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Lista 1 Porcentagem e Juros Matem´atica
0.1 Porque tudo tem um
pre¸co
O pre¸co foi uma das mais revolucion´arias
cria¸c˜oes de todos os tempos. Inven¸c˜ao sem
dono. O melhor seira cham´a-la de uma
evolu¸c˜ao darwinista, resultado de milhares
de anos de adapta¸c˜ao do ser humano `a
vida em sociedade: sobreviveu a maneira
mais eficiente que o homem encontrou para
alocar recursos escassos, no enunciado da
defini¸c˜ao cl´assica da ciˆencia econˆomica. Di-
ariamente tomamos decis˜oes (comprar uma
gravata, vender um apartamento, demitir
um funcion´ario, poupar para uma viagem,
ter um filho, derrubar ou plantar uma
´arvore) ponderando custos e benef´ıcios.
´E a soma dessas a¸c˜oes, feitas no ˆambito pes-
soal, que regula o custo e a disponibilidade
de gravatas, apartamentos, funcion´arios,
viagens, filhos ou mesmo ´arvores. Como diz
o jornalista americano Eduardo Porter em
O pre¸co de Todas as Coisas (tradu¸c˜ao
de C´assio de Arantes Leite; Objetiva;
288 p´aginas: 39,90 reais),”toda escolha
que fazemos ´e moldada pelos pre¸cos das
op¸c˜oes que se apresentam diante de n´os,
pesadas em rela¸c˜ao a seus benef´ıcios”. As
consequˆencias dessa atitude, mostra Porter,
nem sempre s˜ao ´obvias. At´e as formas femi-
ninas est˜ao submetidas a uma virtual bolsa
de valores veja o quadro abaixo, e o que
se apresenta como gr´atis tamb´em tem seu
pre¸co - sem falar que a dinˆamica de fixa¸c˜ao
de pre¸cos pode falhar miseravelmente, como
comprovam as bolhas financeiras.
O livro passa longe da chatea¸c˜ao do
economˆes e segue com talento a f´ormula
de best-sellers do gˆenero econˆomico-
divertido,como Frakonomics, de Eteven
Levitt e Etephen Dubner. Porter investe
boa parte do seu repert´orio de anedotas
para desafiar o senso comum. Por exem-
plo, conta como a tinta de impressora
facilmente chega a ser mais cara que um
refinado champanhe francˆes. Uma pesquisa
feita pela revista americana PC World
revelou que o pre¸co m´edio da tinta de
cartuchos novos ´e de aproximadamente 1
000 d´olares o litro; o cartucho individual
s´o parece barato porque o comprador n˜ao
considera que est´a pagando por apenas
´ınfimos mililitros de tinta. As empresas,
claro usam essa estrat´egia para iludir os
consumidores.
Uma das hist´orias contadas no livro traz
VEJA como protagonista. Nos anos 90, a
Coca-Cola desenvolveu uma m´aquina de
venda de refrigerantes na qual os pre¸cos
variam de acordo com a temperatura
ambiente. Em um dia quente, aumenta a
demanda por bebidas. Se a procura cresce,
o pre¸co deve subir, pela mais b´asica das leis
econˆomicas. A ideia se tornou conhecida
em uma entrevista com o ent˜ao presidente
da Coca, Douglas Ivester, publicada nas
P´aginas Amarelas contra a ”m´aquina de
extors˜ao autom´atica”, nas palavras do
jornal San Francisco Chronicle, fez a Coca
desistir do projeto.Por mais que Ivester,
do ponto de vista estritamente econˆomico,
estivesse coberto de raz˜ao.
Porter investiga tamb´em o custo do (apa-
rentemente) gratuito. Tome-se o caso
dos spams, aquelas infernais e indesejadas
mensagens que entopem as caixas de
e-mail. Uma universidade alem˜a calculou
que seus funcion´arios gastavam vinte horas
por ano detectando e deletando spams -
considerando o sal´ario m´edio dos 8 000
empregados, essas mensagens custavam
´a universidade cerca de 3,2 milh˜oes de
euros anuais. A internet, ali´as, ´e f´ertil na
promessa ilus´oria de conte´udo gratuito,
e a ind´ustria da m´usica ´e uma das que
mais sentiram isso na pele: as vendas de
CDs desabaram, e as grandes lojas est˜ao
fechando as portas. Sites desafiam ainda a
sobrevivˆencia de jornais impressos. Porter
especula que, dentro de uma l´ogica capita-
lista, n˜ao faz sentido produzir algo que n˜ao
seja remunerado de alguma maneira. ”Isso
violaria uma lei f´errea do universo conhecia
como ’n˜ao existe almo¸co gr´atis’”m diz.
