O documento apresenta uma palestra sobre a experiência e perspectiva contemporânea do comportamento informacional humano. A palestrante discute como a experiência influencia o comportamento informacional e a produção de conhecimento, assim como os principais paradigmas que influenciam como as pessoas buscam e usam informação.
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Experiência e perspectiva contemporânea do comportamento informacional humano
1. EXPERIÊNCIA E PERSPECTIVA
CONTEMPORÂNEA DO
COMPORTAMENTO
INFORMACIONAL HUMANO.
Dra. Kelley Cristine Gonçalves Dias Gasque
2. AGENDA
• EXPERIENCIA
– Origens
– Conceito
– Experiência X razão
– Experiencia (Dewey)
• PARADIGMAS DE COMPORTAMENTO
INFORMACIONAL
3. Se tivesse que
« projetar » um ET
para um filme, como
ele seria?
4. • “o procedimento é realmente muito simples. Primeiramente,
você organiza os itens em diferentes grupos. Naturalmente,
uma coluna pode ser suficiente, dependendo de quanto há
para fazer. Se você tiver de ir a outro lugar, devido à falta de
recursos, esse é o próximo passo; do contrário, você está
razoavelmente preparado. É importante não exagerar as
coisas. Isto é, é melhor fazer pouquíssimas coisas ao mesmo
tempo do que demais. A curto prazo, isso pode não parecer
importante, mas facilmente podem surgir complicações. Um
engano também pode ser dispendioso. A princípio, o
procedimento total parecerá complicado. Logo, entretanto, se
transformará em apenas outra faceta da vida. É difícil prever
algum limite à necessidade dessa tarefa no futuro imediato,
mas, por outro lado, nada se pode afirmar. Depois de
completado o procedimento, organizam-se novamente os
elementos em diferentes grupos. Então, podem ser colocados
em seus devidos lugares. Finalmente, serão usados uma vez
mais e o ciclo total terá, então de ser repetido. Entretanto, isso
faz parte da vida.” (Sternberg, 2000, p. 228)
5. LAVAGEM DE ROUPAS
• Ao tentar codificar a informação no texto
apresentado, você pode ter achado complicado
para codificar, dificultando também o
armazenamento e a recuperação da informação.
Entretanto um rótulo verbal pode facilitar a
codificação e, por conseguinte, o armazenamento
e a recuperação. A maioria das pessoas aceita
melhor o trecho se lhes for dado seu título
“Lavagem de roupas”.
6. Processos da Memória
• A codificação refere-se ao modo como uma pessoa
transforma a entrada de uma informação física e
sensorial em uma espécie de representação que
pode ser colocada na memória.
• O armazenamento refere-se à maneira como a
pessoa mantém a informação codificada na
memória.
• A recuperação refere-se ao modo como a pessoa
obtém acesso à informação armazenada na
memória.
• Estes processos interagem reciprocamente e são
interdependentes.
7. Experiência
• As pessoas elaboram novos conhecimentos a partir
das experiências e vivências de mundo.
• O sentido das coisas surge das atividades
permanentes de intercâmbio de uma mente com um
corpo que vive em um ambiente.
• Assim, as ideias e o conhecimento científico
resultam de esquemas de pensamentos preliminares
e de interação atenta entre o sujeito e o mundo, no
qual ele busca e usa informações.
• A ciência é produto do sujeito e de seu inter-
relacionamento com o mundo.
8. “Tudo aquilo que sei do mundo, mesmo por
ciência, eu o sei a partir de uma visão minha
ou de uma experiência de mundo sem a qual
os símbolos da ciência não poderiam dizer
nada Todo o universo da ciência é construído
sobre o mundo vivido, e se queremos pensar a
própria ciência com rigor, apreciar exatamente
seu sentido e seu alcance, precisamos
despertar essa experiência do mundo da qual
ela é expressão segunda”.
Maurice Merleau-Ponty (Rochefort-sur-Mer, 14 de
março de 1908 — Paris, 4 de maio de 1961) foi um
filósofo fenomenólogo francês.
Merleau-Ponty (1999, p.3)
9. • Ciência
• Aprendizagem
• Informação
• Experiência
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10. • Quanto mais experiência os
pesquisadores adquirirem com
a busca e uso da informação,
maior será o impacto no
conhecimento produzido.
