvopastoris no município acreano de Acrelândia. Projeto já encerrado por meio do
processo de número 552651/2005-2.

        Ainda em 2006 elaborou proposta de restauração florestal da Bacia do Rio Acre,
denominada Ciliar Só-Rio Acre, que foi aprovado pelo Conselho Deliberativo do Fundo Nacional
do Meio Ambiente, mas, infelizmente por força de contingenciamentos não pode contar com
financiamento.

        A proposta do Ciliar Só-Rio Acre foi recebida com sucesso em várias instituições nas
quais foi discutida, como no Ministério Público acreano, na Câmara dos Deputados em Brasília e
junto ao executivo local, o que fez com que a Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Acre
contratasse a execução do projeto em 20 trechos críticos previamente selecionados do Rio Acre.
A restauração florestal dessas 20 áreas, com média de 1 hectare cada, foi coordenada pelo
proponente e sua equipe da UFAC.

        Posteriormente concebeu e aprovou junto ao edital 036 de 2007 do CNPq projeto
voltado ao suporte do manejo florestal comunitário do cacau nativo disperso na mata ciliar do Rio
Purus, no trecho inicial do Estado do Amazonas, entre a foz do Rio Iaco até o município de
Pauiní.

         Foi durante a execução desse projeto, em fase de prestação de contas junto ao CNPq,
que a equipe de pesquisadores envolvida percebeu a importância em se efetivar ações na área
de influencia da cabeceira do Purus, destinadas à restauração florestal de trechos críticos, que
originou a presente proposta de projeto.

Objetivos:

Geral:

         Contribuir para melhoria das condições ambientais da bacia hidrográfica do Rio Purus,
         por meio da restauração florestal de trechos críticos de mata ciliar, na área de influencia
         da cabeceira.

Específicos:

         1. Produzir informações acerca do grau de ação antrópica na área de influencia da
            cabeceira do Purus;

         2. Promover a elaboração de diagnósticos que reflitam às condições ambientais
            observadas na bacia hidrográfica do Purus;

         3. Conscientizar a população ribeirinha acerca das implicações decorrentes do modelo
            do uso do solo na mata ciliar;
4. Promover a melhoria das condições de manejo da bacia hidrográfica praticada pelos
          produtores familiares;

       5. Promover a integração dos produtores familiares nas ações de restauração florestal
          da bacia do Purus;

       6. Estruturar sistema permanente de oferta de sementes florestais de espécies
          selecionadas para emprego na restauração florestal da mata ciliar do Purus;

       7. Internalizar na administração municipal instrumentos de controle e monitoramento da
          ocupação na mata ciliar do Purus; e

       8. Estreitar a relação da administração municipal com a população ribeirinha no intuito
          de concretizar ações de política pública na região.

Metas relacionadas aos objetivos

Objetivos Específicos     Metas

                              i.   Realizar revisão de literatura acerca do histórico da
                                      ocupação social e produtiva nos municípios localizados
                                      na área de influencia da cabeceira do Purus como:
                                      Santa Rosa do Purus, Manuel Urbano e Sena
                                      Madureira, até a foz do Rio Iaco.

                              ii. Realizar levantamento dos projetos de financiamento ao
1.             Produzir              setor produtivo apoiados, nos últimos dez anos, pela
informações acerca do                Superintendencia da Zona Franca de Manaus, Suframa
grau de ação antrópica               e pela Superintendencia do Desenvolvimento da
existente na área de                 Amazônia, Sudam, na área de influencia da cabeceira
influencia da cabeceira              do Purus.
do Purus;
                              iii. Preparar síntese de diagnóstico da ocupação produtiva da
                                       região a partir das informações compiladas para
                                       elaboração da fase final do Zoneamento Econômico e
                                       Ecológico do Acre, transformado em legislação estadual
                                       em 2008.

                              iv. Realizar levantamento de experiências de produção de
                                     sementes florestais realizadas no Acre nos últimos dez
                                     anos.

                              i.   Elaborar mapeamento temático da cobertura vegetal
                                       presente na área de influencia da cabeceira do Purus, a
                                       partir da interpretação de imagens de satélite Landsat,
                                       considerando uma faixa de 3 quilômetros de largura em
                                       cada margem (esquerda e direita), desde a nascente até
                                       a foz do Rio Iaco.

                              ii. Realizar uma expedição de reconhecimento da área de
                                     influencia da cabeceira do Purus, no trecho entre o
                                     município de Santa Rosa e Manuel Urbano, para
2.      Promover    a              checagem do mapeamento temático e contato com os
elaboração         de              ribeirinhos sobre as ações do projeto.
diagnósticos      que
reflitam às condições     iii. Definir metodologia de Inventário Florestal a partir do
ambientais observadas              mapeamento temático.
na bacia hidrográfica
do Purus;                 iv. Medir amostras de Inventário Florestal distribuídas ao longo
                                 da mata ciliar do Purus.

                          v. Processar os dados do Inventário Florestal e elaborar
                                 relatório para publicação.

                          vi. Realizar levantamento socioeconômico junto às famílias de
                                 produtores residentes na mata ciliar da área de
                                 influencia da cabeceira do Purus.

                          vii. Selecionar a partir do Inventário Florestal, lista das 20
                                   espécies florestais de maior ocorrência na mata ciliar do
                                   Purus, que serão objeto de levantamento fenológico
                                   para produção de sementes florestais.

                          i.   Elaborar material de extensão florestal composto de um
                                   folder e cartaz, com tiragens de 1.000 exemplares,
                                   descrevendo os objetivos do projeto, para apresentação
                                   aos produtores.
3. Conscientizar a
                          ii. Realizar visitas de sensibilização junto às entidades
população ribeirinha
                                 representativas dos produtores rurais com prioridade
acerca das implicações
                                 para o Sindicato de Trabalhador Rural de Manuel
decorrentes do modelo
                                 Urbano, parceiro dessa iniciativa.
do uso do solo na mata
ciliar;
                          iii. Apresentar as ações do projeto nas escolas de ensino
                                   fundamental e de segundo grau localizadas nos três
                                   municípios da área de influencia.

                          i.   Elaborar material de extensão florestal composto por uma
                                   cartilha de conscientização acerca da alternativa
                                   produtiva de produção de sementes florestais, com
                                   tiragens de 1.000 exemplares para ser distribuídas aos
                                   produtores rurais participantes do projeto.

                          ii. Realizar 4 cursos de coleta e produção de sementes
                                 florestais nativas, com a participação de 40 produtores
4. Promover a melhoria           em cada curso, envolvendo o conteúdo de técnicas de
das condições de                 coleta de sementes e processo de licenciamento
manejo      da    bacia          ambiental da atividade.
hidrográfica praticada
pelos        produtores   iii. Promover a marcação de matrizes para coleta de sementes
familiares;                       nas unidades produtivas dos ribeirinhos envolvidos no
                                  projeto.
iv. Realizar visitas de sensibilização aos órgãos de extensão
                                 rural e de licenciamento ambiental localizados em
                                 Manuel Urbano, no intuito de promover a produção de
                                 sementes florestais nativas.

                          i.   Apresentar aos produtores rurais resultados do mapeamento
                                   temático com indicação de trechos críticos para
                                   restauração na mata ciliar do Purus.

5.     Promover      a    ii. Selecionar, em conjunto com o STR, um total de 160
integração         dos            produtores para participarem diretamente no projeto por
produtores familiares             meio dos treinamentos para produção de mudas.
nas      ações      de
restauração florestal     iii. Selecionar e acompanhar representantes de produtores
da bacia do Purus;                 rurais para participar de reuniões de sensibilização junto
                                   aos órgãos oficiais de extensão e de licenciamento
                                   ambiental.

                          i.   Georeferenciar um mínimo de dez matrizes de cada uma das
                                  20 espécies florestais selecionadas como prioritárias
                                  para restauração florestal de mata ciliar no Purus,
                                  conforme resultado do Inventário Florestal.

                          ii. Realizar levantamento fenológico das 20 espécies tendo em
                                 vista o estabelecimento do período de floração e
                                 frutificação para coleta de sementes na árvore e no solo.
6. Estruturar sistema
permanente de oferta      iii. Realizar testes de germinação e de armazenamento das
de sementes florestais            sementes das 20 espécies florestais selecionadas, junto
de           espécies             ao laboratório de sementes da Fundação de tecnologia
selecionadas      para            do Acre, Funtac.
emprego             na
restauração florestal     iv. Cadastrar as unidades de produção de sementes nativas do
da mata ciliar do                Purus junto à Rede Amazônica de Sementes Florestais
Purus;                           nativas.

                          v. Propor aos órgãos de licenciamento ambiental procedimento
                                 simplificado para produção de sementes florestais
                                 destinadas à preparação de mudas a serem usadas em
                                 projetos de restauração florestal.

                          i.   Treinar um mínimo de 4 técnicos, funcionários de carreira,
                                   das três prefeituras envolvidas no projeto, para
                                   monitoramento das ações do projeto.

7.    Internalizar   na   ii. Envolver dois técnicos na realização do levantamento
administração                    socioeconômico no intuito de operacionalizar os
municipal                        indicadores sociais e econômicos presentes na área
instrumentos         de          rural do município.
controle              e
monitoramento        da   iii. Preparar e instalar banco de dados resultante do
ocupação na mata                       levantamento socioeconômico para cadastramento rural
ciliar do Purus; e                     na prefeitura de cada município envolvido.

8. Estreitar a relação da      i.   Discutir com representantes dos ribeirinhos e com a
administração                           administração municipal ações de monitoramento da
municipal       com     a               mata ciliar do Purus.
população ribeirinha
no        intuito      de      ii. Preparar proposta de Projeto de Lei municipal acerca da
concretizar ações de                   largura ideal de mata ciliar para o Purus na região das
política pública na                    cabeceiras, a fim de aprovação nas Câmaras de
região.                                Vereadores de cada município.



Indicadores relacionados às Metas do projeto

Metas                                               Indicadores

    i.   Realizar revisão de literatura acerca do   Relatório acerca da ocupação social e produtiva
            histórico da ocupação social e          nos três municípios envolvidos no projeto
            produtiva nos municípios localizados    elaborado.
            na área de influencia da cabeceira do
            Purus como: Santa Rosa do Purus,        Mapa de localização e vias escoamento elaborado
            Manuel Urbano e Sena Madureira, até     para cada município.
            a foz do Rio Iaco.
                                                    Mapa de ação antrópica elaborado para cada
                                                    município.

    ii. Realizar levantamento dos projetos de       N⁰ de projetos avaliados com destaque para
           financiamento ao setor produtivo         alternativa produtiva financiada e área abrangida
           apoiados, nos últimos dez anos, pela     pelos projetos.
           Superintendencia da Zona Franca de
           Manaus,       Suframa     e     pela     Quantidade de contatos realizados nos escritórios
           Superintendencia                 do      das agencias de financiamento localizadas no Acre.
           Desenvolvimento da Amazônia,
           Sudam, na área de influencia da
           cabeceira do Purus.

    iii. Preparar síntese de diagnóstico da Documento síntese elaborado para cada município.
             ocupação produtiva da região a partir
             das informações compiladas para Análise das informações geradas no Zoneamento
             elaboração da fase final do Econômico e Ecológico realizada.
             Zoneamento Econômico e Ecológico
             do Acre, transformado em legislação
             estadual em 2008.

    iv. Realizar levantamento de experiências de Cadastro das entidades que atuam com o
           produção de sementes florestais segmento de sementes florestais elaborado.
           realizadas no Acre nos últimos dez
           anos.                                 Quantidade de instituições que atuam com
sementes florestais analisadas e contatadas.

viii. Elaborar mapeamento temático da             Imagens de satélite obtidas a partir do Instituto
          cobertura vegetal presente na área de   Nacional de Pesquisas Espaciais, Inpe.
          influencia da cabeceira do Purus, a
          partir da interpretação de imagens de   Interpretadas as imagens de satélite relacionadas à
          satélite Landsat, considerando uma      área de influencia do projeto.
          faixa de 3 quilômetros de largura em
          cada margem (esquerda e direita),       Elaborados 3 mapas, sendo um para cada
          desde a nascente até a foz do Rio       município, na área de influencia do projeto.
          Iaco.

ix. Realizar     uma     expedição      de        N⁰ de produtores rurais familiares contatados
       reconhecimento da área de influencia       pelos pesquisadores da expedição.
       da cabeceira do Purus, no trecho
       entre o município de Santa Rosa e          Quantidade de apresentações do projeto junto aos
       Manuel Urbano, para checagem do            produtores rurais.
       mapeamento temático e contato com
       os ribeirinhos sobre as ações do
       projeto.

x. Definir metodologia de Inventário Florestal Metodologia específica para Inventário Florestal da
       a partir do mapeamento temático.        mata ciliar do Purus elaborada com base em
                                                  experiências anteriores com o Inventário Florestal
                                                  do cacau em mata ciliar no Purus já finalizado na
                                                  Ufac.

xi. Medir amostras de Inventário Florestal N⁰ de unidades amostrais do Inventário Florestal
       distribuídas ao longo da mata ciliar do medidas.
       Purus.
                                                  Quantidade de matrizes de espécies florestais
                                                  georeferenciadas.

xii. Processar os dados do Inventário Tabelas de abundancia, dominância, freqüência,
         Florestal e elaborar relatório para índice de valor de importância por espécie
         publicação.                         elaborado.

                                                  Relatório final do Inventário Florestal publicado.

                                                  Monografia sobre o Inventário Florestal defendida
                                                  no curso de Engenharia Florestal da Ufac.

                                                  N⁰ de agricultores familiares entrevistados.

xiii. Realizar levantamento socioeconômico Formulário específico de entrevistas elaborado.
         junto às famílias de produtores
         residentes na mata ciliar da área de Relatório final de socioeconomia publicado.
         influencia da cabeceira do Purus.
                                                  Monografia sobre a socioeconomia do Purus
                                                  defendida no curso de Engenharia Florestal da
Ufac.

xiv. Selecionar a partir do Inventário Florestal,   N⁰ de espécies identificadas pelo Inventário
         lista das 20 espécies florestais de        Florestal.
         maior ocorrência na mata ciliar do
         Purus, que serão objeto de                 Lista com as 20 espécies florestais prioritárias para
         levantamento       fenológico      para    restauração florestal publicada.
         produção de sementes florestais.

xv. Elaborar material de extensão florestal Folder e cartaz publicados.
        composto de um folder e cartaz, com
        tiragens de 1.000 exemplares, % dos agricultores familiares beneficiados com
        descrevendo os objetivos do projeto, visitas de extensão florestal.
        para apresentação aos produtores.

xvi. Realizar visitas de sensibilização junto às    Relatório das visitas junto às entidades elaborado.
        entidades       representativas      dos
        produtores rurais com prioridade para       % dos agricultores familiares beneficiados com
        o Sindicato de Trabalhador Rural de         visitas de extensão florestal em santa Rosa,
        Manuel Urbano, parceiro dessa               Manuel Urbano e Sena Madureira.
        iniciativa.

xvii.Apresentar as ações do projeto nas N⁰ de escolas visitadas nos 3 municípios.
         escolas de ensino fundamental e de
         segundo grau localizadas nos três Quantidade de apresentações sobre o projeto
         municípios da área de influencia.  realizadas.

xviii.   Elaborar material de extensão N⁰ de exemplares de cartilha ilustrada sobre
         florestal composto por uma cartilha de produção de sementes florestais nativas,
         conscientização acerca da alternativa publicados e distribuídos.
         produtiva de produção de sementes
         florestais, com tiragens de 1.000
         exemplares para ser distribuídas aos
         produtores rurais participantes do
         projeto.

xix. Realizar 4 cursos de coleta e produção de      Quantidade de cursos realizados em cada
        sementes florestais nativas, com a          município, sendo um em Santa Rosa, um em
        participação de 40 produtores em            Manuel Urbano e dois em Sena Madureira.
        cada curso, envolvendo o conteúdo
        de técnicas de coleta de sementes e         N⁰ de agricultores familiares participantes nos
        processo de licenciamento ambiental         treinamentos sobre sementes florestais.
        da atividade.

xx. Promover a marcação de matrizes para N⁰ de matrizes georeferenciadas e marcadas para
       coleta de sementes nas unidades posterior levantamento fenológico.
       produtivas dos ribeirinhos envolvidos
       no projeto.

xxi. Realizar visitas de sensibilização aos N⁰ de reuniões realizadas em cada órgão.
        órgãos de extensão rural e de
licenciamento ambiental localizados Quantidade     de   apresentações   do    projeto
          em Manuel Urbano, no intuito de realizadas.
          promover a produção de sementes
          florestais nativas.

xxii.Apresentar aos produtores rurais N⁰ de apresentações realizadas para os produtores
         resultados do mapeamento temático rurais.
         com indicação de trechos críticos
         para restauração na mata ciliar do
         Purus.

xxiii.    Selecionar, em conjunto com o STR, Um total de 160 produtores selecionados para os
          um total de 160 produtores para treinamentos.
          participarem diretamente no projeto
          por meio dos treinamentos para Lista dos participantes dos treinamentos.
          produção de mudas.

xxiv.     Selecionar      e        acompanhar Lista de produtores selecionados para visitas de
          representantes de produtores rurais sensibilização nos órgãos.
          para participar de reuniões de
          sensibilização junto aos órgãos N⁰ de reuniões realizadas nos órgãos.
          oficiais de     extensão     e   de
          licenciamento ambiental.

xxv.      Georeferenciar um mínimo de dez N⁰ de matrizes georeferenciadas em cada
          matrizes de cada uma das 20 município.
          espécies florestais selecionadas
          como prioritárias para restauração
          florestal de mata ciliar no Purus,
          conforme resultado do Inventário
          Florestal.

xxvi.     Realizar levantamento fenológico das Relatório do levantamento fenológico elaborado e
          20 espécies tendo em vista o divulgado.
          estabelecimento do período de
          floração e frutificação para coleta de
          sementes na árvore e no solo.

xxvii.    Realizar testes de germinação e de N⁰ de testes realizados com as sementes coletadas
          armazenamento das sementes das no Purus.
          20 espécies florestais selecionadas,
          junto ao laboratório de sementes da
          Fundação de tecnologia do Acre,
          Funtac.

xxviii.   Cadastrar as unidades de produção Cadastro efetivado.
          de sementes nativas do Purus junto à
          Rede Amazônica de Sementes
          Florestais nativas.

xxix.     Propor aos órgãos de licenciamento Documento de flexibilização do processo de
ambiental procedimento simplificado    licenciamento para sementes florestais nativas
             para produção de sementes florestais   elaborado.
             destinadas à preparação de mudas a
             serem usadas em projetos de            Quantidade de reuniões realizadas para
             restauração florestal.                 apresentação do procedimento nos órgãos de
                                                    licenciamento.

   xxx.      Treinar um mínimo de 4 técnicos, N⁰ de técnicos da prefeitura treinados.
             funcionários de carreira, das três
             prefeituras envolvidas no projeto,
             para monitoramento das ações do
             projeto.

   xxxi.     Envolver dois técnicos na realização N⁰ de técnicos da prefeitura compondo equipe de
             do levantamento socioeconômico no levantamento socioeconomico.
             intuito   de    operacionalizar    os
             indicadores sociais e econômicos
             presentes na área rural do município.

   xxxii.    Preparar e instalar banco de dados Banco de dados e indicadores socioeconômico
             resultante       do      levantamento instalado junto às prefeituras.
             socioeconômico para cadastramento
             rural na prefeitura de cada município
             envolvido.

   xxxiii.   Discutir com representantes dos Documento de ações de monitoramento elaborado
             ribeirinhos e com a administração e pactuado entre os envolvidos.
             municipal ações de monitoramento da
             mata ciliar do Purus.

   xxxiv. Preparar proposta de Projeto de Lei       Um projeto de lei elaborado para cada município
          municipal acerca da largura ideal de      envolvido no projeto.
          mata ciliar para o Purus na região das
          cabeceiras, a fim de aprovação nas        Quantidade de reuniões realizadas nas Câmaras de
          Câmaras de Vereadores de cada             Vereadores para discussão de proposta de
          município.                                legislação sobre largura adequada de mata ciliar.



