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GUIA
METODOLÓGICO
DE BOAS PRÁCTICAS
EM ALOJAMENTOS
RURAIS

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Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural

1
Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

ÍNDICE
APRESENTAÇÃO PROJECTO

3

CAPÍTULO I – SITUAÇÃO ACTUAL DOS ALOJAMENTOS EM ESPAÇO RURAL
- Primeira Constatação
- Segunda Constatação
- Terceira Constatação
- Quarta Constatação

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CAPÍTULO II – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS
I Condições a respeitar para pretensão do Selo Recomendação Rural
- Condução e chegada do cliente
- Recepção e Acolhimento do cliente
- Estadia
- Respeito pelo meio ambiente
- Difusão de produtos locais

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11
12
12
12
13

II Serviços de Base e Qualidade
- Recepção
- Estadia
- Quartos
- Sala de Restaurante
- Adopção medidas protecção do meio ambiente
- Proprietários/Funcionários
- Apresentação do Estabelecimento
- Relação com o Cliente

13
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15
15
15
15
16
16

CAPÍTULO III – CONCLUSÕES GERAIS
- Uma definição de TER
- Filosofia e Ética do Selo de Recomendação
- As Classificações das Unidades de Alojamento e Sugestões
- Recomendações para a melhoria da Oferta TER

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- BIBLIOGRAFIA

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- GLOSSÁRIO

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2

Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural
Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

APRESENTAÇÃO PROJECTO

No âmbito do projecto de Promoção do Mundo Rural Algarvio – 2ª fase, enquadrado
no programa estratégico para as áreas de baixa densidade – Eixo 2 Medida 1 do
PROALGARVE, a Globalgarve promoveu concurso para prestadores de serviços para a
Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural, serviço para o qual a
Odiana ganhou concurso.
A Associação Odiana teve então como objectivo a prestação de serviços na verificação de
requisitos para a atribuição do Selo de Recomendação do Alojamento em Espaço Rural
e ainda a realização de um Guia Metodológico com a indicação de boas práticas a seguir,
bem como métodos de promoção do alojamento e da região envolvente.
Etapas para realização do projecto:
A – Contactos com as unidades referenciadas
Mediante uma lista de unidades de alojamento rural, cedida pelo Ministério da
Economia e Instituto de Turismo, a Associação Odiana procedeu ao contacto das mesmas, com o objectivo de contextualização do projecto e marcação de uma primeira visita,
um primeiro contacto introdutório. Estes contactos foram estabelecidos via telefónica
e via e-mail, nos quais todo o projecto era explicado, bem como as suas vantagens e
tentando a participação do maior número de unidades neste projecto, quanto possível.
B – Visita de Apresentação
A primeira visita de apresentação da Odiana sucedeu em conjunto com um membro
designado da Globalgarve. Após o contacto efectuado, e reunidos os alojamentos,
procedeu-se à elaboração de um itinerário de visitas, visto as unidades se encontrarem localizadas por toda a região algarvia, desde VRSA até Aljezur. Esta primeira visita
consistiu numa apresentação do referido projecto e na assinatura de uma declaração de
compromisso em integrar o mesmo.

Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural

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Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

C – Elaboração de questionário
Após as primeiras visitas de apresentação elaborou-se um questionário específico para
as várias unidades TER, mediante análise e estudo de todos os termos incluídos neste
projecto. Este questionário teve como base guias de requisitos internacionais para a
prática de TER em países como França, Espanha e Itália. Foi realizada posteriormente a
adequação à situação actual do Turismo Rural em Portugal.
O questionário visava a avaliação dos alojamentos em questão com a finalidade de:
1. Aumentar a apetência turística no território;
2. Promoção, valorização, qualificação e revitalização do tecido económico
rural;
3. Consolidação da actividade e dinamização do alojamento em espaço rural;
4. Aumento do rendimento e fixação da população;
5. Utilização sustentável dos recursos;
6. Promoção e valorização do património histórico, cultural e natural;
7. Acréscimo de visitantes e dormidas na região;
8. Melhoria da qualidade e nível de vida da população local, através do
turismo e actividades associadas;
As várias questões presentes no dito questionário (vide anexo I), foram divididas por
áreas de interesse e relevância (Financiamento do Estabelecimento; Criação do Estabelecimento; Oferta e Prestação de Serviços; Atendimento e Acolhimento; Oferta de
Serviços em Alojamento e Restauração; Perspectivas de um Plano de Marketing). Estas
foram analisadas de acordo com a qualidade dos serviços prestados, e mediante critérios previamente estabelecidos.
D – Segunda Ronda de visitas às unidades TER
Mediante novo contacto e itinerário previamente elaborados pela Odiana procedeu-se a
nova ronda de visitas, agora para preenchimento do já referenciado questionário e seus
objectivos.
E – Atribuição de Selo de Recomendação
Após o preenchimento do questionário, e com base no inspeccionado aquando das
visitas, deu-se início à análise das características e especificidades dos distintos alojamentos, da qual resultou a Atribuição do Selo de Recomendação em reunião com a
Globalgarve.

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Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

F – Guia Metodológico
Finalização e adequação do Guia Metodológico de Boas Práticas em Unidades de Alojamento Rural, tendo em conta a especificidade dos TER em Portugal e consoante
parâmetros de qualidade e diversidade, sempre em conformidade com a lei em vigor
respeitante ao Turismo Rural.
Locais de Intervenção:
No âmbito do Plano Estratégico, os 13 concelhos e respectivas freguesias pertencentes
às áreas de baixa densidade, nomeadamente: Albufeira (Paderne); Alcoutim (Alcoutim,
Giões, Martinlongo, Pereiro e Vaqueiros); Aljezur (Aljezur, Bordeira, Odeceixe e Rogil);
Castro Marim (Altura, Azinhal, Castro Marim e Odeleite); Faro (Estoi e Santa Bárbara de
Nexe); Lagos (Barão de S. João e Bensafrim); Loulé (Alte, Ameixial, Benafim, Boliqueime,
Querença, Salir, S. Clemente, S. Sebastião e Tôr); Monchique (Alferce, Marmelete, e
Monchique); Silves (Alcantarilha, Algoz, S. Bartolomeu de Messines, S. Marcos da Serra,
Silves e Tunes); Tavira (Cachopo, Santa Catarina Fonte do Bispo e Santo Estêvão); S.
Brás de Alportel (S. Brás de Alportel); Vila do Bispo (Vila do Bispo, Budens, Barão de S.
Miguel, Raposeira e Sagres) e Vila Real de Santo António (Vila Nova de Cacela, Vila Real
de Santo António e Monte Gordo).
A Globalgarve, após recepção da lista de unidades licenciadas em TER pelo Ministério
da Economia e Instituto de Turismo, forneceu à Odiana uma lista com 25 alojamentos
já anteriormente contactados pela Globalgarve, e dispostos a participar no projecto.
Dessa lista efectuou-se contacto com 18 delas, estando as restantes 7 encerradas temporariamente (férias, obras, época baixa). Das contactadas 13 demonstraram interesse
na participação de Atribuição de Selo de Recomendação Rural. Duas mais contactaram
a Odiana na recta final do projecto, ficando portanto incluídas como integrantes numa
eventual 2ª fase.

Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural

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Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

CAPÍTULO I
SITUAÇÃO ACTUAL DOS ALOJAMENTOS EM ESPAÇO RURAL
O estado actual dos locais com oferta de alojamento em espaço rural evidencia algumas
contradições entre os mesmos, existindo uma crescente necessidade de se elaborar uma
análise detalhada respeitante a esta matéria.
Numa primeira parte, as unidades legalizadas e licenciadas previamente
parecem responder a critérios completamente díspares, existindo alguma falta de rigor
relativamente ao tipo de alojamento de que se trata e características principais. Também
a própria questão geográfica é um ponto aberto à discussão, o modo de exploração
do local, o tipo de alojamento e qualidade e ofertas turísticas prestadas. Todos estes
pontos paralelos permitem-nos analisar de forma singular e qualitativa cada uma das
unidades, podendo então diferenciá-las através de um selo de recomendação. Toda esta
categorização irá beneficiar os mais directamente interessados, neste caso os clientes
que procuram um estabelecimento onde se hospedar.
Um “Selo de Recomendação de Alojamento em Espaço Rural” deverá estar
plenamente articulado com a própria definição legal das unidades turísticas
licenciadas rurais, visto o alojamento ser um dos componentes, senão o principal de todos eles (do turismo). Uma primeira questão vai directamente de encontro a um espírito
analista: Será o Ministério da Economia o mais adequado para regulamentar esta matéria? Ou será mais adequada uma divisão própria para tratar unicamente desta temática
de Turismo Rural?
A definição legal em aplicação consta no Decreto-Lei nº 54/2002 de 11 de Março que
menciona: « Turismo no espaço rural consiste no conjunto de actividades, serviços de
alojamento e animação a turistas, em empreendimentos de natureza familiar, realizados
e prestados mediante remuneração, em zonas rurais”.
1) A primeira constatação consta do inventário da situação actual dos estabelecimentos
legalmente licenciados, o que nos revela que certos estabelecimentos não se regem
pela noção legal de turismo rural, na verdade muitas das unidades, não se encontram
localizadas em zonas ditas rurais, no interior, mas sim no litoral ou centros habitacionais
densos.
Com efeito, a realidade inspeccionada e analisada no terreno, aquando da realização das
visitas é em certos casos distinta, mas noutros está perfeitamente integrada. Há casos

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Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

de unidades que se encontram em meios e zonas rurais, todavia zonas já delimitadas
pela aglomeração populacional, consequência inerente à expansão da cidade; outras
encontram-se à beira mar.
As nossas primeiras conclusões consistem em saber e determinar se a noção territorial
de zona rural é realmente um constituinte fundamental do alojamento em espaço rural,
e caso a nossa resposta seja apreciativa, convém definir correctamente esta mesma
noção, que julgamos ser um pouco contraditória actualmente.
A lei, artigo 3, e passamos a citar: « Zonas rurais. Para efeito do disposto no presente
diploma, consideram-se zonas rurais as áreas com ligação tradicional e significativa
à agricultura ou ambiente e paisagem de carácter vincadamente rural». Esta mesma
definição servir-nos-á de base de reflexão para o terceiro capítulo.
2) A segunda constatação, referencia que as unidades seleccionadas, são de natureza
estrutural muito diversificada, por natureza estrutural entendemos o tipo de construção
da unidade, ou onde ela se pode enquadrar.
A lei de 2002, artigoº4 estipula o Turismo de Habitação:
1- «Designa-se por turismo de habitação o serviço de hospedagem de natureza familiar
prestadas a turistas em casas antigas particulares que, pelo seu valor arquitectónico, histórico
ou artístico, sejam representativas de uma determinada época, nomeadamente os solares e as
casas apalaçadas.
2- O turismo de habitação só pode ser explorado por pessoas singulares ou sociedades
familiares que sejam as proprietárias, possuidoras ou legitimas detentoras de casa e que nelas
residam durante o período de exploração».

A realidade no terreno mostra-nos que também um Hotel pode ser criado em espaço
rural, apelidando-se de Hotel Rural, desde que cumpra os requisitos obrigatórios,
não apenas no mobiliário mas em todas as características integrantes deste tipo de
turismo.
Temos também as casas ditas burguesas ou históricas, de estilo senhorial apalaçado,
com fortes características culturais e patrimoniais, preciosidades históricas conservadas
e adaptadas para uma casa de turismo de habitação, unidades mais requintadas, um
turismo sobretudo cultural. Existem também as quintas agrícolas e as casas particulares,
frequentemente restauradas e remodeladas, que após visionamento e análise das suas
características, pensamos que a sua categorização compreende as especificidades, das
casas de campo, uma das constituintes do TER.

Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural

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Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

Mais uma vez, voltamos a referir a lei de 2002:
- Artigo 4º que define “turismo de habitação”
- Artigo 5º que define “turismo rural”
- Artigo 6º que define “agro-turismo”
- Artigo 7º que define “turismo de aldeia”
- Artigo 8º que define “casas de campo”
- Artigo 9º que define “hotéis rurais”
- Artigo 10º que define “parques de campismo rurais”.
Após referidas as categorias existentes, podemos convictamente afirmar que maior parte
das unidades seleccionadas pertence a uma das categorias mencionadas, contudo, nem
todas as unidades se encontram bem enquadradas quanto à sua categoria.
3) A terceira constatação, a gestão de algumas unidades é completamente distinta
de outras. Certos alojamentos são geridos por profissionais, como um director, ou
alguém encarregue do balanço financeiro, alguém que resida ou trabalhe diariamente na
unidade, que conheça portanto todas as suas especificidades e clientes para os quais se
trabalha, profissionais com um gestão séria e restrita, que denotam total conhecimento
sobre o mercado de oferta e de procura. Já outras unidades acabam por ser menos
rentáveis, visto serem geridas à distância, por telefone ou e-mail, cuja marcação prévia
é essencial, visto daí depender a disponibilidade dos proprietários para o aluguer dos
quartos da unidade.
Esta mencionada gestão à distância explica a razão pela qual um certo número de unidades têm uma reduzida taxa de ocupação média anual, pois visto não se encontrarem
permanentemente no estabelecimento, não atendem o telefone, não verificam caixa de
correio electrónico, não estão na unidade para receber potenciais hóspedes, não promovem nem publicitam a unidade, não verificam o correio, ou seja, não existe uma
responsabilidade permanente.
Existem outras unidades, de herança familiar, que suportam enormes custos de
restauração e manutenção para que se possam adaptar à perspectiva de alojamento
rural. Estas explorações concernem a conservação e preservação do património
histórico familiar, regional e nacional, e para uma exploração turística estes são factores
a levar em linha de conta.
Deparámo-nos com um problema bastante delicado, a questão da noção de “exploração”, que entendemos como uma boa gestão

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Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural
Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

financeira e comercial, e que esta mesma exploração deveria ser uma actividade profissional e não um eventual complemento extra. Deve-se ter a noção ou deverá ter-se,
daqui por diante, que existe um período mínimo anual de abertura e possibilidade de
localização ou contacto aquando do encerramento. Noutros termos, poderá uma família
considerar a sua unidade como alojamento familiar e pessoal quando lá não vive nem
lá se encontra? Pode um estabelecimento ser gerido à distância, contraditoriamente ao
parágrafo 2 do 4º artigo da lei, e simultaneamente no artigo 8 consagrado como “casas
de campo”, visto não mencionar o termo «exploração»?
Dentro da nossa perspectiva, será correcto atribuir um selo de recomendação rural
de alojamento sem que haja um período mínimo de abertura? Pode ser exigido que o
concessante da exploração deva possibilitar o contacto para informações e eventuais
reservas no estabelecimento? Existirá a possibilidade de exigir um período mínimo de
exploração para poder certificar as unidades? Estas e mais algumas questões serão
estudadas no capítulo III.
4) A quarta constatação, a qualidade da oferta, um ponto que apresenta certas discrepâncias. De um ponto de vista restrito, a oferta vai desde um quarto rústico com o
conforto mínimo até às suites luxuosas. Deve impor-se uma classificação de qualidade
de acordo com a realidade, mal tal como refere a lei, a oferta não se limita ao espaço de
repouso do turista, a oferta deveria ser bem mais diversificada, não apenas no repouso,
mas em muitas outras vertentes.
Após todas as visitas e análises feitas, nenhum dos estabelecimentos em questão vende
produtos tradicionais ou artesanais. Não existe venda, mas estes mesmos alojamentos
servem produtos tradicionais ao pequeno-almoço ou muitas vezes como souvenir da
unidade algarvia. É deveras importante que as unidades reflictam acerca dessa hipótese, senão vendendo, que indiquem o nome e contacto de produtores e/ou artesãos.
Poucas unidades são as que fazem parte de associações de promoção de turismo rural
e turismo algarvio em geral, excepcionando a ASA. Se maior parte das unidades
dispusessem de uma documentação relativa à região, poderiam organizar inúmeras
actividades, tais como passeios temáticos, a pé ou de bicicleta, ou ainda em viaturas,
(algumas das unidades dispõem de inúmeros contactos).
Os principais modos de contacto – promoção da unidade, é feita através do “boca a
boca”, e do “ouvir dizer”, ou ainda através do site de Internet, no entanto existem
ainda unidades que não dispõem de site, o que é uma lacuna grave. Com o desenvolvimento da rede internautica e com o crescente número de utilizadores é de extrema

Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural

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Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

importância a existência de informação num site que disponha de tudo o que é essencial
a um potencial hóspede.
Todas as unidades se mostraram receptivas e bastantes entusiastas na inclusão da sua
unidade num site de “Turismo Rural”, ou ainda de uma outra definição de turismo,
de acordo com as características intrínsecas da unidade. Por outro lado, e de forma
generalizada, os proprietários das diversas unidades elogiam o booking.com (muitos
utilizam-no), visto existir a possibilidade de incluir comentários dos vários utilizadores.
De acordo com os proprietários destes serviços de alojamento, parece-lhes importante
a diversificação da sua oferta, na qual se possam efectuar passeios temáticos (passeios
de bicicleta ou pedestres). Também as actividades ligadas aos desportos náuticos e às
praias, actividades ligadas à natureza, como a ornitologia, visitas ao património histórico
e cultural, e ainda menus e itinerários gastronómicos da região. Apenas uma das unidades analisadas possui restaurante próprio, as restantes unidades indicam os restaurantes de qualidade na sua região, oferecem inclusivamente os menus típicos, bem
como o preçário dos mesmos. Uma outra unidade organiza tardes/noites gastronómicas,
em restaurantes típicos, isto para que possam mostrar aos seus hóspedes a tipicidade
do Algarve e a qualidade e variedade da sua gastronomia. Parece-nos importante colocar à disposição em cada uma das unidades um breve guia com pontos de restauração,
principais pratos típicos algarvios e vinhos portugueses a acompanhar, também para
as sobremesas (doces regionais algarvios). Relativamente à documentação fornecida
o importante também é poder fornecê-las em várias línguas, para clientes de diversas
nacionalidades.
A clientela, suas especificidades e nacionalidades, divergem em função das unidades.
Após visionamento e análise das unidades podemos concluir que as estadias são curtas
e têm vindo a diminuir com o passar dos anos, e muitas das reservas são feitas no exacto
momento de chegada, sem marcação prévia. Maioritariamente os hóspedes surgem aos
fins-de-semana, “pontes”, e os apelidados short breaks. O tipo de cliente evolui igualmente de acordo com os referidos alojamentos, e são os proprietários das unidades que
sugerem uma política de marketing agressiva para as populações das grandes cidades,
portuguesas e espanholas, sobretudo a província de Andaluzia. Também a divulgação
da oferta em festas e feiras nas grandes capitais europeias, começando pela FITUR de
Madrid e outras.

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Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

CAPÍTULO II
EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS
Cremos que seja útil neste capítulo colocar as condições que um estabelecimento deve
reunir e respeitar com o objectivo de poder obter e manter o seu selo de recomendação. Numa segunda parte, enumerar-se-ão os serviços de base e de qualidade que a
sua diversidade como estabelecimento deve oferecer e os quais são exigidos por duas
associações europeias de renome, de modo a integrar uma unidade de alojamento no
seu seio. Seleccionámos com base para a nossa análise as já mencionadas referências
de base internacionais. Em ambos os casos o não respeito das condições de adesão
ou manutenção da qualidade das ofertas de serviços correspondem à exclusão/perda
imediata do selo de recomendação pela respectiva unidade/s.
I Condições a respeitar pelas unidades com o objectivo de pretensão do Selo:
- Cumprimento da lei em vigor, e por consequência, de todas as autorizações
e licenças necessárias;
O responsável da unidade deve:
- Entregar ao cliente ou colocar no seu quarto um questionário a preencher no final da
estadia para avaliar o nível de satisfação do cliente (questionário este sugerido pela
Globalgarve);
- Dispor de Livro de Reclamações e Sugestões nos quais o cliente pode anotar as suas
apreciações relativas à qualidade da sua estadia e características do estabelecimento.
A) Condução e chegada do cliente
- Sinalética: Uma sinalização rodoviária deve ser colocada em conformidade com a lei em
vigor, com a finalidade de guiar/conduzir correctamente o cliente até ao estabelecimento
pretendido. A sinalização deve partir do primeiro ponto de referência fácil de visionar
(estrada principal).
Cada painel sinalético deve ser facilmente reconhecido e prestar as informações
seguintes:
- Símbolo de TER e distância até à primeira seta de sinalização.
- Nome da empresa e logótipo (se possível).

Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural

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Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

B) Recepção e Acolhimento do cliente
O responsável da empresa deve:
- Colocar à disposição do cliente uma brochura e/ou ficha de informação sobre a
empresa, redigida em pelo menos duas línguas (português e inglês), que apresente, de
forma generalizada a unidade e dê as seguintes informações:
- Indicação do nome dos quartos e descrição da respectiva tipologia;
- Locais e oferta de serviços.
- Acolher o cliente com uma “Fórmula de Bem-vindo” personalizada, que pode consistir:
- Uma pequena degustação de doces tradicionais;
- Uma bebida, café, chá, sumo de frutas ou um aperitivo
regional.

- Reunir todas as informações num espaço previsto, no qual sejam bem visíveis, todos
os dados relativos a espectáculos, museus, horários de cerimónias religiosas, festas da
vila, horários de transporte, visitas e itinerários organizados, etc.
O responsável do estabelecimento deverá de preferência dispor de fax, telefone, e computador com ligação à Internet a fim de:
- Permitir o pagamento por Multibanco ou cartão de crédito;
- Efectuar um arquivo respeitante aos clientes;
- Conexão ao site de Internet da Algarve Rural e outros.

O logótipo – Selo de Recomendação – deve figurar nas cartas e cartões de visita, publicidades, menus e pasta de informação da unidade.
C) Estadia
- Na sala de pequenos-almoços deve estar exposta uma ficha de informação relativa aos
produtos tradicionais utilizados pelo estabelecimento e pelas empresas regionais que
especifiquem os seguintes parâmetros:
- Origem do produto (da empresa ou exterior à empresa);
- Tipo (AOP, IGP, STG, AOC, IGT, Biológicos, produtos tradicionais,
produtos possuidores de um rótulo colectivo ou de empresa), com uma breve explicação
sobre o conceito do produto de qualidade rotulado;

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Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

- Indicação do local de venda do produto (no seu ponto de venda
habitual, e/ou da empresa), bem como o respectivo preço;
- Indicação aos clientes dos locais onde podem desfrutar de aperitivos típicos da região. A empresa deverá poder apresentar aos seus clientes uma carta de
localização dos diferentes restaurantes e preços. A lista dos restaurantes deverá incluir
as “tascas” típicas, restaurantes típicos e restaurantes de elevado nível. O responsável
da unidade de alojamento deverá ser capaz de explicar a composição e confecção dos
pratos e qualidade dos vinhos sugeridos.
Deve ser dada a possibilidade ao cliente de escolher o pequeno-almoço tradicional da
região com produtos da própria unidade e/ou de empresas situadas no interior do Algarve. Os pequenos almoços devem ser elaborados consoante as formas e cores que
apelem ao estilo rústico da unidade; devem ser respeitadas as datas de validade de
consumo e imediatamente substituídas em caso de deterioração.
D) Respeito pelo Meio Ambiente
A empresa deve utilizar os vários meios de respeito e protecção do meio ambiente, como
por exemplo:
- Reciclagem e eliminação dos resíduos;
- Dispor de contentores específicos para o vidro, papel, plástico
e pilhas;
- Economização de electricidade (lâmpadas económicas), da água
(equipamento que favoreça a economização), sistemas de painéis solares, etc.
E) Difusão dos produtos locais e de artesanato regional
Um espaço reservado à venda e/ou exposição dos produtos alimentares que podem ser
previstos (AOP, IGP, STG, AOC, IGT, Biológicos, produtos tradicionais, produtos possuidores de um rótulo colectivo ou de empresa ou outras regionais).
No mesmo espaço podem ser vendidos ou expostos dos artigos de artesanato regional.
Também uma carta/informação exposta com os vários locais de venda dos produtos e
artesãos responsáveis (contactos).
II Os serviços de base e de qualidade aliados à diversidade que um estabelecimento
deve oferecer
A realização destas condições irá fornecer às estruturas de alojamento a possibilidade

