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O soldado João Escola EB1 Quinta da Vista Alegre Ano lectivo 2010 / 2011 3º ano A
Era uma vez um soldado chamado João. Beatriz Tejo
Vinha de sachar milho, de regar cravos, de semear couves e manjericos. Débora Varela
Pelos campos fora, o soldado João era a vergonha dos batalhões.  Agora, toca a marchar, de espingarda ao ombro, mochila às costas, botas de cano, farda a rigor. João Fanha
Trazia uma flor ao peito, punha as mãos nas algibeiras, coçava o nariz, não acertava o passo.  João Grade
E, para cúmulo, assobiava ou cantava modinhas da sua aldeia. Bem lhe ralhava o sargento, o ameaçava o capitão, o castigava o general. João Francisquinho
O soldado João continuava a marchar, feliz e desengonçado como se fosse à feira comprar gado ou ao mercado vender feijão. Leonor Oliveira
Mas tanto, tanto marchou o soldado João que chegou à terra da guerra. Todos os soldados carregaram as espingardas e fizeram pontaria. Madalena Carvalho
Mas o soldado João achou indelicado não ir cumprimentar os colegas da outra banda. Então os outros soldados, espantados, estenderam também a mão. Pousou a arma, saltou a trincheira, avançou estendendo a mão. Beatriz Grades
- Fogo! - gritava o sargento. - Disparem! - mandava o capitão. - Atirem! - ordenava o general. Maria Amado
Mas os soldados eram tantos que demorava muito tempo cumprimentá-los.  Madalena Giões
Foi o sargento buscar o soldado João, dizendo: - Rapaz, não te lembras de que te ensinei que a guerra é para matar? - Vou pôr-te a corneteiro, já que não tens jeito para atirador. Maria Mira
O soldado João pegou na corneta, ei-lo a soprar e logo o fandango ecoou pelos campos fora, convidando à dança. Miguel Quintas
Sapateava a tropa, rodopiava, batia palmas. Miriam Ponte
- Parem! - ordenava o general. - Basta! - mandava o capitão. - Alto! - gritava o sargento. Patrícia Ramos
Arrancou o sargento a corneta ao soldado João e, zangado, explodiu:  - Vais para cozinheiro do exército. Ao menos aí não empatarás a guerra. Pedro Silva
Mal chegou à cozinha, foi buscar café. Arrastava pelas fileiras, fumegando, o enorme panelão, apetitoso, perfumado. Aproximava-se de cada soldado, tirava-lhe o capacete, para fazer de malga,  despejava-lhe uma concha de café. Pedro Passareiro
Amigos e inimigos, todos se deliciavam com tão inesperado pequeno-almoço. Rita Dias
- Ao vosso lugar! - gritava o sargento. - A postos! - mandava o capitão. - Perfilar! - ordenava o general. Rodrigo Alves
- Já não és atirador, nem corneteiro, nem cozinheiro. Daqui por diante és enfermeiro militar. Tiraram a panela ao soldado João, enrolaram-no numa bandeira da cruz vermelha, dizendo: Tiago Tavares
Mal se viu na nova função, ei-lo a correr à procura de feridos. Viu um tenente com um olho negro e foi tratá-lo. Tomás Cardoso
Viu um furriel com uma picada de abelha e num instante lhe arrancou o ferrão. Viu um tenente com um olho negro e foi tratá-lo. Vasco Pereira
Notou que os dois generais inimigos coxeavam ligeiramente, descalçou-lhes as botas e pôs-se a tirar-lhes os calos. Vasco Candeias
Então o incrível aconteceu.  Os dois generais levantaram-se ao mesmo tempo e condecoraram-no com duas luzentes medalhas de ouro. Como era de noite, acharam que já passara o tempo da guerra, apertaram as mãos e partiram em paz. Guilherme Coelho
O soldado João sete dias andou até chegar à sua aldeola, onde de novo sacha milho, rega cravos, semeia couves e manjericos. João Silva FIM

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O soldado joão

