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O USO DA TECNOLOGIA NO
   ENSINO DE LÍNGUAS
    ESTRANGEIRAS:
            breve
    retrospectiva histórica
Vera Lúcia Menezes de
   Oliveira e Paiva
      Professora titular da Faculdade de
       Letras da UFMG e pesquisadora
        do CNPq. Atua na Graduação e
       na Pós-Graduação, nas linhas de
           pesquisa em "Estudos em
             Línguas Estrangeiras:
        Ensino/Aprendizagem, Usos e
         Culturas" e em Linguagem e
                  Tecnologia.
• “As máquinas dominam as
  comunicações no mundo moderno. O
  ambiente lingüístico tem sido
  recriado artificialmente e o professor
  e o livro têm sido forçados a se
  integrarem a esses novos meios de
  transmissão.” Kelly (1969)
A tecnologia da escrita

• A história do livro registra que
  antes do formato que
  conhecemos hoje, os textos eram
  registrados no volumen, um rolo
  de folhas de papiro. O ato de ler
  implicava desenrolar o
  manuscrito.
• O formato do códex que se
  aproximava ao do livro de hoje.Era
  feito com pergaminhos, pedaços de
  peles de animais, geralmente de
  carneiro, ou com folhas de papiro
  unidas por uma costura. A escrita
  nos dois lados da página passa a ser
  horizontal e as páginas são viradas e
  não mais enroladas.
Códex




Volumen                Livro




          Computador
• O fato de poder pousar o livro sobre uma
  mesa traz conforto ao leitor, pois não é
  mais necessário ficar com as duas mãos
  presas ao texto. Outra vantagem do códex
  são as quatro margens que permitiam ao
  leitor “inserir glossários, anotações e
  comentários, de modo que aproximasse o
  leitor do material escrito” (FISHER, 2006,
  p.79).
• A invenção da imprensa por Gutemberg em
  1442 foi a primeira grande revolução
  tecnológica na história da cultura humana,
  mas a socialização do livro não foi um
  processo tranqüilo. O livro sofreu os mesmos
  problemas que hoje são trazidos pela
  introdução do computador em nossa
  sociedade. O estado e a igreja impunham ao
  códex a censura, cuja prática foi transferida
  aos livros e perpetuada ao longo dos
  séculos.
• Hoje é a vez do computador, que apesar
  de estar dentro das escolas, sofre
  censura de alguns administradores que
  impedem o acesso a determinadas
  páginas, às redes sociais como o Orkut, a
  salas de bate-papo e mesmo a vídeos do
  YouTube.
• A primeira notícia que se tem do uso do
  livro pelo aprendiz data de 1578, com a
  publicação de uma gramática do hebraico
  pelo Cardeal Bellarmine que possibilitava
  ao aluno estudar sem a ajuda do
  professor.
• O primeiro livro com imagens foi o
  Orbis Sensualium Pictus1 (Fig. 3), de
  Comenius, na realidade, um livro de
  vocabulário ilustrado, publicado
  em1658 para a educação infantil.
• Ao contrário de Comenius, que defendia o
  uso do livro na sala de aula, havia
  educadores como Lambert Sauver que
  propunham sua proibição. Segundo Kelly
  (1969, p. 261), Sauveur advogava a
  proibição do livro nas escolas, pois
  acreditava que a sala de aula era local
  para ocupar os ouvidos.
• Uma grande inovação tecnológica foi a
  reprodução de som e vídeo. As primeiras
  máquinas reproduziam apenas o som,
  depois apareceu a tecnologia de projeção
  de imagem e, em seguida, equipamentos
  que projetavam imagem e reproduziam
  som ao mesmo tempo.
Gravador
                Radiola

     Gramofon




                                                 Projetor




Fonógrafo                 TV/ Video
Atualmente os chamados novos
   recursos tecnológicos, surgem em
nosso dia-a-dia, com mais rapidez . As
 ferramentas tecnológicas nos cercam
com o intuito de nos ajudar a usar, por
    exemplo, um correio eletrônico, a
   confeccionar slides, a movimentar
    contas bancarias, dentre outros.
O acesso à rede mundial de
 computadores, no Brasil, aconteceu em
1991 com a criação da Rede Nacional de
Pesquisa (RNP) pelo Conselho Nacional
    de Desenvolvimento Científico e
         Tecnológico (CNPq).




