Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação joão proença Bibliotecando Tomar 2015
1. DÃO-NOS MARUJOS DE PAPELÃO
COM CARIMBOS NO PASSAPORTE”
João Paulo da Silva Proença
Coordenador Interconcelhio para as
Bibliotecas Escolares - Programa RBE
jp.proenca@gmail.com
2. Sumário
1 - Como se pensava a educação no Estado
Novo
2 – As conquistas da escola pública de Abril
3 – a partir da situação atual que desafios
para a educação e para as Bibliotecas
escolares
3. Há quarenta anos atrás…
“Dão-nos um prémio de ser assim
sem pecado e sem inocência”
Natália Correia
Parte I – Contextualização
4. • Um pensamento base para a
educação:
• - “Se soubessem o que custa mandar,
gostariam de obedecer toda a vida”
(António de Oliveira Salazar)
• - “Que saudades que eu já tinha da
minha alegre casinha tão modesta
quanto eu…” (de uma canção popular)
• - “No meu tempo é que a escola era
boa/se aprendia na escola” (voz do
povo ainda em 2015)
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I - Contextualização…
5. A velha ideia de que antes era melhor…
Quando foi?
Em 1933, aquando da instauração do novo governo,
numa das célebres entrevistas dadas ao então jornalista
António Ferro, Salazar não
demonstra grande preocupação pelos baixos níveis de
escolaridade do povo português,
mas pela resolução dos grandes problemas nacionais,
os quais só podiam ser enfrentados por uma elite bem
preparada:
“Considero (...) mais urgente a constituição de
vastas elites do que ensinar o povo
a ler. É que os grandes problemas nacionais têm de
ser resolvidos, não pelo
povo, mas pelas elites enquadrando as massas”
(Carvalho, 1966:728).
6. A velha ideia de que antes era melhor…
Quando foi?
EUSÉBIO TAMAGNINI (1934), procurando
demonstrar uma atualização pedagógica
identificada com as correntes mais modernas da
pedagogia da Europa e do Mundo, afirma:
“A população escolar pode e deve dividir-se em
cinco grupos, a saber:
1º Ineducáveis, 8%;
2º Normais estúpidos, 15%;
3º Inteligência média, 60%;
4º Inteligência superior, 15%;
5º Notáveis, 2%”
daí concluindo não ser necessário muito dinheiro
para a Educação..
9. Cada criança tem direito a receber
educação, obrigatória e gratuita, pelo
menos ao nível do Ensino Básico. Ser-
lhe-á administrada uma educação que
desenvolverá a sua cultura geral e lhe
permitirá, numa base de igualdade,
desenvolver as suas habilidades, a
capacidade de decisão e uma
consciência moral de responsabilidade
social, tornando-o um membro útil da
comunidade.
Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança.
Princípio 7
1959
I - Contextualização…
10. DÃO-NOS MARUJOS DE PAPELÃO
COM CARIMBOS NO PASSAPORTE”
Nota: Na Noruega a escolaridade universal foi introduzida há 250
anos. Em 1889 já eram obrigatórios 7 anos de escolaridade (não
é engano não, é mil oitocentos… )
11. “Dão-nos marujos de papelão
Com carimbo no passaporte”
Natália Correia
Parte II– A escola atual
13. 4. Abandono escolar precoce
4.1. Definição
In Portugal the concept of early school leaving follow the European
one: percentage of individuals aged 18 to 24 years who achieved,
at maximum, lower secondary education and didn’t come to follow
any kind of education or training.
Figure:Evolutionofthetaxof
schooling(%)pereducationCycle/level
II – A escola atual
14. II – A escola atual
http://www.pordata.pt/Portugal/Quadro+Resumo/Portugal-5812
15. II – A escola atual
http://www.pordata.pt/Portugal/Rede+de+Bibliotecas+Escolares+n%C3
%BAmero+de+bibliotecas+escolares+por+subsistema+de+ensino-1999
16. “Dão-nos um nome e um jornal
um avião e um violino
mas não nos dão o animal
que espeta os cornos no destino”
Natália Correia
Parte III– que desafios
para a educação e para as
Bibliotecas escolares?
17. 08-05-2015 jp.proenca@gmail.com
III – Que desafios?
• 1 – O desafio de ensinar a
pensar e a ser;
• 2 – O desafio de ensinar a ler;
• 3 – O desafio de ensinar o valor
do outro / do mediador
18. III – Que desafios?
1 – O desafio do ensinar a pensar e a ser!
