Este projeto visa desenvolver a leitura e a criação artística de estudantes através da interpretação de poesias e criação de desenhos inspirados nas mensagens das poesias. As aulas seguirão uma metodologia de leitura reflexiva de poemas, discussão do contexto e significado, e produção de desenhos relacionados. A avaliação considerará o envolvimento dos alunos no processo criativo.
3. ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
ASSESSORIA PEDAGOGICA DE PONTES E LACERDA
ESCOLA ESTADUAL 14 DE FEVEREIRO
PROJETO: POR ENTRE AS LINHAS DA POESIA
AS LINHAS DO DESENHO
NILVA DE FATIMA OLIVEIRA
PONTES E LACERDA – MATO GROSSO
2010
4. OBJETIVO
O projeto “Por entre as
linhas da poesia as linhas do
desenho”, visa desenvolver e
incentivar à leitura e a criação
artística. O projeto buscará encontrar
nas linhas da poesia as linhas do
desenho, em outras palavras, por
meio da leitura reflexiva de poesias
será trabalhada a interpretação destas
e a criação de desenhos que retratem
a mensagem da poesia.
5. JUSTIFICATIVA
O Brasil tem
participado de avaliações
internacionais que não
nos deixam dúvidas a
respeito da urgência de
construirmos projetos de
formação de leitores.
6. JUSTIFICATIVA
Pesquisa realizada pelo
Instituto Pró-Livro em 2007
mostrou que 45% dos brasileiros
escolarizados não lêem livro
algum. Segundo a pesquisa 17%,
dos leitores não compreendem o
que lêem. Um fato interessante é
que entre os jovens de 11 a 17
anos o gênero de leitura mais
apreciado é a poesia.
9. REFERENCIAL TEORICO
Muita gente no Brasil, e até em
outros lugares do mundo, não sabe
ler. Outros sabem ler, mas não lêem
nada. É como se não soubessem.
Como diria Paulo Freire, ler é mais
do que decodificar palavras: é ler o
mundo! Ler é “traduzir”, quer sejam
palavras, figuras, sons etc. e
construir sentidos, significados para
eles.
10. REFERENCIAL TEORICO
Uma leitura significativa precisa
de tempo para a reflexão segundo,
Maturana e Varela a reflexão é o:
“ato de voltar a nós mesmos, a
única oportunidade que temos de
descobrir nossas cegueiras e
reconhecer que as certezas e os
conhecimentos dos outros são
respectivamente tão aflitivos e tão
tênues quanto os nossos.”
11. REFERENCIAL TEORICO
Podemos ilustrar o que ela
diz com uma reprodução da
conhecida litografia do artista
holandês Mauritis Cornelis Escher,
“Mãos que desenham”. Com um
realismo espantoso e perturbador,
essa obra mostra o ato de
desenhar como um ato de
construir um mundo, e de
construir a si mesmo
13. REFERENCIAL TEORICO
Tanto a poesia como o
desenho instigam a imaginação, a
criação, para Masi (2003, p. 699),
“Criar, de fato, significa iluminar
aquilo que antes estava escuro,
dar forma àquilo que antes era
caótico, gerar aquilo que nunca
antes havia sido criado nem
gerado, antecipar o futuro,
produzir o porvir”.
14. METODOLOGIA
As aulas seguirão uma
seqüência de sete momentos
questionadores que poderá ser
alterada se necessário no
decorrer do projeto. A idéia é
começar cada aula com a
Leitura de uma poesia
selecionada previamente e
dividir os momentos:
15. METODOLOGIA
1º O que a poesia me
faz sentir? Cada aluna
exporá o que sentiu ao
ler a poesia, sem certo
ou errado, apenas
opinará o que pensa.
16. METODOLOGIA
2º O quê o poeta quis
transmitir na poesia? Neste
momento cada um terá para
fazer uma leitura silenciosa e
refletir qual é a mensagem da
poesia. Quem sentir o desejo
de expor o que pensa para o
grupo poderá fazer.
17. METODOLOGIA
3º Quem é o poeta
autor da poesia lida?
Farei então um breve
resumo da vida e obra
do artista em questão.
18. METODOLOGIA
4º Em qual contexto a
poesia foi escrita? Colocarei
a data em que o poema foi
escrito e de forma dialogada
comentaremos o contexto
histórico da época em que o
poema foi escrito, os
movimentos artísticos e sociais
etc.