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Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

de criar um valor ajustado à sua prestação de serviços, pois não terá apenas em consideração os aspectos relativos à restauração e alojamento, mas a igualmente uma série de
serviços que visam satisfazer as exigências e as expectativas dos clientes. As actividades
de tempos livres, culturais, sociais e desportivas serão colocadas em primeiro plano
com o objectivo de fornecer ao cliente todas as possibilidades de conhecer, apreciar e
respeitar a região algarvia.
F) Recepção
Cada unidade de alojamento deve ter o seu próprio Website, apresentando pelo menos
duas línguas distintas e contendo a seguinte informação:
- Nome do estabelecimento, endereço e indicações para fácil acesso
até ao mesmo (indicação dos trajectos, desde as estações de transportes, aeroportos,
saídas de auto-estradas). Uma imagem (mapa se possível), ou uma descrição detalhada
que deve indicar a localização do estabelecimento e sua distância à aglomeração mais
próxima:
- Números de telefone, fax e endereço de correio electrónico;
- Oferta de serviços durante a estadia;
- Período e horário de abertura;
- Tabela de preços (indicação de preço mínimo e máximo);
- Reservas on-line.
G) Estadia
O responsável deve, se possível, e sempre que se justifiquem, efectuar, trabalhos de
modernização e restauração no interior e exterior da unidade, de modo a prestar o maior
conforto e funcionalidade aos hóspedes. Também adaptar a unidade com medidas de
protecção para o meio ambiente, e um adaptação à cultura local e tradição arquitectónica do território, sempre respeitando os vários tipos de construções locais.
O cliente deverá ter a imagem de uma unidade harmoniosamente integrada no território, de acordo com as suas características e particularidades regionais. Deverá existir
um conjunto de contentores específicos para os diversos tipos de resíduos. Devem ser
reservados espaços privativos para estacionamento das viaturas, para jogos, espaços
recreativos para crianças e para as “pausas” dos clientes, (mesas e bancos, por exemplo). Devem ser utilizados materiais tradicionais (madeira, cerâmica, tijolos, ladrilhos,
ferro forjado etc.), e se possível, emblemas arquitectónicos, ou outros, algarvios (a
título de exemplo: chaminés e cores tradicionais).

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Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural
Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

Os compartimentos do estabelecimento devem ser indicados (o gerente pode escolher
ou atribuir um número, um nome, cores, flores, animais, desenhos, etc), através de
uma placa de cerâmica, metal, tijolo, ou ainda através de uma pintura sob a porta ou
parede.
H) Quartos
- Devem ser providos de arranjos e de móveis funcionais e de estilo tradicional;
- Dispor de roupas/tecidos tradicionais (lençóis, colchas, guardanapos),
escolhido, de preferência, de matérias naturais e dentro das cores que relem
brem o campo, o rural.
I) Sala do restaurante
- Deve ser provida de arranjos e de móveis funcionais e de estilo tradicional;
- Dispor de roupas/tecidos tradicionais (toalhas de mesa e guardanapos)
e de serviços de mesa que não sejam de plástico.
J) Adopção das medidas possíveis para protecção e respeito do meio ambiente, em
particular:
- Consumo de energia: o gerente deverá verificar se existem fontes de desperdício e colocar em prática, se necessário, uma optimização das instalações;
- Aprovisionamento de água: o gerente deverá verificar se existem fontes de
desperdício e colocar em prática, se necessário, uma optimização das instalações;
L) Proprietários/Funcionários
É preferível que pelo menos uma pessoa da família faça parte dos funcionários (staff)
da empresa e que:
- Domine pelo menos uma língua estrangeira (de preferência o inglês). Tal
implica, no caso de ausência de pessoal formado, a participação em cursos de
formação profissional específica. A escolha do tipo de curso e duração da
formação é livre.
- Seja formado e esteja informado não apenas em relação às actividades e
serviços próprios da estrutura, mas também em relação ao consórcio. Deve, em particular, fornecer informações e indicações sobre o território, sobre os principais atractivos históricos, culturais, naturais e sobre as actividades mais importantes: para tal é
necessário que o pessoal recolha e assimile grande número de informações, participe em

Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural

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Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

seminários, encontros e congressos, e adopte todos os meios possíveis para adquirir uma
vasta cultura e conhecimentos importantes a nível geral e a nível da unidade em si;
- Os funcionários devem acolher o cliente de modo cordial, com respeito e
gentileza, e mostrarem-se totalmente disponíveis para satisfazer todas as
exigências e cumprir expectativas do cliente;
- Deve haver uma apresentação cuidada e ordenada, de acordo com a totalidade das actividades exercidas na unidade, caso existam uniformes, os mesmos deverão ser utilizados da forma mais apropriada.
M) Apresentação do Estabelecimento
Caso a empresa apresente espaços exteriores, estes devem estar sempre em ordem,
limpos, arrumados e acolhedores. Os jardins deverão ter uma atenção especial, visto
serem espaços de repouso e reflexão para os clientes; Deverão ter sempre contentores
visíveis e bem posicionados, uma decoração utilizando objectos e mobiliário em perfeita
harmonia com o território circundante (a título de exemplo: fornos, poiais tradicionais
algarvios).
Os espaços interiores (quartos, sala de jantar, sala de estar ou de leitura, eventualmente
sala de televisão) da unidade devem encontrar-se sempre em ordem e acolhedores.
Também pertinente é a oferta de música tradicional da região, como o folclore e/ou o
fado.
Deve-se prestar também atenção em particular à localização e aspecto dos contentores,
volume de música e da televisão, cuidado com a decoração e mobiliário frágil (arranjos
de flores, molduras, quadros, objectos de decoração, tecidos etc). Tudo isto de forma a
garantir o repouso do cliente, garantir a sua tranquilidade e silêncio mediante determinados horários estipulados.
N) Relação com o cliente
O gerente do estabelecimento turístico deve, por exemplo:
- Ser capaz de identificar os gostos do cliente (conhecimento das suas
preferências), para que o cliente retorne mais vezes ao estabelecimento;
- Mostrar ao cliente, no momento de chegada, os espaços à sua disposição;
- Enviar, antes da chegada, uma amostra aos clientes das diversas
actividades realizadas pela unidade e oferta de serviços não só na unidade,
como no próprio território;
- Organizar ateliers de fabricação (produtos de charcutaria, queijaria, leite,

16

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Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

mel, doces, vinho, cerâmica, cestaria, etc);
- Organizar visitas na unidade ou saídas temáticas.
CAPÍTULO III
CONCLUSÕES GERAIS
Uma definição de TER
Após ter procedido ao inventário da situação presente, no âmbito dos estabelecimentos legalizados como TER na região algarvia (capítulos I e II), depois no capítulo III
a enumeração das condições requisito para obtenção do selo de recomendação. É em
conformidade com duas associações típicas de turismo rural em França e Itália, que
neste último capítulo iremos então enumerar uma série de recomendações propostas no
sentido de desenvolver o turismo de alojamento em zonas rurais, considerando como
ponto de partida a nossa análise da situação actual.
Estas recomendações integram-se, portanto, num processo de evolução versus oferta,
indicado, em países com tradição em TER bem mais antiga e desenvolvida que a oferta de Portugal. Todas estas recomendações inserem-se num mecanismo global cujos
objectivos funcionam a longo prazo e todas elas correspondem a uma primeira fase de
análise (de 1 a 3 anos).
Definição Legal de Turismo Rural e a situação no terreno
A definição legal em vigor actualmente em Portugal: “Zonas rurais. Para efeito do
disposto no presente diploma, consideram-se zonas rurais as áreas com ligação tradicional e significativa à agricultura ou ambiente e paisagem de carácter vincadamente
rural”.
O nosso trabalho não tem como objectivo modificar ou interpretar os termos da lei
vigente, apenas indicaremos que essa mesma definição legal aparenta ser vaga no que
diz respeito aos critérios de “zonas rurais”. Estes deveriam ser melhor definidos com
o objectivo de evitar a ambiguidade e a “confusão”, tanto pelas unidades interessadas
como pelos utilizadores. Por exemplo, a amplitude de uma aglomeração rural deve ser
delimitada (menos de 10.000 habitantes), os limites da aglomeração deverão então ser
melhor definidos (freguesia da respectiva aglomeração, unicamente a aglomeração pro-

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Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

priamente dita etc). Também deve ser conhecida a principal vocação socio-económica
da mesma aglomeração e os requisitos mínimos exigíveis para que uma aglomeração
recorra ao critério de “ligação tradicional e significativa à agricultura ou ambiente e
paisagem de carácter vincadamente rural”, melhor determinado, isto porque actualmente as referências legais são bastante subjectivas e por consequência acarretam casos deveras peculiares.
Assim, com o objectivo de guiar as nossas reflexões, de acordo com o texto legal,
parece-nos que deveríamos encontrar os critérios de definição de TER dentro da filosofia do mesmo texto.
A filosofia e ética do selo de recomendação:
A filosofia portuguesa e europeia de TER podem resumir-se nos seguintes princípios:
1 - Uma ética e valores de partilha que se adaptam constantemente às
exigências qualitativas do cliente;
2 - Estadias personalizadas (em contraste com o turismo massificado característico do litoral e em oposição a certas cadeias hoteleiras e unidades
independentes);
3 - Um turismo familiar baseado no convívio e no “bem viver”;
4 - Habitat tradicional, conforto, descanso, proximidade com a natureza e
actividades lúdicas enquadradas na mesma;
5 - O TER exige que o habitat tradicional seja acompanhado de conforto,
actividades lúdicas culturais, de carácter familiar e contraste com o turismo
massificado e impessoal.
Parece-nos que estas normas deveriam servir de base à atribuição ou não do selo de
recomendação rural e deveria servir de orientação de modo a melhorar a oferta do TER
no Algarve. Contudo, parece-nos, que à imagem de França, poderíamos no Algarve fazer
uma distinção entre o turismo azul (no litoral, actividades respeitantes à praia e mar),
e o turismo verde ligado ao mundo rural do interior do Algarve, no qual as características principais da unidade se relacionem com o mundo rural. Existe ainda um outro tipo
de turismo, o turismo branco, ligado ao turismo de montanha, inexistente no Algarve.