         Inclusão digital
Um das primeiras páginas com material
gratuito para alunos e estudantes foi a ESL
Cafe,criada por David Sperling, com auxílio de
colaboradores, em 1995. Muitas outras
páginas somaram-se a ESL Cafe e, hoje, o
aluno de língua estrangeira encontra
exercícios de leitura, dicionários, projetos
colaborativos, exercícios de compreensão oral,
etc. No entanto, grande parte desse material,
continua com foco exclusivo na forma.
No século 21, a Internet entra em uma nova
fase, conhecida como web 2. O usuário deixa
de ser mero consumidor de conteúdo e passa
também a produtor.

Vejamos alguns exemplos do uso do computar
em pleno século XXI.
Redes de uso diário
Computador                      Escola




prática             Será esse o modelo de aprendizagem!



É possível educar alunos através do computador... mas quem os ensinam?

                                 perfil




O computador pode ser um Objeto de estudo desde que tenha interatividade.
Linha de tempo da Internet
         (Bohn,2007)
7 fases da socialização dos
computadores e seu uso na
educação por Pennongton:
• Na fase um, os computadores foram usados
  para cálculos matemáticos por um grupo de
  cientistas de elite.
• Na fase dois, o acesso foi dado a professores e
  alunos de instituições de prestígio.
• Na fase três dá início ao acesso a toda a esfera
  educacional, incluindo as escolas públicas.
• Na fase quatro transforma o computador em
  objeto de massa, atingindo a classe média e
  tornando o acesso aos computadores universal.
• Na fase cinco, os educadores se apoderam do
  computador e as máquinas se tornam cada vez
  mais parte das práticas pedagógicas;

• Na fase seis, as crianças se tornam digitalmente
  letradas e se estabelecem as condições para a

• Na fase sete em que haverá acesso universal não
  apenas às informações, mas também às pessoas.
Propostas de Bax (2003).
    • Bax propõe sete estágios até a
normalização das atividades de ensino de
 línguas mediadas por computador. São
                  elas:
1-Aparecem os primeiros adeptos e alguns
poucos professores e escolas adotam a tecnologia por
  curiosidade;

2- A maioria das pessoas ignora a tecnologia ou demonstra
   ceticismo;

3- As pessoas experimentam a tecnologia, mas rejeitam o novo
   frente aos primeiros obstáculos;

4- Tentam outra vez porque alguém os convence que a tecnologia
   funciona e aí conseguem ver vantagens relativas;

5- Mais pessoas começam a usar a nova ferramenta, mas ainda
   existe medo ou expectativas exageradas;
6- A tecnologia passa a ser vista como algo normal;

7- Integra-se em nossas vidas e se torna invisível, normalizada.
No que concerne o ensino de
      línguas estrangeiras em
  universidades, especialmente o
inglês, as experiências se dividem
em três tipos: extensão, atividades
        curriculares e projetos
              opcionais.
• A pioneira, na área de extensão, é a
  Profa. Heloisa Collins 1997.
Alguns dos itens desenvolvidos
           nessa área
• Surfing & Learning;
• Business Writing on-line -
  Inglês para Negócios via Internet;
• Read in Web;
• Teletandem Brasil9.
Um dos pioneiros no desenvolvimento de material
 online no Brasil é Vilson Leffa com seu sistema
       ELO10(Ensino de Línguas Online).
• O compartilhar com as afirmações
de Leffa quanto ao imperativo de
transformar os meios de ensinar e de
 aprender, é conciso instituir novas
abordagens a cargo das modificações
 sociais e culturais que acontecem na
   aprendizagem.
• É bem possível que o computador não chegue para
  todos, mas é preciso também ter em mente que nem o
  livro e nem o computador farão milagres no processo
  de aprendizagem.