Metodologia detalhada e cronograma das atividades do projeto

        Todas as atividades a serem realizadas no âmbito do presente projeto deverão assumir
como referência elementar a busca constante pelo envolvimento dos produtores em todos os
níveis e a necessidade maior de se concretizar os processos de pesquisa e extensão de maneira
a transferir, ainda no decorrer da execução do projeto, ou seja, dentro do prazo de 24 meses
estipulado para seu encerramento, todas as metas de acordo com o que foi descrito acima.

        A composição da equipe executora procurou mesclar profissionais e instituições de
diferentes formações e missões, respectivamente, para que as diversas áreas de interesse
fossem contempladas. A descrição do papel de cada instituição envolvida na execução do
projeto apresentada no início do documento fornece uma idéia da interdisciplinaridade requerida
no projeto.

        A seguir é apresentada a metodologia a ser empregada para execução de cada
atividade prevista para atender os objetivos e as metas descritas acima.

   i. Seleção de bolsistas de ITI - A

       Serão oferecidas um total de 8 bolsas de Iniciação Tecnológica, ITI nível A, para
alunos de graduação a serem selecionados junto ao curso de Engenharia Florestal da
Ufac. Cada bolsista atuará por um período de 12 meses, sendo quatro por cada ano do
projeto. Os bolsistas serão selecionados entre alunos do último ano de graduação e
deverão firmar compromisso com a elaboração de monografia sobre algum tema
relacionado ao projeto e no qual estiver envolvido.

   ii. Reunião de equipe para definição do planejamento operacional do projeto

      Com a participação de todos os pesquisadores envolvidos, tanto da Ufac
quanto da Unesp, e mais o envolvimento de representantes da Prefeitura de Manuel
Urbano será realizada naquela cidade uma primeira reunião operacional do projeto.

      Pretende-se a partir desse planejamento dar início aos trabalhos de compilação
de dados secundários de literatura e preparação da equipe para os levantamentos de
dados primários.

   iii. Aquisição de imagens de satélite

       Serão adquiridas imagens do satélite ETM/Landsat 7 (média resolução), para
toda a área de abrangência da cabeceira do Purus, junto ao Inpe.

       Para definição da área coberta pela imagem bem como seleção das imagens se
contará com o apoio do laboratório de sensoriamento remoto instalado na Funtac.

   iv. Aquisição de material permanente

     Os materiais permanentes a serem adquiridos pelo projeto incluem dois
computadores lap top.

   v. Definição da metodologia para o mapeamento por satélite da mata ciliar do
         Purus na área de influencia da cabeceira

        Com base na análise das imagens de satélite adquiridas, os pesquisadores
definirão a metodologia apropriada à identificação da ação antrópica corrente ao
longo de uma faixa de 3 quilometros de cada margem do Purus, no trecho
compreendido entre a nascente até a foz do Rio Iaco em Sena Madureira.
vi. Elaboração de relatório sobre a mapeamento temático da área de influencia
           da cabeceira do Purus

       Uma vez estabelecida a metodologia para o mapeamento por satélite será
realizada interpretação visual das imagens acompanhadas por checagem de campo em
pontos previamente selecionados.

   vii. Definição da metodologia para o Inventário florestal da mata ciliar do Purus

      Os pesquisadores definirão uma metodologia para o Inventário Florestal da
mata ciliar, tendo como princípio os inventários realizados, também em projetos
apoiados pelo CNPq, para o cacau nativo do Purus e pelo projeto Ciliar Só-Rio Acre.

        A interpretação das imagens de satélite auxiliará essa atividade, na medida em
que a escolha das parcelas amostrais deverá ser feita a fim de se alcançar a maior
representatividade possível dos diferentes estratos florestais existentes na várzea do
alto Purus.

   viii.   Elaboração de relatório sobre a metodologia para Inventário Florestal da
           mata ciliar do Purus

       Um relatório contendo as discussões acerca da metodologia adotada para o
Inventário Florestal será elaborado e disponibilizado via site para discussão acadêmica
com interessados. Esse relatório será objeto de monografia e será publicado ao final
do projeto para disseminação do conhecimento a outras instituições.

   ix. Levantamento de amostras de inventário florestal

       Com base na metodologia definida para o Inventário Florestal serão medidas
informações em amostras, escolhidas a fim de proporcionar a maior intensidade
amostral e representatividade possível da área de abrangência deste projeto. Os
levantamentos serão feitos por ocasião das primeiras expedições na área.

   x. Processamento estatístico do inventário

       Os dados coletados no levantamento das amostras de inventário florestal serão
processados pelos bolsistas, em programa de processamento estatístico comumente
empregados como o Mata Nativa por exemplo.

   xi. Elaboração de relatório sobre o Inventário Florestal

        Com os dados do levantamento processados, a equipe do projeto elaborará um
relatório contendo as análises de abundancia, freqüência e dominância, a fim de
determinar as 20 espécies de maior relevancia para projetos de restauração da mata
ciliar do Purus.
xii. Elaboração de relatório sobre o mapeamento por satélite da ocorrência e
            dispersão do cacaueiro nativo e espécies associadas

       Mediante confrontação das informações obtidas por meio do Inventário
Florestal com a análise das imagens de satélite, será elaborado um relatório sobre o
mapeamento remoto da ocorrência e dispersão de espécies florestais na mata ciliar do
Purus.

   xiii.   Elaboração de formulário para Levantamento Socioeconômico

       Com base em levantamentos socioeconômicos já realizados no Acre, como na
Floresta Estadual do Antimary, no Projeto de Assentamento extrativista São Luis do
Remanso e no projeto de Manejo Florestal Comunitário do cacau nativo do Purus,
apoiado pelo CNPq, a equipe executora irá preparar um novo formulário a ser aplicado
nas entrevistas com os produtores localizados na área da mata ciliar do Purus.

   xiv. Realização das entrevistas de socioeconomia

        De posse do formulário específico para aplicação junto aos produtores
ribeirinhos do Purus, será composta equipe interdisciplinar, formada por engenheiros
florestais, extensionistas, economistas e educadores, para entrevistarem um mínimo
de 40% da população residente na área.

   xv. Processamento do levantamento socioeconômico

       Os dados do levantamento socioeconômico serão processados digitados e
processados na Prefeitura de Manuel Urbano. O sistema a ser utilizado será
estabelecido na reunião para definição dos instrumentos de monitoramento do
projeto. avaliação da sustentabilidade do manejo.

   xvi. Reunião de avaliação parcial do projeto entre as instituições parceiras e a
          equipe executora

        Uma avaliação de meio termo será realizada com representantes de todas as
instituições parceiras e a equipe executora, durante 3 dias em Manuel Urbano,
incluindo uma visita a uma comunidade beneficiária do projeto, a fim de avaliar os
resultados alcançados e tomar decisões visando à melhoria de desempenho do
projeto.

   xvii.   Visitas de extensão florestal para inovação tecnológica da produção de
           sementes florestais

       Uma das atividades principais do projeto é a extensão florestal com inovação
da produção de sementes. Essa atividade será desenvolvida sob a forma de visitas
técnicas aos agricultores familiares, realizadas ao longo dos 3 primeiros trimestres do
primeiro e segundo anos de execução, bem como durante os 2 trimestres finais do
projeto.

       Com isso, cada agricultor será beneficiado com um total de 8 visitas técnicas,
nas épocas indicadas para navegação no Purus.

       Serão formadas 2 equipes de extensão, incluindo os bolsistas e os
extensionistas do projeto vinculados às instituições parceiras. Essas equipes serão
supervisionadas e orientadas por pesquisadores do projeto. As equipes, ao longo dos
trimestres de extensão, ficarão 2 semanas em campo, alternadas com 1 semana na
cidade, e assim sucessivamente.

   xviii.   Elaboração de material de extensão envolvendo a produção de sementes
            florestais nativas

       A fim de auxiliar o trabalho de extensão junto aos agricultores familiares, será
elaborada cartilha ilustrada, em linguagem acessível, contendo as informações
essenciais sobre a produção de sementes florestais.

   xix.Publicação e distribuição em treinamentos para agricultores familiares sobre
          coleta e produção de sementes florestais

       A cartilha será publicada com uma tiragem de 1.000 exemplares e distribuídas
nos cursos de qualificação para produção de sementes florestais.

   xx. Realização do levantamento fenológico para as 20 espécies florestais
          selecionadas

       Estudos de fenologia serão elaborados para cada uma das 20 espécies florestais
selecionadas a partir de informações de literatura, observação no campo e entrvistas
com os produtores.

   xxi. Teste das sementes coletadas no Purus

       Exemplares de sementes de cada uma das 20 espécies selecionadas serão
testadas quanto ao poder germinativo junto ao laboratório de sementes florestais da
Funtac.

   xxii.    Elaboração de documento de legislação municipal sobre largura adequada
            de mata ciliar

       A equipe de pesquisadores irá, com base em todas as informações obtidas pelo
projeto, preparar proposta de legislação municipal contendo cálculo da largura
adequada da mata ciliar para o Purus naquele município.

   xxiii.   Reuniões de sensibilização com órgãos ambientais e de extensão
Todos os órgãos que possuem escritório de representação nos municípios
envolvidos no projeto serão instados a se envolverem na sua execução e na discussão
dos seus resultados, através de reuniões bimestrais periódicas com os pesquisadores
do projeto.

   xxiv.   Reunião final de avaliação do projeto entre as instituições parceiras e a
           equipe executora

       Ao final do projeto, será realizada, em Manuel Urbano, uma reunião de
avaliação do projeto, com representantes das instituições parceiras e a equipe
executora. Essa reunião terá duração de 3 dias, e incluirá visita a uma comunidade
beneficiária do projeto. Essa reunião subsidiará a elaboração do relatório final.

   xxv.    Elaboração do relatório final do projeto

        Com base na reunião final de avaliação do projeto, o coordenador elaborará o
relatório final do projeto.
Cronograma de execução por Metas

                                                                          TRIMESTRE
                               Metas                                  1 2 3 4 5 6 7 8
   i.   Realizar revisão de literatura histórico da ocupação...       X
   ii. Realizar levantamento dos projetos de financiamento...         X
   iii. Preparar síntese de diagnóstico da ocupação...                X
   iv. Realizar levantamento de produção de sementes...               X
   v. Elaborar mapeamento temático da cobertura vegetal...            X   X
   vi. Realizar uma expedição de reconhecimento da área...                X
   vii. Definir metodologia de Inventário Florestal...                    X
   viii. Medir amostras de Inventário Florestal distribuídas...               X   X
   ix. Processar os dados do Inventário Florestal e...                            X   X
   x. Realizar levantamento socioeconômico junto às famílias...           X   X   X   X
   xi. Selecionar a partir do Inventário Florestal, lista das 20...               X   X
   xii. Elaborar material de extensão florestal...                        X   X   X
   xiii. Realizar visitas de sensibilização junto às entidades...             X   X
   xiv. Apresentar as ações do projeto nas escolas...                     X       X       X       X
   xv. Elaborar material de extensão florestal composto...                                X
   xvi. Realizar 4 cursos de coleta e produção de sementes...                             X   X
   xvii.Promover a marcação de matrizes para coleta...                        X   X   X
   xviii.    Realizar visitas de sensibilização aos órgãos...         x       X       X       X   X
   xix. Apresentar aos produtores rurais resultados...                        X           X   X
   xx. Selecionar, em conjunto com o STR, um total de 160...                  X           X   X
   xxi. Selecionar e acompanhar representantes de produtores...               X           X
   xxii.Georeferenciar um mínimo de dez matrizes de cada...                       X   X
   xxiii.    Realizar levantamento fenológico das 20 espécies...                          X   X   X
   xxiv.     Realizar testes de germinação e armazenamento...                                 X   X
   xxv.      Cadastrar as unidades de produção de sementes...                             X   X
   xxvi.     Propor aos órgãos de licenciamento ambiental...                                      X
   xxvii.    Treinar um mínimo de 4 técnicos...                               X           X       X
   xxviii.   Envolver dois técnicos na realização levantamento...         X   X   X
   xxix.     Preparar e instalar banco de dados resultante...                     X               X
   xxx.      Discutir com representantes dos ribeirinhos...                                   X   X
   xxxi.     Preparar proposta de Projeto de Lei municipal acerca                             X   X
             da largura ideal de mata ciliar para o Purus...
Orçamento em Reais



Custeio

Discrimina†‡o do item                                   Valor unit„rio      Quantidade     Valor total

Di„rias de campo                                        93,91               180            10.903,80

Material de escrit‚rio                                  vb                  vb             3.000,00

Combust•vel em litros (Gasolina e ‚leo 2 tempos)        3,10                5.000 litros   15.500,00

Servi†os terceiros pessoa f•sica (por dia)              60,00               200            12.000,00

Servi†os terceiro pessoa jur•dica (impress‡o de vb                          vb             12.500,00
material, aluguel de barco)



Capital

Discrimina†‡o do item                                   Valor unit„rio      Quantidade     Valor total

Computador lap top                                      2.500,00            2              5.000,00

Justificativas quanto ˆ imprescindibilidade:

Processamento de dados dos levantamentos e possibilidade de uso no interior, para apresenta†‡o de
resultados e elabora†‡o de relat‚rios.



Bolsas

Modalidade                                   Quant.   N‹ de meses        Valor Unit„rio    Valor total

ITI – A                                      8        12*                360,00            34.560,00



Total Geral (Custeio + Capital + Bolsas)                                                   93.463,80

          * Para ampliar a participação dos alunos e a quantidade de produtos acadêmicos como
          monografias, cada bolsista permanecerá no projeto no máximo 12 meses apesar do
          cronograma do projeto ser de 36 meses.
Contrapartida das instituições envolvidas

    No quadro a seguir, pode ser observada a contrapartida, n‡o financeira, disponibilizada
pelas institui†Œes envolvidas na proposta.



          Instituição                            Contrapartida Mensurada

 Universidade Federal do Acre    Disponibiliza†‡o de laborat‚rios (sementes e bot•nico),
 – UFAC, por meio do Centro      escrit‚rios, telefones e computadores. TambŠm colocar„
 de Ciƒncias Biol‚gicas e da     horas de trabalho de 4 professores, sendo dois em n•vel de
 Natureza,      CCBN        e    doutorado e dois de mestrado. Por fim tambŠm selecionar„
 Coordena†‡o de Engenharia       8 alunos de gradua†‡o em Engenharia Florestal para serem
 Florestal                       bolsistas do projeto.

 Universidade Estadual Paulista Disponibilizar„ as horas de trabalho de um pesquisador com
 - Unesp                        n•vel de doutorado em log•stica de transporte e escoamento
                                fluvial da produ†‡o. TambŠm disponibilizar„ os laborat‚rios
                                de ensaios de materiais.

 Associa†‡o Andiroba             Disponibilizar„ 2 extensionistas para envolvimento no
                                 programa de extens‡o florestal do projeto. Colocar„ ˆ
                                 disposi†‡o a estrutura f•sica, composta de escrit‚rio de
                                 trabalho com telefone e mobili„rio, para as a†Œes do projeto
                                 em Rio Branco.

 Prefeitura de Manuel Urbano     Compor„ em com junto com as prefeituras de Sena
                                 Madureira e de Santa Rosa do Purus, o comitƒ de
                                 monitoramento do projeto. Especificamente recepcionar„ o
                                 banco de dados em Socioeconomia e colocar„ dois
                                 servidores para serem treinados em a†Œes relacionadas ao
                                 projeto.

 Sindicato de Trabalhadores Apoiar„ a sele†‡o dos produtores que se envolver‡o
 Rurais de Manuel Urbano    diretamente no projeto, em especial nos treinamentos.
                            Compor„ a equipe que realizar„ atividades de
                            sensibiliza†‡o junto aos ‚rg‡os e ˆs c•maras municipais.

 Associa†Œes e entidades Se envolver‡o com participa†‡o direta em treinamentos, na
 diversas de representa†Œes realiza†‡o do levantamento socioeconŽmico, na instala†‡o
 dos trabalhadores          das unidades de produ†‡o de sementes e, por fim, no
                            monitoramento das a†Œes do projeto como um todo.
Existência de financiamento de outras fontes ou solicitação em curso

        Não há outras fontes de financiamento para o projeto, em que pese o fato de ter sido
iniciada uma elementar discussão com a prefeitura municipal de Manuel Urbano, que se
comprometeu na busca de possibilidades de financiamento, o que, contudo, tendo em vista as
fontes de recursos operadas pelas administrações municipais, como o tradicional Fundo
Nacional de Meio Ambiente, não deverá priorizar a geração de informação como na atual
proposta.


Instituições onde se pretende realizar o projeto

         As ações do projeto de materializarão em três espaços distintos e interligados, quais
sejam:

         Escritório em Manuel Urbano:

                Toda parte operacional do projeto estará sediada na cidade de Manuel Urbano
                em espaço físico em processo de negociação com a administração municipal.
                Será nessas instalações que a equipe do projeto trabalhará de forma rotineira
                durante os 24 meses de execução do projeto.
                A administração municipal estabeleceu, recentemente instrumento de parceria
                com a Ufac.

         Laboratório de Negócios Florestais da Ufac:

                Recém inaugurado com apoio da Finep essa estrutura sediará toda parte
                operacional do projeto em Rio Branco em conjunto com o escritório cedido pela
                Associação Andiroba, que nos últimos 5 anos executou 3 projetos em parceria
                com a Ufac.

         Laboratório de Sementes da Funtac:

                Com capacidade e, o mais importante credenciado pelo Ministério da agricultura,
                para realização de ensaios para obtenção dos coeficientes técnicos para
                sementes o Laboratório da Funtac será de imprescindível ajuda no teste e
                determinação do poder germinativo e procedimentos para armazenamento para
                as sementes coletadas no Purus.