  • 1. O soldado João Escola EB1 Quinta da Vista Alegre Ano lectivo 2010 / 2011 3º ano A
  • 2. Era uma vez um soldado chamado João. Beatriz Tejo
  • 3. Vinha de sachar milho, de regar cravos, de semear couves e manjericos. Débora Varela
  • 4. Pelos campos fora, o soldado João era a vergonha dos batalhões. Agora, toca a marchar, de espingarda ao ombro, mochila às costas, botas de cano, farda a rigor. João Fanha
  • 5. Trazia uma flor ao peito, punha as mãos nas algibeiras, coçava o nariz, não acertava o passo. João Grade
  • 6. E, para cúmulo, assobiava ou cantava modinhas da sua aldeia. Bem lhe ralhava o sargento, o ameaçava o capitão, o castigava o general. João Francisquinho
  • 7. O soldado João continuava a marchar, feliz e desengonçado como se fosse à feira comprar gado ou ao mercado vender feijão. Leonor Oliveira
  • 8. Mas tanto, tanto marchou o soldado João que chegou à terra da guerra. Todos os soldados carregaram as espingardas e fizeram pontaria. Madalena Carvalho
  • 9. Mas o soldado João achou indelicado não ir cumprimentar os colegas da outra banda. Então os outros soldados, espantados, estenderam também a mão. Pousou a arma, saltou a trincheira, avançou estendendo a mão. Beatriz Grades
  • 10. - Fogo! - gritava o sargento. - Disparem! - mandava o capitão. - Atirem! - ordenava o general. Maria Amado
  • 11. Mas os soldados eram tantos que demorava muito tempo cumprimentá-los. Madalena Giões
  • 12. Foi o sargento buscar o soldado João, dizendo: - Rapaz, não te lembras de que te ensinei que a guerra é para matar? - Vou pôr-te a corneteiro, já que não tens jeito para atirador. Maria Mira
  • 13. O soldado João pegou na corneta, ei-lo a soprar e logo o fandango ecoou pelos campos fora, convidando à dança. Miguel Quintas
  • 14. Sapateava a tropa, rodopiava, batia palmas. Miriam Ponte
  • 15. - Parem! - ordenava o general. - Basta! - mandava o capitão. - Alto! - gritava o sargento. Patrícia Ramos
  • 16. Arrancou o sargento a corneta ao soldado João e, zangado, explodiu: - Vais para cozinheiro do exército. Ao menos aí não empatarás a guerra. Pedro Silva
  • 17. Mal chegou à cozinha, foi buscar café. Arrastava pelas fileiras, fumegando, o enorme panelão, apetitoso, perfumado. Aproximava-se de cada soldado, tirava-lhe o capacete, para fazer de malga, despejava-lhe uma concha de café. Pedro Passareiro
  • 18. Amigos e inimigos, todos se deliciavam com tão inesperado pequeno-almoço. Rita Dias
  • 19. - Ao vosso lugar! - gritava o sargento. - A postos! - mandava o capitão. - Perfilar! - ordenava o general. Rodrigo Alves
  • 20. - Já não és atirador, nem corneteiro, nem cozinheiro. Daqui por diante és enfermeiro militar. Tiraram a panela ao soldado João, enrolaram-no numa bandeira da cruz vermelha, dizendo: Tiago Tavares
  • 21. Mal se viu na nova função, ei-lo a correr à procura de feridos. Viu um tenente com um olho negro e foi tratá-lo. Tomás Cardoso
  • 22. Viu um furriel com uma picada de abelha e num instante lhe arrancou o ferrão. Viu um tenente com um olho negro e foi tratá-lo. Vasco Pereira
  • 23. Notou que os dois generais inimigos coxeavam ligeiramente, descalçou-lhes as botas e pôs-se a tirar-lhes os calos. Vasco Candeias
  • 24. Então o incrível aconteceu. Os dois generais levantaram-se ao mesmo tempo e condecoraram-no com duas luzentes medalhas de ouro. Como era de noite, acharam que já passara o tempo da guerra, apertaram as mãos e partiram em paz. Guilherme Coelho
  • 25. O soldado João sete dias andou até chegar à sua aldeola, onde de novo sacha milho, rega cravos, semeia couves e manjericos. João Silva FIM