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Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

As Classificações das Unidades de Alojamento TER e sugestões:
A classificação legal sectorial dos diversos tipos de alojamento.
Lei de 2002:
1. Turismo de habitação
2. Turismo rural
3. Agro-turismo
4. Turismo de aldeia
5. Casas de campo
6. Hotéis rurais
7. Parques de campismo rurais
Esta qualificação identifica-se com as restantes dos outros países europeus, parece-nos
perfeitamente correcta, simplesmente sugerimos a integração das “Casas da Natureza”
regidas pela lei 112/98 de 25/08/1998, para a atribuição do selo de recomendação.
Logo, deparamo-nos com uma escolha fundamental, à qual sugerimos a possibilidade
de estabelecer uma distinção entre as unidades legalmente reconhecidas como TER e as
unidades susceptíveis de receber o Selo de Recomendação. Isto porque certas unidades
não correspondem à definição de TER e outras, que ainda que não legalizadas actualmente, poderão num futuro próximo ter características e qualidades suficientes para
integrar o TER. Esta classificação, por categorias, parece-nos válida, mas incompleta,
e parece-nos conveniente unirem-se no sentido de uma classificação por qualidade de
oferta.
Dois estabelecimentos receberam justamente a mesma classificação e não ofereciam
necessariamente os mesmos serviços nem a mesma qualidade. Partindo desta última
constatação parece-nos evidente e lógico o acréscimo de um símbolo de distinção de
qualidade e variedade nas ofertas de cada estabelecimento. Mas, como representar
materialmente a qualidade de cada um dos estabelecimentos? O sistema clássico das
estrelas parece-nos caído em desuso e muito associado à escala hoteleira. Apenas a
título de exemplo, França utiliza a simbologia das “espigas”. Para o Algarve propomos
as “Estevas” (flor simbólica do Algarve) ou as “Chaminés” (exemplares de ornamento
arquitectónico específico do Algarve), em conformidade com o imaginário dos clientes.
Esta segunda classificação, “distinção de qualidade e de variedade de ofertas de cada
estabelecimento” facilita a inclusão de novas unidades orientando utilmente as escolhas
de potenciais turistas. Após esta dupla classificação horizontal, sugerimos um aditivo

Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural

19
Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

vertical dentro do propósito de melhor definir e valorizar os estabelecimentos e melhor
informar os potenciais utilizadores. Esses aditivos são:
- Locais de estadia (de 8 a 20 pessoas) de modo a poder em acolher famílias e grupos;
- Os alojamentos específicos, assim designados em função da sua localização ou de
actividades e protocolos particulares (por exemplo, residência histórica, uma unidade situada dentro de um parque natural regional, dentro de uma reserva privada de caça, etc.);
-Um aditivo específico igualmente para as unidades de alojamento no qual o turista
poderá degustar os sabores da cozinha regional.
Ambas as classificações poderão completar-se sem quaisquer problemas, incentivando
a melhoria na qualidade da oferta TER no Algarve.
Recomendações para a Melhoria da Oferta TER no Algarve
Sugestões e recomendações para uma política de qualidade em alojamento TER:
1. Venda de produtos locais (possibilidade de comprar e visitar);
2. Venda de artesanato local (possibilidade de comprar e visitar);
3. Criação de um ou mais roteiros/itinerários do Algarve Rural (Guia do
Algarve, Circuitos Pedestres, Passeios de bicicleta, BTT, Circuitos
Gastronómicos, Pontos de Interesse naturais – paisagem, flora, fauna -,
actividades desportivas – golfe, caça, pesca, actividades náuticas. Ténis,
Padel, desportos de praia);
4. Criação de um banco de ofertas verdes (tempos livres, desportos,
cultura), para as unidades de alojamento com guias – animadores de
diversas línguas;
5. Criação de um site de Turismo do Algarve Rural com hiperligações uniformizadas. Ligação do site principal a todas as unidades. Site global com
base no modelo www.booking.com.
6. Criação de um gabinete de dinamização e de marketing para
juntamente com a Associação de Turismo Rural do Algarve, e diversos outros
organismos e entidades, passem para uma divulgação e promoção das unidades em feiras e salões internacionais (FITUR). Ainda criação de produtos
de divulgação.

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Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

1 – Venda de Produtos Locais
Tal como já evidenciámos na definição de TER, um dos objectivos fundamentais deste
tipo de turismo e sua oferta de alojamento, é justamente a de uma apresentação “com
ligação tradicional e significativa à agricultura ou ambiente e paisagem de carácter
vincadamente rural”. Deve-se pois recomendar, e numa segunda e posterior fase,
exigir que cada unidade de alojamento reserve um espaço para exposição ou venda de
produtos locais, convindo aos mesmos serem típicos da região.
Parece-nos útil também aconselhar os responsáveis das unidades de alojamento a
incluir uma carta/mapa, para localizar os locais de produção e contactos úteis, e apresentar um catálogo ou ficha publicitária detalhada e informativa da produção da empresa
com preçário actualizado. Seria desejável que os responsáveis das unidades pudessem organizar uma visita de produtores e artesãos no seu território. Naturalmente, os
responsáveis das unidades e seus funcionários deverão saber explicar aos turistas a
composição dos produtos e sua originalidade.
2- Venda de Artesanato Local
Mesmas características que o ponto prévio.
3- Criação de um ou mais itinerários do Algarve Rural
Esta sugestão corresponde à recomendação de boas práticas descritas no capítulo III:
“A realização destas condições irá fornecer às unidades de alojamento a possibilidade
de criar uma valorização ajustada à prestação de serviços, pois não se tem unicamente
em conta aspectos relativos ao alojamento e restauração, mas também igualmente uma
série de serviços que visam a satisfação das exigências e expectativas dos clientes.
As actividades de tempos livres, culturais, sociais e desportivas serão colocadas em
primeiro plano com a finalidade de fornecer aos clientes todas e quaisquer possibilidades de conhecer, apreciar e respeitar a região algarvia”.
No caso específico do Algarve precisamos de criar rotas/itinerários temáticos, tanto
culturais (história, arquitectura, gastronomia, turismo de natureza), como de tempos
livres ou actividades verdes (passeios pedestres, bicicleta, BTT, golfe, actividades
náuticas). A criação destes circuitos ou itinerários permite o contacto com operadores
de viagem da especialidade, de apresentações em salões internacionais turísticos desta
especificidade, de forma a existirem guias especializados que dominem várias línguas e
assim possam ter oportunidade de melhorar qualitativamente a nossa oferta.

Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural

21
Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

4- Criação de um banco de ofertas verdes
Este item complementa o ponto anterior e é precursor dos dois parágrafos seguintes.
É imperativo constituir e actualizar de modo permanente “um banco de dados e actividades de zonas verdes”. Também a realização de um inventário exaustivo das diversas
ofertas actuais na região. Este banco de dados irá permitir uma análise quantitativa
e qualitativa da nossa oferta global, capaz de orientar formações futuras de pessoas
ligadas a este tipo de actividades, efectuando reciclagens e adaptando em permanência
a nossa oferta às exigências da nova procura.
Para criar o banco de dados este deverá contar com a coordenação do gabinete de
dinamização de TER no Algarve (parágrafo 6) e deverá estar associado às Câmaras
Municipais, entidades regionais ligadas ao turismo, ao desporto, aos tempos livres,
ao artesanato, às associações profissionais de pequenos e médios produtores rurais,
e ainda associações de desenvolvimento regional que relacionem as suas descobertas
e novos dados a este banco de dados e produtos rurais. Nesta mesma óptica, e paralelamente ao selo de recomendação das unidades de alojamento e restauração, convém
criar um rótulo “Produto Autêntico do Algarve”.
De modo a que este banco de dados seja perfeito e correctamente divulgado, sugerimos
a sua integração no site “TER Algarve” (parágrafo5), e a criação de um guia de turismo
verde do Algarve, com cartas, rotas, itinerários temáticos, ofertas, fotografias, etc. Este
guia, que servirá de documento de promoção e divulgação das festas, feiras e salões
nacionais e internacionais, deverá ser constituído por um documento e um dvd actualizado anualmente, recolhendo todas as ofertas e novos serviços.
5- Criação de um site de Turismo do Algarve Rural com hiperligações uniformizadas
Este é um dos pontos fundamentais do nosso estudo, a divulgação dos TER. Actualmente
esta divulgação é ainda muito rudimentar, portanto, com base na competência, experiência e reconhecimento da Globalgarve nesta mesma matéria informática, parece-nos
que associada a outras entidades ligadas ao turismo (RTA, ATA), a Globalgarve deverá
então criar um site generalista “TER Algarve” ou cada unidade de alojamento deverá ter
um link directo e será responsável pela actualização desse link (novas ofertas, novos
preços, novos serviços). A fim de preservar uma unicidade dos sites e portanto da
oferta, parece-nos que a Globalgarve deverá dar conselhos de criação e uniformização
do site a todos os detentores do “Selo de Recomendação”. Todas as unidades de alojamento após atribuição e detenção do selo devem integrar então um site geral alusivo à
temática. Este site deverá ser eficaz e permitir a consulta em várias línguas (Português,

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Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

Espanhol, Inglês, Francês e Alemão), e ainda recolher a opinião dos vários turistas.
A Globalgarve poderá também efectuar, de acordo com justa retribuição, facilitar
a tradução em diversas línguas das ofertas e serviços de todas as hiperligações. Quais
os serviços que devem fornecer este site e links? Entre os vários serviços poderão ser
a possibilidade de efectuar reservas on-line em alojamento, restauração, marcação de
actividades culturais ou desportivas. Este será um serviço fundamental que marcará
a qualidade do site, bem como a qualidade de todas as unidades mencionadas. Este
é um tipo de serviço que deve ser encarado com realização a curto prazo. A análise precedente leva-nos a um outra questão. Será que uma Associação de TER no
Algarve será capaz de acolher todas as unidades recomendadas? Sob que forma e com
que funções? Parece-nos que a Globalgarve detém um grande poder de dinamização
e divulgação suficiente para desempenhar esse papel numa primeira fase.
Não nos parece que a ideia de uma associação ao nível do Algarve seja bem recebida
pelos proprietários e administradores das unidades de TER, pois de acordo com a sua
disposição esta irá sobrepor-se a outras já existentes.
6- Criação de um gabinete de dinamização e de marketing
Ainda com base no parágrafo precedente, parece-nos que esse supracitado gabinete
deve ser constituído de profissionais especializados e que funcione ao nível do Algarve,
deverá então desempenhar o papel de coordenador do TER no Algarve, bem como servir
de intermediário aos profissionais dos diversos alojamentos, restauração e actividades
de tempos livres diversas., e ainda as entidades regionais e internacionais.
O seu propósito seria bem mais amplo do que o de uma associação. Este gabinete
procederia também à actualização do site TER Algarve, e à criação da divulgação e de
novos produtos, em simultâneo com a qualidade das ofertas e sua constante modernização. Este gabinete ficaria encarregue de estabelecer no Algarve, contactos úteis com
os vários profissionais de TER, bem como a nível europeu e mundial com o intuito de
divulgação e promoção do TER, e ainda outras associações similares relacionadas.
O modo de funcionamento deste gabinete deverá ser semi-privado, e/ou semi-público,
sendo este mesmo gabinete o correspondente a uma ou mais entidades acreditadas
para tais funções.
Os seis pontos anteriormente desenvolvidos surgem-nos como indispensáveis para
coordenar e melhorar a nossa oferta de TER no Algarve e de aproximar as ofertas mais
competitivas com as actuais na Europa.

Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural

23
Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

Com base nas actividades referenciadas sugerimos como projectos a longo termo/prazo:
- A criação de um Guia para criação de uma unidade de TER
- A criação de uma carta de Tempos Livres/Actividades TER Algarve
- A criação de um catálogo de produtos de equipamento e acessórios, preços de negócios
Todavia surge um problema, é do financiamento de tal gabinete, de financiamento privado – público, inteiramente privado, inteiramente público. Outro problema é o da eventual sobreposição desse gabinete a associações de profissionais de TER no Algarve.
Estas duas entidades deveriam trabalhar em conjunto de forma a complementarem as
funções e trabalho de cada qual.
Numa primeira fase parece-nos que este gabinete (entidade devidamente acreditada),
deveria aceitar sobretudo pessoal do sector, envolvido e/ou especializado nesta temática, compilando diversos livros em várias línguas, livros com a história do Algarve e sua
riqueza patrimonial.

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Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural
Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

BIBLIOGRAFIA
- Guia Oficial de Turismo no Espaço Rural, Direcção Geral de Turismo, Janeiro 2004.
- http://www.portugalvirtual.pt/lodging/rules
- http://ec.europa.eu/agriculture/rur/leader2/rural.pt
- http://www.solaresdeportugal.pt
- http://ecosfera.sites.uol.com.br/turural.htm
- http://www.dre-norte.min-economia.pt
- http://www.min-economia.pt
- http://www.dgdrural.pt/ter

Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural

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Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural

GLOSSÁRIO
- AG – Agro-Turismo.
- ASA – Associação do Sotavento Algarvio.
- ATA – Associação de Turismo do Algarve.
- BW – Casa de banho completa (com banheira).
- CC – Casas de Campo.
- CW – Casa de banho com chuveiro.
- PW – Casa de banho com polibanho.
- Suite – Conjunto constituído por quarto, sala e casa de banho completa ligados por
antecâmara.
- TA – Turismo de Aldeia.
- TER – Turismo no Espaço Rural.
- TH – Turismo de Habitação.
- TR – Turismo Rural.

