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   A cirurgia bariátrica é o ramo da medicina que
    cuida do controle de peso, incluindo a
    gastroplastia, que é um procedimento cirúrgico
    no qual o tamanho do estômago é reduzido
    (MAHAN & SCOTT-STUMP, 2002).
   Segundo Fernandez e Alvarez, (2004), deve ser
    aplicada naqueles pacientes que fracassaram
    nas medidas médicodietéticas para redução de
    peso.
   Porém, não se trata de uma cirurgia com fins
    estéticos (CASALNUOVO, 2011).
   Considera-se obesidade quando, em
    homens, há mais do que 20% de gordura na
    composição corporal e, em mulheres, mais do
    que 30%.
   Na prática clínica, na maior parte dos estudos e
    na classificação da Organização Mundial de
    Saúde (OMS) utiliza-se o Índice de Massa
    Corporal (IMC), calculado dividindo-se o peso
    corporal, em quilogramas, pelo quadrado da
    altura, em metros quadrados.
   IMC= kg
           m²
   A presença da obesidade grau III está associada
    a piora da qualidade de vida, a alta freqüência
    de comorbidade, a redução da expectativa de
    vida e a grande probabilidade de fracasso dos
    tratamentos menos invasivos.
   A obesidade é uma das doenças que mais
    matam no mundo em decorrência de suas
    comorbidades, estando na lista das 10 doenças
    mais mortais do planeta.
   É o fator de risco mais importante para o desenvolvimento
    de diabetes mellitus tipo 2
   Está relacionada com o desenvolvimento da hipertensão
    arterial sistêmica (HAS), insuficiência cardíaca congestiva,
    dislipidemia e aterosclerose, contribuindo, assim, para
    maior risco de morbimortalidade por doenças
    cardiovasculares.
   Também é responsável por desencadear artropatias,
    hipoventilação ou síndrome da apneia do sono e muitas
    outras condições patológicas, reduzindo, assim, a qualidade
    de vida e a auto-estima do paciente.
   Devido a todas comorbidades associadas à obesidade,
    somando-se os aspectos emocionais abalados, pacientes
    muito obesos têm taxa de mortalidade até 12 vezes maior
    que a população em geral, (PREVEDELLO et al.; 2009).
   A obesidade também pode estar associada a
    maior incidência de complicações cirúrgicas e
    obstétricas, e maior suscetibilidade a acidentes.
    Apesar da obesidade não estar associada ao
    aumento de risco em problemas psiquiátricos,
    esses pacientes têm maior propensão a
    problemas econômicos, sociais e psíquicos e,
    muitas vezes, sentem-se discriminados na vida
    pessoal e profissional.
    Devido a isto, esta doença tem sido apontada
    como um dos fatores contribuintes para a
    baixa-estima, o isolamento social e a depressão,
    (DINIZ & DINIZ, 2002).
   Como a obesidade é uma condição médica crônica
    de etiologia multifatorial, seu tratamento envolve
    vários tipos de abordagens. A orientação dietética,
    a programação de atividade física e o uso de
    fármacos anti-obesidade são os pilares principais
    do tratamento, (FANDIÑO et al.; 2002).
   Entretanto, o tratamento convencional para a
    obesidade grau III continua produzindo resultados
    insatisfatórios, com 95% dos pacientes
    recuperando seu peso inicial em até 2 anos
   .
   Devido a necessidade de uma intervenção mais
    eficaz na condução clínica de obesos graves, a
    indicação das operações bariátricas vem
    crescendo nos dias atuais.
    Atualmente a cirurgia bariátrica é considerada
    a ferramenta mais eficaz no controle e no
    tratamento da obesidade severa. Os benefícios
    da cirurgia incluem resolução ou melhora
    acentuada de doenças crônicas como
    hipertensão, diabetes e hiperlipidemia,
    (BUCHWALD et al.; 2004).
   Indicações para a cirurgia bariátrica devem
    preencher alguns critérios, como IMC maior que 40
    kg/m²
    IMC acima de 35 kg/m², associado com doenças
    com, no mínimo, cinco anos de evolução e que
    melhorem com a perda de peso, como diabetes
    melito e hipertensão arterial, doenças
    osteoarticulares (principalmente de membros
    inferiores), apnéia do sono, histórico de falha de
    tratamentos conservadores prévios e ausência de
    doenças endócrinas como causa da obesidade.
   Entretanto, é preciso salientar que o tratamento
    cirúrgico da obesidade não se resume ao ato
    cirúrgico, (BORDALO et al.; 2011).
    A indicação do tratamento cirúrgico deve basear-
    se numa análise abrangente de múltiplos aspectos
    clínicos do doente.
   A avaliação desses pacientes no pré e pós-
    operatório deve ser realizada por uma equipe
    multidisciplinar composta por
    endocrinologistas, nutricionistas, cardiologistas, p
    neumologistas, psiquiatras, psicólogos e
    cirurgiões, (COUTINHO, 1999).
   Deve ficar clara a necessidade de avaliação
    clínica, laboratorial e psiquiátrica de forma regular
    nos períodos pré e pós operatório, (KARLSSON et
    al.; 1998
   Quanto à possibilidade de contra-indicações
    psiquiátricas para a cirurgia bariátrica, não há
    consenso na literatura. Embora a presença de
    transtornos depressivos, afetivo bipolar ou
    psicótico costumem ser considerados como contra-
    indicações para a realização da cirurgia.
