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Santa
Revista
em
Ano 2014; volume 9; Dezembro de 2014
Conectadocomvocê!
#familiasantanh
Santa
Revista
em
Ano 2014; volume 9; Dezembro de 2014.
Conselho Editorial Executivo:
Bibiana Melissa de Oliveira João de Deus
Edilaine Vieira Lopes
Isolde Müller
Susana Fernandes Pfarrius Ladeira
Representantes do Colegiado
Conselho Consultivo (interno)
Aline Carvalho
Joseane Silva
Simone Fabiane Käfer
Vanessa Moschen
Conselho Consultivo (externo)
Anamaria Cachapuz Cypriano
Juracy Ignez Assmann Saraiva
Marie Traude Schneider
Revisão Geral:
Professora Me. Eliana Müller de Mello
Projeto Gráfico e Diagramação:
Kamille Ricielle Quadro
Foto da capa:
Felipe Fraga
Créditos das imagens:
Maria Machado da Silveira (Departamento de T.I do CSC)
ACSC - COLÉGIO SANTA CATARINA
Rua General Osório, 729 | Novo Hamburgo - RS - 93510-160
(51) 3527.4862
http://www.colegiosantanh.com.br
http://twitter.com/santanh
http://www.facebook.com/santanh
http://issuu.com/colegiosantanh
A revista é uma publicação virtual e anual do Colégio. Dúvidas, sugestões e comentários
são sempre bem-vindos. E-mail:publicacao@colegiosantanh.com.br
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
BIBLIOTECA
EDITORIAL
BASTIDORES
NÓIA VÔLEI
CENTRO INTEGRADO
PEDAGÓGICO - CIPE
GRUPO EM DANÇA
BRANIEWO
GRUPO SEC - SANTA EM CENA
ANTIGAMENTE
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11
14
15
PSICOPEDAGOGIA
ARTE
FILOSOFANDO
ESCOLA EM PASTORAL
APAMA 2014/2015
TURNO INVERSO
GESC
IRMÃS DE SANTA CATARINA
GRÊMIO DOS PROFESSORES
E FUNCIONÁRIOS
BASTIDORES
17
17
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DEEP RUNNING
Apresentação
As instituições escolares das Irmãs de
Santa Catarina promovem o desenvolvimento
educacional por meio da espiritualidade,
conhecimento, tecnologia, solidariedade,
integralidade e sustentabilidade. A interação -
escola, família e comunidade - constitui
elemento fundamental nos processos
educacionais, tendo como finalidade a
promoção da educação para a mudança e
transformação social, respeitando o aspecto
socioambiental e a dignidade do ser humano.
O Colégio Santa Catarina, em seus 114
anos, vem construindo uma forte e significativa
proposta pedagógica pastoral, contribuindo
eficaz e efetivamente para o desenvolvimento
de nossa região. Nesse ínterim, a revista
Sant@Publicação, em sua 9ª edição, é um
espaço de comunicação e interação,
apresentando atividades e projetos
desenvolvidos no Colégio. Cooperação,
responsabilidade social, autoconceito,
literatura infantil e construção da identidade
são alguns dos enfoques dos excelentes artigos
desenvolvidos.
O a r t i g o “ A c o o p e r a ç ã o e a
responsabilidade social da escola para a vida”,
da professora Monique Michelle Ouriques, é um
relato de atividades realizadas nas disciplinas
de Ensino Religioso, Vida Cidadã, Expressão
Corporal e Língua Portuguesa, com as turmas de
5º, 6º e 8º anos. Aponta a cooperação como
fator essencial em vista da mudança a partir de
uma meta comum e ação fundamental para o
desenvolvimento de pessoas e instituições com
responsabilidade social. Confirma-se que a
superação do individualismo, a riqueza na
d i v e r s i d a d e , a ç õ e s s o l i d á r i a s e
sustentabilidade, resultados da cooperação,
expressam responsabilidade social.
“Autoconceito e autoimagem em
adolescentes obesos e não obesos”, pesquisa
realizada pelas alunas do curso Técnico
Enfermagem, Bruna Maria Moretti e Patrícia
Gonçalves, parte do problema: a obesidade
pode desencadear problemas no autoconceito e
na autoimagem dos adolescentes? Temática
muito significativa, quando hoje a dimensão
corporal é muito valorizada e se considera o
cuidado preventivo do corpo como um fator
essencial à saúde.
As professoras de Educação Infantil,
Anna Julia Koch e Vanessa Moschen,
desenvolvem o tema “A literatura como base de
um aprendizado lúdico e significativo”.
Reforçam que a literatura infantil é uma grande
aliada para o desenvolvimento da linguagem
oral e escrita da criança; desperta e forma o
hábito da leitura.Apresentam a fundamentação
teórica e a experiência com as crianças e sua
interação com a família através da literatura.
04
Ir. Veronice Weber
O curso normal e a literatura infantil:
“porque cada ponto de vista é uma vista
contada de um ponto” intitula o artigo que
relata a experiência da I Oficina de Mediadores
da Leitura, desenvolvida pelos professores
Evandro A. Schuler, Joseane Silva e Cláudia
Gisele Masiero, juntamente com as alunas do
Curso Normal.Aatividade, avaliada como muito
significativa pelas alunas, foi criada e
desenvolvida em parceria com a Prefeitura
Municipal de Novo Hamburgo, especificamente
a Biblioteca Municipal, com a diligência da
supervisora do Curso Normal, professora Isolde
Müller.
Desenvolvido pela professora Bárbara Jucinsky
Schmitt, “Uma análise da cultura e das
identidades a partir do documentário Babies”,
versa como o meio cultural em que a criança
vive interfere na construção de sua identidade.
O documentário consiste em uma narrativa
fílmica que retrata a história de quatro crianças
de diferentes nacionalidades e culturas em seus
primeiros anos de vida.
Abordando a dimensão da linguagem, a
professora Melina Wasem Passos apresenta
“Uma reflexão sobre a escrita e o papel do
professor de língua portuguesa”. Destaca
que a escrita é o reflexo da fala, porém é
preciso entender que são dois sistemas
distintos. Portanto, é papel da escola ensinar
esses dois códigos linguísticos, considerar os
conhecimentos trazidos pelo aluno e propor
diferentes produções textuais.
Agradeço aos que, comprometidos com a
ação educacional do Colégio Santa Catarina,
construíram história neste educandário,
marcada por aprendizagens significativas,
competência e valores cristãos.
Desejo uma ótima leitura a todos.
05
Ir. Veronice Weber
Diretora Geral
(Membro da Direção Colegiada)
Colégio Santa Catariana
Foto: Felipe Fraga
EDITORIAL
Priorizar a produção escrita por meio de
uma abordagem pedagógica e prática, em vez
de apenas usar citações científicas ou
abordagens superficiais e trechos de livros ou de
pesquisas acerca de assuntos genéricos, é um
dos objetivos da Revista.
A proposta é propor espaços nos quais se
explore o desenvolvimento da linguagem, do
trabalho educacional articulado, da produção
textual artística (escritura) e da sensibilidade
docente e discente, tão pertinentes e presentes
em nosso dia a dia, visto que as emoções
perpassam, transcendem, e nos permitem uma
maior compreensão sobre as nossas relações
interpessoais.
Sabemos que o tempo da pesquisa é,
quase sempre, insuficiente. Pretendemos, com
tais assertivas, impulsionar futuras pesquisas,
não apenas no que diz respeito aos processos de
ensino e de aprendizagem, mas no que se refere
à educação significativa, com sentido. Para
tanto, é preciso considerar o outro, pois
(parafraseando o filósofo russo Mikhail Bakhtin)
"quando me olho no espelho, em meus olhos
olham olhos alheios; quando me olho no espelho
não vejo o mundo com meus próprios olhos
desde o meu interior; vejo a mim mesmo com os
olhos do mundo - estou possuído pelo outro e no
outro está Deus".
Assim, ressaltamos que, enquanto
processo, nossos artigos ainda não estão
prontos (e talvez nunca estarão!). Esta
publicação, aos poucos, encontra lugar cativo
junto aos seus leitores. Quem ganha é a
comunidade escolar! Agradecemos a todos que,
direta ou indiretamente, têm unido esforços
para que tal projeto se concretizasse de modo
efetivo e com qualidade. Em 2015 tem mais,
pessoal... Boas festas e um Ano-Novo
abençoado!
Profa. Edilaine Vieira Lopes, em nome do
Conselho Editorial
06
Edilaine Vieira Lopes
07
15 anos de beatificação da Bem-Aventurada Regina Protmann
Bênção da Cruz do Divino!
Copa do Mundo - 2014
Premiação IV Mostra Multidisciplinar
08
IV Mostra Multidisciplinar
Semana da Criança
Centrointegradopedagógico-cipe
A sociedade passa por grandes mudanças
políticas, sociais, culturais e tecnológicas.
Nesse ínterim, observamos que a escola, como
instituição social, também precisa analisar o
contexto onde está inserida e quais as mudanças
necessárias visto que lida com sujeitos
aprendentes, cujas expectativas relacionam-se
a novos conhecimentos. Atualmente, pensar em
um currículo que atenda a essas expectativas é
desafiador para uma equipe pedagógica que
necessita ter um olhar criterioso sobre todos os
aspectos relacionados à aprendizagem.
Pensar em um currículo significa refletir
sobre o processo das relações com o saber. É
pensar em ações pedagógicas educativas que
garantam a construção do conhecimento. É
promover atividades, com a intenção de
desenvolver o processo formativo do sujeito.
Que atitudes são essenciais para a formação
deste educando? Que valores devem permear
nosso fazer diário? Que comportamentos
esperamos do educando frente a atividades que
o desafiem a pensar, a agir, a resolver situações
desafiadoras?
Quando refletimos sobre a importância
do currículo, precisamos ter em mente a
Proposta Política Pedagógica da Instituição da
qual fazemos parte. Esta apresenta a filosofia, a
missão e os objetivos nos quais todos estão
engajados, tendo sempre presente a formação
do educando e a cultura de seu povo. O currículo
escolar requer um olhar atento às diferenças.
Durante muito tempo - e ainda hoje, em vários
ambientes escolares, os educadores transmitem
seus conhecimentos, uniformemente, sem
reconhecer as diferenças em seus alunos.
“As diferenças são construídas pelos
sujeitos sociais ao longo do processo histórico e
cultural, nos processos de adaptação do homem
ao meio social e no contexto de relação de
poder” declara Nilma Lino Gomes, no
documento “Indagações sobre Currículo”
(2007). Para tanto, há necessidade de que os
educadores tenham essa visão e esse olhar
diferenciado no direcionamento de suas ações,
possibilitando a construção do conhecimento e a
promoção da aprendizagem. Quando apresento
o termo “educadores”, tenho em vista todos que
fazem parte do âmbito escolar e que são
responsáveis pelo processo educativo:
professores, pais, funcionários, equipe
pedagógica, etc.
Diante de novas demandas sociais e
culturais, a escola vê-se obrigada a incorporar
em seus planos de estudo e nos seus projetos não
só saberes vinculados às diversas áreas do
conhecimento, como também saberes
produzidos pelos movimentos sociais e pela
comunidade. Saberes estes que estão vinculados
à comunidade negra, saberes relacionados aos
movimentos das mulheres no processo de luta
pela igualdade de gênero, saberes referentes à
comunidade indígena, enfim, conhecimentos
relacionados às diferenças (entre elas, a
inclusão) e desigualdades dos povos.
REFLETINDO SOBRE A DIVERSIDADE
E O CURRÍCULO ESCOLAR
DENISE SENGER
Supervisora Escolar – CIPE
09
10
E s s e o l h a r d i f e r e n c i a d o , e s s a
sensibilização para assuntos relacionados à
diversidade traduzem-se em ações pedagógicas
como planejamento de atividades relacionadas
aos temas discutidos, formação continuada de
educadores, estudo dos temas referidos em
componentes curriculares específicos. Algumas
dificuldades são percebidas no âmbito escolar,
como a necessidade de currículos apropriados
para alunos com inclusão e avaliação específica
para cada caso; formação específica para os
educadores que possuem alunos com inclusão;
enfim, uma organização da escola frente aos
seus tempos e espaços, para que a educação
inclusiva cumpra o seu objetivo educativo.
(...) Na realidade, a preocupação da escola
deverá ser dar a todos(as) o devido tempo de aprender,
conviver, socializar, formar-se, consequentemente, ter
como critério na organização do currículo a produção de
um tempo escolar acolhedor e flexível. (ARROYO, 2004)
Como coordenadora pedagógica, reflito
sobre as diversas demandas a serem atendidas e
a responsabilidade frente às obrigações legais a
serem cumpridas. Visualizo uma imagem do
tema discutido como uma árvore frondosa: as
raízes reportam à escola e sua infraestrutura; o
tronco refere-se ao currículo desta escola e
todas as implicações existentes; e seus galhos
subdividem-se nos temas Ética, Pluralidade
Cultural, Orientação Sexual, Meio Ambiente e
Saúde. Cada galho (temas transversais) contém
folhas. Imaginemos, por exemplo, o galho da
Pluralidade Cultural: este estará subdividido nas
diversas culturas existentes, na inclusão e nas
suas especificidades.
Nossa tarefa, como coordenadores
pedagógicos, é pensar nesta escola como um
espaço de aprendizagem, de convivência, de
relações interculturais, onde o educando é
respeitado no seu jeito de pensar e de agir; um
espaço que auxilie esse educando na construção
de sua aprendizagem.
BRANIEWO
11
Matrículas
abertas
Início das aulas: 02/03/2015
Informações:
(51) 3527 4862
www.braniewo.com.br
Não perca tempo! Invista no futuro!
Conheçanossosprojetos
12
ParceriaentreColégioSantaCatarinaeNóiaVôlei
A Associação Nóia Vôlei de Esporte, Cultura e Lazer
possui parceria com o Colégio Santa Catarina. Essa união
vem desde 2009, com a extinta “online” e, a partir de 2012,
por meio da “Nóia Vôlei”, composta por pais de alunos do
antigo projeto e incentivadores da modalidade.
O projeto tem como ênfase ter alunos das três redes
escolares - municipal, estadual e particular, atendendo
crianças e jovens de 9 a 17 anos de todas as classes sociais.
Esses jovens compõem as categorias, míni, mirim, infantil e
infanto-juvenil e participam de competições escolares e
competições ligadas à Federação Gaúcha de Voleibol.
Conquistas - primeiro semestre de 2014:
 Mirim terceiro lugar na Copa RS
 Infantil terceiro lugar na Copa RS
 Infantil quarto lugar na série ouro no campeonato
Mercosul
 Infanto-juvenil segundo lugar na série prata do
Mercosul
Para o segundo semestre, os alunos
participarão de diversas competições, tais como,
Copa Paquetá, Copa Nóia Vôlei, Intercolegial,
Olimpíadas para Todos, Taça Paraná, dentre outras
que poderão surgir.
Venha conhecer nosso trabalho, informe-se pelo e-mail: direcao@voleinovohamburgo.com.br.
É tempo de fazer novas amizades e conhecer novos lugares através do esporte.
13
O grupo 'Em Dança' formou-se em agosto de 2001,
atendendo à solicitação de alunas do Colégio Santa
Catarina. O grupo tem por objetivo despertar o gosto pela
arte em si e, através da dança, educar e ensinar bailarinos a
manifestarem corporalmente seus próprios sentimentos,
tendo harmonia corpo e mente, inteligência e
sensibilidade.
As aulas são ministradas pelas professoras Tuane
Corrêa e Kalyana Rodrigues, formadas em Educação Física
e em vários cursos voltados à formação de professores de
dança, além de inúmeras participações exitosas em
festivais de dança, como bailarinas e coreógrafas.
A partir de 2008, o 'Em Dança' iniciou a prática da
modalidade de balé para todas as idades, continuando
com as modalidades de dança contemporânea e baby-
class. As turmas têm duas aulas semanais e estão divididas
por faixa etária e tempo de prática.
O 'Em Dança' participa de festivais e já possui mais
de 60 premiações. Apresenta-se também em diversos
eventos municipais e particulares. O nosso espetáculo
anual une o trabalho de, aproximadamente, 90 bailarinas
nas diferentes modalidades ministradas. Informações
podem ser obtidas na recepção da escola ou contato com
a professora Tuane Corrêa (98331-1605).
Em 2014, o grupo já tem diversas
atividades. Durante o ano, nossas
bailarinas abrilhantarão alguns eventos
organizados pelo Colégio Santa Catarina.
Nos meses de agosto e setembro, o Em
Dança participará dos festivais: Dançando
– Mostra de Dança Cidade de NH e Sul Em
Dança. Além dessa programação, no mês
de novembro – dias 5 e 6 – acontece o
espetáculo anual do Grupo Em Dança, no
Centro Municipal de Cultura, às 20h30min.
O Grupo Em Dança apresentará “A música
que me faz dançar...”
14
O grupo de expressão corporal existe na
escola há mais de 8 anos. Anualmente, é
possível acompanhar a evolução, o impacto e o
prestígio que a arte tem em nossa vida. Os
alunos surpreendem no teatro a cada dia,
mostrando o quão maravilhoso é o processo de
ensino e aprendizagem, no qual todos ensinam
e todos aprendem. Lembramos que o maior
objetivo do projeto é trabalhar a expressão
c ê n i c a e c o r p o r a l , e x p l o r a n d o o
desenvolvimento da linguagem, articulação,
produção textual artística (escritura),
sensibilidade e o ato teatral de brincar e
improvisar, visto que a emoção da personagem
permite uma maior compreensão sobre as
emoções e nossas relações interpessoais. As
aulas ocorrem semanalmente no Salão Nobre.
É uma atividade física realizada em
piscina profunda, com o uso de colete flutuador.
Exercícios aeróbicos simulam caminhada ou
corrida, sem impacto para as articulações. Essa
atividade é indicada para pessoas que precisam
realizar exercícios sem impacto, pós-operatório
de membros inferiores, perda de peso,
condicionamento físico aeróbico, para atletas
em recuperação ou que querem alternar seus
treinos. Contato: Simone de Sá Bordin
(99781964).
Para maiores informações, entre em
contato com as professoras Aline Nervo
( Edilaine Lopesaline.nervo@gmail.com) ou
(edilaine.nh@gmail.com).
Grupo SEC- Santa Em Cena
VOCÊSABEOQUEÉ“DEEPRUNNING”?
15
BIBLIOTECA
A biblioteca Anchieta tem muitas
novidades para esse semestre; são vários títulos
e coleções novas que chegaram para fazer parte
do nosso acervo. Você vai viver grandes
aventuras com piratas, patrulheiros do espaço,
dinossauros; desvendará muitos mistérios com
Nick Diamond, um menino que adora bancar o
detetive; acampará com a Katie Kazoo, e
conhecerá a raça alienígena dos Yeerks no livro
dos Animorphs; viverá uma incrível jornada com
dois irmãos determinados a sobreviverem de
qualquer maneira em Oráculo. Essas são apenas
algumas das novidades que estão esperando por
você. Passe na biblioteca e venha conhecer esse
mundo maravilhoso da imaginação.
E tem mais... a Biblioteca Infantil ganhou
mais três expositores para deixar o espaço dos
baixinhos ainda mais legal; e para as revistas,
um expositor novo para que elas fiquem ainda
mais em evidência. Venha conhecer as
novidades da Biblioteca.
Veja o que grandes nomes pensam sobre
os livros e a ideia que têm sobre a leitura:
“Um livro é um brinquedo feito com letras. Ler é
brincar.”
RubemAlves
“A leitura de um grande livro é muito mais rica
que assistir a um grande filme.”
Steven Spielberg
“Meus filhos terão computadores, sim, mas
antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os
nossos filhos serão incapazes de escrever -
inclusive a sua própria história.”
Bill Gates
“Ainda acabo fazendo livros onde as nossas
crianças possam morar.”
(Monteiro Lobato, escritor e editor brasileiro,
1882 – 1948).
“O importante é motivar a criança para a
leitura, para a aventura de ler.”
(Ziraldo, escritor e ilustrador brasileiro)
“Pra mim, ler é viajar sem sair do lugar, é
aprender mais e mais, é compreender um
mundo.”
Denise Severgnini (professora brasileira)
“Quem lê nunca está só.”
Helder Simone
“Ler é descobrir aqueles mundos escondidos no
papel.”
Hernany Tafury (poeta brasileiro)
“Ler pra mim é observar as palavras a brincar
com as ideias.”
Jozé Sabugo (poeta português)
“Ler pra mim é imaginação sem limites.”
Luiza Porto Schartner (poetisa brasileira)
Os livros nos ajudam a sonhar e
nos fazem pensar.
16
17
Psicopedagogia
ARTE
O CIPE, através da psicopedagogia, vem
atuando de modo sistemático junto aos alunos,
procurando auxiliá-los na organização dos
estudos. Com a ascensão da informática,
percebe-se o quanto tem sido necessário
apresentar ao alunado que o telefone, o tablete
e as demais ferramentas tecnológicas podem ser
também utilizados na rotina escolar. Para
muitos, a agenda de papel é vista como algo
ultrapassado, mas como então lembrar-se dos
compromissos? Entra aí a agenda eletrônica ou
virtual, disponível em qualquer aparato
tecnológico e que, se bem explorada, passa a ser
um recurso indispensável. Muitos alunos relatam
que leem, releem e fica a sensação de que nada
ficou na memória. Por que, então, não gravar, no
mínimo uma semana antes da prova, o conteúdo
e escutá-lo diariamente? Essa dica cabe
principalmente para as disciplinas em que o
conteúdo é mais teórico. Mas onde gravar? Os
celulares disponibilizam esse recurso. Basta
gravar, ter um bom fone de ouvido e se dispor a
escutar o conteúdo.
Esses são apenas dois dos inúmeros
recursos que a tecnologia disponibiliza. Revisar
o material escolar diariamente é extremamente
importante, pois assim não se corre o risco de
esquecer tarefas, trabalhos e materiais para que
haja um bom aproveitamento do ano letivo.
Os alunos das turmas 110, 120, 130 e 140
conheceram, através da apreciação do filme
“Littles Ashses”, a construção da poética de um
dos maiores artista modernos: SALVADOR DALÍ.
Esse artista estudou pintura em Madri, onde
conheceu seu grande parceiro, Federico García
Lorca. Ambos, no movimento de resistência
estudantil e em profundo relacionamento com
grupos de intelectuais de esquerda,
contribuíram para impulsionar o novo
movimento artístico, já em ebulição em Paris.
Suas pinturas transitavam entre fantasmas da
morte, do erotismo, do tempo, da infância. Já,
em Paris, foi consagrado pela crítica, sendo
denominado como exibicionista, extravagante,
arrogante, excêntrico, porém, um gênio!
Salvador Dalí nasceu em 1904 na Espanha e
faleceu em 1989. Está enterrado no Museu Dalí,
em sua terra natal.
O Surrealismo surgiu no período entre
guerras e propôs libertar o artista da tirania da
racionalidade, produzindo através de sonhos
obras ditas pelo inconsciente, delírios de
interpretação, abrangendo diversos campos da
arte, como a fotografia, a literatura e o cinema.
SALVE A OUSADIA ESTÉTICA
18
Os alunos dos 7º anos definiram a
diferença entre circunferência e círculo,
desenhando e recortando moldes de papelão em
diferentes tamanhos, para serem utilizados na
produção de “fuxicos”. Além do simplificado
trabalho geométrico, a coordenação motora fina
foi explorada no processo da costura.
Os fuxicos, além de coloridos e fazerem parte do
artesanato brasileiro, hoje ganham dimensões
internacionais nas mãos de estilistas brasileiros.
Cada aluno teve a liberdade de aplicar seus
fuxicos de maneira criativa, produzindo bonitos
efeitos.
O teatro além de divertir, UNE! Obrigado
pela confiança, queridas professoras da
Educação Infantil, e parabéns aos alunos
envolvidos que, além de demonstrarem
responsabilidade, deram um show!
Sensibilizados pelo momento, os alunos
das turmas 310 e 320, convidaram as turmas da
Educação Infantil do Colégio para a
apresentação de suas experiências cênicas. Os
textos versavam sobre o nosso amigo
“coelhinho” e o verdadeiro sentido da Páscoa.
As apresentações ocorreram no Salão Nobre, em
uma atmosfera de muito respeito o carinho. Os
pequenos alunos apreciaram as variadas
histórias encenadas com narrador, personagens
com figurinos, cenários e canções.
Há registros da produção dos primeiros
fuxicos no período do Brasil Colônia, quando as
escravas guardavam qualquer retalho para,
posteriormente, costurarem e “fuxicarem”.
O ESPETÁCULO DE PÁSCOA:
UNINDO GERAÇÕES DE ALUNOS DA ESCOLA!
