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Roteiro 2: Violência e o jovem no campo.
Objetivo: Refletir sobre a realidade do jovem camponês.

Ambientação: imagens da vida no campo, jovens trabalhando na terra.

Materiais: imagens citadas acima, texto para o estudo do grupo (anexo), alimentos
naturais para partilha (frutas, pão), Bíblia.
- Se o grupo for de uma realidade urbana, pedir com antecedência para que os
jovens façam uma pesquisa em sua família ou vizinhança, ver se há algum familiar
que tenha vivido na roça e como foi essa experiência? O que foi bom e o que foi
ruim?

             DICA: o tema da Semana da Cidadania deste ano é “Juventude,
                  Terra Viva” que quer trazer presente as realidades dos/as
                  jovens do campo e da roça. No final deste roteiro colocamos o
                  endereço do blog da Campanha para você poder baixar os
                  materiais da Semana da Cidadania.

Acolhida: A coordenação do encontro dá boas vindas ao grupo e motiva as/os
jovens a se acolherem por meio de um abraço. O grupo pode cantar alguma música
enquanto acontece a acolhida.

Olhando para a realidade
   a) O coordenador fala do tema do encontro e sobre as dificuldades da vida na
      roça.

   b) Motivar que os jovens partilhem as experiências vividas por seus familiares
      na roça.

   c) Dividir o grupo em 3 ou 4, para estudo dos texto: Violência e o jovem no
      campo. (pede-se que a coordenação ou o assessor, leia anteriormente o
      texto, e estude um pouco mais sobre o tema para poder responder possíveis
      duvidas do grupo)

       -Voltar a o grande grupo e partilhar o que cada um entendeu a partir da
       leitura do texto.

   d) Canto: Jovem da roça (ou outro conhecido pelo grupo, mas se o grupo não
      conhece , é uma ótima hora de aprender esta bela música)


Luz da palavra de Deus:

-Uma jovem faz a leitura de João 10,10-18.
- Motivados pela atitude de Jesus que veio pra que todas/os tenham vida, o que
essas leituras nos fazem pensar sobre a violência sofrida pelos jovens no campo?
- Qual o nosso compromisso diante de tanta violência?


           Oração do senhor e agradecimento dos alimentos
Rezemos esta oração com muita fé e amor, pedindo ao nosso Deus que nos dê
forças e sustente nossa luta e teimosia, em construir um mundo sem violência para
todos. Agradeçamos também pelos alimentos que temos aqui, eles são frutos da
natureza e do trabalho de muitos/as jovens. (ATENÇÃO: disponibilizar a oração
para todas/os)

                              Pai nosso que estais no céu,
     Na terra, no sol, no ar, na água, em toda a natureza, no nosso grupo, nas
                         comunidades, em cada um de nós.

                           Santificado seja o vosso nome,
 Na oração, na nossa ação, no compromisso com a vida e na esperança dos jovens.

                           Venha a nós o vosso reino,
          De mulheres e homens novos, evangelizados e evangelizadores

                             Seja feita a vossa vontade,
  De que nós, jovens e todos os cristãos comprometidos sejamos construtores de
 novas relações no trabalho, na escola, na roça, no lazer, na família, na igreja e em
                               toda a nossa cultura.

                         Assim na terra como no céu,
   Na caminhada de nossas famílias, de nossos grupos e de nossa comunidade.

                       O pão nosso de cada dia nos dai hoje
Porque quereis a vida plena conseguida quando se mata a fome de pão e de justiça.

                          Perdoai-nos as nossas dívidas,
Provocadas pela especulação financeira, concentração de renda, corrupção política
                     e econômica, e pelo nosso comodismo.

               Assim como nós perdoamos aos nossos devedores,
  Quando pessoas, bancos e países credores forem mais humanos e solidários
 perdoando seus devedores, no espírito do jubileu e do novo milênio, evitando a
           acumulação, sofrimento, desigualdade social e exclusão,

                        E não nos deixeis cair em tentação,
De viver à custa dos outros e de acreditar em outros deuses que não seja o deus da
                                        vida.
Mais livrai-nos do mal,
Do poder, da ganância, da violência, da desigualdade, da morte e fazei-nos senhor,
 mulheres e homens novos, construtores da nova humanidade, sinal do reino de
                                       deus.

                             Porque vosso é o reino,
                         O poder e a glória para sempre.
                                     Amém...
Encerramento:
Encerrar o encontro com uma saborosa partilha de frutas e pão.




Anexo1:
                            Violência e o jovem do campo.