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19. III – Que desafios?
1 – O desafio do ensinar a pensar e a ser!
08-05-2015 jp.proenca@gmail.com
E ainda o projeto RBE: “Newton
gostava de ler “
20. L.B.S.E. artº7 – Lei 46/86
a) "Assegurar uma formação geral
comum a todos os portugueses que
lhes garanta a descoberta e o
desenvolvimento dos seus interesses
e aptidões, capacidade de raciocínio,
memória e espírito crítico,
criatividade, sentido moral e
sensibilidade estética, promovendo a
realização individual em harmonia
com os valores da solidariedade
social."
III – Que desafios?
21. • e) Proporcionar a aquisição dos conhecimentos
basilares que permitam o prosseguimento de estudos
ou a inserção do aluno em esquemas de formação
profissional, bem como facilitar a aquisição e o
desenvolvimento de métodos e instrumentos de
trabalho pessoal e em grupo, valorizando a dimensão
humana do trabalho;
• i) Proporcionar a aquisição de atitudes autónomas,
visando a formação de cidadãos na vida comunitária;
civicamente responsáveis e democraticamente
intervenientes
• l) Fomentar o gosto por uma constante atualização
de conhecimentos;
III – Que desafios?
22. • O ensino secundário tem por objetivos:
• Artigo 9.º Objetivos
• a) Assegurar o desenvolvimento do raciocínio, da reflexão e da curiosidade
científica e o aprofundamento dos elementos fundamentais de uma cultura
humanística, artística, científica e técnica que constituam suporte cognitivo
e metodológico apropriado para o eventual prosseguimento de estudos e
para a inserção na vida ativa;
• c) Fomentar a aquisição e aplicação de um saber cada vez mais
aprofundado assente no estudo, na reflexão crítica, na observação e na
experimentação;
• e) Facultar contactos e experiências com o mundo do trabalho,
fortalecendo os mecanismos de aproximação entre a escola, a vida ativa e
a comunidade e dinamizando a função inovadora e interventora da escola;
• g) Criar hábitos de trabalho, individual e em grupo, e favorecer o
desenvolvimento de atitudes de reflexão metódica, de abertura de
espírito, de sensibilidade e de disponibilidade e adaptação à
mudança.
III – Que desafios?
23. 2 – O desafio do ensinar a ler!
III – Que desafios?
24. 08-05-2015 jp.proenca@gmail.com
A emergência da sociedade de informação e
mais recentemente (1995) a generalização da
Internet veio levantar novas questões à vida
em sociedade emergindo a urgência de
desenvolver competências nos futuros
cidadãos que lhes permitam gerir e lidar com
a informação. Apesar do potencial formativo
do conceito de “nativo digital versus
emigrante digital” (Prensky, 2001) o passar
dos anos veio demonstrar que não basta ter
acesso às tecnologias para ser-se
competente no seu uso
III – Que desafios?
25. 08-05-2015 jp.proenca@gmail.com
De acordo com um relatório da Unesco
(2008), hoje em dia, para além de ler,
escrever e contar, são necessárias ao
homem comum, todo um novo conjunto de
literacias que lhes permitam a sua integração
na vida social preparando os alunos para
profissões que ainda não existem.
III – Que desafios?
26. • 2. The Family of 21st Century
Survival Literacies
The family of 21st Century “survival
literacies” includes six categories:
(1) the Basic or Core functional literacy
fluencies (competencies) of reading,
writing, oralcy and numeracy;
(2) Computer Literacy;
(3) Media Literacy;
(4) Distance Education and E-Learning;
(5) Cultural Literacy;
(6) Information Literacy.
The boundaries between the various
members of this family overlap, but
they should be seen as a closely-knit
family.
Texto de 2008, acessível em: http://portal.unesco.org/ci/en/ev.php-
URL_ID=25957&URL_DO=DO_TOPIC&URL_SECTION=201.html
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III – Que desafios?
27. Está tudo à
distância de
um clique?
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III – Que desafios?
31. Porque está tudo à distância de um clique. Os alunos mais vivaços
perguntam: «Saber a tabuada para quê; se basta ir à calculadora?» É difícil
explicar-lhes o valor da memória. Os professores e as bibliotecas são
mediadores por excelência, porque desmistificam a ideia de que está tudo à
distância de um clique. Por outro lado, é preciso mostrar a importância da
validação. Há muita coisa errada na internet, é preciso cruzar as informações.
