O documento discute a pesquisa sobre TV digital no Labmídia, incluindo novos formatos para compartilhamento de informações e produção descentralizada de conteúdo. Também aborda aspectos técnicos, qualidade de transmissão, multiprogramação e canais dedicados à saúde, educação e outros temas.
2. Eixos da pesquisa
Novos formatos para:
Compartilhamento de informações
Capacitação e ensino formativo
Produção descentralizada de conteúdo,
informação e conhecimento
Desenvolvimento e domínio das características de
interatividade na linguagem.
3. Aspectos Técnicos – (vídeo 2 e 3)
• Domínio de programas compatíveis com a
produção para a nova tecnologia
• Conhecimento dos sistemas multiplataforma*
• Desenho da interoperabilidade
• Análise das interfaces
• Análise das condições de transmissão
*O termo multiplataforma refere-se ao uso combinado de Internet, celulares e
ipods para acesso a blogs, sites de compartilhamento, redes sociais, comunidades
Wiki, grupos de discussão, Google maps etc.
5. Multiprogramação
Rede Minas I (grade de programação)
Rede Minas II (programação com
interatividade)
Rede Minas III: TV Corporativa e T-
Learning (Treinamento para empresas)
Canal da Saúde
Canal da Educação
Canal de Cultura, Turismo e Meio
Ambiente
Canal de Ensino à Distância, Ciência e
tecnologia
Canal de E-gov e Cidadania
6. O Canal da Saúde - dedicado à
interoperabilidade, acesso facilitado e em
larga escala às informações assistenciais e de
capacitação destinadas para gestores
públicos, profissionais de saúde, pacientes e
comunidades-alvo. Isso significa trabalhar a
informação de forma multimídia em três
âmbitos:
•Gestão Integrada do Registro Eletrônico do Paciente
•Ensino à Distância Formativo
•Células Sociais
Canal da Saúde
7. Cultura televisual no Brasil
1.a verticalidade de sua estrutura – a tirania da cabeça de rede e de
uma programação feita de um para todos; 2.a construção de um
padrão de qualidade – decorrente do acerto de parâmetros
estéticos capazes de unir o gosto popular e a cultura média, num
acordo tácito entre as emissoras que já conquistaram os quesitos e
as que desejam atingi-lo; 3.a produção de uma unidade
comunicacional e linguística a partir do Sudeste – todo o país ouve
e vê, ao mesmo tempo, os acontecimentos e suas interpretações.
Ainda hoje, o Jornal Nacional da Rede Globo é o programa de maior
audiência no país e atinge índices de quase 50%, contra os 14% do
Jornal da Record, que ocupa o 2o lugar; 4.a criação de uma imagem
de sucesso televisual independente das condições culturais e
sociais do país – temos a melhor telenovela e o melhor telejornal e
inúmeros prêmios que atestam sua unanimidade; 5. e ainda uma
grade de programação que sintoniza um país inteiro às condições
da veiculação, organizando, de segunda a domingo, a vida do
cidadão brasileiro, principalmente daqueles que só têm acesso à
televisão aberta.
8. Cultura da convergência e a tv digital
•A convergência tecnológica prefigurada na TV digital
possibilita uma real e efetiva interoperabilidade entre a
tevê, o telefone, o computador e a Internet.
•Transfere o poder de deliberação e escolha ao usuário ao
diluir a prevalência de um uso sobre o outro, indiferente à
qualidade da imagem ou à quantidade de bits necessários
a cada operação.
•A televisão digital é um novo dispositivo midiático que
pode servir de escola, posto de saúde, museu interativo e
leitura de jornal, bem como para se ver filmes,
telenovelas e telejornais na hora que cada um quiser.
•A tecnologia ainda possibilitará que as audiências se
comuniquem entre si (usuário-usuário).
9. O que está em jogo na transformação
do processo de produção?
Os “Comuns Criativos”:
Processos colaborativos - Creative Commons, copyleft, wiki,
blogs, comunidades em rede, inspiradas no movimento do
software livre, entre outros, sugere uma tendência rumo à
formação de coletivos.
O termo commons não tem um sentido preciso. Pode
significar aquilo que é comum ou espaços e coisas que são
públicas, bem como comunidades ou produção
compartilhada entre pares. O CC é o licenciamento flexível de
obras de arte, música, livros, filmes etc., assim como a
assinatura de copyleft permite a reprodução, sem ônus, dos
mesmos (SILVEIRA, 2006, p.8).
10. •Esse compartilhamento pressupõe diálogo entre diferentes
abordagens e técnicas, para compor novas disciplinas entre arte,
ciência e desenvolvimento tecnológico.
•A formatação dos programas inclui uma contrapartida do
leitor/jogador/criador atuando nas escolhas e possibilidades de
entrada na narrativa.
•Desenvolvimento de linguagens e narrativas a partir das
características tecnológicas e funcionais da convergência.
•O desenvolvimento de uma metodologia colaborativa, de
autoria coletiva no processo de produção, é consequência desse
ensaio metalinguístico, cujas marcas são incorporadas ao produto
final. Produto inacabado ou em processo.
Demandas formativas
11. Algumas questões para análise e criação de narrativas não-
lineares http://www.youtube.com/watch?v=sOU0vyUxBi4
-Ruptura com a noção de um personagem protagonista que constrói a ligação
entre fatos e cria a identificação com o espectador.