• Experiência = aprendizagem
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11. CONSCIENCIA E
EXPERIENCIA
• A consciência da experiência pode ser uma forma de
tornar o ser humano responsável eticamente pelo
ciclo de produção científica, visto que as
modificações ou transformações propiciadas pela
ciência ocorrem em um mundo inseparável do ser,
parte do corpo humano, no qual se insere a mente.
Por isso, a discussão sobre experiência envolve os
aspectos cognitivos e a dimensão ética de como o
indivíduo se relaciona com a natureza e a
transforma.
12. Razão X experiência
• A razão: fundada na especulação
matemática e filosófica, relaciona-se à
capacidade de pensar, formar
julgamentos, tirar conclusões.
• A experiência: instituída na tentativa e no
erro, não era passível de produzir
conhecimento verdadeiro.
13. CONHECIMENTO PRÉVIO X
EXPERIÊNCIA
• Dewey; Piaget; Ausubel; Meirieu; Carretero;
Pozo
• Conhecimentos prévios: experiências,
informações sobre fatos, fenômenos, coisas,
processos.
• Experiência: proveniente da vivência e da
interação com o mundo.
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14. RAÍZES HISTÓRICAS
• Razão: ratio (calculo) (séc. VIII aC e VI aC):
Transição do mítico para a racionalidade.
• A humanidade estava impregnada pelo Mythos
• Escola de Mileto - Grécia
• Thales (625-562 aC) – água
• Anaximandro (611-546 aC) – apeíron
• Anaximenes (586-526 aC) – ar
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15. • Sócrates (469-399 a.c.), Platão (428/7-347 a.c.) e
Aristóteles (384-322 a.c.).
• Logos/episteme X doxa
Episteme: nova forma de racionalidade própria da
ciência e da filosofia, alicerçada na racionalidade,
discurso e demonstração (Vasconcellos, 2003).
• Idade Moderna: Cisão entre filosofia e ciência
• Bacon: precursor do método empírico-positivista –
Observação e a experimentação – raciocínio indutivo.
• Reflexo do movimento: empiristas e racionalistas
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16. • Pragmatismo: séc. XIX – conceito de experiência
como interação do organismo vivo com o meio.
• Peirce, W. James e John Dewey: A verdade
depende da cognição e do conhecimento
humano, construída sobre a noção de experiência
(Shook, 2002)
• Fenomenologia: Husserl; Merleau-Ponty
• Conclusão: pêndulo oscilante pelos extremos.
• Indíviduo (mente/corpo) ______> meio ambiente
experiência
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17. RESSIGNIFICANDO O CONCEITO
• Experiência: provar, verificar, testar ou a algo
vivido – sentir, sofrer
• Per – periculum - ensaio, tentativa, prova -
• Experiência se constrói a partir dos perigos que
enfrenta, processo que pode tornar o indivíduo
perito.
• Coordenação mente e corpo X atenção dividida
• Quais são as tarefas que fazemos
simultaneamente?
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18. • Pressuposto: atenção consciente, linguagem e
interação mente/corpo
Lembranças de tudo o que ocorreu ou Vivência consciência (dar-se conta)
Atividades realizadas de forma automatizadas Reflexão
Atenção
Interação
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19. Crenças e práticas biológicas, sociais e culturais
Estrutura da cognição
Cognição &
estrutura
experiências
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20. • A experiência insere-se em um sistema, no qual
se pode atribuir estruturas cerebrais específicas a todas as
formas de comportamentos e experiências e,
inversamente, mudanças na estrutura cerebral manifestam-
se nos comportamentos e experiências.
• A estrutura cognitiva de um indivíduo reflete a relação de
interdependência entre a estrutura mental e as
experiências e comportamentos que se processam em um
contexto específico, no qual as crenças e práticas
biológicas, sociais e culturais condicionam essas
experiências (Varela; Thompson; Rosch, 2003).
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21. Experiência - Dewey
• Conceito complexo
• Reflexão: “ que nos liberta da influência
cerceante dos sentidos, dos apetites, da
tradição”
• Parte cognitiva da experiência: percepção das
relações
• Fato: criança coloca dedo na chama
• Experiência: o dedo no fogo provoca
queimadura.
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22. Princípos fundamentais da
Experiência - Dewey
• Interação: relação entre as ‘condições objetivas’ e
‘condições internas’.
