1) O documento discute as funções e características das folhas das angiospermas, incluindo a fotossíntese, transpiração e respiração. 2) As folhas desempenham funções vitais como a produção de alimentos através da fotossíntese e o resfriamento da planta por meio da transpiração. 3) As folhas podem assumir diferentes formas e estruturas dependendo da espécie vegetal.
2. As angiospermas conquistaram definitivamente o ambiente terrestre
graças ao seu grau de complexidade, diversidade e distribuição
geográfica.
É o mais numeroso grupo de plantas atuais, variando de gramíneas a
enormes árvores. Existem cerca de 235.000 espécies descritas e
habitam todos os tipos de ambientes.
Possuem raiz, caule, folha, flor, fruto e semente.
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4. Funções da folha
A folha desempenha basicamente duas funções importantíssimas
para a vida das plantas: fotossíntese e transpiração.
Os estômatos são estruturas existentes na epiderme das folhas,
constituídas de duas células especiais, as células-guardas. Entre essas
duas células existem uma abertura que comunica o interior da folha
com o ambiente externo. Essa abertura é chamada ostíolo. Através
dos ostíolos, as folhas fazem as trocas gasosas entre a planta e o
meio externo.
O controle de abertura e fechamento dos ostíolos é feito pelas
células-guardas. Quando se enchem de água, elas empurram a
parede oposta ao ostíolo para as laterais e abrem o orifício. Quando
falta água, elas murcham e fecham o ostíolo.
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6. Fotossíntese
A fotossíntese é uma das funções mais importantes da folha. É
por meio dela que a planta produz o alimento de que necessita para
se manter viva. Para a ocorrência da fotossíntese, uma planta
necessita de gás carbônico, de água e de energia luminosa. Então,
acontecem os seguintes eventos:
• O vegetal absorve o gás carbônico do ar atmosférico através dos
estômatos.
• A água, que a raiz retira do solo, é conduzida até às folhas.
A clorofila, pigmento verde presente nas folhas, absorve a energia
da luz solar.
• Com o auxílio dessa energia, o gás carbônico e a água são
transformados em glicose e oxigênio.
7. • A glicose é utilizada como
“combustível” pelas células
fotossintetizantes ou é
“exportada” para as demais
partes da planta através da
seiva orgânica.
• O oxigênio é liberado para o
meio ambiente, contribuindo
para a renovação do ar, e pode
também ser utilizado na
respiração da própria planta.
8. Transpiração
Nos dias quentes (principalmente) a maior parte da água absorvida
do solo pela planta e que chega até às células da folha se evapora. Então a
água, em forma de vapor, é eliminada para a atmosfera. Esse processo
denomina-se transpiração e é realizado principalmente pelos estômatos.
O processo de evaporação da água retira calor da folha. A
transpiração, então, “refresca” a folha, contribuindo para manter a
temperatura em níveis que permitam a atividade de suas células. Se a
temperatura de uma folha ficar muito alta, suas células podem morrer e a
fotossíntese logicamente cessa.
A saída dos vapores de água, da folha para o meio externo, é
“facilitada” quando a umidade relativa do ar é baixa. Por isso, a
transpiração é geralmente mais intensa nos dias quentes e com baixa
umidade do ar.
Para repor a água evaporada e perdida para o meio ambiente na
transpiração, as folhas exercem uma espécie de força de sucção sobre os
vasos lenhosos da planta, provocando a subida da seiva bruta.
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10. Respiração
A respiração celular é um fenômeno que permite extrair a energia contida
em substâncias orgânicas diversas, como a glicose. Na respiração aeróbica,
a “queima” da glicose ocorre com a participação do gás oxigênio retirado
do ambiente. No final do processo formam-se gás carbônico e água; a
energia extraída é utilizada para o desempenho das diversas atividades das
células.
As plantas são seres aeróbicos. Assim, todas as células vivas de uma planta
respiram, utilizando gás oxigênio. Logo, as células vivas de uma folha
respiram, como respiram também as células vivas da raiz, do caule, etc.
Acontece que, para as células respirarem, a planta precisa absorver
oxigênio do ambiente, ao mesmo tempo que elimina gás carbônico. Essas
trocas gasosas entre a planta e o meio ambiente ocorrem principalmente
nas folhas, através dos estômatos. Mas uma raiz, por exemplo, também
realiza essas trocas gasosas necessárias para a respiração. É por isso que
um solo fértil precisa conter, entre outras coisas, uma quantidade razoável
de ar atmosférico.