CIRCUNFERÊNCIA, CÍRCULO, FUXICOS
19
Por sua importância, esse conjunto de
bens de excepcional valor histórico, estético,
arqueológico, científico ou antropológico foi
enfocado nas questões das nuances do
Patrimônio Imaterial, que abrangem as práticas,
as representações, as expressões, associadas
aos instrumentos, objetos e lugares culturais.
Dessa vez, importamos um Patrimônio Imaterial
do Estado de Minas Gerais, mais precisamente
da cidade de “Tiradentes”. A CRUZ DO DIVINO é
um Patrimônio Imaterial da cidade e um lindo
artesanato, pois traz todas as características do
mesmo; produzido manualmente, com materiais
simples, sem auxílio de máquinas.
No primeiro momento, os alunos
produziram os croquis (esboço) e após
reproduziram os estudos no tecido (algodão
cru), usando tinta de tecido.Aarte final resultou
em um painel gigante, onde todos os tecidos
costurados formaram um lindo patchwork.
Os alunos das turmas 81, 82 e 83
produziram padronagens de tecidos, pinturas
que consistem em estampar figuras humanas,
animais e pequenos insetos, repetindo-os, ora
na mesma posição, ora invertido criando bonitos
efeitos. Também pode haver repetição de cores
ou, até mesmo, trama de fios ou fibras que se
sobressaem. Um exemplo de artista que
trabalha com design têxtil é Lucia Ewertom, que
resgata, com extrema sensibilidade, a arte
indígena em TERRABRASILIS.
Os alunos do Colégio Santa Catarina, na
disciplina de Arte, refletiram sobre a
importância de conhecermos e valorizarmos os
vários tipos de patrimônios.
DESIGN TÊXTIL
“CRUZ DO DIVINO”
ESCOLAEMPASTORAL
Escola em Pastoral traduz-se em um novo
paradigma para as nossas Instituições Escolares.
Refere-se à perspectiva de uma escola, pensada e
operacionalizada, integrando a dimensão
pedagógica, administrativa, financeira, educacional
e pastoral. A dimensão pastoral, aqui, está
relacionada a uma perspectiva de gestão cristã que
combina as exigências de qualidade na entrega do
serviço com as exigências de qualidade nas relações,
embasadas na pedagogia do amor.
Uma Escola em Pastoral é uma instituição
comprometida com o processo de humanização e de
planificação do ser humano, como protagonista da
sua história e da história do mundo onde vive. Ela
visa à promoção do exercício da cidadania, com base
em valores de respeito, espiritualidade,
honestidade, solidariedade, justiça, sensibilidade,
fraternidade, amor, esperança e conhecimento.
Também, pressupõe uma ação pedagógico-
evangelizadora que contemple a ação pastoral com
educadores, educandos e com todos que integram a
rede das Instituições Escolares. Assim, busca-se uma
ação embasada na pedagogia da presença e do
cuidado, criando um espaço humano, onde todos se
sintam responsáveis pela criação de um mundo mais
justo, solidário e sustentável.
Para a concretização da Escola em Pastoral,
faz-se necessário articular fé, cultura e vida, através
de projetos, metodologias e ações que perpassem
todos os setores da comunidade educativa,
despertando o sentimento de parceria e de
corresponsabilidade. “Pastoral” advém de pastor:
aquele que chama, reúne, aponta o caminho de
novas possibilidades, cuida , anima, conduz, zela e
guarda a vida dos seus.
Assim, a Pastoral Escolar é o empenho e a
presença da Igreja em permear a Instituição Escolar
com o espírito do Evangelho. Pretende dinamizar a
evangelização, no sentido amplo e extensivo da
Instituição Escolar, enquanto centro de educação
cidadã e como instrumento de formação humana. É
um modo de evangelização assumido por toda
comunidade educativa, com valores humanos e
cristãos. A ação pastoral tem a intenção explícita da
visão, da missão e dos valores, estando entre as
prioridades de quem atua na direção, na
administração e finanças, coordenação pedagógica,
orientação educacional, pastoral escolar, secretaria,
sala de aula, serviços de suporte e gerais.
É significativo entender que pastoral é
prática, tendo uma iluminação teórica (Bíblia
Sagrada, Documento de Aparecida, Educação, Igreja
e Sociedade – Doc. 47 da CNBB) que fundamenta a
identidade católica, de forma clara e de fácil acesso.
Para isso, é necessário planejamento a fim de
colocar em prática a essência de uma Escola em
Pastoral confessional católica, acolhendo, também,
as demais denominações religiosas. Todos que
integram as nossas Instituições Escolares recebem
uma capacitação para que o envolvimento seja
eficiente.
A Pastoral Escolar não se reduz à organização
de eventos pontuais, às vezes desarticulados entre
si. Por outro lado, promove um conjunto de ações
que reflita um jeito de ser igreja nas Instituições
Escolares, bem como cria condições e estratégias
para contagiar cada membro de cada setor da
Instituição, para que os princípios cristãos e o
Carisma sejam assumidos e testemunhados, desde a
cordialidade até o clima de respeito às diferenças.
Tudo está permeado pelo espírito que a pastoral
delineou no seu projeto. Além disso, a Pastoral
Escolar considera a dimensão transcendente, de
modo equilibrado e ético, em tudo o que é realizado
O ideal é que os educadores testemunhem a
fé cristã de forma atual e unida à ciência. É preciso
buscar novos caminhos que apontem para a
educação transformadora, formação da consciência
crítica e relacionamento humanizador, através da
Pastoral Escolar. Nesse sentido, a Pastoral ajuda na
construção de uma educação de comunhão e
participação em todos os níveis da Instituição
Escolar; colabora para que os educandos sejam
iniciados na arte de pensar, criticar, questionar,
criar, propor, escolher e viver.
O futuro da Educação parece indicar para
uma confluência da tradição, valores/atitudes e
espiritualidade com profissionalismo e excelência no
ensino. Nesse sentido, quando se fala em
espiritualidade, ponto de gravidade da Escola em
Pastoral, ela é compreendida como a tradução da
Pedagogia doAmor em um modo de ser da Instituição
Escolar.
Para a rede ACSC, a Pedagogia do Amor tem
suas raízes na tradição cristã e no Carisma da Bem-
Aventurada Regina Protmann e atualiza-se no
dinamismo do mundo. Desse modo, é preciso
potencializar as forças que foram conquistadas ao
longo da história e avançar, ainda mais, no
profissionalismo e na espiritualidade com foco na
excelência. Portanto, a espiritualidade, como eixo
do processo de ensino e aprendizagem, compõe cada
uma das ações, planos e projetos da Instituição
Escolar.
20
Colégio Santa Catarina
Escola de Educação Prossional Braniewo
Pastoral Escolar
21
TURNOINVERSO
“Brincar com crianças não é perder
tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem
escola, mais triste ainda é vê-los sentados
enfileirados em sala sem ar, com exercícios
estéreis, sem valor para formação do homem."
(Carlos Drummond deAndrade)
O Turno Inverso do Colégio Santa Catarina
atende crianças da Educação Infantil e do Ensino
Fundamental I (2 a 10 anos). No momento da
matrícula, a família tem a opção de escolher o
número de dias por semana, nos quais o
educando frequentará o Turno Inverso.
É um ambiente seguro, afetuoso e
pedagógico, no qual o aluno recebe cuidados
com a alimentação, higiene, saúde e também
conta com a excelência de formação dos
professores especializados em suas áreas
específicas, tais como oficina de canto, língua
inglesa, educação física e natação recreativa,
bem como momento de recreação no pátio,
cancha, área verde e pracinha.
Nesse espaço, o aluno aprenderá de
forma lúdica, construirá, refletirá, criará e irá se
divertir tendo sempre como base a felicidade.
Atendendo as necessidades das famílias e das
crianças, dispomos momentos de descanso,
acompanhamos a hora da tarefa escolar e
orientamos hábitos e atitudes que promovam a
autonomia do estudante. Vale ressaltar que
temos como base o fortalecimento da vivência
ética e cristã. Turnos: manhã e tarde/ 7h às 19h.
Fique por dentro de nossos momentos
divertidos através de nossas fotos.
22
IRMÃSDESANTACATARINA Irmãs de Santa Catarina em Missão no Haiti
“COMO DEUS QUER”
Como marco dos 400 anos da Morte da
Bem-Aventurada Regina Protmann, em um gesto
de louvor e gratidão, a Congregação das Irmãs de
Santa Catarina iniciou uma nova Missão no Haiti.
À luz do mesmo entusiasmo que há mais
quatrocentos anos fez luzir no coração de Regina
amor extraordinário aos irmãos mais
necessitados, as irmãs Claudete Stertz, Sueli
Monteiro de Souza, Deuza Maria C. dos Santos
acolheram no coração o apelo e o convite de
Deus para ir à missão, servir e amar o povo
haitiano. O Haiti é um dos países mais carentes
da América Latina (muitas são as suas
necessidades, desde as mais básicas como água
encanada, luz elétrica...). A princípio, as irmãs
foram para atuar no campo da saúde e
educação. As Irmãs embarcaram no Rio de
Janeiro dia 22 de junho do corrente ano. E lá
estão elas, doando a vida com amor, na certeza
de que a doção aos irmãos faz fecundar e
germinar sementes que tornam o carisma vivo e
presente na história daquele povo: “COMO DEUS
QUER” da Bem-Aventurada Regina Protmann,
Fundadora da Congregação.
Filosofando
O Ocidente tem algumas marcas culturais
que estão em um largo processo de expansão
neste processo chamado Globalização e, entre
algumas mais significativas, podemos destacar o
Pensamento Científico e o resultado lógico no
desenvolvimento de tecnologias que ocupam
nossa vida nos mais variados campos do
cotidiano. Computadores, chips, plásticos, ligas
metálicas estão de tal forma acoplados em
nossos necessários objetos e utensílios que, na
falta de uma fonte de energia para carregá-los
ou de um novo modelo para resolver uma função
que poderia se plenamente realizada sem eles,
entramos em pânico.
Se isso é verdade, logo se conclui que tal
necessidade é uma criação humana – no caso,
peculiarmente dos humanos ocidentais – e,
portanto, é o que chamamos de Cultura.
Nesse sentido, essa adoração e
dependência das máquinas é fruto direto de uma
mudança econômica, política e social que
ocorreu em meados do século XVIII e que
recebeu o nome de Revolução Industrial.Apartir
dela, uma drástica e inédita mudança ocorreu: o
ser humano começou a ter cada vez mais
dependência e influência dos mecanismos sobre
si mesmo. Em outras palavras, a máquina criada
pelo ser humano começou a ditar o ritmo e as
necessidades em que passamos a acreditar que
precisamos.
Surge aqui uma segunda, mas não menos
importante consequência da Revolução
Industrial, o avanço sem precedentes do
chamado Capitalismo Global e as mudanças
trazidas em todos os grupos sociais na
atualidade.
Portanto, não é surpresa constatar que a
relação fica cada vez mais intensa entre a
sociedade contemporânea, o capitalismo e seus
avanços tecnológicos, resultando, por exemplo,
em mais de 1,1 bilhão de smartphones no
mundo. Uma clara necessidade de que devemos
estar sempre “conectados”, de fazer parte de
um grupo virtual, ou ainda, de registrarmos
nossas rotinas em locais como o Facebook.
Com isso, vêm as redes sociais, que
ganham muito destaque e servem como
ferramentas de expressão. Uma mídia de fácil
manuseio que abre espaços para mostrar um
estilo de vida, organizar eventos, revoltas –
como a do Passe Livre em 2013 no Brasil, ou a
Primavera Árabe, no Oriente Médio -, devido ao
número cada vez maior de usuários e a rapidez
de circulação das informações. O Facebook tem
aproximadamente 1,23 bilhão de usuários, o que
representa uma população quase total da China.
Por outro lado, algumas questões surgem
nesse mundo cada vez mais conectado: o ser
humano tende a ficar conectado em um mundo
cada vez mais virtual, isolando-se do real? Para
que sair de casa se acessamos tudo de um
smartphone? Filosoficamente falando, para que
serviria a arte, uma exposição de quadros, um
museu ou, quem sabe, um cinema, se posso
baixar tudo em um aparelho?
Consequentemente, muitos outros
aspectos e setores de nossa cultura acabam não
recebendo o devido destaque em relação à
influência na sociedade, como por exemplo o
cinema. Mesmo sendo uma das indústrias que
mais lucra, a sétima arte vem perdendo a sua
capacidade de fazer e de reproduzir arte.
Cinema tem sido lugar de espetaculares
demonstrações de efeitos visuais em uma
linguagem picotada por chavões de fácil apelo
emocional, proporcionado pelos avanços do
cinema 3D: basta ser fantástico e cheio de
adrenalina. Enredo, moral da história e a chance
de interpretar a sociedade tornaram-se
ultrapassados.
Fica claro que não percebemos o quanto
essa mídia já atingiu nossa vida nestes 119 anos
de existência. Em 1895, o primeiro filme foi
exibido através do trabalho dos irmãos Lumière,
que utilizaram uma máquina chamada
cinematógrafo, que possibilitou a projeção de
imagens de um trem em movimento indo em
direção à tela, o que gerou espanto da plateia.
Do Ocidente para o mundo:
o culto às máquinas
Prof. Evandro Schuler
Bruna Leticia Monteiro
23
A reação foi de se esconder sob as
cadeiras, tamanho impacto de realidade que
tiveram diante de si. A partir de então, foram
feitas diversas produções que ganharam muito
destaque, como O Cantor de Jazz - 1º filme com
som simultâneo - O Mágico de Oz, O Vento
Levou, Cleópatra, Bonequinha de Luxo e outros,
que servem não somente como modo de
entretenimento, mas também como manifestos
culturais das sociedades ocidentais.
Por outro lado, um dos enredos em
crescimento no cinema atual é o dos filmes de
super-heróis, que acumulam milhões de dólares
por todo o mundo. Aproveitando uma linguagem
de gibis, transformam animações e longa-
metragem, sem deixar de ser, muitas vezes,
considerados infantis e bobos. Por outro lado,
faz-se necessário perceber a maneira como
esses personagens e filmes apresentam
fenômenos do nosso cotidiano e, por sermos
cada vez mais seres midiáticos, a importante
contribuição dessas produções na formação dos
valores sociais dos jovens atualmente.
Em “Vingadores” (DISNEY-MARVEL,
2012), por exemplo, há uma clara menção ao
cristianismo no momento em que o Capitão
América diz, antes de pular do avião, que 'Deus
só existe um'. Desfaz, assim, os deuses nórdicos
lá mencionados. De acordo com a psicóloga Lídia
Aratangy, é nesse momento de apego a
personagens e heróis, que as crianças aprendem
questões importantes como valores,
discernimento do bem e do mal, moral, ética e
punição.
É importante perceber a capacidade que
o cinema possui de tratar sobre importantes
fatores da sociedade de diversas maneiras.
Obras como “Clube da Luta” criticam o
capitalismo e a superficialidade das pessoas; já
“O Mordomo da Casa Branca” narra a luta dos
negros desde a década de 1920, mostrando os
presidentes dos EUA, a busca por direitos iguais,
o preconceito durante o passar das décadas até
o momento em que Obama chegou à Casa
Branca, tudo do ponto de vista de um negro
mordomo que trabalhava no local até os anos
1980. Baseado em fatos reais, o filme possibilita
refletirmos sobre como existem coisas que mal
sabemos e, a partir de documentários e longa-
metragem como esse, somos informados sobre
fatos marcantes da história do mundo.
Infelizmente, o número de obras que carregam
essas características, nos dias de hoje, não são
muitos.
Segundo o dramaturgo Oscar Wilde, “a
vida imita a arte muito mais do que a arte imita a
vida”, podendo facilmente ser interpretado
atualmente como a importância do que é dito ou
mostrado nas telonas. Personagens que
deveriam mostrar a complexidade do ser,
problemas reais e importantes lições servem
principalmente para ditar tendências de
vestimenta, comportamento e tecnologia.
24
Filme “A Chegada do Trem à Estação”,
irmãos Lumière.
A o q u e p a r e c e , o c o r r e u m a
revolucionária mudança de posição no processo
de divulgar cultura. Até os anos 1990, eram
determinados grupos que produziam
determinadas mensagens e distribuíam-nas de
determinadas formas para a população. Hoje,
um vídeo caseiro no Youtube é capaz de colocar
aquele sujeito simples do interior no centro de
discussões devido ao seu apelo popular e
simplesmente por ter recebido milhares de
visualizações. Ferramentas que deveriam ser
usadas para conhecimento servem, em sua
maioria, somente para entretenimento e lazer,
além de diminuir o contato humano.
Até bem poucos anos atrás, as crianças
diziam “Shazam”, “eu tenho a força”, ou ainda
“ao infinito e além!”. De uns dias para cá, pelo
menos no Brasil, quando se quer dar um apoio
para alguém querido, gritamos em um sotaque
bem carregado: “TACA-LHE PAU, MARCOS”...
Dizem que a Filosofia é uma forma de
conhecimento humano muito nobre, mãe das
mais variadas Ciências e que a ela devemos uma
série de avanços diante da natureza e das
vicissitudes da existência humana. Se essa
afirmação é verdadeira, por que é tão comum
ouvir da gurizada que está no Ensino Médio a
pergunta “pra que estudar?” ou “onde vou usar
Matemática e Física? E Química? Biologia?
Geografia???” sempre seguidas de retumbantes
“na boa sor, não preciso disso....”
Pois bem, tentemos refletir acerca do
óbvio. Para o bem ou para o mal, tudo o que
temos em termos de tecnologia ao nosso redor,
da lâmpada da sala de estar às usinas atômicas,
têm uma relação direta com a Ciência e o
pensamento especulativo-filosófico. Em outras
palavras, aquela aspirina (ácido acetilsalicílico)
que alguns tomam a fim de terminar com a
dorzinha de cabeça é uma entre tantas
invenções científicas. O celular (eu sei, é
iphone!?) carrega grandes descobertas das mais
variadas áreas de saberes em seu corpinho
plastificado que esconde muitos metais nobres,
condutores de eletricidade, operações
matemáticas, cristal líquido, LEDs, etc. Mas a
pergunta continua, afinal, os alunos têm
vontade de usar os aparelhos para tirar selfies e
não de inventá-los!
Referências:
http://pt.wikiquote.org/wiki/Oscar_Wilde
http://outrasestacoes.blogspot.com.br/2011/09/fi
lmes-e-sua-critica-sociedade.html
http://www.tecmundo.com.br/facebook/49877-
populacao-da-china-sera-menor-que-numero-de-
usuarios-do-facebook-em-2015.htm
http://tecnologia.uol.com.br/noticias/afp/2014/0
2/03/facebook-em-numeros.htm
http://cinema.uol.com.br/noticias/redacao/2013/
12/20/hollywood-bateu-recorde-em-2013-mas-
nao-ha-motivos-para-comemorar.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Auguste_e_Louis_Lu
mi%C3%A8re
http://www1.folha.uol.com.br/tec/2014/01/1403
931-venda-de-smartphones-no-mundo-passou-de-1-
bilhao-em-2013-diz-idc.shtml
http://www.cenacine.com.br/?p=5273
CABRERA, J. Cine: 100 años de Filosofia - Una
Introducción a la Filosofía a través del análisis de
películas. Barcelona: Gedisa Editorial, 1999.
TEIXEIRA, I. A. de C.; LOPES, J. de S. M. (orgs.). A
escola vai ao cinema. Belo Horizonte: Ed. Autêntica,
2003.
25
A IGNORÂNCIA É UMA BÊNÇÃO OU NÃO?
Prof. Evandro Schuler
26
Talvez aqui esteja o elo perdido na
relação Educador-Educação-Educando que nos
leva a pensar naquela milimétrica distância
entre a mão de Adão (frouxa) e a de Deus
(estendida ao máximo) que Michelângelo – (1475
a 1564) - estudioso de química, anatomia,
geometria, ótica e engenharia - conseguiu
sintetizar em sua obraACriação deAdão, na qual
transformou uma capelinha italiana à beira da
destruição em uma das construções intocáveis
mesmo em tempos de guerra. Para falar de outro
jeito, o detalhe entre as mãos dessa pintura
significa a distância intransponível que a (falta)
de vontade cria. Portanto, se somos filhos desse
Adão pintado pelo gênio renascentista, e se
c o p i a m o s n o s s o p a i d e s t e a f r e s c o ,
manifestamos, então, a vontade de não ter
vontade. Logo, o ato de aprender, que é algo
penoso, angustiante, demorado e que precisa de
vontade, passa a ser condenado por grande
parte daqueles que deveriam estar no auge da
primeira etapa do pensamento filosófico: a
curiosidade e o espanto diante do mundo e da
vida!
Como tal postura parece estar em uma
crescente expansão, podemos usar o caso
daquela idosa que teve uma perna operada de
forma errada por uma junta médica de Novo
Hamburgo em julho de 2012, como exemplo
para os absurdos que vêm ocorrendo nesse
mundo globalizado e que valoriza a ignorância e
o cinismo nas relações. Gostaria de perguntar
àqueles médicos: por que não foram um pouco
mais filosóficos e fizeram uma pergunta bem
simples: é essa perna mesmo? O que, em uma
postura mais metódica e científica, significa
dizer que eles deveriam ser mais atentos,
racionais e lógicos. René Descartes (1596 a 1650)
já afirmara ser essa postura, a de colocar tudo
sob a ótica da dúvida racional, como a melhor
para se chegar à verdade.
Em um livre exercício de especulação,
podemos afirmar ter ocorrido o seguinte: os
médicos, ao abrirem a perna da paciente se
entreolharam, perceberam que a perna estava
boa e, para não perder a “viagem” da cirurgia,
danificaram-na, colocando de forma muito
eficaz e competente o tal pino de platina
esterilizado.
Como professor, chego à triste conclusão
de que nós, que temos a pretensão – missão
talvez!? – de ensinar alguma coisa aos mais
jovens seremos chamados em um futuro
próximo de “os últimos românticos” porque
cremos ser o conhecimento algo que nos
humaniza, diferencia-nos das bestas e das
máquinas. Afinal, imagino que devamos pensar
muitos nos alunos quando nos olham com aquela
carinha de compaixão diante de seres à beira da
extinção, que as máquinas estão aí e a nós cabe
a simples tarefa de usá-las para brincarmos no
face e whatsapp.
Fiquei um tanto nervoso ao refletir sobre
esse tema. Acho que vou tomar 250ml de H2O
com 50g de Glicose. E pensar que minha mãe
dava um copo d'água com açúcar. Vai ver a
Ciência complicou mesmo nossa vida!
27
APAMA2014/2015 A diretoria da APAMA, gestão 2014/2015,
foi eleita no dia 07 de maio de 2014.
PRESIDENTE | Adriano e Daisy Eckhard Bondan
VICE-PRESIDENTE | Frederico e Andrisa Link da Silva
SECRETÁRIO | Adriana Anoni
2º SECRETÁRIO | Déborah Estrada Scozziero
TESOUREIRO | João Altair e Carmen Maria Fritsch dos Santos
2º TESOUREIRO | Maximiliano e Carla de Olivera Lopes Amaro
CONSELHO FISCAL | Adelar Lucio e Magali Inês Trevizani Rostirolla, Fernando
Eduardo e Adriana Denicol Schmitz, Samuel Augusto e Daiani Oliveira Martins Flach
Agradecemos pela disponibilidade em acolher este importante serviço, em parceria
com a Direção, em vista do crescimento qualitativo de nosso educandário, beneficiando
prioritariamente as crianças, adolescentes e jovens – vossos filhos e nossos alunos.
Desejamos uma gestão abençoada, de muita comunhão e dinamismo. Que o divino
Mestre os recompense com sua bênção de paz e alegria! Continuamos contando com
vocês. Muito obrigada.
Somos todos SANTA em FAMÍLIA! (Ir. Veronice, diretora geral e Colegiado)
28
GESC
Neste ano de 2014, nós, integrantes do
Grêmio Estudantil, tivemos a oportunidade de
fazer diversas surpresas para alegrar aos alunos,
nas quais tivemos total sucesso. Cumprindo
nossa maior promessa, conseguimos trazer até
agora pelo menos uma atração por mês, o que
nos deixou muito satisfeitos. No primeiro dia de
aula, o GESC fez um recreio prolongado,
trazendo a banda Delittus e a equipe de skate da
skateenadamais. Nesse mesmo dia, o GESC
ainda distribuiu sacolés para todos os alunos em
virtude do calor. No mês de março, a dupla
Gabriel e Vinícius alegrou o recreio com muita
música. Em abril, foram distribuídos bombons a
fim de comemorarmos a Páscoa. No mês de
maio, a equipe do GESC trouxe, pela primeira
vez, o grupo Circo de Palco, uma apresentação
única, com muita magia e diversão. Em junho,
mês de festa junina, conseguimos organizar uma
Festa de São João para deixar saudade. Em meio
a muitos jogos, música, recadinhos, brindes e
comidas deliciosas, os alunos puderam
aproveitar esse dia festivo de maneira
animadora, deixando-nos satisfeitos e tendo a
certeza de que o trabalho foi recompensado.