   De forma geral, utiliza-se o bom senso de liberar o
    paciente com transtorno psiquiátrico já
    estabilizado ou pelo menos tendo iniciado o
    tratamento específico, considerando o risco da
    própria obesidade mórbida como principal
    indicador do ato cirúrgico.
   Cuidado especial deve ser dado a pacientes
    portadores de dependência de etílicos pela sua
    associação com má evolução pós-operatória e
    risco de morte (HSU et al.; 1998).
   A cirurgia bariátrica deve ser contra-indicada
    em qualquer caso em que o paciente não esteja
    plenamente de acordo com a cirurgia ou não
    seja capaz de apreciar as mudanças que
    ocorrerão após a operação, quer por
    transtornos psiquiátricos de eixo I ou por
    incapacidade cognitiva, (SEGAL et al.; 2002).
   A cirurgia bariátrica é classificada em duas categorias:
    restritiva e disabsortiva, podendo ser subdividida em:
   Totalmente Restritivos - Causam restrição do estômago.
    Banda Gástrica Ajustável (Lap Band), Gastrectomia Vertical
    de Mason e Gastrectomia Vertical de Sleeve;
   Mistos e Predominantemente restritivos: os desvios
    gástricos como o Bypass Gástrico com e sem anel
    (Gastroplastia com Derivação em Y de Roux (Cirugia de
    Fobi Capella);
   Mistos e Predominantemente disabsortivos: as derivações
    bileopancreáticas (Scopinaro, Duodenal Switch);
   Totalmente disabsortivo - Bypass Jejuno-Ileal (essa cirurgia
    foi proibida por complicações relacionadas à alça exclusa);
   Os procedimentos restritivos promovem a perda de
    peso pelo fechamento de partes do estômago para
    torná-lo menor, assim restringe a quantidade de
    alimento que o estômago comporta.
   Os procedimentos restritivos não interferem com o
    processo digestivo normal. Como resultado dessa
    cirurgia, a maioria das pessoas perde a capacidade de
    comer grande quantidade de comida de uma só vez.
   Após a operação, as pessoas usualmente conseguem
    comer apenas ¾ a 1 xícara de alimento sem desconforto
    ou náusea. Os alimentos também devem ser bem
    mastigados, (CAPELLA & CAPELLA, 1996).
   É um procedimento cirúrgico restritivo puro,
    no qual uma banda é colocada em volta da
    parte superior do estômago. Essa banda divide
    o estômago em duas partes, uma pequena e
    outra maior. A maioria dos pacientes se sente
    cheio mais rapidamente, pois a banda restringe
    a entrada do alimento. A digestão de alimento
    ocorre através do processo digestivo normal.
Vantagens:
 Restringe a quantidade de alimento que pode
  ser consumida em uma refeição;
 O alimento consumido passa pelo restante do
  trato digestivo da forma usual, permitindo ser
  totalmente absorvido pelo organismo;
 A perda do excesso de peso varia de 28 a 87%;

 A banda pode ser ajustada para aumentar ou
  reduzir a restrição;
 A cirurgia pode ser revertida.
Riscos:
 A perfuração gástrica ou desgaste na parede do
   estômago pode exigir uma operação adicional para a
   retirada da banda;
 O vazamento ou torção do portal de acesso pode exigir
   uma operação adicional;
 Pode não fornecer a sensação de satisfação necessária
   de ter comido o suficiente;
 Náusea e vômito;
 Obstrução da saída;
 Dilatação da bolsa;
 Migração/deslizamento da banda;
 Perda de peso insuficiente.
   Em 1982 foi introduzida por Mason a técnica
    cirúrgica de gastroplastia vertical com bandagem .
    É uma operação restritiva, simples, rápida, com
    baixos índices de complicações e mortalidade.
   O procedimento consiste no fechamento de uma
    porção do estômago através de uma
    sutura, resultando em diminuição importante do
    reservatório gástrico. Um anel de contenção é
    colocado no orifício de saída, tornando o
    esvaziamento desta pequena câmara mais lento.
   Contudo, este procedimento apresenta alta
    incidência de recidiva da obesidade após 10 anos
    de seguimento, motivo pelo qual ela vem sendo
    abandonada mundialmente.
   A gastrectomia vertical (ou gastroplastia
    vertical, ou gastrectomia em manga, ou "Gastric
    Sleeve" figura 3) foi inicialmente descrita como
    parte da operação de derivação biliopancreática.
    O conceito de gastrectomia vertical evoluiu das
    cirurgias de gastroplastia vertical com banda
    (Cirurgia de Mason) e da operação de
    Magenstrasse e Mill, que realizam tunelização
    parcial da pequena curvatura gástrica com a
    finalidade de restringir a capacidade de ingestão
    alimentar.
   Mais recentemente, a gastrectomia vertical foi
    indicada como cirurgia de intervalo da
    derivação biliopancreática em pacientes super-
    obesos ou de alto risco.
   Os resultados imediatos observados com esta
    indicação levaram a que se propusesse seu uso
    isolado para o tratamento da obesidade como
    procedimento restritivo único.
   A gastrectomia vertical pode se mostrar uma
    alternativa viável como tratamento isolado da
    obesidade mórbida
Indicações :
 parte integrante da derivação biliopancreática;
 cirurgia de intervalo em pacientes super-obesos
  (IMC > 50);
 pacientes obesos mórbidos idosos ou de alto risco;
 condições intra operatórias adversas: má
  exposição, excessiva gordura visceral, fígado
  grande, aderências intensas ou instabilidade
  clínica; cirurgia revisional após insucesso de banda
  gástrica ajustável;
 outras indicações: pacientes com doença intestinal
  inflamatória, doença celíaca, anemia intensa ou
  cirrose hepática.
