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EE PROFª BENEDITA ARRUDA



   3º DIA DE PLANEJAMENTO
   AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
           28/03/13
PAUTA
1. Sensibilização: “Os dez mandamentos do
   professor”
2. Oficina de Provas
3. Análise dos dados
4. Plano de Ação
Dez mandamentos do Professor
              Leandro Karnal
A sabedoria do mais influente legislador do Ocidente, Moisés, sintetizou uma
   concepção de mundo em Dez Mandamentos. Como bom educador, o ex-
   príncipe do Egito sabia que longos códigos são de difícil acesso. Curioso
   notar que constituições muito breves, como a norte-americana, passam
   dos dois séculos e constituições prolixas, como todas as brasileiras ,
   caducam em prazos muito curtos.
       Inspirados neste exemplo, elaboramos os Dez Mandamentos do
   Professor. Estes dez mandamentos são fruto de uma experiência particular
   e não se pretendem eternos ou válidos em qualquer ocasião. Gostaria
   apenas de fornecer a colegas, como você leitor, uma reflexão particular,
   que possa ser aprofundada, reinterpretada ou rejeitada de acordo com a
   sua experiência. O que me levou a pensar nestes princípios é a mesma
   angústia que assola qualquer educador: como ser um bom profissional,
   ensinar, transformar meu aluno e fazer parte desta transformação? Como
   superar o tédio dos meus alunos, a indisciplina, a irrelevância de algumas
   coisas que faço e meu próprio cansaço? Como não considerar a sala um
   fardo e o relógio um inimigo? Como parar de achar que só vivo a partir do
   fim-de-semana? A partir destes questionamentos, você está
   permanentemente convidado a adensar ou criticar, fazer seus outros dez
   ou sintetizar a dois ou três, pois, quem acha que pode melhorar a aula que
   dá , já começou a viver educação. E quem não acha que pode?
   Bem, deixa para lá! Ensinar não é a única profissão do mundo...
PRIMEIRO MANDAMENTO: CORTAR O
          PROGRAMA!
Quase todas as disciplinas foram perdendo aulas ao
   longo das décadas anteriores. Não obstante, os
   programas nem sempre acompanharam estes
   cortes. Pergunte-se: isto é realmente
   importante? Este conteúdo é essencial? Não
   seria melhor aprofundar mais tais tópicos e
   menos outros? Se a justificativa é a pressão do
   vestibular, ela não pode ocupar 11 anos de
   Ensino Médio e Fundamental. Se a justificativa é
   uma regra da escola ou um coordenador
   obsessivo, lembre-se: o Diário de Classe sempre
   foi o documento por excelência do estelionato. A
   coragem da grande tesoura é essencial. Dar tudo
   equivale a dar nada. Ensinar a pensar não implica
   esgotar o conhecimento humano.
SEGUNDO MANDAMENTO: SEMPRE
      PARTIR DO ALUNO!
         Chega de lamentar o aluno que não temos!
            Chega de lamentar que eles não lêem, a
            partir de uma nebulosa memória do aluno
            perfeito que teríamos sido (nebulosa e
            duvidosa). Este é o meu aluno real. Se, para
            ele, Paulo Coelho é superior a Machado de
            Assis e baile Funk é superior a Mozart, eu
            preciso saber desta realidade para
            transformá-la. Se ele é analfabeto devo
            começar a alfabetizá-lo. Se ele está no Ensino
            Médio e ainda não domina soma de frações
            de denominadores diferentes devo estar
            atento: esta é minha realidade. A partir do
            zero eu posso sonhar com o cinco ou seis. A
            partir do imaginário da perfeição é difícil
            produzir algo. A Utopia, desde Platão e
            Thomas Morus, tem a finalidade de
            transformar o real, nunca de impossibilitá-lo.
TERCEIRO MANDAMENTO: PERDER O
        FETICHE DO TEXTO!
Em todas as áreas, em especial nas humanas, os alunos
   são instigados quase que exclusivamente ao texto.
   Num mundo imerso na imagem e dominado por
   sons e cores, tornamos o texto central na sala de
   aula. Devemos estar atentos ao uso de
   imagens, música, sensorialidades variadas. O texto
   é muito importante, nunca deve ser abandonado.
   Porém, se o objetivo é fazer pensar, o texto é
   apenas um instrumento deste objetivo maior. Há
   pessoas que pensam e nunca leram Camões e há
   quem saiba Os Lusíadas de cor e não
   pensam...Lembre-se de que há outros instrumentos.
   A sedução das imagens deve ser uma alavanca a
   nosso favor, nunca contra. Usar filmes,
   propagandas, caricaturas, desenhos, mapas: tudo
   pode servir ao único grande objetivo da escola:
   ajudar a ler o mundo, não apenas a ler letras.
QUARTO MANDAMENTO:
POSSIBILITAR O CAOS CRIATIVO.
    Fomos educados a um ideal de ordem com carteiras emparelhadas e,
       mesmo no fundo do nosso inconsciente, este ideal persiste. Qual
       professor já não teve o pesadelo de perder o controle total de uma
       sala, especialmente na noite mal dormida que antecede o primeiro
       dia de aula? Devemos estar preparados para o caos criador e para o
       lúdico. Alunos andando pela sala, trocando fragmentos de textos ou
       imagens dados pelo professor, discussões, encenações, o professor