É só uma tecnologia diferente, fantástica, mas é só isso. Nós, que já somos
treinados, sabemos que há fontes em que acreditamos e outras em que nem
pensar. Há editoras que não conferem qualidade, há traduções que não são de
confiança. Nós temos instrumentos de validação já incorporados. Alguém tem
de dizer isto aos miúdos, porque o lixo associado a uma pesquisa vulgar é
imenso. E preciso saber ler, saber interpretar, ter consciência da validação
da informação e do conhecimento em diferentes suportes, e criar um
treino com as nossas competências que nos torna autónomos”
[…] a destreza não é tudo, é como a água que corre, vai pelo caminho mais
fácil”.
Entrevista a Teresa Calçada – revista Ler (2014)08-05-2015 jp.proenca@gmail.com
III – Que desafios?
32. “Ensinar o valor da leitura
enquanto verdadeira
condição civilizacional para a
salvaguarda do saber e da
liberdade”
Teresa Calçada
08-05-2015 jp.proenca@gmail.com
III – Que desafios?
34. Referencial aprender com a BE
Objetivos:
•Desenvolver as literacias essenciais à aprendizagem e à
formação dos alunos na sociedade do conhecimento.
•Integrar o papel da biblioteca escolar e a ação do professor
bibliotecário na promoção e melhoria dos níveis destas
literacias.
•Associar a leitura, o uso das TIC, dos diferentes media e a
pesquisa e trabalho com a informação, em situações de
aprendizagem curriculares ou extracurriculares, através da
articulação biblioteca escolar/ professor.
•Dotar a biblioteca de um instrumento que oriente as suas
práticas e contribua para o alargamento do seu papel,
influência e impacto no sucesso educativo.
•Dar voz e expressão prática às orientações e linhas de
investigação existentes na área e aos pareceres e propostas
dos especialistas ouvidos
08-05-2015 jp.proenca@gmail.com
35. 08-05-2015 jp.proenca@gmail.com
3 – Ensinar o valor do Outro/do mediador
Ferramentas web 2.0
nas Bibliotecas:
As pessoas
III – Que desafios?
39. E as bibliotecas?
A existência e utilização da
biblioteca escolar constitui uma
parte vital desta educação
obrigatória e gratuita. A biblioteca
escolar é essencial ao
desenvolvimento da personalidade
humana, bem como ao progresso
espiritual, moral, social, cultural e
económico da comunidade
IASL
1993
40. A biblioteca deve antes ser
entendida como uma unidade
orgânica da escola e o
planeamento das suas atividades,
embora ajustado à especificidade
das suas funções, estará
integrada no planeamento global
da escola e no seu projeto
educativo
Lançar a rede de Bibliotecas Escolares 1996
E as bibliotecas?
41. E as Bibliotecas?
Barbara Liason em Lisboa 2014
5 Points for my Talk:
- How does a Strong Society Look Like?
- What is the Situation of Public Libraries in the European Union?
- Why are Strong Libraries Good for Strong Societies?
- Key Aspects of IFLA‘s Advocacy Activities for Libraries
- Public Libraries Called to Action by a Royal Princess
Barbara Lison www.stabi-hb.de 41
III – Que desafios?
43. • I believe that strong societies
consist of informed citizens
who participate actively in the
society.
• Crucial for strong libraries and
strong societies is the
democratic ideal – freedom of
access to information for all.
THE PRESIDENT‘S THESISES
ON THE VALUE OF
LIBRARIES
Barbara Lison www.stabi-hb.de 43
III – Que desafios?
44. • I firmly believe that libraries have
impact on society by fostering equal
opportunities to lifelong learning and
education, research and innovation,
culture and recreation for all.
• I would like to define strong libraries
as ones that have adequate capacity
to meet the information needs of
their user communities.
THE PRESIDENT‘S THESISES
ON THE VALUE OF
LIBRARIES
Barbara Lison www.stabi-hb.de 44
III – Que desafios?
45. Enquanto não vencermos estes desafios, o
poema continuará a fazer sentido (infelizmente)
:
Dão-nos marujos de papelão
com carimbo no passaporte
por isso a nossa dimensão
não é a vida, nem é a morte
Natália Correia
46. • João Paulo Proença
•
• http://clapps.me/joaopproenca
•
• skype: jp.proenca
• http://www.facebook.com/joaopproenca
• http://bibticaprendizagem.blogspot.com
• http://leiturasqueapetecem.blogspot.com
08-05-2015 jp.proenca@gmail.com
Obrigado pela
atenção