2. AntecedentesAntecedentes
• Os romanos consideravam bárbaros todos aqueles que ficavam
além das fronteiras do império e não falavam o latim.
• Apesar das diferenças culturais, romanos e bárbaros conviveram
pacificamente durante os três primeiros séculos de nossa era.
• A maior parte dos bárbaros vivia na região denominada
Germânia, além do rio Reno. Eram, assim, denominados povos
germânicos. Estes povos tiveram um forte papel na formação da
Europa.
• As relações eram geralmente amistosas. Os bárbaros se
alistavam no exército, buscavam terras férteis e jovens dos dois
povos se casavam.
• No entanto, a partir do século IV, estas relações começaram a
mudar.
3. As invasões bárbarasAs invasões bárbaras
• A partir do século IV, a convivência pacífica entre romanos e bárbaros
foi interrompida com as invasões bárbaras, que destruíram a unidade do
Império Romano do Ocidente.
• Um dos motivos destas invasões foi a chegada dos hunos, povo que veio
do leste da Ásia. Chefiados por Átila, os hunos forçaram as tribos
germânicas para dentro das fronteiras romanas.
• Alguns historiadores consideram que a busca de terras férteis e as
riquezas existentes no império, aliados às fracas defesas nas fronteiras,
também estimularam as invasões.
• Dentre os povos bárbaros invasores, podemos destacar os anglos,
saxões, lombardos, suevos, burgúndios, vândalos, ostrogodos, visigodos
e os francos.
• A maior parte destes povos criou reinos independentes no território
romano, entre os séculos V e VI. No entanto, dentre estes, o reino dos
francos se destacou.
8. Nos territórios para leste dos rios Reno e Danúbio, viviam os povos
germânicos a que os romanos chamavam bárbaros.
9. Estes povos viviam da criação de gado e da
agricultura, ainda que não tivessem uma
atividade comercial muito desenvolvida.
Tinham grandes conhecimentos na arte da
metalurgia e na ourivesaria.
Coroa de Recesvinto. Século VII
Museu Arqueológico Nacional; Madrid
12. Os autores romanos referiam-se aos vândalos como tendo uma péssima
reputação, falavam mesmo de uma «selvajaria natural».
13. Júlio César narra os hábitos dos suevos: «desde a infância, não conhecem nenhum dever,
nenhuma disciplina, só fazem aquilo que querem»
Um autor latino, Amiano Marcelino (330 – 400) refere-se assim aos alamanos: «A seus olhos, a felicidade suprema é perder
a vida no campo de batalha; morrer de velhice ou de acidente é um impróbrio e uma cobardia, que eles cobrem de ultrajes
atrozes; matar um homem é um heroísmo (…). O troféu mais glorioso é a cabeleira de um inimigo decapitado: colocam-na
como decoração no cavalo de combate»
16. Estes povos bárbaros, de origem germânica, eram atraídos pelas riquezas
do Império romano e, a partir do séc. II, foram-se estabelecendo junto às
fronteiras.
17. A partir do séc. IV, aproveitando as debilidades e desentendimentos
entre os romanos, e pressionados pelos ataques dos Hunos a Leste, estes
povos transpõem as fronteiras do Império e entregam-se ao saque.
18.
19. Os Godos eram originários
da Suécia (Gotland). No
séc. III, nas margens do
mar Negro, dividem-se em
dois ramos: Visigodos e
Ostrogodos. Pressionados
pelos Hunos, os Visigodos
atacam o império a oriente,
em 376. Depois,
comandados por Alarico,
atacam Roma em 410. Os
saques foram terríveis.
Planeavam passar à África,
mas a sua frota foi
destruída e Alarico morto,
pelo que se reconduziram
para o Norte da
Itália e daí para a
Aquitânia.
20. Aqui, conquistaram um
reino entre o Ródano e
o Loire,
ganhando a inimizade
dos Francos.
Os Visigodos são
derrotados, fixando-se
depois na Península
Ibérica.
21. O mesmo aconteceu aos Alanos, Suevos e Vândalos.
Ao longo do séc. V, outros povos bárbaros (Francos,
Ostrogodos, Anglos, Saxões, Burgúndios…) vão
criando os seus reinos sobre os escombros do império.
22.
23. Em 476, o chefe bárbaro Odoacro depõe o último dos imperadores. É a
queda do império romano do ocidente. Inicia-se uma nova era na
história da Europa. A Idade Média.
Nos finais do século IV, os habitantes de Conimbriga edificaram uma muralha para se defenderem das hordas invasoras, sacrificando parte da cidade. Em 468 os Suevos
assaltam a cidade, saqueiam e destroem Conimbriga. A cidade é abandonada, deixando de ser sede episcopal que transita para Aeminium (Coimbra).
25. OsOs visigodovisigodoss
• Originários de tribos germânicas que ocupavam o Leste
Europeu, próximo ao Rio Danúbio, iniciam a invasão ao
Império em 376
26. Os HunosOs Hunos
Originários da Mongólia, nas estepes da Ásia, os hunos eram
guerreiros ferozes e desejavam conquistar novos territórios.
Eram guerreiros invessíveis.
Atila - rei dos Hunos
27. Os VândalosOs Vândalos
Eram aliados das tribos godas,
forçados pelos hunos a entrar no
Império, saqueram a cidade de
Roma.