Em julho, mês de férias de inverno, o
GESC fez-se presente na organização dos jogos
junto com os profissionais de Educação Física.
No mês de agosto, após o recesso escolar para
comemorar o Dia do Estudante, 11 de agosto, o
Grêmio proporcionou mais um recreio
prolongado. Desta vez foi a banda Geração Y que
ministrou a música. O GESC ainda distribuiu
chocolate quente, surpreendendo mais uma
vez. A equipe do jornal O Polvo ainda se fez
presente para tirar fotos de toda a galera. O
Grêmio Estudantil continua com a página no
facebook, que é atualizada semanalmente,
servindo como principal ferramenta para
postarmos os conteúdos do simulado, que ajuda
muito os alunos.Até o final do ano, pretendemos
fazer novas atividades, enfatizando a semana
Farroupilha, o dia da criança e o término das
aulas. Pretendemos fazer, ainda, novas
surpresas para que possamos fechar com chave
de ouro nossa gestão. Agrademos a colaboração
de toda a equipe do Colégio Santa Catarina,
deixando um agradecimento especial aos pais e
alunos que sempre nos apoiam nas nossas
atividades, reconhecendo nosso trabalho e
ainda um agradecimento a nossa coordenadora
Carla Reis, que nos ajuda em tudo, pois sem ela
nada seria possível.
29
GRÊMIO Grêmio dos Professores e funcionários
do Colégio Santa Catarina e Escola Braniewo
O dia do professor foi comemorado em
grande estilo pelos educadores do Colégio Santa
Catarina e da Braniewo. Em um sábado pela
manhã realizou-se uma excursão até o município
de Gramado para o desfrute de um café colonial.
O encontro foi merecido e proveitoso, pois
partilha e confraternização foram sinônimos de
alegria e de entusiasmo!
Parabéns a todos os educadores, exemplos de
excelência e de inspiração! Um grande abraço a
todos os professores pela passagem do seu dia!
Grêmio dos Professores e Funcionários do
Colégio Santa Catarina e Braniewo.
Caça ao tesouro
30
IV Festa da Família do “Santa”
27ª Feira do Livro do “Santa”
ISSN
Ano 2014; volume 1; Dezembro de 2014.
Conselho Editorial:
Ândria Couto,Aline de Carvalho, Bibiana Melissa de Oliveira João de Deus, EdilaineVieira Lopes,
Isolde Muller, Joseane Silva, Vanessa Moschen, Sandra Pizzolato e Simone Käfer.
Conselho Externo:
Juracy Assmann Saraiva,Anamaria Cachapuz Cypriano e Marie Traude Schneider.
Revisão Geral:
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Correção:
Me. Eliana Müller de Mello
Projeto Gráfico e Diagramação:
Kamille Ricielle Quadro
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As revistas Santa em revista e Santa@Publicação são publicações (impressas e virtuais) semestrais do
Colégio.
Dúvidas, sugestões e comentários são sempre bem-vindos.
E-mail: publicacao@colegiosantanh.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Bibliotecária responsável: Susana F. P. Ladeira – CRB 10/1484
Santa@publicação [recurso eletrônico] / Colégio Santa Catarina – v. 9 (nov.
2014)- . – 2014- .
Semestral e anual (em períodos alternados irregulares).
Sistema requerido: Conexão com a internet, browser e Adobe
Acrobat Reader.
Modo de acesso: <http://colegiosantanh.com.br/revista/.>
Em 2014 só houve uma edição e em formato digital.
Descrição baseada em: v. 9 (nov. 2014).
ISSN 2176-7823
1. Educação - Periódicos. 2. Ensino. 3. Aprendizagem. I. Colégio
Santa Catarina.
CDU 37(05)
SUMÁRIO
COOPERAÇÃO E RESPONSABILIDADE
SOCIAL DA ESCOLA PARA A VIDA
AUTOCONCEITO E AUTOIMAGEM EM
ADOLESCENTES OBESOS E NÃO OBESOS
EDUCAÇÃO INFATIL:
A LITERATURA COMO BASE DE UM
APRENDIZADO LÚDICO E SIGNIFICATIVO
O CURSO NORMAL E A LITERATURA INFANTIL:
“PORQUE CADA PONTO DE VISTA É UMA
VISTA CONTADA DE UM PONTO”
UMA ANÁLISE DA CULTURA E DAS IDENTIDADES
A PARTIR DO DOCUMENTÁRIO BABIES
UMA REFLEXÃO SOBRE A ESCRITA E O PAPEL DO
PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA
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04
COOPERAÇÃOERESPONSABILIDADESOCIALDAESCOLAPARAAVIDA
INTRODUÇÃO
Consta aqui um relato de aulas realizadas
no Colégio Santa Catarina. O mesmo ocorreu
englobando disciplinas de Ensino Religioso, Vida
Cidadã, Expressão Corporal e Língua
Portuguesa, com as turmas dos 5º, 6º e 8º anos.
Surgiu, partindo dos relatos realizados em sala
de aula sobre indiferenças, descontentamento
com o mundo e sociedade, desrespeito e falta de
colaboração. Este se apresenta como
significativo, pois desabrocha partindo do
interesse dos próprios alunos em debater e
vivenciar situações que permitam refletir suas
ações para que, então, possam ser levadas para
suas vidas. No mesmo, constam algumas falas de
alunos, projeto, atividades realizadas e fotos.
A SOCIEDADE EM QUE VIVEMOS
A cooperação pode estar presente nos
mais diferenciados campos, seja na família,
trabalho, política, escola ou, até mesmo, na
sociedade. Para que ela ocorra, necessita, no
entanto, de pessoas que visem a um mesmo
objetivo para que possam caminhar juntas.
Quando retratamos a cooperação, é
importante perceber que, para que ela ocorra,
necessita ser usada para o bem comum; seja
para fins positivos ou para negativos. Em virtude
de certos descontentamentos políticos, por
exemplo, ela pode ser usada para o bem-estar
da população, por meio da ação conjunta,
visando aos mesmos objetivos.
Um exemplo disso foram os manifestos
ocorridos em 2013 no Brasil, em que a sociedade
reivindicou algumas mudanças, retratados como
“O Brasil acordou”. Assim, percebemos que
sujeitos, por meio do seu direito democrático,
utilizaram a cooperação para realizar as
reivindicações de modo justo. Contudo,
infelizmente, também tiveram cidadãos que,
por meio da cooperação, usaram o momento de
modo negativo, vandalizando e destruindo
patrimônios.
Para que haja a cooperação, é
fundamental que se estabeleçam metas e
estratégias para que, em pequenos ou grandes
grupos, possam atingir o que foi estabelecido
conjuntamente. Perceber que fazemos parte da
história e que não somos apenas um objeto
estagnado nela é de suma importância, porém
com responsabilidade e de modo justo.
É essencial que ações conjuntas sejam
refletidas e usadas diariamente para que
resultem em transformações positivas e
conscientes, seja para alcançar sonhos traçados
pela própria família, seja através do trabalho
em equipe nas empresas, realização de
trabalhos em grupo na escola ou para buscar
transformações na sociedade. A cooperação,
então, toma um papel ímpar em prol de
qualquer mudança.
Desse modo, todos possuem um papel
muito importante nas transformações que
ocorrem na sociedade, pois é fundamental que
todos pensem e interajam com responsabilidade
social. Para que mudanças ocorram, é preciso
cidadãos que queiram quebrar paradigmas e que
inovem o mundo, porém respeitando ao outro e
suas individualidades e não querendo passar por
cima do outro, deixando de lado virtudes e
valores.
RESPONSABILIDADE SOCIALNAESCOLA
Ao tomar conhecimento da relevância
que tem a responsabilidade social e a
cooperação atualmente, é imprescindível notar
que a escola possui um papel elementar em
promover situações que desenvolvam a
consciência de seus educandos. Frente às
questões de mundo, o professor possui um papel
indispensável ao trabalhar situações coletivas,
em que os alunos necessitam aprender a se
respeitar, ser justos e éticos. Nessa perspectiva,
o Projeto Político Pedagógico em Pastoral (PPPP)
do Colégio Santa Catarina possui como missão:
Monique Michelle Ouriques¹
¹Educadora no Ensino Fundamental II no Colégio Santa Catarina, nas disciplinas de Ensino Religioso e Vida Cidadã;
formada em Curso Normal de Nível Médio; Graduanda em Licenciatura em Pedagogia. | niqueouriques@gmail.com 
05
Promover e consolidar a Educação como
processo de crescimento humano-cristão e
profissional, tendo como base os Valores
Evangélicos, a Ciência e a Tecnologia para
interagir com competência, sustentabilidade
e responsabilidade social. (PPP Colégio Santa
Catarina, p.7, 2014)
ALUNOS E SUAS COLOCAÇÕES
Diante de algumas aulas e debates
realizados com diferentes turmas, nas aulas de
V i d a C i d a d ã , f o i p e r c e p t í v e l o
descontentamento dos alunos diante de alguns
fatos da realidade, percebendo a sociedade em
sua maioria, como egoísta e capitalista. Os
alunos, então, retrataram a sociedade como
muito individualista, pois os indivíduos pensam
somente em si e, quando fazem algo em
conjunto, esperam do outro algo em troca.
Muitos educandos citaram também que,
por vezes, é difícil agir dando importância à
ideia do outro, considerando que todos são
diferentes. Assim, reconhecem que cada um, a
seu modo, possui peculiaridades, culturas e
costumes. E é essa diversidade que torna o grupo
tão rico.
Por meio das reflexões propostas em
aula, os alunos foram instigados a perceberem a
importância da cooperação no cotidiano.
Internalizaram que, diante de atividades
práticas e em ações conjuntas, as conquistas
podem ser mais rápidas, obtendo também
melhores resultados. Como cita a aluna Maria
Eduarda Fagundes, “A cooperação dá certo,
quando um grupo de pessoas se une por uma
mesma causa. Só assim ela acontece”.
Partindo desse pressuposto, os alunos das
diferentes turmas, engajados com outros
professores e de modo interdisciplinar,
debateram a cooperação na sala de aula.
Aprenderam sobre ela nos diferentes contextos
e como aplicá-la no seu dia-a-dia.
Nas aulas de Educação Física, por
exemplo, as turmas realizaram atividades
físicas que desenvolveram diferentes
habilidades por meio da cooperação.Assim, uma
equipe unida percebeu que, para a cooperação
ocorrer, muitos outros valores devem estar
presentes nesse coletivo, como o respeito e a
tolerância. Para João Freire, “o jogo reflete
sobre o corpo como referência para a criança se
portar no mundo” (1989, p. 134). Assim,
acredita-se que:
Estruturas de cooperação criam as condições
para transformar a desigualdade, produzindo
situações de igualdade e relações humanas em
que cada um sente a liberdade e a confiança para
trabalhar em conjunto em função de algumas
metas comuns. (BROWN, 1994, p. 20)
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Diante de tantos debates, propostos nas
aulas de Vida Cidadã e demais disciplinas já
citadas, os alunos dos quintos anos, de modo
coletivo, engajaram-se em uma ação solidária.A
mesma foi pensada após muito diálogo sobre “de
que modo podemos cooperar um com o outro,
sem que haja interesse e individualismo?” A
resposta da turma foi “através de uma ação de
solidária”.
A ação solidária entre as turmas 51, 52,
53, 54 e 55 veio ao encontro de outra temática
que estava sendo debatida, a solidariedade.
Com isso, os alunos refletiram que para ocorrer a
doação, todos necessitam se engajar na mesma
ideia, unindo-se para atingir o objetivo comum.
Considerando essa importância, o PPPP do
Colégio Santa Catarina também apresenta a
Concepção de Sociedade:
A maneira com que compreendemos a sociedade
influencia sobre o nosso trabalho docente. Isso
significa que a sociedade atual exige uma prática
pedagógica que assegure a construção da
cidadania, promovendo resiliência, baseada na
criatividade e nas responsabilidades que surgem
das relações sociais, políticas, culturais,
ecológicas, tecnológicas, científicas, religiosas e
econômicas. É preciso, portanto, que nós
educadores, estejamos preparados para agir
dentro de uma época que apresenta
possibilidades: uma sociedade de consumo e da
cultura do imediato e uma sociedade solidária.
(PPPP, p. 19, 2014)
Desse modo, foi com muita satisfação que
as turmas se uniram em prol de um bem comum:
ajudar crianças carentes, doando além de
carinho, roupas confortáveis e quentes. Foi um
momento excepcional, pois, através dessa
atitude, puderam vivenciar a cooperação e
solidariedade, e não só falar sobre essas ações.
Com os progressos existentes nessa
prática, desde os diálogos até a doação, foi
possível notar que, no momento em que os
vínculos são estabelecidos, a cooperação
começa a ser realmente praticada. Com
responsabilidade e determinação, juntos
pensam e agem em grande proporção.
06
Os alunos das turmas 61, 62, 63 e 64
refletiram acerca da sustentabilidade do
planeta e o quanto os seres humanos são
responsáveis pela degradação ambiental.
A t r a v é s d e d e b a t e s , m o s t r a r a m - s e
extremamente preocupados com questões
ecológicas e o quanto faz falta a cooperação da
sociedade nessa indagação.
Pensando também em encontrar soluções para
os problemas da atualidade, a economia
solidária foi apresentada aos educandos,
identificada e compreendida como uma ação
que poderá permitir melhorar as situações
sociais que precisam ser refletidas, como
sustentabilidade, cooperativismo e consciência
ecológica. De acordo com Moacir Gadotti:
A economia solidária não se resume a
um produto. Ela se constitui em um
sistema que vai muito além dos próprios
empreendimentos solidários. É,
sobretudo, a adoção de um conceito.
(GADOTTI, 2009)
Por esse motivo, os alunos tiveram a
oportunidade de compreender os conceitos e
pôr em prática essa responsabilidade. Assim,
surgiu um projeto que envolveu positivamente
os alunos, considerando as reflexões e vivências,
visando a permitir o desenvolvimento de
educandos responsáveis e protagonistas, por
meio da cooperação.
Além disso, os alunos dos sextos anos
conheceram o que é uma cooperativa, a
importância de ter a cooperação para que ela
ocorra, além da relevância de terem sempre
objetivos comuns. Em pequenos grupos e com
envolvimento, criaram “projetos de
cooperativa”, refletindo: “se tivéssemos uma
cooperativa, como seria?” Assim, com tamanha
criatividade, desenvolveram suas cooperativas,
envolvendo diferentes setores econômicos,
c o m o s a ú d e , e d u c a ç ã o , p r o d u ç ã o .
As atividades realizadas foram muito
significativas, pois os alunos perceberam que o
trabalho em equipe possibilitou ideias que um só
aluno não pensaria sozinho. Além disso,
perceberam que, através da cooperação,
também podem cuidar do planeta, das pequenas
até as grandes ações.
Juntos, os grupos também sugestionaram
ideias de “como reciclar alguns materiais que
jogariam fora”. Nessa prática, cada grupo, por
meio da cooperação, produziu diferentes
materiais, partindo da reutilização. Foi muito
interessante, pois com as garrafas PET, por
exemplo, os grupos criaram lixinhos, caixas de
brinquedos, casinhas de passarinhos e vasos de
flores. Com outros materiais, também fizeram
com tamanha magnitude, casas para cachorros,
bonecas, carrinhos para brincar.
Ao terminarem as produções, os alunos
dos sextos anos, então, refletiram como foi
interessante reutilizar materiais que seriam
colocados fora, no lixo de suas casas. Contudo, o
trabalho em grupo por vezes causou alguns
conflitos de ideias, mas que, no final da
proposta, todos já tinham aprendido a
excelência que é ter responsabilidade social.
Alunos do sexto ano pensando, juntos,
em um Projeto de Cooperativa.
Alunas confeccionando uma casinha para
cachorro com material alternativo.
DAESCOLAPARAAVIDA
Para que as aprendizagens sejam
significativas aos educandos, é de tamanha
importância que eles saibam levar o que foi
aprendido em sala de aula para o seu dia-a-dia.
De acordo com o construtivista Javier Onrubia:
A aprendizagem escolar é um processo ativo do
ponto de vista do aluno, no qual ele constrói,
modifica, enriquece e diversifica seus
esquemas de conhecimento a respeito de
diferentes conteúdos escolares a partir do
significado e do sentido que pode atribuir a
esses conteúdos e ao próprio fato de aprendê-
los (ONRUBIA, 2003, p. 123).
Quando iniciamos as primeiras
inquietações sobre os descontentamentos da
realidade em sala de aula, foi difícil para alguns
alunos colocarem-se como parte desse
contexto. Sair da situação de coadjuvante e
passar a ser personagem principal foi
fundamental, pois só assim se perceberam como
responsáveis pela sociedade em que vivem.
Considerar que no ambiente escolar e na
sociedade não existem personagens principais,
mas que todos são importantes, também foi
relevante. Em algumas vivências foi possível
notar que, por vezes, um aluno não era tão bom
na escrita, mas era melhor no desenho, ou em
dar ideias, ou seja, era bom em algo. Partindo
desse pressuposto, através do trabalho em
grupo, os alunos aprenderam a importância de
respeitar o outro e que cada um pode ser bom
em algo. Essa percepção ficou clara, uma vez
que na autoavaliação do trabalho, cada aluno
foi direcionado como responsável em fazer algo,
diante das propostas. Assim, compreenderam
que, para o trabalho coletivo efetivo, cada um
precisa ter uma função, mas que o importante é
colaborar.
Ao incluir o respeito diante do trabalho
em grupo, muitos alunos passaram a garantir um
m e l h o r a n d a m e n t o n a s a t i v i d a d e s ,
evidenciando produções mais eficazes com
resultados positivos.
Essa mudança, de passar a respeitar o
outro, tolerando-o, foi imprescindível para a
aprendizagem significativa. Durante as
avaliações narrativas, foi evidente analisar isso,
pois os próprios alunos exprimiram o quanto foi
relevante aceitar o outro para que o trabalho se
tornasse significativo. Essa análise, também,
reflete o quanto a responsabilidade social, que
antes os alunos cobravam da sociedade,
começou a transformar a cada um, pois antes de
quererem mudar o mundo, esclareceram que é
mais importante mudar as próprias pequenas
ações diárias.
Também, muito se debateu sobre a
característica de somente fazer algo para o
outro quando se espera algo em troca. Assim,
falou-se na solidariedade que anda em conjunto
com a cooperação, e que ninguém é solidário
hoje e amanhã deixa de ser. Ser solidário é ser
sempre, pois faz parte do caráter (esse
apontamento foi refletido, partindo da análise
da “Parábola do Bom Samaritano”, em Ensino
Religioso).
As virtudes e valores também foram apontados,
pois necessitam fazer parte de cada indivíduo
que possui uma responsabilidade social. Desse
modo, por meio do diálogo, debate e de modo
coletivo, ficou definido entre todos os alunos e
professoras que o presente projeto
desenvolvido não teria um fim, pois, a partir de
então, a próxima tarefa seria levar para a vida as
aprendizagens obtidas em sala de aula. Mais
responsáveis, os alunos perceberam que andar
cada um para um lado, criticando o outro e não
aceitando as diversidades, é muito mais difícil
que andar na mesma direção. Assim sendo, para
ter responsabilidade social, é preciso querer a
mudança, partindo das pequenas ações diárias,
para o mundo.
07
REFERÊNCIAS
AUSUBEL, at alii. Psicologia educativa: um punto de vista cognoscitivo. México, Trillas, 1988
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. 7. ed. São Paulo: Hucitec, 1995.
BROWN, GUILHRMO. Jogos Cooperativos: Teoria e Prática. São Leopoldo: Sinodal, 1994.
FREIRE, João Batista. Educação de Corpo Inteiro. São Paulo: Scipione, 1989.
ONRUBIA, Javier. Ensinar: criar zonas de desenvolvimento proximal e nelas intervir. In: COLL, César; MARTÍN,
Elena; MAURI, Teresa; MIRAS, Mariana; ONRUBIA, Javier; SOLÉ, Isabel; ZABALA, Antoni. O construtivismo na sala
de aula. São Paulo, SP: Ática, 1999.
ZABALA,A. Aprática educativa: como ensinar. PortoAlegre:Artmed, 1998.
08
Autoconceitoeautoimagememadolescentesobesosenãoobesos
Bruna Maria Moretti e Patrícia Gonçalves²
² Em 2013, as alunas (Turma BENF_T4) foram orientadas pela professora do curso técnico Enfermagem (Carla
Lauffer), sob coorientação da professora Cristina Dal-Ri, pela Braniewo, Escola de Educação Profissional – ACSC) e a
pesquisa foi apresentada na Branitec e na Mostratec, obtendo premiação de destaque em ambas feiras, além do
convite para participarem de uma feira internacional de trabalhos científicos, em 2014, na Colômbia. E-mails:
bru.moretti@hotmail.com; patty._.96@hotmail.com
RESUMO
A o b e s i d a d e a l c a n ç a í n d i c e s
preocupantes e sua ocorrência na população
tem adquirido grande significância na área da
saúde, principalmente devido ao impacto que
causa na vida dos adolescentes, trazendo
consequências físicas, sociais e psicológicas. Os
interesses pelos aspectos psicológicos em
adolescentes obesos conduziram o presente
estudo. O mesmo teve como objetivo analisar
se adolescentes possuem problemas no seu
autoconceito e autoimagem, por estarem acima
do peso. Foi realizada uma pesquisa de campo
com adolescentes do segundo ano do ensino
médio, aplicada a escala de autoconceito (Piers-
Harris Children's Self-Concept Scale 2). Carvalho
et al. (2005) reafirma que a grande preocupação
com o corpo e o incômodo com a imagem
corporal podem acarretar no sujeito obeso
pensamentos e sentimentos negativos em
relação à aparência física, bem como contribuir
para uma baixa autoestima e um autoconceito
negativo. Considerando o momento atual, em
que o corpo magro e esbelto é valorizado, esse
indivíduo com obesidade passa a vivenciar
sentimentos de raiva, angústia e culpa em
relação a seu próprio corpo. Sob essa
perspectiva, é possível verificar sinais de
sofrimento psicológico, expressos por meio de
alterações emocionais e comportamentais,
além de um baixo autoconceito. Atualmente, é
cada vez mais reconhecida a necessidade de
implementar estratégias preventivas, o mais
cedo possível, pois prevenir a obesidade (e o seu
agravamento) é uma forma de promover a saúde
física e psíquica. Os resultados desta pesquisa
correspondem à literatura pesquisada. Foi
possível concluir, através deste trabalho, que a
obesidade pode desencadear sim problemas no
a u t o c o n c e i t o e n a a u t o i m a g e m d o s
adolescentes.
Palavras Chaves: Obesidade, adolescente,
autoimagem, autoconceito, psicológicas.
PROBLEMA IDENTIFICADO: A obesidade pode
desencadear problemas no autoconceito e na
autoimagem dos adolescentes?
HIPÓTESE(S): Adolescentes obesos estão em
risco de desenvolverem um baixo autoconceito,
autoimagem e autoestima, levando ao seu
isolamento social; adolescentes obesos não
estão em risco de desenvolverem um baixo
autoconceito, autoimagem e autoestima, pois
se sentem bem do jeito que são.
OBJETIVO: Analisar se adolescentes possuem
problemas no seu autoconceito e autoimagem
por estarem acima do peso, a partir de uma
pesquisa de campo com adolescentes do
segundo ano do ensino médio.
METODOLOGIA DE PESQUISA: Este é um estudo
de campo, com abordagem quantitativa, que irá
comparar o autoconceito e a autoimagem de
adolescentes obesos e não obesos. O
questionário foi realizado no Colégio Santa
Catarina com três turmas de 2º ano do ensino
médio. Foi aplicada uma escala de autoconceito
de Piers-Harris Children's Self-Concept Scale 2.
Não foi encontrado o método para correção. Os
resultados foram obtidos através da análise do
questionário. Cada questão foi analisada
individualmente em seu percentual total. No
Colégio Santa Catarina, 18 adolescentes
responderam o questionário. Para manter o
sigilo dos questionários, além de explicarmos o
projeto, distribuímos termos de consentimento
que contava o pedido de participação voluntária
para coleta de dados. O questionário utilizado
era constituído de 5 questões, e os participantes
deveriam responder as perguntas da maneira
como eles se enxergam.
09
ANÁLISE DOS RESULTADOS/CONCLUSÃO:
Atualmente, a sociedade tem sido
caracterizada por uma cultura que elege o corpo
como uma fonte de identidade. Por meio da
mídia, que veicula propagandas com imagens de
corpos ideais, atingindo principalmente os
adolescentes, começa a existir uma busca por
uma figura “perfeita”, o que leva as pessoas a se
afastarem cada vez mais do seu corpo real. Sob
essa perspectiva, o jovem passa a acreditar que,
para ser aceito pelos outros, é preciso que a sua
imagem corporal esteja de acordo com os
padrões estabelecidos, o que tende a gerar uma
insatisfação com o corpo, além de acarretar
alterações na percepção da imagem corporal
(ANDRADE; BOSI, 2003; CONTI; FRUTUOSO;
GAMBARDELLA, 2005). Dessa forma, torna-se
presente a preocupação com o peso e a
aparência. É provável que na adolescência ainda
não exista a completa aceitação da aparência
física, o que, de acordo com Sisto e Martinelli
(2004), pode resultar em baixa autoestima e
comprometimento do autoconceito.
