Seminario "Estudios sobre evaluación de escuelas" 2
1. Avaliação Externa de Escolas em Portugal:
Quadro de referência, tendências, impacto e
efeitos
Projeto PTDC/CPE-CED/116674/2010
Carlos Barreira cabarreira@fpce.uc.pt
Maria da Graça Bidarra gbidarra@fpce.uc.pt
Maria Piedade Vaz-Rebelo pvaz@mat.uc.pt
Valentim Rodrigues Alferes valferes@fpce.uc.pt
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
Doctoral Programme Education in the Knowledge Society
University of Salamanca 23 de Janeiro de 2019
2. BIBLIOGRAFIA
• Soares, M., Barreira, C., & Bidarra, G. (2012). Impacto da avaliação externa de
escolas no processo de autoavaliação. Revista Temas e Problemas em Educação
5(11), 45-68.
• Alferes, V. R., Barreira, C. F., Bidarra, M. G. & Vaz-Rebelo, M. P. (2016).
Evolução do desempenho das escolas no quadro da avaliação externa. In C.
Barreira, M. G. Bidarra, & M. P. Vaz-Rebelo (Orgs). Estudos sobre avaliação
externa de escolas (pp.56-67) Porto: Porto Editora.
• Gonçalves, D., Vaz-Rebelo, M. P., Bidarra, M. G., & Barreira, C. (2016).
Avaliação externa de escolas e impacto da(s) liderança(s): Estudo de caso. In C.
Barreira, M. G. Bidarra & M. P. Vaz-Rebelo (Orgs.), Estudos sobre avaliação
externa de escolas (211-230). Porto: Porto Editora.
• Bidarra, M. G., Barreira, C., Valgôde, M. M., Vaz-Rebelo, M. P., & Alferes, V. R.
(2018). Atitudes dos professores face à avaliação de escolas. Indagatio
Didactica,10(2), 227-248.
3. Objetivo geral
Divulgar alguns estudos realizados
com base nos dados obtidos no 1º e
2º ciclos de Avaliação Externa de
Escolas (AEE).
4. Estudos 1º e 2º ciclos da AEE em Portugal
— Estudo A sobre a evolução do desempenho das
escolas em dois ciclos avaliativos
— Estudo B sobre o impacto da AEE no processo de
AAE
— Estudo C sobre os pontos fortes e áreas de melhoria
das escolas
— Estudo D sobre as atitudes dos professores em
relação à avaliação de escolas
5. Questões Problemas
— Qual a evolução do
desempenho das escolas nos
vários domínios de
avaliação?
— Quais as principais
tendências dos dados
obtidos no processo de AEE
entre o primeiro e o segundo
ciclos avaliativos?
— Quais os efeitos da AEE?
— Mudança do quadro de
referência e na escala de
avaliação.
— Reorganização da rede escolar
Despacho 5634-F/2012, 26 abril
Questões de investigação
Problemas encontrados
6. 2º CICLO AEE: QUADRO DE REFERÊNCIA
(2011/12 - 2017/18)
DOMÍNIOS
— RESULTADOS
— PRESTAÇÃO DO SERVIÇO
EDUCATIVO
— LIDERANÇA E GESTÃO
CAMPOS DE ANÁLISE
— RESULTADOS ACADÉMICOS
— RESULTADOS SOCIAIS
— RECONHECIMENTO DA
COMUNIDADE
— PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO
— PRÁTICAS DE ENSINO
— MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO
ENSINO E DAS APRENDIZAGENS
— LIDERANÇA
— GESTÃO
— AUTO-AVALIAÇÃO E MELHORIA
7. Evolução do quadro de referência entre o
1º e 2º ciclos avaliativos
Simplificação no 2º ciclo no número de domínios e de
campos de análise:
¡ Em vez de 5 domínios temos 3 domínios;
¡ Redução ao nível dos factores, passando de 19 para
nove, sendo que temos um mesmo número de
campos de análise por domínio;
¡ O 5º domínio, com dois factores, reduz-se a um
campo de análise no quadro actual, sendo mais fraca
a sua visibilidade.
8. Níveis da escala de classificação - 2º ciclo de AEE
— EXCELENTE- A acção da escola tem produzido um impacto consistente e muito acima dos valores
esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares.
Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise. A escola distingue-se pelas práticas
exemplares em campos relevantes
— MUITO BOM- A acção da escola tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados
na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos
fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais
generalizadas e eficazes.
— BOM- A acção da escola tem produzido um impacto em linha com o valor esperado na melhoria das
aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. A escola apresenta uma
maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes.
— SUFICIENTE- A acção da escola tem produzido um impacto aquém dos valores esperados na melhoria
das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As acções de
aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola
— INSUFICIENTE- A acção da escola tem produzido um impacto muito aquém dos valores esperados na
melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fracos
sobrepõem-se aos pontos fortes na generalidade dos campos em análise. dos campos em análise. A escola não
revela uma prática coerente, positiva e coesa.
9. Evolução da escala de classificação dos domínios
entre o 1º e 2º ciclos
¡ Passou-se de uma escala de 4 para 5 níveis
¡ Acrescentou-se o nível de excelente aos anteriores,
com recomendação que deve ser utilizado com carácter
de excepcão
¡ Estabelece-se a comparação entre o valor obtido e o
valor esperado como factor ancora na atribuição das
classificações
10. Estudo A - Metodologia
Base de dados
— Segundo dados disponíveis no site da Inspeção-Geral da
Educação e Ciência (www.ige.min-edu.pt/), foram avaliadas
1107 Escolas no primeiro ciclo da AEE (2006/07, 2007/08,
2008/09, 2009/10 e 2010/11).
— Nos anos letivos de 2011/12, 2012/13 e 2013/14, 512 Escolas
completaram o segundo ciclo da AEE. Das Escolas que
terminaram os dois ciclos de avaliação, foram selecionadas
aquelas em que o reordenamento da rede escolar permitiu
estabelecer de modo inequívoco a correspondência das
classificações obtidas no primeiro e no segundo ciclo da AEE.
— A base de dados em análise é constituída pelas classificações
de 461 Escolas, distribuídas por três Áreas Territoriais de
Inspeção: Norte (182 Escolas), Centro (90 Escolas) e Sul (189
Escolas).
12. Metodologia
Recodificação de variáveis
— Com vista à realização das análises estatísticas das
Correlações Intra- e Interciclos de Avaliação, as
classificações qualitativas nos diferentes domínios do
primeiro ciclo de avaliação foram convertidas numa
escala numérica de 1 a 4: Insuficiente = 1; Suficiente
= 2; Bom = 3 e Muito Bom = 4.
— Mantiveram-se as mesmas correspondências para o
segundo ciclo de avaliação, tendo-se adicionado a
conversão Excelente = 5.
13. Resultados e Discussão
— Comparação das Classificações no Primeiro e no
Segundo Ciclo de Avaliação. Nos Quadros 2 a 6,
cruzam-se as classificações obtidas pelas 461 Escolas no
primeiro e no segundo ciclo de avaliação e indicam-se as
percentagens correspondentes às células e aos totais
marginais.
— Correlações Intra- e Interciclos de Avaliação. No
Quadro 7, registam-se as médias, os desvios-padrão e as
correlações entre as classificações obtidas nos diferentes
domínios do primeiro e do segundo ciclo de AEE.
19. Primeira Leitura
Comparação das Classificações no Primeiro e no Segundo
Ciclo de Avaliação
— Centrada exclusivamente nos totais marginais,
constata-se uma subida generalizada das
classificações atribuídas.
— Assim, se tomarmos como critério a percentagem
conjunta de classificações iguais ou superiores a
Bom, os valores percentuais sobem de 62.7% para
81.3%, no domínio Resultados, e de 75.4% para
87.4%, no domínio Prestação do Serviço Educativo.
20. Primeira Leitura
Comparação das Classificações no Primeiro e no Segundo
Ciclo de Avaliação
— O mesmo se verifica em relação aos contrastes do domínio
Liderança e Gestão do segundo ciclo com os domínios
Liderança (88.1% versus 84.2%) e Capacidade de
Autorregulação e Melhoria da Escola (88.1% versus
44.7%) do primeiro ciclo.