Vantagens:
 Não se acompanha de efeitos colaterais
  significativos quanto a deficiências nutricionais
  ou de vitaminas;
 Seu insucesso como procedimento isolado
  permite que seja feita complementação tanto
  para gastroplastia jejunal em Y de Roux como
  para a derivação bliopancreática.
Riscos:
   Vários aspectos merecem discussão mais aprofundada
   para a aceitação da gastrectomia vertical como
   procedimento de uso rotineiro no tratamento cirúrgico
   da obesidade;
   Os estudos publicados ainda referem-se a resultados
   de curto e médio prazo;
   Observa-se tendência a reganho de peso no
   seguimento mais tardio;
   Aspectos técnicos referentes à distância do piloro em
   que se inicia a gastrectomia, necessidade de calibragem
   e seu diâmetro, tipo de grampeador, reforço da linha
   de sutura, ainda precisam melhor esclarecimento
   visando a segurança e resultado do procedimento
   Segundo CAPELLA & CAPELLA, (1996)., os
    procedimentos disabsortivos, as cirurgias mais
    comuns para a perda de peso, combinam a
    restrição do estômago com um desvio parcial do
    intestino delgado.
   É criada uma conexão direta do estômago para um
    segmento inferior do intestino delgado, reduzindo
    as porções do trato digestivo que absorvem as
    calorias e os nutrientes.
   A técnica mais utilizada é chamada de Y de Roux
    , que utiliza um anel de contenção para a redução
    do estômago.
   É o procedimento padrão ouro atual para
    cirurgia bariátrica pela SBCBM (Sociedade
    Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica).
   É um dos procedimentos para perda de peso
    mais realizado no Brasil. Nesse
    procedimento, o grampeamento cria uma
    pequena (15 a 20 cc) bolsa do estômago.
   O restante do estômago não é removido, mas
    totalmente grampeado e separado da bolsa do
    estômago.
   A saída dessa bolsa formada passa direto para
    a parte inferior do jejuno, desviando assim a
    absorção de alimentos.
    Esse desvio é feito dividindo o intestino
    delgado pouco depois do duodeno, a fim de
    levá-lo até o estômago e construir uma ligação
    (anastomose – ligação) com a bolsa do
    estômago formada.
   A outra extremidade é ligada à lateral da alça
    em Y de Roux do intestino, criando a forma de
    "Y" que dá seu nome à técnica. O comprimento
    de um dos segmentos do intestino pode ser
    aumentado, para produzir níveis mais baixos
    ou mais altos de malabsorção.
Vantagens:
 A média para perda de peso excessivo, após o procedimento
  de Gastroplastia e derivação em “ Y de Roux”, geralmente é
  maior em um paciente complacente que após o
  procedimento restritivo puro;
 Um ano após a cirurgia, a perda de peso pode chegar a 77-
  100% do peso corporal excessivo;
 Estudos demonstram que, após 10 a 14 anos, 50-60% da
  perda de peso corporal excessivo foi mantida por alguns
  pacientes;
 Demonstrou-se que 70-90% de determinadas condições de
  saúde associadas (dor nas costas, apnéia do sono, pressão
  sanguínea alta, diabetes e depressão) foram melhoradas ou
  solucionadas;
 Teoricamente pode ser revertida.
   Logo após a cirurgia, a maioria das pessoas
    perde peso rapidamente e mantém essa perda
    por 18 a 24 meses após o procedimento.
    Embora a maioria das pessoas readquira 5% a
    10% do peso perdido, muitas mantêm a perda
    de peso a longo prazo em cerca de 45 Kg. Além
    disso, a cirurgia melhora a maior parte das
    condições relacionadas à obesidade como por
    exemplo, o diabetes tipo II. (ORIA &
    MOOREHEAD, 1998).
MELHORAS PÓS-CIRÚRGICAS           MELHORAS PÓS-CIRÚRGICAS
 Cardiopulmonares                 Cirrose e fibrose hepáticas
 Diabetes                         Risco cirúrgico
 Hipertensão                      Osteoartrite
 Dislipidemia                     Depressão
 Insuficiência cardíaca           Pseudo tumor cerebral
 Esofagite                        Ansiedade
 Edema                            Índices de Qualidade de vida
 Ginecológicas                    Autoestima
 Insuficiência Respiratória       Desemprego
 Infertilidade                    Interação Social
 Síndrome de Hipoventilação da    Mobilidade física
  Obesidade                        Tromboembolismo
 Gestação e Parto                 Transtornos do Sono
 Asma                            
 Incontinência Urinária
Riscos:
  Além dos riscos da cirurgia restritiva, as operações disabsortivas
   também podem levar a um grande risco de deficiências
   nutricionais. Isso ocorre porque o alimento não passará mais pelo
   duodeno e jejuno (as primeiras partes do intestino), onde a maior
   parte de ferro e cálcio são absorvidos. Essas deficiências
   usualmente podem ser evitadas se as vitaminas e minerais forem
   ingeridos adequadamente para cada caso.
  Uma condição conhecida como, "síndrome do esvaziamento
   rápido", pode ocorrer como resultado do rápido esvaziamento do
   conteúdo do estômago para o intestino delgado. Às vezes, isso é
   desencadeado quando muito açúcar ou grande quantidade de
   alimento é ingerido. Embora não seja considerado como um sério
   risco para sua saúde, os resultados podem ser muito
   desagradáveis e incluir náusea, fraqueza, transpiração, fragilidade
   e ocasionalmente diarréia, após as refeições. Alguns pacientes não
   conseguem comer qualquer forma de doces, após a cirurgia.