                Existe acordo permanente de cooperação técnica e financeira entre a Ufac e a
                Funtac que envolve vários projetos de Iniciação Científica, PIBIC e de promoção
                de pesquisas sobre o uso múltiplo do ecossistema florestal no Acre.
Equipe envolvida no projeto


        Pesquisador              Vinculação        Formação/função no         Atividade (dedicação em
                                 Instituição            projeto                        horas)

Ecio Rodrigues                UFAC                Engenheiro       Florestal, Coordenador Geral - 20
                                                  Doutorado.                  horas

Jairo Pinheiro de Lima        UNESP               Engenheiro         Civil, Estudo da log•stica de
                                                  Doutorado, Pesquisador escoamento da produ†‡o -
                                                                            10 horas

Edmilson Santos Cruz          UFAC                Engenheiro    Florestal, Metodologia de Invent„rio
                                                  Doutorado. Pesquisador Florestal – 20 horas

Nei Sebasti‡o Braga Gomes UFAC                    Engenheiro    Florestal, Composi†‡o Flor•stica da
                                                  Doutorado. Pesquisador Mata Ciliar – 10 horas

Bolsistas ITI - A             UFAC                Graduandos           em Todos os levantamentos e
                                                  Engenharia Florestal    extens‡o – 20 horas

TŠcnicos prefeitura        de Prefeitura          TŠcnicos n•vel mŠdio       Levantamento
Manuel Urbano                                                                socioeconŽmico e cadastro

Domingos Ramos de Assis       Associa†‡o          Extensionista              Execu†‡o do programa de
                              Andiroba                                       extens‡o florestal – 20 horas

Lucina Rodrigues Pereira      Associa†‡o          Engenheira Florestal       Coordena†‡o do Invent„rio
                              Andiroba                                       Florestal – 40 horas

Symone     Maria         Melo UFAC                Engenheira      AgrŽnoma, Interpreta†‡o de imagens de
Figueiredo                                        Mestrado.                 satŠlite e confec†‡o de
                                                                            mapas .

Dirigentes sindicais          STR          Manuel Lideran†as comunit„rias Sele†‡o e contato com os
                              Urbano                                      produtores.

Luis Augusto Mesquita de UFAC                     Engenheiro    Florestal, Planejamento operacional do
Azevedo                                           Mestrado. Pesquisador projeto e da produ†‡o de
                                                                           sementes.

Marco Antonio Amaro           UFAC                Engenheiro     Florestal, Processamento e relat‚rio
                                                  Doutor. Pesquisador       do Invent„rio Florestal

Raul Torrico                  Andiroba            Mestre em Desenvolto An„lise  produ†‡o               de
                                                  Regional             sementes
Anexo I



Informa†Œes adicionais sobre a produ†‡o de sementes florestais nativas no Acre

T•tulo:

PLANO DE NEG•CIOS PARAPRODU•‘O DE SEMENTES FLORESTAIS, NO ACRE, POR
ASSOCIA•’ES DE PRODUTORES RURAIS FAMILIARES



Estudo realizado em parceria com a Associa†‡o Andiroba por:

Raul Vargas Torrico – Engenheiro AgrŽnomo, MSc.

Ecio Rodrigues – Engenheiro Florestal, PhD.
ASPECTOS MERCADOLÓGICOS DA PRODUÇÃO DE SEMENTES FLORESTAIS


Ramo de atividade: Produção de sementes Florestais nativas

Setor da economia: Primário
Identificação da oportunidade

     Na Amazônia a tecnologia do Manejo Florestal de Uso Múltiplo tem sido apontada como
alternativa principal para uso sustentável da diversidade biológica existente na região. Espera-se
que com o emprego dessa tecnologia seja possível transformar o potencial da biodiversidade em
geração de emprego e renda para as populações residentes na região. A conseqüência natural é
a redução e total eliminação da prática do desmatamento enquanto alternativa de produção.

     Isto é, se o recurso florestal possuir maior valor monetário que a sua principal concorrente: a
pecuária; a decisão dos investimentos privados se direcionará para manutenção da floresta, ao
mesmo tempo em que, quando o contrário acontece e a carne do gado possui maior valor que a
floresta, as taxas de desmatamento são intensificadas.

      Neste aspecto o governo federal tem apoiado o Uso racional das florestas, através dos
vários programas destinados à conservação das florestas amazônicas e apoio às atividades
florestais consideradas de elevado risco econômico.

     Sendo assim, no contexto do uso múltiplo, o Manejo Florestal de Sementes nativas se
adequada perfeitamente, primeiro do ponto de vista ecológico (redução do desmatamento),
segundo sob o ponto de vista social (manter as ligações sociais familiares, religiosas, lazer etc..)
e terceiro sob o ponto vista econômico (aumento de emprego e renda).

    Surge dessa maneira uma nova e promissora oportunidade de investimentos para
associações de produtores localizados na Amazônia, quer para ofertar sementes florestais que
atenderão aos programas de reflorestamento e de restauração privados em execução pelas
empresas, quer seja para atender a demanda por revegetalização oriundas de prefeituras,
órgãos estaduais e organizações não governamentais.

Gargalos normativos criados pela legislação específica para produção de sementes
florestais

    Para legalizar a exploração e comercialização de sementes florestais nativas, a comunidade
empreendedora deve elaborar um Plano de Manejo ao Ibama, ou órgão estadual que tenha
firmado o pacto federativo, e fazer o Registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, MAPA, do seu estado.

     A obtenção deste registro é condição para poder comercializar sementes florestais para todo
território nacional. A Associação para conseguir o registro no MAPA terá que elaborar estudo de
fenologia, georeferenciar as matrizes e estruturar o que se denomina de Área de Produção de
Sementes, APS.
Análise de risco da produção de sementes florestais nativas:
       Pontos fortes
                Os investimentos realizados pela Associa†‡o podem ser conseguidos ˆ fundo
               perdido, em ‚rg‡os de apoio como o Fundo Nacional de Meio Ambiente,
               Conselho de Direitos Difuso e Fundo AmazŽnia;
                N‡o existem concorrentes diretos operando no Acre;
                O mercado consumidor no Acre e em toda regi‡o Norte Š crescente;
                Existe estrutura de apoio ˆ comercializa†‡o representada pela Cooperativa de
               produtos florestais, Coopfloresta;
                Existe m‡o-de-obra especializada no manejo das sementes nativas em
               abund•ncia no Acre;
               H„ ocorrƒncia de matŠria–prima com garantida anual de abastecimento;
               Existe uma forte oferta de sementes pass•veis de serem obtidas em „reas sob
               manejo florestal madeireiro, o que facilita a coleta;
               O MAPA possui pessoal para auxiliar no registro das associa†Œes de
               produtores.
       Pontos Fracos
                O mercado de sementes florestais no Acre possui uma sŠrie de restri†Œes;
                Dif•cil acesso em „rea de floresta na Špoca da frutifica†‡o das sementes;
                Algumas espŠcies florestais possuem sementes recalcitrantes, que perdem
               rapidamente o seu poder germinativo; e
                Histeria acarretada por poss•veis amea†as da biopirataria contaminam o
               processo de licenciamento ambiental da atividade, tornando-o mais oneroso que
               o necess„rio.


Aspectos ambientais do negócio
         A Instru†‡o Normativa de 05 de setembro de 1996, do MMA, que altera o critŠrio de
reposi†‡o florestal na AmazŽnia, exigindo o plantio de acordo com o consumo de madeira
utilizada de „rea de desmatamento, veio a Incentivar a demanda por sementes florestais,
sobretudo por madeireiros e fazendeiros.

        Observando as tabelas 01 e 02 verifica-se que o Mato Grosso Š o Estado que apresenta
maior n…mero de „rea autorizadas para o desmatamento o que permite deduzir que Š o Estado
que demandar„ maior quantidade de mudas para reposi†‡o florestal.
Tabela 01. Autoriza€•es de desmatamento da Amaz‚nia Legal – 1997
      Estados           Nº Autoriza.             Área Autorizada                  Volume Total
                                                   Em Hectares                       Em M3
Acre                         287                            23.347,40                     177.524,41
Amapá                        197                             1.699,00                       5.352,00
Amazonas                     124                             5.984,14                     232.698,78
Maranhão                     152                            24.744,64                     587.014,86
Mato Grosso                 1.567                         174.052,08                    4.079.523,68
Pará                          68                            1.706,40                       57.351,59
Rondônia                     690                            12.796,77                          --------
Roraima                       31                             1.257,00                      10.287,07
Tocantins                     88                             7.216,72                     176.351,90
Total                       3.204                         252.804,15                    5.326.104,29
Fonte: IBAMA-DEREF/2001

Tabela 02: Desmatamento da Amaz€nia Legal – 1998.
                                                                                                 3
      Estados           N² Autoriza.             Área Autorizada               Volume Total (M )
Acre                       1.222                             12.177,53                     15.635,63
Amapa                       164                                 930,30                        ----------
Amazonas                    266                               5.788,14                    141.627,50
Maranhao                    156                              18.573,94                     80.991,30
Mato Grosso                3.296                            374.531,98                  3.327.531,88
Para                         97                              16.600,95                    527.458,72
Rondonia                    236                              10.296,96                    285.149,72
Roraima                     636                               3.038,05                      ------------
Tocantins                   346                              18.783,89                     80.991,30
Total                   6.419                               895.712,76                  4.459.386,05
Fonte: IBAMA-DEREF/2001


        No ano de 1999, conforme a tabela 03, observa-se que os estados do Matogrosso e o
Acre foram o que mais desmataram na Amazônia legal, os dois juntos chegaram a desmatar
18.1087,32 hectares de floresta que corresponde a 75% das áreas desmatada na amazônia
legal. Portanto, nem sempre o estado que mais derruba é o que mais aproveita a madeira. Os
Estados que mais volume consumiram foram Matogrosso com 4.013.057,68 m3 e Maranhão
com volume de 698.345,55 m3.

Tabela 03: Autoriza€•es de desmatamento da Amaz‚nia Legal – 1999 e 2000
           DEMONSTRATIVO SOBRE AS ÁREAS DESMATADAS - Consolidado de 1999
                      N.º Total de     Área Total das   Soma Total das Áreas        Volume Total
N.º      Estado                                                                              3
                     Propriedades      Propriedades     Autorizadas (em Ha.)             M
  1 Acre                 4.036           682.328,10            20.584,56                    55.953,30
  2 Amapá                  336           30.398,79             1.995,04                        810,71
  3 Amazonas               524           117.629,54              3.603,60                   43.135,80
  4 Maranhão               109           386.097,16             19.777,84                  943.895,96
  5 Mato Grosso          3.392         1.598.413,53           160.502,76                 4.013.057,68
  6 Pará                   375         3.700.658,76            12.595,17                   698.345,55
  7 Rondônia               803           142.644,60            6.933,35                      6.513,32
8 Roraima                 364           29.506,58              1.232,25                 3.412,98
     9 Tocantins               183           146.454,66             13.704,61              129.783,84

Total Geral                  10.122        6.834.131,72            240.929,18           5.894.909,13
                                          Consolidado de 2000
                           N.º Total de    Área Total das      Total das Áreas       Volume Total
N.º          Estado                                                                          3
                          Propriedades     Propriedades      Autorizadas (em Ha.)        M
 1    Acre                      157           255.258,86             5.546,90              107.735,32
 2    Amapá                     914        21.496.355,07             2.928,00               29.366,00
 3    Amazonas                  736            96.019,84             4.324,50              192.966,67
 4    Maranhão                  147         3.764.735,40             56.500,07           2.739.440,03
 5    Mato Grosso               -                  -                  -                             -
 6    Pará                      408         4.618.937,21            7.582,54               534.152,59
 7    Rondônia                1.008         3.459.696,90           611.689,44              428.158,63
 8    Roraima                   282           63.277,40             3.528,09                38.611,66
 9    Tocantins                 721           523.334,27            29.758,97              670.826,13
Total Geral                       4.373      34.277.614,95              721.858,51       4.741.257,03
Fonte: IBAMA-DEREF/2001



         No ano de 2000 o Matogrosso n‡o liderou o desmatamento; de acordo com os dados
oficiais n‡o se tem registro de autoriza†‡o de desmate. J„ o Estado de RondŽnia liderou com
611.689,44 hectares, mas tambŠm n‡o foi o Estado que mais volume extraiu, neste caso o
Maranh‡o assume com 2.739.440,03 m3.

         Neste sentido, tomando como base os anos de 1997 e 1998, verifica-se que ap‚s a
aplica†‡o da IN 1/96-MMA que trata da reposi†‡o florestal houve uma redu†‡o de consumo de
madeira na AmazŽnia legal, por outro lado, aumentou-se a „rea de desmatamento, passando de
252.804,15 hectares para 895.712,76 hectares. Portanto, o consumo de madeira foi mais
selecionada, reduzindo de 5.326.104,29 m3 para 4.459.386,05 m3. Mesmo assim, existiu uma
demanda de mudas para atender estes dois ano na ordem de 58.712.941,00 de mudas
(utilizando o critŠrio adotado pelo Par„ , a cada 1 m3 consumido iria 6 mudas para o campo) .

       Nos anos de 1999 a 2000, repete-se o que vem ocorrendo nos anos anteriores, ou seja,
mais „reas desmatadas e menos consumo de madeira. Baseando–se nos resultados identificou-
se que a demanda por mudas deveria chegar na ordem de 63.816.996 mudas. (1 m3
consumido, 06 mudas iria para o campo).

       Analisando as tabelas acima, observa-se que nos anos impares existem maiores
consumo de madeira e menores n…meros de „reas desmatadas, por outro lado, nos anos pares
o processo Š inverso.

        No ano de 2.000 a procura por sementes nativas no Estado de RondŽnia foi superior a
oferta, este fato levou a substituir as espŠcies nativas da Regi‡o por espŠcies ex‚tica, a
demanda maior est„ sobre a espŠcie Teca (Tectona grandis).

Mercado Consumidor
O mercado de sementes florestais é amplo e está em expansão, atinge diversos
segmentos do setor Florestal Brasileiro. As regiões mais consumidoras de sementes florestais
são o Sul e Sudeste do País, sendo que existe um nicho de sementes florestais Amazônicas,
dentre outras podemos citar as sementes que foram classificadas como produto em extinção,
como é o caso do mogno, que está sendo utilizada em eventos educativos.

        Especificamente, podemos considerar que o maior nicho de consumo de espécies
nativas da Amazônia está localizado no Estado do Pará, seguido do Maranhão e Tocantins.
Mesmo assim, poucas espécies são aproveitadas para realizar grandes plantios, dentre o leque
das 50 espécies trabalhadas no Pará, 04 (quatro) são mais procuradas para realizar grandes
plantios, e destas 04 (quatros), 03 (três) são nativas (Mogno, Sumaúma, Paricá) e 01 (uma) é
exótica (Teca).

        O laboratório de Sementes e Mudas Florestais da AIMEX, faz uma previsão para este
ano de 2001 de 300.000 mudas para plantios. Sendo que, sua maior receita é através da venda
de sementes, pois os madeireiros da região consideram mais econômico produzir suas mudas,
devido ao transporte encarece-las, quando é adquirido da AIMEX.

         Outras espécies nativas são procuradas mais em pequenas escala, não deixando de ser
um potencial, de venda. Segundo Laboratório de sementes da AIMEX, existe uma demanda de
sementes nativas para 2001, na ordem de 07 Toneladas de Paricá ( shizolobium amazonicum
aubl.), 0,3 Ton de mogno e 0,2 Ton de Sumaúma.

        No Estado do Pará os maiores compradores de sementes e mudas são os madeireiros,
uma vez que, aqueles que não possuem Plano de Manejo junto ao IBAMA, são obrigado a
fazerem a Reposição Florestal em obediência a LEI 4771/65 do IBAMA. Parte da demanda deste
setor é atendida pelo Laboratório da AIMEX. Mesmo assim, o laboratório não consegue atender
a demanda anual de sementes nativas. As espécies mais comercializadas no Estado do Pará,
são encontradas na tabela 04.
Tabela 04. Lista das espécies comercializadas no Estado do Pará

     Nome Vulgar                   Nome Científico                      Família
Sumaúma                  Ceiba Pentandra                      Bombacaceae

Mogno                    Swetenia macrophilla                 Meliaceae

Teca                     Tectona grandis                      Meliaceae
Abiu doce                Pouteria sp.                         Sapotaceae
Anani                    Symphonia globulifera                Guttiferae
Andiroba                 Carapa Guianensis                    Meliaceae
Angelim pedra            Dinizia excelsa                      Leguminosae
Aroeira                  Astronium leicointei                 Meliaceae
Breu branco              Protium pallidum                     Buceraceae
Cedro Vermelho           Cedrela odorata                      Meliaceae
Copaíba                  Copaifera duckei                     Leguminosae
Cuiarana                 Terminalia amazônica                 Combretaceae
Cumaru                   Dipteryx odorata                     Leguminosae
Cupiúba                  Goupia glaba                         Celastraceae
Curumim / Trema          Trema micrantha                      Ulmaceae
Fava arara               Parkia multijuga                     Leguminosae
Fava Barbatimão          Stryphnodendron pulcherrium          Leguminosae
Fava bolota              Parkia pendula                       Legminosae
Freijó branco            Cordia bicolor                       Borraginaceae
Freijó cinza             Cordia goldiana                      Borraginaceae
Ipê amarelo              Tabebuia serratifolia                Bignoniaceae
Jarana                   Holopyxidium jarana                  Lecytidaceae
Jutai-açú                Hymenaea courbaril                   Leguminosae
Jutaí-mirim              Hymenaea parvifolia                  Leguminosae
Lacre branco             Vismia caynensis                     Gutiferae
Macacaúba                Platymiscium filipis                 Leguminosae
Maçaranduba              Manikara huberi                      Sapotaceae
Marupá                   Simaruba amara                       Simarabaceae
Mirindiba doce           Glycidendron amazonium               Euphorbiaceae
Morototó                 Didymopanax morotoni                 Araliaceae
Muiracatiara             Astronium leicointei                 Anacardiaceae
Munguba da mata          Bombax munguba                       Bombacaceae
Orelha de negro          Enterolobium schamburgk              Leguminosae
Parapará                 Jacaranda copaia                     Bignoniaceae
Pau jacaré               Laetia procera                       Flancourtiaceae
Pau de balsa             Ochroma pyramidale                   Bombacaceae
Pinheiro do paraná       Araucaria angustifolia               Araucariaceae
Piquiá                   Caryocar villosum                    Caryocaraceae
Quaruba verdadeira       Vochysia maxima                      Vochysiaceae
Quarubarana              Erisma uncianatum                    Vochysiaceae
Seringueira              Hevea brasilienses                   Euphorbiaceae
Sucupira amarela         Bowdichia virgilioides               Leguminosae
Sucupira preta           Diplotropis purpurea                 Leguminosae
Tatajuba                 Bagassa guianensis                   Moraceae
Tatapiririca             Tapirira guianensis                  Anacardiaceae
Tauari                   Couratary stella                     Lecytidaceae
Taxi branco                 Slerolobium paniculatum                Leguminosae
Ucuuba da terra firme       Virola surinamensis                    Myristicaceae
FONTE: AIMEX – 2001


        Em estudo recente realizado Pelo Projeto PPD 3/92 – VER –1 (E) , nos P‚los
(SantarŠm, Breves, BelŠm e Sul do Par„) identificou –se uma demanda anual de mudas na
ordem de 32 a 58 milhŒes conforme a Tabela 3, sendo a demanda por sementes na ordem 3,9
a 7,1 mil kg anualmente, as principais espŠcies s‡o: Paric„, mogno e suma…ma. Ainda baseado
no estudo identificaram, o défict de mudas nos P‚los estudados que gira entorno de 11 a 36,8
milhŒes por ano, com maior intensidade em BelŠm e no Sul do Par„. Indicando um “dŠficit de
semente” entre 1,4 a 4,5 mil kg por ano.