— Apenas no contraste entre o domínio Liderança e Gestão
do segundo ciclo e o domínio Organização e Gestão
Escolar do primeiro ciclo (88.1% versus 88.7%) se
verifica uma quase-igualdade das percentagens conjuntas
de classificações iguais ou superiores a Bom.
21. Primeira Leitura
Comparação das Classificações no Primeiro e no Segundo
Ciclo de Avaliação
— Em suma, tanto no primeiro ciclo como no segundo
ciclo da AEE, assiste-se à tendência para restringir
a gama de valores da escala de classificação aos
níveis Suficiente, Bom e Muito Bom.
— Sendo assim, a subida generalizada das classificações
poderia, em princípio, ser atribuída à melhoria
efetiva das Escolas, resultante do feedback obtido no
primeiro ciclo da AEE.
22. Reflexão
Esta conjetura deve, no entanto, ser duplamente
qualificada.
— Em primeiro lugar, implica a rasura das modificações
introduzidas no quadro de referência e na lógica de
atribuição de classificações.
— Em segundo lugar, ignora a “ressonância” nos
avaliadores da introdução do nível de Excelente no
segundo ciclo. Ou seja, ainda que não atribuído,
relativizou (ou degradou) o sentido das classificações de
Suficiente, Bom ou Muito Bom.
23. Segunda Leitura
— Baseada nas percentagens constantes nas células dos
Quadros 2 a 6, permite-nos agrupar as 461 Escolas
em três categorias:
— (a) Escolas que desceram a classificação (soma dos
valores acima das diagonais);
— (b) Escolas que mantiveram a classificação (soma
dos valores nas diagonais);
— (c) Escolas que subiram a classificação (soma dos
valores abaixo ou à esquerda das diagonais).
24.
25. Segunda Leitura
— Fazendo a média das percentagens que envolvem
comparações com o domínio Liderança e Gestão (33.4%,
31.9% e 66.8%), obtém-se uma percentagem de 44.0% de
“subidas”, valor percentual da mesma ordem de grandeza
das percentagens de “subidas” nos domínios Resultados
(44.0%) e Prestação do Serviço Educativo (42.7%).
— Como é evidente, estas subidas de classificação não teriam
qualquer significado se fossem contrabalanceadas por
números semelhantes de descidas.
26. Resultados
— Verifica-se que as percentagens acumuladas de Escolas
que “mantêm ou sobem a classificação”
ultrapassam os 80% em todas as comparações:
— 90.9% (Resultados);
— 87.9% (Prestação do Serviço Educativo);
— 85.0% (Organização e Gestão Escolar versus Liderança e
Gestão);
— 81.8% (Liderança versus Liderança e Gestão);
— e 96.7.% (Capacidade de Autorregulação e Melhoria da
Escola versus Liderança e Gestão).
28. Médias e desvios padrão
— Constata-se subidas de médias do primeiro
para o segundo ciclo, que representam um outro
modo de relatar as constatações feitas
anteriormente.
— Note-se que a variabilidade, indexada pelos
desvios-padrão, é semelhante em todos os
domínios.
29. Análise das correlações
Entre os diferentes domínios de um mesmo ciclo de avaliação
permite-nos fazer duas constatações principais:
— No primeiro ciclo de avaliação, a média das 10
intercorrelações entre os cinco domínios é de .49.
— No segundo ciclo de avaliação, a média das três
intercorrelações entre os três domínios é de .73.
Trata-se de uma correlação elevada, próxima dos valores
recomendados nos estudos de fidelidade, que aponta
inequivocamente a coerência interdomínios.
30. Reflexão
— No entanto, a subordinação das classificações
atribuídas nos domínios Resultados, Prestação do
Serviço Educativo e Liderança e Gestão ao
diferencial entre resultados esperados e resultados
obtidos, de acordo com a escala de avaliação do
segundo ciclo, leva-nos a questionar o significado
real destas intercorrelações:
mais do que exprimirem a coerência entre domínios
independentes, traduzem a redundância do
procedimento avaliativo.
31. Padrão de intercorrelações entre os domínios
dos dois ciclos de avaliação
— Enquanto que a correlação entre o domínio
Resultados nos dois ciclos de avaliação atinge o
valor moderado de .40, a mesma correlação é
apenas de .19 para o domínio Prestação do Serviço
Educativo.