·A experiência ocorre na mente e em um
contexto específico
· Experiência de uma criança do meio rural e
urbana
• Continuidade: as experiências se sustentam na
anterior e modificam a posterior.
· Inferência de Ciência da Informação - Kelley Cristine Gonçalves Dias Gasque
Faculdade
23. Experiência - Dewey
Kant: “se todo conhecimento começa com a
experiência, isso não prova que ele derive por
inteiro da experiência”
Dewey: conhecimento: experiência (inferência) +
informações + reflexão
Schön: reflexão sobre a experiência: desenvolver,
compreender e aprimorar a aprendizagem e
conhecimento.
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24. A experiência e a busca e uso da informação
• Busca da informação: modo como as pessoas procuram
informações para as suas necessidades.
• Ativa/passiva; autonomia; estratégias para atingir os
objetivos; monitoração das estratégias, conhecimento
dos canais e estruturas das fontes de informação;
conhecimento das tecnologias da informação.
• Uso da informação: capacidade de decodificação,
interpretação, controle e organização do conhecimento;
valores pessoais, crenças e atitudes ; controle e
monitoração dos próprios processos de usar a
informação.
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25. • Competências abrange, também, valores
pessoais, motivações, crenças, visão crítica e
atitudes como responsabilidade, ética e, ainda, a
capacidade do indivíduo de refletir, controlar e
monitorar os próprios processos de busca e de
uso da informação.
• Por isso, essas atividades implicam quase
sempre a aprendizagem de um conteúdo que
pode ser conceitual (fatos, situações, conceitos),
procedimental (procedimentos, habilidades,
destrezas, técnicas) ou atitudinal (postura,
valores, comportamentos).
26. • O processo de construção e
desenvolvimento das competências de busca
e de uso da informação,
O LETRAMENTO INFORMACIONAL, é
fundamental para se viver em uma época de
rápidos avanços tecnológicos e de
propagação de grandes quantidades de
informação em que se suscitam
questionamentos sobre a sua autenticidade,
validade e confiabilidade.
27. Impactos da experiência
• Estudo de Bartlet (1932): Pessoas distorciam a história
para torná-la mais compreensível.
• por que as pessoas buscam primeiramente as fontes ou
canais de informações que lhes estão mais próximos, em
detrimento, às vezes, da sua qualidade? (Gasque, 2003;
Giacometti 1990; Kremer, 1981). Por que as pessoas
usam mais especificamente um tipo de fonte ou canal de
informação? Por que as pessoas usam pouco as
bibliotecas? Por que a percepção que as pessoas
possuem do próprio conhecimento influencia o processo
de busca da informação? (Wilson, 1997).
28. Impactos da experiência
• A pesquisa da Medline mostra que o sucesso dos
resultados da busca pode interferir nas atividades
subseqüentes e na própria percepção dos
pesquisadores sobre como avaliam suas
competências.
• O estudo de Kremer (1981), mostra que a percepção
que os engenheiros têm a respeito da acessibilidade,
facilidade de uso, qualidade técnica e experiência
prévia determina o grau de uso do canal de
informação.
• http://www.youtube.com/watch?v=YbnsHX8e2OY
29. Paradigmas de Comportamento
INFORMACIONAL
• Paradigma: forma como percebemos e atuamos no
mundo.
• Os paradigmas funcionam como filtros que ifnuenciam e
selecionam o que percebemos e reconhecemos e que nos
levam a recusar e distorcer dados que não combinam
com as expectativas.
• Os paradigmas influenciam nossa ação: influencia a
acreditar que o jeito de fazer determinada coisa é o certo.
30. Tipos de contextos de pesquisa
(1)‘container’, no qual os elementos existem
objetivamente em torno dos atores;
(2) construção de significado, em que se analisa
o ponto de vista do autor;
(3)construção social, em que os atores elaboram
a informação por meio da interação social;
(4) relacional, em que o conceito de ator social e
contexto estão vinculados entre si.
31. Importância do estudo de revisão
sobre Comportamento informacional
Os estudos de revisão sobre comportamento
informacional descrevem o cenário das
grandes questões tratadas desde as primeiras
pesquisas na área até os dias atuais.
Levando-se em conta esses estudos, podem-
se delinear as características principais de
cada década (paradigma).
32. Décadas de 50 e 60
As pesquisas realizadas entre os anos de 1950 e meados da década de
1960, primeiro período dos estudos de usuários, concentravam-se nos
indivíduos que utilizavam informação científica e tecnológica.
