A cirurgia bariátrica é o ramo da medicina que cuida do controle de peso, incluindo procedimentos como a gastroplastia vertical e o bypass gástrico com derivação em Y de Roux, que reduzem o tamanho do estômago ou desviam parte do intestino delgado para promover a perda de peso. A obesidade grave está associada a riscos à saúde e pode ser tratada cirurgicamente quando outros métodos falham, porém requer avaliação multidisciplinar cuidadosa.
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Indicações e técnicas para a cirurgia bariátrica
1.
2. A cirurgia bariátrica é o ramo da medicina que
cuida do controle de peso, incluindo a
gastroplastia, que é um procedimento cirúrgico
no qual o tamanho do estômago é reduzido
(MAHAN & SCOTT-STUMP, 2002).
Segundo Fernandez e Alvarez, (2004), deve ser
aplicada naqueles pacientes que fracassaram
nas medidas médicodietéticas para redução de
peso.
Porém, não se trata de uma cirurgia com fins
estéticos (CASALNUOVO, 2011).
3. Considera-se obesidade quando, em
homens, há mais do que 20% de gordura na
composição corporal e, em mulheres, mais do
que 30%.
Na prática clínica, na maior parte dos estudos e
na classificação da Organização Mundial de
Saúde (OMS) utiliza-se o Índice de Massa
Corporal (IMC), calculado dividindo-se o peso
corporal, em quilogramas, pelo quadrado da
altura, em metros quadrados.
IMC= kg
m²
4.
5. A presença da obesidade grau III está associada
a piora da qualidade de vida, a alta freqüência
de comorbidade, a redução da expectativa de
vida e a grande probabilidade de fracasso dos
tratamentos menos invasivos.
A obesidade é uma das doenças que mais
matam no mundo em decorrência de suas
comorbidades, estando na lista das 10 doenças
mais mortais do planeta.
6. É o fator de risco mais importante para o desenvolvimento
de diabetes mellitus tipo 2
Está relacionada com o desenvolvimento da hipertensão
arterial sistêmica (HAS), insuficiência cardíaca congestiva,
dislipidemia e aterosclerose, contribuindo, assim, para
maior risco de morbimortalidade por doenças
cardiovasculares.
Também é responsável por desencadear artropatias,
hipoventilação ou síndrome da apneia do sono e muitas
outras condições patológicas, reduzindo, assim, a qualidade
de vida e a auto-estima do paciente.
Devido a todas comorbidades associadas à obesidade,
somando-se os aspectos emocionais abalados, pacientes
muito obesos têm taxa de mortalidade até 12 vezes maior
que a população em geral, (PREVEDELLO et al.; 2009).
7.
8. A obesidade também pode estar associada a
maior incidência de complicações cirúrgicas e
obstétricas, e maior suscetibilidade a acidentes.
Apesar da obesidade não estar associada ao
aumento de risco em problemas psiquiátricos,
esses pacientes têm maior propensão a
problemas econômicos, sociais e psíquicos e,
muitas vezes, sentem-se discriminados na vida
pessoal e profissional.
Devido a isto, esta doença tem sido apontada
como um dos fatores contribuintes para a
baixa-estima, o isolamento social e a depressão,
(DINIZ & DINIZ, 2002).
9. Como a obesidade é uma condição médica crônica
de etiologia multifatorial, seu tratamento envolve
vários tipos de abordagens. A orientação dietética,
a programação de atividade física e o uso de
fármacos anti-obesidade são os pilares principais
do tratamento, (FANDIÑO et al.; 2002).
Entretanto, o tratamento convencional para a
obesidade grau III continua produzindo resultados
insatisfatórios, com 95% dos pacientes
recuperando seu peso inicial em até 2 anos
10. .
Devido a necessidade de uma intervenção mais
eficaz na condução clínica de obesos graves, a
indicação das operações bariátricas vem
crescendo nos dias atuais.
Atualmente a cirurgia bariátrica é considerada
a ferramenta mais eficaz no controle e no
tratamento da obesidade severa. Os benefícios
da cirurgia incluem resolução ou melhora
acentuada de doenças crônicas como
hipertensão, diabetes e hiperlipidemia,
(BUCHWALD et al.; 2004).
11. Indicações para a cirurgia bariátrica devem
preencher alguns critérios, como IMC maior que 40
kg/m²
IMC acima de 35 kg/m², associado com doenças
com, no mínimo, cinco anos de evolução e que
melhorem com a perda de peso, como diabetes
melito e hipertensão arterial, doenças
osteoarticulares (principalmente de membros
inferiores), apnéia do sono, histórico de falha de
tratamentos conservadores prévios e ausência de
doenças endócrinas como causa da obesidade.