Tabela 05: demanda Anual de mudas de 04 Pólos do setor florestal no Pará
Pólos                              Cenário Conservador             Cenário Otimista
           Santar€m                           486.100                          875.000
            Breves                           3.065.000                        5.522.200
            Bel€m                           10.928.000                       19.678.000
          Sul Do Par•                       17.702.200                       31.873.000
             Total                          32.181.300                       57.948.200
Fonte: SIMDIMAD – Sindicato dos Madeireiros do Par• / 2000



        De acordo com a conclus‡o do documento acima, a taxa de crescimento da demanda
por sementes e mudas para os pr‚ximos anos Š de 2,38 % ao ano, o que levar„ a uma demanda
por mudas entre 40 e 76 milhŒes de unidades, enquanto que a demanda por sementes est„
entre 5 e 9 mil kg.

        AtŠ 1995, existiam poucos plantios em RondŽnia, devido a que a reposi†‡o florestal
obrigat‚ria era feita mediante recolhimento banc„rio, que no final das contas, ninguŠm fazia
reposi†‡o alguma. Com a chegada da Instru†‡o Normativa 1/96 – MMA, de 05 de Setembro de
1996, que extinguia o recolhimento banc„rio, e obriga a realizar a reposi†‡o, este quadro
come†a a mudar. De 1996 a 2000 tinha-se a previs‡o de implantar 30 milhŒes de mudas no
Estado de RondŽnia, de acordo com IBAMA, deste 70 % dos plantios foram efetivados. As
principais espŠcies utilizadas foram: Pinho Cuiabano ( Paric„) , Freij‚, Teca, Cedro e Mogno. Os
principais Munic•pios reflorestadores foram: Pimenta Bueno e Ji – Paran„.

        Para este ano de 2001, os Sindicatos das industrias Madeireiras do Estado de RondŽnia
v‡o plantar na sua maioria mudas de TECA, pois tiveram dificuldades de encontrar sementes
nativas selecionadas e de boa qualidade. Est„ previsto para este ano no Munic•pio de Espig‡o
do Oeste, e circunvizinhos o plantio de Um Milh‡o de TECA. Isto demonstra que as empresas
que trabalham com sementes nativas naquela regi‡o n‡o apresentam condi†Œes para abastecer
este mercado, e ainda n‡o possuem a qualidade exigida.
Empresas que mais compraram sementes florestais nativas no Acre

Tabela 06: Volume das sementes comercializadas em 1999.

  Nome Vulgar         Qtdade (kg)                  Comprador              Estado

Mogno                     17        SOPREN                                PA

Mogno                     1,5       Claúdio Oliveira                      S/R
                                    Pref. Municipal de Campo Goitacazes
Mogno                     2,0                                             SP

Mogno                     3,0       Usina santa cruz                      SC

Mogno                     1,0       FETAGRO                               RO

Mogno                     0,5       Pirinópolis                           GO

Mogno                     5,0       S.T.R.Ji-Paraná                       RO

Mogno                     1,0       Wanderlei                             S/R

Mogno                     2,0       Aimoré aparecido                      S/R

Paricá                    3,0       SOPREN                                PA

Paricá                    2,0       Aimoré aparecido                      S/R

Paricá                   10,0       SOPREN                                PA

Cedro vermelho            3,0       SOPREN                                PA

Cedro vermelho            0,5       FETAGRO                               RO

Total                    51,5

Fonte: CAPEB - 1999
Tabela 07: Volume das sementes comercializadas em 2000.
   Compradores                    Espécies                   Qtdade             Estado
Aimex                 Paric•                           300 kg               Bel‚m -PA
Pesacre               Mogno/Cerejeira/Canelƒo          1 kg/1kg/1 kg/1kg    RioBranco-AC
                      Freij„/ Tauari                   250gr/360 gr
Sopren                Mogno/Paric•                     20 kg/2 kg           Bel‚m - PA
Agriflora             Cerejeira/Mogno/Freij„           1kg/1,5kg/500 gr     Araraquara–SP
Instit. Reflorestando Mogno/Paric•/Amarelƒo/           100gr/100gr/100gr    Santa cruz –
O Brasil              Freij„/Sama…ma/Canelƒo           100gr/100gr/100gr    RS
                      /Mulateiro/Jutai/Cerejeira/      100gr/100gr/100gr
                      Cedro Verm./Tauari               100gr/100gr
                      Cumaru ferro/Jatoba              200 gr/200gr
Reflorestadora        Cerejeira/Jatoba/ Cumaru         2 kg2 kg/2 kg        Rio Branco–AC
Amaz†nia Viva         Canelƒo/Amarelƒo                 1kg/500gr
Ass. Trabalhadores    Cedro/ Mogno/ Cerejeira          2 kg/1 kg/1kg        TO
Rurais                Freij„/ Paric•/ Canelƒo          500gr/500gr/500gr
Eletronorte           Cerejeira/cumar… de ferro        1 kg/1kg             Rio Branco–AC
                      Jatobá/Canelão /Paricá           1 kg/100g/500gr
                      Tauari/Mogno/ Freij„             500gr/500gr/500gr
                      Amarelƒo                         200 gr
Pedro Nem‚zio         Cerejeira /Jatob•/Paric•         2 kg/1kg/1kg         Fazenda Tr‡s
                      Cedro/ Freij„                    500gr/500 gr         Irmƒos – SP
Asso. Trabalhadores Mogno/Canelƒo/Cedro                1kg/1kg/500gr        Wanderlˆndia –
Vale Do Corda         Cerejeira Freij„ Paric•          450gr/500gr/500gr    TO
Clube Da Semente      Mogno                            70 kg                Bras‰lia - DF
PauloRosa MendonŠa Mogno                               2 kg                 Centralma–MG
                     Total                                     438
Fonte: CAPEB - 2000

       Verificando nas tabelas acima, que não existe continuidade de demanda de uma
mesma empresa, ou instituição, exceto a SOPREN que aparece como compradora nos dois
anos de comercialização.

         Neste sentido conclui-se que a procura por sementes depende da necessidade de cada
cliente (instituição) para aquele ano, ou seja, não é confiável coletar sementes para atender
anualmente o mesmo cliente.
Tabela 08: Previsão da quantidade de mudas a serem plantadas: de 1996 à 2001.

Descriminação                    Quantidade de mudas Previstas              Ano
Rondƒnia                         30.000.000,00                              1996 – 2000
Par•                             232.000.000,00                             1996 – 2000
Amazonia Legal                   58.712.941,00                              1997 – 1998
Amazƒnia legal                   63.816.166,00                              1999 – 2000
Aimex                            300.000,00                                 2001
Rondƒnia                         1.000.000,00                               2001
Par•                             58.000.000,00                              2001
Total                            443.064.366,00                             -------

         Tomando como base a tabela acima, podemos fazer uma estimativa referente a
participação da Associação Nossa Senhora de Fátima no mercado de sementes na Amazônia
legal. No entanto, a participação no mercado da Associação desde sua implementação em 1997
até o previsto para 2001, onde o mercado demandou em torno de 54.237 kg de sementes (dados
estimados com base no estudo de Gasparetto/1994).

       Quando se toma como referência os dados de toda a demanda de mudas desde 1996,
pode-se refletir que a participação da Associação foi de apenas 14 % de todo mercado na
Amazônia.

Mercado Fornecedor

        Os Fornecedores de sementes florestais, ainda são bastante questionados, uma vez que
qualquer pessoa está habilitada a fornecer sementes. Existem situações em que o produtor
muitas vezes também é um fornecedor. As instituições de pesquisas, e os viverista, são muitas
vezes fornecedores e concorrentes ao mesmo tempo.

        Este fato nos leva a concluir que é difícil dimensionar o tamanho do mercado fornecedor
no Brasil, uma vez que existem muitos fornecedores clandestinos.

        Com a criação da Rede de Sementes Estaduais, este problema poderá ser minimizado,
considerando que somente poderá ser cadastrado quem estiver capacitado para exercer tal
atividade. Com isto, pretende-se, assegurar a qualidade e idoneidade do produto.

        O fornecedor de sementes florestais nativas da Associação Nossa Senhora de Fátima
são os produtores rurais da própria comunidade. No momento está trabalhando com 30
produtores de sementes, que receberam cursos específicos para trabalharem com este tipo de
atividade.

Mercado Concorrente

       São aqueles que possuem áreas de manejo, de maneira que as sementes são
comercializadas conforme a legislação vigente no IBAMA e Ministério da Agricultura.
Geralmente, este tipo de concorrente, são representado pelas instituições de pesquisas, que
fornecem sementes com qualidade, como é o caso da EMBRAPA-CPATU em Belém que
geralmente fornece sementes florestais nativas para índios da Região. Não significa que este
segmento, esteja dominando o mercado. Outros concorrentes, est‡o representados por
entidades de classe, tais como Associa†Œes e Cooperativas da AmazŽnia. Embora este
segmente seja bastante pequeno, est‡o preparados legalmente para ofertar sementes de „rea
de manejo Florestal.

         Dentro da conjuntura atual de comercializa†‡o de sementes florestais nativas, podemos
citar as seguintes institui†Œes:

        a) OSR – Organiza†‡o dos Seringueiros de RondŽnia, Š considerada como uma
entidade potencial – Pois j„ iniciaram estudos de comercializa†‡o de sementes em anos
anteriores. Com a cria†‡o da rede Estadual em RondŽnia, no ano de 2001, ser‡o reativados os
estudos e a comercializa†‡o das sementes florestais.

       Ashaninka – Associa†‡o dos •ndios Ashaninka no estado do Acre, podem ser
enquadrados como sendo concorrente direto e em potencial.

         As sementes coletadas da aldeia eram enviadas para o Instituto de Pesquisas e Estudos
Florestais – IPF em S‡o Paulo/SP, onde eram feitos os testes de germina†‡o e a
comercializa†‡o de sementes. Portanto a produ†‡o com a comercializa†‡o durou atŠ final de
1996, foram dois anos apenas de produ†‡o. Tendo em vista que n‡o se obteve nenhum apoio
financeiro externo, dificultando sua continua†‡o. Os •ndios chegaram a realizar curso de coleta
de sementes em S‡o Paulo. Mas infelizmente esta atividade encontra-se paralizada, em virtude
da falta de incentivos financeiros e apoio tŠcnico. Com a cria†‡o da rede de semente, onde a
FUNTAC ser„ intermedi„ria, poder„ ser um concorrente direto da Associa†‡o Nossa Senhora de
F„tima.

        c ) Aimex – Laborat‚rio de sementes – S‡o consumidores, mas com a rede Estadual
ser‡o tambŠm concorrentes diretos, pois ir‡o adquirir sementes diretamente de produtores rurais
treinados na regi‡o do Par„.

       Institui†Œes de Pesquisas - As institui†Œes de pesquisas atuam como fornecedores de
sementes, porque o mercado consumidor n‡o encontra quem as comercializa na AmazŽnia.

        Existem tambŠm, outros tipos de concorrentes, como Š o casso dos viverista e empresas
Reflorestadoras, que em propor†Œes menores e bastante pulverizados, est‡o atuando no
mercado. Este tipo de concorrente, adquirem sementes florestais de pequenos produtores rurais
a pre†os irris‚rio e as comercializam, quando existe pedido. No Acre foram identificados as
seguintes empresas:

       Centro de Produ†‡o de Mudas – CPM

        ‰ uma empresa privada fundada em 1997, com a finalidade de produzir mudas de
essƒncias florestais para atender a Reposi†‡o florestal no Estado. N‡o obtendo sucesso no
primeiro ano, teve que mudar de estratŠgia, passando a produzir mudas de espŠcies frut•feras. A
comercializa†‡o de sementes florestais se inicia no ano de 2.000, vendendo toda as produ†‡o
para fora do estado, conforme demonstra a tabela 08.
Tabela 09: Volume comercializado pelo CPM – ano 2.000

Nome Vulgar                 Quantidade (kg)      Quem comprou ?    Estado
Mogno                             200                        AIMEX            Pará
Copaíba                            50                        AIMEX            Pará
Cedro                               5                        AIMEX            Pará
Paricá                             20                        AIMEX            Pará
Cumaru                            100                        AIMEX            Pará
Mogno                              20                          CPT      Matogrosso
          Total                   395
Fonte: registros cpm



       Reflorestadora AmazŽnia Viva

       ‰ uma empresa privada, criada com a finalidade de atender a demanda local de
espŠcies frut•feras, florestais, ornamentais e medicinais. Segundo o propriet„rio o comŠrcio de
mudas nativas de essƒncias florestais Š restrito. N‡o foi poss•vel identificar o volume
comercializado.


       Viveiro Organiza†Œes Primavera

        ‰ uma entidade privada com objetivo de atender a demanda de mudas no Estado do
Acre e RondŽnia. Compra sementes de produtores rurais e comercializa as mudas. O volume de
mudas comercializadas est„ na tabela 09


Tabela 10: Quantidade de mudas vendidas no Acre e Rond•nia em 2000

Item                         Quantid. de mudas          Quem comprou                Estado
Mogno e cedro                         80.000            Madeireiros                 RO
Espécies diversas                     20.000            Peq. Produtores             AC
Total                                100.000



       Redes de Sementes


        Para se ter maior controle sobre o comercio de sementes florestais, est‡o sendo criadas
a n•vel estadual, redes de sementes. Os recursos financeiros para implanta†‡o da rede, s‡o
oriundos do MinistŠrio do Meio Ambiente, atravŠs do Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA.
Atualmente, encontram-se em funcionamento cinco redes:


       a) Universidade do Amazonas – UA
b) Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov„veis
          – IBAMA – DF;


       c) Universidade de Bras•lia – Departamento de Engenharia Florestal – DF


       d) Funda†‡o para Conserva†‡o e a Produ†‡o Florestal do Estado de S‡o Paulo;


       e) Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC / PR


       Rede de Sementes da Regi‡o Norte


       Considerando que o maior consumo de sementes nativas da amazŽnia, se da na pr‚pria
AmazŽnia, a coordena†‡o ficar„ sob a responsabilidade da Universidade do Amazonas – UA.
Para dar maior visibilidade a Rede, pretende-se criar ainda este ano um site no provedor do
INPA (Instituto de Pesquisa da AmazŽnia). Neste site constar„ todas as informa†Œes …teis de
pelo menos 20 espŠcies da AmazŽnia. A rede de semente do Norte vai abranger os Estados do
Par„, Amazonas, RondŽnia, Acre e Roraima.

        Ainda, pretende-se criar mais quatro redes Estaduais, algumas j„ est‡o em face de
implanta†‡o, como Š o casso do Estado do Acre, representado pela FUNTAC. As outras redes
ser‡o implantadas nos estados de RondŽnia, atravŠs da IRAD (.....) no Par„, com a AIMEX –
Laborat‚rio de Sementes Florestais e, finalmente no Amazonas, atravŠs da Universidade do
Amazonas.

       As redes Estaduais ir‡o cadastrar somente Associa†Œes que estiverem capacitadas ,
desde a sele†‡o das matrizes atŠ a coleta das sementes. No caso do Acre (FUNTAC),
Amazonas e RondŽnia, ser‡o apenas intermediárias no processo, dispondo de um percentual
das sementes para pesquisa.

       No Acre a FUNTAC, dever„ trabalhar com as Associa†Œes de Seringueiros do Projeto
Porto Dias e Antimary. Neste sentido, a Associa†‡o Nossa Senhora de F„tima poderia fazer
parte desta rede, ou formalizar convƒnio junto a FUNTAC, no intuito de garantir o
Armazenamento das sementes, bem como reduzir custos.


Espécies florestais prioritárias para serem comercializados pelas Associações

         A Associa†‡o Nossa Senhora de F„tima tem um leque de 20 espŠcies de sementes
submetida ao manejo de sementes florestais para serem colocada a cada ano no mercado. A
seguir, espŠcies comercializadas pela Associa†‡o.
Tabela 11 . Espécies manejadas e preços praticados por kg de sementes

Nome Vulgar                                                 Nome cientifico
                                                                                                       Preço
                                                                                                       R$/Kg
Mogno/Samaúma/ipê                                  Swietenia macrophilla/C. pentandra/T.serratifolia    80,00
Maçaranduba/Cedro vermelho                                        Manilkara uberi/Cedrela odorata       60,00
Aroeira                                                                            Astronium spp.       55,00
Aquaricuara/Mulateiro                                    Minquartia guianensis/Mulatus acordarum        50,00
Amarelão/Quina quina                                         Aspidosperma vargassi/Guettarda SP         50,00

Cumaru cetim/Canelão/Freijó                     Apuléia molaris/Aniba canelilla/Cordia goeldiana        40,00
Itauba                                                                          Melizaurus itaúba       40,00
Carapanaúba/Cerejeira                                   Aspidosperma oblongum/Torresea acreana          35,00
Tauari/Catuaba                                           Couratari macrosperma/ Qualea tesmaniil        30,00

Jutaí/Paricá                                       Hymenaea frutifies/Shizolobium amazonicum           25,00
Copaiba                                                                      Copaifera multijuga       25,00
Jatobá                                                                       Hymenaea courbaril        15,00
Fonte: CAPEB/2001 – Central de Produtores Rurais de Epitaciol„ndia e Brasil€ia
Principais Atributos do Produto - Vantagens

      São sementes de árvores selecionadas (matrizes), Pois árvores não selecionadas
podem gerar sementes de má qualidade, dando origem a mudas inaptas ao plantio, ainda,
aumentam os custos de implementação do empreendimento.

        As matrizes são selecionadas através de mapeamento florestal, distribuído entre 20
colocações da Associação. São realizados estudos fenológicos periodicamente, para identificar
vários aspectos ligados a produção, tais como: melhor época de colheita; época de produção de
cada espécie e; estimativa do tempo de produção por matriz/espécie.