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Guia metodológico de Boas Praticas em Turismo Rural

  • 1. GUIA METODOLÓGICO DE BOAS PRÁCTICAS EM ALOJAMENTOS RURAIS Promotor: Parceiros:
  • 2. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural 1
  • 3. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural ÍNDICE APRESENTAÇÃO PROJECTO 3 CAPÍTULO I – SITUAÇÃO ACTUAL DOS ALOJAMENTOS EM ESPAÇO RURAL - Primeira Constatação - Segunda Constatação - Terceira Constatação - Quarta Constatação 6 7 8 9 CAPÍTULO II – EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS I Condições a respeitar para pretensão do Selo Recomendação Rural - Condução e chegada do cliente - Recepção e Acolhimento do cliente - Estadia - Respeito pelo meio ambiente - Difusão de produtos locais 11 11 12 12 12 13 II Serviços de Base e Qualidade - Recepção - Estadia - Quartos - Sala de Restaurante - Adopção medidas protecção do meio ambiente - Proprietários/Funcionários - Apresentação do Estabelecimento - Relação com o Cliente 13 14 14 15 15 15 15 16 16 CAPÍTULO III – CONCLUSÕES GERAIS - Uma definição de TER - Filosofia e Ética do Selo de Recomendação - As Classificações das Unidades de Alojamento e Sugestões - Recomendações para a melhoria da Oferta TER 17 18 19 20 - BIBLIOGRAFIA 25 - GLOSSÁRIO 26 2 Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural
  • 4. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural APRESENTAÇÃO PROJECTO No âmbito do projecto de Promoção do Mundo Rural Algarvio – 2ª fase, enquadrado no programa estratégico para as áreas de baixa densidade – Eixo 2 Medida 1 do PROALGARVE, a Globalgarve promoveu concurso para prestadores de serviços para a Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural, serviço para o qual a Odiana ganhou concurso. A Associação Odiana teve então como objectivo a prestação de serviços na verificação de requisitos para a atribuição do Selo de Recomendação do Alojamento em Espaço Rural e ainda a realização de um Guia Metodológico com a indicação de boas práticas a seguir, bem como métodos de promoção do alojamento e da região envolvente. Etapas para realização do projecto: A – Contactos com as unidades referenciadas Mediante uma lista de unidades de alojamento rural, cedida pelo Ministério da Economia e Instituto de Turismo, a Associação Odiana procedeu ao contacto das mesmas, com o objectivo de contextualização do projecto e marcação de uma primeira visita, um primeiro contacto introdutório. Estes contactos foram estabelecidos via telefónica e via e-mail, nos quais todo o projecto era explicado, bem como as suas vantagens e tentando a participação do maior número de unidades neste projecto, quanto possível. B – Visita de Apresentação A primeira visita de apresentação da Odiana sucedeu em conjunto com um membro designado da Globalgarve. Após o contacto efectuado, e reunidos os alojamentos, procedeu-se à elaboração de um itinerário de visitas, visto as unidades se encontrarem localizadas por toda a região algarvia, desde VRSA até Aljezur. Esta primeira visita consistiu numa apresentação do referido projecto e na assinatura de uma declaração de compromisso em integrar o mesmo. Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural 3
  • 5. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural C – Elaboração de questionário Após as primeiras visitas de apresentação elaborou-se um questionário específico para as várias unidades TER, mediante análise e estudo de todos os termos incluídos neste projecto. Este questionário teve como base guias de requisitos internacionais para a prática de TER em países como França, Espanha e Itália. Foi realizada posteriormente a adequação à situação actual do Turismo Rural em Portugal. O questionário visava a avaliação dos alojamentos em questão com a finalidade de: 1. Aumentar a apetência turística no território; 2. Promoção, valorização, qualificação e revitalização do tecido económico rural; 3. Consolidação da actividade e dinamização do alojamento em espaço rural; 4. Aumento do rendimento e fixação da população; 5. Utilização sustentável dos recursos; 6. Promoção e valorização do património histórico, cultural e natural; 7. Acréscimo de visitantes e dormidas na região; 8. Melhoria da qualidade e nível de vida da população local, através do turismo e actividades associadas; As várias questões presentes no dito questionário (vide anexo I), foram divididas por áreas de interesse e relevância (Financiamento do Estabelecimento; Criação do Estabelecimento; Oferta e Prestação de Serviços; Atendimento e Acolhimento; Oferta de Serviços em Alojamento e Restauração; Perspectivas de um Plano de Marketing). Estas foram analisadas de acordo com a qualidade dos serviços prestados, e mediante critérios previamente estabelecidos. D – Segunda Ronda de visitas às unidades TER Mediante novo contacto e itinerário previamente elaborados pela Odiana procedeu-se a nova ronda de visitas, agora para preenchimento do já referenciado questionário e seus objectivos. E – Atribuição de Selo de Recomendação Após o preenchimento do questionário, e com base no inspeccionado aquando das visitas, deu-se início à análise das características e especificidades dos distintos alojamentos, da qual resultou a Atribuição do Selo de Recomendação em reunião com a Globalgarve. 4 Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural
  • 6. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural F – Guia Metodológico Finalização e adequação do Guia Metodológico de Boas Práticas em Unidades de Alojamento Rural, tendo em conta a especificidade dos TER em Portugal e consoante parâmetros de qualidade e diversidade, sempre em conformidade com a lei em vigor respeitante ao Turismo Rural. Locais de Intervenção: No âmbito do Plano Estratégico, os 13 concelhos e respectivas freguesias pertencentes às áreas de baixa densidade, nomeadamente: Albufeira (Paderne); Alcoutim (Alcoutim, Giões, Martinlongo, Pereiro e Vaqueiros); Aljezur (Aljezur, Bordeira, Odeceixe e Rogil); Castro Marim (Altura, Azinhal, Castro Marim e Odeleite); Faro (Estoi e Santa Bárbara de Nexe); Lagos (Barão de S. João e Bensafrim); Loulé (Alte, Ameixial, Benafim, Boliqueime, Querença, Salir, S. Clemente, S. Sebastião e Tôr); Monchique (Alferce, Marmelete, e Monchique); Silves (Alcantarilha, Algoz, S. Bartolomeu de Messines, S. Marcos da Serra, Silves e Tunes); Tavira (Cachopo, Santa Catarina Fonte do Bispo e Santo Estêvão); S. Brás de Alportel (S. Brás de Alportel); Vila do Bispo (Vila do Bispo, Budens, Barão de S. Miguel, Raposeira e Sagres) e Vila Real de Santo António (Vila Nova de Cacela, Vila Real de Santo António e Monte Gordo). A Globalgarve, após recepção da lista de unidades licenciadas em TER pelo Ministério da Economia e Instituto de Turismo, forneceu à Odiana uma lista com 25 alojamentos já anteriormente contactados pela Globalgarve, e dispostos a participar no projecto. Dessa lista efectuou-se contacto com 18 delas, estando as restantes 7 encerradas temporariamente (férias, obras, época baixa). Das contactadas 13 demonstraram interesse na participação de Atribuição de Selo de Recomendação Rural. Duas mais contactaram a Odiana na recta final do projecto, ficando portanto incluídas como integrantes numa eventual 2ª fase. Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural 5
  • 7. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural CAPÍTULO I SITUAÇÃO ACTUAL DOS ALOJAMENTOS EM ESPAÇO RURAL O estado actual dos locais com oferta de alojamento em espaço rural evidencia algumas contradições entre os mesmos, existindo uma crescente necessidade de se elaborar uma análise detalhada respeitante a esta matéria. Numa primeira parte, as unidades legalizadas e licenciadas previamente parecem responder a critérios completamente díspares, existindo alguma falta de rigor relativamente ao tipo de alojamento de que se trata e características principais. Também a própria questão geográfica é um ponto aberto à discussão, o modo de exploração do local, o tipo de alojamento e qualidade e ofertas turísticas prestadas. Todos estes pontos paralelos permitem-nos analisar de forma singular e qualitativa cada uma das unidades, podendo então diferenciá-las através de um selo de recomendação. Toda esta categorização irá beneficiar os mais directamente interessados, neste caso os clientes que procuram um estabelecimento onde se hospedar. Um “Selo de Recomendação de Alojamento em Espaço Rural” deverá estar plenamente articulado com a própria definição legal das unidades turísticas licenciadas rurais, visto o alojamento ser um dos componentes, senão o principal de todos eles (do turismo). Uma primeira questão vai directamente de encontro a um espírito analista: Será o Ministério da Economia o mais adequado para regulamentar esta matéria? Ou será mais adequada uma divisão própria para tratar unicamente desta temática de Turismo Rural? A definição legal em aplicação consta no Decreto-Lei nº 54/2002 de 11 de Março que menciona: « Turismo no espaço rural consiste no conjunto de actividades, serviços de alojamento e animação a turistas, em empreendimentos de natureza familiar, realizados e prestados mediante remuneração, em zonas rurais”. 1) A primeira constatação consta do inventário da situação actual dos estabelecimentos legalmente licenciados, o que nos revela que certos estabelecimentos não se regem pela noção legal de turismo rural, na verdade muitas das unidades, não se encontram localizadas em zonas ditas rurais, no interior, mas sim no litoral ou centros habitacionais densos. Com efeito, a realidade inspeccionada e analisada no terreno, aquando da realização das visitas é em certos casos distinta, mas noutros está perfeitamente integrada. Há casos 6 Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural
  • 8. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural de unidades que se encontram em meios e zonas rurais, todavia zonas já delimitadas pela aglomeração populacional, consequência inerente à expansão da cidade; outras encontram-se à beira mar. As nossas primeiras conclusões consistem em saber e determinar se a noção territorial de zona rural é realmente um constituinte fundamental do alojamento em espaço rural, e caso a nossa resposta seja apreciativa, convém definir correctamente esta mesma noção, que julgamos ser um pouco contraditória actualmente. A lei, artigo 3, e passamos a citar: « Zonas rurais. Para efeito do disposto no presente diploma, consideram-se zonas rurais as áreas com ligação tradicional e significativa à agricultura ou ambiente e paisagem de carácter vincadamente rural». Esta mesma definição servir-nos-á de base de reflexão para o terceiro capítulo. 2) A segunda constatação, referencia que as unidades seleccionadas, são de natureza estrutural muito diversificada, por natureza estrutural entendemos o tipo de construção da unidade, ou onde ela se pode enquadrar. A lei de 2002, artigoº4 estipula o Turismo de Habitação: 1- «Designa-se por turismo de habitação o serviço de hospedagem de natureza familiar prestadas a turistas em casas antigas particulares que, pelo seu valor arquitectónico, histórico ou artístico, sejam representativas de uma determinada época, nomeadamente os solares e as casas apalaçadas. 2- O turismo de habitação só pode ser explorado por pessoas singulares ou sociedades familiares que sejam as proprietárias, possuidoras ou legitimas detentoras de casa e que nelas residam durante o período de exploração». A realidade no terreno mostra-nos que também um Hotel pode ser criado em espaço rural, apelidando-se de Hotel Rural, desde que cumpra os requisitos obrigatórios, não apenas no mobiliário mas em todas as características integrantes deste tipo de turismo. Temos também as casas ditas burguesas ou históricas, de estilo senhorial apalaçado, com fortes características culturais e patrimoniais, preciosidades históricas conservadas e adaptadas para uma casa de turismo de habitação, unidades mais requintadas, um turismo sobretudo cultural. Existem também as quintas agrícolas e as casas particulares, frequentemente restauradas e remodeladas, que após visionamento e análise das suas características, pensamos que a sua categorização compreende as especificidades, das casas de campo, uma das constituintes do TER. Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural 7