       recitando uma poesia ou mandando realizar um desenho: tudo pode
       ser canal deste lúdico que detona o caos criativo. Surpreenda seus
       alunos com uma encenação, com um silêncio, com um grito, com
       uma máscara. Uma sala pode estar em ordem e ninguém
       aprendendo e pode estar com muitas vozes e criando ambiente de
       aprendizado. Lembre-se o silêncio absoluto é mais importante para
       nós do que para os alunos. É difícil vencer a resistência dos colegas e
       da própria escola a isto. Lógico que o silêncio também deve ser um
       espaço de reflexão, mas é possível pensar que há valor num solo
       gentil de flauta, numa pausa ou num toque retumbante de 200
       instrumentos.
QUINTO MANDAMENTO:
               INTERDISCIPLINAR!
Assim mesmo, entendido o princípio como
   um verbo, como uma ação deliberada. É
   fundamental fazer trabalhos com todas as
   áreas. Elaborar temas transversais como o
   MEC pede e, ao mesmo tempo, libertar o
   aluno da idéia didática das gavetas de
   conhecimento. Não apenas áreas afins
   (como História e Geografia) mas também
   Literatura e Educação Física, Matemática e
   Artes, Química e Filosofia. É preciso
   restaurar o sentido original de
   conhecimento, que nasceu único e foi
   sendo fragmentado até perder a noção de
   todo. O profissional do futuro é muito
   mais holístico do que nós temos sido até
   hoje.
SEXTO MANDAMENTO:
PROBLEMATIZAR O CONHECIMENTO.
        Oferecer ao aluno o cerne da ciência e da arte: o
           problema. Não o problema artificial clássico na
           área de exatas, mas os problemas que geraram
           a inquietude que produziu este mesmo
           conhecimento A chama que vivou os cientistas
           e artistas é transmitida como um monumento
           inerte e petrificado. Mostrem as incoerências,
           as dúvidas, as questões estruturais de cada
           matéria. Mostrem textos opostos, visões
           distintas, críticas de um autor ao outro. Nunca
           fazer um trabalho como: “O Feudalismo” ou “O
           Relevo do Amapá”; mas problemas para serem
           resolvidos. Todo animal (e, por extensão, o
           aluno) é curioso. Porém, é difícil ser curioso
           com o que está pronto. Sejamos francos: se é
           tedioso ler um trabalho destes, qual terá sido o
           tédio em fazê-lo?
SÉTIMO MANDAMENTO: VARIAR
        AVALIAÇÕES.
      Provas escritas são válidas, como a
        vitamina A é válida para o corpo
        humano. Porém, avaliações variadas
        ampliam a chance de explorar
        outros tipos de inteligência na sala.
        As outras avaliações não devem ser
        vistas como um trabalhinho para
        dar nota e ajudar na prova, mas
        como um processo orgânico de
        diminuir um pouco a eterna
        subjetividade da avaliação.
OITAVO MANDAMENTO: USAR O
      MUNDO NA SALA DE AULA!
O mundo está permeado pela televisão,
  pela Internet, pelos jornais, pelas
  revistas, pelas músicas de sucesso. A
  escola e a sala de aula precisam
  dialogar com este mundo. Os alunos
  em geral não gostam do espaço da sala
  porque ele tem muito de artificial, de
  deslocado, de fora do seu interesse.
  Usar o mundo da comunicação
  contemporânea não significa repetir o
  mundo da comunicação
  contemporânea; mas estabelecer um
  gancho com a percepção do meu
  aluno.
NONO MANDAMENTO: ANALISAR-SE
       PESSOALMENTE!
         A primeira pessoa que deve responder aos
            questionamentos da educação é o professor.
            Somos nós que devemos saber qual o motivo de
            dar tal coisa, qual a relevância, qual a utilidade
            de tal leitura. O professor é o primeiro que deve
            saber como tal ciência transformou a sua vida.
            Isto implica fazer toda espécie de questão,
            mesmo as incômodas. Se eu não fico lendo tal
            autor por prazer e nem o levo aos meus passeios
            como posso exigir que um jovem ou uma criança
            o façam? Qual a coerência do meu trabalho?
            Minha irritação com a turma indisciplinada é
            uma espécie de raiva por saber que eles estão
            certos? Minha formação permanente me indica
            novos caminhos? Estou repetindo fórmulas que
            deram certo quando eu era aluno há 20 ou mais
            anos? É necessário um exercício analítico-crítico
            muito denso para que eu enfrente o mais duro
            olhar do planeta: o do meu aluno.
DÉCIMO MANDAMENTO: SER
                       PACIENTE!
Hoje eu acho que ser paciente é a maior virtude do professor. Não a clássica
    paciência de não esganar um adolescente numa última aula de sexta-
    feira, mas a paciência de saber que, como dizia Rubem Alves, plantamos
    carvalhos e não eucaliptos. Nossa tarefa é constante, difícil, com
    resultados pouco visíveis a médio prazo. Porém, se você está lendo este
    texto, lembre-se: houve uma professora ou um professor que o
    alfabetizou, que pegou na sua mão e ensinou, dezenas de vezes, a fazer
    a simples curva da letra O. Graças a estas paciências, somos o que