        Todos estes fatores, fazem com que o produto seja de boa qualidade, e tenha uma
procedência conhecida. Todavia, pode-se citar o apelo sócio-ambiental, que o produto tem, ou
seja, os produtores rurais estão incrementando sua renda e, o que é mais importante, estão
mantendo a floresta em pé.
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Projeto ciliar cabeceiras do purus

  • 1. CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient•fico e Tecnol‚gico DABS – Diretoria de Ciƒncias Agr„rias, Biol‚gicas e da Sa…de CGAPB – Coordena†‡o-Geral do Programa de Pesquisa em Agropecu„ria e Biotecnologia COAGR – Coordena†‡o do Programa de Pesquisa em Agropecu„ria e do Agroneg‚cio Processo. 561784/2010-8 Edital MCT/CNPq/CT-Agro nº 26/2010 - Reflorestamento em Áreas Degradadas Visando Restauração Ambiental, Serviços Ecológicos e Outros Usos Vigência: 11/11/2010 a 10/11/2013 DESCRIÇÃO DETALHADA DA PROPOSTA Projeto: CILIAR CABECEIRAS DO PURUS Resumo: O Rio Purus corta, transversalmente, todo o territ‚rio do Acre durante o momento mais importante para manuten†‡o das caracter•sticas ecol‚gicas de sua imensa bacia hidrogr„fica: consolida†‡o das cabeceiras, da nascente ˆ foz do Rio Iaco. ‰ nesse trecho que o Purus se forma e se consolida como um dos mais importantes tribut„rios do Rio Amazonas. Degradar essa extensa „rea de influƒncia das cabeceiras significar„ comprometimentos variados ˆs outras bacias hidrogr„ficas localizadas ˆ jusante. Ocorre que com o asfaltamento da BR 364, no sentido Rio Branco a Cruzeiro do Sul (fronteira com o Peru) o vetor de ocupa†‡o produtiva do Acre assumiu novo eixo, em dire†‡o ˆs „reas ainda n‡o exploradas para produ†‡o de madeira e onde a pecu„ria ainda se apresenta incipiente, como caso do primeiro munic•pio a ser ligado com a pavimenta†‡o, Manuel Urbano, localizado ˆs margens do Purus. Nessa perspectiva o projeto pretende atuar em duas diretrizes principais. Primeiro iniciar um estudo de diagn‚stico, pioneiro diga-se, das caracter•sticas da mata ciliar presente no Purus em seu percurso acreano. Segundo mapear todos os trechos cr•ticos de degrada†‡o de mata ciliar que exigem restaura†‡o florestal. Terceiro mapear matrizes das 20 espŠcies de maior ocorrƒncia na mata ciliar. E, finalmente, estabelecer sistema fenol‚gico para produ†‡o de sementes e mudas das 20 espŠcies selecionadas. Instituição Proponente: Universidade Federal do Acre Endere†o: Km 04 da BR 364, Distrito Industrial, Rio Branco Acre CNPJ: 04.071.106/0001-37 Em parceria com: Universidade do Estado de S‡o Paulo, Unesp
  • 2. Oscip Associação Andiroba Prefeitura Municipal de Manuel Urbano Papel das Instituições Parceiras na Execução das Atividades Instituição Especialização Esclarecimentos Universidade Federal do Engenharia Coordenará o projeto e disponibilizará Acre - Ufac Florestal profissionais da área de engenharia florestal com doutorado e que compõem o quadro de professores. Também selecionará 4 estudantes de Engenharia Florestal para participarem como bolsistas de ITI A. Por fim também selecionará 1 recém formado para atuar como bolsista Exp 2 na realização do Inventário Florestal, levantamento sócio-econômico, fenologia das espécies selecionadas e estabelecimento de sistema de coleta e produção de sementes. Universidade Estadual Engenharia de Por meio do envolvimento do Departamento de Paulista- UNESP Transportes Engenharia Civil, a UNESP produzirá estudos relacionados ao escoamento da produção florestal, dinâmica do leito do rio e sobre a logística necessária aos levantamentos e à posterior produção de sementes e mudas. Associação Andiroba Plano de Manejo Com experiência na elaboração de Plano de para sementes Manejo para Unidades de Conservação e em Florestais restauração florestal de mata ciliar a Andiroba apoiará o projeto na elaboração do Plano de Manejo para produção de sementes das 20 espécies selecionadas, incluindo o licenciamento ambiental junto aos órgãos de controle e monitoramento ambiental Prefeitura Municipal de Socioeconomia e Com experiência na realização de cadastros Manuel Urbano apoio operacional rurais e urbanos a administração municipal apoiará a realização do levantamento de socioeconomia a ser realizado por meio de entrevistas junto aos residentes ribeirinhos das margens do Purus em todo trecho compreendido pelo projeto. A base de dados socioeconômicos
  • 3. será estruturado na prefeitura para posterior acompanhamento da dinâmica fundiária na mata ciliar do Purus. A prefeitura além de fornecer pessoal para atuar em socioeconomia também irá apoiar a operacionalização do projeto. Sindicato e Associações Socioeconomia e Serão os associados e suas entidades de Trabalhadores Rurais seleção de representativas que indicarão as unidades de Manuel Urbano produtores para o produtivas, colocações como são denominadas Plano de Manejo na região, que farão parte do sistema de coleta e de sementes produção de sementes. Os produtores florestais selecionados receberão treinamento de alpinismo para coleta de sementes antes da queda. Serão esses produtores que farão parte do Plano de Manejo para produção de sementes a ser licenciado nos órgãos ambientais. Coordenador: ECIO RODRIGUES DA SILVA, Professor Adjunto III da UFAC, Doutor em Desenvolvimento Sustentável pela UnB, título obtido em 2004. Endereço: Rua amazonas, 61, Cadeia Velha, Rio Branco, Acre, Cep: 69900-445 Fone: 068 3901 25 21; 068 3244 1534 Email: ecio@ufac.br Enquadramento segundo Edital 026/2010: Proposta enquadrada na Chamada I, proposta individual de pesquisador com doutorado, vinculado a universidade federal, orçada no valor de R$ 99.600,00. Linha(s) Temática(s) segundo o Edital 026/2010: Identificação e mapeamento de áreas degradadas e em processo de degradação, por região geográfica ou bioma; Recomposição florística de áreas de preservação e reserva legal; Análise e estudos de cenários da degradação dos ecossistemas e potencial para reflorestamento ecológico, nas diversas regiões/biomas existentes no território nacional; Tecnologia de sementes e produção de mudas florestais; Estruturação de unidades de serviços tecnológicos e de apoio à coleta e distribuição de sementes florestais, produção de mudas e sua comercialização;
  • 4. Instituição de Execução do Projeto: Universidade Federal do Acre, enquadrada pelo edital como: Instituição de ensino superior pública. Experiência do coordenador e da instituição O Coordenador possui ampla experiência com a execução de projetos de pesquisa e extensão florestal na Amazônia. O currículo resumido descrito abaixo fornece com clareza a dimensão dessa experiência. Graduado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro em 1987 iniciou sua carreira profissional na Fundação de Tecnologia do Acre, FUNTAC. Na condição de pesquisador compôs equipe que elaborou o primeiro projeto de manejo florestal de uso múltiplo da Amazônia financiado pela Organização Internacional de Madeiras Tropicais, ITTO, para a Floresta Estadual do Antimary. Em 1990 atuou como assessor parlamentar para assuntos de meio ambiente junto a Assembléia Legislativa do Acre. Retornou à Universidade Federal do Paraná para cursar Mestrado em economia e política florestal concluído em 1994, com uma dissertação acerca da viabilidade econômica da criação de Reservas Extrativistas. De volta ao Acre foi coordenador geral do Centro dos Trabalhadores da Amazônia, CTA, uma importante organização não governamental, criada por Chico Mendes, durante o período de 1992 a 1998. No CTA coordenou equipes de profissionais de várias formações para elaboração de planos de manejo de uso múltiplo e comunitário em duas Reservas Extrativistas e na Floresta Nacional do Macauã. Projetos apoiados pelo Banco Interamericano e pela ITTO, respectivamente. Retornou à FUNTAC na condição de Diretor-Presidente presidente em 1999. Na Funtac coordenou a elaboração do Relatório de Impacto Ambiental, RIMA, de quatro projetos de infra- estrutura considerados prioritários. Para o licenciamento do Anel Viário de Rio Branco e Terceira Ponte sobre o Rio Acre, o RIMA previu a implantação de uma série de medidas mitigadoras ao longo da mata ciliar em um trecho de 20 quilômetros à jusante e à montante da ponte. A esse conjunto de medidas, a equipe técnica chamou de Projeto Ciliar Só-Rio Acre. Em 2001 iniciou o doutorado em desenvolvimento sustentável na UnB. Durante o doutorado trabalhou no Centro Nacional de Populações Tradicionais, CNPT, do IBAMA, onde foi responsável direto pela criação de 18 novas Reservas Extrativistas na Amazônia e instrução do processo de criação de outras 22 unidades. Em 2004 concluiu o doutorado defendendo tese acerca da vantagem competitiva do ecossistema na Amazônia usando como exemplo um cluster florestal para o Acre. A partir de 2003 atuou como assessor parlamentar na Câmara dos Deputados do Congresso Nacional onde
  • 5. permaneceu até 2006 quando ingressou na carreira acadêmica. Atualmente é Professor Adjunto III na Universidade Federal do Acre. Como professor da Ufac coordenou projeto de extensão aprovado no âmbito do Edital CT-AGRO/MCT/MDA/CNPq nº 20/2005 - Disponibilização de Tecnologias de Base Ecológica Apropriadas à Agricultura Familiar, com objetivo de introduzir o manejo de paca (Agouti paca) em sistemas agrosilvopastoris no município acreano de Acrelândia. Projeto já encerrado por meio do processo de número 552651/2005-2. Ainda em 2006 elaborou proposta de restauração florestal da Bacia do Rio Acre, denominada Ciliar Só-Rio Acre, que foi aprovado pelo Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente, mas, infelizmente por força de contingenciamentos não pode contar com financiamento. A proposta do Ciliar Só-Rio Acre foi recebida com sucesso em várias instituições nas quais foi discutida, como no Ministério Público acreano, na Câmara dos Deputados em Brasília e junto ao executivo local, o que fez com que a Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Acre contratasse a execução do projeto em 20 trechos críticos previamente selecionados do Rio Acre. A restauração florestal dessas 20 áreas, com média de 1 hectare cada, foi coordenada pelo proponente e sua equipe da UFAC. Posteriormente concebeu e aprovou junto ao edital 036 de 2007 do CNPq projeto voltado ao suporte do manejo florestal comunitário do cacau nativo disperso na mata ciliar do Rio Purus, no trecho inicial do Estado do Amazonas, entre a foz do Rio Iaco até o município de Pauiní. Foi durante a execução desse projeto, em fase de prestação de contas junto ao CNPq, que a equipe de pesquisadores envolvida percebeu a importância em se efetivar ações na área de influencia da cabeceira do Purus, destinadas à restauração florestal de trechos críticos, que originou a presente proposta de projeto. Objetivos: Geral: Contribuir para melhoria das condições ambientais da bacia hidrográfica do Rio Purus, por meio da restauração florestal de trechos críticos de mata ciliar, na área de influencia da cabeceira. Específicos: 1. Produzir informações acerca do grau de ação antrópica na área de influencia da cabeceira do Purus; 2. Promover a elaboração de diagnósticos que reflitam às condições ambientais observadas na bacia hidrográfica do Purus; 3. Conscientizar a população ribeirinha acerca das implicações decorrentes do modelo do uso do solo na mata ciliar;
  • 6. 4. Promover a melhoria das condições de manejo da bacia hidrográfica praticada pelos produtores familiares; 5. Promover a integração dos produtores familiares nas ações de restauração florestal da bacia do Purus; 6. Estruturar sistema permanente de oferta de sementes florestais de espécies selecionadas para emprego na restauração florestal da mata ciliar do Purus; 7. Internalizar na administração municipal instrumentos de controle e monitoramento da ocupação na mata ciliar do Purus; e 8. Estreitar a relação da administração municipal com a população ribeirinha no intuito de concretizar ações de política pública na região. Metas relacionadas aos objetivos Objetivos Específicos Metas i. Realizar revisão de literatura acerca do histórico da ocupação social e produtiva nos municípios localizados na área de influencia da cabeceira do Purus como: Santa Rosa do Purus, Manuel Urbano e Sena Madureira, até a foz do Rio Iaco. ii. Realizar levantamento dos projetos de financiamento ao 1. Produzir setor produtivo apoiados, nos últimos dez anos, pela informações acerca do Superintendencia da Zona Franca de Manaus, Suframa grau de ação antrópica e pela Superintendencia do Desenvolvimento da existente na área de Amazônia, Sudam, na área de influencia da cabeceira influencia da cabeceira do Purus. do Purus; iii. Preparar síntese de diagnóstico da ocupação produtiva da região a partir das informações compiladas para elaboração da fase final do Zoneamento Econômico e Ecológico do Acre, transformado em legislação estadual em 2008. iv. Realizar levantamento de experiências de produção de sementes florestais realizadas no Acre nos últimos dez anos. i. Elaborar mapeamento temático da cobertura vegetal presente na área de influencia da cabeceira do Purus, a partir da interpretação de imagens de satélite Landsat, considerando uma faixa de 3 quilômetros de largura em cada margem (esquerda e direita), desde a nascente até a foz do Rio Iaco. ii. Realizar uma expedição de reconhecimento da área de influencia da cabeceira do Purus, no trecho entre o município de Santa Rosa e Manuel Urbano, para
  • 7. 2. Promover a checagem do mapeamento temático e contato com os elaboração de ribeirinhos sobre as ações do projeto. diagnósticos que reflitam às condições iii. Definir metodologia de Inventário Florestal a partir do ambientais observadas mapeamento temático. na bacia hidrográfica do Purus; iv. Medir amostras de Inventário Florestal distribuídas ao longo da mata ciliar do Purus. v. Processar os dados do Inventário Florestal e elaborar relatório para publicação. vi. Realizar levantamento socioeconômico junto às famílias de produtores residentes na mata ciliar da área de influencia da cabeceira do Purus. vii. Selecionar a partir do Inventário Florestal, lista das 20 espécies florestais de maior ocorrência na mata ciliar do Purus, que serão objeto de levantamento fenológico para produção de sementes florestais. i. Elaborar material de extensão florestal composto de um folder e cartaz, com tiragens de 1.000 exemplares, descrevendo os objetivos do projeto, para apresentação aos produtores. 3. Conscientizar a ii. Realizar visitas de sensibilização junto às entidades população ribeirinha representativas dos produtores rurais com prioridade acerca das implicações para o Sindicato de Trabalhador Rural de Manuel decorrentes do modelo Urbano, parceiro dessa iniciativa. do uso do solo na mata ciliar; iii. Apresentar as ações do projeto nas escolas de ensino fundamental e de segundo grau localizadas nos três municípios da área de influencia. i. Elaborar material de extensão florestal composto por uma cartilha de conscientização acerca da alternativa produtiva de produção de sementes florestais, com tiragens de 1.000 exemplares para ser distribuídas aos produtores rurais participantes do projeto. ii. Realizar 4 cursos de coleta e produção de sementes florestais nativas, com a participação de 40 produtores 4. Promover a melhoria em cada curso, envolvendo o conteúdo de técnicas de das condições de coleta de sementes e processo de licenciamento manejo da bacia ambiental da atividade. hidrográfica praticada pelos produtores iii. Promover a marcação de matrizes para coleta de sementes familiares; nas unidades produtivas dos ribeirinhos envolvidos no projeto.
  • 8. iv. Realizar visitas de sensibilização aos órgãos de extensão rural e de licenciamento ambiental localizados em Manuel Urbano, no intuito de promover a produção de sementes florestais nativas. i. Apresentar aos produtores rurais resultados do mapeamento temático com indicação de trechos críticos para restauração na mata ciliar do Purus. 5. Promover a ii. Selecionar, em conjunto com o STR, um total de 160 integração dos produtores para participarem diretamente no projeto por produtores familiares meio dos treinamentos para produção de mudas. nas ações de restauração florestal iii. Selecionar e acompanhar representantes de produtores da bacia do Purus; rurais para participar de reuniões de sensibilização junto aos órgãos oficiais de extensão e de licenciamento ambiental. i. Georeferenciar um mínimo de dez matrizes de cada uma das 20 espécies florestais selecionadas como prioritárias para restauração florestal de mata ciliar no Purus, conforme resultado do Inventário Florestal. ii. Realizar levantamento fenológico das 20 espécies tendo em vista o estabelecimento do período de floração e frutificação para coleta de sementes na árvore e no solo. 6. Estruturar sistema permanente de oferta iii. Realizar testes de germinação e de armazenamento das de sementes florestais sementes das 20 espécies florestais selecionadas, junto de espécies ao laboratório de sementes da Fundação de tecnologia selecionadas para do Acre, Funtac. emprego na restauração florestal iv. Cadastrar as unidades de produção de sementes nativas do da mata ciliar do Purus junto à Rede Amazônica de Sementes Florestais Purus; nativas. v. Propor aos órgãos de licenciamento ambiental procedimento simplificado para produção de sementes florestais destinadas à preparação de mudas a serem usadas em projetos de restauração florestal. i. Treinar um mínimo de 4 técnicos, funcionários de carreira, das três prefeituras envolvidas no projeto, para monitoramento das ações do projeto. 7. Internalizar na ii. Envolver dois técnicos na realização do levantamento administração socioeconômico no intuito de operacionalizar os municipal indicadores sociais e econômicos presentes na área instrumentos de rural do município. controle e monitoramento da iii. Preparar e instalar banco de dados resultante do