12. Entretanto, é preciso salientar que o tratamento
cirúrgico da obesidade não se resume ao ato
cirúrgico, (BORDALO et al.; 2011).
A indicação do tratamento cirúrgico deve basear-
se numa análise abrangente de múltiplos aspectos
clínicos do doente.
A avaliação desses pacientes no pré e pós-
operatório deve ser realizada por uma equipe
multidisciplinar composta por
endocrinologistas, nutricionistas, cardiologistas, p
neumologistas, psiquiatras, psicólogos e
cirurgiões, (COUTINHO, 1999).
Deve ficar clara a necessidade de avaliação
clínica, laboratorial e psiquiátrica de forma regular
nos períodos pré e pós operatório, (KARLSSON et
al.; 1998
13. Quanto à possibilidade de contra-indicações
psiquiátricas para a cirurgia bariátrica, não há
consenso na literatura. Embora a presença de
transtornos depressivos, afetivo bipolar ou
psicótico costumem ser considerados como contra-
indicações para a realização da cirurgia.
De forma geral, utiliza-se o bom senso de liberar o
paciente com transtorno psiquiátrico já
estabilizado ou pelo menos tendo iniciado o
tratamento específico, considerando o risco da
própria obesidade mórbida como principal
indicador do ato cirúrgico.
14. Cuidado especial deve ser dado a pacientes
portadores de dependência de etílicos pela sua
associação com má evolução pós-operatória e
risco de morte (HSU et al.; 1998).
A cirurgia bariátrica deve ser contra-indicada
em qualquer caso em que o paciente não esteja
plenamente de acordo com a cirurgia ou não
seja capaz de apreciar as mudanças que
ocorrerão após a operação, quer por
transtornos psiquiátricos de eixo I ou por
incapacidade cognitiva, (SEGAL et al.; 2002).
15.
16. A cirurgia bariátrica é classificada em duas categorias:
restritiva e disabsortiva, podendo ser subdividida em:
Totalmente Restritivos - Causam restrição do estômago.
Banda Gástrica Ajustável (Lap Band), Gastrectomia Vertical
de Mason e Gastrectomia Vertical de Sleeve;
Mistos e Predominantemente restritivos: os desvios
gástricos como o Bypass Gástrico com e sem anel
(Gastroplastia com Derivação em Y de Roux (Cirugia de
Fobi Capella);
Mistos e Predominantemente disabsortivos: as derivações
bileopancreáticas (Scopinaro, Duodenal Switch);
Totalmente disabsortivo - Bypass Jejuno-Ileal (essa cirurgia
foi proibida por complicações relacionadas à alça exclusa);
17. Os procedimentos restritivos promovem a perda de
peso pelo fechamento de partes do estômago para
torná-lo menor, assim restringe a quantidade de
alimento que o estômago comporta.
Os procedimentos restritivos não interferem com o
processo digestivo normal. Como resultado dessa
cirurgia, a maioria das pessoas perde a capacidade de
comer grande quantidade de comida de uma só vez.
Após a operação, as pessoas usualmente conseguem
comer apenas ¾ a 1 xícara de alimento sem desconforto
ou náusea. Os alimentos também devem ser bem
mastigados, (CAPELLA & CAPELLA, 1996).
18. É um procedimento cirúrgico restritivo puro,
no qual uma banda é colocada em volta da
parte superior do estômago. Essa banda divide
o estômago em duas partes, uma pequena e
outra maior. A maioria dos pacientes se sente
cheio mais rapidamente, pois a banda restringe
a entrada do alimento. A digestão de alimento
ocorre através do processo digestivo normal.
19.
20. Vantagens:
Restringe a quantidade de alimento que pode
ser consumida em uma refeição;
O alimento consumido passa pelo restante do
trato digestivo da forma usual, permitindo ser
totalmente absorvido pelo organismo;
A perda do excesso de peso varia de 28 a 87%;
A banda pode ser ajustada para aumentar ou
reduzir a restrição;
A cirurgia pode ser revertida.
21. Riscos:
A perfuração gástrica ou desgaste na parede do
estômago pode exigir uma operação adicional para a
retirada da banda;
O vazamento ou torção do portal de acesso pode exigir
uma operação adicional;
Pode não fornecer a sensação de satisfação necessária
de ter comido o suficiente;
Náusea e vômito;
Obstrução da saída;
Dilatação da bolsa;
Migração/deslizamento da banda;
Perda de peso insuficiente.