    somos. O modelo da paciência pedagógica é a recomendação materna
    para escovar os dentes: foi repetida quatro vezes ao dia, durante mais
    de uma década, com erros diários e recaídas diárias. As mães poderiam
    dizer: já que vocês não querem nada com o que é melhor para vocês,
    permaneçam do jeito que estão que eu não vou mais gritar sobre isto
    (típica frase de sala de aula...) . Sem estas paciências, seríamos
    analfabetos e banguelas. Não devamos oferecer menos ao nosso aluno,
    especialmente ao aluno que não merece nem quer esta paciência - este
    é o que necessita urgentemente dela. O doente precisa do médico, não
    o sadio. O aluno-problema precisa de nós, não o brilhante e limpo
    discípulo da primeira carteira.
Há alguns anos eu falava de alguns destes
 princípios e uma senhora reargiu dizendo que
 ela fazia tudo isto e muito mais e, mesmo
 assim, os alunos estavam cada vez piores e
 com menos resultados. Olhei para esta
 professora e senti nela o reflexo de meus
 cansaços também. A única coisa que me
 ocorreu lembrar é uma alegoria, com a qual
 encerro este texto:
Na nossa cultura há um modelo de professor: Jesus. A maioria absoluta das pessoas
   no Brasil é cristã, mas a alegoria serve também para os que não são. Tomemos a
   história de Jesus independente da nossa orientação religiosa. Comparemos: Jesus
   teve 12 alunos escolhidos por ele! Eu tenho 30, 60, 100, escolhidos por um
   rigoroso processo de seleção: inscreveu, pagou, entrou. Jesus teve alunos em
   tempo integral por três anos: eu tenho por duas ou quatro aulas semanais, por um
   período mais curto. Os alunos de Jesus deixaram tudo para segui-lo, o meu não
   deixa quase nada e não quer acompanhar nem meu pensamento, quanto mais
   minhas propostas existenciais. Fiel aos novo ditames do MEC, Jesus deu um curso
   superior em três anos. Para quem acredita, Ele fazia milagres, coisa que nós
   certamente não fazemos naquele sentido. A aula, de Jesus, assim, era reforçada
   por work-shops. A auto estima e a confiança de Jesus era enorme: o cara
   simplesmente dizia que era o Filho de Deus, que ressuscitava mortos, andava sobre
   as águas, passava quarenta dias sem comer e não tinha medo de ninguém. Eu não
   tenho esta convicção. Melhor: as aulas eram ao ar livre, sem coordenação, sem
   direção, sem colegas e os pais dos alunos não apareciam para reclamar!
Bem, após 3 anos de curso intenso com todos estes reforços,
  chegou a prova final. Na agonia do Horto os três melhores
  alunos dormiram, quando o Mestre estava chorando
  sangue. O tesoureiro da turma denunciou o professor à
  Delegacia de Educação por 30 moedas. O líder da classe,
  Pedro, negou que tivesse tido aula por três vezes diante da
  supervisora de ensino: nunca vi este cara antes... Outros
  nove fugiram sem dar notícia e não compareceram à prova
  final: o Calvário. O mais novo e bobinho, João, foi até lá,
  mas não fez nada para impedir que os guardas matassem o
  professor. Se considerarmos João , com boa vontade, o
  único aprovado, teremos uma média de êxito de 8.33%,
  baixa demais para os padrões das Delegacias de Ensino e
  alvo de demissão sumária por justa causa.
O professor morreu e, para quem acredita, voltou para uma
  recuperação de férias. Reuniu os reprovados e disse: mais uma
  chance. Um dos alunos , Tomé, pediu para colocar o dedo no
  diploma do professor para ver se era de verdade. Primeira
  pergunta do líder da turma, Pedro: “Senhor, é agora que vais
  restaurar o reino de Israel?” Ou seja, o melhor aluno não
  aprendeu nada! Esta pergunta mostra o oposto da aula dada,
  pois ele achou que o curso tinha sido sobre política e, na
  verdade, tinha sido sobre Teologia... Objetivos não atingidos:
  100% ! Novos milagres, mais 40 dias de feedback, apostilas,
  recuperação, reforço de férias. Final de curso pirotécnico: subiu
  ao céu entre nuvens e anjos assistentes-pedagógicos disseram
  que o mestre tinha ido para a sala dos professores eterna e não
  mais voltaria. O curso estava encerrado, todas as lições tinham
  sido dadas para aquela nata de 11 homens. O que eles fizeram?
  Foram se esconder numa casa, todos apavorados. O mestre
  mandou um módulo auto-instrucional de reforço, o Espírito
  Santo, um anabolizante. Só então, com uma força externa, eles
  começaram a entender, e finalmente tiveram aquela famosa
  reação bovina: HUMMMM...
Bem, eu disse à professora que me questionava: se Jesus teve
  tantos insucessos apesar de condições tão boas, a senhora quer
  ser mais do que Ele? Hoje eu diria para qualquer profissional:
  faça o máximo, mas apenas o máximo, e deixem o resto por
  conta do resto. A frase parece autista, mas é muito importante.
  Nós temos um limite: a vontade do aluno, da instituição e da
  sociedade como um todo. Não transformamos nada sozinhos,
  mas transformamos. O primeiro passo é a vontade. O segundo
  começa daqui a pouco, naquela sala difícil, com aquela turma
  sentada no fundo e naqueles angustiantes dez minutos que você
  vai levar para conseguir fazer a chamada... Vamos lá?
ALGUNS RESULTADOS