     Os jovens do meio rural estão mais do que nunca em busca de ampliar seu
espaço. Lutam pelo acesso á cultura, á educação, á tecnologias e á renda, sem
deixar, no entanto, de valorizar suas raízes campesinas.
      No campo notamos relações de violência que estão profundamente
enraizadas na vida de cada jovem, devido às diversas mazelas que os afligem, tais
como o latifúndio, a monocultura, a produção para exportação, o trabalho
subordinado, o trabalho escravo, os produtos transgênicos, o preconceito, o medo,
a miséria, a corrupção, a imposição cultural e educacional.
      Uma dessa formas de violência é a relação do trabalho, a maioria dos jovens
camponeses necessita ir pra roça trabalhar pra ajudar no sustento da família,
tendo muitas vezes que abandonar os estudos para isso. Às vezes esses jovens são
submetidos a diárias estafantes que podem chegar a 12,14, ou 16 horas na colheita
da safra e sequer recebem hora extra pelo serviço.
      Nesses últimos anos pela falta de atenção do governo, falta de professores e
estruturas decentes para atender aos estudantes rurais, foram fechadas muitas
escolas de nível básico, forçando crianças e jovens a freqüentar escolas em áreas
urbanas longe de suas realidades. Na escola, na tentativa de diminuir o preconceito
e a vergonha tentam confundir-se com os amigos urbanos e sentem-se satisfeitos
ao dizerem que os colegas não sabem que eles são camponeses!

                        “Às vezes sinto vergonha de dizer que sou do interior para os
                      meus colegas de escola. Estudo numa escola na cidade vizinha
                  porque aqui não tem Ensino Médio. Temos muitas dificuldades em
                  casa, o trabalho é muito puxado e exige demais da gente! Ficamos
                   horas embaixo do sol, na roça. Ficamos cheios de calos nas mãos!
                  Meus colegas riem de mim e fazem piadinhas de mau gosto. Só que
                   nada vai me fazer sair da roça, apesar de todo o preconceito que
                    sofro e dificuldades de acesso à escola e saúde, aqui a gente vive
                                                                  bem!” J. N, 17 anos.
Outro grave problema é o êxodo rural que devido à concentração de
propriedades de terras nas mãos de poucos, à política agroindustrial intensiva
para a exportação, à limitação de créditos e serviços, força muitas famílias a saírem
do campo. Por meio da mídia foi alimentada uma falsa imagem promissora das
cidades para os trabalhadores rurais, que migraram crentes de melhores
oportunidades e condições de vida para suas famílias, com esperanças de trabalho,
educação para os filhos, moradia, prosperidade, dentre outras. O resultado desse
processo migratório intenso se configura hoje nas nossas favelas e periferias sob
uma ausência quase total de serviços básicos, e a juventude é quem mais sofre.
Problemas sociais como a violência no meio urbano têm suas raízes no campo, a
partir do êxodo rural.

                             “O êxodo rural conduz a uma série de outras implicações
                 sociais, culturais e principalmente, o da violência.” (Manoel Gomes).

      Cabe a nós agora empenhar-nos na luta por políticas publicas que gerem
mudanças na realidade juvenil camponesa. Devemos batalhar por uma educação
do campo e no campo: ajudando a derrotar o analfabetismo, ocupando vagas nas
escolas técnicas públicas de nível médio, (re) abrindo muitas escolas de nível
básico, reivindicando a interiorização das universidades, com regime
diferenciado...
Incentivar a permanência do jovem no campo, mas com condições para que eles
possam ter acesso á educação de qualidade, transporte, saúde, lazer, entre outras.

Anexo 2: Jovem da roça.

       Não é preciso ser filho de doutor.
       Jovem da roça também tem valor

       Esse sistema que esta nos dominando.
       Expulsa o jovem que trabalha no interior;
       Faz o jovem viver lá na cidade,
       Desaprendendo a vida de agricultor.

       O jovem que trabalha na cidade,
       Não tem emprego ou é mal remunerado.
       O jovem que trabalha no campo,
       Vive segurando o arado.

       No interior a juventude é muito unida,
       Se reúne no grupo pra conversar.
       Eles debatem, trabalham e se divertem,
       Todos assumem e fazem o grupo andar.
A esperança de um mundo novo é jovem,
Porque a sua força faz um mundo transformar.
O jovem do campo e da cidade bem unidos,
Ninguém mais vai conseguir pisar.