Abrangência: conjunto relativamente limitado de assuntos com membros
de disciplinas específicas ou da comunidade científica como um todo.
A técnica de coleta de dados mais empregada: questionários
autoadministrados.
As investigações tinham natureza exploratória e os resultados eram
descritos em termos gerais a partir da reunião de dados sobre hábitos e
necessidades.
Permitiu o desenho de sistemas de informação de acordo com a maioria
das necessidades dos usuários. Entretanto, como os resultados às vezes
fossem contraditórios, muitos estudos falharam na tentativa de dar
suporte à estruturação dos sistemas de informação.
33. Décadas de 50 e 60
Em meados de 1960, os estilos mais generalistas começaram a
rarear.
Os levantamentos sobre usuário nem sempre eram de boa
qualidade.
Instrumentos utilizados: técnicas de observação indireta e análise
de citação.
Métodos sociológicos mais refinados possibilitaram a descrição
de colégios invisíveis e nomeação de gatekeeper, além da
compreensão mais profunda sobre modos de a informação ser
adquirida e usada.
Os estudos tiveram pouco impacto sobre os designers de
sistemas de informação.
34. Paradigma predominante na
década de 1960 e 1970
Behaviorista: sustentava-se na crença de que a metodologia empregada para
estudar o comportamento humano deveria dar ênfase à objetividade (estímulos e
respostas) e neutralidade. Muitos trabalhos, antes de meados da década de 1970,
estavam mais preocupados com o uso de sistemas, tais como catálogos e tipos de
informações usadas pelos cientistas e engenheiros, do que com o uso da
informação.
Tendência dos estudos em enfatizar o usuário e não mais o sistema per se.
Distinguia-se dois grupos de pesquisas: um de estudos orientados para a
biblioteca, com investigações sobre o uso da biblioteca ou centros de informação,
e outro de estudos orientados para os usuários, com investigações sobre como
grupos específicos de usuários obtêm a informação necessária para suas
atividades.
35. Paradigma predominante na
década de 1960 e 1970
• Nos estudos orientados para os usuários, um tópico de estudos
importante desenvolvido pelo CRUS focalizava os não-usuários.
70% da população nunca havia usado a biblioteca ou centros de
informações e de que 50% a 60% nunca comprara um livro.
Portanto, necessitava-se descobrir quais eram as informações
necessárias e os meios usados para buscá-las. A hipótese era de
que essas pessoas usavam diferentes redes de informação
formadas por amigos, vizinhos ou colegas de trabalho, televisão,
jornais e as bibliotecas eram somente parte da estrutura de
informação da maioria das pessoas.
36. Décadas de 80 e 90
Embora muitos dos novos autores estivessem fundamentados na
abordagem cognitiva, em fins da década de 1980 surge a abordagem
social.
O eixo dos trabalhos situa-se nos significados e valores que os indivíduos
atribuem ao contexto sociocultural, dentre outros. A abordagem
pretendeu estudar os fenômenos que transcendiam a estrutura cognitiva.
O trabalho de vanguarda foi desenvolvido por Chatman (1999), que
propôs três estruturas para entender o comportamento informacional:
"teoria da pobreza de informações", "teoria do ciclo da vida" e "teoria do
comportamento normativo".
Outra teoria que cresceu intensamente desde o início dos anos 90 foi a
abordagem multifacetada, que percebe o comportamento informacional
como um sistema complexo em que é necessária a integração de várias
teorias para descrevê-lo (PETTIGREW; FIDEL; BRUCE, 2001).
37. Décadas de 80 e 90
Meados da década de 90: interesse em discutir as pesquisas e o
desenvolvimento conceitual que fundamentavam os estudos se
intensifica, como pode se observar em pelo menos três iniciativas. A
primeira, em 1996, com a conferência intitulada Information Seeking in
Context, realizada, a partir de então, bianualmente, em vários países da
Europa. A segunda, em 1999, com o estabelecimento do grupo de
estudos Information Needs, Seeking and Use (Siguse) pela American
Society for Information Science (Asis), atual American Society for
Information Science and Technology (Asist). A terceira, a edição
especial do periódico Information Processing & Management sobre
Information Seeking in Context (PETTIGREW, FIDEL, BRUCE, 2001).