  LÍNGUA PORTUGUESA
7º ANO - EF
A    - 32,0 %
B   - 24,8%
C    - 15,2 %
D   - 25,6 %

BR -    2,4 %
8º ANO - EF
A – 24,6%
                B - 19,2 %
                C - 33,5 %
                D - 21,6 %
                BR - 1,2 %


7º ANO 2012  39,6%
9º ANO – EF - LP
A – 28,9%
B - 13,3%
C - 21,5%
D - 34,1%
BR - 2,2%
LÍNGUA PORTUGUESA – ENS. MÉDIO
1ª SÉRIE




 A. 63%
 B. 15%
 C. 16%
 D. 4%
 BR. 2%
2ª SÉRIE



           A.   69%
           B.   7%
           C.   19%
           D.   6%
3º EM – LP – QUESTÃO 15
3º EM – LP – QUESTÃO 15




                  2012 /2º série  61%
             A.   16,7%
             B.   31,7%
             C.   34,9%
             D.   16,7%
ALGUNS RESULTADOS

     MATEMÁTICA
6º ANO EF - MATEMÁTICA
1 – 19,6%




2 - 1,8 %




3 - 17,0 %


4 - 29,5%

5 - 30,4 %

BR – 1,8%
A – 23,2 %
B - 13,4 %
C - 9,8 %
D - 45,5 %
BR - 8,0 %
7º ANO EF - MATEMÁTICA
A – 0,0%




B - 1,8%




C - 5,3%

D - 4,4%

E – 65,5%

BR - 23,0 %
A – 2,7%

B - 26,5%



C - 1,8%



D - 0,0%

E – 65,5%

BR - 3,5 %
A – 63,7%
B - 11,5%
C - 8,8%    6º ANO 2012  50,4%
D - 10,6%
BR – 5,3%
8º ANO EF - MATEMÁTICA
A – 2,5%


B - 17,5%



C - 30,0%




D - 26,9%



BR – 23,1%
1ª série - EM




9% de acertos (13 alunos)
A – 14,4%


B - 13,8%


C - 15,6%


D - 35,6%


BR – 20,6 %
9º ANO EF - MATEMÁTICA
A – 0,7%


B - 0,0%


C - 0,0%


D - 13,9%
E – 10,2%

F – 43,1%
BR – 32,1%
A – 1,5%


B - 2,2%




C - 13,1%



D – 1,5%

E – 32,8%


BR – 48,9%
2º EM – MAT – QUESTÃO 6
2º EM – MAT – QUESTÃO 6
           1,2%



           1,2%




           34,8%



           45,4%



           17,4%
PARA REFLETIR:
• Porque os alunos não aprenderam?
• Quem são os alunos que erraram?
• Quem são os alunos que acertaram?
PLANO DE AÇÃO
Como eu, na minha área/disciplina, posso ajudar
  a melhorar essa situação?