        MAIS MATERIAIS SOBRE A REALIDADE DA JUVENTUDE
        RURAL:
        *Cartaz 2011 - http://migre.me/4gIbw
        *Livro Semana da Cidadania 2011: http://migre.me/4gIbN
        *Roteiros para grupos: http://migre.me/4gIcE




  COMITÊ ESTADUAL DO RS
  juventudecontraviolencia@gmail.com
  www.juventudecontraviolencia.blogspot.com

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  • 1. Roteiro 2: Violência e o jovem no campo. Objetivo: Refletir sobre a realidade do jovem camponês. Ambientação: imagens da vida no campo, jovens trabalhando na terra. Materiais: imagens citadas acima, texto para o estudo do grupo (anexo), alimentos naturais para partilha (frutas, pão), Bíblia. - Se o grupo for de uma realidade urbana, pedir com antecedência para que os jovens façam uma pesquisa em sua família ou vizinhança, ver se há algum familiar que tenha vivido na roça e como foi essa experiência? O que foi bom e o que foi ruim? DICA: o tema da Semana da Cidadania deste ano é “Juventude, Terra Viva” que quer trazer presente as realidades dos/as jovens do campo e da roça. No final deste roteiro colocamos o endereço do blog da Campanha para você poder baixar os materiais da Semana da Cidadania. Acolhida: A coordenação do encontro dá boas vindas ao grupo e motiva as/os jovens a se acolherem por meio de um abraço. O grupo pode cantar alguma música enquanto acontece a acolhida. Olhando para a realidade a) O coordenador fala do tema do encontro e sobre as dificuldades da vida na roça. b) Motivar que os jovens partilhem as experiências vividas por seus familiares na roça. c) Dividir o grupo em 3 ou 4, para estudo dos texto: Violência e o jovem no campo. (pede-se que a coordenação ou o assessor, leia anteriormente o texto, e estude um pouco mais sobre o tema para poder responder possíveis duvidas do grupo) -Voltar a o grande grupo e partilhar o que cada um entendeu a partir da leitura do texto. d) Canto: Jovem da roça (ou outro conhecido pelo grupo, mas se o grupo não conhece , é uma ótima hora de aprender esta bela música) Luz da palavra de Deus: -Uma jovem faz a leitura de João 10,10-18.
  • 2. - Motivados pela atitude de Jesus que veio pra que todas/os tenham vida, o que essas leituras nos fazem pensar sobre a violência sofrida pelos jovens no campo? - Qual o nosso compromisso diante de tanta violência? Oração do senhor e agradecimento dos alimentos Rezemos esta oração com muita fé e amor, pedindo ao nosso Deus que nos dê forças e sustente nossa luta e teimosia, em construir um mundo sem violência para todos. Agradeçamos também pelos alimentos que temos aqui, eles são frutos da natureza e do trabalho de muitos/as jovens. (ATENÇÃO: disponibilizar a oração para todas/os) Pai nosso que estais no céu, Na terra, no sol, no ar, na água, em toda a natureza, no nosso grupo, nas comunidades, em cada um de nós. Santificado seja o vosso nome, Na oração, na nossa ação, no compromisso com a vida e na esperança dos jovens. Venha a nós o vosso reino, De mulheres e homens novos, evangelizados e evangelizadores Seja feita a vossa vontade, De que nós, jovens e todos os cristãos comprometidos sejamos construtores de novas relações no trabalho, na escola, na roça, no lazer, na família, na igreja e em toda a nossa cultura. Assim na terra como no céu, Na caminhada de nossas famílias, de nossos grupos e de nossa comunidade. O pão nosso de cada dia nos dai hoje Porque quereis a vida plena conseguida quando se mata a fome de pão e de justiça. Perdoai-nos as nossas dívidas, Provocadas pela especulação financeira, concentração de renda, corrupção política e econômica, e pelo nosso comodismo. Assim como nós perdoamos aos nossos devedores, Quando pessoas, bancos e países credores forem mais humanos e solidários perdoando seus devedores, no espírito do jubileu e do novo milênio, evitando a acumulação, sofrimento, desigualdade social e exclusão, E não nos deixeis cair em tentação, De viver à custa dos outros e de acreditar em outros deuses que não seja o deus da vida.