Institucionalização do tópico, devido à relevância que tais estudos
representam, sem dúvida alguma, para a ciência da informação.
38. COMPORTAMENTO
INFORMACIONAL: POR UMA
PERSPECTIVA COMPLEXA
pesquisas mais centradas no indivíduo;
• inclusão de outros grupos estudados, além de cientistas e tecnólogos;
• abordagem multifacetada, englobando os aspectos sociocognitivo e
organizacional;
• compreensão do comportamento informacional como processo em
que os indivíduos estão constantemente buscando e usando
informações;
• ampliação dos estudos qualitativos, assim como do uso de múltiplos
métodos;
• maior consistência teórica com aumento de fundamentação
interdisciplinar,
• crescimento do número de pesquisas, em todas as partes do mundo.
39. Tais mudanças paradigmáticas começaram a germinar com a
percepção das limitações impostas pelo instrumental teórico-
metodológico na esteira da contestação dos principais postulados da
concepção científica vigente em meados do século passado. A
evolução conceitual dos 'estudos de usuários' para 'estudos de
comportamento informacional' reflete a necessidade de se
compreenderem os processos em uma perspectiva multidimensional.
Isso porque ocorre profunda imbricação na tessitura dos fenômenos,
em que vários fatores desempenham papéis decisivos na produção do
conhecimento.
Essa multidimensionalidade, no entender de Morin (2000), considera
a realidade antropossocial em várias dimensões: individual, social e
biológica. Mais que isso, compõe-se de disciplinas especializadas, por
exemplo, economia, psicologia e demografia como as diferentes faces
e mesma realidade. Logo, as disciplinas precisam ser diferenciadas e
tratadas como tais, não isoladas e incomunicáveis.
40. Como observado por Courtright (2007), os indivíduos vivem
em um ambiente complexo, múltiplo, sobreposto e dinâmico,
que requer novas metodologias e uso de múltiplos métodos.
Nesse sentido, é importante destacar que tal contexto norteia
tanto a construção teórica necessária aos estudos de
comportamento informacional quanto o modo de se delinear a
investigação.
O comportamento informacional é compreendido como
processo natural do ser humano no papel de aprendiz da
própria vida, requer visão ampla do pesquisador. Exige, ainda,
o entendimento das relações estabelecidas em determinado
espaço-tempo em que ocorrem ações de busca, uso e
transferência de informação. Os indivíduos se engajam nessas
ações quando têm necessidade de informação.
41. CONCLUSÕES
• Valoração da experiência como ponto de partida da
aprendizagem, para orientar as atividades usuais de
pensamento e ação, para subsidiar a reflexão, a
responsabilidade e a ética.
• Qualidade e relevância da experiência
• Equilíbrio entre experiência e teoria
• Conhecimento científico = busca e uso da informação.
• A busca e uso da informação é indissociável da
aprendizagem do conteúdo.
• Experiência, reflexão e conhecimento: expertise
Faculdade de Ciência da Informação - Kelley Cristine Gonçalves Dias Gasque
42. Referencias
• GASQUE, Kelley Cristine Gonçalves Dias; COSTA, Sely Maria de
Souza. Evolução teórico-metodológica dos estudos de comportamento
informacional de usuários. Ciência da Informação, Brasília, v. 39, n.1,
p. 21-32, jan./abr. 2010. Disponível em:
<http://revista.ibict.br/ciinf/index.php/ciinf/article/view/1206/1355>.
Acesso em: 2 mar. 2011.
• GASQUE, Kelley Cristine Gonçalves Dias. O papel da experiência na
aprendizagem : perspectivas na busca e no uso da informação.
TransInformação, Campinas, v. 20 n. 2, p. 149-158, maio/ago., 2008.
Disponível em: <http://revistas.puc-
campinas.edu.br/transinfo/viewissue.php?id=19> Acesso em: 31 ago.
2011.
43. •Dois melhores amigos, um peixinho e um
girino, são praticamente inseparáveis até que o
girino cresce pernas e decide explorar o mundo
além da lagoa. Quando o girino, agora um sapo,
retorna para contar sua amiga das coisas
extraordinárias que ele viu, o peixinho, agora
um peixe, tenta seguir seus passos, mas
rapidamente descobre que a terra não é o que
ele esperava. Amizade realmente salva o dia
neste conto imaginativo de um peixe fora
d'água.