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Dez mandamentos para professores

  • 1. EE PROFª BENEDITA ARRUDA 3º DIA DE PLANEJAMENTO AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA 28/03/13
  • 2. PAUTA 1. Sensibilização: “Os dez mandamentos do professor” 2. Oficina de Provas 3. Análise dos dados 4. Plano de Ação
  • 3. Dez mandamentos do Professor Leandro Karnal A sabedoria do mais influente legislador do Ocidente, Moisés, sintetizou uma concepção de mundo em Dez Mandamentos. Como bom educador, o ex- príncipe do Egito sabia que longos códigos são de difícil acesso. Curioso notar que constituições muito breves, como a norte-americana, passam dos dois séculos e constituições prolixas, como todas as brasileiras , caducam em prazos muito curtos. Inspirados neste exemplo, elaboramos os Dez Mandamentos do Professor. Estes dez mandamentos são fruto de uma experiência particular e não se pretendem eternos ou válidos em qualquer ocasião. Gostaria apenas de fornecer a colegas, como você leitor, uma reflexão particular, que possa ser aprofundada, reinterpretada ou rejeitada de acordo com a sua experiência. O que me levou a pensar nestes princípios é a mesma angústia que assola qualquer educador: como ser um bom profissional, ensinar, transformar meu aluno e fazer parte desta transformação? Como superar o tédio dos meus alunos, a indisciplina, a irrelevância de algumas coisas que faço e meu próprio cansaço? Como não considerar a sala um fardo e o relógio um inimigo? Como parar de achar que só vivo a partir do fim-de-semana? A partir destes questionamentos, você está permanentemente convidado a adensar ou criticar, fazer seus outros dez ou sintetizar a dois ou três, pois, quem acha que pode melhorar a aula que dá , já começou a viver educação. E quem não acha que pode? Bem, deixa para lá! Ensinar não é a única profissão do mundo...
  • 4. PRIMEIRO MANDAMENTO: CORTAR O PROGRAMA! Quase todas as disciplinas foram perdendo aulas ao longo das décadas anteriores. Não obstante, os programas nem sempre acompanharam estes cortes. Pergunte-se: isto é realmente importante? Este conteúdo é essencial? Não seria melhor aprofundar mais tais tópicos e menos outros? Se a justificativa é a pressão do vestibular, ela não pode ocupar 11 anos de Ensino Médio e Fundamental. Se a justificativa é uma regra da escola ou um coordenador obsessivo, lembre-se: o Diário de Classe sempre foi o documento por excelência do estelionato. A coragem da grande tesoura é essencial. Dar tudo equivale a dar nada. Ensinar a pensar não implica esgotar o conhecimento humano.
  • 5. SEGUNDO MANDAMENTO: SEMPRE PARTIR DO ALUNO! Chega de lamentar o aluno que não temos! Chega de lamentar que eles não lêem, a partir de uma nebulosa memória do aluno perfeito que teríamos sido (nebulosa e duvidosa). Este é o meu aluno real. Se, para ele, Paulo Coelho é superior a Machado de Assis e baile Funk é superior a Mozart, eu preciso saber desta realidade para transformá-la. Se ele é analfabeto devo começar a alfabetizá-lo. Se ele está no Ensino Médio e ainda não domina soma de frações de denominadores diferentes devo estar atento: esta é minha realidade. A partir do zero eu posso sonhar com o cinco ou seis. A partir do imaginário da perfeição é difícil produzir algo. A Utopia, desde Platão e Thomas Morus, tem a finalidade de transformar o real, nunca de impossibilitá-lo.
  • 6. TERCEIRO MANDAMENTO: PERDER O FETICHE DO TEXTO! Em todas as áreas, em especial nas humanas, os alunos são instigados quase que exclusivamente ao texto. Num mundo imerso na imagem e dominado por sons e cores, tornamos o texto central na sala de aula. Devemos estar atentos ao uso de imagens, música, sensorialidades variadas. O texto é muito importante, nunca deve ser abandonado. Porém, se o objetivo é fazer pensar, o texto é apenas um instrumento deste objetivo maior. Há pessoas que pensam e nunca leram Camões e há quem saiba Os Lusíadas de cor e não pensam...Lembre-se de que há outros instrumentos. A sedução das imagens deve ser uma alavanca a nosso favor, nunca contra. Usar filmes, propagandas, caricaturas, desenhos, mapas: tudo pode servir ao único grande objetivo da escola: ajudar a ler o mundo, não apenas a ler letras.