   A parte desviada do estômago, duodeno e
    segmentos do intestino delgado não pode ser
    facilmente visualizada, usando um raio-x ou
    endoscopia, caso ocorram problemas como
    úlceras, hemorragias ou malignidade.
   Um risco comum das operações restritivas são
    os vômitos, que são causados quando o
    estômago, agora menor, é excessivamente
    preenchido por alimentos mal mastigados. Em
    menos de 1% de todos os casos, infecção ou
    morte devido a complicações pode ocorrer.
   Desvio Bilio Pancreático DBP (Cirurgia de
    Scopinaro)
   Desvio Biliopancreático com Derivação
    Duodenal "Duodenal Switch,"
   O Desvio Bilio Pancreático DBP (Cirurgia de
    Scopinaro) é uma cirurgia que remove
    aproximadamente 3/4 do estômago para causar a
    restrição da ingestão de alimento e redução da
    saída de ácido.
   Deixar estômago superior suficiente é importante
    para manter uma nutrição apropriada. O intestino
    delgado é então dividido, tendo uma extremidade
    ligada à bolsa do estômago, para criar o que é
    chamado de "tubo alimentar".
    Todo o alimento passa por esse segmento, no
    entanto, não muito é absorvido.
   Os sucos biliares e pancreáticos passam pela
    "alça biliopancreática", que é ligada à parte
    lateral do intestino próximo à extremidade.
    Isso fornece os sucos digestivos na seção do
    intestino, que agora é chamada de "alça
    comum".
   O cirurgião pode variar o comprimento da alça
    comum, para regular a quantidade de absorção
    de proteína, gordura e vitaminas solúveis em
    gordura
   O Desvio Biliopancreático com Derivação Duodenal
    "Duodenal Switch," procedimento que é uma variação
    do BPD, em que a remoção do estômago é restrita à
    margem externa, deixando uma alça de estômago com
    o piloro e o início do duodeno em sua extremidade.
    O duodeno, a primeira parte do intestino delgado, é
    dividida para que a drenagem pancreática e biliar seja
    desviada.
    A extremidade próxima ao "tubo alimentar" é então
    ligada ao início do duodeno, enquanto a "alça comum"
    é criada da mesma maneira, conforme descrito acima.
Vantagens:
 Operações que geralmente permitem que o paciente
  consiga fazer refeições maiores que as do
  procedimento restritivo puro ou gastroplastia padrão
  com derivação em "Y de Roux";
 Esses procedimentos podem causar uma perda maior
  de peso excessivo, pois fornecem os mais altos níveis
  de mal absorção;
 A perda de peso excessivo pode ocorrer de 74% em um
  ano até 91% em cinco anos;
 A manutenção a longo prazo da perda do peso
  corporal excessivo pode ser bem-sucedida, se o
  paciente adaptar-se e aderir a uma dieta honesta, com
  suprimentos, exercícios e regime comportamental.
Riscos:
  Para todos os procedimentos de mal absorção há um período de
   adaptação intestinal, quando os movimentos do intestino podem
   ser muito líquidos e freqüentes. Essa condição pode diminuir no
   decorrer do tempo, mas pode ser uma ocorrência permanente e
   vitalícia;
  Inchaço abdominal e evacuação fétida ou gases podem ocorrer;
  Monitoramento rigoroso e vitalício quanto à má nutrição de
   proteína, anemia e doença óssea é recomendado. Da mesma
   maneira, é necessário um complemento vitamínico vitalício. Em
   geral, observou-se que se as instruções de alimentação e
   complemento vitamínico não forem rigorosamente seguidas, no
   mínimo, 25% dos pacientes desenvolverão problemas que
   precisarão de tratamento;
  As mudanças na estrutura intestinal podem resultar no aumento
   do risco de formação de cálculo biliar e necessidade de remoção
   da vesícula biliar;
   O redirecionamento dos sucos biliares e pancreáticos, bem
    como de outros sucos digestivos, para fora do estômago
    pode causar irritação intestinal e úlceras;
   Como o duodeno é desviado, a má absorção de ferro e cálcio
    pode resultar na redução do total de ferro do organismo e
    uma predisposição para anemia por deficiência de ferro.
    Essa é a principal preocupação para os pacientes que
    apresentam perda de sangue crônica, durante fluxo
    menstrual excessivo ou hemorragia de hemorróidas.
    Mulheres já em risco de osteoporose, que pode ocorrer após
    a menopausa, devem estar conscientes do potencial para
    perda intensificada de cálcio no osso;
   O desvio do duodeno causou uma doença ósseo-metabólica
    em alguns pacientes, resultando em dor nos ossos, perda de
    altura, corcunda e fraturas nos ossos das costelas e quadris.
    Todas as deficiências mencionadas acima, no
    entanto, podem ser tratadas através de dieta apropriada e
    complementos vitamínicos;
   Pode ocorrer anemia crônica, devido à deficiência de
    Vitamina B12. O problema geralmente pode ser tratado com
    pílulas ou injeções de B12;
   As cirurgias disabsortivas produzem maior perda
    de peso do que as restritivas e são mais efetivas em
    reverter os problemas de saúde relacionados com a
    obesidade grave. As pessoas que realizam a
    cirurgia disabsortiva geralmente perdem dois
    terços do excesso de peso dentro de dois anos.