22.
23. Em 1982 foi introduzida por Mason a técnica
cirúrgica de gastroplastia vertical com bandagem .
É uma operação restritiva, simples, rápida, com
baixos índices de complicações e mortalidade.
O procedimento consiste no fechamento de uma
porção do estômago através de uma
sutura, resultando em diminuição importante do
reservatório gástrico. Um anel de contenção é
colocado no orifício de saída, tornando o
esvaziamento desta pequena câmara mais lento.
Contudo, este procedimento apresenta alta
incidência de recidiva da obesidade após 10 anos
de seguimento, motivo pelo qual ela vem sendo
abandonada mundialmente.
24.
25. A gastrectomia vertical (ou gastroplastia
vertical, ou gastrectomia em manga, ou "Gastric
Sleeve" figura 3) foi inicialmente descrita como
parte da operação de derivação biliopancreática.
O conceito de gastrectomia vertical evoluiu das
cirurgias de gastroplastia vertical com banda
(Cirurgia de Mason) e da operação de
Magenstrasse e Mill, que realizam tunelização
parcial da pequena curvatura gástrica com a
finalidade de restringir a capacidade de ingestão
alimentar.
26. Mais recentemente, a gastrectomia vertical foi
indicada como cirurgia de intervalo da
derivação biliopancreática em pacientes super-
obesos ou de alto risco.
Os resultados imediatos observados com esta
indicação levaram a que se propusesse seu uso
isolado para o tratamento da obesidade como
procedimento restritivo único.
A gastrectomia vertical pode se mostrar uma
alternativa viável como tratamento isolado da
obesidade mórbida
27. Indicações :
parte integrante da derivação biliopancreática;
cirurgia de intervalo em pacientes super-obesos
(IMC > 50);
pacientes obesos mórbidos idosos ou de alto risco;
condições intra operatórias adversas: má
exposição, excessiva gordura visceral, fígado
grande, aderências intensas ou instabilidade
clínica; cirurgia revisional após insucesso de banda
gástrica ajustável;
outras indicações: pacientes com doença intestinal
inflamatória, doença celíaca, anemia intensa ou
cirrose hepática.
28. Vantagens:
Não se acompanha de efeitos colaterais
significativos quanto a deficiências nutricionais
ou de vitaminas;
Seu insucesso como procedimento isolado
permite que seja feita complementação tanto
para gastroplastia jejunal em Y de Roux como
para a derivação bliopancreática.
29. Riscos:
Vários aspectos merecem discussão mais aprofundada
para a aceitação da gastrectomia vertical como
procedimento de uso rotineiro no tratamento cirúrgico
da obesidade;
Os estudos publicados ainda referem-se a resultados
de curto e médio prazo;
Observa-se tendência a reganho de peso no
seguimento mais tardio;
Aspectos técnicos referentes à distância do piloro em
que se inicia a gastrectomia, necessidade de calibragem
e seu diâmetro, tipo de grampeador, reforço da linha
de sutura, ainda precisam melhor esclarecimento
visando a segurança e resultado do procedimento
30. Segundo CAPELLA & CAPELLA, (1996)., os
procedimentos disabsortivos, as cirurgias mais
comuns para a perda de peso, combinam a
restrição do estômago com um desvio parcial do
intestino delgado.
É criada uma conexão direta do estômago para um
segmento inferior do intestino delgado, reduzindo
as porções do trato digestivo que absorvem as
calorias e os nutrientes.
A técnica mais utilizada é chamada de Y de Roux
, que utiliza um anel de contenção para a redução
do estômago.
31.
32. É o procedimento padrão ouro atual para
cirurgia bariátrica pela SBCBM (Sociedade
Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica).
É um dos procedimentos para perda de peso
mais realizado no Brasil. Nesse
procedimento, o grampeamento cria uma
pequena (15 a 20 cc) bolsa do estômago.
O restante do estômago não é removido, mas
totalmente grampeado e separado da bolsa do
estômago.
33.
34. A saída dessa bolsa formada passa direto para
a parte inferior do jejuno, desviando assim a
absorção de alimentos.
Esse desvio é feito dividindo o intestino
delgado pouco depois do duodeno, a fim de
levá-lo até o estômago e construir uma ligação
(anastomose – ligação) com a bolsa do
estômago formada.
