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Mensagem 1º ATO No ano de 2001, ingressei no Magistério da Bahia achando que era  “O CARA”...  Antes, havia passado 24 anos na tarefa de transformar, pelo condicionamento físico, pessoas “comuns” em combatentes e, ainda, de mantê-las nas condições ideais de operacionalidade  exigidas pela função militar. Elaborava planos de treinamento, empregava protocolos avaliativos, coordenava o treinamento físico-militar da tropa e treinava equipes para  as  competições  previstas no calendário  desportivo anual.  Tinha, portanto, motivos de sobra para me achar “o tal”, quando o assunto era Educação Física.  Autor: Souza Neto
2º ATO Neste ano de 2010, quando decidi participar do Curso de Formação Continuada em Educação Física Escolar  –  promovido pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia  –,  cheguei aqui também achando que era “O  CARA”... Afinal, trazia uma “bagagem” adquirida em 10 anos de prática docente com educandos de todos os níveis da Educação Básica. Ao longo dos meses em que transcorreu este curso, pude, aos poucos, reavaliar  essas minhas “velhas” convicções.
3º ATO No  primeiro caso, além de ser parte integrante da clientela, esta era constituída por indivíduos com algum conhecimento de suas limitações e com objetivos de vida muito bem definidos: A REALIZAÇÃO E O SUCESSO PROFISSIONAL Era necessário ter desempenho satisfatório na execução das tarefas atribuídas, manter-se dentro dos requisitos físicos mínimos para as promoções,  estar em condições de ser escolhido nos processos seletivos para missões especiais no país e no estrangeiro, além da necessidade de garantir a salvaguarda da própria vida na execução de missões perigosas e exaustivas em regiões hostis do território nacional.  Em última análise, tudo isso representava para essa clientela  –  e para mim, enquanto  integrante da corporação  –, além da segurança,  uma quantidade a mais de dinheiro nos  contracheques, o que, inequivocamente,  constituía  um fator de motivação.
4º ATO No segundo caso  -  o da prática docente  -  a clientela era totalmente diferente e heterogênea. E essas diferenças podiam ser observadas tanto no campo das experiências, quanto dos sonhos (objetivos), quanto das vivências de cada indivíduo, além de outros aspectos inerentes e peculiares do ser humano, em especial daqueles ainda incipientes.  Apesar disso, depois de (ou com apenas) 10 anos no “chão da escola”,  cheguei a me considerar “O CARA”. Julgava ter superado todas as dificuldades, comuns nas práticas pedagógicas iniciais, e que já podia me considerar um “ expert ” em Educação.
5º ATO Hoje, quando finalizamos o nosso curso, diante da complexidade de tudo que foi apresentado, discutido e experimentado no decorrer dos seus módulos, passo a ter uma compreensão bem mais ampla do quanto ainda me falta aprender nessa caminhada do  saber  e do  fazer  pedagógicos. Mesmo sabendo que esses novos conhecimentos e experiências recém-adquiridos representam muito pouco diante do vasto universo da Educação,  desejo  sintetizar tudo isso  (ou esse pouco) numa palavra: V A L E U!
EPÍLOGO Meus sinceros agradecimentos aos colegas-instruendos, pela maravilhosa convivência nesse período; e aos nossos colegas-instrutores, pelo esforço e a dedicação para que  pudéssemos sair daqui com um novo olhar sobre a prática docente, em especial a da Educação Física Escolar.  S o u z a  N e t o
P A N O!
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  • 2. 2º ATO Neste ano de 2010, quando decidi participar do Curso de Formação Continuada em Educação Física Escolar – promovido pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia –, cheguei aqui também achando que era “O CARA”... Afinal, trazia uma “bagagem” adquirida em 10 anos de prática docente com educandos de todos os níveis da Educação Básica. Ao longo dos meses em que transcorreu este curso, pude, aos poucos, reavaliar essas minhas “velhas” convicções.
  • 3. 3º ATO No primeiro caso, além de ser parte integrante da clientela, esta era constituída por indivíduos com algum conhecimento de suas limitações e com objetivos de vida muito bem definidos: A REALIZAÇÃO E O SUCESSO PROFISSIONAL Era necessário ter desempenho satisfatório na execução das tarefas atribuídas, manter-se dentro dos requisitos físicos mínimos para as promoções, estar em condições de ser escolhido nos processos seletivos para missões especiais no país e no estrangeiro, além da necessidade de garantir a salvaguarda da própria vida na execução de missões perigosas e exaustivas em regiões hostis do território nacional. Em última análise, tudo isso representava para essa clientela – e para mim, enquanto integrante da corporação –, além da segurança, uma quantidade a mais de dinheiro nos contracheques, o que, inequivocamente, constituía um fator de motivação.
  • 4. 4º ATO No segundo caso - o da prática docente - a clientela era totalmente diferente e heterogênea. E essas diferenças podiam ser observadas tanto no campo das experiências, quanto dos sonhos (objetivos), quanto das vivências de cada indivíduo, além de outros aspectos inerentes e peculiares do ser humano, em especial daqueles ainda incipientes. Apesar disso, depois de (ou com apenas) 10 anos no “chão da escola”, cheguei a me considerar “O CARA”. Julgava ter superado todas as dificuldades, comuns nas práticas pedagógicas iniciais, e que já podia me considerar um “ expert ” em Educação.
  • 5. 5º ATO Hoje, quando finalizamos o nosso curso, diante da complexidade de tudo que foi apresentado, discutido e experimentado no decorrer dos seus módulos, passo a ter uma compreensão bem mais ampla do quanto ainda me falta aprender nessa caminhada do saber e do fazer pedagógicos. Mesmo sabendo que esses novos conhecimentos e experiências recém-adquiridos representam muito pouco diante do vasto universo da Educação, desejo sintetizar tudo isso (ou esse pouco) numa palavra: V A L E U!
  • 6. EPÍLOGO Meus sinceros agradecimentos aos colegas-instruendos, pela maravilhosa convivência nesse período; e aos nossos colegas-instrutores, pelo esforço e a dedicação para que pudéssemos sair daqui com um novo olhar sobre a prática docente, em especial a da Educação Física Escolar. S o u z a N e t o
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