  • 9. ocupação na mata levantamento socioeconômico para cadastramento rural ciliar do Purus; e na prefeitura de cada município envolvido. 8. Estreitar a relação da i. Discutir com representantes dos ribeirinhos e com a administração administração municipal ações de monitoramento da municipal com a mata ciliar do Purus. população ribeirinha no intuito de ii. Preparar proposta de Projeto de Lei municipal acerca da concretizar ações de largura ideal de mata ciliar para o Purus na região das política pública na cabeceiras, a fim de aprovação nas Câmaras de região. Vereadores de cada município. Indicadores relacionados às Metas do projeto Metas Indicadores i. Realizar revisão de literatura acerca do Relatório acerca da ocupação social e produtiva histórico da ocupação social e nos três municípios envolvidos no projeto produtiva nos municípios localizados elaborado. na área de influencia da cabeceira do Purus como: Santa Rosa do Purus, Mapa de localização e vias escoamento elaborado Manuel Urbano e Sena Madureira, até para cada município. a foz do Rio Iaco. Mapa de ação antrópica elaborado para cada município. ii. Realizar levantamento dos projetos de N⁰ de projetos avaliados com destaque para financiamento ao setor produtivo alternativa produtiva financiada e área abrangida apoiados, nos últimos dez anos, pela pelos projetos. Superintendencia da Zona Franca de Manaus, Suframa e pela Quantidade de contatos realizados nos escritórios Superintendencia do das agencias de financiamento localizadas no Acre. Desenvolvimento da Amazônia, Sudam, na área de influencia da cabeceira do Purus. iii. Preparar síntese de diagnóstico da Documento síntese elaborado para cada município. ocupação produtiva da região a partir das informações compiladas para Análise das informações geradas no Zoneamento elaboração da fase final do Econômico e Ecológico realizada. Zoneamento Econômico e Ecológico do Acre, transformado em legislação estadual em 2008. iv. Realizar levantamento de experiências de Cadastro das entidades que atuam com o produção de sementes florestais segmento de sementes florestais elaborado. realizadas no Acre nos últimos dez anos. Quantidade de instituições que atuam com
  • 10. sementes florestais analisadas e contatadas. viii. Elaborar mapeamento temático da Imagens de satélite obtidas a partir do Instituto cobertura vegetal presente na área de Nacional de Pesquisas Espaciais, Inpe. influencia da cabeceira do Purus, a partir da interpretação de imagens de Interpretadas as imagens de satélite relacionadas à satélite Landsat, considerando uma área de influencia do projeto. faixa de 3 quilômetros de largura em cada margem (esquerda e direita), Elaborados 3 mapas, sendo um para cada desde a nascente até a foz do Rio município, na área de influencia do projeto. Iaco. ix. Realizar uma expedição de N⁰ de produtores rurais familiares contatados reconhecimento da área de influencia pelos pesquisadores da expedição. da cabeceira do Purus, no trecho entre o município de Santa Rosa e Quantidade de apresentações do projeto junto aos Manuel Urbano, para checagem do produtores rurais. mapeamento temático e contato com os ribeirinhos sobre as ações do projeto. x. Definir metodologia de Inventário Florestal Metodologia específica para Inventário Florestal da a partir do mapeamento temático. mata ciliar do Purus elaborada com base em experiências anteriores com o Inventário Florestal do cacau em mata ciliar no Purus já finalizado na Ufac. xi. Medir amostras de Inventário Florestal N⁰ de unidades amostrais do Inventário Florestal distribuídas ao longo da mata ciliar do medidas. Purus. Quantidade de matrizes de espécies florestais georeferenciadas. xii. Processar os dados do Inventário Tabelas de abundancia, dominância, freqüência, Florestal e elaborar relatório para índice de valor de importância por espécie publicação. elaborado. Relatório final do Inventário Florestal publicado. Monografia sobre o Inventário Florestal defendida no curso de Engenharia Florestal da Ufac. N⁰ de agricultores familiares entrevistados. xiii. Realizar levantamento socioeconômico Formulário específico de entrevistas elaborado. junto às famílias de produtores residentes na mata ciliar da área de Relatório final de socioeconomia publicado. influencia da cabeceira do Purus. Monografia sobre a socioeconomia do Purus defendida no curso de Engenharia Florestal da
  • 11. Ufac. xiv. Selecionar a partir do Inventário Florestal, N⁰ de espécies identificadas pelo Inventário lista das 20 espécies florestais de Florestal. maior ocorrência na mata ciliar do Purus, que serão objeto de Lista com as 20 espécies florestais prioritárias para levantamento fenológico para restauração florestal publicada. produção de sementes florestais. xv. Elaborar material de extensão florestal Folder e cartaz publicados. composto de um folder e cartaz, com tiragens de 1.000 exemplares, % dos agricultores familiares beneficiados com descrevendo os objetivos do projeto, visitas de extensão florestal. para apresentação aos produtores. xvi. Realizar visitas de sensibilização junto às Relatório das visitas junto às entidades elaborado. entidades representativas dos produtores rurais com prioridade para % dos agricultores familiares beneficiados com o Sindicato de Trabalhador Rural de visitas de extensão florestal em santa Rosa, Manuel Urbano, parceiro dessa Manuel Urbano e Sena Madureira. iniciativa. xvii.Apresentar as ações do projeto nas N⁰ de escolas visitadas nos 3 municípios. escolas de ensino fundamental e de segundo grau localizadas nos três Quantidade de apresentações sobre o projeto municípios da área de influencia. realizadas. xviii. Elaborar material de extensão N⁰ de exemplares de cartilha ilustrada sobre florestal composto por uma cartilha de produção de sementes florestais nativas, conscientização acerca da alternativa publicados e distribuídos. produtiva de produção de sementes florestais, com tiragens de 1.000 exemplares para ser distribuídas aos produtores rurais participantes do projeto. xix. Realizar 4 cursos de coleta e produção de Quantidade de cursos realizados em cada sementes florestais nativas, com a município, sendo um em Santa Rosa, um em participação de 40 produtores em Manuel Urbano e dois em Sena Madureira. cada curso, envolvendo o conteúdo de técnicas de coleta de sementes e N⁰ de agricultores familiares participantes nos processo de licenciamento ambiental treinamentos sobre sementes florestais. da atividade. xx. Promover a marcação de matrizes para N⁰ de matrizes georeferenciadas e marcadas para coleta de sementes nas unidades posterior levantamento fenológico. produtivas dos ribeirinhos envolvidos no projeto. xxi. Realizar visitas de sensibilização aos N⁰ de reuniões realizadas em cada órgão. órgãos de extensão rural e de
  • 12. licenciamento ambiental localizados Quantidade de apresentações do projeto em Manuel Urbano, no intuito de realizadas. promover a produção de sementes florestais nativas. xxii.Apresentar aos produtores rurais N⁰ de apresentações realizadas para os produtores resultados do mapeamento temático rurais. com indicação de trechos críticos para restauração na mata ciliar do Purus. xxiii. Selecionar, em conjunto com o STR, Um total de 160 produtores selecionados para os um total de 160 produtores para treinamentos. participarem diretamente no projeto por meio dos treinamentos para Lista dos participantes dos treinamentos. produção de mudas. xxiv. Selecionar e acompanhar Lista de produtores selecionados para visitas de representantes de produtores rurais sensibilização nos órgãos. para participar de reuniões de sensibilização junto aos órgãos N⁰ de reuniões realizadas nos órgãos. oficiais de extensão e de licenciamento ambiental. xxv. Georeferenciar um mínimo de dez N⁰ de matrizes georeferenciadas em cada matrizes de cada uma das 20 município. espécies florestais selecionadas como prioritárias para restauração florestal de mata ciliar no Purus, conforme resultado do Inventário Florestal. xxvi. Realizar levantamento fenológico das Relatório do levantamento fenológico elaborado e 20 espécies tendo em vista o divulgado. estabelecimento do período de floração e frutificação para coleta de sementes na árvore e no solo. xxvii. Realizar testes de germinação e de N⁰ de testes realizados com as sementes coletadas armazenamento das sementes das no Purus. 20 espécies florestais selecionadas, junto ao laboratório de sementes da Fundação de tecnologia do Acre, Funtac. xxviii. Cadastrar as unidades de produção Cadastro efetivado. de sementes nativas do Purus junto à Rede Amazônica de Sementes Florestais nativas. xxix. Propor aos órgãos de licenciamento Documento de flexibilização do processo de
  • 13. ambiental procedimento simplificado licenciamento para sementes florestais nativas para produção de sementes florestais elaborado. destinadas à preparação de mudas a serem usadas em projetos de Quantidade de reuniões realizadas para restauração florestal. apresentação do procedimento nos órgãos de licenciamento. xxx. Treinar um mínimo de 4 técnicos, N⁰ de técnicos da prefeitura treinados. funcionários de carreira, das três prefeituras envolvidas no projeto, para monitoramento das ações do projeto. xxxi. Envolver dois técnicos na realização N⁰ de técnicos da prefeitura compondo equipe de do levantamento socioeconômico no levantamento socioeconomico. intuito de operacionalizar os indicadores sociais e econômicos presentes na área rural do município. xxxii. Preparar e instalar banco de dados Banco de dados e indicadores socioeconômico resultante do levantamento instalado junto às prefeituras. socioeconômico para cadastramento rural na prefeitura de cada município envolvido. xxxiii. Discutir com representantes dos Documento de ações de monitoramento elaborado ribeirinhos e com a administração e pactuado entre os envolvidos. municipal ações de monitoramento da mata ciliar do Purus. xxxiv. Preparar proposta de Projeto de Lei Um projeto de lei elaborado para cada município municipal acerca da largura ideal de envolvido no projeto. mata ciliar para o Purus na região das cabeceiras, a fim de aprovação nas Quantidade de reuniões realizadas nas Câmaras de Câmaras de Vereadores de cada Vereadores para discussão de proposta de município. legislação sobre largura adequada de mata ciliar. Metodologia detalhada e cronograma das atividades do projeto Todas as atividades a serem realizadas no âmbito do presente projeto deverão assumir como referência elementar a busca constante pelo envolvimento dos produtores em todos os níveis e a necessidade maior de se concretizar os processos de pesquisa e extensão de maneira a transferir, ainda no decorrer da execução do projeto, ou seja, dentro do prazo de 24 meses estipulado para seu encerramento, todas as metas de acordo com o que foi descrito acima. A composição da equipe executora procurou mesclar profissionais e instituições de diferentes formações e missões, respectivamente, para que as diversas áreas de interesse fossem contempladas. A descrição do papel de cada instituição envolvida na execução do
  • 14. projeto apresentada no início do documento fornece uma idéia da interdisciplinaridade requerida no projeto. A seguir é apresentada a metodologia a ser empregada para execução de cada atividade prevista para atender os objetivos e as metas descritas acima. i. Seleção de bolsistas de ITI - A Serão oferecidas um total de 8 bolsas de Iniciação Tecnológica, ITI nível A, para alunos de graduação a serem selecionados junto ao curso de Engenharia Florestal da Ufac. Cada bolsista atuará por um período de 12 meses, sendo quatro por cada ano do projeto. Os bolsistas serão selecionados entre alunos do último ano de graduação e deverão firmar compromisso com a elaboração de monografia sobre algum tema relacionado ao projeto e no qual estiver envolvido. ii. Reunião de equipe para definição do planejamento operacional do projeto Com a participação de todos os pesquisadores envolvidos, tanto da Ufac quanto da Unesp, e mais o envolvimento de representantes da Prefeitura de Manuel Urbano será realizada naquela cidade uma primeira reunião operacional do projeto. Pretende-se a partir desse planejamento dar início aos trabalhos de compilação de dados secundários de literatura e preparação da equipe para os levantamentos de dados primários. iii. Aquisição de imagens de satélite Serão adquiridas imagens do satélite ETM/Landsat 7 (média resolução), para toda a área de abrangência da cabeceira do Purus, junto ao Inpe. Para definição da área coberta pela imagem bem como seleção das imagens se contará com o apoio do laboratório de sensoriamento remoto instalado na Funtac. iv. Aquisição de material permanente Os materiais permanentes a serem adquiridos pelo projeto incluem dois computadores lap top. v. Definição da metodologia para o mapeamento por satélite da mata ciliar do Purus na área de influencia da cabeceira Com base na análise das imagens de satélite adquiridas, os pesquisadores definirão a metodologia apropriada à identificação da ação antrópica corrente ao longo de uma faixa de 3 quilometros de cada margem do Purus, no trecho compreendido entre a nascente até a foz do Rio Iaco em Sena Madureira.
  • 15. vi. Elaboração de relatório sobre a mapeamento temático da área de influencia da cabeceira do Purus Uma vez estabelecida a metodologia para o mapeamento por satélite será realizada interpretação visual das imagens acompanhadas por checagem de campo em pontos previamente selecionados. vii. Definição da metodologia para o Inventário florestal da mata ciliar do Purus Os pesquisadores definirão uma metodologia para o Inventário Florestal da mata ciliar, tendo como princípio os inventários realizados, também em projetos apoiados pelo CNPq, para o cacau nativo do Purus e pelo projeto Ciliar Só-Rio Acre. A interpretação das imagens de satélite auxiliará essa atividade, na medida em que a escolha das parcelas amostrais deverá ser feita a fim de se alcançar a maior representatividade possível dos diferentes estratos florestais existentes na várzea do alto Purus. viii. Elaboração de relatório sobre a metodologia para Inventário Florestal da mata ciliar do Purus Um relatório contendo as discussões acerca da metodologia adotada para o Inventário Florestal será elaborado e disponibilizado via site para discussão acadêmica com interessados. Esse relatório será objeto de monografia e será publicado ao final do projeto para disseminação do conhecimento a outras instituições. ix. Levantamento de amostras de inventário florestal Com base na metodologia definida para o Inventário Florestal serão medidas informações em amostras, escolhidas a fim de proporcionar a maior intensidade amostral e representatividade possível da área de abrangência deste projeto. Os levantamentos serão feitos por ocasião das primeiras expedições na área. x. Processamento estatístico do inventário Os dados coletados no levantamento das amostras de inventário florestal serão processados pelos bolsistas, em programa de processamento estatístico comumente empregados como o Mata Nativa por exemplo. xi. Elaboração de relatório sobre o Inventário Florestal Com os dados do levantamento processados, a equipe do projeto elaborará um relatório contendo as análises de abundancia, freqüência e dominância, a fim de determinar as 20 espécies de maior relevancia para projetos de restauração da mata ciliar do Purus.
  • 16. xii. Elaboração de relatório sobre o mapeamento por satélite da ocorrência e dispersão do cacaueiro nativo e espécies associadas Mediante confrontação das informações obtidas por meio do Inventário Florestal com a análise das imagens de satélite, será elaborado um relatório sobre o mapeamento remoto da ocorrência e dispersão de espécies florestais na mata ciliar do Purus. xiii. Elaboração de formulário para Levantamento Socioeconômico Com base em levantamentos socioeconômicos já realizados no Acre, como na Floresta Estadual do Antimary, no Projeto de Assentamento extrativista São Luis do Remanso e no projeto de Manejo Florestal Comunitário do cacau nativo do Purus, apoiado pelo CNPq, a equipe executora irá preparar um novo formulário a ser aplicado nas entrevistas com os produtores localizados na área da mata ciliar do Purus. xiv. Realização das entrevistas de socioeconomia De posse do formulário específico para aplicação junto aos produtores ribeirinhos do Purus, será composta equipe interdisciplinar, formada por engenheiros florestais, extensionistas, economistas e educadores, para entrevistarem um mínimo de 40% da população residente na área. xv. Processamento do levantamento socioeconômico Os dados do levantamento socioeconômico serão processados digitados e processados na Prefeitura de Manuel Urbano. O sistema a ser utilizado será estabelecido na reunião para definição dos instrumentos de monitoramento do projeto. avaliação da sustentabilidade do manejo. xvi. Reunião de avaliação parcial do projeto entre as instituições parceiras e a equipe executora Uma avaliação de meio termo será realizada com representantes de todas as instituições parceiras e a equipe executora, durante 3 dias em Manuel Urbano, incluindo uma visita a uma comunidade beneficiária do projeto, a fim de avaliar os resultados alcançados e tomar decisões visando à melhoria de desempenho do projeto. xvii. Visitas de extensão florestal para inovação tecnológica da produção de sementes florestais Uma das atividades principais do projeto é a extensão florestal com inovação da produção de sementes. Essa atividade será desenvolvida sob a forma de visitas técnicas aos agricultores familiares, realizadas ao longo dos 3 primeiros trimestres do
  • 17. primeiro e segundo anos de execução, bem como durante os 2 trimestres finais do projeto. Com isso, cada agricultor será beneficiado com um total de 8 visitas técnicas, nas épocas indicadas para navegação no Purus. Serão formadas 2 equipes de extensão, incluindo os bolsistas e os extensionistas do projeto vinculados às instituições parceiras. Essas equipes serão supervisionadas e orientadas por pesquisadores do projeto. As equipes, ao longo dos trimestres de extensão, ficarão 2 semanas em campo, alternadas com 1 semana na cidade, e assim sucessivamente. xviii. Elaboração de material de extensão envolvendo a produção de sementes florestais nativas A fim de auxiliar o trabalho de extensão junto aos agricultores familiares, será elaborada cartilha ilustrada, em linguagem acessível, contendo as informações essenciais sobre a produção de sementes florestais. xix.Publicação e distribuição em treinamentos para agricultores familiares sobre coleta e produção de sementes florestais A cartilha será publicada com uma tiragem de 1.000 exemplares e distribuídas nos cursos de qualificação para produção de sementes florestais. xx. Realização do levantamento fenológico para as 20 espécies florestais selecionadas Estudos de fenologia serão elaborados para cada uma das 20 espécies florestais selecionadas a partir de informações de literatura, observação no campo e entrvistas com os produtores. xxi. Teste das sementes coletadas no Purus Exemplares de sementes de cada uma das 20 espécies selecionadas serão testadas quanto ao poder germinativo junto ao laboratório de sementes florestais da Funtac. xxii. Elaboração de documento de legislação municipal sobre largura adequada de mata ciliar A equipe de pesquisadores irá, com base em todas as informações obtidas pelo projeto, preparar proposta de legislação municipal contendo cálculo da largura adequada da mata ciliar para o Purus naquele município. xxiii. Reuniões de sensibilização com órgãos ambientais e de extensão