  • 3. Mais livrai-nos do mal, Do poder, da ganância, da violência, da desigualdade, da morte e fazei-nos senhor, mulheres e homens novos, construtores da nova humanidade, sinal do reino de deus. Porque vosso é o reino, O poder e a glória para sempre. Amém... Encerramento: Encerrar o encontro com uma saborosa partilha de frutas e pão. Anexo1: Violência e o jovem do campo. Os jovens do meio rural estão mais do que nunca em busca de ampliar seu espaço. Lutam pelo acesso á cultura, á educação, á tecnologias e á renda, sem deixar, no entanto, de valorizar suas raízes campesinas. No campo notamos relações de violência que estão profundamente enraizadas na vida de cada jovem, devido às diversas mazelas que os afligem, tais como o latifúndio, a monocultura, a produção para exportação, o trabalho subordinado, o trabalho escravo, os produtos transgênicos, o preconceito, o medo, a miséria, a corrupção, a imposição cultural e educacional. Uma dessa formas de violência é a relação do trabalho, a maioria dos jovens camponeses necessita ir pra roça trabalhar pra ajudar no sustento da família, tendo muitas vezes que abandonar os estudos para isso. Às vezes esses jovens são submetidos a diárias estafantes que podem chegar a 12,14, ou 16 horas na colheita da safra e sequer recebem hora extra pelo serviço. Nesses últimos anos pela falta de atenção do governo, falta de professores e estruturas decentes para atender aos estudantes rurais, foram fechadas muitas escolas de nível básico, forçando crianças e jovens a freqüentar escolas em áreas urbanas longe de suas realidades. Na escola, na tentativa de diminuir o preconceito e a vergonha tentam confundir-se com os amigos urbanos e sentem-se satisfeitos ao dizerem que os colegas não sabem que eles são camponeses! “Às vezes sinto vergonha de dizer que sou do interior para os meus colegas de escola. Estudo numa escola na cidade vizinha porque aqui não tem Ensino Médio. Temos muitas dificuldades em casa, o trabalho é muito puxado e exige demais da gente! Ficamos horas embaixo do sol, na roça. Ficamos cheios de calos nas mãos! Meus colegas riem de mim e fazem piadinhas de mau gosto. Só que nada vai me fazer sair da roça, apesar de todo o preconceito que sofro e dificuldades de acesso à escola e saúde, aqui a gente vive bem!” J. N, 17 anos.
  • 4. Outro grave problema é o êxodo rural que devido à concentração de propriedades de terras nas mãos de poucos, à política agroindustrial intensiva para a exportação, à limitação de créditos e serviços, força muitas famílias a saírem do campo. Por meio da mídia foi alimentada uma falsa imagem promissora das cidades para os trabalhadores rurais, que migraram crentes de melhores oportunidades e condições de vida para suas famílias, com esperanças de trabalho, educação para os filhos, moradia, prosperidade, dentre outras. O resultado desse processo migratório intenso se configura hoje nas nossas favelas e periferias sob uma ausência quase total de serviços básicos, e a juventude é quem mais sofre. Problemas sociais como a violência no meio urbano têm suas raízes no campo, a partir do êxodo rural. “O êxodo rural conduz a uma série de outras implicações sociais, culturais e principalmente, o da violência.” (Manoel Gomes). Cabe a nós agora empenhar-nos na luta por políticas publicas que gerem mudanças na realidade juvenil camponesa. Devemos batalhar por uma educação do campo e no campo: ajudando a derrotar o analfabetismo, ocupando vagas nas escolas técnicas públicas de nível médio, (re) abrindo muitas escolas de nível básico, reivindicando a interiorização das universidades, com regime diferenciado... Incentivar a permanência do jovem no campo, mas com condições para que eles possam ter acesso á educação de qualidade, transporte, saúde, lazer, entre outras. Anexo 2: Jovem da roça. Não é preciso ser filho de doutor. Jovem da roça também tem valor Esse sistema que esta nos dominando. Expulsa o jovem que trabalha no interior; Faz o jovem viver lá na cidade, Desaprendendo a vida de agricultor. O jovem que trabalha na cidade, Não tem emprego ou é mal remunerado. O jovem que trabalha no campo, Vive segurando o arado. No interior a juventude é muito unida, Se reúne no grupo pra conversar. Eles debatem, trabalham e se divertem, Todos assumem e fazem o grupo andar.
  • 5. A esperança de um mundo novo é jovem, Porque a sua força faz um mundo transformar. O jovem do campo e da cidade bem unidos, Ninguém mais vai conseguir pisar. MAIS MATERIAIS SOBRE A REALIDADE DA JUVENTUDE RURAL: *Cartaz 2011 - http://migre.me/4gIbw *Livro Semana da Cidadania 2011: http://migre.me/4gIbN *Roteiros para grupos: http://migre.me/4gIcE COMITÊ ESTADUAL DO RS juventudecontraviolencia@gmail.com www.juventudecontraviolencia.blogspot.com