28. Os OstrogodosOs Ostrogodos
De origem germânica, os
ostrogodos ocupavam a reginao
próxima ao Mar Ndegro até
serem atacados pelos hunos e
serem, quando invadiram as
fronteiras romanas. Após as
invaßões, instalaram-se na
Itália.
29. Os FrancosOs Francos
Originários da França e áreas hoje correspondentes a
Bélgica, os frnacos eram um povo conhecido pelos romanos,
após a conquista romana das Gálias, permaneceram no
território.
30.
31.
32. As Transformações Econômicas e o Clima de
Insegurança
Invasões
Aumento da mortalidade
Destruição das
culturas
Medo
Insegurança
Queda da produção
Ruralização da
economia
Dependência dos camponeses
face aos grandes senhores
Economia de subsistência
33. A agricultura apenas produzia alimentos paraA agricultura apenas produzia alimentos para
consumo próprioconsumo próprio
= RURALIZAÇÃO da
economia
ECONOMIA DEECONOMIA DE
SUBSISTÊNCIASUBSISTÊNCIA
34. Esta segunda vaga de invasões provocou uma crise na atividade
agrícola e comercial da Europa
As zonas de cultivo
foram praticamente
destruídas
35. Em troca de proteção e segurança, os
pequenos camponeses submetem-se aos
grandes senhores
AUMENTO DO PODER E
PRESTÍGIO DOS GRANDES
SENHORES
36. Reino FrancoReino Franco
• A falta de organização política, diferenças de língua, costumes e a crise
econômica foram fatores que fizeram sucumbir a maioria dos reinos
bárbaros.
• Porém, o Reino Franco teve longa duração, em parte porque um dos
reis, Clóvis, tinha forte ligação com a Igreja Católica, tendo se tornado
cristão por volta de 496.
• Podemos dividir o Reino Franco em duas dinastias: Merovíngia e
Carolíngia. A primeira deve seu nome a Meroveu, avô de Clóvis, que
havia lutado ao lado dos romanos contra os hunos.
• Um dos últimos reis da dinastia Merovíngia, Carlos Martel, venceu os
árabes na Batalha de Poitiers, em 732, impedindo assim que toda a
Europa fosse invadida pelos muçulmanos.
• O filho de Carlos Martel, Pepino, o Breve, iniciou a dinastia Carolíngia. O
principal representante desta dinastia foi seu filho Carlos Magno, o mais
famoso dos reis francos.
37.
38.
39.
40. Império CarolíngioImpério Carolíngio
• Carlos Magno subiu ao trono em 768. Afoito a guerras, conquistou um império que
abrangia territórios na Europa Ocidental e Oriental.
• Apesar de quase analfabeto, Carlos Magno valorizava o ensino e fundou escolas
gratuitas para o povo.
• No ano 800, foi coroado imperador pelo papa Leão III. Assim, a Igreja Católica
pretendia unificar a Europa sob o comando de um monarca cristão, restaurando
a glória do Império Romano.
• No entanto, esta unificação não foi possível. Após a morte de Carlos Magno, em
814, seu filho, Luís, o Piedoso, governou até 840. A partir de então, o império foi
dividido em três reinos distintos, através do Tratado de Verdun.
• Vale ressaltar que as invasões e a constituição dos reinos bárbaros provocou a
ruralização da Europa e a concentração do poder nas mãos dos senhores de
terra. Posteriormente, isto foi determinante para o surgimento do Feudalismo.
41.
42. Tratado de Verdun (843) Império dividido entre os
netos de Carlos Magno
55. Entre finais do século IX e inícios do século X, osEntre finais do século IX e inícios do século X, os
MAGIARESMAGIARES ouou HÚNGAROSHÚNGAROS
atacaram o centro da Europaatacaram o centro da Europa
56. Completa a tabelaCompleta a tabela
seguinte:seguinte:
POVO
INVASOR
DATA DA
INVASÃO
LOCAL DE
ORIGEM
LOCAL DE
FIXAÇÃO
57. Completa a tabelaCompleta a tabela
seguinte:seguinte:
POVO INVASOR DATA DA
INVASÃO
LOCAL DE
ORIGEM
LOCAL DE
FIXAÇÃO
Muçulmanos Séc. IX e X Arábia Norte de
África/Pen
Ibérica
Normandos ou
Vikings
Séc. VIII e
IX
Escandinávia Litoral
europeu
Húngaros Séc. IX Ásia Europa
Central
(Hungria)
60. SEGUNDA VAGA DE INVASÕES DA
EUROPA
Decorreram entre os séculos VIII e X
POVOS INVASORES:
-Vikings
- Muçulmanos
- Húngaros
CONSEQUÊNCIAS DAS
INVASÕES:
-Crise agrícola e comercial
- Ruralização da economia
- Aumento do poder e prestígio
dos grandes senhores
61. CONCLUSÃOCONCLUSÃO
• Entre os séculos VIII e X, a Europa sofreu uma nova
vaga de invasões – a dos Muçulmanos, Vikings e
Húngaros. Estas invasões causaram graves
perturbações na vida da Europa, dando origem a um
novo regime económico, social e político – o
Feudalismo.