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12. Sudação: a eliminação de água em gotas
A sudação ou gutação é a eliminação de água em forma de
gotículas. Essas gotículas de água, que também contêm alguns
sais minerais dissolvidos, saem por aberturas especiais que se
encontram principalmente nos bordos e nas pontas das folhas.
A sudação ocorre quando o solo está bem suprido de água. Ao
contrário da transpiração, é mais intensa à noite, com grande
umidade do ar. Através da sudação, uma planta elimina o
excesso de água e de sais minerais absorvidos do solo. Esse
fenômeno representa mais uma função que se pode atribuir às
folhas de uma planta.
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14. Partes da folha
A folha é composta de três partes principais: limbo,
pecíolo e bainha.
1) Limbo:
O limbo é a região mais larga da folha. Nele encontram-se os
estômatos e as nervuras, que contêm pequenos vasos por onde
correm a seiva bruta e a seiva elaborada.
2) Pecíolo:
É a haste que sustenta a folha prendendo-a ao caule.
3) Bainha:
Dilatação do pecíolo, a bainha serve para prender a folha ao
caule.
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16. Classificação das folhas
Uma folha que tenha todas as partes (limbo, pecíolo e
bainha) é uma folha completa. Mas nem todas as folhas são assim.
• Folha séssil e folha invaginante
Na folha do fumo faltam o pecíolo e a bainha. O limbo
prende-se diretamente no caule. Ela é uma folha séssil.
Na folha do milho falta o pecíolo. A bainha é bem
desenvolvida e fica em volta do caule. Neste caso, a folha é
invaginante.
18. • Folha reticulinérvea e paralelinérvea
Nas folhas de dicotiledôneas em geral (feijão, laranjeira,
etc.), as nervuras se ramificam no limbo, formando uma rede delas; a
folha é, então, chamada de reticulinérvea. Já nas monocotiledôneas
(milho, arroz, etc.) é comum as nervuras do limbo se apresentarem
paralelas umas às outras; neste caso, a folha é chamada de
paralelinérvea.
Reticulinérvea
Paralelinérvea
19. Modificações da folha
Algumas plantas apresentam folhas modificadas, isto é, adaptadas
para desempenhar funções específicas.
• Brácteas - São folhas geralmente coloridas e grandes que
protegem as flores. A planta denominada três-marias apresenta
brácteas que protegem suas pequenas flores. No copo-de-leite
existe uma grande bráctea envolvendo o conjunto de flores miúdas.
20. • Gavinhas - São folhas modificadas formando espirais que auxiliam a
planta a se prender a um suporte. As gavinhas do chuchu e do
maracujazeiro são folhas modificadas.
• Espinhos foliares - Neste caso, toda a folha ou uma parte dela se
transforma em espinhos. Nos cactos, os espinhos são folhas
modificadas.
21. Folhas comestíveis
Muitas folhas são usadas em nossa alimentação diária. Durante as
refeições, nós comemos alface, couve, acelga, espinafre ou agrião,
por exemplo. Outras folhas, como as da erva-cidreira, do mate, da
camomila, do capim-santo e da hortelã, são utilizadas para preparar
chás. Para isso, elas podem ser cultivadas em casa ou encontradas
embaladas em saquinhos e em caixinhas nos supermercados. Podem
ser cozidas inteiras ou trituradas.
22. Curiosidade...Porque as folhas caem no
outono?
As quedas das folhas faz parte de uma estratégia das árvores no
outono. Esta estratégia serve para se proteger do frio e reduzir o
gasto com energia.
Como os dias são mais curtos no outono e há uma menor incidência
de luz solar, as árvores precisam mudar sua características para se
manterem vivas. Com menos luz solar a primeira coisa que acontece
é parar de produzir clorofila. Por isso, as folhas começam a ficar
amareladas.
Com a diminuição da clorofila no outono, as árvores passam a
produzir um hormônio chamado ácido abscísico. Este hormônio se
acumula na haste das folhas, matando qualquer célula desta região.
Com isso a haste se rompe e as folhas caem.
Sem precisar alimentar as folhas no outono, as árvores podem se
manter aquecida neste período de baixas temperaturas.
Esse processo dura até o inverno.