O documento celebra o aniversário de 160 anos de Ribeirão Preto e apresenta locais que marcaram a vida de moradores da cidade. Duas mulheres falam sobre lugares especiais: o Novo Mercadão, onde a filha se diverte experimentando alimentos, e o quadrilátero central, com o Theatro Pedro II, onde uma artista passeia com a filha e se lembra de passeios de infância.
1. DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
Minha cidade,
meu orgulho
RIBEIRÃO PRETO
Ribeirão Preto celebra mais um aniversário – são 160 anos de muitos desafios, claro,
mas também de grandes histórias de amor daqueles que aqui vivem com a cidade.
Nas páginas a seguir, você encontra locais que marcaram a vida de quem escolheu Ribeirão para
chamar de lar e também locais e pessoas que são verdadeiros motivos de orgulho para o município
1
A CIDADE
• Ana
Carolina e a filha
Maitê amam a região
central de Ribeirão –
também, como não se
apaixonar pelo
Theatro
Pedro II?
F.L.PITON/ACIDADE
2. 9 DE JUNHO DE 2016
Neste dia de celebrar o aniversário de 160 anos de
Ribeirão Preto, A Cidade convida você a pensar em uma
Ribeirão mais amorosa, mais calorosa, mais feliz. Não é
impossível. Mais que isso: é necessário. Para todos nós
Terra do café. Da cana. Da cer-
veja. Do chope.
Do comércio de rua. Dos shop-
-pings. Dos grandes negócios. Do
agronegócio.
Da Única. Da Catedral. Do Par-
que Raya. Do Pedro II.
Do Botafogo. Do Comercial.
Do Come-Fogo.
De tanta gente.
Gente que, infelizmente, ainda
tem dificuldades para reunir mo-
tivos para comemorar. Afinal, é
tanto problema, né?
Buraco. Trânsito. Filas na saú-
de. Desemprego.
Mas, cá entre nós: essa não é a
Ribeirão Preto que desejamos.
É a cidade que, infelizmente,
volta e meia, precisamos noticiar.
Informar. Apresentar os proble-
mas para cobrar as soluções.
Mas, hoje não.
Afinal, é dia de festa.
São 160 anos de Ribeirão Preto.
Hoje, só por hoje, pedimos li-
cença para você deixar de lado os
problemas do dia a dia e fazer sua
declaração de amor a nossa que-
rida aniversariante.
Isso mesmo: declare seu amor.
Porque tem faltado isso a Ri-
beirão: amor, carinho, cafuné.
Por isso, fomos ouvir de gente
que aqui mora quais são os locais
de Ribeirão que mais lhe encan-
tam. Para provar que, sim, é pos-
sível voltar a se apaixonar por es-
sa cidade.
Também listamos motivos pa-
ra você se orgulhar de Ribeirão.
Porque sim, é possível bater no
peito e dizer que essa cidade faz
a diferença.
Se nada disso funcionar, é só ler
o artigo de Rosana Zaidan, verda-
deira declaração de amor à cidade.
Não, não vai faltar amor por Ri-
beirão Preto. Hoje, não.
Parabéns, Ribeirão.
Com amor, do A Cidade.
DDE DOMMINGO,, 1999 DDGO 1992 AA CCIIDDAAAAAAAADD
O desafio de amar
Ribeirão Preto
WEBERSIAN/ACIDADE
EDIÇÃO
Thiago Roque
REPORTAGEM
Gabriela Castilho
EDIÇÃO DE ARTE
Daniel Torrieri
EDIÇÃO DE FOTOS
Mariana Martins
TRATAMENTO DE IMAGEM
Francielly Flamarini
REPRODUÇÕES
Arquivo Histórico de Ribeirão Preto
DEPARTAMENTO COMERCIAL
Marco Vallim (gerente)
Vladimir Alexandre da Silva
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Antonio Carlos Coutinho Nogueira
José Bonifácio Coutinho Nogueira Filho
André Coutinho Nogueira
José Bonifácio Coutinho Nogueira Neto
Marcos Frateschi
Fernando Corrêa da Silva
DIRETOR DE JORNAIS
E MÍDIAS DIGITAIS
Josué Suzuki
EDITOR-CHEFE
Thiago Roque
JORNAL DO GRUPO
A CIDADEDESDE 1905
4. 4 A CIDADE DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
160anos
FUNDAÇÃO: 19 DE JUNHO DE 1856
HABITANTES
666.323
PROJEÇÃO EM 30 ANOS*
1 MILHÃO
PIB PER CAPITA
A PREÇOS CORRENTES
(2013):
R$36.194,42
ESTABELECIMENTOS
DE SAÚDE SUS
95
FONTE: IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
TAMANHO
650,916 KM²
BIOMA
CERRADO
PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS
COMÉRCIO E SERVIÇOS
Ribeirão Preto se destaca com um forte polo regional de consumo. A fama se
deve à força dos setores de comércio (com os shoppings e o comércio de rua) e
também a grande variedade de prestação de serviços.
AGROINDÚSTRIA
A região de Ribeirão Preto é a maior produtora mundial de açúcar e álcool. As usinas
representam uma das principais atividades econômicas da região, estimulando o
desenvolvimento de outros setores, como o de máquinas agrícolas e equipamentos para usinas.
* PROJEÇÃO IBGE
RIBEIRÃO PRETO
6. 6 A CIDADE DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
A partir das próximas páginas, pessoas que moram
em Ribeirão apontam quais são seus locais
preferidos na cidade. Não é uma lista definitiva,
pelo contrário: é o começo de uma história
cheia de amor com essa cidade.
CIDADE
DE
PESSOAS
Artistas,
esportistas,
professor, músico,
empresário, mãe: cada um
dos personagens acima constrói,
todos os dias, o amor que todos sentimos
por cada canto de Ribeirão Preto. É
sempre apaixonante ouvir que faz
essa cidade pulsar. Conhecer
o ribeirão-pretano
é conhecer
Ribeirão.
Em cada canto de
Ribeirão, um lugar
para chamar de seu
Ribeirão Preto é cidade grande – seja pelo número
de prédios que buscam o céu, pelo trânsito cada
vez mais intenso, pela quantidade de sonhos e
desejos que abriga em suas cinco regiões. Se
você perguntar a cada pessoa que aqui vive
qual é o lugar mais apaixonante da cidade, vai
encontrar uma varidade de respostas – cada uma
delas correta, já que as coisas do coração não se
explicam. Bom, A Cidade perguntou. Nas próximas
páginas, você se apaixona um pouco mais por essa
ciddade de 160 anos e muita história para contar
F.L.PITON / A CIDADE
8. 8 A CIDADE DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
“A Júlia adora quando tem música, fica superfeliz. Ela adora as cores, os cheiros, o barulho, os sabores.
Isso tudo é muito rico e muito importante para o desenvolvido dela.”
CAROLINA FELÍCIO, PUBLICITÁRIA
Cores e sabores
da descoberta para
Carolina e Júlia
A publicitária Carolina Felício mudou
sua vida por completo há 12 anos, quando
sua filha Júlia Felício, hoje com 16 anos, foi
diagnosticada com o Transtorno do Espec-
tro Autista. Desde então, Carolina garan-
te à menina orientação dos mais variados
profissionais e a enche de estímulos para
que a adolescente desenvolva a cada dia
sua independência.
E, segundo a mãe, um dos lugares em
que a filha mais se diverte com as desco-
bertas é o Novo Mercadão, no Jardim João
Rossi, zona Sul da cidade.
“A Júlia adora experimentar os quei-
jos, as frutas, sentir o cheiro das ervas... E
quando queremos ingredientes para uma
receita, é ela quem tem que comprar um
por um. Ela pergunta aos lojistas tudo, fi-
ca curiosa com os alimentos e se diverte”,
relata.
Depois de comprar todos os ingredien-
tes, mãe e filha sentam para comer pastel
e assistir aos músicos cantando na praça
central do mercado.
“Ela adora quando a gente vai. É um
lugar onde sabe que vai ter coisas pa-
ra aprender, mas se diverte muito mais. E
ela se sente mais segura, porque todos são
sempre muito atenciosos com ela”, diz.