• O sucesso da aquisição de uma língua estrangeira
  depende da inserção do aprendiz em atividades de
  prática social da linguagem e, dependendo do uso que
  se faz da tecnologia, estaremos apenas levando para a
  tela os velhos modelos presentes nos primeiros livros
  didáticos.
PAIVA, V.L.M.O.
O uso da tecnologia no ensino de línguas estrangeiras: breve retrospectiva histórica
             (submetido à publicação) 2008 disponível em
               http://www.veramenezes.com/techist.pdf
Kassia Toscano
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Tecnologia no Ensino de Línguas: retrospectiva histórica

  • 1. O USO DA TECNOLOGIA NO ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS: breve retrospectiva histórica
  • 2. Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva Professora titular da Faculdade de Letras da UFMG e pesquisadora do CNPq. Atua na Graduação e na Pós-Graduação, nas linhas de pesquisa em "Estudos em Línguas Estrangeiras: Ensino/Aprendizagem, Usos e Culturas" e em Linguagem e Tecnologia.
  • 3. • “As máquinas dominam as comunicações no mundo moderno. O ambiente lingüístico tem sido recriado artificialmente e o professor e o livro têm sido forçados a se integrarem a esses novos meios de transmissão.” Kelly (1969)
  • 4. A tecnologia da escrita • A história do livro registra que antes do formato que conhecemos hoje, os textos eram registrados no volumen, um rolo de folhas de papiro. O ato de ler implicava desenrolar o manuscrito.
  • 5. • O formato do códex que se aproximava ao do livro de hoje.Era feito com pergaminhos, pedaços de peles de animais, geralmente de carneiro, ou com folhas de papiro unidas por uma costura. A escrita nos dois lados da página passa a ser horizontal e as páginas são viradas e não mais enroladas.
  • 6. Códex Volumen Livro Computador
  • 7. • O fato de poder pousar o livro sobre uma mesa traz conforto ao leitor, pois não é mais necessário ficar com as duas mãos presas ao texto. Outra vantagem do códex são as quatro margens que permitiam ao leitor “inserir glossários, anotações e comentários, de modo que aproximasse o leitor do material escrito” (FISHER, 2006, p.79).
  • 8. • A invenção da imprensa por Gutemberg em 1442 foi a primeira grande revolução tecnológica na história da cultura humana, mas a socialização do livro não foi um processo tranqüilo. O livro sofreu os mesmos problemas que hoje são trazidos pela introdução do computador em nossa sociedade. O estado e a igreja impunham ao códex a censura, cuja prática foi transferida aos livros e perpetuada ao longo dos séculos.
  • 9. • Hoje é a vez do computador, que apesar de estar dentro das escolas, sofre censura de alguns administradores que impedem o acesso a determinadas páginas, às redes sociais como o Orkut, a salas de bate-papo e mesmo a vídeos do YouTube.
  • 10. • A primeira notícia que se tem do uso do livro pelo aprendiz data de 1578, com a publicação de uma gramática do hebraico pelo Cardeal Bellarmine que possibilitava ao aluno estudar sem a ajuda do professor.
  • 11. • O primeiro livro com imagens foi o Orbis Sensualium Pictus1 (Fig. 3), de Comenius, na realidade, um livro de vocabulário ilustrado, publicado em1658 para a educação infantil.
  • 12. • Ao contrário de Comenius, que defendia o uso do livro na sala de aula, havia educadores como Lambert Sauver que propunham sua proibição. Segundo Kelly (1969, p. 261), Sauveur advogava a proibição do livro nas escolas, pois acreditava que a sala de aula era local para ocupar os ouvidos.
  • 13. • Uma grande inovação tecnológica foi a reprodução de som e vídeo. As primeiras máquinas reproduziam apenas o som, depois apareceu a tecnologia de projeção de imagem e, em seguida, equipamentos que projetavam imagem e reproduziam som ao mesmo tempo.
  • 14. Gravador Radiola Gramofon Projetor Fonógrafo TV/ Video
  • 15. Atualmente os chamados novos recursos tecnológicos, surgem em nosso dia-a-dia, com mais rapidez . As ferramentas tecnológicas nos cercam com o intuito de nos ajudar a usar, por exemplo, um correio eletrônico, a confeccionar slides, a movimentar contas bancarias, dentre outros.