Um dos aspectos psicológicos associados
aos problemas de aceitação do corpo é a imagem
corporal. Segundo Schilder (1994), imagem
corporal é a representação mental do próprio
corpo e do modo como ele é percebido pelo
indivíduo, de modo que a imagem envolve os
sentidos, as ideias e sentimentos referentes ao
corpo. Tavares (2003) afirma que o corpo possui
memória e também uma identidade, chamada
de imagem corporal. Desse modo, pondera-se
que a imagem corporal é um aspecto muito
importante da identidade pessoal, uma vez que
as questões relacionadas à imagem corporal real
e ideal do adolescente contribuem para a
investigação sobre a visão que este possui de si
mesmo.
Ainda de acordo com Tavares (2003), o
sentido dessa identidade é estabelecido a partir
da integração de experiências perceptivas que
englobam condições ambientais, aspectos
culturais e relações afetivas. Ao lado disso,
reflete a maneira como o indivíduo se relaciona
com o mundo, pois é a partir da relação
estabelecida com o ambiente que ele irá se
conhecer melhor e desenvolver a identidade
pessoal. A imagem corporal, por sua vez,
abrange todos os aspectos pelos quais a pessoa
vivencia e conceitua seu corpo.
Essa imagem deve ser compreendida como um
fator único de cada ser humano, pois reflete a
história de uma vida e a trajetória de uma
identidade, com suas emoções, pensamentos e
representações sobre as outras pessoas. Não
existe imagem corporal coletiva. Entretanto, os
seres humanos estruturam a sua imagem
corporal em um intercâmbio contínuo com as
outras pessoas.
A seguir, serão apresentados alguns
estudos que investigam a relação da imagem
corporal com distúrbios alimentares. Trabalhos
desta natureza são pertinentes porque, como
apontam Sisto e Martinelli (2004), atualmente
as pressões socioculturais estabelecem padrões
corporais magros.Assim, adolescentes buscam a
aparência física perfeita, trocando seus hábitos
de alimentação por técnicas não-saudáveis de
controle de peso, o que pode acarretar os
transtornos alimentares.
Assunção (2002) concluiu, com base em
seu estudo, que, para os homens, o corpo
perfeito seria aquele que é forte e musculoso,
representando o ideal de imagem corporal
masculina. Branco, Hilário e Cintra (2006)
acrescentam que o corpo musculoso tem sido
desejado cada vez mais, embora existam
homens que visem a um corpo esguio,
caracterizando-se, mais tarde, um quadro de
dismorfia muscular ou anorexia nervosa. Com
vistas a compreender se alterações da imagem
corporal masculina estão ligadas ao uso de
anabolizantes, Kanayama et al. (2006)
observaram que os homens avaliados utilizavam
esses produtos não para fins atléticos, mas
simplesmente para melhorar a aparência
pessoal. Em síntese, os autores afirmam que o
uso de anabolizantes em longo prazo pode levar
a um quadro de dismorfia muscular, assim como
a alteração da imagem corporal e autoestima.
Em seu estudo, Andrade e Bosi (2003)
defendem que, para o sexo feminino, o ideal de
corpo seria esguio, como o de modelos e atrizes,
que estão cada vez mais magras. A mídia
transmite uma imagem de corpo perfeito, o que
leva as mulheres, principalmente as
adolescentes, a uma busca incessante para
atingir esse modelo ideal.
10
Ao pesquisar a influência da mídia sobre o
desenvolvimento de distúrbios alimentares em
meninas, Field et al. (1999) concluíram que as
jovens passam a ter sentimentos negativos em
relação a seu corpo por conta de alguns quilos a
mais e que aprendem técnicas não-saudáveis de
controle de peso, tais como indução de vômitos,
exercícios físicos exacerbados, uso de laxantes e
dietas drásticas, para se aproximarem da
aparência corporal vista na televisão, no cinema
ou em revistas. De acordo com Bernardi,
Cichelero e Vitolo (2005), o controle da ingestão
de alimentos por meio de dietas restritivas gera
comportamentos crônicos, levando a atitudes
provavelmente desencadeadoras de transtornos
alimentares. Além desses fatores, uma baixa
autoestima e um histórico de excesso de peso
também podem acarretar distúrbios
alimentares.
Taylor et al. (2006) avaliaram mulheres
que participavam de um grupo de psicoterapia
cognitivo-comportamental com o intuito de
verificar se era possível prevenir distúrbios
alimentares. As mulheres avaliadas relataram
que se enxergam gordas e que acabam induzindo
vômitos ou usando laxante para controlar o peso
e emagrecer. Essas atitudes e comportamentos,
de acordo com os autores, estão associados com
baixa confiança e baixa autoestima, vergonha e
outros problemas psicológicos, podendo
resultar em graves consequências físicas e
psicológicas.
Faz-se necessário salientar que o
presente estudo tem como objetivo avaliar a
imagem corporal em adolescentes sem histórico
de transtornos alimentares. Sob essa
perspectiva, Conti Frutuoso e Gambardella
(2005) pesquisaram a associação entre excesso
de peso e insatisfação corporal em
adolescentes. Verificou-se que meninas com
excesso de peso estavam mais insatisfeitas com
diversas áreas corporais. Em relação aos
meninos, pôde-se verificar uma associação
estatisticamente significativa entre excesso de
peso e insatisfação corporal. Por meio dos
resultados, os autores puderam concluir que a
pressão da mídia e a influência social
provavelmente são os grandes fatores
motivadores da insatisfação corporal dos
adolescentes.
Em sua pesquisa, Rosenblum e Lewis
(1999) verificaram que meninos e meninas
estavam insatisfeitos com seu peso corporal. Os
resultados indicaram que jovens com sobrepeso
e obesidade almejam emagrecer, pois
concebem o excesso de peso como elemento
que desfavorece a atração do sexo oposto. Já os
adolescentes com baixo peso querem aumentar
o tamanho corporal, principalmente os
meninos, que buscam aumentar a massa
muscular para terem maior satisfação com a sua
imagem corporal. As meninas almejam ser mais
magras, pois, de acordo com os autores, para as
mulheres, a satisfação com a imagem corporal
está relacionada com a percepção do peso
corporal e com a aparência.
O outro construto investigado neste
estudo é o autoconceito, e, como sugerido por
Sisto e Martinelli (2004), ele pode ser
compreendido como o conhecimento que o
próprio sujeito desenvolve sobre si, o que inclui
o conhecimento de aspectos cognitivos, afetivos
e comportamentais, também sendo definido
como um fator gerado por meio da interação que
ocorre entre o indivíduo e seu meio ambiente. O
autoconceito é um conceito multidimensional
que pode ser dividido em três componentes
básicos: o cognitivo, o afetivo e o
comportamental. O componente cognitivo pode
ser compreendido como um conjunto de
características denominadas pela própria
pessoa que rege a maneira como esta se
comporta e seu jeito de ser, podendo ou não ser
real ou objetivo. O aspecto afetivo engloba os
sentimentos e as emoções que a pessoa tem em
relação a si mesma, sendo definido, por
Coopersmith (1967 apud SISTO; MARTINELLI,
2004), como autoestima. Por fim, o aspecto
comportamental diz respeito ao conceito que a
pessoa possui sobre si mesma.
Para Sisto e Martinelli (2004), o
autoconceito de crianças e adolescentes pode
ser formado por diferentes aspectos, tais como a
influência da família, a escola, o meio social, a
idade, a raça, o gênero e os aspectos físicos.
Pressupõe-se que, no ambiente familiar, é que
ocorre o estabelecimento de vínculos que
podem ser harmoniosos, afetivos e solidários ou
cobertos de sentimentos maldosos e de
ressentimentos.
11
Quando a família constitui vínculos
saudáveis, com uma educação que estabelece
limites claros e disciplina firme, mas sem negar
afeto, o desenvolvimento do autoconceito
familiar do adolescente poderá ser positivo. Já o
autoconceito escolar está relacionado com as
capacidades, realizações e avaliações que o
adolescente tem de si mesmo nesse contexto.
Dessa forma, se a criança vivenciou momentos
de fracasso em suas relações familiares, poderá
levar essa experiência para a escola, o que lhe
causará sentimentos de insegurança e falta de
confiança na adolescência.
Para James (1890) e Cooley (1922) (apud
SISTO; MARTINELLI, 2004), o autoconceito social
refere-se à percepção do próprio sujeito do
quanto as pessoas gostam dele e o admiram, ou
seja, o autoconceito social é definido pela
pessoa por meio de sua própria percepção
acerca da aceitação social. O autoconceito
social também diz respeito à avaliação da
aceitação do indivíduo por grupos específicos de
pessoas.Assim, pode-se concluir que o construto
é influenciado pelas relações sociais que se
estabelecem entre o indivíduo e o meio no
decorrer de sua vida.
A procura de um "corpo perfeito"
simboliza um dos atributos mais importantes da
sociedade contemporânea e ter um corpo
imperfeito é sinônimo de não ter força de
vontade, ausência de restrições, ser preguiçoso
e não saber autocontrolar-se (Barskey, 1988,
Brownell, 1991, Glassner, 1988, Rodin, 1992,
citados por Barlow, 1993/1999). Desse modo, a
sociedade tende a reagir negativamente aos
indivíduos que não conseguem alcançar os
padrões preponderantes, provocando nestes um
grande sofrimento tanto a nível social como
p s i c o l ó g i c o ( B a r l o w, 1 9 9 3 / 1 9 9 9 ) .
Consequentemente, as questões psicológicas,
nomeadamente emocionais, relacionadas com a
obesidade são cada vez mais citadas na
literatura (Campos, Sigulem, Moraes, Escrivão,
& Fisberg, 1996; Jelalian & Mehlenbeck, 2002).
Os dados sugerem que, de fato, existe
uma realidade social de discriminação que
influencia o funcionamento psicológico do
indivíduo obeso, existindo como que uma
aversão à gordura, que contribui para o
c o m p r o m e t i m e n t o d a a u t o e s t i m a e
autoimagem, quer em crianças, quer em adultos
(Almeida, Loureiro, & Santos, 2002; Bell &
Morgan, 2000, citado por Barbosa, 2001;
Barlow, 1993/1999; Bosch, Stradmeijer, &
Seidell, 2003; Buela-Casal & Caballo, 1991;
Israel & Ivanova, 2002; Kimm et al., 1997).
Analogamente, Jay (2004) e Muller (1999,
citados por Barbosa, 2001) referem que as
crianças e adolescentes obesos estão em risco
de desenvolverem sintomatologia depressiva,
assim como um baixo autoconceito e
autoestima, levando ao isolamento social.
Outro aspecto com componentes
psicológicos associado à obesidade é a
inatividade física. Para Mello, Luft e Meyer
(2004), por exemplo, o exercício físico é
considerado uma atividade planeada,
estruturada e repetitiva, que requer do
indivíduo alguma aptidão física, que engloba
potência aeróbica, força e flexibilidade.
Segundo esses autores, de uma forma geral, o
adolescente obeso é pouco hábil no desporto,
não se destacando, levando muitas vezes à sua
desistência e desmotivação.
Apfeldorfer (1992/1997), por seu turno, refere
que o peso do corpo é sentido pelos indivíduos
obesos de uma forma mais intensa, o seu corpo
cansa-se e alguns movimentos são difíceis, por
vezes impossíveis, quer por razões anatômicas,
quer pelo esforço que requerem. Assim, o
excesso de peso constitui para o adolescente
obeso um incômodo em quase todas as suas
atividades, tais como correr ou saltar, e tal
aspecto faz com que este se sinta inferior em
relação aos amigos, já que estes são mais ágeis
do que ele (Hibert & Hibert, 1974/1975).
Assim, o autoconceito do indivíduo obeso, i.e., o
conhecimento que o indivíduo tem de si,
englobando aspectos cognitivos, afetivos e
comportamentais (Sisto, Bartholomeu, Rueda,
& Fernandes, 2004), está ameaçado, merecendo
atenção acrescida. Mais concretamente, o
adolescente interioriza muito cedo que ter
excesso de peso é indesejável e vê seu corpo
como uma fonte de embaraço e vergonha.
12
REFERÊNCIAS
CAMPOS, A., Sigulem, D., Moraes, D., Escrivão,
A., & Fisberg, M. (1996). Quociente de
inteligência de crianças e adolescentes obesas
através da escala Wechsler. Revista de Saúde
Pública, 30, 85-90.
ALMEIDA, G., Loureiro, S., & Santos, J. (2002). A
imagem corporal de mulheres morbidamente
obesas avaliada através do Desenho da Figura
Humana. Psicologia: Reflexão e Crítica, 15, 283-
292.
JAY, M. (2004). Childhood obesity is not phat.
The Journal of Pediatrics, 144,A1.
SISTO, F., Bartholomeu, D., Rueda, F., &
Fernandes, D. (2004). Auto-conceito e emoções.
In C. Machado, L. S. Almeida, M. M. Gonçalves &
V. Ramalho (Eds.),Avaliação psicológica: Formas
e contextos (Vol. 10, pp. 68-74). Braga,
Portugal: Psiquilíbrios.
ANEXOS:
ESCALA DE AUTOCONCEITO
(Piers-Harris Children's Self-Concept Scale 2)
Nome:
________________________________________
_________________
Idade: __________
Data de Nascimento: ___/___/___
Sexo: Rapaz - Rapariga
Data de avaliação: ___/___/___
Ano de Escolaridade: _________
INSTRUÇÕES: Encontra-se no questionário que
se segue um conjunto de
afirmações que descreve aquilo que algumas
pessoas sentem em relação a si
mesmas. Lê cada uma dessas afirmações e vê
se ela descreve ou não o que tu
achas de ti próprio. Se for verdadeiro ou
verdadeiro em grande parte, põe um
círculo em volta da palavra "Sim", que está a
seguir à frase. Se for falso ou
falso em grande parte, põe um círculo em
volta da palavra "Não". Responde a
todas as perguntas, mesmo que em relação a
algumas, seja difícil de decidir.
Não assinale "Sim" e "Não” na mesma frase.
Lembra-te de que não há respostas certas ou
erradas. Só tu podes nos dizer o
que achas de ti mesmo(a), por isso esperamos
que respondas de acordo
com o que realmente sentes.
Resultado total: Resultado bruto_______
Percentil_______ Statines_______
Clusters: I_____ II_____ III_____ IV_____
V_____ VI______
13
DEPOIMENTO
Aexperiência de realizar este trabalho foi ótima para nós. No início, a ideia de fazer um
trabalho científico não nos agradou muito, pois sabíamos desde o começo que não seria nada
fácil, mas, resolvemos nos entregar a esse projeto.
Com o trabalho, conseguimos aumentar nosso conhecimento em relação a uma doença
tão importante que é a obesidade, afinal, sabemos que hoje em dia ela acomete muitas
pessoas. Aprendemos a lidar também com cada dificuldade encontrada pelo caminho, e no
final, conseguimos fazer um bom trabalho, tendo ainda a chance de divulgá-lo e mostrá-lo às
pessoas.
Nossa ideia principal era descobrir como, de fato, os adolescentes obesos se sentem
com a sua aparência em relação aos adolescentes não obesos, e com o trabalho conseguimos
atingir essa meta. Apesar das dúvidas do início e do medo, a experiência foi muito válida para
nós, e se pudéssemos faríamos tudo de novo.
14
EducaçãoInfantil:
Aliteraturacomobasedeumaprendizadolúdicoesignificativo
Anna Julia Koch³
4
Vanessa Moschen
3
Professora de Educação Infantil Nível II no Colégio Santa Catarina; formada em Curso Normal de Nível Médio;
graduanda do curso de Psicologia. annajuli.koch@gmail.com
4
Professora de Educação Infantil Nível I no Colégio Santa Catarina; formada em Curso Normal de Nível Médio;
graduada em Pedagogia; graduanda do curso de Psicologia.vanessamoschen98@gmail.com
INTRODUÇÃO
“Livros não mudam o mundo, quem
muda o mundo são as pessoas. Os
livros só mudam as pessoas.” Mário
Quintana.
O processo de ensino-aprendizagem na
Educação Infantil deve ocorrer de forma lúdica,
instigando os alunos a pensar e construir seu
aprendizado de maneira significativa. Através
do olhar do professor, a literatura passa a ser
explorada como um meio de adquirir diferentes
formas de pensar, apresentando também a
função social da escrita.
Segundo o Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil (2001), é de
grande importância o acesso, por meio da
leitura pelo professor, a diversos tipos de
materiais escritos, uma vez que isso possibilita
às crianças o contato com práticas culturais
mediadas pela escrita. Sendo assim, podemos
destacar a importante valorização da literatura
infantil no ambiente escolar, promovendo
momentos em que a criança estabeleça relações
com sua forma de pensar, construindo
hipóteses, expressando-se através de sua
oralidade e produções gráficas.
DESENVOLVIMENTO
“Era uma vez...” A prática fundamentando a
teoria
“A leitura do mundo precede a
leitura da palavra.” Paulo Freire
As crianças trazem consigo para a prática
educativa uma bagagem de conceitos e
experiências. Através do uso da literatura
infantil na sala de aula, o professor consegue
interagir com ela utilizando-se de suas
hipóteses. É nesse processo que podemos
explorar em parceria com a criança, o livro
como forma de comunicação e registro.
Podemos destacar que a prática corrente
da leitura deleite no ambiente escolar
proporciona e estabelece momentos que
exploram a percepção visual, auditiva e oral da
criança, fazendo com que ela estabeleça
vínculos com as aprendizagens já adquiridas.
Nesse processo, o professor adquire um papel de
mediador, interagindo com o livro e a criança,
através de estímulos desafiadores, sendo que
ele será o promotor da palavra.
As obras literárias infantis utilizam-se
muito da dimensão narrativa através de
imagens. Essas narrativas visuais proporcionam
à criança uma vasta exploração do imaginário,
no momento em que é incentivada a construir
em seu pensamento os personagens e cenários
da obra. Segundo Vigotsky (1992, p.128), “a
imaginação é um momento totalmente
necessário, inseparável do pensamento
realista”, ou seja, podemos encontrar na
literatura infantil uma grande aliada para esta
etapa do desenvolvimento da linguagem da
criança.
Uma grande preocupação da prática
educativa atualmente é a formação de adultos
leitores. Segundo um estudo da UNESCO (2005),
somente 14% da população tem o hábito de ler.
Esse indicador ressalta ainda mais a importância
do hábito leitor na Educação Infantil. A
promoção da contação de histórias nesta faixa
etária torna-se extremamente importante
quando se estabelece que nesta fase as palavras
ganham sentido em nossa vida.
O hábito de leitura, sendo ela através de
uma hora do conto ou em um momento
espontâneo de leitura deleite, contribui para o
desenvolvimento emocional, social e cognitivo
da criança, uma vez que esse momento produz
aprendizagens significativas e vínculo afetivo
com colegas e professores.
15
Literatura infantil brasileira: mais que um
autor, um exemplo de vida
A introdução da literatura infantil
brasileira nas salas de aula da Educação Infantil
deve ser mais do que uma exigência nos dias
atuais. Além das inúmeras contribuições para o
processo de ensino aprendizagem que a
literatura nos oferece, devemos também levar
em conta a riqueza do acervo literário infantil
que atualmente já temos em nosso país.
O autor de um dos maiores fenômenos
editorial do país, nascido no dia 24 de outubro de
1932, Ziraldo, inspirou gerações com suas obras
literárias conquistando crianças de todas as
idades. Entre inúmeras obras, como as coleções
“Bichim”, “ABZ”, “Corpim”, “Mundo colorido”,
“Bebê Maluquinho”, “As Tias” e “Turma do
Pererê”, sua publicação principal é a história
que retrata as aventuras de um menino cuja
personalidade é explicada através de
metáforas, nas quais as crianças identificam-se
e aprendem na medida em que interagem com a
história.
Construindo a prática pedagógica através da
literatura
O livro do “Menino Maluquinho” serviu de
inspiração para um trabalho que envolveu e
encantou a todos. A partir da identificação das
crianças através do simples ato de leitura da
obra, formando nelas uma consciência literária,
o trabalho ganhou forma, adaptando-se às
descobertas da turma.
A identificação da família, amigos e
ambiente onde vivemos foi explorada através da
expressão gráfica, possibilitando às crianças o
contato com diversas fontes criativas. Com isso,
também foi possível relacionar o contato com a
arte gráfica, globalizando conteúdos e conceitos
interdisciplinares.
16
A coleção “Bichim” também foi
explorada. Através de atividades lúdicas, foi
trabalhada juntamente com a construção da
identidade. As histórias possibilitaram um
aprendizado globalizado, e os momentos da vida
de cada um puderam ser apresentados e
compreendidos de forma criativa e prazerosa,
sem perder os reais significados.
Conhecendo a literatura através do olhar da
família
Sabendo da importância da participação
da família para êxito nas aprendizagens nesta
etapa escolar, foi proposto em sala de aula, com
base nas obras literárias de Ziraldo, o projeto
“Tecendo histórias com o Menino Maluquinho”.
Com o objetivo de proporcionar a interação
família-escola através do diálogo e da
participação, estabelecendo vínculos afetivos e
contribuindo para uma aprendizagem
significativa, iniciou-se a construção de um
boneco desse personagem.
Para proporcionar vivências desafiadoras,
o boneco visitou as casas das famílias das turmas
03 e 05. Nessa visita, as crianças tiveram a tarefa
de registrar através de diferentes maneiras, as
contribuições dessa obra literária em seu
ambiente familiar.
Esse registro ocorreu em um livro, que
acompanhou o boneco nas visitas, juntamente
com a obra completa de Ziraldo, para que a
mesma pudesse ser explorada em casa.Assim, as
famílias puderam expressar, através de
desenhos e escritas, as contribuições desse
momento de interação. Nesse projeto, as
famílias puderam experimentar a obra de
Ziraldo através do olhar da criança,
contribuindo com seus valores e referências a
elas.
Já no ambiente escolar, a proposta
continuou explorando as habilidades de
linguagem (corporal, musical, plástica, oral e
escrita) através das vivências de interação,
reflexão e registro.
Bakhtin (1992) expressa sobre a
literatura infantil, abordando que, por ser um
instrumento motivador e desafiador, ela é capaz
de transformar o indivíduo em um sujeito ativo,
responsável pela sua aprendizagem, que sabe
compreender o contexto em que vive e
modificá-lo de acordo com a sua necessidade.
Sendo assim, podemos destacar que essas ações
enriqueceram a corrente proposta desafiadora
do ambiente escolar, fazendo com que o vínculo
afetivo estivesse presente nessa prática. Os
adultos, sendo eles professores ou familiares,
c o n t r i b u í r a m n e s s e p r o c e s s o c o m o
estimuladores e incentivadores da prática
literária, recriando o encontro com o livro
através do imaginário singular da criança.
REFERÊNCIAS
SILVA, Vera Maria Tieztmann. Literatura Infantil Brasileira –
um guia para professores e promotores de leitura. – 2º Ed. –
rev. – Goiânia: Cânone Editorial, 2009.
LITERATURA INFANTIL: A AVENTURA DA DESCOBERTA. Revista
Educação, Editora Segmento. São Paulo. 2012
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação
Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação
Infantil/ Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB,
2010 - Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009.
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação
Fundamental. Referencial Curricular Nacional para Educação
Infantil/ Ministério da Educação. Secretaria de Educação
Fundamental – Brasília: MEC/ SEF, 2001 - Volume 3,
Linguagem oral e escrita, páginas 142, 143.
BAKHTIN. M. M (1895-1975). Os gêneros do discurso. In:
BAKHTIN. M. Estética da criação verbal. (Tradução: Maria
Ermantina Galvão Gomes Pereira). São Paulo: Martins Fontes,
1992.
KAERCHER, Gládis Elise Pereira da Silva. Literatura Infantil e
Educação Infantil: um grande encontro. Unesp – São Paulo.
D i s p o n í v e l e m :
http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/
453/4/01d14t10.pdf.Acesso em: 30 de maio de 2014.
17
OCURSONORMALEALITERATURAINFANTIL:
“PORQUECADAPONTODEVISTAÉUMAVISTACONTADADEUMPONTO”
5
Joseane Silva
5
Professora Especialista; docente na Educação Básica e no Curso Normal do CSC, nas
disciplinas de Didática, Língua Portuguesa e Literatura (com a participação da profa.
Cláudia Gisele Masiero e do prof. Evandro A. Schuler).