Meu lugar em Ribeirão...
NOVO MERCADÃO
VIDA COLORIDA
Carolina acompanha
a filha Júlia para as
compras no Novo
Mercadão: todos os
dias, um mundo de
descobertas para a
adolescente
9. 9A CIDADEDOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
MASTRANGELO REINO / A CIDADE
Começo e recomeço
O Novo Mercadão foi cons-
truído em 30 de outubro de
2008, 108 anos depois do
Mercado Municipal de Ribei-
rão. Respeitando a tradição, o
mais recente centro de conve-
niência de compras também
possui barracas de frutas, ver-
duras, todos os tipos de peixes
e carnes, além dos mais varia-
dos temperos.
Durante toda a sema-
na, não faltam opções de lu-
gares para refeições e bebi-
das, acompanhados de músi-
ca ao vivo.
Inaugurado em 1900, o
prédio original do Mercadão fi-
cava no quadrilátero entre as
ruas São Sebastião, José Bo-
nifácio, Américo Brasiliense e
avenida Jerônimo Gonçalves.
Durante oito anos, o gru-
po Folena & Cia, concessioná-
rio do imóvel, explorou o local,
até que a Prefeitura o indeni-
zou em “120 contos de reis” e
tomou posse do imóvel.
Foi apenas 16 anos depois
da tragédia que o então prefei-
to Costábile Romano inaugurou
o novo prédio.
Projetado pelo engenheiro
Jaime Zeiger, o novo prédio pas-
sou a exibir uma arquitetura ino-
vadora para época. Com 4.150
metros quadrados divididos por
um corredor principal, cinco cor-
redores secundários, a parte ex-
terna, revestida por pastilhas foi
presenteada com a obra do ar-
tista Bassano Vaccarini.
Em 28 de setembro de
1958, o Mercado Municipal re-
tomou impulso econômico e se
mantém em atividade no Centro.
MERCADO
MUNICIPAL
O
antigo prédio
foi atingido pelas
enchentes, características
daquele ponto da cidade, mas em
7 outubro de 1942, durante a Segunda
Guerra Mundial, um curto circuito
foi o motivo do grande incêndio
que o destruiu, tornando-o
inabitável.
10. 10 A CIDADE DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
É no centro de uma cidade onde
se encontra sua verdade identida-
de. Seja em um passeio de carro, no
início da manhã, ou mesmo numa
caminhada no final da tarde, aque-
la magia nostálgica está sempre lá,
escondida em um prédio de esqui-
na quase tão antiga quanto a histó-
ria do município.
Desde as vias mais largas às
mais curtas, cada quarteirão reve-
la um pouco de sua história de for-
ma silenciosa.
E a região central de Ribeirão
Preto não foge à regra. A junção
das avenidas Jerônimo Gonçalves,
Francisco Junqueira, Independên-
cia e Nove de Julho formam o qua-
drilátero central, que costumava
ocupar todo o perímetro urbano
original há 160 anos.
E são nas ruas que a cercam on-
de a artista plástica Ana Carolina
Piscitelli, de 40 anos, mais aprovei-
ta a companhia da filha Maitê, 7.
“Eu amo tudo ali. O Theatro Pe-
dro II, o Centro Cultural Palace, a
fonte, a escultura, as apresenta-
ções e as feiras. É onde tudo acon-
tece”, diz.
Natural de São Paulo, Ana Caro-
lina conta que costumava frequen-
tar o Centro da Capital acompa-
nhada de seu pai para observar ar-
quitetura e monumentos históri-
cos. Hoje, é ela quem leva a filha
para cultivar os mesmos hábitos.
“A Praça XV e a esplanada do
Pedro II são os meus lugares favo-
ritos em Ribeirão. Ando com a mi-
nha filha e me lembro dos passeios
com meu pai.”
F.L.PITON / A CIDADE
PRAÇA
XV DE
NOVEMBRO
As
primeiras ruas
da terra do café
foram traçadas a partir
da construção da Capela em
louvor a São Sebastião, em
1868, onde desde 1905
está a fonte luminosa
da Praça XV.
Mais recordações, mais história
E logo em frente à praça, na Álvares
Cabral, está localizado o segundo maior
teatro de ópera do país em capacidade
de público, atrás apenas do Teatro Mu-
nicipal em São Paulo.
Para o escritor mineiro Alexandre
Azevedo, de 51 anos, o Theatro Pedro
II é o cartão-postal de Ribeirão Preto,
mas é a obra da artista nipo-brasileira
Tomie Ohtake que mais o encanta.
“Quando alguém se depara com
aquele teto pela primeira vez, não tem
como não se assustar – isso no melhor
sentido da palavra. É a perfeita junção
do antigo com o moderno”, relata, refe-
rindo-se ao lustre do teatro, batizado de
Gota D’Água.
A artista foi convidada para dese-
nhar a cúpula e o novo lustre do teatro
em 1990, após um curto-circuito provo-
car o incêndio que danificou toda a es-
trutura do prédio, inaugurado cinco dé-
cadas antes.
A restauração da casa de espetá-
culos levou quase cinco anos para ser
concluída.
Entre as décadas de 1950 e 1970,
o subsolo foi transformado em salão de
bailes de Carnaval e, nos outros perío-
dos, era transformado em sala de jogos.
O local ficou conhecido como “Caverna
do Diabo”.
De mãe para filha,
uma aula de história
e de amar a cidade
Meu lugar em Ribeirão...
QUADRILÁTERO CENTRAL
“Para mim, é um dos
mais belos teatros do
Brasil. É o cartão-postal
da cidade. E aqui cabe
perfeitamente aquele
ditado: vir a Ribeirão
Preto e não conhecer o
Theatro Pedro II e como
ir a Roma e não ver o
Papa!”
ALEXANDRE AZEVEDO,
51 ANOS, ESCRITOR
“Temos o Monumento do Soldado Constitucionalista de 1932, belo e imponente,
mas vejo que a maioria dos ribeirão-pretanos sequer o percebe. Hoje, me considero
ribeirão-pretana e digo: temos que valorizar o que é nosso.”
ANA CAROLINA PISCITELLI, 40 ANOS, ARTISTA PLÁSTICA
PONTOS TRADICIONAIS DO CENTRO DE RIBEIRÃO
• PINGUIM
Com mais de sete décadas de história, o Pinguim recebe atualmente cerca de 1,5 milhão de clientes por ano e vende, neste
período, aproximadamente 4 milhões de tulipas de chope.
• CINE CLUBE CAUIM
Fundado em 1979, atualmente ocupa as instalações do antigo Cine Bristol, na rua São Sebastião. Sua programação abrange
desde o cinema nacional aos blockbusters.
• MARP
Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel foi inaugurado em dezembro de 1992. Instalado na rua Barão do Amazonas, 343,
recebe mensalmente exposições dos mais variados artistas.
• JOÃO GARAPEIRO
Desde 1955, a família Perone vende garapa ao lado do prédio dos Correios, na rua Álvares Cabral. O negócio começou com o pai,
João Perone, falecido em 1996, e continua com o filho João José Perone.
• SORVETERIA DO JÔ
Tradicional sorveteria de Ribeirão, possui pelo menos quatro endereços no Centro da cidade. Um deles: rua Floriano Peixoto, 547.
FELIZES
Maitê e Ana
Carolina
aproveitam
mais um
passeio pela
região central
de Ribeirão:
atrás,
sempre a boa
companhia
do Theatro
Pedro II
12. 12 A CIDADE DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
O educador físico Ricardo Tho-
maz da Guarda, de 26 anos, desco-
briu na Praça da Bicicleta, no Jar-
dim Canadá, o melhor lugar para
encontrar bons amigos e patinar.
Há dois anos e meio, quando
começou a praticar o esporte, os
encontros ocorriam quase todos
os dias. Mas, trabalhando até tar-
de, passou a frequentar uma vez
por semana, compromisso que le-
va a sério e cumpre com disciplina.
São em torno de três horas de
aventuras em cima dos patins –
desde manobras arriscadas (que
quase sempre resultam em belos
tombos e boas histórias para con-
tar) a corridas em trajetos constru-
ídos ao redor da praça.