A outra extremidade é ligada à lateral da alça
em Y de Roux do intestino, criando a forma de
"Y" que dá seu nome à técnica. O comprimento
de um dos segmentos do intestino pode ser
aumentado, para produzir níveis mais baixos
ou mais altos de malabsorção.
35. Vantagens:
A média para perda de peso excessivo, após o procedimento
de Gastroplastia e derivação em “ Y de Roux”, geralmente é
maior em um paciente complacente que após o
procedimento restritivo puro;
Um ano após a cirurgia, a perda de peso pode chegar a 77-
100% do peso corporal excessivo;
Estudos demonstram que, após 10 a 14 anos, 50-60% da
perda de peso corporal excessivo foi mantida por alguns
pacientes;
Demonstrou-se que 70-90% de determinadas condições de
saúde associadas (dor nas costas, apnéia do sono, pressão
sanguínea alta, diabetes e depressão) foram melhoradas ou
solucionadas;
Teoricamente pode ser revertida.
36. Logo após a cirurgia, a maioria das pessoas
perde peso rapidamente e mantém essa perda
por 18 a 24 meses após o procedimento.
Embora a maioria das pessoas readquira 5% a
10% do peso perdido, muitas mantêm a perda
de peso a longo prazo em cerca de 45 Kg. Além
disso, a cirurgia melhora a maior parte das
condições relacionadas à obesidade como por
exemplo, o diabetes tipo II. (ORIA &
MOOREHEAD, 1998).
37. MELHORAS PÓS-CIRÚRGICAS MELHORAS PÓS-CIRÚRGICAS
Cardiopulmonares Cirrose e fibrose hepáticas
Diabetes Risco cirúrgico
Hipertensão Osteoartrite
Dislipidemia Depressão
Insuficiência cardíaca Pseudo tumor cerebral
Esofagite Ansiedade
Edema Índices de Qualidade de vida
Ginecológicas Autoestima
Insuficiência Respiratória Desemprego
Infertilidade Interação Social
Síndrome de Hipoventilação da Mobilidade física
Obesidade Tromboembolismo
Gestação e Parto Transtornos do Sono
Asma
Incontinência Urinária
38. Riscos:
Além dos riscos da cirurgia restritiva, as operações disabsortivas
também podem levar a um grande risco de deficiências
nutricionais. Isso ocorre porque o alimento não passará mais pelo
duodeno e jejuno (as primeiras partes do intestino), onde a maior
parte de ferro e cálcio são absorvidos. Essas deficiências
usualmente podem ser evitadas se as vitaminas e minerais forem
ingeridos adequadamente para cada caso.
Uma condição conhecida como, "síndrome do esvaziamento
rápido", pode ocorrer como resultado do rápido esvaziamento do
conteúdo do estômago para o intestino delgado. Às vezes, isso é
desencadeado quando muito açúcar ou grande quantidade de
alimento é ingerido. Embora não seja considerado como um sério
risco para sua saúde, os resultados podem ser muito
desagradáveis e incluir náusea, fraqueza, transpiração, fragilidade
e ocasionalmente diarréia, após as refeições. Alguns pacientes não
conseguem comer qualquer forma de doces, após a cirurgia.
39. A parte desviada do estômago, duodeno e
segmentos do intestino delgado não pode ser
facilmente visualizada, usando um raio-x ou
endoscopia, caso ocorram problemas como
úlceras, hemorragias ou malignidade.
Um risco comum das operações restritivas são
os vômitos, que são causados quando o
estômago, agora menor, é excessivamente
preenchido por alimentos mal mastigados. Em
menos de 1% de todos os casos, infecção ou
morte devido a complicações pode ocorrer.
40. Desvio Bilio Pancreático DBP (Cirurgia de
Scopinaro)
Desvio Biliopancreático com Derivação
Duodenal "Duodenal Switch,"
41.
42. O Desvio Bilio Pancreático DBP (Cirurgia de
Scopinaro) é uma cirurgia que remove
aproximadamente 3/4 do estômago para causar a
restrição da ingestão de alimento e redução da
saída de ácido.
Deixar estômago superior suficiente é importante
para manter uma nutrição apropriada. O intestino
delgado é então dividido, tendo uma extremidade
ligada à bolsa do estômago, para criar o que é
chamado de "tubo alimentar".
Todo o alimento passa por esse segmento, no
entanto, não muito é absorvido.