  • 7. QUARTO MANDAMENTO: POSSIBILITAR O CAOS CRIATIVO. Fomos educados a um ideal de ordem com carteiras emparelhadas e, mesmo no fundo do nosso inconsciente, este ideal persiste. Qual professor já não teve o pesadelo de perder o controle total de uma sala, especialmente na noite mal dormida que antecede o primeiro dia de aula? Devemos estar preparados para o caos criador e para o lúdico. Alunos andando pela sala, trocando fragmentos de textos ou imagens dados pelo professor, discussões, encenações, o professor recitando uma poesia ou mandando realizar um desenho: tudo pode ser canal deste lúdico que detona o caos criativo. Surpreenda seus alunos com uma encenação, com um silêncio, com um grito, com uma máscara. Uma sala pode estar em ordem e ninguém aprendendo e pode estar com muitas vozes e criando ambiente de aprendizado. Lembre-se o silêncio absoluto é mais importante para nós do que para os alunos. É difícil vencer a resistência dos colegas e da própria escola a isto. Lógico que o silêncio também deve ser um espaço de reflexão, mas é possível pensar que há valor num solo gentil de flauta, numa pausa ou num toque retumbante de 200 instrumentos.
  • 8. QUINTO MANDAMENTO: INTERDISCIPLINAR! Assim mesmo, entendido o princípio como um verbo, como uma ação deliberada. É fundamental fazer trabalhos com todas as áreas. Elaborar temas transversais como o MEC pede e, ao mesmo tempo, libertar o aluno da idéia didática das gavetas de conhecimento. Não apenas áreas afins (como História e Geografia) mas também Literatura e Educação Física, Matemática e Artes, Química e Filosofia. É preciso restaurar o sentido original de conhecimento, que nasceu único e foi sendo fragmentado até perder a noção de todo. O profissional do futuro é muito mais holístico do que nós temos sido até hoje.
  • 9. SEXTO MANDAMENTO: PROBLEMATIZAR O CONHECIMENTO. Oferecer ao aluno o cerne da ciência e da arte: o problema. Não o problema artificial clássico na área de exatas, mas os problemas que geraram a inquietude que produziu este mesmo conhecimento A chama que vivou os cientistas e artistas é transmitida como um monumento inerte e petrificado. Mostrem as incoerências, as dúvidas, as questões estruturais de cada matéria. Mostrem textos opostos, visões distintas, críticas de um autor ao outro. Nunca fazer um trabalho como: “O Feudalismo” ou “O Relevo do Amapá”; mas problemas para serem resolvidos. Todo animal (e, por extensão, o aluno) é curioso. Porém, é difícil ser curioso com o que está pronto. Sejamos francos: se é tedioso ler um trabalho destes, qual terá sido o tédio em fazê-lo?
  • 10. SÉTIMO MANDAMENTO: VARIAR AVALIAÇÕES. Provas escritas são válidas, como a vitamina A é válida para o corpo humano. Porém, avaliações variadas ampliam a chance de explorar outros tipos de inteligência na sala. As outras avaliações não devem ser vistas como um trabalhinho para dar nota e ajudar na prova, mas como um processo orgânico de diminuir um pouco a eterna subjetividade da avaliação.
  • 11. OITAVO MANDAMENTO: USAR O MUNDO NA SALA DE AULA! O mundo está permeado pela televisão, pela Internet, pelos jornais, pelas revistas, pelas músicas de sucesso. A escola e a sala de aula precisam dialogar com este mundo. Os alunos em geral não gostam do espaço da sala porque ele tem muito de artificial, de deslocado, de fora do seu interesse. Usar o mundo da comunicação contemporânea não significa repetir o mundo da comunicação contemporânea; mas estabelecer um gancho com a percepção do meu aluno.