  • 9. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural Mais uma vez, voltamos a referir a lei de 2002: - Artigo 4º que define “turismo de habitação” - Artigo 5º que define “turismo rural” - Artigo 6º que define “agro-turismo” - Artigo 7º que define “turismo de aldeia” - Artigo 8º que define “casas de campo” - Artigo 9º que define “hotéis rurais” - Artigo 10º que define “parques de campismo rurais”. Após referidas as categorias existentes, podemos convictamente afirmar que maior parte das unidades seleccionadas pertence a uma das categorias mencionadas, contudo, nem todas as unidades se encontram bem enquadradas quanto à sua categoria. 3) A terceira constatação, a gestão de algumas unidades é completamente distinta de outras. Certos alojamentos são geridos por profissionais, como um director, ou alguém encarregue do balanço financeiro, alguém que resida ou trabalhe diariamente na unidade, que conheça portanto todas as suas especificidades e clientes para os quais se trabalha, profissionais com um gestão séria e restrita, que denotam total conhecimento sobre o mercado de oferta e de procura. Já outras unidades acabam por ser menos rentáveis, visto serem geridas à distância, por telefone ou e-mail, cuja marcação prévia é essencial, visto daí depender a disponibilidade dos proprietários para o aluguer dos quartos da unidade. Esta mencionada gestão à distância explica a razão pela qual um certo número de unidades têm uma reduzida taxa de ocupação média anual, pois visto não se encontrarem permanentemente no estabelecimento, não atendem o telefone, não verificam caixa de correio electrónico, não estão na unidade para receber potenciais hóspedes, não promovem nem publicitam a unidade, não verificam o correio, ou seja, não existe uma responsabilidade permanente. Existem outras unidades, de herança familiar, que suportam enormes custos de restauração e manutenção para que se possam adaptar à perspectiva de alojamento rural. Estas explorações concernem a conservação e preservação do património histórico familiar, regional e nacional, e para uma exploração turística estes são factores a levar em linha de conta. Deparámo-nos com um problema bastante delicado, a questão da noção de “exploração”, que entendemos como uma boa gestão 8 Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural
  • 10. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural financeira e comercial, e que esta mesma exploração deveria ser uma actividade profissional e não um eventual complemento extra. Deve-se ter a noção ou deverá ter-se, daqui por diante, que existe um período mínimo anual de abertura e possibilidade de localização ou contacto aquando do encerramento. Noutros termos, poderá uma família considerar a sua unidade como alojamento familiar e pessoal quando lá não vive nem lá se encontra? Pode um estabelecimento ser gerido à distância, contraditoriamente ao parágrafo 2 do 4º artigo da lei, e simultaneamente no artigo 8 consagrado como “casas de campo”, visto não mencionar o termo «exploração»? Dentro da nossa perspectiva, será correcto atribuir um selo de recomendação rural de alojamento sem que haja um período mínimo de abertura? Pode ser exigido que o concessante da exploração deva possibilitar o contacto para informações e eventuais reservas no estabelecimento? Existirá a possibilidade de exigir um período mínimo de exploração para poder certificar as unidades? Estas e mais algumas questões serão estudadas no capítulo III. 4) A quarta constatação, a qualidade da oferta, um ponto que apresenta certas discrepâncias. De um ponto de vista restrito, a oferta vai desde um quarto rústico com o conforto mínimo até às suites luxuosas. Deve impor-se uma classificação de qualidade de acordo com a realidade, mal tal como refere a lei, a oferta não se limita ao espaço de repouso do turista, a oferta deveria ser bem mais diversificada, não apenas no repouso, mas em muitas outras vertentes. Após todas as visitas e análises feitas, nenhum dos estabelecimentos em questão vende produtos tradicionais ou artesanais. Não existe venda, mas estes mesmos alojamentos servem produtos tradicionais ao pequeno-almoço ou muitas vezes como souvenir da unidade algarvia. É deveras importante que as unidades reflictam acerca dessa hipótese, senão vendendo, que indiquem o nome e contacto de produtores e/ou artesãos. Poucas unidades são as que fazem parte de associações de promoção de turismo rural e turismo algarvio em geral, excepcionando a ASA. Se maior parte das unidades dispusessem de uma documentação relativa à região, poderiam organizar inúmeras actividades, tais como passeios temáticos, a pé ou de bicicleta, ou ainda em viaturas, (algumas das unidades dispõem de inúmeros contactos). Os principais modos de contacto – promoção da unidade, é feita através do “boca a boca”, e do “ouvir dizer”, ou ainda através do site de Internet, no entanto existem ainda unidades que não dispõem de site, o que é uma lacuna grave. Com o desenvolvimento da rede internautica e com o crescente número de utilizadores é de extrema Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural 9
  • 11. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural importância a existência de informação num site que disponha de tudo o que é essencial a um potencial hóspede. Todas as unidades se mostraram receptivas e bastantes entusiastas na inclusão da sua unidade num site de “Turismo Rural”, ou ainda de uma outra definição de turismo, de acordo com as características intrínsecas da unidade. Por outro lado, e de forma generalizada, os proprietários das diversas unidades elogiam o booking.com (muitos utilizam-no), visto existir a possibilidade de incluir comentários dos vários utilizadores. De acordo com os proprietários destes serviços de alojamento, parece-lhes importante a diversificação da sua oferta, na qual se possam efectuar passeios temáticos (passeios de bicicleta ou pedestres). Também as actividades ligadas aos desportos náuticos e às praias, actividades ligadas à natureza, como a ornitologia, visitas ao património histórico e cultural, e ainda menus e itinerários gastronómicos da região. Apenas uma das unidades analisadas possui restaurante próprio, as restantes unidades indicam os restaurantes de qualidade na sua região, oferecem inclusivamente os menus típicos, bem como o preçário dos mesmos. Uma outra unidade organiza tardes/noites gastronómicas, em restaurantes típicos, isto para que possam mostrar aos seus hóspedes a tipicidade do Algarve e a qualidade e variedade da sua gastronomia. Parece-nos importante colocar à disposição em cada uma das unidades um breve guia com pontos de restauração, principais pratos típicos algarvios e vinhos portugueses a acompanhar, também para as sobremesas (doces regionais algarvios). Relativamente à documentação fornecida o importante também é poder fornecê-las em várias línguas, para clientes de diversas nacionalidades. A clientela, suas especificidades e nacionalidades, divergem em função das unidades. Após visionamento e análise das unidades podemos concluir que as estadias são curtas e têm vindo a diminuir com o passar dos anos, e muitas das reservas são feitas no exacto momento de chegada, sem marcação prévia. Maioritariamente os hóspedes surgem aos fins-de-semana, “pontes”, e os apelidados short breaks. O tipo de cliente evolui igualmente de acordo com os referidos alojamentos, e são os proprietários das unidades que sugerem uma política de marketing agressiva para as populações das grandes cidades, portuguesas e espanholas, sobretudo a província de Andaluzia. Também a divulgação da oferta em festas e feiras nas grandes capitais europeias, começando pela FITUR de Madrid e outras. 10 Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural
  • 12. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural CAPÍTULO II EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS Cremos que seja útil neste capítulo colocar as condições que um estabelecimento deve reunir e respeitar com o objectivo de poder obter e manter o seu selo de recomendação. Numa segunda parte, enumerar-se-ão os serviços de base e de qualidade que a sua diversidade como estabelecimento deve oferecer e os quais são exigidos por duas associações europeias de renome, de modo a integrar uma unidade de alojamento no seu seio. Seleccionámos com base para a nossa análise as já mencionadas referências de base internacionais. Em ambos os casos o não respeito das condições de adesão ou manutenção da qualidade das ofertas de serviços correspondem à exclusão/perda imediata do selo de recomendação pela respectiva unidade/s. I Condições a respeitar pelas unidades com o objectivo de pretensão do Selo: - Cumprimento da lei em vigor, e por consequência, de todas as autorizações e licenças necessárias; O responsável da unidade deve: - Entregar ao cliente ou colocar no seu quarto um questionário a preencher no final da estadia para avaliar o nível de satisfação do cliente (questionário este sugerido pela Globalgarve); - Dispor de Livro de Reclamações e Sugestões nos quais o cliente pode anotar as suas apreciações relativas à qualidade da sua estadia e características do estabelecimento. A) Condução e chegada do cliente - Sinalética: Uma sinalização rodoviária deve ser colocada em conformidade com a lei em vigor, com a finalidade de guiar/conduzir correctamente o cliente até ao estabelecimento pretendido. A sinalização deve partir do primeiro ponto de referência fácil de visionar (estrada principal). Cada painel sinalético deve ser facilmente reconhecido e prestar as informações seguintes: - Símbolo de TER e distância até à primeira seta de sinalização. - Nome da empresa e logótipo (se possível). Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural 11
  • 13. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural B) Recepção e Acolhimento do cliente O responsável da empresa deve: - Colocar à disposição do cliente uma brochura e/ou ficha de informação sobre a empresa, redigida em pelo menos duas línguas (português e inglês), que apresente, de forma generalizada a unidade e dê as seguintes informações: - Indicação do nome dos quartos e descrição da respectiva tipologia; - Locais e oferta de serviços. - Acolher o cliente com uma “Fórmula de Bem-vindo” personalizada, que pode consistir: - Uma pequena degustação de doces tradicionais; - Uma bebida, café, chá, sumo de frutas ou um aperitivo regional. - Reunir todas as informações num espaço previsto, no qual sejam bem visíveis, todos os dados relativos a espectáculos, museus, horários de cerimónias religiosas, festas da vila, horários de transporte, visitas e itinerários organizados, etc. O responsável do estabelecimento deverá de preferência dispor de fax, telefone, e computador com ligação à Internet a fim de: - Permitir o pagamento por Multibanco ou cartão de crédito; - Efectuar um arquivo respeitante aos clientes; - Conexão ao site de Internet da Algarve Rural e outros. O logótipo – Selo de Recomendação – deve figurar nas cartas e cartões de visita, publicidades, menus e pasta de informação da unidade. C) Estadia - Na sala de pequenos-almoços deve estar exposta uma ficha de informação relativa aos produtos tradicionais utilizados pelo estabelecimento e pelas empresas regionais que especifiquem os seguintes parâmetros: - Origem do produto (da empresa ou exterior à empresa); - Tipo (AOP, IGP, STG, AOC, IGT, Biológicos, produtos tradicionais, produtos possuidores de um rótulo colectivo ou de empresa), com uma breve explicação sobre o conceito do produto de qualidade rotulado; 12 Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural
  • 14. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural - Indicação do local de venda do produto (no seu ponto de venda habitual, e/ou da empresa), bem como o respectivo preço; - Indicação aos clientes dos locais onde podem desfrutar de aperitivos típicos da região. A empresa deverá poder apresentar aos seus clientes uma carta de localização dos diferentes restaurantes e preços. A lista dos restaurantes deverá incluir as “tascas” típicas, restaurantes típicos e restaurantes de elevado nível. O responsável da unidade de alojamento deverá ser capaz de explicar a composição e confecção dos pratos e qualidade dos vinhos sugeridos. Deve ser dada a possibilidade ao cliente de escolher o pequeno-almoço tradicional da região com produtos da própria unidade e/ou de empresas situadas no interior do Algarve. Os pequenos almoços devem ser elaborados consoante as formas e cores que apelem ao estilo rústico da unidade; devem ser respeitadas as datas de validade de consumo e imediatamente substituídas em caso de deterioração. D) Respeito pelo Meio Ambiente A empresa deve utilizar os vários meios de respeito e protecção do meio ambiente, como por exemplo: - Reciclagem e eliminação dos resíduos; - Dispor de contentores específicos para o vidro, papel, plástico e pilhas; - Economização de electricidade (lâmpadas económicas), da água (equipamento que favoreça a economização), sistemas de painéis solares, etc. E) Difusão dos produtos locais e de artesanato regional Um espaço reservado à venda e/ou exposição dos produtos alimentares que podem ser previstos (AOP, IGP, STG, AOC, IGT, Biológicos, produtos tradicionais, produtos possuidores de um rótulo colectivo ou de empresa ou outras regionais). No mesmo espaço podem ser vendidos ou expostos dos artigos de artesanato regional. Também uma carta/informação exposta com os vários locais de venda dos produtos e artesãos responsáveis (contactos). II Os serviços de base e de qualidade aliados à diversidade que um estabelecimento deve oferecer A realização destas condições irá fornecer às estruturas de alojamento a possibilidade Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural 13