O ano iniciou com força total no Colégio
Santa Catarina, especialmente para as alunas do
Curso Normal, que tiveram um contato muito
significativo e especial com a literatura infantil
na “I Oficina de Mediadores da Leitura”. A
atividade foi criada especialmente para atendê-
las, por meio de uma parceria entre a Prefeitura
Municipal de Novo Hamburgo – Biblioteca
Municipal- e o CSC (com a diligência da
supervisora do Curso Normal, professora Isolde
Müller).
A professora Suzana Maria Zimmer – nossa
querida Suzi – simplesmente encantou nossas
discentes com seu conhecimento e com suas
histórias, embasando suas falas com escritores
renomados, como MariaAlexandre de Oliveira, e
demonstrando suas técnicas de contadora de
histórias com dinâmicas e muito bom humor.
Ensinamentos sobre nossa memória
auditiva, reflexão sobre a literatura infantil,
sugestões de livros, kits com técnicas e recursos
para a Hora do Conto nortearam o primeiro
encontro.
Suzi evidenciava que o exemplo é sempre
mais eficaz do que o preceito, enquanto
motivava nossas futuras professoras sobre a
necessidade de desenvolver o gosto pelas
histórias (em primeiro plano). “Não contarás
uma história com êxito se não gostares dela.
O brilho no teu olhar é o que cativará teus
alunos. Sem esse brilho, não formarás futuros
leitores, já que é esse o teu objetivo: motivar a
prática da leitura, a partir da prática da sua
escuta”, disse a educadora especialista em
contação de histórias pela UFRGS.
Ficamos com o gostinho do “quero mais”
nesta primeira oficina, mas nos conforta a ideia
de que estão planejando uma próxima, em
b r e v e . Q u e r o , p o r t a n t o , a g r a d e c e r
imensamente a disponibilidade, a receptividade
e o carinho que recebemos de todos os
funcionários da Biblioteca Pública Municipal.
Um abraço especial, é claro, à professora Suzi –
que fascina e alegra todos quando começa a
contar histórias.
Um espaço especial reservado aos contos de fadas
“O conto maravilhoso, que ainda hoje é o
primeiro conselheiro das crianças porque
outrora foi o primeiro da humanidade,
continua a viver secretamente na narrativa.
O primeiro e verdadeiro narrador é e
permanece sendo o narrador de contos
maravilhosos.” Walter Benjamin
Em um projeto de contação de histórias, não
se poderia deixar de abordar o valor histórico e
cultural dos contos de fadas e, principalmente, sua
importância para o desenvolvimento e constituição
dos sujeitos ainda na infância.
Introdução: projeto mediadores da leitura
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Revista Santa @ Publicação

  • 1. Santa Revista em Ano 2014; volume 9; Dezembro de 2014 Conectadocomvocê! #familiasantanh
  • 2. Santa Revista em Ano 2014; volume 9; Dezembro de 2014. Conselho Editorial Executivo: Bibiana Melissa de Oliveira João de Deus Edilaine Vieira Lopes Isolde Müller Susana Fernandes Pfarrius Ladeira Representantes do Colegiado Conselho Consultivo (interno) Aline Carvalho Joseane Silva Simone Fabiane Käfer Vanessa Moschen Conselho Consultivo (externo) Anamaria Cachapuz Cypriano Juracy Ignez Assmann Saraiva Marie Traude Schneider Revisão Geral: Professora Me. Eliana Müller de Mello Projeto Gráfico e Diagramação: Kamille Ricielle Quadro Foto da capa: Felipe Fraga Créditos das imagens: Maria Machado da Silveira (Departamento de T.I do CSC) ACSC - COLÉGIO SANTA CATARINA Rua General Osório, 729 | Novo Hamburgo - RS - 93510-160 (51) 3527.4862 http://www.colegiosantanh.com.br http://twitter.com/santanh http://www.facebook.com/santanh http://issuu.com/colegiosantanh A revista é uma publicação virtual e anual do Colégio. Dúvidas, sugestões e comentários são sempre bem-vindos. E-mail:publicacao@colegiosantanh.com.br
  • 3. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO BIBLIOTECA EDITORIAL BASTIDORES NÓIA VÔLEI CENTRO INTEGRADO PEDAGÓGICO - CIPE GRUPO EM DANÇA BRANIEWO GRUPO SEC - SANTA EM CENA ANTIGAMENTE 04 16 06 07 12 09 13 11 14 15 PSICOPEDAGOGIA ARTE FILOSOFANDO ESCOLA EM PASTORAL APAMA 2014/2015 TURNO INVERSO GESC IRMÃS DE SANTA CATARINA GRÊMIO DOS PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS BASTIDORES 17 17 23 20 27 21 28 22 29 30 DEEP RUNNING
  • 4. Apresentação As instituições escolares das Irmãs de Santa Catarina promovem o desenvolvimento educacional por meio da espiritualidade, conhecimento, tecnologia, solidariedade, integralidade e sustentabilidade. A interação - escola, família e comunidade - constitui elemento fundamental nos processos educacionais, tendo como finalidade a promoção da educação para a mudança e transformação social, respeitando o aspecto socioambiental e a dignidade do ser humano. O Colégio Santa Catarina, em seus 114 anos, vem construindo uma forte e significativa proposta pedagógica pastoral, contribuindo eficaz e efetivamente para o desenvolvimento de nossa região. Nesse ínterim, a revista Sant@Publicação, em sua 9ª edição, é um espaço de comunicação e interação, apresentando atividades e projetos desenvolvidos no Colégio. Cooperação, responsabilidade social, autoconceito, literatura infantil e construção da identidade são alguns dos enfoques dos excelentes artigos desenvolvidos. O a r t i g o “ A c o o p e r a ç ã o e a responsabilidade social da escola para a vida”, da professora Monique Michelle Ouriques, é um relato de atividades realizadas nas disciplinas de Ensino Religioso, Vida Cidadã, Expressão Corporal e Língua Portuguesa, com as turmas de 5º, 6º e 8º anos. Aponta a cooperação como fator essencial em vista da mudança a partir de uma meta comum e ação fundamental para o desenvolvimento de pessoas e instituições com responsabilidade social. Confirma-se que a superação do individualismo, a riqueza na d i v e r s i d a d e , a ç õ e s s o l i d á r i a s e sustentabilidade, resultados da cooperação, expressam responsabilidade social. “Autoconceito e autoimagem em adolescentes obesos e não obesos”, pesquisa realizada pelas alunas do curso Técnico Enfermagem, Bruna Maria Moretti e Patrícia Gonçalves, parte do problema: a obesidade pode desencadear problemas no autoconceito e na autoimagem dos adolescentes? Temática muito significativa, quando hoje a dimensão corporal é muito valorizada e se considera o cuidado preventivo do corpo como um fator essencial à saúde. As professoras de Educação Infantil, Anna Julia Koch e Vanessa Moschen, desenvolvem o tema “A literatura como base de um aprendizado lúdico e significativo”. Reforçam que a literatura infantil é uma grande aliada para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita da criança; desperta e forma o hábito da leitura.Apresentam a fundamentação teórica e a experiência com as crianças e sua interação com a família através da literatura. 04 Ir. Veronice Weber
  • 5. O curso normal e a literatura infantil: “porque cada ponto de vista é uma vista contada de um ponto” intitula o artigo que relata a experiência da I Oficina de Mediadores da Leitura, desenvolvida pelos professores Evandro A. Schuler, Joseane Silva e Cláudia Gisele Masiero, juntamente com as alunas do Curso Normal.Aatividade, avaliada como muito significativa pelas alunas, foi criada e desenvolvida em parceria com a Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo, especificamente a Biblioteca Municipal, com a diligência da supervisora do Curso Normal, professora Isolde Müller. Desenvolvido pela professora Bárbara Jucinsky Schmitt, “Uma análise da cultura e das identidades a partir do documentário Babies”, versa como o meio cultural em que a criança vive interfere na construção de sua identidade. O documentário consiste em uma narrativa fílmica que retrata a história de quatro crianças de diferentes nacionalidades e culturas em seus primeiros anos de vida. Abordando a dimensão da linguagem, a professora Melina Wasem Passos apresenta “Uma reflexão sobre a escrita e o papel do professor de língua portuguesa”. Destaca que a escrita é o reflexo da fala, porém é preciso entender que são dois sistemas distintos. Portanto, é papel da escola ensinar esses dois códigos linguísticos, considerar os conhecimentos trazidos pelo aluno e propor diferentes produções textuais. Agradeço aos que, comprometidos com a ação educacional do Colégio Santa Catarina, construíram história neste educandário, marcada por aprendizagens significativas, competência e valores cristãos. Desejo uma ótima leitura a todos. 05 Ir. Veronice Weber Diretora Geral (Membro da Direção Colegiada) Colégio Santa Catariana Foto: Felipe Fraga
  • 6. EDITORIAL Priorizar a produção escrita por meio de uma abordagem pedagógica e prática, em vez de apenas usar citações científicas ou abordagens superficiais e trechos de livros ou de pesquisas acerca de assuntos genéricos, é um dos objetivos da Revista. A proposta é propor espaços nos quais se explore o desenvolvimento da linguagem, do trabalho educacional articulado, da produção textual artística (escritura) e da sensibilidade docente e discente, tão pertinentes e presentes em nosso dia a dia, visto que as emoções perpassam, transcendem, e nos permitem uma maior compreensão sobre as nossas relações interpessoais. Sabemos que o tempo da pesquisa é, quase sempre, insuficiente. Pretendemos, com tais assertivas, impulsionar futuras pesquisas, não apenas no que diz respeito aos processos de ensino e de aprendizagem, mas no que se refere à educação significativa, com sentido. Para tanto, é preciso considerar o outro, pois (parafraseando o filósofo russo Mikhail Bakhtin) "quando me olho no espelho, em meus olhos olham olhos alheios; quando me olho no espelho não vejo o mundo com meus próprios olhos desde o meu interior; vejo a mim mesmo com os olhos do mundo - estou possuído pelo outro e no outro está Deus". Assim, ressaltamos que, enquanto processo, nossos artigos ainda não estão prontos (e talvez nunca estarão!). Esta publicação, aos poucos, encontra lugar cativo junto aos seus leitores. Quem ganha é a comunidade escolar! Agradecemos a todos que, direta ou indiretamente, têm unido esforços para que tal projeto se concretizasse de modo efetivo e com qualidade. Em 2015 tem mais, pessoal... Boas festas e um Ano-Novo abençoado! Profa. Edilaine Vieira Lopes, em nome do Conselho Editorial 06 Edilaine Vieira Lopes
  • 7. 07 15 anos de beatificação da Bem-Aventurada Regina Protmann Bênção da Cruz do Divino! Copa do Mundo - 2014
  • 8. Premiação IV Mostra Multidisciplinar 08 IV Mostra Multidisciplinar Semana da Criança
  • 9. Centrointegradopedagógico-cipe A sociedade passa por grandes mudanças políticas, sociais, culturais e tecnológicas. Nesse ínterim, observamos que a escola, como instituição social, também precisa analisar o contexto onde está inserida e quais as mudanças necessárias visto que lida com sujeitos aprendentes, cujas expectativas relacionam-se a novos conhecimentos. Atualmente, pensar em um currículo que atenda a essas expectativas é desafiador para uma equipe pedagógica que necessita ter um olhar criterioso sobre todos os aspectos relacionados à aprendizagem. Pensar em um currículo significa refletir sobre o processo das relações com o saber. É pensar em ações pedagógicas educativas que garantam a construção do conhecimento. É promover atividades, com a intenção de desenvolver o processo formativo do sujeito. Que atitudes são essenciais para a formação deste educando? Que valores devem permear nosso fazer diário? Que comportamentos esperamos do educando frente a atividades que o desafiem a pensar, a agir, a resolver situações desafiadoras? Quando refletimos sobre a importância do currículo, precisamos ter em mente a Proposta Política Pedagógica da Instituição da qual fazemos parte. Esta apresenta a filosofia, a missão e os objetivos nos quais todos estão engajados, tendo sempre presente a formação do educando e a cultura de seu povo. O currículo escolar requer um olhar atento às diferenças. Durante muito tempo - e ainda hoje, em vários ambientes escolares, os educadores transmitem seus conhecimentos, uniformemente, sem reconhecer as diferenças em seus alunos. “As diferenças são construídas pelos sujeitos sociais ao longo do processo histórico e cultural, nos processos de adaptação do homem ao meio social e no contexto de relação de poder” declara Nilma Lino Gomes, no documento “Indagações sobre Currículo” (2007). Para tanto, há necessidade de que os educadores tenham essa visão e esse olhar diferenciado no direcionamento de suas ações, possibilitando a construção do conhecimento e a promoção da aprendizagem. Quando apresento o termo “educadores”, tenho em vista todos que fazem parte do âmbito escolar e que são responsáveis pelo processo educativo: professores, pais, funcionários, equipe pedagógica, etc. Diante de novas demandas sociais e culturais, a escola vê-se obrigada a incorporar em seus planos de estudo e nos seus projetos não só saberes vinculados às diversas áreas do conhecimento, como também saberes produzidos pelos movimentos sociais e pela comunidade. Saberes estes que estão vinculados à comunidade negra, saberes relacionados aos movimentos das mulheres no processo de luta pela igualdade de gênero, saberes referentes à comunidade indígena, enfim, conhecimentos relacionados às diferenças (entre elas, a inclusão) e desigualdades dos povos. REFLETINDO SOBRE A DIVERSIDADE E O CURRÍCULO ESCOLAR DENISE SENGER Supervisora Escolar – CIPE 09
  • 10. 10 E s s e o l h a r d i f e r e n c i a d o , e s s a sensibilização para assuntos relacionados à diversidade traduzem-se em ações pedagógicas como planejamento de atividades relacionadas aos temas discutidos, formação continuada de educadores, estudo dos temas referidos em componentes curriculares específicos. Algumas dificuldades são percebidas no âmbito escolar, como a necessidade de currículos apropriados para alunos com inclusão e avaliação específica para cada caso; formação específica para os educadores que possuem alunos com inclusão; enfim, uma organização da escola frente aos seus tempos e espaços, para que a educação inclusiva cumpra o seu objetivo educativo. (...) Na realidade, a preocupação da escola deverá ser dar a todos(as) o devido tempo de aprender, conviver, socializar, formar-se, consequentemente, ter como critério na organização do currículo a produção de um tempo escolar acolhedor e flexível. (ARROYO, 2004) Como coordenadora pedagógica, reflito sobre as diversas demandas a serem atendidas e a responsabilidade frente às obrigações legais a serem cumpridas. Visualizo uma imagem do tema discutido como uma árvore frondosa: as raízes reportam à escola e sua infraestrutura; o tronco refere-se ao currículo desta escola e todas as implicações existentes; e seus galhos subdividem-se nos temas Ética, Pluralidade Cultural, Orientação Sexual, Meio Ambiente e Saúde. Cada galho (temas transversais) contém folhas. Imaginemos, por exemplo, o galho da Pluralidade Cultural: este estará subdividido nas diversas culturas existentes, na inclusão e nas suas especificidades. Nossa tarefa, como coordenadores pedagógicos, é pensar nesta escola como um espaço de aprendizagem, de convivência, de relações interculturais, onde o educando é respeitado no seu jeito de pensar e de agir; um espaço que auxilie esse educando na construção de sua aprendizagem.
  • 11. BRANIEWO 11 Matrículas abertas Início das aulas: 02/03/2015 Informações: (51) 3527 4862 www.braniewo.com.br Não perca tempo! Invista no futuro!
  • 12. Conheçanossosprojetos 12 ParceriaentreColégioSantaCatarinaeNóiaVôlei A Associação Nóia Vôlei de Esporte, Cultura e Lazer possui parceria com o Colégio Santa Catarina. Essa união vem desde 2009, com a extinta “online” e, a partir de 2012, por meio da “Nóia Vôlei”, composta por pais de alunos do antigo projeto e incentivadores da modalidade. O projeto tem como ênfase ter alunos das três redes escolares - municipal, estadual e particular, atendendo crianças e jovens de 9 a 17 anos de todas as classes sociais. Esses jovens compõem as categorias, míni, mirim, infantil e infanto-juvenil e participam de competições escolares e competições ligadas à Federação Gaúcha de Voleibol. Conquistas - primeiro semestre de 2014:  Mirim terceiro lugar na Copa RS  Infantil terceiro lugar na Copa RS  Infantil quarto lugar na série ouro no campeonato Mercosul  Infanto-juvenil segundo lugar na série prata do Mercosul Para o segundo semestre, os alunos participarão de diversas competições, tais como, Copa Paquetá, Copa Nóia Vôlei, Intercolegial, Olimpíadas para Todos, Taça Paraná, dentre outras que poderão surgir. Venha conhecer nosso trabalho, informe-se pelo e-mail: direcao@voleinovohamburgo.com.br. É tempo de fazer novas amizades e conhecer novos lugares através do esporte.
  • 13. 13 O grupo 'Em Dança' formou-se em agosto de 2001, atendendo à solicitação de alunas do Colégio Santa Catarina. O grupo tem por objetivo despertar o gosto pela arte em si e, através da dança, educar e ensinar bailarinos a manifestarem corporalmente seus próprios sentimentos, tendo harmonia corpo e mente, inteligência e sensibilidade. As aulas são ministradas pelas professoras Tuane Corrêa e Kalyana Rodrigues, formadas em Educação Física e em vários cursos voltados à formação de professores de dança, além de inúmeras participações exitosas em festivais de dança, como bailarinas e coreógrafas. A partir de 2008, o 'Em Dança' iniciou a prática da modalidade de balé para todas as idades, continuando com as modalidades de dança contemporânea e baby- class. As turmas têm duas aulas semanais e estão divididas por faixa etária e tempo de prática. O 'Em Dança' participa de festivais e já possui mais de 60 premiações. Apresenta-se também em diversos eventos municipais e particulares. O nosso espetáculo anual une o trabalho de, aproximadamente, 90 bailarinas nas diferentes modalidades ministradas. Informações podem ser obtidas na recepção da escola ou contato com a professora Tuane Corrêa (98331-1605). Em 2014, o grupo já tem diversas atividades. Durante o ano, nossas bailarinas abrilhantarão alguns eventos organizados pelo Colégio Santa Catarina. Nos meses de agosto e setembro, o Em Dança participará dos festivais: Dançando – Mostra de Dança Cidade de NH e Sul Em Dança. Além dessa programação, no mês de novembro – dias 5 e 6 – acontece o espetáculo anual do Grupo Em Dança, no Centro Municipal de Cultura, às 20h30min. O Grupo Em Dança apresentará “A música que me faz dançar...”
  • 14. 14 O grupo de expressão corporal existe na escola há mais de 8 anos. Anualmente, é possível acompanhar a evolução, o impacto e o prestígio que a arte tem em nossa vida. Os alunos surpreendem no teatro a cada dia, mostrando o quão maravilhoso é o processo de ensino e aprendizagem, no qual todos ensinam e todos aprendem. Lembramos que o maior objetivo do projeto é trabalhar a expressão c ê n i c a e c o r p o r a l , e x p l o r a n d o o desenvolvimento da linguagem, articulação, produção textual artística (escritura), sensibilidade e o ato teatral de brincar e improvisar, visto que a emoção da personagem permite uma maior compreensão sobre as emoções e nossas relações interpessoais. As aulas ocorrem semanalmente no Salão Nobre. É uma atividade física realizada em piscina profunda, com o uso de colete flutuador. Exercícios aeróbicos simulam caminhada ou corrida, sem impacto para as articulações. Essa atividade é indicada para pessoas que precisam realizar exercícios sem impacto, pós-operatório de membros inferiores, perda de peso, condicionamento físico aeróbico, para atletas em recuperação ou que querem alternar seus treinos. Contato: Simone de Sá Bordin (99781964). Para maiores informações, entre em contato com as professoras Aline Nervo ( Edilaine Lopesaline.nervo@gmail.com) ou (edilaine.nh@gmail.com). Grupo SEC- Santa Em Cena VOCÊSABEOQUEÉ“DEEPRUNNING”?
