O documento discute os conceitos de mimetismo e camuflagem em anuros. Explica que a camuflagem envolve a aparência de um animal ser semelhante ao ambiente, enquanto o mimetismo envolve imitar outra espécie. Detalha tipos de mimetismo como baltesiano e mulleriano e dá exemplos em anuros. Também discute estratégias de defesa como o polimorfismo de cores e como as cores protegem os anuros e podem ter importância econômica por meio de substâncias bioativas.
3. Camuflagem e mimetismo
A camuflagem e o mimetismo são exemplos de
mecanismos de defesa primária, ou seja,
aqueles que não dependem da presença do
predador, secundário são aqueles que
dependem (ex: tanatose - fingir-se de morto) e
deimático (de ameaça).
Mecanismos de defesa aumentam a chance de
sobrevivência do animal.
4. Estratégias comportamentais de
defesa de Anfíbios e Répteis
• Localização: evitar ser encontrado;
• Identificação: evitar ser reconhecido;
• Aproximação: evitar ser capturado;
• Subjugação: evitar ser morto;
• Ingestão: evitar ser engolido;
• Digestão: evitar ser digerido
7. O ajustamento que todos os organismos
apresentam em relação ao ambiente em que
vivem é denominado adaptação. Dessa forma,
eles apresentam muitos aspectos anatômicos,
fisiológicos e etológicos (comportamentais)
ajustados ao seu modo de vida, adotando cores,
odores, aspectos ou forma de movimento que
os ajudam a passar despercebidos.
Camuflagem e mimetismo
8. Conceitos de Camuflagem
É um conjunto de técnicas e métodos que permitem a um
dado organismo ou objecto permanecer indistinto do
ambiente que os rodeia.
A camuflagem pode ser definida como a propriedade que
os membros de uma espécie possuem de desenvolver
uma ou mais características corporais, no formato e/ou
na coloração do corpo, que as tornam semelhantes ao
seu meio ambiente, dificultando sua detecção.
Pode-se definir camuflagem como uma estratégia de
defesa em que o animal se parece com parte do
ambiente quando visto por seu predador no lugar e
horário em que está mais vulnerável à predação
9. Exemplos de Camuflagem
Ceratophrys cornuta
Ceratophryidae
Hypsiboas cinerascens
Hylidae
As espécies arborícolas de Hylidae com coloração verde e espécies
terrícolas como a Ceratophrys cornuta com cor semelhante a folhas secas
deixando-as mais difíceis de serem percebidas na serapilheira.
10. Exemplos de Camuflagem
Algumas espécies, como Hypsiboas boans, podem apresentar coloração
durante o dia diferente da noturna, lhe permitindo boa camuflagem em
seus locais de repouso.
12. Kakapo or ‘owl parrot’
Nova Zelândia
Exemplos de Camuflagem
13. Conceitos de Mimetismo
Mimetismo (mimíca): Consiste na presença, por
parte de determinados organismos, denominados
mímicos, de características que os confundem com
um outro grupo de organismos, os modelos.
Mimetismo é um fator de adaptação evolutiva em
que duas ou mais espécies diferentes assumem
algumas semelhanças físicas ou de
comportamento que são reconhecidas por outras
espécies.
14. Tipos de Mimetismo
Mimetismo defensivo – tem como alvo os
predadores do mímico. É quando um organismo
(que pode ser inofensivo ou não) mimetiza um
organismo perigoso.
Mimetismo baltesiano - Mimetismo de defesa
em que um modelo tóxico ou perigoso é
imitado, evolutivamente, por espécies
“saborosas” ou inofensivas, evitando, dessa
forma, serem atacadas pelos predadores
15. Mimetismo Mulleriano - duas ou mais espécies de sabor
desagradável ou venenosas para os predadores apresentam
coloração de advertência semelhante. Graças a essa “analogia”,
ambas ampliam o número de espécies de inimigos que passam a
evitá-las.
Mimetismo agressivo – tem como alvo a presa do mímico.
Alguns organismos imitam organismos inofensivos, para atacar
suas presas
Mimetismo reprodutivo – este tipo de mimetismo é muito
comum nas plantas que mimetizam a fêmea de algumas espécies
de insectos e se aproveitam da tentativa de acasalamento para a
sua polinização.
Tipos de Mimetismo
22. Anuros: sapos, rãs e pererecas
Maior grupo da classe Amphibia com
cerca de 5 mil espécies
A maioria dos sapos (a) possui a pele seca, pernas e
dedos curtos, as rãs (b) possuem pele umida, e
pernas e dedos longos. As pererecas (c) possuem
discos na ponta dos dedos
23. Cores e defesa
Polimorfismo
Polimorfismo: ocorre quando duas ou mais formas
distintas são observadas em uma mesma população.
O polimorfismo na coloração corporal é reconhecido
para cerca de 225 espécies de anuros.
A pressão por predadores visualmente orientados
parece ser a explicação mais provável para a seleção
direta sobre o polimorfismo de cor, considerando que
os anuros estão na base da cadeia alimentar (Hoffman
& Blouin, 2000).
26. Cores e defesa
• Coloração críptica: a maioria dos anfíbios
possui coloração semelhante ao local onde
vivem; estas fazem saltos longos e rápidos
• Coloração brilhante: espécies ativas durante o
dia, possuem substâncias na pele que as
defendem contra predadores; se deslocam
com saltos curtos.
27. Cores e importância ecológica e
econômica
• Cores: defesa contra predadores, fungos e bactérias;
• Bioindicadores: “Os anuros são altamente sensíveis às
alterações do ambiente. Por depender de ambientes
aquáticos e terrestres em bom estado de conservação,
qualquer alteração na qualidade da água e na
temperatura pode extinguir espécies”
• Substâncias na pele: são substâncias bioativas
(nutrientes e não nutrientes que possuem ação
metabólica ou fisiológica específica) e podem ser
usadas na produção de remédios
28. Cores e importância ecológica e
econômica
Estas substâncias secretadas pelos anfíbios com
a função de proteção são compostos químicos
variados. Os estudos feitos com estas
substâncias determinam a reação destes
compostos com fungos, bactérias e células
humanas. Depois de separar e testar estas
substâncias elas podem ser desenvolvidas
sinteticamente.
29. Cores e importância ecológica e
econômica
Compostos químicos encontrados em espécies
dos gêneros Brachycephalus , Dendrobates,
Phyllomedusa e Rana estão sendo amplamente
pesquisados. “Devido aos estudos já se sabe que
substâncias dessas espécies poderão atuar, por
exemplo, como substitutas da morfina, no
tratamento do mal de Alzheimer, da doença de
Chagas e, até mesmo, no combate ao câncer”,
aponta Domingos
30.
31.
32.
33. Referências
Mimetismo e Camuflagem, Professor Djalma Santos. Disponível em
<http://djalmasantos.wordpress.com/2012/05/10/mimetismo-e-
camuflagem/> Acessado em 09/04/2014.
Mecanismos de defesa em anfíbios e répteis. Herpetofauna.
Disponível em
<http://www.herpetofauna.com.br/MecanismosDefesa.htm>
Acessado em 09/04/2014.
Facebook: Scientific Illustration for the Research Scientist |
somersault18:24. Disponível em
<https://www.facebook.com/somersault1824> Último acesso em
Polimorfismo de Coloração Corporal em anfíbios. Disponível em
<https://www.portaleducacao.com.br/Artigo/Imprimir/23642>
Acessado em 21/04/2014
LIMA, A. P. et al. Cores e defesa em Guia de sapos da reserva Adolpho
Ducke. Manaus, 2006.