-No lugar de marcar a oposição entre dois lugares ( o rei e o contra rei) na
narrativa é possível contar a história de múltiplos pontos de vista.
-Criação de roteiros alternativos à forma dramática em arco: introdução –
desenvolvimento - resolução. Inclusão do acaso e do ocasional. Mudanças de
acordo com entradas de novos personagens e/ou percursos.
-Rompimento com as expectativas do público. Narrativas não previsíveis do
ponto de vista da lógica dos 3 atos. Criação de narrativas tramadas em
tempos circulares, sem flashes back, com linhas de simultaneidade temporais
e espaciais. Não há causa e efeito evidente entre fatos e personagens.
Valorização de fatos e personagens secundários, criando novas possibilidades
para o desenvolvimento.
-Distanciamento intencional dos personagens se dá por meio de recursos
como mistura de gêneros, uso alterado do tom das falas, valorização da trilha
e da câmera como elementos narrativos bem como da montagem.
-Cria a possibilidade de uma experiência nova para o espectador,
convocando-o a participar e se envolver no processo de produção de sentido.
12. As experiências do Labmídia em 2008/2009
1. Manifesto Antropófago 80 anos –
www.fafich.ufmg.br/manifestoa
O experimento propõe um novo esquema de
produção/veiculação, revendo as noções de formato de
programa, equipe de produção, de autoria,
comercialização e de público.
Além do site, as vinhetas foram postadas no youtube,
onde circulam livremente, como pode ser atestado pelo
registro dos seus inúmeros acessos.Disponível em:
http://www.youtube.com/user/manifesto80anos
13. As experiências do Labmídia em 2008/2009
“Só podemos atender ao mundo orecular”
O aforismo acima, retirado do Manifesto Antropófago, dá nome ao
piloto da série para TVD – Antropofagia na Cultura Brasileira, dedicado
à tradição da música popular brasileira. Este experimento foi
desenvolvido inicialmente com o composer do Ginga NCL.
No Modelo de Contextos alinhados, utilizados pelo NCL, os nós podem
ser de dois tipos:
-Nó de conteúdo ou de mídia – associado a um elemento de mídia
como áudio, vídeo, imagem, texto, aplicação, etc;
-Nó de composição ou contexto, capaz de associar diversos conteúdos.
Todos os nós de mídia são associados a contextos que são localizados
num body. Os conteúdos são definidos em regiões onde por meio de
descritores que definem como estes aparecerão na tela. Para acioná-los
é necessária uma porta criada no contexto body. (p13-17)
14. Concepção do documento em C++:
Quatro instrumentos foram escolhidos para permitir a entrada do
espectador no “mundo orecular” e a navegação pelas pilhas da caixa
(interface), que guarda o segredo da nossa polifonia.
A percussão, o canto, as cordas e o sopro funcionam como eixos
temáticos apresentados em loop de sons e imagens representativos
de cada segmento. A repetição desses conteúdos cria um ambiente
polifônico, em que é possível visualizar e ouvir os quatro
instrumentos que se encontram dentro da caixa. É diante dessa tela
que o espectador iniciará seu papel interativo na construção do
programa. A ele estão disponibilizados quatro caminhos e somente a
partir de suas seleções o programa se realizará diante dele.
As experiências do Labmídia em 2008/2009
15. As experiências do Labmídia - 2009
1.Produção em HDV para o Projeto Ponto.Brasil
“Rede Noses” e “Epifanias” – fevereiro a abril de 2009
2. Laboratório de Televisão: Produção hipertextual a partir
das obras literárias Memórias Póstumas de Brás Cubas e
Memórias Sentimentais de João Miramar de Machado de
Assis e Oswald de Andrade, respectivamente.
•Ênfase no processo colaborativo e transdisciplinar
•Análise das experiências de Oulipo
•Criações de embriões para o roteiro final
•Experimento de criação em diferentes gêneros – drama
ficcional, documentário, animação, docudrama.
16. 1. Investimento na criação e recriação coletiva. Estímulo a cooperação de
grupos com canal de retorno para a Internet e para broadcast - Da rede para
a tevê, da tevê para a rede formando um circuito excêntrico. Demanda
tecnologia flexível e facilidade de operação dos programas para baixar, editar
e postar.
2. O programa piloto é voltado para uma interatividade que aposta no desejo
do usuário para criar seu próprio roteiro. Também foram previstas formas de
download e possibilidades de se criar uma resposta com material do próprio
programa para ser postada em canal de retorno. O experimento só poderá
ser testado depois da existência de midlewares nos set top-boxes.
3. A noção de tempo e de duração televisual é dominada pela ação do
telespectador no espaço da tela, determinando o corte, a repetição e a
suspensão de cada segmento. Se visto linearmente, o material tem
aproximadamente duas horas de duração, que podem se transformar em
trinta minutos, em quatro ou mais horas, dependendo do interesse e da
navegação de cada espectador.
Algumas observações sobre os experimentos
17. Outras iniciativas no Brasil
Criação do Centro Regional de Produção de Conteúdos
Digitais para América Latina e Caribe e do Centro Brasileiro
de Produção de conteúdos digitais (MCT).
Desenvolvimento de criatividade, inovação tecnológica,
geração de polo alternativo de produção.