  • 15. 15
  • 16. BIBLIOTECA A biblioteca Anchieta tem muitas novidades para esse semestre; são vários títulos e coleções novas que chegaram para fazer parte do nosso acervo. Você vai viver grandes aventuras com piratas, patrulheiros do espaço, dinossauros; desvendará muitos mistérios com Nick Diamond, um menino que adora bancar o detetive; acampará com a Katie Kazoo, e conhecerá a raça alienígena dos Yeerks no livro dos Animorphs; viverá uma incrível jornada com dois irmãos determinados a sobreviverem de qualquer maneira em Oráculo. Essas são apenas algumas das novidades que estão esperando por você. Passe na biblioteca e venha conhecer esse mundo maravilhoso da imaginação. E tem mais... a Biblioteca Infantil ganhou mais três expositores para deixar o espaço dos baixinhos ainda mais legal; e para as revistas, um expositor novo para que elas fiquem ainda mais em evidência. Venha conhecer as novidades da Biblioteca. Veja o que grandes nomes pensam sobre os livros e a ideia que têm sobre a leitura: “Um livro é um brinquedo feito com letras. Ler é brincar.” RubemAlves “A leitura de um grande livro é muito mais rica que assistir a um grande filme.” Steven Spielberg “Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história.” Bill Gates “Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar.” (Monteiro Lobato, escritor e editor brasileiro, 1882 – 1948). “O importante é motivar a criança para a leitura, para a aventura de ler.” (Ziraldo, escritor e ilustrador brasileiro) “Pra mim, ler é viajar sem sair do lugar, é aprender mais e mais, é compreender um mundo.” Denise Severgnini (professora brasileira) “Quem lê nunca está só.” Helder Simone “Ler é descobrir aqueles mundos escondidos no papel.” Hernany Tafury (poeta brasileiro) “Ler pra mim é observar as palavras a brincar com as ideias.” Jozé Sabugo (poeta português) “Ler pra mim é imaginação sem limites.” Luiza Porto Schartner (poetisa brasileira) Os livros nos ajudam a sonhar e nos fazem pensar. 16
  • 17. 17 Psicopedagogia ARTE O CIPE, através da psicopedagogia, vem atuando de modo sistemático junto aos alunos, procurando auxiliá-los na organização dos estudos. Com a ascensão da informática, percebe-se o quanto tem sido necessário apresentar ao alunado que o telefone, o tablete e as demais ferramentas tecnológicas podem ser também utilizados na rotina escolar. Para muitos, a agenda de papel é vista como algo ultrapassado, mas como então lembrar-se dos compromissos? Entra aí a agenda eletrônica ou virtual, disponível em qualquer aparato tecnológico e que, se bem explorada, passa a ser um recurso indispensável. Muitos alunos relatam que leem, releem e fica a sensação de que nada ficou na memória. Por que, então, não gravar, no mínimo uma semana antes da prova, o conteúdo e escutá-lo diariamente? Essa dica cabe principalmente para as disciplinas em que o conteúdo é mais teórico. Mas onde gravar? Os celulares disponibilizam esse recurso. Basta gravar, ter um bom fone de ouvido e se dispor a escutar o conteúdo. Esses são apenas dois dos inúmeros recursos que a tecnologia disponibiliza. Revisar o material escolar diariamente é extremamente importante, pois assim não se corre o risco de esquecer tarefas, trabalhos e materiais para que haja um bom aproveitamento do ano letivo. Os alunos das turmas 110, 120, 130 e 140 conheceram, através da apreciação do filme “Littles Ashses”, a construção da poética de um dos maiores artista modernos: SALVADOR DALÍ. Esse artista estudou pintura em Madri, onde conheceu seu grande parceiro, Federico García Lorca. Ambos, no movimento de resistência estudantil e em profundo relacionamento com grupos de intelectuais de esquerda, contribuíram para impulsionar o novo movimento artístico, já em ebulição em Paris. Suas pinturas transitavam entre fantasmas da morte, do erotismo, do tempo, da infância. Já, em Paris, foi consagrado pela crítica, sendo denominado como exibicionista, extravagante, arrogante, excêntrico, porém, um gênio! Salvador Dalí nasceu em 1904 na Espanha e faleceu em 1989. Está enterrado no Museu Dalí, em sua terra natal. O Surrealismo surgiu no período entre guerras e propôs libertar o artista da tirania da racionalidade, produzindo através de sonhos obras ditas pelo inconsciente, delírios de interpretação, abrangendo diversos campos da arte, como a fotografia, a literatura e o cinema. SALVE A OUSADIA ESTÉTICA
  • 18. 18 Os alunos dos 7º anos definiram a diferença entre circunferência e círculo, desenhando e recortando moldes de papelão em diferentes tamanhos, para serem utilizados na produção de “fuxicos”. Além do simplificado trabalho geométrico, a coordenação motora fina foi explorada no processo da costura. Os fuxicos, além de coloridos e fazerem parte do artesanato brasileiro, hoje ganham dimensões internacionais nas mãos de estilistas brasileiros. Cada aluno teve a liberdade de aplicar seus fuxicos de maneira criativa, produzindo bonitos efeitos. O teatro além de divertir, UNE! Obrigado pela confiança, queridas professoras da Educação Infantil, e parabéns aos alunos envolvidos que, além de demonstrarem responsabilidade, deram um show! Sensibilizados pelo momento, os alunos das turmas 310 e 320, convidaram as turmas da Educação Infantil do Colégio para a apresentação de suas experiências cênicas. Os textos versavam sobre o nosso amigo “coelhinho” e o verdadeiro sentido da Páscoa. As apresentações ocorreram no Salão Nobre, em uma atmosfera de muito respeito o carinho. Os pequenos alunos apreciaram as variadas histórias encenadas com narrador, personagens com figurinos, cenários e canções. Há registros da produção dos primeiros fuxicos no período do Brasil Colônia, quando as escravas guardavam qualquer retalho para, posteriormente, costurarem e “fuxicarem”. O ESPETÁCULO DE PÁSCOA: UNINDO GERAÇÕES DE ALUNOS DA ESCOLA! CIRCUNFERÊNCIA, CÍRCULO, FUXICOS
  • 19. 19 Por sua importância, esse conjunto de bens de excepcional valor histórico, estético, arqueológico, científico ou antropológico foi enfocado nas questões das nuances do Patrimônio Imaterial, que abrangem as práticas, as representações, as expressões, associadas aos instrumentos, objetos e lugares culturais. Dessa vez, importamos um Patrimônio Imaterial do Estado de Minas Gerais, mais precisamente da cidade de “Tiradentes”. A CRUZ DO DIVINO é um Patrimônio Imaterial da cidade e um lindo artesanato, pois traz todas as características do mesmo; produzido manualmente, com materiais simples, sem auxílio de máquinas. No primeiro momento, os alunos produziram os croquis (esboço) e após reproduziram os estudos no tecido (algodão cru), usando tinta de tecido.Aarte final resultou em um painel gigante, onde todos os tecidos costurados formaram um lindo patchwork. Os alunos das turmas 81, 82 e 83 produziram padronagens de tecidos, pinturas que consistem em estampar figuras humanas, animais e pequenos insetos, repetindo-os, ora na mesma posição, ora invertido criando bonitos efeitos. Também pode haver repetição de cores ou, até mesmo, trama de fios ou fibras que se sobressaem. Um exemplo de artista que trabalha com design têxtil é Lucia Ewertom, que resgata, com extrema sensibilidade, a arte indígena em TERRABRASILIS. Os alunos do Colégio Santa Catarina, na disciplina de Arte, refletiram sobre a importância de conhecermos e valorizarmos os vários tipos de patrimônios. DESIGN TÊXTIL “CRUZ DO DIVINO”
  • 20. ESCOLAEMPASTORAL Escola em Pastoral traduz-se em um novo paradigma para as nossas Instituições Escolares. Refere-se à perspectiva de uma escola, pensada e operacionalizada, integrando a dimensão pedagógica, administrativa, financeira, educacional e pastoral. A dimensão pastoral, aqui, está relacionada a uma perspectiva de gestão cristã que combina as exigências de qualidade na entrega do serviço com as exigências de qualidade nas relações, embasadas na pedagogia do amor. Uma Escola em Pastoral é uma instituição comprometida com o processo de humanização e de planificação do ser humano, como protagonista da sua história e da história do mundo onde vive. Ela visa à promoção do exercício da cidadania, com base em valores de respeito, espiritualidade, honestidade, solidariedade, justiça, sensibilidade, fraternidade, amor, esperança e conhecimento. Também, pressupõe uma ação pedagógico- evangelizadora que contemple a ação pastoral com educadores, educandos e com todos que integram a rede das Instituições Escolares. Assim, busca-se uma ação embasada na pedagogia da presença e do cuidado, criando um espaço humano, onde todos se sintam responsáveis pela criação de um mundo mais justo, solidário e sustentável. Para a concretização da Escola em Pastoral, faz-se necessário articular fé, cultura e vida, através de projetos, metodologias e ações que perpassem todos os setores da comunidade educativa, despertando o sentimento de parceria e de corresponsabilidade. “Pastoral” advém de pastor: aquele que chama, reúne, aponta o caminho de novas possibilidades, cuida , anima, conduz, zela e guarda a vida dos seus. Assim, a Pastoral Escolar é o empenho e a presença da Igreja em permear a Instituição Escolar com o espírito do Evangelho. Pretende dinamizar a evangelização, no sentido amplo e extensivo da Instituição Escolar, enquanto centro de educação cidadã e como instrumento de formação humana. É um modo de evangelização assumido por toda comunidade educativa, com valores humanos e cristãos. A ação pastoral tem a intenção explícita da visão, da missão e dos valores, estando entre as prioridades de quem atua na direção, na administração e finanças, coordenação pedagógica, orientação educacional, pastoral escolar, secretaria, sala de aula, serviços de suporte e gerais. É significativo entender que pastoral é prática, tendo uma iluminação teórica (Bíblia Sagrada, Documento de Aparecida, Educação, Igreja e Sociedade – Doc. 47 da CNBB) que fundamenta a identidade católica, de forma clara e de fácil acesso. Para isso, é necessário planejamento a fim de colocar em prática a essência de uma Escola em Pastoral confessional católica, acolhendo, também, as demais denominações religiosas. Todos que integram as nossas Instituições Escolares recebem uma capacitação para que o envolvimento seja eficiente. A Pastoral Escolar não se reduz à organização de eventos pontuais, às vezes desarticulados entre si. Por outro lado, promove um conjunto de ações que reflita um jeito de ser igreja nas Instituições Escolares, bem como cria condições e estratégias para contagiar cada membro de cada setor da Instituição, para que os princípios cristãos e o Carisma sejam assumidos e testemunhados, desde a cordialidade até o clima de respeito às diferenças. Tudo está permeado pelo espírito que a pastoral delineou no seu projeto. Além disso, a Pastoral Escolar considera a dimensão transcendente, de modo equilibrado e ético, em tudo o que é realizado O ideal é que os educadores testemunhem a fé cristã de forma atual e unida à ciência. É preciso buscar novos caminhos que apontem para a educação transformadora, formação da consciência crítica e relacionamento humanizador, através da Pastoral Escolar. Nesse sentido, a Pastoral ajuda na construção de uma educação de comunhão e participação em todos os níveis da Instituição Escolar; colabora para que os educandos sejam iniciados na arte de pensar, criticar, questionar, criar, propor, escolher e viver. O futuro da Educação parece indicar para uma confluência da tradição, valores/atitudes e espiritualidade com profissionalismo e excelência no ensino. Nesse sentido, quando se fala em espiritualidade, ponto de gravidade da Escola em Pastoral, ela é compreendida como a tradução da Pedagogia doAmor em um modo de ser da Instituição Escolar. Para a rede ACSC, a Pedagogia do Amor tem suas raízes na tradição cristã e no Carisma da Bem- Aventurada Regina Protmann e atualiza-se no dinamismo do mundo. Desse modo, é preciso potencializar as forças que foram conquistadas ao longo da história e avançar, ainda mais, no profissionalismo e na espiritualidade com foco na excelência. Portanto, a espiritualidade, como eixo do processo de ensino e aprendizagem, compõe cada uma das ações, planos e projetos da Instituição Escolar. 20 Colégio Santa Catarina Escola de Educação Prossional Braniewo Pastoral Escolar
  • 21. 21 TURNOINVERSO “Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em sala sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para formação do homem." (Carlos Drummond deAndrade) O Turno Inverso do Colégio Santa Catarina atende crianças da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I (2 a 10 anos). No momento da matrícula, a família tem a opção de escolher o número de dias por semana, nos quais o educando frequentará o Turno Inverso. É um ambiente seguro, afetuoso e pedagógico, no qual o aluno recebe cuidados com a alimentação, higiene, saúde e também conta com a excelência de formação dos professores especializados em suas áreas específicas, tais como oficina de canto, língua inglesa, educação física e natação recreativa, bem como momento de recreação no pátio, cancha, área verde e pracinha. Nesse espaço, o aluno aprenderá de forma lúdica, construirá, refletirá, criará e irá se divertir tendo sempre como base a felicidade. Atendendo as necessidades das famílias e das crianças, dispomos momentos de descanso, acompanhamos a hora da tarefa escolar e orientamos hábitos e atitudes que promovam a autonomia do estudante. Vale ressaltar que temos como base o fortalecimento da vivência ética e cristã. Turnos: manhã e tarde/ 7h às 19h. Fique por dentro de nossos momentos divertidos através de nossas fotos.
  • 22. 22 IRMÃSDESANTACATARINA Irmãs de Santa Catarina em Missão no Haiti “COMO DEUS QUER” Como marco dos 400 anos da Morte da Bem-Aventurada Regina Protmann, em um gesto de louvor e gratidão, a Congregação das Irmãs de Santa Catarina iniciou uma nova Missão no Haiti. À luz do mesmo entusiasmo que há mais quatrocentos anos fez luzir no coração de Regina amor extraordinário aos irmãos mais necessitados, as irmãs Claudete Stertz, Sueli Monteiro de Souza, Deuza Maria C. dos Santos acolheram no coração o apelo e o convite de Deus para ir à missão, servir e amar o povo haitiano. O Haiti é um dos países mais carentes da América Latina (muitas são as suas necessidades, desde as mais básicas como água encanada, luz elétrica...). A princípio, as irmãs foram para atuar no campo da saúde e educação. As Irmãs embarcaram no Rio de Janeiro dia 22 de junho do corrente ano. E lá estão elas, doando a vida com amor, na certeza de que a doção aos irmãos faz fecundar e germinar sementes que tornam o carisma vivo e presente na história daquele povo: “COMO DEUS QUER” da Bem-Aventurada Regina Protmann, Fundadora da Congregação.
  • 23. Filosofando O Ocidente tem algumas marcas culturais que estão em um largo processo de expansão neste processo chamado Globalização e, entre algumas mais significativas, podemos destacar o Pensamento Científico e o resultado lógico no desenvolvimento de tecnologias que ocupam nossa vida nos mais variados campos do cotidiano. Computadores, chips, plásticos, ligas metálicas estão de tal forma acoplados em nossos necessários objetos e utensílios que, na falta de uma fonte de energia para carregá-los ou de um novo modelo para resolver uma função que poderia se plenamente realizada sem eles, entramos em pânico. Se isso é verdade, logo se conclui que tal necessidade é uma criação humana – no caso, peculiarmente dos humanos ocidentais – e, portanto, é o que chamamos de Cultura. Nesse sentido, essa adoração e dependência das máquinas é fruto direto de uma mudança econômica, política e social que ocorreu em meados do século XVIII e que recebeu o nome de Revolução Industrial.Apartir dela, uma drástica e inédita mudança ocorreu: o ser humano começou a ter cada vez mais dependência e influência dos mecanismos sobre si mesmo. Em outras palavras, a máquina criada pelo ser humano começou a ditar o ritmo e as necessidades em que passamos a acreditar que precisamos. Surge aqui uma segunda, mas não menos importante consequência da Revolução Industrial, o avanço sem precedentes do chamado Capitalismo Global e as mudanças trazidas em todos os grupos sociais na atualidade. Portanto, não é surpresa constatar que a relação fica cada vez mais intensa entre a sociedade contemporânea, o capitalismo e seus avanços tecnológicos, resultando, por exemplo, em mais de 1,1 bilhão de smartphones no mundo. Uma clara necessidade de que devemos estar sempre “conectados”, de fazer parte de um grupo virtual, ou ainda, de registrarmos nossas rotinas em locais como o Facebook. Com isso, vêm as redes sociais, que ganham muito destaque e servem como ferramentas de expressão. Uma mídia de fácil manuseio que abre espaços para mostrar um estilo de vida, organizar eventos, revoltas – como a do Passe Livre em 2013 no Brasil, ou a Primavera Árabe, no Oriente Médio -, devido ao número cada vez maior de usuários e a rapidez de circulação das informações. O Facebook tem aproximadamente 1,23 bilhão de usuários, o que representa uma população quase total da China. Por outro lado, algumas questões surgem nesse mundo cada vez mais conectado: o ser humano tende a ficar conectado em um mundo cada vez mais virtual, isolando-se do real? Para que sair de casa se acessamos tudo de um smartphone? Filosoficamente falando, para que serviria a arte, uma exposição de quadros, um museu ou, quem sabe, um cinema, se posso baixar tudo em um aparelho? Consequentemente, muitos outros aspectos e setores de nossa cultura acabam não recebendo o devido destaque em relação à influência na sociedade, como por exemplo o cinema. Mesmo sendo uma das indústrias que mais lucra, a sétima arte vem perdendo a sua capacidade de fazer e de reproduzir arte. Cinema tem sido lugar de espetaculares demonstrações de efeitos visuais em uma linguagem picotada por chavões de fácil apelo emocional, proporcionado pelos avanços do cinema 3D: basta ser fantástico e cheio de adrenalina. Enredo, moral da história e a chance de interpretar a sociedade tornaram-se ultrapassados. Fica claro que não percebemos o quanto essa mídia já atingiu nossa vida nestes 119 anos de existência. Em 1895, o primeiro filme foi exibido através do trabalho dos irmãos Lumière, que utilizaram uma máquina chamada cinematógrafo, que possibilitou a projeção de imagens de um trem em movimento indo em direção à tela, o que gerou espanto da plateia. Do Ocidente para o mundo: o culto às máquinas Prof. Evandro Schuler Bruna Leticia Monteiro 23
  • 24. A reação foi de se esconder sob as cadeiras, tamanho impacto de realidade que tiveram diante de si. A partir de então, foram feitas diversas produções que ganharam muito destaque, como O Cantor de Jazz - 1º filme com som simultâneo - O Mágico de Oz, O Vento Levou, Cleópatra, Bonequinha de Luxo e outros, que servem não somente como modo de entretenimento, mas também como manifestos culturais das sociedades ocidentais. Por outro lado, um dos enredos em crescimento no cinema atual é o dos filmes de super-heróis, que acumulam milhões de dólares por todo o mundo. Aproveitando uma linguagem de gibis, transformam animações e longa- metragem, sem deixar de ser, muitas vezes, considerados infantis e bobos. Por outro lado, faz-se necessário perceber a maneira como esses personagens e filmes apresentam fenômenos do nosso cotidiano e, por sermos cada vez mais seres midiáticos, a importante contribuição dessas produções na formação dos valores sociais dos jovens atualmente. Em “Vingadores” (DISNEY-MARVEL, 2012), por exemplo, há uma clara menção ao cristianismo no momento em que o Capitão América diz, antes de pular do avião, que 'Deus só existe um'. Desfaz, assim, os deuses nórdicos lá mencionados. De acordo com a psicóloga Lídia Aratangy, é nesse momento de apego a personagens e heróis, que as crianças aprendem questões importantes como valores, discernimento do bem e do mal, moral, ética e punição. É importante perceber a capacidade que o cinema possui de tratar sobre importantes fatores da sociedade de diversas maneiras. Obras como “Clube da Luta” criticam o capitalismo e a superficialidade das pessoas; já “O Mordomo da Casa Branca” narra a luta dos negros desde a década de 1920, mostrando os presidentes dos EUA, a busca por direitos iguais, o preconceito durante o passar das décadas até o momento em que Obama chegou à Casa Branca, tudo do ponto de vista de um negro mordomo que trabalhava no local até os anos 1980. Baseado em fatos reais, o filme possibilita refletirmos sobre como existem coisas que mal sabemos e, a partir de documentários e longa- metragem como esse, somos informados sobre fatos marcantes da história do mundo. Infelizmente, o número de obras que carregam essas características, nos dias de hoje, não são muitos. Segundo o dramaturgo Oscar Wilde, “a vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida”, podendo facilmente ser interpretado atualmente como a importância do que é dito ou mostrado nas telonas. Personagens que deveriam mostrar a complexidade do ser, problemas reais e importantes lições servem principalmente para ditar tendências de vestimenta, comportamento e tecnologia. 24 Filme “A Chegada do Trem à Estação”, irmãos Lumière.
  • 25. A o q u e p a r e c e , o c o r r e u m a revolucionária mudança de posição no processo de divulgar cultura. Até os anos 1990, eram determinados grupos que produziam determinadas mensagens e distribuíam-nas de determinadas formas para a população. Hoje, um vídeo caseiro no Youtube é capaz de colocar aquele sujeito simples do interior no centro de discussões devido ao seu apelo popular e simplesmente por ter recebido milhares de visualizações. Ferramentas que deveriam ser usadas para conhecimento servem, em sua maioria, somente para entretenimento e lazer, além de diminuir o contato humano. Até bem poucos anos atrás, as crianças diziam “Shazam”, “eu tenho a força”, ou ainda “ao infinito e além!”. De uns dias para cá, pelo menos no Brasil, quando se quer dar um apoio para alguém querido, gritamos em um sotaque bem carregado: “TACA-LHE PAU, MARCOS”... Dizem que a Filosofia é uma forma de conhecimento humano muito nobre, mãe das mais variadas Ciências e que a ela devemos uma série de avanços diante da natureza e das vicissitudes da existência humana. Se essa afirmação é verdadeira, por que é tão comum ouvir da gurizada que está no Ensino Médio a pergunta “pra que estudar?” ou “onde vou usar Matemática e Física? E Química? Biologia? Geografia???” sempre seguidas de retumbantes “na boa sor, não preciso disso....” Pois bem, tentemos refletir acerca do óbvio. Para o bem ou para o mal, tudo o que temos em termos de tecnologia ao nosso redor, da lâmpada da sala de estar às usinas atômicas, têm uma relação direta com a Ciência e o pensamento especulativo-filosófico. Em outras palavras, aquela aspirina (ácido acetilsalicílico) que alguns tomam a fim de terminar com a dorzinha de cabeça é uma entre tantas invenções científicas. O celular (eu sei, é iphone!?) carrega grandes descobertas das mais variadas áreas de saberes em seu corpinho plastificado que esconde muitos metais nobres, condutores de eletricidade, operações matemáticas, cristal líquido, LEDs, etc. Mas a pergunta continua, afinal, os alunos têm vontade de usar os aparelhos para tirar selfies e não de inventá-los! Referências: http://pt.wikiquote.org/wiki/Oscar_Wilde http://outrasestacoes.blogspot.com.br/2011/09/fi lmes-e-sua-critica-sociedade.html http://www.tecmundo.com.br/facebook/49877- populacao-da-china-sera-menor-que-numero-de- usuarios-do-facebook-em-2015.htm http://tecnologia.uol.com.br/noticias/afp/2014/0 2/03/facebook-em-numeros.htm http://cinema.uol.com.br/noticias/redacao/2013/ 12/20/hollywood-bateu-recorde-em-2013-mas- nao-ha-motivos-para-comemorar.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Auguste_e_Louis_Lu mi%C3%A8re http://www1.folha.uol.com.br/tec/2014/01/1403 931-venda-de-smartphones-no-mundo-passou-de-1- bilhao-em-2013-diz-idc.shtml http://www.cenacine.com.br/?p=5273 CABRERA, J. Cine: 100 años de Filosofia - Una Introducción a la Filosofía a través del análisis de películas. Barcelona: Gedisa Editorial, 1999. TEIXEIRA, I. A. de C.; LOPES, J. de S. M. (orgs.). A escola vai ao cinema. Belo Horizonte: Ed. Autêntica, 2003. 25 A IGNORÂNCIA É UMA BÊNÇÃO OU NÃO? Prof. Evandro Schuler
  • 26. 26 Talvez aqui esteja o elo perdido na relação Educador-Educação-Educando que nos leva a pensar naquela milimétrica distância entre a mão de Adão (frouxa) e a de Deus (estendida ao máximo) que Michelângelo – (1475 a 1564) - estudioso de química, anatomia, geometria, ótica e engenharia - conseguiu sintetizar em sua obraACriação deAdão, na qual transformou uma capelinha italiana à beira da destruição em uma das construções intocáveis mesmo em tempos de guerra. Para falar de outro jeito, o detalhe entre as mãos dessa pintura significa a distância intransponível que a (falta) de vontade cria. Portanto, se somos filhos desse Adão pintado pelo gênio renascentista, e se c o p i a m o s n o s s o p a i d e s t e a f r e s c o , manifestamos, então, a vontade de não ter vontade. Logo, o ato de aprender, que é algo penoso, angustiante, demorado e que precisa de vontade, passa a ser condenado por grande parte daqueles que deveriam estar no auge da primeira etapa do pensamento filosófico: a curiosidade e o espanto diante do mundo e da vida! Como tal postura parece estar em uma crescente expansão, podemos usar o caso daquela idosa que teve uma perna operada de forma errada por uma junta médica de Novo Hamburgo em julho de 2012, como exemplo para os absurdos que vêm ocorrendo nesse mundo globalizado e que valoriza a ignorância e o cinismo nas relações. Gostaria de perguntar àqueles médicos: por que não foram um pouco mais filosóficos e fizeram uma pergunta bem simples: é essa perna mesmo? O que, em uma postura mais metódica e científica, significa dizer que eles deveriam ser mais atentos, racionais e lógicos. René Descartes (1596 a 1650) já afirmara ser essa postura, a de colocar tudo sob a ótica da dúvida racional, como a melhor para se chegar à verdade. Em um livre exercício de especulação, podemos afirmar ter ocorrido o seguinte: os médicos, ao abrirem a perna da paciente se entreolharam, perceberam que a perna estava boa e, para não perder a “viagem” da cirurgia, danificaram-na, colocando de forma muito eficaz e competente o tal pino de platina esterilizado. Como professor, chego à triste conclusão de que nós, que temos a pretensão – missão talvez!? – de ensinar alguma coisa aos mais jovens seremos chamados em um futuro próximo de “os últimos românticos” porque cremos ser o conhecimento algo que nos humaniza, diferencia-nos das bestas e das máquinas. Afinal, imagino que devamos pensar muitos nos alunos quando nos olham com aquela carinha de compaixão diante de seres à beira da extinção, que as máquinas estão aí e a nós cabe a simples tarefa de usá-las para brincarmos no face e whatsapp. Fiquei um tanto nervoso ao refletir sobre esse tema. Acho que vou tomar 250ml de H2O com 50g de Glicose. E pensar que minha mãe dava um copo d'água com açúcar. Vai ver a Ciência complicou mesmo nossa vida!
  • 27. 27 APAMA2014/2015 A diretoria da APAMA, gestão 2014/2015, foi eleita no dia 07 de maio de 2014. PRESIDENTE | Adriano e Daisy Eckhard Bondan VICE-PRESIDENTE | Frederico e Andrisa Link da Silva SECRETÁRIO | Adriana Anoni 2º SECRETÁRIO | Déborah Estrada Scozziero TESOUREIRO | João Altair e Carmen Maria Fritsch dos Santos 2º TESOUREIRO | Maximiliano e Carla de Olivera Lopes Amaro CONSELHO FISCAL | Adelar Lucio e Magali Inês Trevizani Rostirolla, Fernando Eduardo e Adriana Denicol Schmitz, Samuel Augusto e Daiani Oliveira Martins Flach Agradecemos pela disponibilidade em acolher este importante serviço, em parceria com a Direção, em vista do crescimento qualitativo de nosso educandário, beneficiando prioritariamente as crianças, adolescentes e jovens – vossos filhos e nossos alunos. Desejamos uma gestão abençoada, de muita comunhão e dinamismo. Que o divino Mestre os recompense com sua bênção de paz e alegria! Continuamos contando com vocês. Muito obrigada. Somos todos SANTA em FAMÍLIA! (Ir. Veronice, diretora geral e Colegiado)
  • 28. 28 GESC Neste ano de 2014, nós, integrantes do Grêmio Estudantil, tivemos a oportunidade de fazer diversas surpresas para alegrar aos alunos, nas quais tivemos total sucesso. Cumprindo nossa maior promessa, conseguimos trazer até agora pelo menos uma atração por mês, o que nos deixou muito satisfeitos. No primeiro dia de aula, o GESC fez um recreio prolongado, trazendo a banda Delittus e a equipe de skate da skateenadamais. Nesse mesmo dia, o GESC ainda distribuiu sacolés para todos os alunos em virtude do calor. No mês de março, a dupla Gabriel e Vinícius alegrou o recreio com muita música. Em abril, foram distribuídos bombons a fim de comemorarmos a Páscoa. No mês de maio, a equipe do GESC trouxe, pela primeira vez, o grupo Circo de Palco, uma apresentação única, com muita magia e diversão. Em junho, mês de festa junina, conseguimos organizar uma Festa de São João para deixar saudade. Em meio a muitos jogos, música, recadinhos, brindes e comidas deliciosas, os alunos puderam aproveitar esse dia festivo de maneira animadora, deixando-nos satisfeitos e tendo a certeza de que o trabalho foi recompensado. Em julho, mês de férias de inverno, o GESC fez-se presente na organização dos jogos junto com os profissionais de Educação Física. No mês de agosto, após o recesso escolar para comemorar o Dia do Estudante, 11 de agosto, o Grêmio proporcionou mais um recreio prolongado. Desta vez foi a banda Geração Y que ministrou a música. O GESC ainda distribuiu chocolate quente, surpreendendo mais uma vez. A equipe do jornal O Polvo ainda se fez presente para tirar fotos de toda a galera. O Grêmio Estudantil continua com a página no facebook, que é atualizada semanalmente, servindo como principal ferramenta para postarmos os conteúdos do simulado, que ajuda muito os alunos.Até o final do ano, pretendemos fazer novas atividades, enfatizando a semana Farroupilha, o dia da criança e o término das aulas. Pretendemos fazer, ainda, novas surpresas para que possamos fechar com chave de ouro nossa gestão. Agrademos a colaboração de toda a equipe do Colégio Santa Catarina, deixando um agradecimento especial aos pais e alunos que sempre nos apoiam nas nossas atividades, reconhecendo nosso trabalho e ainda um agradecimento a nossa coordenadora Carla Reis, que nos ajuda em tudo, pois sem ela nada seria possível.