  • 15. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural de criar um valor ajustado à sua prestação de serviços, pois não terá apenas em consideração os aspectos relativos à restauração e alojamento, mas a igualmente uma série de serviços que visam satisfazer as exigências e as expectativas dos clientes. As actividades de tempos livres, culturais, sociais e desportivas serão colocadas em primeiro plano com o objectivo de fornecer ao cliente todas as possibilidades de conhecer, apreciar e respeitar a região algarvia. F) Recepção Cada unidade de alojamento deve ter o seu próprio Website, apresentando pelo menos duas línguas distintas e contendo a seguinte informação: - Nome do estabelecimento, endereço e indicações para fácil acesso até ao mesmo (indicação dos trajectos, desde as estações de transportes, aeroportos, saídas de auto-estradas). Uma imagem (mapa se possível), ou uma descrição detalhada que deve indicar a localização do estabelecimento e sua distância à aglomeração mais próxima: - Números de telefone, fax e endereço de correio electrónico; - Oferta de serviços durante a estadia; - Período e horário de abertura; - Tabela de preços (indicação de preço mínimo e máximo); - Reservas on-line. G) Estadia O responsável deve, se possível, e sempre que se justifiquem, efectuar, trabalhos de modernização e restauração no interior e exterior da unidade, de modo a prestar o maior conforto e funcionalidade aos hóspedes. Também adaptar a unidade com medidas de protecção para o meio ambiente, e um adaptação à cultura local e tradição arquitectónica do território, sempre respeitando os vários tipos de construções locais. O cliente deverá ter a imagem de uma unidade harmoniosamente integrada no território, de acordo com as suas características e particularidades regionais. Deverá existir um conjunto de contentores específicos para os diversos tipos de resíduos. Devem ser reservados espaços privativos para estacionamento das viaturas, para jogos, espaços recreativos para crianças e para as “pausas” dos clientes, (mesas e bancos, por exemplo). Devem ser utilizados materiais tradicionais (madeira, cerâmica, tijolos, ladrilhos, ferro forjado etc.), e se possível, emblemas arquitectónicos, ou outros, algarvios (a título de exemplo: chaminés e cores tradicionais). 14 Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural
  • 16. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural Os compartimentos do estabelecimento devem ser indicados (o gerente pode escolher ou atribuir um número, um nome, cores, flores, animais, desenhos, etc), através de uma placa de cerâmica, metal, tijolo, ou ainda através de uma pintura sob a porta ou parede. H) Quartos - Devem ser providos de arranjos e de móveis funcionais e de estilo tradicional; - Dispor de roupas/tecidos tradicionais (lençóis, colchas, guardanapos), escolhido, de preferência, de matérias naturais e dentro das cores que relem brem o campo, o rural. I) Sala do restaurante - Deve ser provida de arranjos e de móveis funcionais e de estilo tradicional; - Dispor de roupas/tecidos tradicionais (toalhas de mesa e guardanapos) e de serviços de mesa que não sejam de plástico. J) Adopção das medidas possíveis para protecção e respeito do meio ambiente, em particular: - Consumo de energia: o gerente deverá verificar se existem fontes de desperdício e colocar em prática, se necessário, uma optimização das instalações; - Aprovisionamento de água: o gerente deverá verificar se existem fontes de desperdício e colocar em prática, se necessário, uma optimização das instalações; L) Proprietários/Funcionários É preferível que pelo menos uma pessoa da família faça parte dos funcionários (staff) da empresa e que: - Domine pelo menos uma língua estrangeira (de preferência o inglês). Tal implica, no caso de ausência de pessoal formado, a participação em cursos de formação profissional específica. A escolha do tipo de curso e duração da formação é livre. - Seja formado e esteja informado não apenas em relação às actividades e serviços próprios da estrutura, mas também em relação ao consórcio. Deve, em particular, fornecer informações e indicações sobre o território, sobre os principais atractivos históricos, culturais, naturais e sobre as actividades mais importantes: para tal é necessário que o pessoal recolha e assimile grande número de informações, participe em Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural 15
  • 17. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural seminários, encontros e congressos, e adopte todos os meios possíveis para adquirir uma vasta cultura e conhecimentos importantes a nível geral e a nível da unidade em si; - Os funcionários devem acolher o cliente de modo cordial, com respeito e gentileza, e mostrarem-se totalmente disponíveis para satisfazer todas as exigências e cumprir expectativas do cliente; - Deve haver uma apresentação cuidada e ordenada, de acordo com a totalidade das actividades exercidas na unidade, caso existam uniformes, os mesmos deverão ser utilizados da forma mais apropriada. M) Apresentação do Estabelecimento Caso a empresa apresente espaços exteriores, estes devem estar sempre em ordem, limpos, arrumados e acolhedores. Os jardins deverão ter uma atenção especial, visto serem espaços de repouso e reflexão para os clientes; Deverão ter sempre contentores visíveis e bem posicionados, uma decoração utilizando objectos e mobiliário em perfeita harmonia com o território circundante (a título de exemplo: fornos, poiais tradicionais algarvios). Os espaços interiores (quartos, sala de jantar, sala de estar ou de leitura, eventualmente sala de televisão) da unidade devem encontrar-se sempre em ordem e acolhedores. Também pertinente é a oferta de música tradicional da região, como o folclore e/ou o fado. Deve-se prestar também atenção em particular à localização e aspecto dos contentores, volume de música e da televisão, cuidado com a decoração e mobiliário frágil (arranjos de flores, molduras, quadros, objectos de decoração, tecidos etc). Tudo isto de forma a garantir o repouso do cliente, garantir a sua tranquilidade e silêncio mediante determinados horários estipulados. N) Relação com o cliente O gerente do estabelecimento turístico deve, por exemplo: - Ser capaz de identificar os gostos do cliente (conhecimento das suas preferências), para que o cliente retorne mais vezes ao estabelecimento; - Mostrar ao cliente, no momento de chegada, os espaços à sua disposição; - Enviar, antes da chegada, uma amostra aos clientes das diversas actividades realizadas pela unidade e oferta de serviços não só na unidade, como no próprio território; - Organizar ateliers de fabricação (produtos de charcutaria, queijaria, leite, 16 Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural
  • 18. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural mel, doces, vinho, cerâmica, cestaria, etc); - Organizar visitas na unidade ou saídas temáticas. CAPÍTULO III CONCLUSÕES GERAIS Uma definição de TER Após ter procedido ao inventário da situação presente, no âmbito dos estabelecimentos legalizados como TER na região algarvia (capítulos I e II), depois no capítulo III a enumeração das condições requisito para obtenção do selo de recomendação. É em conformidade com duas associações típicas de turismo rural em França e Itália, que neste último capítulo iremos então enumerar uma série de recomendações propostas no sentido de desenvolver o turismo de alojamento em zonas rurais, considerando como ponto de partida a nossa análise da situação actual. Estas recomendações integram-se, portanto, num processo de evolução versus oferta, indicado, em países com tradição em TER bem mais antiga e desenvolvida que a oferta de Portugal. Todas estas recomendações inserem-se num mecanismo global cujos objectivos funcionam a longo prazo e todas elas correspondem a uma primeira fase de análise (de 1 a 3 anos). Definição Legal de Turismo Rural e a situação no terreno A definição legal em vigor actualmente em Portugal: “Zonas rurais. Para efeito do disposto no presente diploma, consideram-se zonas rurais as áreas com ligação tradicional e significativa à agricultura ou ambiente e paisagem de carácter vincadamente rural”. O nosso trabalho não tem como objectivo modificar ou interpretar os termos da lei vigente, apenas indicaremos que essa mesma definição legal aparenta ser vaga no que diz respeito aos critérios de “zonas rurais”. Estes deveriam ser melhor definidos com o objectivo de evitar a ambiguidade e a “confusão”, tanto pelas unidades interessadas como pelos utilizadores. Por exemplo, a amplitude de uma aglomeração rural deve ser delimitada (menos de 10.000 habitantes), os limites da aglomeração deverão então ser melhor definidos (freguesia da respectiva aglomeração, unicamente a aglomeração pro- Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural 17
  • 19. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural priamente dita etc). Também deve ser conhecida a principal vocação socio-económica da mesma aglomeração e os requisitos mínimos exigíveis para que uma aglomeração recorra ao critério de “ligação tradicional e significativa à agricultura ou ambiente e paisagem de carácter vincadamente rural”, melhor determinado, isto porque actualmente as referências legais são bastante subjectivas e por consequência acarretam casos deveras peculiares. Assim, com o objectivo de guiar as nossas reflexões, de acordo com o texto legal, parece-nos que deveríamos encontrar os critérios de definição de TER dentro da filosofia do mesmo texto. A filosofia e ética do selo de recomendação: A filosofia portuguesa e europeia de TER podem resumir-se nos seguintes princípios: 1 - Uma ética e valores de partilha que se adaptam constantemente às exigências qualitativas do cliente; 2 - Estadias personalizadas (em contraste com o turismo massificado característico do litoral e em oposição a certas cadeias hoteleiras e unidades independentes); 3 - Um turismo familiar baseado no convívio e no “bem viver”; 4 - Habitat tradicional, conforto, descanso, proximidade com a natureza e actividades lúdicas enquadradas na mesma; 5 - O TER exige que o habitat tradicional seja acompanhado de conforto, actividades lúdicas culturais, de carácter familiar e contraste com o turismo massificado e impessoal. Parece-nos que estas normas deveriam servir de base à atribuição ou não do selo de recomendação rural e deveria servir de orientação de modo a melhorar a oferta do TER no Algarve. Contudo, parece-nos, que à imagem de França, poderíamos no Algarve fazer uma distinção entre o turismo azul (no litoral, actividades respeitantes à praia e mar), e o turismo verde ligado ao mundo rural do interior do Algarve, no qual as características principais da unidade se relacionem com o mundo rural. Existe ainda um outro tipo de turismo, o turismo branco, ligado ao turismo de montanha, inexistente no Algarve. 18 Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural
  • 20. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural As Classificações das Unidades de Alojamento TER e sugestões: A classificação legal sectorial dos diversos tipos de alojamento. Lei de 2002: 1. Turismo de habitação 2. Turismo rural 3. Agro-turismo 4. Turismo de aldeia 5. Casas de campo 6. Hotéis rurais 7. Parques de campismo rurais Esta qualificação identifica-se com as restantes dos outros países europeus, parece-nos perfeitamente correcta, simplesmente sugerimos a integração das “Casas da Natureza” regidas pela lei 112/98 de 25/08/1998, para a atribuição do selo de recomendação. Logo, deparamo-nos com uma escolha fundamental, à qual sugerimos a possibilidade de estabelecer uma distinção entre as unidades legalmente reconhecidas como TER e as unidades susceptíveis de receber o Selo de Recomendação. Isto porque certas unidades não correspondem à definição de TER e outras, que ainda que não legalizadas actualmente, poderão num futuro próximo ter características e qualidades suficientes para integrar o TER. Esta classificação, por categorias, parece-nos válida, mas incompleta, e parece-nos conveniente unirem-se no sentido de uma classificação por qualidade de oferta. Dois estabelecimentos receberam justamente a mesma classificação e não ofereciam necessariamente os mesmos serviços nem a mesma qualidade. Partindo desta última constatação parece-nos evidente e lógico o acréscimo de um símbolo de distinção de qualidade e variedade nas ofertas de cada estabelecimento. Mas, como representar materialmente a qualidade de cada um dos estabelecimentos? O sistema clássico das estrelas parece-nos caído em desuso e muito associado à escala hoteleira. Apenas a título de exemplo, França utiliza a simbologia das “espigas”. Para o Algarve propomos as “Estevas” (flor simbólica do Algarve) ou as “Chaminés” (exemplares de ornamento arquitectónico específico do Algarve), em conformidade com o imaginário dos clientes. Esta segunda classificação, “distinção de qualidade e de variedade de ofertas de cada estabelecimento” facilita a inclusão de novas unidades orientando utilmente as escolhas de potenciais turistas. Após esta dupla classificação horizontal, sugerimos um aditivo Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural 19