43. Os sucos biliares e pancreáticos passam pela
"alça biliopancreática", que é ligada à parte
lateral do intestino próximo à extremidade.
Isso fornece os sucos digestivos na seção do
intestino, que agora é chamada de "alça
comum".
O cirurgião pode variar o comprimento da alça
comum, para regular a quantidade de absorção
de proteína, gordura e vitaminas solúveis em
gordura
44.
45. O Desvio Biliopancreático com Derivação Duodenal
"Duodenal Switch," procedimento que é uma variação
do BPD, em que a remoção do estômago é restrita à
margem externa, deixando uma alça de estômago com
o piloro e o início do duodeno em sua extremidade.
O duodeno, a primeira parte do intestino delgado, é
dividida para que a drenagem pancreática e biliar seja
desviada.
A extremidade próxima ao "tubo alimentar" é então
ligada ao início do duodeno, enquanto a "alça comum"
é criada da mesma maneira, conforme descrito acima.
46.
47. Vantagens:
Operações que geralmente permitem que o paciente
consiga fazer refeições maiores que as do
procedimento restritivo puro ou gastroplastia padrão
com derivação em "Y de Roux";
Esses procedimentos podem causar uma perda maior
de peso excessivo, pois fornecem os mais altos níveis
de mal absorção;
A perda de peso excessivo pode ocorrer de 74% em um
ano até 91% em cinco anos;
A manutenção a longo prazo da perda do peso
corporal excessivo pode ser bem-sucedida, se o
paciente adaptar-se e aderir a uma dieta honesta, com
suprimentos, exercícios e regime comportamental.
48. Riscos:
Para todos os procedimentos de mal absorção há um período de
adaptação intestinal, quando os movimentos do intestino podem
ser muito líquidos e freqüentes. Essa condição pode diminuir no
decorrer do tempo, mas pode ser uma ocorrência permanente e
vitalícia;
Inchaço abdominal e evacuação fétida ou gases podem ocorrer;
Monitoramento rigoroso e vitalício quanto à má nutrição de
proteína, anemia e doença óssea é recomendado. Da mesma
maneira, é necessário um complemento vitamínico vitalício. Em
geral, observou-se que se as instruções de alimentação e
complemento vitamínico não forem rigorosamente seguidas, no
mínimo, 25% dos pacientes desenvolverão problemas que
precisarão de tratamento;
As mudanças na estrutura intestinal podem resultar no aumento
do risco de formação de cálculo biliar e necessidade de remoção
da vesícula biliar;
49. O redirecionamento dos sucos biliares e pancreáticos, bem
como de outros sucos digestivos, para fora do estômago
pode causar irritação intestinal e úlceras;
Como o duodeno é desviado, a má absorção de ferro e cálcio
pode resultar na redução do total de ferro do organismo e
uma predisposição para anemia por deficiência de ferro.
Essa é a principal preocupação para os pacientes que
apresentam perda de sangue crônica, durante fluxo
menstrual excessivo ou hemorragia de hemorróidas.
Mulheres já em risco de osteoporose, que pode ocorrer após
a menopausa, devem estar conscientes do potencial para
perda intensificada de cálcio no osso;
O desvio do duodeno causou uma doença ósseo-metabólica
em alguns pacientes, resultando em dor nos ossos, perda de
altura, corcunda e fraturas nos ossos das costelas e quadris.
Todas as deficiências mencionadas acima, no
entanto, podem ser tratadas através de dieta apropriada e
complementos vitamínicos;
Pode ocorrer anemia crônica, devido à deficiência de
Vitamina B12. O problema geralmente pode ser tratado com
pílulas ou injeções de B12;
50.
51. As cirurgias disabsortivas produzem maior perda
de peso do que as restritivas e são mais efetivas em
reverter os problemas de saúde relacionados com a
obesidade grave. As pessoas que realizam a
cirurgia disabsortiva geralmente perdem dois
terços do excesso de peso dentro de dois anos.
Embora as cirurgias restritivas levem a uma perda
de peso na maioria das pessoas, elas são menos
eficazes que as cirurgias disabsortivas em alcançar
uma perda de peso substancial em longo prazo.
Algumas pessoas readquirem o peso novamente.
Outras são incapazes de mudar seus hábitos
alimentares e falham na perda do peso que
desejam.
É importante ter em mente que a cirurgia não é
uma garantia de sucesso. Os resultados dependem
da força de vontade dos pacientes para adotar um
plano a longo prazo de uma alimentação saudável
e atividades físicas regulares