   Embora as cirurgias restritivas levem a uma perda
    de peso na maioria das pessoas, elas são menos
    eficazes que as cirurgias disabsortivas em alcançar
    uma perda de peso substancial em longo prazo.
    Algumas pessoas readquirem o peso novamente.
    Outras são incapazes de mudar seus hábitos
    alimentares e falham na perda do peso que
    desejam.
   É importante ter em mente que a cirurgia não é
    uma garantia de sucesso. Os resultados dependem
    da força de vontade dos pacientes para adotar um
    plano a longo prazo de uma alimentação saudável
    e atividades físicas regulares
ALUNOS:

Anderson Bragança
Celso Teixeira
Guilherme Drumond
Juliana Braz
Laura Coelho
Tatiana Brito
Raquel Teixeira

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Indicações e técnicas para a cirurgia bariátrica

  • 1.
  • 2. A cirurgia bariátrica é o ramo da medicina que cuida do controle de peso, incluindo a gastroplastia, que é um procedimento cirúrgico no qual o tamanho do estômago é reduzido (MAHAN & SCOTT-STUMP, 2002).  Segundo Fernandez e Alvarez, (2004), deve ser aplicada naqueles pacientes que fracassaram nas medidas médicodietéticas para redução de peso.  Porém, não se trata de uma cirurgia com fins estéticos (CASALNUOVO, 2011).
  • 3. Considera-se obesidade quando, em homens, há mais do que 20% de gordura na composição corporal e, em mulheres, mais do que 30%.  Na prática clínica, na maior parte dos estudos e na classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) utiliza-se o Índice de Massa Corporal (IMC), calculado dividindo-se o peso corporal, em quilogramas, pelo quadrado da altura, em metros quadrados.  IMC= kg m²
  • 4.
  • 5. A presença da obesidade grau III está associada a piora da qualidade de vida, a alta freqüência de comorbidade, a redução da expectativa de vida e a grande probabilidade de fracasso dos tratamentos menos invasivos.  A obesidade é uma das doenças que mais matam no mundo em decorrência de suas comorbidades, estando na lista das 10 doenças mais mortais do planeta.
  • 6. É o fator de risco mais importante para o desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2  Está relacionada com o desenvolvimento da hipertensão arterial sistêmica (HAS), insuficiência cardíaca congestiva, dislipidemia e aterosclerose, contribuindo, assim, para maior risco de morbimortalidade por doenças cardiovasculares.  Também é responsável por desencadear artropatias, hipoventilação ou síndrome da apneia do sono e muitas outras condições patológicas, reduzindo, assim, a qualidade de vida e a auto-estima do paciente.  Devido a todas comorbidades associadas à obesidade, somando-se os aspectos emocionais abalados, pacientes muito obesos têm taxa de mortalidade até 12 vezes maior que a população em geral, (PREVEDELLO et al.; 2009).
  • 7.
  • 8. A obesidade também pode estar associada a maior incidência de complicações cirúrgicas e obstétricas, e maior suscetibilidade a acidentes.  Apesar da obesidade não estar associada ao aumento de risco em problemas psiquiátricos, esses pacientes têm maior propensão a problemas econômicos, sociais e psíquicos e, muitas vezes, sentem-se discriminados na vida pessoal e profissional.  Devido a isto, esta doença tem sido apontada como um dos fatores contribuintes para a baixa-estima, o isolamento social e a depressão, (DINIZ & DINIZ, 2002).
  • 9. Como a obesidade é uma condição médica crônica de etiologia multifatorial, seu tratamento envolve vários tipos de abordagens. A orientação dietética, a programação de atividade física e o uso de fármacos anti-obesidade são os pilares principais do tratamento, (FANDIÑO et al.; 2002).  Entretanto, o tratamento convencional para a obesidade grau III continua produzindo resultados insatisfatórios, com 95% dos pacientes recuperando seu peso inicial em até 2 anos
  • 10. .  Devido a necessidade de uma intervenção mais eficaz na condução clínica de obesos graves, a indicação das operações bariátricas vem crescendo nos dias atuais.  Atualmente a cirurgia bariátrica é considerada a ferramenta mais eficaz no controle e no tratamento da obesidade severa. Os benefícios da cirurgia incluem resolução ou melhora acentuada de doenças crônicas como hipertensão, diabetes e hiperlipidemia, (BUCHWALD et al.; 2004).
  • 11. Indicações para a cirurgia bariátrica devem preencher alguns critérios, como IMC maior que 40 kg/m²  IMC acima de 35 kg/m², associado com doenças com, no mínimo, cinco anos de evolução e que melhorem com a perda de peso, como diabetes melito e hipertensão arterial, doenças osteoarticulares (principalmente de membros inferiores), apnéia do sono, histórico de falha de tratamentos conservadores prévios e ausência de doenças endócrinas como causa da obesidade.
  • 12. Entretanto, é preciso salientar que o tratamento cirúrgico da obesidade não se resume ao ato cirúrgico, (BORDALO et al.; 2011).  A indicação do tratamento cirúrgico deve basear- se numa análise abrangente de múltiplos aspectos clínicos do doente.  A avaliação desses pacientes no pré e pós- operatório deve ser realizada por uma equipe multidisciplinar composta por endocrinologistas, nutricionistas, cardiologistas, p neumologistas, psiquiatras, psicólogos e cirurgiões, (COUTINHO, 1999).  Deve ficar clara a necessidade de avaliação clínica, laboratorial e psiquiátrica de forma regular nos períodos pré e pós operatório, (KARLSSON et al.; 1998
  • 13. Quanto à possibilidade de contra-indicações psiquiátricas para a cirurgia bariátrica, não há consenso na literatura. Embora a presença de transtornos depressivos, afetivo bipolar ou psicótico costumem ser considerados como contra- indicações para a realização da cirurgia.  De forma geral, utiliza-se o bom senso de liberar o paciente com transtorno psiquiátrico já estabilizado ou pelo menos tendo iniciado o tratamento específico, considerando o risco da própria obesidade mórbida como principal indicador do ato cirúrgico.