“O que me fez gostar mais da
praça foram os amigos que eu con-
quistei frequentando. São pesso-
as que eu trago muito próximas a
mim. Cada vez que eu vou patinar
são momentos muito legais”, conta.
No entanto, muitas vezes a pati-
nação vira desculpa para os amigos
se reunirem e comerem um lanche
na praça, onde virou ponto fixo dos
adorados food trucks.
“Só de contar na rua que eu pa-
tino, acabei atraindo mais pesso-
as para a turma. Também tem mui-
ta gente que está caminhando, fica
curiosa e é convidada para conhe-
cer”, diz.
MATHEUS URENHA / A CIDADE
“Eu também
costumo ir sozinho,
mas deixo para os dias
em que estou mais estressado.
Eu pego os patins, coloco no
pé e vou pensando na vida.
Fico correndo com os patins,
faço umas voltas um pouco
maiores.”
conh
SOBRE A
ORIGEM
DO NOME
Embora
seja conhecida
como Praça da
Bicicleta, a área recebeu o
nome de Matheus Nader Nemer
em homenagem ao jovem que faleceu
em 2004, aos 20 anos, vítima de
um acidente de trânsito quando
voltava de uma festa em
Sertãozinho com um
amigo.
Lugar para se divertir
e fazer novos amigos
Meu lugar em Ribeirão...
PRAÇA DA BICICLETA
TRAGÉDIA E
HOMENAGEM
Segundo a mãe de Ma-
theus, Glória Nader Nemer, o
outro rapaz que estava com
seu filho teria sido arremessa-
do para fora do veículo ao co-
lidirem com um caminhão e
morreu no local. Matheus foi
hospitalizado e ficou em coma
uma semana, mas não resistiu.
Inaugurada em 2008, o lo-
cal recebeu um monumento de
um menino com uma bicicleta
acima de uma placa onde foi
escrito o Soneto de Fidelida-
de, de Vinicius de Moraes. Uma
homenagem da mãe ao filho.
OUTRAS PRAÇAS COM HISTÓRIAS
PARA CONTAR EM RIBEIRÃO PRETO
PRAÇA XV DE NOVEMBRO
Entre as ruas Álvares Cabral, Visconde de Inhaúma,
Duque de Caxias e General Osório, no Centro
PRAÇA BARÃO DO RIO BRANCO
Entre as ruas Cerqueira César, General Osório e Duque
de Caxias, no Centro
PRAÇA DA BANDEIRA
Entre as ruas Tibiriçá, Visconde de Inhaúma, Américo
Brasiliense e Lafaiete, no Centro
PRAÇA LUIZ DE CAMÕES
Entre as ruas Tibiriçá, Visconde de Inhaúma, Rui Barbosa
e Bernardino de Campos, no Centro
PRAÇA SETE DE SETEMBRO
Entre as ruas 7 de Setembro, Florêncio de Abreu,
Floriano Peixoto, Lafaiete, no Centro
PRAÇA EXPEDICIONÁRIOS BRASILEIROS
Entre as avenidas Treze de Maio, Clóvis Bevilacqua e
Rua Piracicaba, no Jardim Paulistano
PRAÇA SANTO ANTÔNIO
Entre as ruas Paraíba, Goiás, Amazonas e Av. Saudade,
nos Campos Elíseos
AMIZADE
Ricardo (à direita) com colegas
de patins na Praça da Bicicleta:
parceria e bons momentos
14. 14 A CIDADE DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
O cantor e compositor mineiro Evandro
Navarro, de 50 anos, vive em Ribeirão Pre-
to há 35 anos e já se apresentou em prati-
camente todos os palcos da cidade.
Figura ativa no meio cultural, Navar-
ro diz que, entre todos os pontos de cultu-
ra existentes na cidade, o seu predileto é o
Coletivo Fuligem de Comunicação e Arte,
situado na Travessa Tuiutí, 55, no Jardim
República.
Mais conhecido entre o público de ar-
tistas locais independentes, o Fuligem foi
inaugurado na cidade em 2010 e é um dos
mais de 100 coletivos do Circuito Fora do
Eixo – rede de trabalho colaborativo volta-
da para a cultura e sociedade.
“É uma galera que está com a parabó-
lica muito aberta, são todos muito ligados
nas notícias e nos debates. É uma referên-
cia para mim em Ribeirão, gosto de lem-
brar que existe e me enche de esperanças”,
diz o músico.
Entre os projetos locais, destacam-se o
Festival Fagulha de Artes, Grito Rock, Se-
mana do Audiovisual (SEDA), Noites Fora
do Eixo, Agência Colaborativa, TV Fuligem
e os programas ao vivo, como Fuligem no
Ar e Marmita Ao Vivo.
“Para mim, o Coletivo Fuligem é um dos pontos referenciais de ações culturais, do
ideal cultural em si. Sou fã da frente que eles tomam. É uma sede que recebe visitas,
faz eventos no quintal – embora nem sempre tenha muito público.”
VEJA MAIS LUGARES QUE PROMOVEM
CULTURA EM RIBEIRÃO PRETO
BECO CULTURAL
Endereço: rua Laguna, 1951, Jardim Paulistano
Funcionamento: consultar programação no Facebook Beco Cultural Ribeirão
ESPAÇO A COISA
Endereço: rua João Penteado, 167, Jardim Sumaré
Funcionamento: das 19h30 às 2h de quarta-feira a sábado
CENTRO CULTURAL PALACE
Endereço: rua Alvares Cabral, 322, Centro
Funcionamento: das 8h às 19h, de terça-feira a sábado
CENTRO CULTURAL CAMPOS ELÍSEOS
Endereço: rua Capitão Salomão, s/nº
Funcionamento: das 7h às 19h, de segunda a sexta-feira
CAROL VOLPE / DIVULGAÇÃO
Quintal que planta
cultura e colhe
manifestações artísticas
Meu lugar em Ribeirão...
COLETIVO FULIGEM
CASA PROMOVE EVENTOS
CULTURAIS E DEBATES
• A Casa do Coletivo Fuligem é um espaço de li-
vre troca de experiências e conhecimento. Por
lá moram e passam os colaboradores dos di-
versos projetos, assim como a Casa é um pon-
to de Hospedagem Solidária para artistas e
agentes culturais que estão de passagem na
cidade.
• Os organizadores trabalham de forma volun-
tária para realizar eventos musicais, teatrais e
debates sobre cultura em sua sede e se deno-
minam uma organização horizontal pautada na
autogestão e economia solidária, sem qualquer
apoio financeiro.
• A programação é divulgada semanalmente no
Facebook do Coletivo e, quem quiser conhecer
fora dos eventos, basta agendar uma visita.
• Livre troca de
experiências e espa-
ço aberto às manifestações
culturais: esse é o dia
a dia do Coletivo
Fuligem
15. 15A CIDADEDOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
www.leroymerlin.com.br
(Central de Atendimento Leroy Merlin): Capitais 4020-5376 • Demais Regiões 0800-0205376
C O N S T R U Ç Ã O • A C A B A M E N T O • B R I C O L A G E M • D E C O R A Ç Ã O • J A R D I N A G E M
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Parabéns,
Ribeirão Preto.
• Ribeirão Preto - SP - Av. Castelo Branco, 3.000.
A cidade que inspirou e transformou
o agronegócio merece todas as homenagens.
16. 16 A CIDADE DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
P A R A B É N S ,
IGUATEMIRIBEIRAOPRETO.COM.BR
A CIDADE, QUE É O MAIOR PRESENTE PARA O IGUATEMI RIBEIRÃO PRETO,
COMPLETA 160 ANOS, E TEMOS ORGULHO DE FAZER PARTE DESSA HISTÓRIA.
18. 18 A CIDADE DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
Quem vê João da Silva Neto, o já famo-
so João Cebinho, pelos corredores do Bo-
tafogo Futebol Clube não imagina que ele
dedicou os últimos 49 anos para o Pantera.
Aos 71 anos, o ex-massagista atua na co-
missão técnica como assessor de futebol,
mas já trabalhou como porteiro, telefonis-
ta e muito mais.
