2. "Então a Apple resolveu ir de vez para a nuvem... E eu com isso?" Bom, se
você não usa nenhum produto da maçã, provavelmente não vai dar a
mínima para a novidade. Mas se você está familiarizado com o iTunes, não
vive sem seu iPod e não enxerga outro celular a não ser o iPhone,
provavelmente vai ser afetado pelo iCloud. O serviço foi anunciado nesta
segunda-feira (6) por ninguém menos que Steve Jobs e em menos de um
dia já causa polêmica com relação à pirataria. Entenda como funciona o
iCloud e por que ele pode chacoalhar de vez com o mercado de dispositivos
móveis a partir de setembro, quando provavelmente estará disponível mais
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3. Inovador?
Ao apresentar o conceito do iCloud, Steve Jobs o definiu como o "novo hub",
antes representado pelo computador, onde você pode guardar todas as suas
informações. Para o CEO da Apple, o serviço que a Apple passará a oferecer
aos clientes no segundo semestre é inovador, não pelo fato de armazenar
informações em servidores externos, ou, se preferir, na nuvem, mas por
sincronizar todos os aparelhos da companhia automaticamente
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4. Como funciona?
O conceito é muito simples de entender. Imagine que praticamente tudo que
você fizer em qualquer dispositivo móvel da Apple será transmitido quase em
tempo real para qualquer outro dispositivo da Apple e, em alguns casos, para
o computador também. O usuário só terá que criar uma conta da Apple e
sincronizar os aparelhos. Ex: ao tirar uma foto com o iPhone, a imagem
ficará disponível automaticamente no iPad, ou MacBook, desde que estejam
sincronizados
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5. Mas o Mobile.me já não fazia isso?
Sim, porém parcialmente. O Mobile.me, que por sinal custava US$ 99
por ano, sincronizava alguns serviços, como e-mail, calendário e
contatos. Podemos encarar o iCloud como o Mobile.me com
anabolizantes. O serviço oferecerá mais por menos. Quando estiver
disponível, o iCloud permitirá sincronizar não só as informações já
mencionadas, como também músicas, documentos, livros, revistas e
uma infinidade de outras possibilidades. E não cobra nada por isso...
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6. Ah tá! A Apple, que cobra tudo que faz, vai oferecer um serviço
aprimorado e de graça?
Sim, senhores. Steve Jobs resolveu dar o braço a torcer e descobriu
que oferecer um serviço gratuitamente pode ter suas vantagens. Aliás,
com a ascensão do Android, e dos serviços na nuvem do Google, era
oferecer algo semelhante/melhor, ou começar a perder espaço no
precioso mercado. A briga promete acirrar ainda mais a competição
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7. E qualquer um pode criar uma conta no iCloud?
Sim, qualquer um pode, desde que use pelo menos um produto Apple.
Porém, o usuário só poderá usufruir plenamente da ferramenta se unir os
diversos dispositivos móveis da marca, caso contrário não faz muito
sentido a sincronização. Detalhes: os dispositivos necessitam estar com
a versão mais recente do sistema operacional, o iOS 5. Entendeu por
que é de graça?
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8. O que poderá ser armazenado no iCloud?
Basicamente qualquer arquivo. Cada usuário "ganhará" cinco gigabytes para
armazenar o que quiser, entre arquivos e mensagens de e-mail. Informação
importante: as músicas, fotos, aplicativos e livros comprados na AppStore não
contam como arquivos no espaço cedido. Os 5 GB são livres para documentos
criados pelo usuário (exceto as fotos)
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9. Então eu posso colocar toda minha coleção de fotos no iCloud?
Não! A Apple foi boazinha, mas nem tanto. O serviço armazenará as últimas mil
fotos enviadas pelo usuário. A foto número 1001 será sobreposta em cima da
primeira. Além disso, as fotos ficarão na nuvem da Apple por até 30 dias.
Depois serão apagadas. Mas calma!, você poderá armazenar as fotos em
qualquer dispositivo, inclusive no computador, durante esses 30 dias (assim o
conteúdo continuará com você depois que o período de armazenamento do
iCloud para as fotos, por exemplo, expirar)
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10. E eu vou poder ver as fotos em qualquer lugar?
Sim, suas mil últimas fotos poderão ser visualizadas em qualquer produto
Apple, inclusive nos Macs e Apple TV (foto). Basta sincronizar os
aparelhos com sua conta do iCloud.
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11. E a Apple aguenta o tranco?
É quase inevitável pensar "Mas o Google investe os tufos em servidores e
espaço de armazenamento. A Apple fará o mesmo?" Sim, aliás, já
começou a fazer. A imagem mostra o GIGANTE servidor da Apple
construído no estado da Carolina do Norte (EUA). A Apple não divulga
números exatos de sua capacidade, mas o tamanho realmente
impressiona. Rumores apontam que a Apple esteja construindo outro, do
mesmo tamanho no Vale do Silício, também nos Estados Unidos
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12. Música? Você disse música?
Sim, o iCloud sincronizará suas
músicas e aí que mora uma das
inovações mais polêmicas da
Apple. Uma vez que o cliente
comprou uma música pelo
iTunes, ele poderá sincronizar o
arquivo com até dez
dispositivos. "E onde está a
polêmica?" Eu já poderia fazer
isso com o cabo mesmo...
(próximo slide)
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13. Sim, seria normal não fosse uma funcionalidade
inovadora trazida pela maçã, o iTunes Mach.
Por uma taxa de US$ 24 (cerca de R$40) o
usuário poderá sincronizar qualquer música,
comprada por meio da iTunes Store ou
capturada de um CD comprado anteriormente. A
polêmica é justamente sobre a possibilidade de
sincronizar também músicas adquiridas
ilegalmente. A Apple não divulgou informações
mais precisas sobre quais arquivos poderão ser
sincronizados.
Se todos os arquivos forem liberados, pagando a
taxa, o usuário poderá sincronizar músicas
adquiridas ilegalmente para qualquer dispositivo
(iPod, iPhone e derivados, desde que a música
conste no banco de dados da iTunes Store).
"UOL Tecnologia, eu não poderia fazer o
mesmo, só que usando o cabo?" Sim, leitor. O
problema é que o download para outros
dispositivos se dá em uma qualidade alta (AAC
de 256 kbps). Então, a mente mais suja poderá
cadastrar uma música "pirata" de baixa
qualidade no sistema e fazer o download em alta
qualidade em outro dispositivo; uma espécie de
"lavagem de MP3"? (próximo slide)
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14. "Lavagem de MP3?“
Provavelmente não. Apesar da Apple não
ter especificado qualquer requisito mínimo
para a música ser cadastrada no sistema
(estamos falando de músicas já presentes
na biblioteca do usuário), é bem provável
que as músicas passem por um rigoroso
processo de checagem antes de ser
sincronizada. Além disso, o serviço é pago,
e parte do valor será destinado às
gravadoras e artistas. Se olharmos por
outro lado, é uma forma de ganhar dinheiro
com as músicas ilegais. Um combate à
pirataria. E um dinheiro justo e adquirido de
forma muito inteligente.
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