  • 14. Cuidado especial deve ser dado a pacientes portadores de dependência de etílicos pela sua associação com má evolução pós-operatória e risco de morte (HSU et al.; 1998).  A cirurgia bariátrica deve ser contra-indicada em qualquer caso em que o paciente não esteja plenamente de acordo com a cirurgia ou não seja capaz de apreciar as mudanças que ocorrerão após a operação, quer por transtornos psiquiátricos de eixo I ou por incapacidade cognitiva, (SEGAL et al.; 2002).
  • 15.
  • 16. A cirurgia bariátrica é classificada em duas categorias: restritiva e disabsortiva, podendo ser subdividida em:  Totalmente Restritivos - Causam restrição do estômago. Banda Gástrica Ajustável (Lap Band), Gastrectomia Vertical de Mason e Gastrectomia Vertical de Sleeve;  Mistos e Predominantemente restritivos: os desvios gástricos como o Bypass Gástrico com e sem anel (Gastroplastia com Derivação em Y de Roux (Cirugia de Fobi Capella);  Mistos e Predominantemente disabsortivos: as derivações bileopancreáticas (Scopinaro, Duodenal Switch);  Totalmente disabsortivo - Bypass Jejuno-Ileal (essa cirurgia foi proibida por complicações relacionadas à alça exclusa);
  • 17. Os procedimentos restritivos promovem a perda de peso pelo fechamento de partes do estômago para torná-lo menor, assim restringe a quantidade de alimento que o estômago comporta.  Os procedimentos restritivos não interferem com o processo digestivo normal. Como resultado dessa cirurgia, a maioria das pessoas perde a capacidade de comer grande quantidade de comida de uma só vez.  Após a operação, as pessoas usualmente conseguem comer apenas ¾ a 1 xícara de alimento sem desconforto ou náusea. Os alimentos também devem ser bem mastigados, (CAPELLA & CAPELLA, 1996).
  • 18. É um procedimento cirúrgico restritivo puro, no qual uma banda é colocada em volta da parte superior do estômago. Essa banda divide o estômago em duas partes, uma pequena e outra maior. A maioria dos pacientes se sente cheio mais rapidamente, pois a banda restringe a entrada do alimento. A digestão de alimento ocorre através do processo digestivo normal.
  • 19.
  • 20. Vantagens:  Restringe a quantidade de alimento que pode ser consumida em uma refeição;  O alimento consumido passa pelo restante do trato digestivo da forma usual, permitindo ser totalmente absorvido pelo organismo;  A perda do excesso de peso varia de 28 a 87%;  A banda pode ser ajustada para aumentar ou reduzir a restrição;  A cirurgia pode ser revertida.
  • 21. Riscos:  A perfuração gástrica ou desgaste na parede do estômago pode exigir uma operação adicional para a retirada da banda;  O vazamento ou torção do portal de acesso pode exigir uma operação adicional;  Pode não fornecer a sensação de satisfação necessária de ter comido o suficiente;  Náusea e vômito;  Obstrução da saída;  Dilatação da bolsa;  Migração/deslizamento da banda;  Perda de peso insuficiente.
  • 22.
  • 23. Em 1982 foi introduzida por Mason a técnica cirúrgica de gastroplastia vertical com bandagem . É uma operação restritiva, simples, rápida, com baixos índices de complicações e mortalidade.  O procedimento consiste no fechamento de uma porção do estômago através de uma sutura, resultando em diminuição importante do reservatório gástrico. Um anel de contenção é colocado no orifício de saída, tornando o esvaziamento desta pequena câmara mais lento.  Contudo, este procedimento apresenta alta incidência de recidiva da obesidade após 10 anos de seguimento, motivo pelo qual ela vem sendo abandonada mundialmente.
  • 24.
  • 25. A gastrectomia vertical (ou gastroplastia vertical, ou gastrectomia em manga, ou "Gastric Sleeve" figura 3) foi inicialmente descrita como parte da operação de derivação biliopancreática.  O conceito de gastrectomia vertical evoluiu das cirurgias de gastroplastia vertical com banda (Cirurgia de Mason) e da operação de Magenstrasse e Mill, que realizam tunelização parcial da pequena curvatura gástrica com a finalidade de restringir a capacidade de ingestão alimentar.
  • 26. Mais recentemente, a gastrectomia vertical foi indicada como cirurgia de intervalo da derivação biliopancreática em pacientes super- obesos ou de alto risco.  Os resultados imediatos observados com esta indicação levaram a que se propusesse seu uso isolado para o tratamento da obesidade como procedimento restritivo único.  A gastrectomia vertical pode se mostrar uma alternativa viável como tratamento isolado da obesidade mórbida
  • 27. Indicações :  parte integrante da derivação biliopancreática;  cirurgia de intervalo em pacientes super-obesos (IMC > 50);  pacientes obesos mórbidos idosos ou de alto risco;  condições intra operatórias adversas: má exposição, excessiva gordura visceral, fígado grande, aderências intensas ou instabilidade clínica; cirurgia revisional após insucesso de banda gástrica ajustável;  outras indicações: pacientes com doença intestinal inflamatória, doença celíaca, anemia intensa ou cirrose hepática.