  • 12. NONO MANDAMENTO: ANALISAR-SE PESSOALMENTE! A primeira pessoa que deve responder aos questionamentos da educação é o professor. Somos nós que devemos saber qual o motivo de dar tal coisa, qual a relevância, qual a utilidade de tal leitura. O professor é o primeiro que deve saber como tal ciência transformou a sua vida. Isto implica fazer toda espécie de questão, mesmo as incômodas. Se eu não fico lendo tal autor por prazer e nem o levo aos meus passeios como posso exigir que um jovem ou uma criança o façam? Qual a coerência do meu trabalho? Minha irritação com a turma indisciplinada é uma espécie de raiva por saber que eles estão certos? Minha formação permanente me indica novos caminhos? Estou repetindo fórmulas que deram certo quando eu era aluno há 20 ou mais anos? É necessário um exercício analítico-crítico muito denso para que eu enfrente o mais duro olhar do planeta: o do meu aluno.
  • 13. DÉCIMO MANDAMENTO: SER PACIENTE! Hoje eu acho que ser paciente é a maior virtude do professor. Não a clássica paciência de não esganar um adolescente numa última aula de sexta- feira, mas a paciência de saber que, como dizia Rubem Alves, plantamos carvalhos e não eucaliptos. Nossa tarefa é constante, difícil, com resultados pouco visíveis a médio prazo. Porém, se você está lendo este texto, lembre-se: houve uma professora ou um professor que o alfabetizou, que pegou na sua mão e ensinou, dezenas de vezes, a fazer a simples curva da letra O. Graças a estas paciências, somos o que somos. O modelo da paciência pedagógica é a recomendação materna para escovar os dentes: foi repetida quatro vezes ao dia, durante mais de uma década, com erros diários e recaídas diárias. As mães poderiam dizer: já que vocês não querem nada com o que é melhor para vocês, permaneçam do jeito que estão que eu não vou mais gritar sobre isto (típica frase de sala de aula...) . Sem estas paciências, seríamos analfabetos e banguelas. Não devamos oferecer menos ao nosso aluno, especialmente ao aluno que não merece nem quer esta paciência - este é o que necessita urgentemente dela. O doente precisa do médico, não o sadio. O aluno-problema precisa de nós, não o brilhante e limpo discípulo da primeira carteira.
  • 14. Há alguns anos eu falava de alguns destes princípios e uma senhora reargiu dizendo que ela fazia tudo isto e muito mais e, mesmo assim, os alunos estavam cada vez piores e com menos resultados. Olhei para esta professora e senti nela o reflexo de meus cansaços também. A única coisa que me ocorreu lembrar é uma alegoria, com a qual encerro este texto:
  • 15. Na nossa cultura há um modelo de professor: Jesus. A maioria absoluta das pessoas no Brasil é cristã, mas a alegoria serve também para os que não são. Tomemos a história de Jesus independente da nossa orientação religiosa. Comparemos: Jesus teve 12 alunos escolhidos por ele! Eu tenho 30, 60, 100, escolhidos por um rigoroso processo de seleção: inscreveu, pagou, entrou. Jesus teve alunos em tempo integral por três anos: eu tenho por duas ou quatro aulas semanais, por um período mais curto. Os alunos de Jesus deixaram tudo para segui-lo, o meu não deixa quase nada e não quer acompanhar nem meu pensamento, quanto mais minhas propostas existenciais. Fiel aos novo ditames do MEC, Jesus deu um curso superior em três anos. Para quem acredita, Ele fazia milagres, coisa que nós certamente não fazemos naquele sentido. A aula, de Jesus, assim, era reforçada por work-shops. A auto estima e a confiança de Jesus era enorme: o cara simplesmente dizia que era o Filho de Deus, que ressuscitava mortos, andava sobre as águas, passava quarenta dias sem comer e não tinha medo de ninguém. Eu não tenho esta convicção. Melhor: as aulas eram ao ar livre, sem coordenação, sem direção, sem colegas e os pais dos alunos não apareciam para reclamar!