Entre 1974 e 1978, João Cebinho chegou
a morar no estádio Santa Cruz, localizado
na Vila Tibério, reduto de botafoguenses.
Trinta e oito anos mais tarde, casado e com
filhos adultos, ele ainda se sente em casa
ao chegar na sede do clube. “Lá é onde eu
mais gosto de estar. Fico de segunda a sex-
ta-feira, das 8h às 20h e, na maioria dos fi-
nais de semana, viajo com o time”, relata.
Torcedor doente desde criança influen-
ciado pelo pai e pelo avô, trabalhou des-
de cedo no Santa Cruz – único registro em
sua carteira de trabalho até hoje. Em 2006,
após demissão, João Cebinho tinha em tor-
no de R$ 400 mil a serem recebidos, sem
contar com horas extras, cinco férias a se-
rem descontadas e FGTS. Devolveu ao Bo-
ta. “O clube sempre me deu tudo. O di-
nheiro não fez diferença”, conta – com o di-
nheiro de premiações e bichos, comprou
casas para os quatro filhos e alugou um sa-
lão para acrescentar na renda mensal da
aposentadoria.
MILENA AUREA / A CIDADE
HISTÓRIA E CURIOSIDADES
• Como a Vila era o único bairro na cidade com
mais de um time, o grupo passou a ter dificul-
dades para alcançar resultados positivos nos
campeonatos municipais, segundo informações
do Pantera.
• Sobre a escolha do nome, diz a lenda que, em
meio às discussões, um dos dirigentes teria re-
clamado: “Ou vocês definem logo o nome ou
então ‘bota fogo’ em tudo e acabem com a his-
tória”.
• A estreia ocorreu em Franca, contra o extinto
Esporte Clube Falgênico. Depois, os títulos co-
meçaram a surgir.
• Em 1927, o Pantera foi nomeado Campeão do
Interior e, em 1956, foi campeão do Centenário
de Ribeirão Preto. Ano passado, o clube con-
quistou a Série D do Campeonato Brasileiro.
• E a contribuição ao futebol do País vai além
dos títulos. Seis jogadores formados pelo Bo-
ta já serviram a seleção brasileira: Tim (1938),
Baldochi (1970), Sócrates (1982-1986), Raí
(1994), Cicinho (2006) e Doni (2010).
“A minha paixão começou porque eu nasci na vila Tibério, meus avós e meus pais são
botafoguenses. Desde menino eu ia com meu pai e com meu avô assistir aos jogos. Depois, tive
a felicidade de ser convidado para trabalhar lá, quando tinha 22 anos.”
Paixão tricolor que vem
de berço – e se torna
uma segunda casa
Meu lugar em Ribeirão...
BOTAFOGO
• O Botafogo
F.C. foi fundado em
1918, em Ribeirão Pre-
to, após a junção de três times
que representavam a Vila Tibé-
rio: União Paulistano, Ti-
berense e Ideal
Futebol Clu-
be.
19. 19A CIDADEDOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
Se o Leão está em
campo, Tomires está
na torcida – sempre
Meu lugar em Ribeirão...
COMERCIAL
Antônio Carlos Milano, de 70 anos, o
Tomires, foi goleiro do Comercial Futebol
Clube na época de Pelé, é torcedor fanáti-
co do clube e trabalha no Leão há 37 anos.
Tendo dedicado mais da metade de
sua vida ao Bafo, Tomires garante que não
há outro lugar na cidade em que ele goste
mais de ficar que não seja o estádio Doutor
Francisco Palma Travassos.
“Esse lugar virou a minha casa há mui-
to tempo. Eu chego cedo, passo o dia e vou
embora só à noite – e vou embora contra-
riado”, brinca.
Há cinco anos trabalhando como secre-
tário do Conselho do Comercial, o ex-joga-
dor conta que seu dia no clube começa às
8h em ponto e termina só depois das 19h.
Na teoria, Tomires teria os finais de se-
mana de folga, mas acaba sempre voltan-
do para sua segunda casa em dias de jogo
– não importa qual categoria vá a campo.
É na arquibancada, vendo a bola rolar no
gramado até as redes do gol, onde ele apro-
veita a melhor parte do seu dia.
“Eu vejo todos, sem exceção. Desde os
da garotada até os profissionais. O amor
pelo clube é muito forte”, ressalta.
“Quando eu deixei de jogar futebol, me mudei para
Ribeirão e comecei a trabalhar no Poli Esportivo do
Comercial. Eu o administrei por 25 anos e, mais de 10
anos depois, ainda não penso em deixar o clube.”
WEBER SIAN / A CIDADE
CURIOSIDADES
• Contudo, a Joia, como também é conhecido,
chegou a acolher 34.400 em 20 de julho de
1986, numa partida contra o rival Botafogo F.C.
No entanto, não foi o único estádio do Leão do
Norte.
• Nos quatro anos anteriores, o Comercial coman-
dou seus jogos no Costa Coelho, construído pe-
lo Esporte Clube Mogiana para dar vida ao so-
nho de mais de 800 ferroviários da CIA de Es-
tradas de Ferro Mogiana.
• Foi lá onde o Bafo viveu grandes momentos de
sua história, recebendo jogos marcantes, como
as partidas dos Campeonatos Paulistas da 1ª
e 2ª divisão. Após a sua construção, times con-
siderados grandes passaram a jogar em Ribei-
rão Preto, como Palmeiras, Corinthians e São
Paulo.
• O primeiro lugar onde o clube treinou e jogou
suas primeiras partidas foi no Estádio da Rua
Tibiriçá, quando o nome do clube ainda era
grafado Commercial Football Club.
• Foi um dos primeiros campos de futebol da re-
gião de Ribeirão Preto que recebeu jogos ofi-
ciais. Durante a Fase Amadora do Come-Fogo,
o Estádio da Rua Tibiriçá foi palco de 13 das
22 partidas desse clássico.
• Em 1923, o Estádio da Rua Tibiriçá recebeu o
maior jogo de sua história, um empate em 1 a
1 entre Commercial e a Seleção da Argentina.
Atualmente, o local é ocupado pela sede so-
cial da Sociedade Recreativa de Esportes.
• O Palma
Travassos, locali-
zado no Jardim Paulis-
ta, zona Leste da cidade, foi o
primeiro grande estádio da região
de Ribeirão Preto, com ca-
pacidade de receber
17.775
pessoas.
www.pacaembu.com
Eleita a 5ª maior construtora do país. 2ª melhor do setor da construção imobiliária - capital fechado.
20. 20 A CIDADE DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
Poucas coisas podem ser tão prazero-
sas quanto ir a um restaurante e apreciar
uma comida bem feita. Em Ribeirão Preto,
há cerca de 2,5 mil opções entre restauran-
tes e lanchonetes, segundo o Sindicato dos
Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares.
Para o empresário Sae Lin Park, a alta
gastronomia é um dos seus maiores pas-
satempos, especialmente quando acom-
panhado da mulher. E, de todos os restau-
rantes da cidade, é o italiano La Cucina de
Tullio Santini que mais o surpreende.
“É o lugar que eu mais gosto de ir ho-
je em dia. Eu gosto do clima, da decora-
ção, do atendimento. Sempre que vou com
a minha mulher, tenho a impressão de que
é um pedacinho da Itália em Ribeirão”, diz.
“Eu me mudei para
Ribeirão há 24 anos e
descobri o Tullio Santini
há apenas cinco. Se eu
tivesse conhecido antes,
seria freguês há muito
mais tempo.”
MATHEUS URENHA / A CIDADE
Cidade de vários
sabores e de alta
gastronomia
Meu lugar em Ribeirão...
TÚLIO SANTINI
HISTÓRIA E CURIOSIDADES
• A casa foi fundada em 1999 pe-
lo italiano que dá nome ao res-
taurante,Tullio Santini, na ave-
nida Antônio Diederichsen, 485,
onde permanece até hoje.
• Nascido na cidade de Cremo-
na, Região da Lombardia, nor-
te da Itália, Santini chegou ao
Brasil em 1956. Saiu da Itá-
lia depois da morte do pai, de-
cidido a não dar sequência ao
ofício dele, que tinha uma loja
de armas e munições.