  • 18. Todos os órgãos que possuem escritório de representação nos municípios envolvidos no projeto serão instados a se envolverem na sua execução e na discussão dos seus resultados, através de reuniões bimestrais periódicas com os pesquisadores do projeto. xxiv. Reunião final de avaliação do projeto entre as instituições parceiras e a equipe executora Ao final do projeto, será realizada, em Manuel Urbano, uma reunião de avaliação do projeto, com representantes das instituições parceiras e a equipe executora. Essa reunião terá duração de 3 dias, e incluirá visita a uma comunidade beneficiária do projeto. Essa reunião subsidiará a elaboração do relatório final. xxv. Elaboração do relatório final do projeto Com base na reunião final de avaliação do projeto, o coordenador elaborará o relatório final do projeto.
  • 19. Cronograma de execução por Metas TRIMESTRE Metas 1 2 3 4 5 6 7 8 i. Realizar revisão de literatura histórico da ocupação... X ii. Realizar levantamento dos projetos de financiamento... X iii. Preparar síntese de diagnóstico da ocupação... X iv. Realizar levantamento de produção de sementes... X v. Elaborar mapeamento temático da cobertura vegetal... X X vi. Realizar uma expedição de reconhecimento da área... X vii. Definir metodologia de Inventário Florestal... X viii. Medir amostras de Inventário Florestal distribuídas... X X ix. Processar os dados do Inventário Florestal e... X X x. Realizar levantamento socioeconômico junto às famílias... X X X X xi. Selecionar a partir do Inventário Florestal, lista das 20... X X xii. Elaborar material de extensão florestal... X X X xiii. Realizar visitas de sensibilização junto às entidades... X X xiv. Apresentar as ações do projeto nas escolas... X X X X xv. Elaborar material de extensão florestal composto... X xvi. Realizar 4 cursos de coleta e produção de sementes... X X xvii.Promover a marcação de matrizes para coleta... X X X xviii. Realizar visitas de sensibilização aos órgãos... x X X X X xix. Apresentar aos produtores rurais resultados... X X X xx. Selecionar, em conjunto com o STR, um total de 160... X X X xxi. Selecionar e acompanhar representantes de produtores... X X xxii.Georeferenciar um mínimo de dez matrizes de cada... X X xxiii. Realizar levantamento fenológico das 20 espécies... X X X xxiv. Realizar testes de germinação e armazenamento... X X xxv. Cadastrar as unidades de produção de sementes... X X xxvi. Propor aos órgãos de licenciamento ambiental... X xxvii. Treinar um mínimo de 4 técnicos... X X X xxviii. Envolver dois técnicos na realização levantamento... X X X xxix. Preparar e instalar banco de dados resultante... X X xxx. Discutir com representantes dos ribeirinhos... X X xxxi. Preparar proposta de Projeto de Lei municipal acerca X X da largura ideal de mata ciliar para o Purus...
  • 20. Orçamento em Reais Custeio Discrimina†‡o do item Valor unit„rio Quantidade Valor total Di„rias de campo 93,91 180 10.903,80 Material de escrit‚rio vb vb 3.000,00 Combust•vel em litros (Gasolina e ‚leo 2 tempos) 3,10 5.000 litros 15.500,00 Servi†os terceiros pessoa f•sica (por dia) 60,00 200 12.000,00 Servi†os terceiro pessoa jur•dica (impress‡o de vb vb 12.500,00 material, aluguel de barco) Capital Discrimina†‡o do item Valor unit„rio Quantidade Valor total Computador lap top 2.500,00 2 5.000,00 Justificativas quanto ˆ imprescindibilidade: Processamento de dados dos levantamentos e possibilidade de uso no interior, para apresenta†‡o de resultados e elabora†‡o de relat‚rios. Bolsas Modalidade Quant. N‹ de meses Valor Unit„rio Valor total ITI – A 8 12* 360,00 34.560,00 Total Geral (Custeio + Capital + Bolsas) 93.463,80 * Para ampliar a participação dos alunos e a quantidade de produtos acadêmicos como monografias, cada bolsista permanecerá no projeto no máximo 12 meses apesar do cronograma do projeto ser de 36 meses.
  • 21. Contrapartida das instituições envolvidas No quadro a seguir, pode ser observada a contrapartida, n‡o financeira, disponibilizada pelas institui†Œes envolvidas na proposta. Instituição Contrapartida Mensurada Universidade Federal do Acre Disponibiliza†‡o de laborat‚rios (sementes e bot•nico), – UFAC, por meio do Centro escrit‚rios, telefones e computadores. TambŠm colocar„ de Ciƒncias Biol‚gicas e da horas de trabalho de 4 professores, sendo dois em n•vel de Natureza, CCBN e doutorado e dois de mestrado. Por fim tambŠm selecionar„ Coordena†‡o de Engenharia 8 alunos de gradua†‡o em Engenharia Florestal para serem Florestal bolsistas do projeto. Universidade Estadual Paulista Disponibilizar„ as horas de trabalho de um pesquisador com - Unesp n•vel de doutorado em log•stica de transporte e escoamento fluvial da produ†‡o. TambŠm disponibilizar„ os laborat‚rios de ensaios de materiais. Associa†‡o Andiroba Disponibilizar„ 2 extensionistas para envolvimento no programa de extens‡o florestal do projeto. Colocar„ ˆ disposi†‡o a estrutura f•sica, composta de escrit‚rio de trabalho com telefone e mobili„rio, para as a†Œes do projeto em Rio Branco. Prefeitura de Manuel Urbano Compor„ em com junto com as prefeituras de Sena Madureira e de Santa Rosa do Purus, o comitƒ de monitoramento do projeto. Especificamente recepcionar„ o banco de dados em Socioeconomia e colocar„ dois servidores para serem treinados em a†Œes relacionadas ao projeto. Sindicato de Trabalhadores Apoiar„ a sele†‡o dos produtores que se envolver‡o Rurais de Manuel Urbano diretamente no projeto, em especial nos treinamentos. Compor„ a equipe que realizar„ atividades de sensibiliza†‡o junto aos ‚rg‡os e ˆs c•maras municipais. Associa†Œes e entidades Se envolver‡o com participa†‡o direta em treinamentos, na diversas de representa†Œes realiza†‡o do levantamento socioeconŽmico, na instala†‡o dos trabalhadores das unidades de produ†‡o de sementes e, por fim, no monitoramento das a†Œes do projeto como um todo.
  • 22. Existência de financiamento de outras fontes ou solicitação em curso Não há outras fontes de financiamento para o projeto, em que pese o fato de ter sido iniciada uma elementar discussão com a prefeitura municipal de Manuel Urbano, que se comprometeu na busca de possibilidades de financiamento, o que, contudo, tendo em vista as fontes de recursos operadas pelas administrações municipais, como o tradicional Fundo Nacional de Meio Ambiente, não deverá priorizar a geração de informação como na atual proposta. Instituições onde se pretende realizar o projeto As ações do projeto de materializarão em três espaços distintos e interligados, quais sejam: Escritório em Manuel Urbano: Toda parte operacional do projeto estará sediada na cidade de Manuel Urbano em espaço físico em processo de negociação com a administração municipal. Será nessas instalações que a equipe do projeto trabalhará de forma rotineira durante os 24 meses de execução do projeto. A administração municipal estabeleceu, recentemente instrumento de parceria com a Ufac. Laboratório de Negócios Florestais da Ufac: Recém inaugurado com apoio da Finep essa estrutura sediará toda parte operacional do projeto em Rio Branco em conjunto com o escritório cedido pela Associação Andiroba, que nos últimos 5 anos executou 3 projetos em parceria com a Ufac. Laboratório de Sementes da Funtac: Com capacidade e, o mais importante credenciado pelo Ministério da agricultura, para realização de ensaios para obtenção dos coeficientes técnicos para sementes o Laboratório da Funtac será de imprescindível ajuda no teste e determinação do poder germinativo e procedimentos para armazenamento para as sementes coletadas no Purus. Existe acordo permanente de cooperação técnica e financeira entre a Ufac e a Funtac que envolve vários projetos de Iniciação Científica, PIBIC e de promoção de pesquisas sobre o uso múltiplo do ecossistema florestal no Acre.
  • 23. Equipe envolvida no projeto Pesquisador Vinculação Formação/função no Atividade (dedicação em Instituição projeto horas) Ecio Rodrigues UFAC Engenheiro Florestal, Coordenador Geral - 20 Doutorado. horas Jairo Pinheiro de Lima UNESP Engenheiro Civil, Estudo da log•stica de Doutorado, Pesquisador escoamento da produ†‡o - 10 horas Edmilson Santos Cruz UFAC Engenheiro Florestal, Metodologia de Invent„rio Doutorado. Pesquisador Florestal – 20 horas Nei Sebasti‡o Braga Gomes UFAC Engenheiro Florestal, Composi†‡o Flor•stica da Doutorado. Pesquisador Mata Ciliar – 10 horas Bolsistas ITI - A UFAC Graduandos em Todos os levantamentos e Engenharia Florestal extens‡o – 20 horas TŠcnicos prefeitura de Prefeitura TŠcnicos n•vel mŠdio Levantamento Manuel Urbano socioeconŽmico e cadastro Domingos Ramos de Assis Associa†‡o Extensionista Execu†‡o do programa de Andiroba extens‡o florestal – 20 horas Lucina Rodrigues Pereira Associa†‡o Engenheira Florestal Coordena†‡o do Invent„rio Andiroba Florestal – 40 horas Symone Maria Melo UFAC Engenheira AgrŽnoma, Interpreta†‡o de imagens de Figueiredo Mestrado. satŠlite e confec†‡o de mapas . Dirigentes sindicais STR Manuel Lideran†as comunit„rias Sele†‡o e contato com os Urbano produtores. Luis Augusto Mesquita de UFAC Engenheiro Florestal, Planejamento operacional do Azevedo Mestrado. Pesquisador projeto e da produ†‡o de sementes. Marco Antonio Amaro UFAC Engenheiro Florestal, Processamento e relat‚rio Doutor. Pesquisador do Invent„rio Florestal Raul Torrico Andiroba Mestre em Desenvolto An„lise produ†‡o de Regional sementes
  • 24. Anexo I Informa†Œes adicionais sobre a produ†‡o de sementes florestais nativas no Acre T•tulo: PLANO DE NEG•CIOS PARAPRODU•‘O DE SEMENTES FLORESTAIS, NO ACRE, POR ASSOCIA•’ES DE PRODUTORES RURAIS FAMILIARES Estudo realizado em parceria com a Associa†‡o Andiroba por: Raul Vargas Torrico – Engenheiro AgrŽnomo, MSc. Ecio Rodrigues – Engenheiro Florestal, PhD.
  • 25. ASPECTOS MERCADOLÓGICOS DA PRODUÇÃO DE SEMENTES FLORESTAIS Ramo de atividade: Produção de sementes Florestais nativas Setor da economia: Primário Identificação da oportunidade Na Amazônia a tecnologia do Manejo Florestal de Uso Múltiplo tem sido apontada como alternativa principal para uso sustentável da diversidade biológica existente na região. Espera-se que com o emprego dessa tecnologia seja possível transformar o potencial da biodiversidade em geração de emprego e renda para as populações residentes na região. A conseqüência natural é a redução e total eliminação da prática do desmatamento enquanto alternativa de produção. Isto é, se o recurso florestal possuir maior valor monetário que a sua principal concorrente: a pecuária; a decisão dos investimentos privados se direcionará para manutenção da floresta, ao mesmo tempo em que, quando o contrário acontece e a carne do gado possui maior valor que a floresta, as taxas de desmatamento são intensificadas. Neste aspecto o governo federal tem apoiado o Uso racional das florestas, através dos vários programas destinados à conservação das florestas amazônicas e apoio às atividades florestais consideradas de elevado risco econômico. Sendo assim, no contexto do uso múltiplo, o Manejo Florestal de Sementes nativas se adequada perfeitamente, primeiro do ponto de vista ecológico (redução do desmatamento), segundo sob o ponto de vista social (manter as ligações sociais familiares, religiosas, lazer etc..) e terceiro sob o ponto vista econômico (aumento de emprego e renda). Surge dessa maneira uma nova e promissora oportunidade de investimentos para associações de produtores localizados na Amazônia, quer para ofertar sementes florestais que atenderão aos programas de reflorestamento e de restauração privados em execução pelas empresas, quer seja para atender a demanda por revegetalização oriundas de prefeituras, órgãos estaduais e organizações não governamentais. Gargalos normativos criados pela legislação específica para produção de sementes florestais Para legalizar a exploração e comercialização de sementes florestais nativas, a comunidade empreendedora deve elaborar um Plano de Manejo ao Ibama, ou órgão estadual que tenha firmado o pacto federativo, e fazer o Registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, MAPA, do seu estado. A obtenção deste registro é condição para poder comercializar sementes florestais para todo território nacional. A Associação para conseguir o registro no MAPA terá que elaborar estudo de fenologia, georeferenciar as matrizes e estruturar o que se denomina de Área de Produção de Sementes, APS.
  • 26. Análise de risco da produção de sementes florestais nativas: Pontos fortes  Os investimentos realizados pela Associa†‡o podem ser conseguidos ˆ fundo perdido, em ‚rg‡os de apoio como o Fundo Nacional de Meio Ambiente, Conselho de Direitos Difuso e Fundo AmazŽnia;  N‡o existem concorrentes diretos operando no Acre;  O mercado consumidor no Acre e em toda regi‡o Norte Š crescente;  Existe estrutura de apoio ˆ comercializa†‡o representada pela Cooperativa de produtos florestais, Coopfloresta;  Existe m‡o-de-obra especializada no manejo das sementes nativas em abund•ncia no Acre; H„ ocorrƒncia de matŠria–prima com garantida anual de abastecimento; Existe uma forte oferta de sementes pass•veis de serem obtidas em „reas sob manejo florestal madeireiro, o que facilita a coleta; O MAPA possui pessoal para auxiliar no registro das associa†Œes de produtores. Pontos Fracos  O mercado de sementes florestais no Acre possui uma sŠrie de restri†Œes;  Dif•cil acesso em „rea de floresta na Špoca da frutifica†‡o das sementes;  Algumas espŠcies florestais possuem sementes recalcitrantes, que perdem rapidamente o seu poder germinativo; e  Histeria acarretada por poss•veis amea†as da biopirataria contaminam o processo de licenciamento ambiental da atividade, tornando-o mais oneroso que o necess„rio. Aspectos ambientais do negócio A Instru†‡o Normativa de 05 de setembro de 1996, do MMA, que altera o critŠrio de reposi†‡o florestal na AmazŽnia, exigindo o plantio de acordo com o consumo de madeira utilizada de „rea de desmatamento, veio a Incentivar a demanda por sementes florestais, sobretudo por madeireiros e fazendeiros. Observando as tabelas 01 e 02 verifica-se que o Mato Grosso Š o Estado que apresenta maior n…mero de „rea autorizadas para o desmatamento o que permite deduzir que Š o Estado que demandar„ maior quantidade de mudas para reposi†‡o florestal.
  • 27. Tabela 01. Autoriza€•es de desmatamento da Amaz‚nia Legal – 1997 Estados Nº Autoriza. Área Autorizada Volume Total Em Hectares Em M3 Acre 287 23.347,40 177.524,41 Amapá 197 1.699,00 5.352,00 Amazonas 124 5.984,14 232.698,78 Maranhão 152 24.744,64 587.014,86 Mato Grosso 1.567 174.052,08 4.079.523,68 Pará 68 1.706,40 57.351,59 Rondônia 690 12.796,77 -------- Roraima 31 1.257,00 10.287,07 Tocantins 88 7.216,72 176.351,90 Total 3.204 252.804,15 5.326.104,29 Fonte: IBAMA-DEREF/2001 Tabela 02: Desmatamento da Amaz€nia Legal – 1998. 3 Estados N² Autoriza. Área Autorizada Volume Total (M ) Acre 1.222 12.177,53 15.635,63 Amapa 164 930,30 ---------- Amazonas 266 5.788,14 141.627,50 Maranhao 156 18.573,94 80.991,30 Mato Grosso 3.296 374.531,98 3.327.531,88 Para 97 16.600,95 527.458,72 Rondonia 236 10.296,96 285.149,72 Roraima 636 3.038,05 ------------ Tocantins 346 18.783,89 80.991,30 Total 6.419 895.712,76 4.459.386,05 Fonte: IBAMA-DEREF/2001 No ano de 1999, conforme a tabela 03, observa-se que os estados do Matogrosso e o Acre foram o que mais desmataram na Amazônia legal, os dois juntos chegaram a desmatar 18.1087,32 hectares de floresta que corresponde a 75% das áreas desmatada na amazônia legal. Portanto, nem sempre o estado que mais derruba é o que mais aproveita a madeira. Os Estados que mais volume consumiram foram Matogrosso com 4.013.057,68 m3 e Maranhão com volume de 698.345,55 m3. Tabela 03: Autoriza€•es de desmatamento da Amaz‚nia Legal – 1999 e 2000 DEMONSTRATIVO SOBRE AS ÁREAS DESMATADAS - Consolidado de 1999 N.º Total de Área Total das Soma Total das Áreas Volume Total N.º Estado 3 Propriedades Propriedades Autorizadas (em Ha.) M 1 Acre 4.036 682.328,10 20.584,56 55.953,30 2 Amapá 336 30.398,79 1.995,04 810,71 3 Amazonas 524 117.629,54 3.603,60 43.135,80 4 Maranhão 109 386.097,16 19.777,84 943.895,96 5 Mato Grosso 3.392 1.598.413,53 160.502,76 4.013.057,68 6 Pará 375 3.700.658,76 12.595,17 698.345,55 7 Rondônia 803 142.644,60 6.933,35 6.513,32
  • 28. 8 Roraima 364 29.506,58 1.232,25 3.412,98 9 Tocantins 183 146.454,66 13.704,61 129.783,84 Total Geral 10.122 6.834.131,72 240.929,18 5.894.909,13 Consolidado de 2000 N.º Total de Área Total das Total das Áreas Volume Total N.º Estado 3 Propriedades Propriedades Autorizadas (em Ha.) M 1 Acre 157 255.258,86 5.546,90 107.735,32 2 Amapá 914 21.496.355,07 2.928,00 29.366,00 3 Amazonas 736 96.019,84 4.324,50 192.966,67 4 Maranhão 147 3.764.735,40 56.500,07 2.739.440,03 5 Mato Grosso - - - - 6 Pará 408 4.618.937,21 7.582,54 534.152,59 7 Rondônia 1.008 3.459.696,90 611.689,44 428.158,63 8 Roraima 282 63.277,40 3.528,09 38.611,66 9 Tocantins 721 523.334,27 29.758,97 670.826,13 Total Geral 4.373 34.277.614,95 721.858,51 4.741.257,03 Fonte: IBAMA-DEREF/2001 No ano de 2000 o Matogrosso n‡o liderou o desmatamento; de acordo com os dados oficiais n‡o se tem registro de autoriza†‡o de desmate. J„ o Estado de RondŽnia liderou com 611.689,44 hectares, mas tambŠm n‡o foi o Estado que mais volume extraiu, neste caso o Maranh‡o assume com 2.739.440,03 m3. Neste sentido, tomando como base os anos de 1997 e 1998, verifica-se que ap‚s a aplica†‡o da IN 1/96-MMA que trata da reposi†‡o florestal houve uma redu†‡o de consumo de madeira na AmazŽnia legal, por outro lado, aumentou-se a „rea de desmatamento, passando de 252.804,15 hectares para 895.712,76 hectares. Portanto, o consumo de madeira foi mais selecionada, reduzindo de 5.326.104,29 m3 para 4.459.386,05 m3. Mesmo assim, existiu uma demanda de mudas para atender estes dois ano na ordem de 58.712.941,00 de mudas (utilizando o critŠrio adotado pelo Par„ , a cada 1 m3 consumido iria 6 mudas para o campo) . Nos anos de 1999 a 2000, repete-se o que vem ocorrendo nos anos anteriores, ou seja, mais „reas desmatadas e menos consumo de madeira. Baseando–se nos resultados identificou- se que a demanda por mudas deveria chegar na ordem de 63.816.996 mudas. (1 m3 consumido, 06 mudas iria para o campo). Analisando as tabelas acima, observa-se que nos anos impares existem maiores consumo de madeira e menores n…meros de „reas desmatadas, por outro lado, nos anos pares o processo Š inverso. No ano de 2.000 a procura por sementes nativas no Estado de RondŽnia foi superior a oferta, este fato levou a substituir as espŠcies nativas da Regi‡o por espŠcies ex‚tica, a demanda maior est„ sobre a espŠcie Teca (Tectona grandis). Mercado Consumidor