— As correlações dos três domínios do primeiro ciclo
(Organização e Gestão Escolar, Liderança e
Capacidade de Autorregulação e Melhoria da
Escola) com o domínio Liderança e Gestão do
segundo ciclo são respetivamente de .31, .29 e .28,
sendo que a respetiva média (.29)
32. Padrão de intercorrelações entre os domínios
dos dois ciclos de avaliação
Dito por outras palavras
— Os valores das correlações interciclos de avaliação
sustentam alguma continuidade e coerência dos
quadros de referência no domínio Resultados.
— Tal continuidadeé problemática no domínio
Liderança e Gestão e está provavelmente ausente no
domínio Prestação do Serviço Educativo.
33. Conclusões
— O presente estudo mostra inequivocamente uma subida
generalizada, do primeiro para o segundo ciclo da AEE, das
classificações obtidas por 461 Escolas do Continente, avaliadas até ao
final de 2013/14.
— Tomada no seu valor facial, esta subida seria compatível com a
melhoria efetiva das Escolas, resultante do feedback obtido no
primeiro ciclo da AEE.
— Contudo, as modificações introduzidas no quadro de
referência, a alteração dos procedimentos de atribuição de
classificações e a relativização do sentido das mesmas
tornam problemática tal conclusão e, a fortiori, não nos
permitem pronunciar sobre o hipotético impacte positivo da
AEE no desempenho e eficácia das escolas portuguesas.
34. QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO
•Em que medida a AEE contribuiu para a melhoria/consolidação do processo de autoavaliação das escolas?
•Quais os propósitos das práticas de autoavaliação desenvolvidas pelas escolas?
OBJETIVOS
1. Conhecer os resultados obtidos no domínio Capacidade de auto regulação e melhoria da escola no contexto dos
cinco domínios de avaliação.
3. Saber qual a perceção do grau de impacto da AEE no desenvolvimento de processos de autoavaliação.
•Qual a perceção do grau de impacto da AEE na autoavaliação das escolas?
2. Conhecer as alterações ocorridas no processo de autoavaliação após a intervenção da AEE.
4. Saber como se situam as escolas relativamente ao grau de conformidade/emancipação das práticas de autoavaliação.
Estudo B
35. O Impacto e efeitos da avaliação externa no processo de autoavaliação das escolas
ESTUDO DESCRITIVO COM RECURSO A UMA AMOSTRA NÃO
PROBABILÍSTICA INTENCIONAL DE CASOS TÍPICOS
INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO AOS DIRETORES
Estudo B
36. ESTUDO
• Amostra
O Impacto e efeitos da avaliação externa no processo de autoavaliação das escolas
(Relatórios de escola das UG da DRC-IGE)
Domínio Capacidade de auto regulação e melhoria da escola (Análise documental)
Classificação ESCOLAS DADRC-IGE
2006-2007 2007-2008 2008-2009 2009-2010 2010-2011 TOTAL
1º CICLO
AVALIATIVO
Muito Bom 0 (0%) 0 (0%) 5 (9%) 5 (8%) 3 (9%) 13 (6%)
Bom 14 (74%) 11 (24%) 25 (44%) 33 (52%) 19 (54%) 102 (46%)
Suficiente 5 (26%) 34 (72%) 27 (47%) 24 (38%) 13 (37%) 103 (47%)
Insuficiente 0 (0%) 2 (4%) 0 (0%) 1 (2%) 0 (0%) 3 (1%)
TOTAIS
PARCIAIS
19 (100%) 47 (100%) 57 (100%) 63 (100%) 35 (100%) 221 (100%)
18UG
37. RESULTADOS
• Alterações gerais no processo de autoavaliação após a AEE
O Impacto e efeitos da avaliação externa no processo de autoavaliação das escolas
A - Quadro de referência.
B - Modelo de autoavaliação implementado.
C - Estruturas responsáveis pela autoavaliação.
D - Constituição da equipa de autoavaliação.
E - Recursos disponibilizados no processo de autoavaliação.
F - Instrumentos utilizados.
G - Gestão da informação.