19. METODOLOGIA
5º Que análise podemos
fazer da obra? Está será
uma análise sucinta, se a obra
tem rima, ritmo, repetição de
palavras, sonoridades, uso de
metáforas, palavras
desconhecidas, à estrutura,
intertexto etc.
20. METODOLOGIA
6º Como criar um desenho
que possa transmitir a
mensagem do poema? È o
momento que entra a arte do
desenho, veremos como criar
inspirado no poema, veremos
tipos de desenho e como são
feitos. È o momento da
Criação.
21. METODOLOGIA
7º Como cada um criou o
seu desenho? Momento de
expor os trabalhos realizados,
de olhar como cada um viu o
poema e criou o desenho.
Cada aluno vai expor e
comentar seu próprio desenho,
é o momento de socializar.
22. METODOLOGIA
No final do ano será feito
uma exposição das obras
realizadas pelos alunos e será
entregue um certificado de 40
horas de participação no
projeto, para que os alunos se
sintam motivados e valorizados
pelos trabalhos realizados
durante o ano.
23. AVALIAÇÃO
A avaliação do processo de ensino e aprendizagem das atividades
desenvolvidas no
projeto “Por entre as linhas da poesia as linhas do desenho”, priorizará tanto
os aspectos qualitativos quanto os quantitativos. Serão avaliados:
•· O interesse do aluno por ouvir, ler e participar das aulas.
•· Assiduidade e participação nas atividades realizadas.
•· A sensibilidade e a criatividade na recepção, apreensão e produção de textos
poéticos.
•· A socialização das idéias do aluno perante o grupo e o respeito às idéias do
outro.
•· Autonomia e posicionamento crítico na leitura e produção de poemas.
•· A disposição do aluno em fazer a auto-avaliação de suas produções com o
objetivo de aprimorá-las.
•· Desempenho na realização das atividades individuais e grupais e dos
trabalhos de pesquisa.
•· A qualidade das produções de desenho observando as habilidades de cada
faixa etária dos alunos.
Os aspectos mencionados serão registrados sistematicamente em fichas
individuais de acompanhamento do rendimento do aluno. A partir do
preenchimento das fichas, observação e análises de seus resultados,
estaremos avaliando se o projeto está contribuindo para a aquisição de
conhecimentos e da aprendizagem.
24. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
•DIAS, Gonçalves. Obras póstumas: precedidas de uma noticia da
sua vida e obras pelo dr. Antonio Henriques Leal (Volume 1), 1868
• EDWARDS, B. Desenhando com o lado direito do cérebro. São
Paulo: diouro, 1987.
• FABIO, 2000. In: [s.n.] Algumas definições de criatividade.
Disponível em:
•<http://www.geocities.com/crearbr/>. Acesso em: mai. 2009.
• FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler: em três artigos que
se completam. 22 ed. São Paulo: Cortez, 1988. 80 p.
• HAETINGER, M. G. O universo criativo da criança na educação.
[s.l.]: instituto Criar, 2005.
• Instituto Pró-Livro, Retrato da Leitura no Brasil, disponível:
www.prolivro.org.br/ipl/publier4.0/dados/anexos/48.pdf
• JOSÉ, Elias. A poesia pede passagem: um guia para levar a
poesia às escolas. São Paulo: Paulus, 2003.
• MASI, D. Criatividade e grupos criativos. Rio de Janeiro: Sextante,
2003.
• MATURANA, Humberto R. e VARELA, Francisco J.. A árvore do
conhecimento: as bases biológicas da compreensão humana. São
Paulo: Palas Ahtena, 2001.
25. As Artes São Irmãs
Gonçalves Dias
As artes são irmãs, e os seus cultores
Do fogo criador nas mesmas chamas,
Perante o mesmo altar, coroam-se, ardendo.
A mesma inspiração, que acende o estro,
Guia a mão do pintor quando debuxa
Do rosto nas feições o brilho interno,
Dá linguagem sublime à estátua muda,
Ou lânguida na lira se transforma
Em sons cadentes, que derramam n'alma
Idéias do prazer — do mal no olvido!
O mesmo entusiasmo as vivifica,
São iguais, são irmãs no amor do belo!