• Veio para Ribeirão Preto abrir
uma distribuidora de gás após
morar um período no Rio de Ja-
neiro e em São Paulo. No final
da década de 90, Santini de-
cidiu investir no que antes era
apenas um hobby: a gastrono-
mia genuinamente italiana.
• O chef considerava a habilida-
de de cozinhar como natural
dos italianos. No entanto, con-
quistou os ribeirão-pretanos
não só pela criação de seus
pratos, mas, também, pela sua
simpatia com os clientes.
• Como típico chef de cozinha,
Santini tinha o costume de
conversar com os fregueses
durante o jantar e perguntar se
haviam gostado.
• Santini faleceu aos 78 anos, em
outubro de 2014, cerca de um
ano após descobrir um câncer
no pâncreas.Atualmente, o res-
taurante está sob os cuidados
dos filhos, que também segui-
ram a carreira gastronômica e
comandam mais quatro casas
em Ribeirão Preto.
• Em busca de boas ex-
periências gastronômicas,
Park conheceu as delícias pro-
duzidas pela La Cucina
de Tullio Santini.
22. 22 A CIDADE DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
Quem passa todos os dias entre
as ruas Florêncio de Abreu e Vis-
conde de Inhaúma, no Centro de
Ribeirão Preto, talvez já não se dei-
xe impressionar com toda a beleza
da Catedral Metropolitana de São
Sebastião.
É o turista que chega à cidade e
a olha pela primeira vez quem lo-
go sente a imponência da constru-
ção, da obra de arte que o espaço
representa.
Mas, para o professor e econo-
mista Antônio Vicente Golfeto, de
73 anos, nascido e criado em Ri-
beirão, o prédio tem uma beleza in-
cansável de se admirar.
“É um ambiente de recolhimen-
to e a gente precisa estar em paz
para conversar com Deus. Por is-
so, sempre escolho ir nos horários
mais vazios, quando não tem ou-
tras pessoas para me distrair”, diz.
Morador da região central há
25 anos, o professor entra na Igre-
ja para fazer uma oração pelo me-
nos uma vez por dia, após suas ca-
minhadas. Quando vivia nos Cam-
pos Elíseos, tradicional bairro na
zona Norte, era a Igreja Santo An-
tônio o local escolhido para as pre-
ces diariamente.
“Eu gosto de conhecer capelas,
igrejas. São lugares de inclusão e
que verdadeiramente me trazem
paz. Porém, a Catedral tem uma
magia inexplicável e que não existe
em nenhum outro lugar.”
Entre obras de arte e
muita fé, um momento
para ficar em paz
Meu lugar em Ribeirão...
CATEDRAL METROPOLITANA
• Em estilo
e linhas góticas,
destacam-se os vitrais
coloridos no seu interior, os
afrescos pintados por Bene-
dito Calixto que da-
tam de 1917.
23. 23A CIDADEDOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
“A arquitetura do prédio é um encontro do espiritual com a arte e, fundamentalmente, com a história.
É a fé através da espiritualidade, a arte através da história da cidade em resumos por todo o prédio.”
F. L. PITON / A CIDADE
ARTE DE EKMAN A CALIXTO
Localizada na praça das Bandeiras,
a Catedral de São Sebastião começou
a ser construída em 1905 e a obra foi
concluída em 1920, projetada pelo ar-
quiteto Carlos Ekman, figura respeitada
na época.
Em 1909, mesmo com a igreja ain-
da em obras, dom Alberto José Gon-
çalves tomou posse como primeiro bis-
po. Ele conduziu a construção do Palá-
cio Episcopal, residência oficial dos ar-
cebispos atrás da Catedral, que data de
1913.
Gonçalves também encomendou ao
pintor Benedicto Calixto as telas e pin-
turas na parede da catedral sobre a vi-
da de São Sebastião, padroeiro de Ri-
beirão Preto. O artista teria levado seis
anos para entregar toda a obra.
Calixto chegava de trem para traba-
lhar na Catedral, nas pinturas das pa-
redes, ficando hospedado no Palácio
Episcopal, residência de dom Alberto. Já
as telas da vida de São Sebastião che-
garam uma de cada vez, de trem, vin-
das de Santos, onde ficava o ateliê do
pintor.
Em junho de 2014, a Catedral foi
tombada pelo Conselho de Defesa do
Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artís-
tico e Turístico do Estado de São Paulo
(Condephaat).
ALGUMAS DAS IGREJAS CATÓLICAS
DE RIBEIRÃO PRETO
• Paróquia Santa Rita de Cássia: rua Primo Furquim, 18, Campos Elíseos
• Paróquia Sagrado Coração de Jesus: rua Mathias Gonçalves, 400, Ipiranga
• Paróquia Nossa Senhora das Graças: rua Padre Euclides, 49, Vila Tibério
• Paróquia Cristo Rei: rua Arnaldo Victaliano, 1.237, Iguatemi
• Igreja São Benedito: rua Prudente de Morais, 667, Centro
• Paróquia Cristo Operário: rua Papa João XXIII, s/nº, Vila Abranches
• Paróquia Santo Antônio de Pádua: rua Paraíba, 747, Campos Elíseos
24. 24 A CIDADE DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
Por 26 anos, o técnico Márcio Marolo da
Silva, de 50 anos, esteve à frente dos jogos
de basquete da Sociedade Recreativa e de
Esportes de Ribeirão Preto, um dos clubes
mais tradicionais do município.
Há 16 anos, Marolo reuniu um grupo
de amigos e formou a Abec (Associação de
Basquete Esporte e Cultura) para levar a
modalidade às comunidades carentes. Em
diversos jogos, o grupo aproveita o espaço
oferecido pela Recra.
Com tantos anos de história no clube,
o técnico diz sem hesitar que lá é seu lu-
gar favorito na cidade. “A minha paixão é
a Recra. É o lugar acolhedor, onde me sin-
to bem. Além de poder praticar esportes e
treinar a molecada, aproveito muito a área
de lazer com a minha família, seja lancho-
netes, piscina ou festas. Estamos sempre
no clube”, conta.
Ao lado do filho Rafael Mantovani da
Silva, de 17 anos, e da noiva Erica Costa, de
30 anos, Marolo desfruta os momentos de
descanso.
“Minha história se perde com a da
Recra. Eu sinto essa cumplicidade
muito grande com o clube e é um
prazer enorme poder estar lá.”
MAIS CLUBES DE RIBEIRÃO PRETO
• AABB
Avenida Portugal, 3035 - Santa Cruz
• CLUBE DA VELHA GUARDA
Rua André Benedito, 410 - Ribeirânia
• CLUBE DE REGATAS
Via José Morais dos Santos, s/nº
• SESC
Rua Tibiriçá, 50, Centro
• IATE CLUB
Rodovia Cândido Portinari, km 321
• IPANEMA CLUBE
Rua Artur Diederichsen, 255, Campos
Elíseos
• IPÊ GOLF CLUB
Rodovia Pref. Antônio Duarte
Nogueira (Anel Viário Zona Sul), saída
317, Bairro Santa Tereza
• MAGIC GARDENS
Av. Jornalista Antônio Carlos Pinho
Santana, 2501, Jardim Alexandre Balbo
• PALESTRA ITÁLIA ESPORTE
CLUBE
Rua Padre Euclides, 543, Campos
Elíseos
• SOCIEDADE HÍPICA DE RIBEIRÃO
PRETO
Rua Pedro Barbieri, 9003, Parque
São Sebastião
• TÊNNIS COUNTRY CLUB
Rua Carlos Rateb Cury, 311
F.L.PITON / A CIDADE
Se tem talento,
trabalho e basquete,
tem Recra e Marolo
Meu lugar em Ribeirão...
RECRA
• Marolo e
o filho, Rafael, na
quadra da Recra: Maro-
lo conhece cada centímetro
deste espaço, onde for-
mou jogadores e
ganhou títu-
los.
CRIAÇÃO E HISTÓRIAS
A história da Recra começou
em 16 de dezembro de 1906.
Inicialmente, o clube foi constru-
ído em um terreno entre as ruas
Barão do Amazonas e Duque de
Caxias, onde hoje fica o Museu
de Artes, no Centro.