  • 29. 29 GRÊMIO Grêmio dos Professores e funcionários do Colégio Santa Catarina e Escola Braniewo O dia do professor foi comemorado em grande estilo pelos educadores do Colégio Santa Catarina e da Braniewo. Em um sábado pela manhã realizou-se uma excursão até o município de Gramado para o desfrute de um café colonial. O encontro foi merecido e proveitoso, pois partilha e confraternização foram sinônimos de alegria e de entusiasmo! Parabéns a todos os educadores, exemplos de excelência e de inspiração! Um grande abraço a todos os professores pela passagem do seu dia! Grêmio dos Professores e Funcionários do Colégio Santa Catarina e Braniewo.
  • 30. Caça ao tesouro 30 IV Festa da Família do “Santa” 27ª Feira do Livro do “Santa”
  • 31. ISSN
  • 32. Ano 2014; volume 1; Dezembro de 2014. Conselho Editorial: Ândria Couto,Aline de Carvalho, Bibiana Melissa de Oliveira João de Deus, EdilaineVieira Lopes, Isolde Muller, Joseane Silva, Vanessa Moschen, Sandra Pizzolato e Simone Käfer. Conselho Externo: Juracy Assmann Saraiva,Anamaria Cachapuz Cypriano e Marie Traude Schneider. Revisão Geral: EdilaineVieira Lopes Correção: Me. Eliana Müller de Mello Projeto Gráfico e Diagramação: Kamille Ricielle Quadro ACSC - COLÉGIO SANTA CATARINA Rua General Osório, 729 Novo Hamburgo - RS - 93510-160 (51) 3527.4862 http://www.colegiosantanh.com.br http://twitter.com/santanh http://www.facebook.com/santanh http://www.youtube.com/user/colegiosantanh http://issuu.com/colegiosantanh As revistas Santa em revista e Santa@Publicação são publicações (impressas e virtuais) semestrais do Colégio. Dúvidas, sugestões e comentários são sempre bem-vindos. E-mail: publicacao@colegiosantanh.com.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Bibliotecária responsável: Susana F. P. Ladeira – CRB 10/1484 Santa@publicação [recurso eletrônico] / Colégio Santa Catarina – v. 9 (nov. 2014)- . – 2014- . Semestral e anual (em períodos alternados irregulares). Sistema requerido: Conexão com a internet, browser e Adobe Acrobat Reader. Modo de acesso: <http://colegiosantanh.com.br/revista/.> Em 2014 só houve uma edição e em formato digital. Descrição baseada em: v. 9 (nov. 2014). ISSN 2176-7823 1. Educação - Periódicos. 2. Ensino. 3. Aprendizagem. I. Colégio Santa Catarina. CDU 37(05)
  • 33. SUMÁRIO COOPERAÇÃO E RESPONSABILIDADE SOCIAL DA ESCOLA PARA A VIDA AUTOCONCEITO E AUTOIMAGEM EM ADOLESCENTES OBESOS E NÃO OBESOS EDUCAÇÃO INFATIL: A LITERATURA COMO BASE DE UM APRENDIZADO LÚDICO E SIGNIFICATIVO O CURSO NORMAL E A LITERATURA INFANTIL: “PORQUE CADA PONTO DE VISTA É UMA VISTA CONTADA DE UM PONTO” UMA ANÁLISE DA CULTURA E DAS IDENTIDADES A PARTIR DO DOCUMENTÁRIO BABIES UMA REFLEXÃO SOBRE A ESCRITA E O PAPEL DO PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA 04 08 14 17 22 28
  • 34. 04 COOPERAÇÃOERESPONSABILIDADESOCIALDAESCOLAPARAAVIDA INTRODUÇÃO Consta aqui um relato de aulas realizadas no Colégio Santa Catarina. O mesmo ocorreu englobando disciplinas de Ensino Religioso, Vida Cidadã, Expressão Corporal e Língua Portuguesa, com as turmas dos 5º, 6º e 8º anos. Surgiu, partindo dos relatos realizados em sala de aula sobre indiferenças, descontentamento com o mundo e sociedade, desrespeito e falta de colaboração. Este se apresenta como significativo, pois desabrocha partindo do interesse dos próprios alunos em debater e vivenciar situações que permitam refletir suas ações para que, então, possam ser levadas para suas vidas. No mesmo, constam algumas falas de alunos, projeto, atividades realizadas e fotos. A SOCIEDADE EM QUE VIVEMOS A cooperação pode estar presente nos mais diferenciados campos, seja na família, trabalho, política, escola ou, até mesmo, na sociedade. Para que ela ocorra, necessita, no entanto, de pessoas que visem a um mesmo objetivo para que possam caminhar juntas. Quando retratamos a cooperação, é importante perceber que, para que ela ocorra, necessita ser usada para o bem comum; seja para fins positivos ou para negativos. Em virtude de certos descontentamentos políticos, por exemplo, ela pode ser usada para o bem-estar da população, por meio da ação conjunta, visando aos mesmos objetivos. Um exemplo disso foram os manifestos ocorridos em 2013 no Brasil, em que a sociedade reivindicou algumas mudanças, retratados como “O Brasil acordou”. Assim, percebemos que sujeitos, por meio do seu direito democrático, utilizaram a cooperação para realizar as reivindicações de modo justo. Contudo, infelizmente, também tiveram cidadãos que, por meio da cooperação, usaram o momento de modo negativo, vandalizando e destruindo patrimônios. Para que haja a cooperação, é fundamental que se estabeleçam metas e estratégias para que, em pequenos ou grandes grupos, possam atingir o que foi estabelecido conjuntamente. Perceber que fazemos parte da história e que não somos apenas um objeto estagnado nela é de suma importância, porém com responsabilidade e de modo justo. É essencial que ações conjuntas sejam refletidas e usadas diariamente para que resultem em transformações positivas e conscientes, seja para alcançar sonhos traçados pela própria família, seja através do trabalho em equipe nas empresas, realização de trabalhos em grupo na escola ou para buscar transformações na sociedade. A cooperação, então, toma um papel ímpar em prol de qualquer mudança. Desse modo, todos possuem um papel muito importante nas transformações que ocorrem na sociedade, pois é fundamental que todos pensem e interajam com responsabilidade social. Para que mudanças ocorram, é preciso cidadãos que queiram quebrar paradigmas e que inovem o mundo, porém respeitando ao outro e suas individualidades e não querendo passar por cima do outro, deixando de lado virtudes e valores. RESPONSABILIDADE SOCIALNAESCOLA Ao tomar conhecimento da relevância que tem a responsabilidade social e a cooperação atualmente, é imprescindível notar que a escola possui um papel elementar em promover situações que desenvolvam a consciência de seus educandos. Frente às questões de mundo, o professor possui um papel indispensável ao trabalhar situações coletivas, em que os alunos necessitam aprender a se respeitar, ser justos e éticos. Nessa perspectiva, o Projeto Político Pedagógico em Pastoral (PPPP) do Colégio Santa Catarina possui como missão: Monique Michelle Ouriques¹ ¹Educadora no Ensino Fundamental II no Colégio Santa Catarina, nas disciplinas de Ensino Religioso e Vida Cidadã; formada em Curso Normal de Nível Médio; Graduanda em Licenciatura em Pedagogia. | niqueouriques@gmail.com 
  • 35. 05 Promover e consolidar a Educação como processo de crescimento humano-cristão e profissional, tendo como base os Valores Evangélicos, a Ciência e a Tecnologia para interagir com competência, sustentabilidade e responsabilidade social. (PPP Colégio Santa Catarina, p.7, 2014) ALUNOS E SUAS COLOCAÇÕES Diante de algumas aulas e debates realizados com diferentes turmas, nas aulas de V i d a C i d a d ã , f o i p e r c e p t í v e l o descontentamento dos alunos diante de alguns fatos da realidade, percebendo a sociedade em sua maioria, como egoísta e capitalista. Os alunos, então, retrataram a sociedade como muito individualista, pois os indivíduos pensam somente em si e, quando fazem algo em conjunto, esperam do outro algo em troca. Muitos educandos citaram também que, por vezes, é difícil agir dando importância à ideia do outro, considerando que todos são diferentes. Assim, reconhecem que cada um, a seu modo, possui peculiaridades, culturas e costumes. E é essa diversidade que torna o grupo tão rico. Por meio das reflexões propostas em aula, os alunos foram instigados a perceberem a importância da cooperação no cotidiano. Internalizaram que, diante de atividades práticas e em ações conjuntas, as conquistas podem ser mais rápidas, obtendo também melhores resultados. Como cita a aluna Maria Eduarda Fagundes, “A cooperação dá certo, quando um grupo de pessoas se une por uma mesma causa. Só assim ela acontece”. Partindo desse pressuposto, os alunos das diferentes turmas, engajados com outros professores e de modo interdisciplinar, debateram a cooperação na sala de aula. Aprenderam sobre ela nos diferentes contextos e como aplicá-la no seu dia-a-dia. Nas aulas de Educação Física, por exemplo, as turmas realizaram atividades físicas que desenvolveram diferentes habilidades por meio da cooperação.Assim, uma equipe unida percebeu que, para a cooperação ocorrer, muitos outros valores devem estar presentes nesse coletivo, como o respeito e a tolerância. Para João Freire, “o jogo reflete sobre o corpo como referência para a criança se portar no mundo” (1989, p. 134). Assim, acredita-se que: Estruturas de cooperação criam as condições para transformar a desigualdade, produzindo situações de igualdade e relações humanas em que cada um sente a liberdade e a confiança para trabalhar em conjunto em função de algumas metas comuns. (BROWN, 1994, p. 20) ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Diante de tantos debates, propostos nas aulas de Vida Cidadã e demais disciplinas já citadas, os alunos dos quintos anos, de modo coletivo, engajaram-se em uma ação solidária.A mesma foi pensada após muito diálogo sobre “de que modo podemos cooperar um com o outro, sem que haja interesse e individualismo?” A resposta da turma foi “através de uma ação de solidária”. A ação solidária entre as turmas 51, 52, 53, 54 e 55 veio ao encontro de outra temática que estava sendo debatida, a solidariedade. Com isso, os alunos refletiram que para ocorrer a doação, todos necessitam se engajar na mesma ideia, unindo-se para atingir o objetivo comum. Considerando essa importância, o PPPP do Colégio Santa Catarina também apresenta a Concepção de Sociedade: A maneira com que compreendemos a sociedade influencia sobre o nosso trabalho docente. Isso significa que a sociedade atual exige uma prática pedagógica que assegure a construção da cidadania, promovendo resiliência, baseada na criatividade e nas responsabilidades que surgem das relações sociais, políticas, culturais, ecológicas, tecnológicas, científicas, religiosas e econômicas. É preciso, portanto, que nós educadores, estejamos preparados para agir dentro de uma época que apresenta possibilidades: uma sociedade de consumo e da cultura do imediato e uma sociedade solidária. (PPPP, p. 19, 2014) Desse modo, foi com muita satisfação que as turmas se uniram em prol de um bem comum: ajudar crianças carentes, doando além de carinho, roupas confortáveis e quentes. Foi um momento excepcional, pois, através dessa atitude, puderam vivenciar a cooperação e solidariedade, e não só falar sobre essas ações. Com os progressos existentes nessa prática, desde os diálogos até a doação, foi possível notar que, no momento em que os vínculos são estabelecidos, a cooperação começa a ser realmente praticada. Com responsabilidade e determinação, juntos pensam e agem em grande proporção.
  • 36. 06 Os alunos das turmas 61, 62, 63 e 64 refletiram acerca da sustentabilidade do planeta e o quanto os seres humanos são responsáveis pela degradação ambiental. A t r a v é s d e d e b a t e s , m o s t r a r a m - s e extremamente preocupados com questões ecológicas e o quanto faz falta a cooperação da sociedade nessa indagação. Pensando também em encontrar soluções para os problemas da atualidade, a economia solidária foi apresentada aos educandos, identificada e compreendida como uma ação que poderá permitir melhorar as situações sociais que precisam ser refletidas, como sustentabilidade, cooperativismo e consciência ecológica. De acordo com Moacir Gadotti: A economia solidária não se resume a um produto. Ela se constitui em um sistema que vai muito além dos próprios empreendimentos solidários. É, sobretudo, a adoção de um conceito. (GADOTTI, 2009) Por esse motivo, os alunos tiveram a oportunidade de compreender os conceitos e pôr em prática essa responsabilidade. Assim, surgiu um projeto que envolveu positivamente os alunos, considerando as reflexões e vivências, visando a permitir o desenvolvimento de educandos responsáveis e protagonistas, por meio da cooperação. Além disso, os alunos dos sextos anos conheceram o que é uma cooperativa, a importância de ter a cooperação para que ela ocorra, além da relevância de terem sempre objetivos comuns. Em pequenos grupos e com envolvimento, criaram “projetos de cooperativa”, refletindo: “se tivéssemos uma cooperativa, como seria?” Assim, com tamanha criatividade, desenvolveram suas cooperativas, envolvendo diferentes setores econômicos, c o m o s a ú d e , e d u c a ç ã o , p r o d u ç ã o . As atividades realizadas foram muito significativas, pois os alunos perceberam que o trabalho em equipe possibilitou ideias que um só aluno não pensaria sozinho. Além disso, perceberam que, através da cooperação, também podem cuidar do planeta, das pequenas até as grandes ações. Juntos, os grupos também sugestionaram ideias de “como reciclar alguns materiais que jogariam fora”. Nessa prática, cada grupo, por meio da cooperação, produziu diferentes materiais, partindo da reutilização. Foi muito interessante, pois com as garrafas PET, por exemplo, os grupos criaram lixinhos, caixas de brinquedos, casinhas de passarinhos e vasos de flores. Com outros materiais, também fizeram com tamanha magnitude, casas para cachorros, bonecas, carrinhos para brincar. Ao terminarem as produções, os alunos dos sextos anos, então, refletiram como foi interessante reutilizar materiais que seriam colocados fora, no lixo de suas casas. Contudo, o trabalho em grupo por vezes causou alguns conflitos de ideias, mas que, no final da proposta, todos já tinham aprendido a excelência que é ter responsabilidade social. Alunos do sexto ano pensando, juntos, em um Projeto de Cooperativa. Alunas confeccionando uma casinha para cachorro com material alternativo.
  • 37. DAESCOLAPARAAVIDA Para que as aprendizagens sejam significativas aos educandos, é de tamanha importância que eles saibam levar o que foi aprendido em sala de aula para o seu dia-a-dia. De acordo com o construtivista Javier Onrubia: A aprendizagem escolar é um processo ativo do ponto de vista do aluno, no qual ele constrói, modifica, enriquece e diversifica seus esquemas de conhecimento a respeito de diferentes conteúdos escolares a partir do significado e do sentido que pode atribuir a esses conteúdos e ao próprio fato de aprendê- los (ONRUBIA, 2003, p. 123). Quando iniciamos as primeiras inquietações sobre os descontentamentos da realidade em sala de aula, foi difícil para alguns alunos colocarem-se como parte desse contexto. Sair da situação de coadjuvante e passar a ser personagem principal foi fundamental, pois só assim se perceberam como responsáveis pela sociedade em que vivem. Considerar que no ambiente escolar e na sociedade não existem personagens principais, mas que todos são importantes, também foi relevante. Em algumas vivências foi possível notar que, por vezes, um aluno não era tão bom na escrita, mas era melhor no desenho, ou em dar ideias, ou seja, era bom em algo. Partindo desse pressuposto, através do trabalho em grupo, os alunos aprenderam a importância de respeitar o outro e que cada um pode ser bom em algo. Essa percepção ficou clara, uma vez que na autoavaliação do trabalho, cada aluno foi direcionado como responsável em fazer algo, diante das propostas. Assim, compreenderam que, para o trabalho coletivo efetivo, cada um precisa ter uma função, mas que o importante é colaborar. Ao incluir o respeito diante do trabalho em grupo, muitos alunos passaram a garantir um m e l h o r a n d a m e n t o n a s a t i v i d a d e s , evidenciando produções mais eficazes com resultados positivos. Essa mudança, de passar a respeitar o outro, tolerando-o, foi imprescindível para a aprendizagem significativa. Durante as avaliações narrativas, foi evidente analisar isso, pois os próprios alunos exprimiram o quanto foi relevante aceitar o outro para que o trabalho se tornasse significativo. Essa análise, também, reflete o quanto a responsabilidade social, que antes os alunos cobravam da sociedade, começou a transformar a cada um, pois antes de quererem mudar o mundo, esclareceram que é mais importante mudar as próprias pequenas ações diárias. Também, muito se debateu sobre a característica de somente fazer algo para o outro quando se espera algo em troca. Assim, falou-se na solidariedade que anda em conjunto com a cooperação, e que ninguém é solidário hoje e amanhã deixa de ser. Ser solidário é ser sempre, pois faz parte do caráter (esse apontamento foi refletido, partindo da análise da “Parábola do Bom Samaritano”, em Ensino Religioso). As virtudes e valores também foram apontados, pois necessitam fazer parte de cada indivíduo que possui uma responsabilidade social. Desse modo, por meio do diálogo, debate e de modo coletivo, ficou definido entre todos os alunos e professoras que o presente projeto desenvolvido não teria um fim, pois, a partir de então, a próxima tarefa seria levar para a vida as aprendizagens obtidas em sala de aula. Mais responsáveis, os alunos perceberam que andar cada um para um lado, criticando o outro e não aceitando as diversidades, é muito mais difícil que andar na mesma direção. Assim sendo, para ter responsabilidade social, é preciso querer a mudança, partindo das pequenas ações diárias, para o mundo. 07 REFERÊNCIAS AUSUBEL, at alii. Psicologia educativa: um punto de vista cognoscitivo. México, Trillas, 1988 BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. 7. ed. São Paulo: Hucitec, 1995. BROWN, GUILHRMO. Jogos Cooperativos: Teoria e Prática. São Leopoldo: Sinodal, 1994. FREIRE, João Batista. Educação de Corpo Inteiro. São Paulo: Scipione, 1989. ONRUBIA, Javier. Ensinar: criar zonas de desenvolvimento proximal e nelas intervir. In: COLL, César; MARTÍN, Elena; MAURI, Teresa; MIRAS, Mariana; ONRUBIA, Javier; SOLÉ, Isabel; ZABALA, Antoni. O construtivismo na sala de aula. São Paulo, SP: Ática, 1999. ZABALA,A. Aprática educativa: como ensinar. PortoAlegre:Artmed, 1998.
  • 38. 08 Autoconceitoeautoimagememadolescentesobesosenãoobesos Bruna Maria Moretti e Patrícia Gonçalves² ² Em 2013, as alunas (Turma BENF_T4) foram orientadas pela professora do curso técnico Enfermagem (Carla Lauffer), sob coorientação da professora Cristina Dal-Ri, pela Braniewo, Escola de Educação Profissional – ACSC) e a pesquisa foi apresentada na Branitec e na Mostratec, obtendo premiação de destaque em ambas feiras, além do convite para participarem de uma feira internacional de trabalhos científicos, em 2014, na Colômbia. E-mails: bru.moretti@hotmail.com; patty._.96@hotmail.com RESUMO A o b e s i d a d e a l c a n ç a í n d i c e s preocupantes e sua ocorrência na população tem adquirido grande significância na área da saúde, principalmente devido ao impacto que causa na vida dos adolescentes, trazendo consequências físicas, sociais e psicológicas. Os interesses pelos aspectos psicológicos em adolescentes obesos conduziram o presente estudo. O mesmo teve como objetivo analisar se adolescentes possuem problemas no seu autoconceito e autoimagem, por estarem acima do peso. Foi realizada uma pesquisa de campo com adolescentes do segundo ano do ensino médio, aplicada a escala de autoconceito (Piers- Harris Children's Self-Concept Scale 2). Carvalho et al. (2005) reafirma que a grande preocupação com o corpo e o incômodo com a imagem corporal podem acarretar no sujeito obeso pensamentos e sentimentos negativos em relação à aparência física, bem como contribuir para uma baixa autoestima e um autoconceito negativo. Considerando o momento atual, em que o corpo magro e esbelto é valorizado, esse indivíduo com obesidade passa a vivenciar sentimentos de raiva, angústia e culpa em relação a seu próprio corpo. Sob essa perspectiva, é possível verificar sinais de sofrimento psicológico, expressos por meio de alterações emocionais e comportamentais, além de um baixo autoconceito. Atualmente, é cada vez mais reconhecida a necessidade de implementar estratégias preventivas, o mais cedo possível, pois prevenir a obesidade (e o seu agravamento) é uma forma de promover a saúde física e psíquica. Os resultados desta pesquisa correspondem à literatura pesquisada. Foi possível concluir, através deste trabalho, que a obesidade pode desencadear sim problemas no a u t o c o n c e i t o e n a a u t o i m a g e m d o s adolescentes. Palavras Chaves: Obesidade, adolescente, autoimagem, autoconceito, psicológicas. PROBLEMA IDENTIFICADO: A obesidade pode desencadear problemas no autoconceito e na autoimagem dos adolescentes? HIPÓTESE(S): Adolescentes obesos estão em risco de desenvolverem um baixo autoconceito, autoimagem e autoestima, levando ao seu isolamento social; adolescentes obesos não estão em risco de desenvolverem um baixo autoconceito, autoimagem e autoestima, pois se sentem bem do jeito que são. OBJETIVO: Analisar se adolescentes possuem problemas no seu autoconceito e autoimagem por estarem acima do peso, a partir de uma pesquisa de campo com adolescentes do segundo ano do ensino médio. METODOLOGIA DE PESQUISA: Este é um estudo de campo, com abordagem quantitativa, que irá comparar o autoconceito e a autoimagem de adolescentes obesos e não obesos. O questionário foi realizado no Colégio Santa Catarina com três turmas de 2º ano do ensino médio. Foi aplicada uma escala de autoconceito de Piers-Harris Children's Self-Concept Scale 2. Não foi encontrado o método para correção. Os resultados foram obtidos através da análise do questionário. Cada questão foi analisada individualmente em seu percentual total. No Colégio Santa Catarina, 18 adolescentes responderam o questionário. Para manter o sigilo dos questionários, além de explicarmos o projeto, distribuímos termos de consentimento que contava o pedido de participação voluntária para coleta de dados. O questionário utilizado era constituído de 5 questões, e os participantes deveriam responder as perguntas da maneira como eles se enxergam.