H - Divulgação dos resultados do processo de autoavaliação.
16UG - 89 16UG- 89
14UG -78
13UG -72 13UG -72
16UG -89
14UG -78
13UG - 72
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
A B C D E F G H
Sim
38. RESULTADOS
• Categoria - Dados de opinião
O Impacto e efeitos da avaliação externa no processo de autoavaliação das escolas
Questão: Como se situa a escola/agrupamento de escolas que dirige
relativamente ao grau de conformidade/emancipação das práticas de
autoavaliação que desenvolve?
1 2 3 4 5
- - E5, E7, E11, E17,
E18
E1, E2, E3, E4, E8, E9,
E12, E13, E14, E15, E16
E6, E10
O UG 0 UG 5 UG 11 UG 2 UG
Questão: Qual a sua perceção sobre o grau de impacto da AEE no processo de
autoavaliação na escola/agrupamento de escolas que dirige?
1 2 3 4 5
- E5, E7 E10, E14, E18 E1, E2, E3, E4, E9, E11,
E12, E13, E15, E17
E6, E8, E16
O UG 2 UG 3 UG 10 UG 3 UG
39. • CONCLUSÃO
Impacto e efeitos da avaliaçãoexternano processo de autoavaliação das escolas
A AEE teve um efeito catalisador da autoavaliação junto das escolas que
obtiveram classificações mais fracas no domínio Capacidade de auto-regulação e
melhoria da escola (IGE, 2011a).
•Alterações introduzidas no processo de autoavaliação, após a AEE que, de uma
forma geral se verificaram na maioria das escolas.
Quadro de referência
Modelo de autoavaliação implementado
Instrumentos utilizados
Apesar da relevância assumida Procura de apoio junto de outras
entidades, entre as quais os Centros
de Formação de Associação de
Escolas.
2º ciclo de AEEPerceção elevado grau de impacto
40. Estudo C – Pontos fortes e áreas de melhoria
— Estudo de natureza documental
Objectivos:
— Identificar a evolução das escolas através de uma análise ao
número de pontos fortes e áreas de melhoria nos dois ciclos
avaliativos
— Verificar o impacto da AEE nos processos de melhoria das
escolas
— Base de dados: 99 escolas da região centro de Portugal (de um
total de 243)
— Corpus da análise: asserções relativas a pontos fortes e áreas
de melhoria mencionadas nos relatórios da AEE.
41. Procedimentos
— Análise de permanências de pontos fortes / áreas de melhoria
nos relatórios dos dois ciclos avaliativos
— Análise do número de referências à auto-avaliação como ponto
forte / área de melhoria nos relatórios dos dois ciclos
avaliativos
42. Resultados
• Comparação do número total de pontos fortes e áreas de melhoria nos
dois ciclos avaliativos
43. Resultados
• Número de asserções relativas a pontos fortes, por domínio,
nos dois ciclos avaliativos
44. Resultados
• Número de asserções relativas a áreas de melhoria, por
domínio, nos dois ciclos avaliativos
47. Resultados
• Comparação do número de referências à auto-avaliação e
respectiva consideração nos dois ciclos avaliativos
48. Conclusões
• Em termos gerais os dados apontam para uma
progressão:
• Aumento do número de PF identificados
• Diminuição do número de AM identificadas
• Uma análise mais detalhada à distribuição dos
PF e AM por domínios e campos de análise
apresenta inconsistências
49. Conclusões
• O domínio Prestação do Serviço Educativo apresenta
simultaneamente a maior concentração de PF e AM
• O campo de análise (práticas de ensino) do
domínio PSE:
• Reúne a maioria dos PF em todo o domínio
• Possui mais AM do que PF
• O domínio Resultados apresenta simultaneamente o
menor número de PF e AM
• Os campos de análise do domínio Resultados são
aqueles que apresentam maior equilíbrio na diferença
entre PF e AM
• O elevado número de AM associadas à auto-avaliação
não sugere uma melhoria das escolas
50. — Conhecer as atitudes dos professoresemrelação à AEE e AAE