O objetivo dos amigos/fun-
dadores era a criação de um lo-
cal onde pudessem ser feitas
reuniões sociais e políticas no
início do século 20. O brasão da
entidade, no entanto, surgiu ape-
nas 30 anos mais tarde, quan-
do a Recreativa se uniu ao Co-
mercial Futebol Clube e os mo-
radores ganharam interesse pe-
los esportes.
Em setembro de 1943, o clu-
be se mudou para a avenida No-
ve de Julho. Com o passar dos
anos, a área se ampliou de for-
ma que o clube conta com aca-
demia, área para churrasco e jo-
gos, boate, ciclofaixa, fazendinha,
piscinas, pista de atletismo, qua-
dras e sauna.
Foi em 1965 que ocorreu o
primeiro Baile da Arara Verme-
lha, grande festa de gala que lo-
go se um dos eventos mais im-
portantes no calendário social
de Ribeirão.
O Clube de Campo foi inau-
gurado em novembro de 1995 e
segue ativo para os associados.
25. 25A CIDADEDOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
Weber da Silva, de 26 anos, Brô
da Silva para o mundo do grafi-
te, foi convidado há um ano por
uma construtora para revitalizar
um muro nas costas do Parque Pre-
feito Luiz Roberto Jábali – o Parque
Curupira.
Após três meses de trabalho,
quem passa hoje pela avenida
Francisco Junqueira, sentido Cen-
tro, tem a impressão de ver os fun-
dos do parque. O muro antes en-
cardido com desenhos borrados e
semiapagados deu lugar às árvores
vivas do espaço.
Para o artista, o trabalho repre-
sentou uma forma de maior conta-
to com a cidade e um meio de cha-
mar a atenção dos moradores pa-
ra a beleza natural que há em Ri-
beirão.
“A ideia era expandir o espaço
onde tinha um paredão, me pedi-
ram um trabalho mais realista. Co-
mo o Curupira é um lugar tranqui-
lo, um refúgio em meio ao urbano,
basta chegar próximo a esse pare-
dão, por exemplo, e a sensação já é
outra por ter sido restaurado”, diz.
Com 152 mil metros quadrados
de vegetação, este é o maior espaço
de lazer da cidade, segundo o re-
gistro histórico da prefeitura. Com
cachoeiras e lagos artificiais, tor-
nou-se um dos ambientes favoritos
para caminhadas, corridas e pas-
seios em família. E olha que é rela-
tivamente novo: foi inaugurado há
pouco tempo, em 18 de novembro
de 2000.
Um dos fatos mais curiosos é
sobre a localização do Curupira –
está cravado numa antiga área de
exploração de basalto. A rocha te-
ria sido formada por erupções vul-
cânicas ocorridas há cerca de 60
milhões de anos.
A fauna silvestre é representada
por aves como o pica-pau e o que-
ro-quero, mamíferos como o sagui
ou o mico-estrela, répteis e outros.
O parque fica localizado na ave-
nida Costábile Romano, s/n°, e fun-
ciona diariamente das 6h às 20h.
WEBER SIAN / A CIDADE
“Eu acredito
que trabalhos
de grafite nos
muros não
só dão vida
aos lugares
como são
necessários.
Nossa
educação é
iniciada pelas
imagens, que
resumem
muitas
palavras e
mudam o
sentimento
daquele
lugar.”
Arte para revitalizar,
natureza para encantar,
mais vida para viver
Meu lugar em Ribeirão...
CURUPIRA
OUTROS PARQUES
EM RIBEIRÃO
• PARQUE MORRO DE SÃO BENTO
Rua Carlos Chagas, Tamandaré e Av. Cap. Salomão
Funcionamento: quarta-feira a domingo, das 9h às 15
• PARQUE MAURÍLIO BIAGI
Rua Felipe Camarão, 292, Vila Virgínia
Funcionamento: segunda-feira a domingo das 6h às 20h
• PARQUE ECOLÓGICO ÂNGELO RINALDI - HORTO MUNICIPAL FLORESTAL
Avenida Manoel Antônio Dias, s/nº, no Jardim Marchesi
Funcionamento: segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 10h30 e das 13h às
16h30
• PARQUE ROBERTO DE MELO GENARO
Entre as avenidas Santa Luzia e Caramuru
Funcionamento: segunda-feira a domingo das 6h às 20h
• PARQUE TOM JOBIM
Rua Luiz A. Velludo, Cel. Américo Batista, Avenida Octávio Golfeto
Funcionamento: segunda-feira a domingo, das 6h às 20h
• PARQUE DRº LUIZ CARLOS RAYA
Rua Benjamin Stauffer, Amaro dos Santos, Av. Wladimir M. Ferreira
Funcionamento: segunda-feira a domingo das 06h às 20h
• Brô da Silva à
frente do muro às costas
do Parque Curupira: três me-
ses de trabalho e muita
satisfação para to-
da a vida.
26. 26 A CIDADE DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
Nascido e criado em Ri-
beirão Preto, o professor de
francês Anderson Zanatto,
de 40 anos, relata um cari-
nho imensurável por sua ter-
ra natal. No entanto, é no Te-
atro de Arena onde ele diz
sentir a magia da cidade.
“Foi lá onde assisti ao
meu primeiro show de ro-
ck, nos anos 1990, quando
o Ira! veio se apresentar. Es-
tava debaixo de uma chu-
va terrível e, ainda assim, foi
inesquecível”, conta.
Ainda naquela década, o
professor viu show do Bel-
chioreumaapresentaçãodo
diretor eator José Celso Mar-
tinez Correa – segundo Za-
natto, os atores tornaram a
apresentação marcante ao
aproveitarem o formato do
teatro para conduzir a peça.
“É um lugar que dialoga
com meu organismo, onde
me sinto atravessado e afe-
tado sem saber explicar a ra-
zão. É como estar no Jardim
de Luxemburgo”, relata Za-
natto, que passou diversos
períodos na capital france-
sa fazendo aperfeiçoamen-
tos no idioma e estágios em
psicologia social.
Localizado no Morro do
São Bento, o Teatro de Arena
Jayme Zeiger foi inaugurado
em 19 de junho de 1969, no
aniversário de 116 anos da
cidade. O espaço tem o no-
me do engenheiro alemão
que o projetou e o construiu.
Zeiger buscou referên-
cias na Europa e no Orien-
te Médio para projetar a pri-
meira obra do gênero no in-
terior de São Paulo.
Com uma arena de 10
metros de diâmetro e palco
de 19,70m, a área abriga cer-
ca de 2 mil pessoas sentadas.
São 15 lances de arquiban-
cadas em formato de ferra-
dura e concha acústica de ci-
mento com acústica perfeita
ao ar livre.
MATHEUS URENHA / A CIDADE
TEATRO
DE ARENA
JAIME ZEIGER
O Teatro
de Arena já
recebeu shows
de Gilberto Gil, Vinicius
de Morais, João Gilberto,
Novos Baianos, Cartola,
Os Mutantes, entre
outros artistas
renomados.
Ao ar livre, espaço para
grandes nomes da cultura
e para grandes emoções
Meu lugar em Ribeirão...
TEATRO DE ARENA
“O mais excitante
é que é um teatro
que fornece
estrutura para
os espetáculos
– iluminação,
acústica. Mas, que
é potencializado
obrigatoriamente
e de uma forma
distinta pela
natureza – chuva,
vento, ruído…”
HISTÓRIA E CURIOSIDADES
• O local de sua construção foi escolhido
por sua topografia, na encosta do Morro do
São Bento, fator que favoreceu também a
acústica do teatro.
• Ainda segundo o registro histórico
da prefeitura de Ribeirão Preto, jovens
estudantes se reuniam na arena para
discussões políticas durante a ditadura
militar.
• A região, antigamente conhecida como
Morro do Cipó, também abriga o Teatro
Municipal, a Casa da Cultura, Escola de
Arte Cândido Portinari, o Santuário das Sete
Capelas, o ginásio e campos de esportes
Cava do Bosque, o bosque e zoológico Fábio
Barreto.