  • 16. Bem, após 3 anos de curso intenso com todos estes reforços, chegou a prova final. Na agonia do Horto os três melhores alunos dormiram, quando o Mestre estava chorando sangue. O tesoureiro da turma denunciou o professor à Delegacia de Educação por 30 moedas. O líder da classe, Pedro, negou que tivesse tido aula por três vezes diante da supervisora de ensino: nunca vi este cara antes... Outros nove fugiram sem dar notícia e não compareceram à prova final: o Calvário. O mais novo e bobinho, João, foi até lá, mas não fez nada para impedir que os guardas matassem o professor. Se considerarmos João , com boa vontade, o único aprovado, teremos uma média de êxito de 8.33%, baixa demais para os padrões das Delegacias de Ensino e alvo de demissão sumária por justa causa.
  • 17. O professor morreu e, para quem acredita, voltou para uma recuperação de férias. Reuniu os reprovados e disse: mais uma chance. Um dos alunos , Tomé, pediu para colocar o dedo no diploma do professor para ver se era de verdade. Primeira pergunta do líder da turma, Pedro: “Senhor, é agora que vais restaurar o reino de Israel?” Ou seja, o melhor aluno não aprendeu nada! Esta pergunta mostra o oposto da aula dada, pois ele achou que o curso tinha sido sobre política e, na verdade, tinha sido sobre Teologia... Objetivos não atingidos: 100% ! Novos milagres, mais 40 dias de feedback, apostilas, recuperação, reforço de férias. Final de curso pirotécnico: subiu ao céu entre nuvens e anjos assistentes-pedagógicos disseram que o mestre tinha ido para a sala dos professores eterna e não mais voltaria. O curso estava encerrado, todas as lições tinham sido dadas para aquela nata de 11 homens. O que eles fizeram? Foram se esconder numa casa, todos apavorados. O mestre mandou um módulo auto-instrucional de reforço, o Espírito Santo, um anabolizante. Só então, com uma força externa, eles começaram a entender, e finalmente tiveram aquela famosa reação bovina: HUMMMM...
  • 18. Bem, eu disse à professora que me questionava: se Jesus teve tantos insucessos apesar de condições tão boas, a senhora quer ser mais do que Ele? Hoje eu diria para qualquer profissional: faça o máximo, mas apenas o máximo, e deixem o resto por conta do resto. A frase parece autista, mas é muito importante. Nós temos um limite: a vontade do aluno, da instituição e da sociedade como um todo. Não transformamos nada sozinhos, mas transformamos. O primeiro passo é a vontade. O segundo começa daqui a pouco, naquela sala difícil, com aquela turma sentada no fundo e naqueles angustiantes dez minutos que você vai levar para conseguir fazer a chamada... Vamos lá?
  • 19. ALGUNS RESULTADOS LÍNGUA PORTUGUESA
  • 20. 7º ANO - EF
  • 21. A - 32,0 % B - 24,8% C - 15,2 % D - 25,6 % BR - 2,4 %
  • 22. 8º ANO - EF
  • 23. A – 24,6% B - 19,2 % C - 33,5 % D - 21,6 % BR - 1,2 % 7º ANO 2012  39,6%
  • 24. 9º ANO – EF - LP
  • 25. A – 28,9% B - 13,3% C - 21,5% D - 34,1% BR - 2,2%
  • 26. LÍNGUA PORTUGUESA – ENS. MÉDIO
  • 27. 1ª SÉRIE A. 63% B. 15% C. 16% D. 4% BR. 2%
  • 28. 2ª SÉRIE A. 69% B. 7% C. 19% D. 6%
  • 29. 3º EM – LP – QUESTÃO 15
  • 30. 3º EM – LP – QUESTÃO 15 2012 /2º série  61% A. 16,7% B. 31,7% C. 34,9% D. 16,7%
  • 31. ALGUNS RESULTADOS MATEMÁTICA
  • 32. 6º ANO EF - MATEMÁTICA
  • 33. 1 – 19,6% 2 - 1,8 % 3 - 17,0 % 4 - 29,5% 5 - 30,4 % BR – 1,8%
  • 34. A – 23,2 % B - 13,4 % C - 9,8 % D - 45,5 % BR - 8,0 %
  • 35. 7º ANO EF - MATEMÁTICA
  • 36. A – 0,0% B - 1,8% C - 5,3% D - 4,4% E – 65,5% BR - 23,0 %
  • 37.
  • 38. A – 2,7% B - 26,5% C - 1,8% D - 0,0% E – 65,5% BR - 3,5 %
  • 39. A – 63,7% B - 11,5% C - 8,8% 6º ANO 2012  50,4% D - 10,6% BR – 5,3%
  • 40. 8º ANO EF - MATEMÁTICA
  • 41. A – 2,5% B - 17,5% C - 30,0% D - 26,9% BR – 23,1%
  • 42. 1ª série - EM 9% de acertos (13 alunos)
  • 43. A – 14,4% B - 13,8% C - 15,6% D - 35,6% BR – 20,6 %
  • 44. 9º ANO EF - MATEMÁTICA
  • 45. A – 0,7% B - 0,0% C - 0,0% D - 13,9% E – 10,2% F – 43,1% BR – 32,1%
  • 46.
  • 47. A – 1,5% B - 2,2% C - 13,1% D – 1,5% E – 32,8% BR – 48,9%
  • 48. 2º EM – MAT – QUESTÃO 6
  • 49. 2º EM – MAT – QUESTÃO 6 1,2% 1,2% 34,8% 45,4% 17,4%
  • 50. PARA REFLETIR: • Porque os alunos não aprenderam? • Quem são os alunos que erraram? • Quem são os alunos que acertaram?
  • 51. PLANO DE AÇÃO Como eu, na minha área/disciplina, posso ajudar a melhorar essa situação?