  • 21. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural vertical dentro do propósito de melhor definir e valorizar os estabelecimentos e melhor informar os potenciais utilizadores. Esses aditivos são: - Locais de estadia (de 8 a 20 pessoas) de modo a poder em acolher famílias e grupos; - Os alojamentos específicos, assim designados em função da sua localização ou de actividades e protocolos particulares (por exemplo, residência histórica, uma unidade situada dentro de um parque natural regional, dentro de uma reserva privada de caça, etc.); -Um aditivo específico igualmente para as unidades de alojamento no qual o turista poderá degustar os sabores da cozinha regional. Ambas as classificações poderão completar-se sem quaisquer problemas, incentivando a melhoria na qualidade da oferta TER no Algarve. Recomendações para a Melhoria da Oferta TER no Algarve Sugestões e recomendações para uma política de qualidade em alojamento TER: 1. Venda de produtos locais (possibilidade de comprar e visitar); 2. Venda de artesanato local (possibilidade de comprar e visitar); 3. Criação de um ou mais roteiros/itinerários do Algarve Rural (Guia do Algarve, Circuitos Pedestres, Passeios de bicicleta, BTT, Circuitos Gastronómicos, Pontos de Interesse naturais – paisagem, flora, fauna -, actividades desportivas – golfe, caça, pesca, actividades náuticas. Ténis, Padel, desportos de praia); 4. Criação de um banco de ofertas verdes (tempos livres, desportos, cultura), para as unidades de alojamento com guias – animadores de diversas línguas; 5. Criação de um site de Turismo do Algarve Rural com hiperligações uniformizadas. Ligação do site principal a todas as unidades. Site global com base no modelo www.booking.com. 6. Criação de um gabinete de dinamização e de marketing para juntamente com a Associação de Turismo Rural do Algarve, e diversos outros organismos e entidades, passem para uma divulgação e promoção das unidades em feiras e salões internacionais (FITUR). Ainda criação de produtos de divulgação. 20 Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural
  • 22. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural 1 – Venda de Produtos Locais Tal como já evidenciámos na definição de TER, um dos objectivos fundamentais deste tipo de turismo e sua oferta de alojamento, é justamente a de uma apresentação “com ligação tradicional e significativa à agricultura ou ambiente e paisagem de carácter vincadamente rural”. Deve-se pois recomendar, e numa segunda e posterior fase, exigir que cada unidade de alojamento reserve um espaço para exposição ou venda de produtos locais, convindo aos mesmos serem típicos da região. Parece-nos útil também aconselhar os responsáveis das unidades de alojamento a incluir uma carta/mapa, para localizar os locais de produção e contactos úteis, e apresentar um catálogo ou ficha publicitária detalhada e informativa da produção da empresa com preçário actualizado. Seria desejável que os responsáveis das unidades pudessem organizar uma visita de produtores e artesãos no seu território. Naturalmente, os responsáveis das unidades e seus funcionários deverão saber explicar aos turistas a composição dos produtos e sua originalidade. 2- Venda de Artesanato Local Mesmas características que o ponto prévio. 3- Criação de um ou mais itinerários do Algarve Rural Esta sugestão corresponde à recomendação de boas práticas descritas no capítulo III: “A realização destas condições irá fornecer às unidades de alojamento a possibilidade de criar uma valorização ajustada à prestação de serviços, pois não se tem unicamente em conta aspectos relativos ao alojamento e restauração, mas também igualmente uma série de serviços que visam a satisfação das exigências e expectativas dos clientes. As actividades de tempos livres, culturais, sociais e desportivas serão colocadas em primeiro plano com a finalidade de fornecer aos clientes todas e quaisquer possibilidades de conhecer, apreciar e respeitar a região algarvia”. No caso específico do Algarve precisamos de criar rotas/itinerários temáticos, tanto culturais (história, arquitectura, gastronomia, turismo de natureza), como de tempos livres ou actividades verdes (passeios pedestres, bicicleta, BTT, golfe, actividades náuticas). A criação destes circuitos ou itinerários permite o contacto com operadores de viagem da especialidade, de apresentações em salões internacionais turísticos desta especificidade, de forma a existirem guias especializados que dominem várias línguas e assim possam ter oportunidade de melhorar qualitativamente a nossa oferta. Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural 21
  • 23. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural 4- Criação de um banco de ofertas verdes Este item complementa o ponto anterior e é precursor dos dois parágrafos seguintes. É imperativo constituir e actualizar de modo permanente “um banco de dados e actividades de zonas verdes”. Também a realização de um inventário exaustivo das diversas ofertas actuais na região. Este banco de dados irá permitir uma análise quantitativa e qualitativa da nossa oferta global, capaz de orientar formações futuras de pessoas ligadas a este tipo de actividades, efectuando reciclagens e adaptando em permanência a nossa oferta às exigências da nova procura. Para criar o banco de dados este deverá contar com a coordenação do gabinete de dinamização de TER no Algarve (parágrafo 6) e deverá estar associado às Câmaras Municipais, entidades regionais ligadas ao turismo, ao desporto, aos tempos livres, ao artesanato, às associações profissionais de pequenos e médios produtores rurais, e ainda associações de desenvolvimento regional que relacionem as suas descobertas e novos dados a este banco de dados e produtos rurais. Nesta mesma óptica, e paralelamente ao selo de recomendação das unidades de alojamento e restauração, convém criar um rótulo “Produto Autêntico do Algarve”. De modo a que este banco de dados seja perfeito e correctamente divulgado, sugerimos a sua integração no site “TER Algarve” (parágrafo5), e a criação de um guia de turismo verde do Algarve, com cartas, rotas, itinerários temáticos, ofertas, fotografias, etc. Este guia, que servirá de documento de promoção e divulgação das festas, feiras e salões nacionais e internacionais, deverá ser constituído por um documento e um dvd actualizado anualmente, recolhendo todas as ofertas e novos serviços. 5- Criação de um site de Turismo do Algarve Rural com hiperligações uniformizadas Este é um dos pontos fundamentais do nosso estudo, a divulgação dos TER. Actualmente esta divulgação é ainda muito rudimentar, portanto, com base na competência, experiência e reconhecimento da Globalgarve nesta mesma matéria informática, parece-nos que associada a outras entidades ligadas ao turismo (RTA, ATA), a Globalgarve deverá então criar um site generalista “TER Algarve” ou cada unidade de alojamento deverá ter um link directo e será responsável pela actualização desse link (novas ofertas, novos preços, novos serviços). A fim de preservar uma unicidade dos sites e portanto da oferta, parece-nos que a Globalgarve deverá dar conselhos de criação e uniformização do site a todos os detentores do “Selo de Recomendação”. Todas as unidades de alojamento após atribuição e detenção do selo devem integrar então um site geral alusivo à temática. Este site deverá ser eficaz e permitir a consulta em várias línguas (Português, 22 Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural
  • 24. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural Espanhol, Inglês, Francês e Alemão), e ainda recolher a opinião dos vários turistas. A Globalgarve poderá também efectuar, de acordo com justa retribuição, facilitar a tradução em diversas línguas das ofertas e serviços de todas as hiperligações. Quais os serviços que devem fornecer este site e links? Entre os vários serviços poderão ser a possibilidade de efectuar reservas on-line em alojamento, restauração, marcação de actividades culturais ou desportivas. Este será um serviço fundamental que marcará a qualidade do site, bem como a qualidade de todas as unidades mencionadas. Este é um tipo de serviço que deve ser encarado com realização a curto prazo. A análise precedente leva-nos a um outra questão. Será que uma Associação de TER no Algarve será capaz de acolher todas as unidades recomendadas? Sob que forma e com que funções? Parece-nos que a Globalgarve detém um grande poder de dinamização e divulgação suficiente para desempenhar esse papel numa primeira fase. Não nos parece que a ideia de uma associação ao nível do Algarve seja bem recebida pelos proprietários e administradores das unidades de TER, pois de acordo com a sua disposição esta irá sobrepor-se a outras já existentes. 6- Criação de um gabinete de dinamização e de marketing Ainda com base no parágrafo precedente, parece-nos que esse supracitado gabinete deve ser constituído de profissionais especializados e que funcione ao nível do Algarve, deverá então desempenhar o papel de coordenador do TER no Algarve, bem como servir de intermediário aos profissionais dos diversos alojamentos, restauração e actividades de tempos livres diversas., e ainda as entidades regionais e internacionais. O seu propósito seria bem mais amplo do que o de uma associação. Este gabinete procederia também à actualização do site TER Algarve, e à criação da divulgação e de novos produtos, em simultâneo com a qualidade das ofertas e sua constante modernização. Este gabinete ficaria encarregue de estabelecer no Algarve, contactos úteis com os vários profissionais de TER, bem como a nível europeu e mundial com o intuito de divulgação e promoção do TER, e ainda outras associações similares relacionadas. O modo de funcionamento deste gabinete deverá ser semi-privado, e/ou semi-público, sendo este mesmo gabinete o correspondente a uma ou mais entidades acreditadas para tais funções. Os seis pontos anteriormente desenvolvidos surgem-nos como indispensáveis para coordenar e melhorar a nossa oferta de TER no Algarve e de aproximar as ofertas mais competitivas com as actuais na Europa. Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural 23
  • 25. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural Com base nas actividades referenciadas sugerimos como projectos a longo termo/prazo: - A criação de um Guia para criação de uma unidade de TER - A criação de uma carta de Tempos Livres/Actividades TER Algarve - A criação de um catálogo de produtos de equipamento e acessórios, preços de negócios Todavia surge um problema, é do financiamento de tal gabinete, de financiamento privado – público, inteiramente privado, inteiramente público. Outro problema é o da eventual sobreposição desse gabinete a associações de profissionais de TER no Algarve. Estas duas entidades deveriam trabalhar em conjunto de forma a complementarem as funções e trabalho de cada qual. Numa primeira fase parece-nos que este gabinete (entidade devidamente acreditada), deveria aceitar sobretudo pessoal do sector, envolvido e/ou especializado nesta temática, compilando diversos livros em várias línguas, livros com a história do Algarve e sua riqueza patrimonial. 24 Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural
  • 26. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural BIBLIOGRAFIA - Guia Oficial de Turismo no Espaço Rural, Direcção Geral de Turismo, Janeiro 2004. - http://www.portugalvirtual.pt/lodging/rules - http://ec.europa.eu/agriculture/rur/leader2/rural.pt - http://www.solaresdeportugal.pt - http://ecosfera.sites.uol.com.br/turural.htm - http://www.dre-norte.min-economia.pt - http://www.min-economia.pt - http://www.dgdrural.pt/ter Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural 25
  • 27. Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural GLOSSÁRIO - AG – Agro-Turismo. - ASA – Associação do Sotavento Algarvio. - ATA – Associação de Turismo do Algarve. - BW – Casa de banho completa (com banheira). - CC – Casas de Campo. - CW – Casa de banho com chuveiro. - PW – Casa de banho com polibanho. - Suite – Conjunto constituído por quarto, sala e casa de banho completa ligados por antecâmara. - TA – Turismo de Aldeia. - TER – Turismo no Espaço Rural. - TH – Turismo de Habitação. - TR – Turismo Rural. 26 Guia Metodológico de Boas Prácticas nos Alojamentos em Espaço Rural