  • 39. 09 ANÁLISE DOS RESULTADOS/CONCLUSÃO: Atualmente, a sociedade tem sido caracterizada por uma cultura que elege o corpo como uma fonte de identidade. Por meio da mídia, que veicula propagandas com imagens de corpos ideais, atingindo principalmente os adolescentes, começa a existir uma busca por uma figura “perfeita”, o que leva as pessoas a se afastarem cada vez mais do seu corpo real. Sob essa perspectiva, o jovem passa a acreditar que, para ser aceito pelos outros, é preciso que a sua imagem corporal esteja de acordo com os padrões estabelecidos, o que tende a gerar uma insatisfação com o corpo, além de acarretar alterações na percepção da imagem corporal (ANDRADE; BOSI, 2003; CONTI; FRUTUOSO; GAMBARDELLA, 2005). Dessa forma, torna-se presente a preocupação com o peso e a aparência. É provável que na adolescência ainda não exista a completa aceitação da aparência física, o que, de acordo com Sisto e Martinelli (2004), pode resultar em baixa autoestima e comprometimento do autoconceito. Um dos aspectos psicológicos associados aos problemas de aceitação do corpo é a imagem corporal. Segundo Schilder (1994), imagem corporal é a representação mental do próprio corpo e do modo como ele é percebido pelo indivíduo, de modo que a imagem envolve os sentidos, as ideias e sentimentos referentes ao corpo. Tavares (2003) afirma que o corpo possui memória e também uma identidade, chamada de imagem corporal. Desse modo, pondera-se que a imagem corporal é um aspecto muito importante da identidade pessoal, uma vez que as questões relacionadas à imagem corporal real e ideal do adolescente contribuem para a investigação sobre a visão que este possui de si mesmo. Ainda de acordo com Tavares (2003), o sentido dessa identidade é estabelecido a partir da integração de experiências perceptivas que englobam condições ambientais, aspectos culturais e relações afetivas. Ao lado disso, reflete a maneira como o indivíduo se relaciona com o mundo, pois é a partir da relação estabelecida com o ambiente que ele irá se conhecer melhor e desenvolver a identidade pessoal. A imagem corporal, por sua vez, abrange todos os aspectos pelos quais a pessoa vivencia e conceitua seu corpo. Essa imagem deve ser compreendida como um fator único de cada ser humano, pois reflete a história de uma vida e a trajetória de uma identidade, com suas emoções, pensamentos e representações sobre as outras pessoas. Não existe imagem corporal coletiva. Entretanto, os seres humanos estruturam a sua imagem corporal em um intercâmbio contínuo com as outras pessoas. A seguir, serão apresentados alguns estudos que investigam a relação da imagem corporal com distúrbios alimentares. Trabalhos desta natureza são pertinentes porque, como apontam Sisto e Martinelli (2004), atualmente as pressões socioculturais estabelecem padrões corporais magros.Assim, adolescentes buscam a aparência física perfeita, trocando seus hábitos de alimentação por técnicas não-saudáveis de controle de peso, o que pode acarretar os transtornos alimentares. Assunção (2002) concluiu, com base em seu estudo, que, para os homens, o corpo perfeito seria aquele que é forte e musculoso, representando o ideal de imagem corporal masculina. Branco, Hilário e Cintra (2006) acrescentam que o corpo musculoso tem sido desejado cada vez mais, embora existam homens que visem a um corpo esguio, caracterizando-se, mais tarde, um quadro de dismorfia muscular ou anorexia nervosa. Com vistas a compreender se alterações da imagem corporal masculina estão ligadas ao uso de anabolizantes, Kanayama et al. (2006) observaram que os homens avaliados utilizavam esses produtos não para fins atléticos, mas simplesmente para melhorar a aparência pessoal. Em síntese, os autores afirmam que o uso de anabolizantes em longo prazo pode levar a um quadro de dismorfia muscular, assim como a alteração da imagem corporal e autoestima. Em seu estudo, Andrade e Bosi (2003) defendem que, para o sexo feminino, o ideal de corpo seria esguio, como o de modelos e atrizes, que estão cada vez mais magras. A mídia transmite uma imagem de corpo perfeito, o que leva as mulheres, principalmente as adolescentes, a uma busca incessante para atingir esse modelo ideal.
  • 40. 10 Ao pesquisar a influência da mídia sobre o desenvolvimento de distúrbios alimentares em meninas, Field et al. (1999) concluíram que as jovens passam a ter sentimentos negativos em relação a seu corpo por conta de alguns quilos a mais e que aprendem técnicas não-saudáveis de controle de peso, tais como indução de vômitos, exercícios físicos exacerbados, uso de laxantes e dietas drásticas, para se aproximarem da aparência corporal vista na televisão, no cinema ou em revistas. De acordo com Bernardi, Cichelero e Vitolo (2005), o controle da ingestão de alimentos por meio de dietas restritivas gera comportamentos crônicos, levando a atitudes provavelmente desencadeadoras de transtornos alimentares. Além desses fatores, uma baixa autoestima e um histórico de excesso de peso também podem acarretar distúrbios alimentares. Taylor et al. (2006) avaliaram mulheres que participavam de um grupo de psicoterapia cognitivo-comportamental com o intuito de verificar se era possível prevenir distúrbios alimentares. As mulheres avaliadas relataram que se enxergam gordas e que acabam induzindo vômitos ou usando laxante para controlar o peso e emagrecer. Essas atitudes e comportamentos, de acordo com os autores, estão associados com baixa confiança e baixa autoestima, vergonha e outros problemas psicológicos, podendo resultar em graves consequências físicas e psicológicas. Faz-se necessário salientar que o presente estudo tem como objetivo avaliar a imagem corporal em adolescentes sem histórico de transtornos alimentares. Sob essa perspectiva, Conti Frutuoso e Gambardella (2005) pesquisaram a associação entre excesso de peso e insatisfação corporal em adolescentes. Verificou-se que meninas com excesso de peso estavam mais insatisfeitas com diversas áreas corporais. Em relação aos meninos, pôde-se verificar uma associação estatisticamente significativa entre excesso de peso e insatisfação corporal. Por meio dos resultados, os autores puderam concluir que a pressão da mídia e a influência social provavelmente são os grandes fatores motivadores da insatisfação corporal dos adolescentes. Em sua pesquisa, Rosenblum e Lewis (1999) verificaram que meninos e meninas estavam insatisfeitos com seu peso corporal. Os resultados indicaram que jovens com sobrepeso e obesidade almejam emagrecer, pois concebem o excesso de peso como elemento que desfavorece a atração do sexo oposto. Já os adolescentes com baixo peso querem aumentar o tamanho corporal, principalmente os meninos, que buscam aumentar a massa muscular para terem maior satisfação com a sua imagem corporal. As meninas almejam ser mais magras, pois, de acordo com os autores, para as mulheres, a satisfação com a imagem corporal está relacionada com a percepção do peso corporal e com a aparência. O outro construto investigado neste estudo é o autoconceito, e, como sugerido por Sisto e Martinelli (2004), ele pode ser compreendido como o conhecimento que o próprio sujeito desenvolve sobre si, o que inclui o conhecimento de aspectos cognitivos, afetivos e comportamentais, também sendo definido como um fator gerado por meio da interação que ocorre entre o indivíduo e seu meio ambiente. O autoconceito é um conceito multidimensional que pode ser dividido em três componentes básicos: o cognitivo, o afetivo e o comportamental. O componente cognitivo pode ser compreendido como um conjunto de características denominadas pela própria pessoa que rege a maneira como esta se comporta e seu jeito de ser, podendo ou não ser real ou objetivo. O aspecto afetivo engloba os sentimentos e as emoções que a pessoa tem em relação a si mesma, sendo definido, por Coopersmith (1967 apud SISTO; MARTINELLI, 2004), como autoestima. Por fim, o aspecto comportamental diz respeito ao conceito que a pessoa possui sobre si mesma. Para Sisto e Martinelli (2004), o autoconceito de crianças e adolescentes pode ser formado por diferentes aspectos, tais como a influência da família, a escola, o meio social, a idade, a raça, o gênero e os aspectos físicos. Pressupõe-se que, no ambiente familiar, é que ocorre o estabelecimento de vínculos que podem ser harmoniosos, afetivos e solidários ou cobertos de sentimentos maldosos e de ressentimentos.
  • 41. 11 Quando a família constitui vínculos saudáveis, com uma educação que estabelece limites claros e disciplina firme, mas sem negar afeto, o desenvolvimento do autoconceito familiar do adolescente poderá ser positivo. Já o autoconceito escolar está relacionado com as capacidades, realizações e avaliações que o adolescente tem de si mesmo nesse contexto. Dessa forma, se a criança vivenciou momentos de fracasso em suas relações familiares, poderá levar essa experiência para a escola, o que lhe causará sentimentos de insegurança e falta de confiança na adolescência. Para James (1890) e Cooley (1922) (apud SISTO; MARTINELLI, 2004), o autoconceito social refere-se à percepção do próprio sujeito do quanto as pessoas gostam dele e o admiram, ou seja, o autoconceito social é definido pela pessoa por meio de sua própria percepção acerca da aceitação social. O autoconceito social também diz respeito à avaliação da aceitação do indivíduo por grupos específicos de pessoas.Assim, pode-se concluir que o construto é influenciado pelas relações sociais que se estabelecem entre o indivíduo e o meio no decorrer de sua vida. A procura de um "corpo perfeito" simboliza um dos atributos mais importantes da sociedade contemporânea e ter um corpo imperfeito é sinônimo de não ter força de vontade, ausência de restrições, ser preguiçoso e não saber autocontrolar-se (Barskey, 1988, Brownell, 1991, Glassner, 1988, Rodin, 1992, citados por Barlow, 1993/1999). Desse modo, a sociedade tende a reagir negativamente aos indivíduos que não conseguem alcançar os padrões preponderantes, provocando nestes um grande sofrimento tanto a nível social como p s i c o l ó g i c o ( B a r l o w, 1 9 9 3 / 1 9 9 9 ) . Consequentemente, as questões psicológicas, nomeadamente emocionais, relacionadas com a obesidade são cada vez mais citadas na literatura (Campos, Sigulem, Moraes, Escrivão, & Fisberg, 1996; Jelalian & Mehlenbeck, 2002). Os dados sugerem que, de fato, existe uma realidade social de discriminação que influencia o funcionamento psicológico do indivíduo obeso, existindo como que uma aversão à gordura, que contribui para o c o m p r o m e t i m e n t o d a a u t o e s t i m a e autoimagem, quer em crianças, quer em adultos (Almeida, Loureiro, & Santos, 2002; Bell & Morgan, 2000, citado por Barbosa, 2001; Barlow, 1993/1999; Bosch, Stradmeijer, & Seidell, 2003; Buela-Casal & Caballo, 1991; Israel & Ivanova, 2002; Kimm et al., 1997). Analogamente, Jay (2004) e Muller (1999, citados por Barbosa, 2001) referem que as crianças e adolescentes obesos estão em risco de desenvolverem sintomatologia depressiva, assim como um baixo autoconceito e autoestima, levando ao isolamento social. Outro aspecto com componentes psicológicos associado à obesidade é a inatividade física. Para Mello, Luft e Meyer (2004), por exemplo, o exercício físico é considerado uma atividade planeada, estruturada e repetitiva, que requer do indivíduo alguma aptidão física, que engloba potência aeróbica, força e flexibilidade. Segundo esses autores, de uma forma geral, o adolescente obeso é pouco hábil no desporto, não se destacando, levando muitas vezes à sua desistência e desmotivação. Apfeldorfer (1992/1997), por seu turno, refere que o peso do corpo é sentido pelos indivíduos obesos de uma forma mais intensa, o seu corpo cansa-se e alguns movimentos são difíceis, por vezes impossíveis, quer por razões anatômicas, quer pelo esforço que requerem. Assim, o excesso de peso constitui para o adolescente obeso um incômodo em quase todas as suas atividades, tais como correr ou saltar, e tal aspecto faz com que este se sinta inferior em relação aos amigos, já que estes são mais ágeis do que ele (Hibert & Hibert, 1974/1975). Assim, o autoconceito do indivíduo obeso, i.e., o conhecimento que o indivíduo tem de si, englobando aspectos cognitivos, afetivos e comportamentais (Sisto, Bartholomeu, Rueda, & Fernandes, 2004), está ameaçado, merecendo atenção acrescida. Mais concretamente, o adolescente interioriza muito cedo que ter excesso de peso é indesejável e vê seu corpo como uma fonte de embaraço e vergonha.
  • 42. 12 REFERÊNCIAS CAMPOS, A., Sigulem, D., Moraes, D., Escrivão, A., & Fisberg, M. (1996). Quociente de inteligência de crianças e adolescentes obesas através da escala Wechsler. Revista de Saúde Pública, 30, 85-90. ALMEIDA, G., Loureiro, S., & Santos, J. (2002). A imagem corporal de mulheres morbidamente obesas avaliada através do Desenho da Figura Humana. Psicologia: Reflexão e Crítica, 15, 283- 292. JAY, M. (2004). Childhood obesity is not phat. The Journal of Pediatrics, 144,A1. SISTO, F., Bartholomeu, D., Rueda, F., & Fernandes, D. (2004). Auto-conceito e emoções. In C. Machado, L. S. Almeida, M. M. Gonçalves & V. Ramalho (Eds.),Avaliação psicológica: Formas e contextos (Vol. 10, pp. 68-74). Braga, Portugal: Psiquilíbrios. ANEXOS: ESCALA DE AUTOCONCEITO (Piers-Harris Children's Self-Concept Scale 2) Nome: ________________________________________ _________________ Idade: __________ Data de Nascimento: ___/___/___ Sexo: Rapaz - Rapariga Data de avaliação: ___/___/___ Ano de Escolaridade: _________ INSTRUÇÕES: Encontra-se no questionário que se segue um conjunto de afirmações que descreve aquilo que algumas pessoas sentem em relação a si mesmas. Lê cada uma dessas afirmações e vê se ela descreve ou não o que tu achas de ti próprio. Se for verdadeiro ou verdadeiro em grande parte, põe um círculo em volta da palavra "Sim", que está a seguir à frase. Se for falso ou falso em grande parte, põe um círculo em volta da palavra "Não". Responde a todas as perguntas, mesmo que em relação a algumas, seja difícil de decidir. Não assinale "Sim" e "Não” na mesma frase. Lembra-te de que não há respostas certas ou erradas. Só tu podes nos dizer o que achas de ti mesmo(a), por isso esperamos que respondas de acordo com o que realmente sentes. Resultado total: Resultado bruto_______ Percentil_______ Statines_______ Clusters: I_____ II_____ III_____ IV_____ V_____ VI______
  • 43. 13 DEPOIMENTO Aexperiência de realizar este trabalho foi ótima para nós. No início, a ideia de fazer um trabalho científico não nos agradou muito, pois sabíamos desde o começo que não seria nada fácil, mas, resolvemos nos entregar a esse projeto. Com o trabalho, conseguimos aumentar nosso conhecimento em relação a uma doença tão importante que é a obesidade, afinal, sabemos que hoje em dia ela acomete muitas pessoas. Aprendemos a lidar também com cada dificuldade encontrada pelo caminho, e no final, conseguimos fazer um bom trabalho, tendo ainda a chance de divulgá-lo e mostrá-lo às pessoas. Nossa ideia principal era descobrir como, de fato, os adolescentes obesos se sentem com a sua aparência em relação aos adolescentes não obesos, e com o trabalho conseguimos atingir essa meta. Apesar das dúvidas do início e do medo, a experiência foi muito válida para nós, e se pudéssemos faríamos tudo de novo.
  • 44. 14 EducaçãoInfantil: Aliteraturacomobasedeumaprendizadolúdicoesignificativo Anna Julia Koch³ 4 Vanessa Moschen 3 Professora de Educação Infantil Nível II no Colégio Santa Catarina; formada em Curso Normal de Nível Médio; graduanda do curso de Psicologia. annajuli.koch@gmail.com 4 Professora de Educação Infantil Nível I no Colégio Santa Catarina; formada em Curso Normal de Nível Médio; graduada em Pedagogia; graduanda do curso de Psicologia.vanessamoschen98@gmail.com INTRODUÇÃO “Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas.” Mário Quintana. O processo de ensino-aprendizagem na Educação Infantil deve ocorrer de forma lúdica, instigando os alunos a pensar e construir seu aprendizado de maneira significativa. Através do olhar do professor, a literatura passa a ser explorada como um meio de adquirir diferentes formas de pensar, apresentando também a função social da escrita. Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (2001), é de grande importância o acesso, por meio da leitura pelo professor, a diversos tipos de materiais escritos, uma vez que isso possibilita às crianças o contato com práticas culturais mediadas pela escrita. Sendo assim, podemos destacar a importante valorização da literatura infantil no ambiente escolar, promovendo momentos em que a criança estabeleça relações com sua forma de pensar, construindo hipóteses, expressando-se através de sua oralidade e produções gráficas. DESENVOLVIMENTO “Era uma vez...” A prática fundamentando a teoria “A leitura do mundo precede a leitura da palavra.” Paulo Freire As crianças trazem consigo para a prática educativa uma bagagem de conceitos e experiências. Através do uso da literatura infantil na sala de aula, o professor consegue interagir com ela utilizando-se de suas hipóteses. É nesse processo que podemos explorar em parceria com a criança, o livro como forma de comunicação e registro. Podemos destacar que a prática corrente da leitura deleite no ambiente escolar proporciona e estabelece momentos que exploram a percepção visual, auditiva e oral da criança, fazendo com que ela estabeleça vínculos com as aprendizagens já adquiridas. Nesse processo, o professor adquire um papel de mediador, interagindo com o livro e a criança, através de estímulos desafiadores, sendo que ele será o promotor da palavra. As obras literárias infantis utilizam-se muito da dimensão narrativa através de imagens. Essas narrativas visuais proporcionam à criança uma vasta exploração do imaginário, no momento em que é incentivada a construir em seu pensamento os personagens e cenários da obra. Segundo Vigotsky (1992, p.128), “a imaginação é um momento totalmente necessário, inseparável do pensamento realista”, ou seja, podemos encontrar na literatura infantil uma grande aliada para esta etapa do desenvolvimento da linguagem da criança. Uma grande preocupação da prática educativa atualmente é a formação de adultos leitores. Segundo um estudo da UNESCO (2005), somente 14% da população tem o hábito de ler. Esse indicador ressalta ainda mais a importância do hábito leitor na Educação Infantil. A promoção da contação de histórias nesta faixa etária torna-se extremamente importante quando se estabelece que nesta fase as palavras ganham sentido em nossa vida. O hábito de leitura, sendo ela através de uma hora do conto ou em um momento espontâneo de leitura deleite, contribui para o desenvolvimento emocional, social e cognitivo da criança, uma vez que esse momento produz aprendizagens significativas e vínculo afetivo com colegas e professores.
  • 45. 15 Literatura infantil brasileira: mais que um autor, um exemplo de vida A introdução da literatura infantil brasileira nas salas de aula da Educação Infantil deve ser mais do que uma exigência nos dias atuais. Além das inúmeras contribuições para o processo de ensino aprendizagem que a literatura nos oferece, devemos também levar em conta a riqueza do acervo literário infantil que atualmente já temos em nosso país. O autor de um dos maiores fenômenos editorial do país, nascido no dia 24 de outubro de 1932, Ziraldo, inspirou gerações com suas obras literárias conquistando crianças de todas as idades. Entre inúmeras obras, como as coleções “Bichim”, “ABZ”, “Corpim”, “Mundo colorido”, “Bebê Maluquinho”, “As Tias” e “Turma do Pererê”, sua publicação principal é a história que retrata as aventuras de um menino cuja personalidade é explicada através de metáforas, nas quais as crianças identificam-se e aprendem na medida em que interagem com a história. Construindo a prática pedagógica através da literatura O livro do “Menino Maluquinho” serviu de inspiração para um trabalho que envolveu e encantou a todos. A partir da identificação das crianças através do simples ato de leitura da obra, formando nelas uma consciência literária, o trabalho ganhou forma, adaptando-se às descobertas da turma. A identificação da família, amigos e ambiente onde vivemos foi explorada através da expressão gráfica, possibilitando às crianças o contato com diversas fontes criativas. Com isso, também foi possível relacionar o contato com a arte gráfica, globalizando conteúdos e conceitos interdisciplinares.
  • 46. 16 A coleção “Bichim” também foi explorada. Através de atividades lúdicas, foi trabalhada juntamente com a construção da identidade. As histórias possibilitaram um aprendizado globalizado, e os momentos da vida de cada um puderam ser apresentados e compreendidos de forma criativa e prazerosa, sem perder os reais significados. Conhecendo a literatura através do olhar da família Sabendo da importância da participação da família para êxito nas aprendizagens nesta etapa escolar, foi proposto em sala de aula, com base nas obras literárias de Ziraldo, o projeto “Tecendo histórias com o Menino Maluquinho”. Com o objetivo de proporcionar a interação família-escola através do diálogo e da participação, estabelecendo vínculos afetivos e contribuindo para uma aprendizagem significativa, iniciou-se a construção de um boneco desse personagem. Para proporcionar vivências desafiadoras, o boneco visitou as casas das famílias das turmas 03 e 05. Nessa visita, as crianças tiveram a tarefa de registrar através de diferentes maneiras, as contribuições dessa obra literária em seu ambiente familiar. Esse registro ocorreu em um livro, que acompanhou o boneco nas visitas, juntamente com a obra completa de Ziraldo, para que a mesma pudesse ser explorada em casa.Assim, as famílias puderam expressar, através de desenhos e escritas, as contribuições desse momento de interação. Nesse projeto, as famílias puderam experimentar a obra de Ziraldo através do olhar da criança, contribuindo com seus valores e referências a elas. Já no ambiente escolar, a proposta continuou explorando as habilidades de linguagem (corporal, musical, plástica, oral e escrita) através das vivências de interação, reflexão e registro. Bakhtin (1992) expressa sobre a literatura infantil, abordando que, por ser um instrumento motivador e desafiador, ela é capaz de transformar o indivíduo em um sujeito ativo, responsável pela sua aprendizagem, que sabe compreender o contexto em que vive e modificá-lo de acordo com a sua necessidade. Sendo assim, podemos destacar que essas ações enriqueceram a corrente proposta desafiadora do ambiente escolar, fazendo com que o vínculo afetivo estivesse presente nessa prática. Os adultos, sendo eles professores ou familiares, c o n t r i b u í r a m n e s s e p r o c e s s o c o m o estimuladores e incentivadores da prática literária, recriando o encontro com o livro através do imaginário singular da criança. REFERÊNCIAS SILVA, Vera Maria Tieztmann. Literatura Infantil Brasileira – um guia para professores e promotores de leitura. – 2º Ed. – rev. – Goiânia: Cânone Editorial, 2009. LITERATURA INFANTIL: A AVENTURA DA DESCOBERTA. Revista Educação, Editora Segmento. São Paulo. 2012 Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil/ Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB, 2010 - Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009. Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil/ Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC/ SEF, 2001 - Volume 3, Linguagem oral e escrita, páginas 142, 143. BAKHTIN. M. M (1895-1975). Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN. M. Estética da criação verbal. (Tradução: Maria Ermantina Galvão Gomes Pereira). São Paulo: Martins Fontes, 1992. KAERCHER, Gládis Elise Pereira da Silva. Literatura Infantil e Educação Infantil: um grande encontro. Unesp – São Paulo. D i s p o n í v e l e m : http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/ 453/4/01d14t10.pdf.Acesso em: 30 de maio de 2014.
  • 47. 17 OCURSONORMALEALITERATURAINFANTIL: “PORQUECADAPONTODEVISTAÉUMAVISTACONTADADEUMPONTO” 5 Joseane Silva 5 Professora Especialista; docente na Educação Básica e no Curso Normal do CSC, nas disciplinas de Didática, Língua Portuguesa e Literatura (com a participação da profa. Cláudia Gisele Masiero e do prof. Evandro A. Schuler). O ano iniciou com força total no Colégio Santa Catarina, especialmente para as alunas do Curso Normal, que tiveram um contato muito significativo e especial com a literatura infantil na “I Oficina de Mediadores da Leitura”. A atividade foi criada especialmente para atendê- las, por meio de uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo – Biblioteca Municipal- e o CSC (com a diligência da supervisora do Curso Normal, professora Isolde Müller). A professora Suzana Maria Zimmer – nossa querida Suzi – simplesmente encantou nossas discentes com seu conhecimento e com suas histórias, embasando suas falas com escritores renomados, como MariaAlexandre de Oliveira, e demonstrando suas técnicas de contadora de histórias com dinâmicas e muito bom humor. Ensinamentos sobre nossa memória auditiva, reflexão sobre a literatura infantil, sugestões de livros, kits com técnicas e recursos para a Hora do Conto nortearam o primeiro encontro. Suzi evidenciava que o exemplo é sempre mais eficaz do que o preceito, enquanto motivava nossas futuras professoras sobre a necessidade de desenvolver o gosto pelas histórias (em primeiro plano). “Não contarás uma história com êxito se não gostares dela. O brilho no teu olhar é o que cativará teus alunos. Sem esse brilho, não formarás futuros leitores, já que é esse o teu objetivo: motivar a prática da leitura, a partir da prática da sua escuta”, disse a educadora especialista em contação de histórias pela UFRGS. Ficamos com o gostinho do “quero mais” nesta primeira oficina, mas nos conforta a ideia de que estão planejando uma próxima, em b r e v e . Q u e r o , p o r t a n t o , a g r a d e c e r imensamente a disponibilidade, a receptividade e o carinho que recebemos de todos os funcionários da Biblioteca Pública Municipal. Um abraço especial, é claro, à professora Suzi – que fascina e alegra todos quando começa a contar histórias. Um espaço especial reservado aos contos de fadas “O conto maravilhoso, que ainda hoje é o primeiro conselheiro das crianças porque outrora foi o primeiro da humanidade, continua a viver secretamente na narrativa. O primeiro e verdadeiro narrador é e permanece sendo o narrador de contos maravilhosos.” Walter Benjamin Em um projeto de contação de histórias, não se poderia deixar de abordar o valor histórico e cultural dos contos de fadas e, principalmente, sua importância para o desenvolvimento e constituição dos sujeitos ainda na infância. Introdução: projeto mediadores da leitura