• Um dos eventos mais famosos que
costumavam ocorrer no Morro do São Bento
é o festival japonês Tanabata, cancelado este
ano por falta de verba e organizado de forma
independente por simpatizantes da tradição.
Seja Associado do SindusCon-SP e, juntos,
vamos estar na dianteira do crescimento do país.
Saiba mais no site - www.sindusconsp.com.br/junte-se-a-nos-associado/
Orgulho de São Paulo e do Brasil.
Orgulho de participar e construir os 160 anos
de sua grandiosa história.
Parabéns Ribeirão Preto!
29. 29A CIDADEDOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
Parabéns, Ribeirão Preto, pelos 160 anos.
saofrancisco.com.br
sãofrancisco
30. 30 A CIDADE DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
Corações que batem
por toda Ribeirão
MILENA AUREA / A CIDADE
Meu orgulho
AQUÍFERO GUARANI
Presente da natureza
em nosso território
Tem locais que ficam guardados na memória das pessoas como especiais. Por outro lado, existem espaços
e pessoas que são essenciais para o dia a dia de Ribeirão Preto naturalmente, por imposição de sua história
ou mesmo por seus serviços prestados à comunidade.A partir desta página, você confere um pouco dos
orgulhos de Ribeirão – são muitos para caber nesta lista, ainda assim poucos pela força de nossa cidade
Toda a água de abaste-
cimento de Ribeirão Preto
vem do Aquífero Guarani,
um reservatório de águas
subterrâneas que se esten-
de pelos estados de Goiás,
Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul, Minas Gerais, São
Paulo, Paraná, Santa Cata-
rina e Rio Grande do Sul –
além da Argentina, Para-
guai e Uruguai (ufa!). Ocu-
pa uma área de 1,2 milhões
de km2, dos quais 70% en-
contram-se no Brasil. É um
dos maiores reservatórios
subterrâneos de água do
mundo – um verdadeiro
presente da natureza para
os ribeirão-pretanos.
Meu orgulho é...
AQUÍFERO
GUARANI
Foi batizado
de Guarani em
homenagem à nação
indígena do mesmo
nome que habitava
a região.
32. 32 A CIDADE DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
BASSANO VACCARINI
Espalhou talento,
originalidade e
muita arte por
Ribeirão Preto
O artista Bassano Vac-
carini nasceu em San Co-
lombano Al Lambro, Itália,
em 1914 e faleceu em Alti-
nópolis (SP), em 2002. Em
1956, ele se mudou para
Ribeirão Preto, convidado
pelo então prefeito Costá-
bile Romano, para plane-
jar e executar os pavilhões
destinados à Exposição Co-
memorativa do Centenário
desta cidade. Ele fundou a
Escola de Artes Plásticas no
município, esteve envolvi-
do em quase todas as ativi-
dades artísticas de Ribeirão
e produziu uma obra origi-
nal moderna, que faz parte
do Acervo Artístico de Ri-
beirão Preto e Região (prin-
cipalmente Altinópolis).
TRABALHO
MARCANTE
Em 1994,
Vaccarini inaugurou
as obras da Praça das
Artes, no Parque
Maurilio Biagi.
Meu orgulho é...
JOYCE CURY / A CIDADE - 09.AGO.2012
ORQUESTRA SINFÔNICA
DE RIBEIRÃO PRETO
Nomes e notas
consagradas em
espetáculos
A Orquestra Sinfônica
de Ribeirão Preto (OSRP)
foi fundada em 1921 e, des-
de 1938, é mantida pela As-
sociação Musical de Ribei-
rão. Com mais de 1,3 mil
concertos oficiais realiza-
dos, a Orquestra se apre-
senta mensalmente com
solistas brasileiros e estran-
geiros renomados mun-
dialmente. Já foi regida por
nomes consagrados da mú-
sica erudita, como Roberto
Minczuk, João Carlos Mar-
tins, Norton Morozowicz,
Eleazar de Carvalho, Cláu-
dio Cruz, Isaac Karabtche-
vsky, Filipe Lee, Spartaco
Rossi, Ricardo Kanji e Gün-
ter Neuhold, entre outros.
Meu orgulho é...
J.F.PIMENTA / A CIDADE - 14.JUN.2009
ENTRE NOTAS
E ENCANTOS,
MUITA POLÊMICA
Por falta de repasse
do Poder Público e também a
falta de novos patrocinadores,
a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto
passou por um ano delicado, com
atraso de pagamentos e risco
de cancelamento de
apresentações.
34. 34 A CIDADE DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
FEIRA NACIONAL DO LIVRO
A magia de letras,
páginas e obras ao
alcance de todos
A Feira Nacional do Livro é considera-
da a 2ª maior feira do livro a céu aberto no
País e o maior evento cultural de Ribeirão
Preto. Uma vez por ano, escritores de re-
nome nacional e internacional se unem
aos autores ribeirão-pretanos durante uma
semana em debates, palestras, salões de
ideias, oficinas e apresentações gratuitas.
Diversas barracas de vendas de livros são
montadas durante o período, ocupando
todo o espaço da praça XV. Em 2015, rece-
beu cerca de 250 mil pessoas e cerca de 40
expositores. Segundo a Fundação Feira do
Livro, vende-se anualmente uma média de
300 mil livros.
DÁ
TEMPO!
Aproveite!
Hoje (domingo,
19) é o último dia da
Feira do Livro realiza este
ano! Passe pela praça XV, confira
os stands de venda de obras
e também as atividades
programadas
para todo o
dia.
Meu orgulho é...
F.L.PITON / A CIDADE
35. 35A CIDADEDOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
ODILLA MESTRINER
Ribeirão Preto nos
traços delicados e vivos da
artista plástica autodidata
Embora Ribeirão Preto seja con-
siderada uma cidade nova (“ape-
nas” 160 aninhos…), já tem ida-
de suficiente para saber que é fun-
damental recordar pessoas e feitos
que marcaram a história do muni-
cípio. E foram as ruas de Ribeirão
que inspiraram as primeiras obras
da artista plástica Odilla Mestri-
ner, no início de sua juventude, em
1950. Autodidata, apenas aos 27
anos passou a frequentar a Escola
de Belas Artes. Os traços delicados,
as cores vivas e mesmo os traba-
lhos em preto e branco podem ser
vistos nos museus e em agências
bancárias da cidade, além de um
mosaico em vidro exposto na en-
trada da Casa da Cultura, no Morro
do São Bento.
Meu orgulho é...
MATHEUS URENHA / A CIDADE - 09.JAN.2006
CONHEÇA
MAIS
Desde
que faleceu em
2009, aos 81 anos,
toda a obra de Odilla Mestriner
tem sido mantida pela família no
instituto homônimo – localizado
à rua Vicente de Carvalho,
1377, na
Vila Seixas.
36. 36 A CIDADE DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
USP
Estudos, pesquisas,
descobertas: a força
da universidade no
dia a dia da cidade
LAR PADRE EUCLIDES
Atendimento e muito
carinho aos idosos
A USP (Universidade de São Paulo) sur-
giu em Ribeirão Preto em meados dos anos
1940. Em 1948, foi criada a Faculdade de
Medicina, atualmente entre as 50 melhores
do País, compondo o ranking internacio-
nal Quacquarelli Symonds (QS). A faculda-
de tem importante papel para desvendar a
relaçao entre o vírus da zika e a microcefa-
lia. Atualmente, seis mil gestantes partici-
pam do estudo. A Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras (FFCLRP) também tem
grande destaque na produtividade, sendo
responsável por cerca de 4% de toda a pes-
quisa feita no Brasil.
Desde 1919, o Lar Padre
Euclides oferece moradia,
alimentação, atendimen-
to médico e odontológico,
medicamentos, recreação e
laborterapia às pessoas da
Terceira Idade. É uma ins-
tituição tradicional, locali-
zada no coração dos Cam-
pos Elíseos, na Avenida da
Saudade. A instituição vive
de doações e, atualmente,
atende 53 assistidos – mas
a capacidade é para cem
moradores. Cada idoso tem
um quarto com banheiro,
cama, guarda-roupa e te-
levisão. Na instituição, os
velhinhos recebem café da
manhã, almoço, lanche e
jantar, além de roupas e to-
do o serviço de limpeza.