— Analisar a relação entre a percepção do grau de envolvimento nos processosde AEE e AAE e as
atitudes dos professores
Objectivos:
Estudo D - Atitudes dos Professores face à Avaliação de
Escolas
51. Ciclos lecciona Freq. %
pré-escolar 29 14,2
1º ciclo 26 12,7
2º ciclo 65 31,9
3ºciclo 48 23,5
secundário 36 17,6
Total 204 100,0
Participantes
• A maioria é do sexo feminino (69%)
• 81,8% dos inquiridos tem
idade > 41 anos• 68,7% dos participantes têm
mais de 20 anos de serviço
• 80% dos participantes
possuem como habilitação
académica Licenciatura
• 95% pertencem ao Quadro de agrupamento
ou a Zona Pedagógica
52. Medida utilizadas no estudo das
Atitudes face à Avaliação Externa e
Auto-Avaliação de Escolas
Análise da consistência interna, para a
medição das atitudes, apresentouvalores
de .97 para a AEE e .96 para a AAE que
podem ser considerados excelentes
Alpha de
Cronbach
Nº de
itens
AEE .97 50
AAE .96 50
53. Média e Desvio Padrão das respostas dos professores às escalas
de atitudes face à AEE e AAE
N Mínimo Máximo Média Desvio
padrão
AEE 204 54 244 154,38 29,56
AAE 204 73 250 166,61 25,68
•Em média osdocentes são mais favoráveisà
AAE das escolas do que à AEE;
•a diferença entre as médias nas escalas de
atitudes face à AEE e face à AAE é
estatisticamente significativa sig=0,00
Distribuiçãoda frequência segundo
a percepção do grau de impacto da
Avaliação de Escola
no Desempenho Profissional (B1)
Freq. %
Nível1 0 0,0
Nível2 85 41,7
Nível3 94 46,1
Nível4 25 12,3
Nível5 0 0,0
Total 204 100
A percepção global é de que a AE tem algum
impacto no seu desempenho profissional.
Atitudes em relação à Avaliação Escolas
54. Atitudes dos professores em relação à AEE e AAE em função
da percepção do envolvimento
Relação entre a percepção do grau de envolvimento no processo de
AEE e a atitude dos professores
Nível2 Nível3 Nível4 Sig.
M Dp M Dp M Dp
150,37 25,36 158,6 32,41 164,6 38,1 ,032 *
Quanto maior é o envolvimento dos
professores no processo de AEE, mais as
atitudes são favoráveis. * p ≤ 0,05
Relação entre a percepção do grau de envolvimento no processo de
AAE e a atitude dos professores
Nível2 Nível3 Nível4 Nível5 Sig.
M Dp M Dp M Dp M Dp
153,3 17,04 162,1 23,8 169,0 25,3 184,5 37,7 ,017 *
Quanto maior o envolvimento mais
favorável é a atitude dos professores
no processo de AAE* p ≤ 0,05
55. Desafios
— Necessidade de reforçar uma cultura de avaliação e melhoria
— Foco insuficiente sobre aprendizagem e ensino
— Autoavaliação necessita ser reforçada
— Necessidade de construir competênciasnas técnicas de avaliação
— Impacto da avaliação externa ainda é limitada
— Questões sobre a credibilidade de avaliadores externos
— Preocupações relacionadas com a avaliação do diretor da escola
56. Recomendações
— Estabelecer o foco da avaliação para melhorar a aprendizagem e ensino e os
resultados dos alunos
— *Melhorar o alinhamento entre a avaliação externa e autoavaliação e elevar o
perfil de autoavaliação
— Melhorar a aceitabilidade e impacto da inspeção externa
— Considerar as mudanças no cumprimento dos ciclos de AEE
— Melhorar a articulação entre a avaliação de escolas e outras orientações
políticas
— Certificar de que os dirigentes escolares são informados sobre o seu
desempenho
57. NOVO PROJETO
Mecanismos de mudança nas escolas e na inspeção.
Um estudo sobre o 3º ciclo de Avaliação Externa de
Escolas no Ensino não Superior, em Portugal.
(MAEE)
PTDC/CED-EDG/30410/2017
58. Obrigado pela atenção dispensada!
cabarreira@fpce.uc.pt
gbidarra@fpce.uc.pt
pvaz@mat.uc.pt
valferes@fpce.uc.pt