2. Conceito
O vôlei foi criado em 1895, pelo americano William G.
Morgan, então diretor de educação física da Associação Cristã de
Moços (ACM) em Massachusetts, nos Estados Unidos. O voleibol foi
rapidamente ganhando novos adeptos, crescendo vertiginosamente
no cenário mundial ao decorrer dos anos. Atualmente, estima-se
que haja 200.000 praticantes em todo mundo .
O voleibol é o segundo esporte mais praticado no Brasil. As
recentes conquistas das seleções brasileiras e o patrocínio de
grandes empresas fizeram com que sua popularidade crescesse de
maneira considerável na última década. Sua prática ocorre tanto na
forma recreativa quanto na profissional. O aumento no número dos
praticantes leva também a um aumento na incidência das lesões
neste esporte. Para o profissional de saúde é importante estar
familiarizado com as lesões específicas do esporte, tanto para
prestar um atendimento individual adequado, bem como para
prevenir estas lesões.
10. Biomecânica
As ações predominantes no voleibol são de força e potência.
Voleibol submete os ombros a um processo de desaceleração
brusca, principalmente no saque e na cortada, ocasionando fadiga
dos rotadores externos. Em jogadores de vôlei, esse complexo é
muito solicitado, principalmente os músculos do manguito
rotador, que atuam como estabilizadores dinâmicos da
articulação, evitando luxações e subluxações.
As grandes amplitudes de movimento na abdução ou flexão do
ombro e o contato da cabeça do úmero com a cavidade glenóide
só são possíveis por causa dos movimentos artrocinemáticos:
deslizamento, rolamento e rotação. Ao fazer a abdução, a cabeça
do úmero faz um rolamento (se existisse só esse movimento
ocorreria uma luxação) deslizamento para baixo, mantendo o
contato com a cavidade glenóide, e a rotação lateral, necessária
para livrar o acrômio do tubérculo maior.
11. Biomecânica
No saque em suspensão, a flexão do ombro deve acontecer ao mesmo
tempo em que a flexão de cotovelo ocorre, com isso o atleta realiza
menos esforço, já que diminui o braço de resistência e aumenta o braço
de força. Logo após, o ombro realiza adução, rotação interna e
extensão.
Na hora de um ataque, onde há uma explosão de força dos rotadores
internos, os rotadores externos realizam uma contração excêntrica para
a desaceleração final do ataque, o que provoca um stress tênsil nos
tendões do manguito rotador, que com o uso repetitivo acaba sendo
acometido.
12. Fatores que podem causar lesões
As lesões, na maioria das vezes, são ocasionadas por choque direto de
características violentas ou não, e alguns casos por contato direto com
outra pessoa ou uma superfície rígida. Também podem ser provocadas
pelas repetições de gestos, acelerações, deslocamentos para bloqueio e
cortadas, que são os principais fundamentos deste esporte.
14. Intervenção Fisioterapêutica
O voleibol, nas ultimas décadas, vem passando por diversas
mudanças, tanto na parte tática, técnica, física, administrativa, quanto em
suas regras. Levando as empresas a investirem mais no atleta.
Todavia, estes avanços trouxeram uma maior cobrança aos resultados
almejados. Com o objetivo de melhorar, os profissionais de área iniciaram
uma corrida na procura de alternativas para o aumento da eficácia de suas
equipe. No entanto, na mesma proporção do progresso do voleibol, houve o
crescimento do número de lesões, em virtude das inúmeras exigências ao
atleta.
A função do fisioterapeuta neste esporte se encontra no ato de prevenir e
tratar as lesões desportivas, no entanto, para isto é fundamental o amplo
conhecimento de traumatologia, ortopedia, anatomia, cinesiologia e possuir
bastante informação do esporte, para poder identificar as possíveis causas
de lesões e impedir que o atleta caia de rendimento esportivo, beneficiando
a performance do mesmo.