  • 16. O acesso à rede mundial de computadores, no Brasil, aconteceu em 1991 com a criação da Rede Nacional de Pesquisa (RNP) pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Inclusão digital
  • 17. Um das primeiras páginas com material gratuito para alunos e estudantes foi a ESL Cafe,criada por David Sperling, com auxílio de colaboradores, em 1995. Muitas outras páginas somaram-se a ESL Cafe e, hoje, o aluno de língua estrangeira encontra exercícios de leitura, dicionários, projetos colaborativos, exercícios de compreensão oral, etc. No entanto, grande parte desse material, continua com foco exclusivo na forma.
  • 18. No século 21, a Internet entra em uma nova fase, conhecida como web 2. O usuário deixa de ser mero consumidor de conteúdo e passa também a produtor. Vejamos alguns exemplos do uso do computar em pleno século XXI.
  • 19. Redes de uso diário
  • 20. Computador Escola prática Será esse o modelo de aprendizagem! É possível educar alunos através do computador... mas quem os ensinam? perfil O computador pode ser um Objeto de estudo desde que tenha interatividade.
  • 21. Linha de tempo da Internet (Bohn,2007)
  • 22. 7 fases da socialização dos computadores e seu uso na educação por Pennongton:
  • 23. • Na fase um, os computadores foram usados para cálculos matemáticos por um grupo de cientistas de elite. • Na fase dois, o acesso foi dado a professores e alunos de instituições de prestígio. • Na fase três dá início ao acesso a toda a esfera educacional, incluindo as escolas públicas. • Na fase quatro transforma o computador em objeto de massa, atingindo a classe média e tornando o acesso aos computadores universal.
  • 24. • Na fase cinco, os educadores se apoderam do computador e as máquinas se tornam cada vez mais parte das práticas pedagógicas; • Na fase seis, as crianças se tornam digitalmente letradas e se estabelecem as condições para a • Na fase sete em que haverá acesso universal não apenas às informações, mas também às pessoas.
  • 25. Propostas de Bax (2003). • Bax propõe sete estágios até a normalização das atividades de ensino de línguas mediadas por computador. São elas:
  • 26. 1-Aparecem os primeiros adeptos e alguns poucos professores e escolas adotam a tecnologia por curiosidade; 2- A maioria das pessoas ignora a tecnologia ou demonstra ceticismo; 3- As pessoas experimentam a tecnologia, mas rejeitam o novo frente aos primeiros obstáculos; 4- Tentam outra vez porque alguém os convence que a tecnologia funciona e aí conseguem ver vantagens relativas; 5- Mais pessoas começam a usar a nova ferramenta, mas ainda existe medo ou expectativas exageradas; 6- A tecnologia passa a ser vista como algo normal; 7- Integra-se em nossas vidas e se torna invisível, normalizada.
  • 27. No que concerne o ensino de línguas estrangeiras em universidades, especialmente o inglês, as experiências se dividem em três tipos: extensão, atividades curriculares e projetos opcionais.
  • 28. • A pioneira, na área de extensão, é a Profa. Heloisa Collins 1997.
  • 29. Alguns dos itens desenvolvidos nessa área • Surfing & Learning; • Business Writing on-line - Inglês para Negócios via Internet; • Read in Web; • Teletandem Brasil9.
  • 30. Um dos pioneiros no desenvolvimento de material online no Brasil é Vilson Leffa com seu sistema ELO10(Ensino de Línguas Online).
  • 31. • O compartilhar com as afirmações de Leffa quanto ao imperativo de transformar os meios de ensinar e de aprender, é conciso instituir novas abordagens a cargo das modificações sociais e culturais que acontecem na aprendizagem.
  • 32. • É bem possível que o computador não chegue para todos, mas é preciso também ter em mente que nem o livro e nem o computador farão milagres no processo de aprendizagem. • O sucesso da aquisição de uma língua estrangeira depende da inserção do aprendiz em atividades de prática social da linguagem e, dependendo do uso que se faz da tecnologia, estaremos apenas levando para a tela os velhos modelos presentes nos primeiros livros didáticos.
  • 33. PAIVA, V.L.M.O. O uso da tecnologia no ensino de línguas estrangeiras: breve retrospectiva histórica (submetido à publicação) 2008 disponível em http://www.veramenezes.com/techist.pdf