VIDA
UNIVERSITÁRIA
COMO
AJUDAR
Ribeirão
Preto respira
vida universitária! São
mais de 40 mil estudantes
universitários na cidade,
sendo 20 mil deles
estrangeiros!
O lar
aceita doações
em dinheiro, alimentos,
medicamentos, roupas de
cama e fraldas geriátricas – além,
claro, de trabalho voluntário. Para ajudar
financeiramente, faça um depósito:
Banco Bradesco
Agência: 0444-8
Conta Corrente: 071978-1
Titular: Lar Padre
Euclides
Meu orgulho é...
Meu orgulho é...
SILVA JUNIOR / ESPECIAL - 23.ABR.2013
MATHEUS URENHA / A CIDADE
37. 37A CIDADEDOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
AUMENTO DOS
NEGÓCIOS
Apenas
este ano, a
organização estima
ter alcançado
R$ 1,95 bilhão em
negócios, 2% a mais
do que no ano
passado.
AGRISHOW
Do homem do
campo para o
homem de negócios
A Feira Internacional
de Tecnologia Agrícola em
Ação, carinhosamente co-
nhecida como Agrishow, é
realizada em Ribeirão Pre-
to há 23 anos e movimenta
a economia não só da cida-
de, mas atrai investimentos
e investidores do Brasil e
do mundo – não à toa, a fei-
ra é considerada uma das
maiores da América Latina
voltadas ao agronegócio. E
os números comprovam:
são 440 mil m², 152 mil vi-
sitantes, um público alta-
mente qualificado, forma-
do por produtores rurais de
todo o território nacional e
do exterior.
Meu orgulho é...
WEBER SIAN / A CIDADE
38. 38 A CIDADE DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
MERCADO MUNICIPAL
C d no Centro, o espaço
ércio diversificado
l de Ribei-
em 1900,
s ruas São
o, Américo
nimo Gon-
s, o grupo
el explorou
tura de Ri-
be ão eto to ou posse. O anti-
go prédio foi atingido pelas enchen-
tes, comuns naquele ponto da cida-
de, mas, em 7 outubro de 1942, du-
rante a Segunda Guerra Mundial, o
prédio acabou completamente des-
truído por um curto-circuito. O no-
vo prédio foi inaugurado apenas 16
anos depois – e mantém o diversifi-
cado comércio até hoje.
NOVO
MERCADÃO
O antigo
Mercado
Municipal inspirou a
criação do Novo Mercadão,
localizado na zona Zul de
Ribeirão Preto. Apesar de não ter
ligação com o Poder Público, o local
mantém a ideia de levar este
tipo de comércio para
outra região da
cidade.
Meu orgulho é...
Cravado n
do comé
O Mercado Municipal
rão Preto foi inaugurado
no quadrilátero entre as
Sebastião, José Bonifácio
Brasiliense e avenida Jerôn
çalves Durante oito anos
conc sionário do imóve
local, até que a Prefeit
beirão Preto tomou possb ere
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Bra
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até
CHOPERIA PINGUIM
Um convite ao
eterno clima
de happy hour
Considerada símbolo
de Ribeirão Preto, a chope-
ria Pinguim foi inaugurada
há 79 anos, no cruzamen-
to das ruas Álvares Cabral e
General Osório, no Centro,
no térreo do prédio Diede-
richsen. 40 anos mais tar-
de, o Pinguim abriu sua se-
gunda loja ao lado do The-
atro Pedro II, onde perma-
nece. Reza a lenda que uma
serpentina gigante ligava a
antiga fábrica da cervejaria
Antarctica, na avenida Jerô-
nimo Gonçalves, por meio
de uma tubulação subter-
rânea, servindo a bebida
direto da torneira do barril
– boato criado para justifi-
car o sempre elogiado) sa-
bor do chope. A choperia
possui outras duas lojas no
país, sendo uma em Belo
Horizonte (MG) e outra em
Brasília (DF).
Meu orgulho é...
Ribeirão
Preto tem
tradição cervejeira
– não faltam cervejarias
artesanais ganhando
espaço e a preferência do
público. A cidade
é um convite ao
happy hour.
UM
BRINDE!
FOTOS F.L.PITON / A CIDADE
39. 39A CIDADEDOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016
Acontece que eu te amo
Rosana
Zaidan
Peço licença. Quero louvar a luz de Ribeirão, a beleza de Ribeirão.
Uma beleza gravada em minhas retinas desde que a contemplei de uma curva da Anhanguera,
nua em sua cratera de vulcão. Banhada pela lua, como diria Tom Jobim na canção. Linda, sim.
E generosa. Capaz de dar um abraço de mãe em quem a fere de morte.
Como falou e disse Saulo Ramos, esta terra é um coração.
Minha primeira visão de Ribei-
rão Preto é a do velho Quarteirão
Paulista, eu ainda menina.
Aquela esplanada, que bela!
Feito filme dos anos 1950. Preto e
branco. Minha mãe de “tailleur”,
meu pai de guarda-pó...
Naquele dia, tomei um guara-
ná. Doce! – acho que era o Paulis-
ta – e comemos risoto de frango.
Como é possível memorizar sabor
tão antigo? Foi no LP – o Lanches
Paulista –, na esquina em que hoje
está o Pinguim.
Depois, eu só voltaria em 1967.
Já de mudança. Foi quando Ribei-
rão, que teve o primeiro prédio
“alto” em 1936, escolheu viver em
apartamentos. Uma febre.
Como toda forasteira, prestei
“vestibulinho” no Otoniel Mota.
Edifício imponente, de tradição
indiscutível, e com um diretor, Ro-
mero Barbosa, que ensinava His-
tória e presidia o Comercial! Do-
na Jaude lecionava Francês. Divo
Marino, Desenho. Florianete, Nice
e Sílvia Bastos, Português. Márcio
de la Corte, Matemática. Célio, Fi-
losofia. Lourenço, Latim. Aprendí-
amos também Inglês, Ciências, Es-
panhol e Geografia. Era um curso
tão bom, que, concluído, já se en-
trava na USP, em São Paulo. Sem
escalas.
Além do passaporte para a uni-
versidade, Ribeirão Preto me deu
também a primeira turma de ami-
gos. Discussões filosóficas até o sol
raiar. O primeiro festival de músi-
ca no Teatro de Arena e o primei-
ro prêmio: uma passagem de avião
para Porto Alegre. Jamais fui, mas
aprendi a querer voar. E, depois,
teatro amador. A redescoberta da
fé, com direito a batismo no rio.
Amor e utopia,casamento perfeito.
E foi aqui que me casei, na sin-
gela capelinha de São Benedito,
com a torcida do cônego Arnaldo
e João Viviani nos teclados. Aqui
nasceram meus três filhos e três de
meus cinco netos.
Como se não bastasse, aqui
descobri o Jornalismo. Primeiro
em jornal impresso, sob as bên-
çãos de Sérgio de Souza, depois na
EPTV, ao lado de João Garcia e ho-
je também em rádio, iniciante, aos
60. E sempre o jornal. O mais an-
tigo de Ribeirão é também o mais
querido, este A Cidade. Não por
acaso, hoje do grupo EPTV,com o
suporte de Toni e Boni, e claro, An-
dré, legítimos Coutinhos Noguei-
ra, fazedores de sonhos. Não é, Jo-
sué Suzuki?
Nesta terra vermelha conjuga-
mos, a um só tempo, a ciência,
que traz avanços, com a cultura
do caipira, nossa alma e nossa pal-
ma. Em que pese o Roque, Thiago.
Desta mistura, dá-se quase um mi-
lagre. Guardamos cristais, rendas
e bordados em casa, sem perder
de vista a inovação e tudo o que
vale a pena. Temos que tapar os
buracos, cuidar da saúde, melho-
rar o transporte, preservar a Cate-
dral. Mas sem esquecer da nossa
Orquestra Sinfônica. É ela que fa-
la por nós, em nossa casa afetiva, o
Theatro Pedro II. E a voz de Ribei-
rão não pode se calar.