  • 28. Vantagens:  Não se acompanha de efeitos colaterais significativos quanto a deficiências nutricionais ou de vitaminas;  Seu insucesso como procedimento isolado permite que seja feita complementação tanto para gastroplastia jejunal em Y de Roux como para a derivação bliopancreática.
  • 29. Riscos:  Vários aspectos merecem discussão mais aprofundada para a aceitação da gastrectomia vertical como procedimento de uso rotineiro no tratamento cirúrgico da obesidade;  Os estudos publicados ainda referem-se a resultados de curto e médio prazo;  Observa-se tendência a reganho de peso no seguimento mais tardio;  Aspectos técnicos referentes à distância do piloro em que se inicia a gastrectomia, necessidade de calibragem e seu diâmetro, tipo de grampeador, reforço da linha de sutura, ainda precisam melhor esclarecimento visando a segurança e resultado do procedimento
  • 30. Segundo CAPELLA & CAPELLA, (1996)., os procedimentos disabsortivos, as cirurgias mais comuns para a perda de peso, combinam a restrição do estômago com um desvio parcial do intestino delgado.  É criada uma conexão direta do estômago para um segmento inferior do intestino delgado, reduzindo as porções do trato digestivo que absorvem as calorias e os nutrientes.  A técnica mais utilizada é chamada de Y de Roux , que utiliza um anel de contenção para a redução do estômago.
  • 31.
  • 32. É o procedimento padrão ouro atual para cirurgia bariátrica pela SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica).  É um dos procedimentos para perda de peso mais realizado no Brasil. Nesse procedimento, o grampeamento cria uma pequena (15 a 20 cc) bolsa do estômago.  O restante do estômago não é removido, mas totalmente grampeado e separado da bolsa do estômago.
  • 33.
  • 34. A saída dessa bolsa formada passa direto para a parte inferior do jejuno, desviando assim a absorção de alimentos.  Esse desvio é feito dividindo o intestino delgado pouco depois do duodeno, a fim de levá-lo até o estômago e construir uma ligação (anastomose – ligação) com a bolsa do estômago formada.  A outra extremidade é ligada à lateral da alça em Y de Roux do intestino, criando a forma de "Y" que dá seu nome à técnica. O comprimento de um dos segmentos do intestino pode ser aumentado, para produzir níveis mais baixos ou mais altos de malabsorção.
  • 35. Vantagens:  A média para perda de peso excessivo, após o procedimento de Gastroplastia e derivação em “ Y de Roux”, geralmente é maior em um paciente complacente que após o procedimento restritivo puro;  Um ano após a cirurgia, a perda de peso pode chegar a 77- 100% do peso corporal excessivo;  Estudos demonstram que, após 10 a 14 anos, 50-60% da perda de peso corporal excessivo foi mantida por alguns pacientes;  Demonstrou-se que 70-90% de determinadas condições de saúde associadas (dor nas costas, apnéia do sono, pressão sanguínea alta, diabetes e depressão) foram melhoradas ou solucionadas;  Teoricamente pode ser revertida.
  • 36. Logo após a cirurgia, a maioria das pessoas perde peso rapidamente e mantém essa perda por 18 a 24 meses após o procedimento. Embora a maioria das pessoas readquira 5% a 10% do peso perdido, muitas mantêm a perda de peso a longo prazo em cerca de 45 Kg. Além disso, a cirurgia melhora a maior parte das condições relacionadas à obesidade como por exemplo, o diabetes tipo II. (ORIA & MOOREHEAD, 1998).
  • 37. MELHORAS PÓS-CIRÚRGICAS MELHORAS PÓS-CIRÚRGICAS  Cardiopulmonares  Cirrose e fibrose hepáticas  Diabetes  Risco cirúrgico  Hipertensão  Osteoartrite  Dislipidemia  Depressão  Insuficiência cardíaca  Pseudo tumor cerebral  Esofagite  Ansiedade  Edema  Índices de Qualidade de vida  Ginecológicas  Autoestima  Insuficiência Respiratória  Desemprego  Infertilidade  Interação Social  Síndrome de Hipoventilação da  Mobilidade física Obesidade  Tromboembolismo  Gestação e Parto  Transtornos do Sono  Asma   Incontinência Urinária
  • 38. Riscos:  Além dos riscos da cirurgia restritiva, as operações disabsortivas também podem levar a um grande risco de deficiências nutricionais. Isso ocorre porque o alimento não passará mais pelo duodeno e jejuno (as primeiras partes do intestino), onde a maior parte de ferro e cálcio são absorvidos. Essas deficiências usualmente podem ser evitadas se as vitaminas e minerais forem ingeridos adequadamente para cada caso.  Uma condição conhecida como, "síndrome do esvaziamento rápido", pode ocorrer como resultado do rápido esvaziamento do conteúdo do estômago para o intestino delgado. Às vezes, isso é desencadeado quando muito açúcar ou grande quantidade de alimento é ingerido. Embora não seja considerado como um sério risco para sua saúde, os resultados podem ser muito desagradáveis e incluir náusea, fraqueza, transpiração, fragilidade e ocasionalmente diarréia, após as refeições. Alguns pacientes não conseguem comer qualquer forma de doces, após a cirurgia.