  • 29. O mercado de sementes florestais é amplo e está em expansão, atinge diversos segmentos do setor Florestal Brasileiro. As regiões mais consumidoras de sementes florestais são o Sul e Sudeste do País, sendo que existe um nicho de sementes florestais Amazônicas, dentre outras podemos citar as sementes que foram classificadas como produto em extinção, como é o caso do mogno, que está sendo utilizada em eventos educativos. Especificamente, podemos considerar que o maior nicho de consumo de espécies nativas da Amazônia está localizado no Estado do Pará, seguido do Maranhão e Tocantins. Mesmo assim, poucas espécies são aproveitadas para realizar grandes plantios, dentre o leque das 50 espécies trabalhadas no Pará, 04 (quatro) são mais procuradas para realizar grandes plantios, e destas 04 (quatros), 03 (três) são nativas (Mogno, Sumaúma, Paricá) e 01 (uma) é exótica (Teca). O laboratório de Sementes e Mudas Florestais da AIMEX, faz uma previsão para este ano de 2001 de 300.000 mudas para plantios. Sendo que, sua maior receita é através da venda de sementes, pois os madeireiros da região consideram mais econômico produzir suas mudas, devido ao transporte encarece-las, quando é adquirido da AIMEX. Outras espécies nativas são procuradas mais em pequenas escala, não deixando de ser um potencial, de venda. Segundo Laboratório de sementes da AIMEX, existe uma demanda de sementes nativas para 2001, na ordem de 07 Toneladas de Paricá ( shizolobium amazonicum aubl.), 0,3 Ton de mogno e 0,2 Ton de Sumaúma. No Estado do Pará os maiores compradores de sementes e mudas são os madeireiros, uma vez que, aqueles que não possuem Plano de Manejo junto ao IBAMA, são obrigado a fazerem a Reposição Florestal em obediência a LEI 4771/65 do IBAMA. Parte da demanda deste setor é atendida pelo Laboratório da AIMEX. Mesmo assim, o laboratório não consegue atender a demanda anual de sementes nativas. As espécies mais comercializadas no Estado do Pará, são encontradas na tabela 04.
  • 30. Tabela 04. Lista das espécies comercializadas no Estado do Pará Nome Vulgar Nome Científico Família Sumaúma Ceiba Pentandra Bombacaceae Mogno Swetenia macrophilla Meliaceae Teca Tectona grandis Meliaceae Abiu doce Pouteria sp. Sapotaceae Anani Symphonia globulifera Guttiferae Andiroba Carapa Guianensis Meliaceae Angelim pedra Dinizia excelsa Leguminosae Aroeira Astronium leicointei Meliaceae Breu branco Protium pallidum Buceraceae Cedro Vermelho Cedrela odorata Meliaceae Copaíba Copaifera duckei Leguminosae Cuiarana Terminalia amazônica Combretaceae Cumaru Dipteryx odorata Leguminosae Cupiúba Goupia glaba Celastraceae Curumim / Trema Trema micrantha Ulmaceae Fava arara Parkia multijuga Leguminosae Fava Barbatimão Stryphnodendron pulcherrium Leguminosae Fava bolota Parkia pendula Legminosae Freijó branco Cordia bicolor Borraginaceae Freijó cinza Cordia goldiana Borraginaceae Ipê amarelo Tabebuia serratifolia Bignoniaceae Jarana Holopyxidium jarana Lecytidaceae Jutai-açú Hymenaea courbaril Leguminosae Jutaí-mirim Hymenaea parvifolia Leguminosae Lacre branco Vismia caynensis Gutiferae Macacaúba Platymiscium filipis Leguminosae Maçaranduba Manikara huberi Sapotaceae Marupá Simaruba amara Simarabaceae Mirindiba doce Glycidendron amazonium Euphorbiaceae Morototó Didymopanax morotoni Araliaceae Muiracatiara Astronium leicointei Anacardiaceae Munguba da mata Bombax munguba Bombacaceae Orelha de negro Enterolobium schamburgk Leguminosae Parapará Jacaranda copaia Bignoniaceae Pau jacaré Laetia procera Flancourtiaceae Pau de balsa Ochroma pyramidale Bombacaceae Pinheiro do paraná Araucaria angustifolia Araucariaceae Piquiá Caryocar villosum Caryocaraceae Quaruba verdadeira Vochysia maxima Vochysiaceae Quarubarana Erisma uncianatum Vochysiaceae Seringueira Hevea brasilienses Euphorbiaceae Sucupira amarela Bowdichia virgilioides Leguminosae Sucupira preta Diplotropis purpurea Leguminosae Tatajuba Bagassa guianensis Moraceae Tatapiririca Tapirira guianensis Anacardiaceae Tauari Couratary stella Lecytidaceae
  • 31. Taxi branco Slerolobium paniculatum Leguminosae Ucuuba da terra firme Virola surinamensis Myristicaceae FONTE: AIMEX – 2001 Em estudo recente realizado Pelo Projeto PPD 3/92 – VER –1 (E) , nos P‚los (SantarŠm, Breves, BelŠm e Sul do Par„) identificou –se uma demanda anual de mudas na ordem de 32 a 58 milhŒes conforme a Tabela 3, sendo a demanda por sementes na ordem 3,9 a 7,1 mil kg anualmente, as principais espŠcies s‡o: Paric„, mogno e suma…ma. Ainda baseado no estudo identificaram, o défict de mudas nos P‚los estudados que gira entorno de 11 a 36,8 milhŒes por ano, com maior intensidade em BelŠm e no Sul do Par„. Indicando um “dŠficit de semente” entre 1,4 a 4,5 mil kg por ano. Tabela 05: demanda Anual de mudas de 04 Pólos do setor florestal no Pará Pólos Cenário Conservador Cenário Otimista Santar€m 486.100 875.000 Breves 3.065.000 5.522.200 Bel€m 10.928.000 19.678.000 Sul Do Par• 17.702.200 31.873.000 Total 32.181.300 57.948.200 Fonte: SIMDIMAD – Sindicato dos Madeireiros do Par• / 2000 De acordo com a conclus‡o do documento acima, a taxa de crescimento da demanda por sementes e mudas para os pr‚ximos anos Š de 2,38 % ao ano, o que levar„ a uma demanda por mudas entre 40 e 76 milhŒes de unidades, enquanto que a demanda por sementes est„ entre 5 e 9 mil kg. AtŠ 1995, existiam poucos plantios em RondŽnia, devido a que a reposi†‡o florestal obrigat‚ria era feita mediante recolhimento banc„rio, que no final das contas, ninguŠm fazia reposi†‡o alguma. Com a chegada da Instru†‡o Normativa 1/96 – MMA, de 05 de Setembro de 1996, que extinguia o recolhimento banc„rio, e obriga a realizar a reposi†‡o, este quadro come†a a mudar. De 1996 a 2000 tinha-se a previs‡o de implantar 30 milhŒes de mudas no Estado de RondŽnia, de acordo com IBAMA, deste 70 % dos plantios foram efetivados. As principais espŠcies utilizadas foram: Pinho Cuiabano ( Paric„) , Freij‚, Teca, Cedro e Mogno. Os principais Munic•pios reflorestadores foram: Pimenta Bueno e Ji – Paran„. Para este ano de 2001, os Sindicatos das industrias Madeireiras do Estado de RondŽnia v‡o plantar na sua maioria mudas de TECA, pois tiveram dificuldades de encontrar sementes nativas selecionadas e de boa qualidade. Est„ previsto para este ano no Munic•pio de Espig‡o do Oeste, e circunvizinhos o plantio de Um Milh‡o de TECA. Isto demonstra que as empresas que trabalham com sementes nativas naquela regi‡o n‡o apresentam condi†Œes para abastecer este mercado, e ainda n‡o possuem a qualidade exigida.
  • 32. Empresas que mais compraram sementes florestais nativas no Acre Tabela 06: Volume das sementes comercializadas em 1999. Nome Vulgar Qtdade (kg) Comprador Estado Mogno 17 SOPREN PA Mogno 1,5 Claúdio Oliveira S/R Pref. Municipal de Campo Goitacazes Mogno 2,0 SP Mogno 3,0 Usina santa cruz SC Mogno 1,0 FETAGRO RO Mogno 0,5 Pirinópolis GO Mogno 5,0 S.T.R.Ji-Paraná RO Mogno 1,0 Wanderlei S/R Mogno 2,0 Aimoré aparecido S/R Paricá 3,0 SOPREN PA Paricá 2,0 Aimoré aparecido S/R Paricá 10,0 SOPREN PA Cedro vermelho 3,0 SOPREN PA Cedro vermelho 0,5 FETAGRO RO Total 51,5 Fonte: CAPEB - 1999
  • 33. Tabela 07: Volume das sementes comercializadas em 2000. Compradores Espécies Qtdade Estado Aimex Paric• 300 kg Bel‚m -PA Pesacre Mogno/Cerejeira/Canelƒo 1 kg/1kg/1 kg/1kg RioBranco-AC Freij„/ Tauari 250gr/360 gr Sopren Mogno/Paric• 20 kg/2 kg Bel‚m - PA Agriflora Cerejeira/Mogno/Freij„ 1kg/1,5kg/500 gr Araraquara–SP Instit. Reflorestando Mogno/Paric•/Amarelƒo/ 100gr/100gr/100gr Santa cruz – O Brasil Freij„/Sama…ma/Canelƒo 100gr/100gr/100gr RS /Mulateiro/Jutai/Cerejeira/ 100gr/100gr/100gr Cedro Verm./Tauari 100gr/100gr Cumaru ferro/Jatoba 200 gr/200gr Reflorestadora Cerejeira/Jatoba/ Cumaru 2 kg2 kg/2 kg Rio Branco–AC Amaz†nia Viva Canelƒo/Amarelƒo 1kg/500gr Ass. Trabalhadores Cedro/ Mogno/ Cerejeira 2 kg/1 kg/1kg TO Rurais Freij„/ Paric•/ Canelƒo 500gr/500gr/500gr Eletronorte Cerejeira/cumar… de ferro 1 kg/1kg Rio Branco–AC Jatobá/Canelão /Paricá 1 kg/100g/500gr Tauari/Mogno/ Freij„ 500gr/500gr/500gr Amarelƒo 200 gr Pedro Nem‚zio Cerejeira /Jatob•/Paric• 2 kg/1kg/1kg Fazenda Tr‡s Cedro/ Freij„ 500gr/500 gr Irmƒos – SP Asso. Trabalhadores Mogno/Canelƒo/Cedro 1kg/1kg/500gr Wanderlˆndia – Vale Do Corda Cerejeira Freij„ Paric• 450gr/500gr/500gr TO Clube Da Semente Mogno 70 kg Bras‰lia - DF PauloRosa MendonŠa Mogno 2 kg Centralma–MG Total 438 Fonte: CAPEB - 2000 Verificando nas tabelas acima, que não existe continuidade de demanda de uma mesma empresa, ou instituição, exceto a SOPREN que aparece como compradora nos dois anos de comercialização. Neste sentido conclui-se que a procura por sementes depende da necessidade de cada cliente (instituição) para aquele ano, ou seja, não é confiável coletar sementes para atender anualmente o mesmo cliente.
  • 34. Tabela 08: Previsão da quantidade de mudas a serem plantadas: de 1996 à 2001. Descriminação Quantidade de mudas Previstas Ano Rondƒnia 30.000.000,00 1996 – 2000 Par• 232.000.000,00 1996 – 2000 Amazonia Legal 58.712.941,00 1997 – 1998 Amazƒnia legal 63.816.166,00 1999 – 2000 Aimex 300.000,00 2001 Rondƒnia 1.000.000,00 2001 Par• 58.000.000,00 2001 Total 443.064.366,00 ------- Tomando como base a tabela acima, podemos fazer uma estimativa referente a participação da Associação Nossa Senhora de Fátima no mercado de sementes na Amazônia legal. No entanto, a participação no mercado da Associação desde sua implementação em 1997 até o previsto para 2001, onde o mercado demandou em torno de 54.237 kg de sementes (dados estimados com base no estudo de Gasparetto/1994). Quando se toma como referência os dados de toda a demanda de mudas desde 1996, pode-se refletir que a participação da Associação foi de apenas 14 % de todo mercado na Amazônia. Mercado Fornecedor Os Fornecedores de sementes florestais, ainda são bastante questionados, uma vez que qualquer pessoa está habilitada a fornecer sementes. Existem situações em que o produtor muitas vezes também é um fornecedor. As instituições de pesquisas, e os viverista, são muitas vezes fornecedores e concorrentes ao mesmo tempo. Este fato nos leva a concluir que é difícil dimensionar o tamanho do mercado fornecedor no Brasil, uma vez que existem muitos fornecedores clandestinos. Com a criação da Rede de Sementes Estaduais, este problema poderá ser minimizado, considerando que somente poderá ser cadastrado quem estiver capacitado para exercer tal atividade. Com isto, pretende-se, assegurar a qualidade e idoneidade do produto. O fornecedor de sementes florestais nativas da Associação Nossa Senhora de Fátima são os produtores rurais da própria comunidade. No momento está trabalhando com 30 produtores de sementes, que receberam cursos específicos para trabalharem com este tipo de atividade. Mercado Concorrente São aqueles que possuem áreas de manejo, de maneira que as sementes são comercializadas conforme a legislação vigente no IBAMA e Ministério da Agricultura. Geralmente, este tipo de concorrente, são representado pelas instituições de pesquisas, que fornecem sementes com qualidade, como é o caso da EMBRAPA-CPATU em Belém que geralmente fornece sementes florestais nativas para índios da Região. Não significa que este
  • 35. segmento, esteja dominando o mercado. Outros concorrentes, est‡o representados por entidades de classe, tais como Associa†Œes e Cooperativas da AmazŽnia. Embora este segmente seja bastante pequeno, est‡o preparados legalmente para ofertar sementes de „rea de manejo Florestal. Dentro da conjuntura atual de comercializa†‡o de sementes florestais nativas, podemos citar as seguintes institui†Œes: a) OSR – Organiza†‡o dos Seringueiros de RondŽnia, Š considerada como uma entidade potencial – Pois j„ iniciaram estudos de comercializa†‡o de sementes em anos anteriores. Com a cria†‡o da rede Estadual em RondŽnia, no ano de 2001, ser‡o reativados os estudos e a comercializa†‡o das sementes florestais. Ashaninka – Associa†‡o dos •ndios Ashaninka no estado do Acre, podem ser enquadrados como sendo concorrente direto e em potencial. As sementes coletadas da aldeia eram enviadas para o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais – IPF em S‡o Paulo/SP, onde eram feitos os testes de germina†‡o e a comercializa†‡o de sementes. Portanto a produ†‡o com a comercializa†‡o durou atŠ final de 1996, foram dois anos apenas de produ†‡o. Tendo em vista que n‡o se obteve nenhum apoio financeiro externo, dificultando sua continua†‡o. Os •ndios chegaram a realizar curso de coleta de sementes em S‡o Paulo. Mas infelizmente esta atividade encontra-se paralizada, em virtude da falta de incentivos financeiros e apoio tŠcnico. Com a cria†‡o da rede de semente, onde a FUNTAC ser„ intermedi„ria, poder„ ser um concorrente direto da Associa†‡o Nossa Senhora de F„tima. c ) Aimex – Laborat‚rio de sementes – S‡o consumidores, mas com a rede Estadual ser‡o tambŠm concorrentes diretos, pois ir‡o adquirir sementes diretamente de produtores rurais treinados na regi‡o do Par„. Institui†Œes de Pesquisas - As institui†Œes de pesquisas atuam como fornecedores de sementes, porque o mercado consumidor n‡o encontra quem as comercializa na AmazŽnia. Existem tambŠm, outros tipos de concorrentes, como Š o casso dos viverista e empresas Reflorestadoras, que em propor†Œes menores e bastante pulverizados, est‡o atuando no mercado. Este tipo de concorrente, adquirem sementes florestais de pequenos produtores rurais a pre†os irris‚rio e as comercializam, quando existe pedido. No Acre foram identificados as seguintes empresas: Centro de Produ†‡o de Mudas – CPM ‰ uma empresa privada fundada em 1997, com a finalidade de produzir mudas de essƒncias florestais para atender a Reposi†‡o florestal no Estado. N‡o obtendo sucesso no primeiro ano, teve que mudar de estratŠgia, passando a produzir mudas de espŠcies frut•feras. A comercializa†‡o de sementes florestais se inicia no ano de 2.000, vendendo toda as produ†‡o para fora do estado, conforme demonstra a tabela 08.
  • 36. Tabela 09: Volume comercializado pelo CPM – ano 2.000 Nome Vulgar Quantidade (kg) Quem comprou ? Estado Mogno 200 AIMEX Pará Copaíba 50 AIMEX Pará Cedro 5 AIMEX Pará Paricá 20 AIMEX Pará Cumaru 100 AIMEX Pará Mogno 20 CPT Matogrosso Total 395 Fonte: registros cpm Reflorestadora AmazŽnia Viva ‰ uma empresa privada, criada com a finalidade de atender a demanda local de espŠcies frut•feras, florestais, ornamentais e medicinais. Segundo o propriet„rio o comŠrcio de mudas nativas de essƒncias florestais Š restrito. N‡o foi poss•vel identificar o volume comercializado. Viveiro Organiza†Œes Primavera ‰ uma entidade privada com objetivo de atender a demanda de mudas no Estado do Acre e RondŽnia. Compra sementes de produtores rurais e comercializa as mudas. O volume de mudas comercializadas est„ na tabela 09 Tabela 10: Quantidade de mudas vendidas no Acre e Rond•nia em 2000 Item Quantid. de mudas Quem comprou Estado Mogno e cedro 80.000 Madeireiros RO Espécies diversas 20.000 Peq. Produtores AC Total 100.000 Redes de Sementes Para se ter maior controle sobre o comercio de sementes florestais, est‡o sendo criadas a n•vel estadual, redes de sementes. Os recursos financeiros para implanta†‡o da rede, s‡o oriundos do MinistŠrio do Meio Ambiente, atravŠs do Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA. Atualmente, encontram-se em funcionamento cinco redes: a) Universidade do Amazonas – UA
  • 37. b) Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov„veis – IBAMA – DF; c) Universidade de Bras•lia – Departamento de Engenharia Florestal – DF d) Funda†‡o para Conserva†‡o e a Produ†‡o Florestal do Estado de S‡o Paulo; e) Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC / PR Rede de Sementes da Regi‡o Norte Considerando que o maior consumo de sementes nativas da amazŽnia, se da na pr‚pria AmazŽnia, a coordena†‡o ficar„ sob a responsabilidade da Universidade do Amazonas – UA. Para dar maior visibilidade a Rede, pretende-se criar ainda este ano um site no provedor do INPA (Instituto de Pesquisa da AmazŽnia). Neste site constar„ todas as informa†Œes …teis de pelo menos 20 espŠcies da AmazŽnia. A rede de semente do Norte vai abranger os Estados do Par„, Amazonas, RondŽnia, Acre e Roraima. Ainda, pretende-se criar mais quatro redes Estaduais, algumas j„ est‡o em face de implanta†‡o, como Š o casso do Estado do Acre, representado pela FUNTAC. As outras redes ser‡o implantadas nos estados de RondŽnia, atravŠs da IRAD (.....) no Par„, com a AIMEX – Laborat‚rio de Sementes Florestais e, finalmente no Amazonas, atravŠs da Universidade do Amazonas. As redes Estaduais ir‡o cadastrar somente Associa†Œes que estiverem capacitadas , desde a sele†‡o das matrizes atŠ a coleta das sementes. No caso do Acre (FUNTAC), Amazonas e RondŽnia, ser‡o apenas intermediárias no processo, dispondo de um percentual das sementes para pesquisa. No Acre a FUNTAC, dever„ trabalhar com as Associa†Œes de Seringueiros do Projeto Porto Dias e Antimary. Neste sentido, a Associa†‡o Nossa Senhora de F„tima poderia fazer parte desta rede, ou formalizar convƒnio junto a FUNTAC, no intuito de garantir o Armazenamento das sementes, bem como reduzir custos. Espécies florestais prioritárias para serem comercializados pelas Associações A Associa†‡o Nossa Senhora de F„tima tem um leque de 20 espŠcies de sementes submetida ao manejo de sementes florestais para serem colocada a cada ano no mercado. A seguir, espŠcies comercializadas pela Associa†‡o.
  • 38. Tabela 11 . Espécies manejadas e preços praticados por kg de sementes Nome Vulgar Nome cientifico Preço R$/Kg Mogno/Samaúma/ipê Swietenia macrophilla/C. pentandra/T.serratifolia 80,00 Maçaranduba/Cedro vermelho Manilkara uberi/Cedrela odorata 60,00 Aroeira Astronium spp. 55,00 Aquaricuara/Mulateiro Minquartia guianensis/Mulatus acordarum 50,00 Amarelão/Quina quina Aspidosperma vargassi/Guettarda SP 50,00 Cumaru cetim/Canelão/Freijó Apuléia molaris/Aniba canelilla/Cordia goeldiana 40,00 Itauba Melizaurus itaúba 40,00 Carapanaúba/Cerejeira Aspidosperma oblongum/Torresea acreana 35,00 Tauari/Catuaba Couratari macrosperma/ Qualea tesmaniil 30,00 Jutaí/Paricá Hymenaea frutifies/Shizolobium amazonicum 25,00 Copaiba Copaifera multijuga 25,00 Jatobá Hymenaea courbaril 15,00 Fonte: CAPEB/2001 – Central de Produtores Rurais de Epitaciol„ndia e Brasil€ia Principais Atributos do Produto - Vantagens São sementes de árvores selecionadas (matrizes), Pois árvores não selecionadas podem gerar sementes de má qualidade, dando origem a mudas inaptas ao plantio, ainda, aumentam os custos de implementação do empreendimento. As matrizes são selecionadas através de mapeamento florestal, distribuído entre 20 colocações da Associação. São realizados estudos fenológicos periodicamente, para identificar vários aspectos ligados a produção, tais como: melhor época de colheita; época de produção de cada espécie e; estimativa do tempo de produção por matriz/espécie. Todos estes fatores, fazem com que o produto seja de boa qualidade, e tenha uma procedência conhecida. Todavia, pode-se citar o apelo sócio-ambiental, que o produto tem, ou seja, os produtores rurais estão incrementando sua renda e, o que é mais importante, estão mantendo a floresta em pé.