  • 39. A parte desviada do estômago, duodeno e segmentos do intestino delgado não pode ser facilmente visualizada, usando um raio-x ou endoscopia, caso ocorram problemas como úlceras, hemorragias ou malignidade.  Um risco comum das operações restritivas são os vômitos, que são causados quando o estômago, agora menor, é excessivamente preenchido por alimentos mal mastigados. Em menos de 1% de todos os casos, infecção ou morte devido a complicações pode ocorrer.
  • 40. Desvio Bilio Pancreático DBP (Cirurgia de Scopinaro)  Desvio Biliopancreático com Derivação Duodenal "Duodenal Switch,"
  • 41.
  • 42. O Desvio Bilio Pancreático DBP (Cirurgia de Scopinaro) é uma cirurgia que remove aproximadamente 3/4 do estômago para causar a restrição da ingestão de alimento e redução da saída de ácido.  Deixar estômago superior suficiente é importante para manter uma nutrição apropriada. O intestino delgado é então dividido, tendo uma extremidade ligada à bolsa do estômago, para criar o que é chamado de "tubo alimentar".  Todo o alimento passa por esse segmento, no entanto, não muito é absorvido.
  • 43. Os sucos biliares e pancreáticos passam pela "alça biliopancreática", que é ligada à parte lateral do intestino próximo à extremidade. Isso fornece os sucos digestivos na seção do intestino, que agora é chamada de "alça comum".  O cirurgião pode variar o comprimento da alça comum, para regular a quantidade de absorção de proteína, gordura e vitaminas solúveis em gordura
  • 44.
  • 45. O Desvio Biliopancreático com Derivação Duodenal "Duodenal Switch," procedimento que é uma variação do BPD, em que a remoção do estômago é restrita à margem externa, deixando uma alça de estômago com o piloro e o início do duodeno em sua extremidade.  O duodeno, a primeira parte do intestino delgado, é dividida para que a drenagem pancreática e biliar seja desviada.  A extremidade próxima ao "tubo alimentar" é então ligada ao início do duodeno, enquanto a "alça comum" é criada da mesma maneira, conforme descrito acima.
  • 46.
  • 47. Vantagens:  Operações que geralmente permitem que o paciente consiga fazer refeições maiores que as do procedimento restritivo puro ou gastroplastia padrão com derivação em "Y de Roux";  Esses procedimentos podem causar uma perda maior de peso excessivo, pois fornecem os mais altos níveis de mal absorção;  A perda de peso excessivo pode ocorrer de 74% em um ano até 91% em cinco anos;  A manutenção a longo prazo da perda do peso corporal excessivo pode ser bem-sucedida, se o paciente adaptar-se e aderir a uma dieta honesta, com suprimentos, exercícios e regime comportamental.
  • 48. Riscos:  Para todos os procedimentos de mal absorção há um período de adaptação intestinal, quando os movimentos do intestino podem ser muito líquidos e freqüentes. Essa condição pode diminuir no decorrer do tempo, mas pode ser uma ocorrência permanente e vitalícia;  Inchaço abdominal e evacuação fétida ou gases podem ocorrer;  Monitoramento rigoroso e vitalício quanto à má nutrição de proteína, anemia e doença óssea é recomendado. Da mesma maneira, é necessário um complemento vitamínico vitalício. Em geral, observou-se que se as instruções de alimentação e complemento vitamínico não forem rigorosamente seguidas, no mínimo, 25% dos pacientes desenvolverão problemas que precisarão de tratamento;  As mudanças na estrutura intestinal podem resultar no aumento do risco de formação de cálculo biliar e necessidade de remoção da vesícula biliar;
  • 49. O redirecionamento dos sucos biliares e pancreáticos, bem como de outros sucos digestivos, para fora do estômago pode causar irritação intestinal e úlceras;  Como o duodeno é desviado, a má absorção de ferro e cálcio pode resultar na redução do total de ferro do organismo e uma predisposição para anemia por deficiência de ferro. Essa é a principal preocupação para os pacientes que apresentam perda de sangue crônica, durante fluxo menstrual excessivo ou hemorragia de hemorróidas. Mulheres já em risco de osteoporose, que pode ocorrer após a menopausa, devem estar conscientes do potencial para perda intensificada de cálcio no osso;  O desvio do duodeno causou uma doença ósseo-metabólica em alguns pacientes, resultando em dor nos ossos, perda de altura, corcunda e fraturas nos ossos das costelas e quadris. Todas as deficiências mencionadas acima, no entanto, podem ser tratadas através de dieta apropriada e complementos vitamínicos;  Pode ocorrer anemia crônica, devido à deficiência de Vitamina B12. O problema geralmente pode ser tratado com pílulas ou injeções de B12;
  • 50.
  • 51. As cirurgias disabsortivas produzem maior perda de peso do que as restritivas e são mais efetivas em reverter os problemas de saúde relacionados com a obesidade grave. As pessoas que realizam a cirurgia disabsortiva geralmente perdem dois terços do excesso de peso dentro de dois anos.  Embora as cirurgias restritivas levem a uma perda de peso na maioria das pessoas, elas são menos eficazes que as cirurgias disabsortivas em alcançar uma perda de peso substancial em longo prazo. Algumas pessoas readquirem o peso novamente. Outras são incapazes de mudar seus hábitos alimentares e falham na perda do peso que desejam.  É importante ter em mente que a cirurgia não é uma garantia de sucesso. Os resultados dependem da força de vontade dos pacientes para adotar um plano a longo prazo de uma alimentação saudável e atividades físicas regulares
  • 52.
  • 53. ALUNOS: Anderson Bragança Celso Teixeira Guilherme Drumond Juliana Braz Laura Coelho Tatiana Brito Raquel Teixeira