Afinal, pop star nenhum produzir´a can¸c˜oes
se n˜ao for pra ganhar dinheiro. Paul
Mc-Cartney deixou isso claro numa de-
clara¸c˜ao famosa, citada por Porter: ”John
e eu sent´avamos para compor e diz´ıamos:
’Bom, vamos escrever uma piscina’”. ´E a
jorgecostasf@yahoo.com.br
Lista 1 Porcentagem e Juros Matem´atica
vers˜ao contemporˆanea do pensamento do
iluminista escocˆes Adam Smith, segundo o
qual ”n˜ao ´e da benevolˆencia do padeiro, do
a¸cougueiro ou do cervejeiro que eu espero
que saia meu jantar, mas sim do empenho
deles em promover seu autointeresse”.
Tudo, afinal, tem um pre¸co.
CUSTO X BENEF´ICIO
Exemplos coletados pelo jornalista ameri-
cano Eduardo Porter mostram os efeitos
curiosos das leis b´asicas da economia (e sua
distor¸c˜oes) no cotidiano.
O CALOR DO LUCRO
As vendas de refrigerante sobem nos dias
de calor e caem com o frio. De acordo
com a lei da oferta e da procura, n˜ao seria
absurdo que os pre¸cos acompanhassem
a temperatura. No fim dos anos 90, a
Coca-Cola estudou lan¸car m´aquinas de
refrigerante que cobrassem mais nos dias
quentes e baixassem o pre¸co quando es-
friasse. Mas desistiu diante da rea¸c˜ao
negativa dos consumidores.
BRINDE DE TINTA
Para atrair compradores, as impressoras
s˜ao relativamente baratas. Os fabricantes
ganham dinheiro, na verdade, com a venda
de cartuchos de tinta. O custo das recargas
supera os 1 000 d´olares por litro - o pre¸co
de um champanhe Krug vintage 1985
TUDO POR 0,99
Nos anos 60, um empres´ario californiano
descobriu que cobrar 0,99 d´olar por garrafa
aumentava as vendas de vinho. Uma pe-
chincha? Nem sempre: as vendas cresce-
ram mesmo para marcas que antes custa-
vam 0,79 e 0,89. Anos depois, Steve Jobs
lan¸cou o neg´ocio de vender m´usica a 0,99
no iTunes.
jorgecostasf@yahoo.com.br
Lista 1 Porcentagem e Juros Matem´atica
O VALOR DA SILHUETA
FEMININA
A economia influencia at´e aquilo que se
diria n˜ao ter pre¸co, com a beleza feminina.
No in´ıcio do s´eculo XX, o busto das modelos
em revistas de moda media o dobro da
sua cintura.Conforme aumentou a presen¸ca
feminina no mercado de trabalho - e as
mulheres deixaram de ser vistas apenas
como m˜aes -, o padr˜ao de beleza migrou
para tipos delgados, como o da estrela de
cinema Louise Brooks.
No anos 201, o busto era apenas 10%
maior que a cintura. As mulheres voltariam
a ganhar contornos cheios das revistas de
moda s´o nos anos 40,com sex symbols como
a mais famos Ava Gardner. Agora, mais
uma vez, com a mulher plenamente estabe-
lecida no mercado de trabalho, o padr˜ao fa-
vorece as magrelas no estilo de Angelina Jo-
lie.(artigo publicado na revista Veja, edi¸c˜ao
2228, 03 de agosto de 2011)
jorgecostasf@yahoo.com.br
Lista 1 Porcentagem e Juros Matem´atica
Aumento e Desconto
A economia de um pa´ıs est´a suscet´ıvel a
situa¸c˜oes impostas pelo mercado mundial,
pois h´a um v´ınculo entre as atividades
econˆomicas desenvolvidas por diferentes
pa´ıses. Atualmente os empres´arios bus-
cam in´umeras alternativas de convencer
o consumidor a optar por seus produ-
tos, in´umeras promo¸c˜oes s˜ao realizadas,
v´arias op¸c˜oes de pagamento s˜ao oferecidas,
diversas taxas de juros s˜ao utilizadas en-
tre outras jogadas comerciais.(SILVA, 2011)
´E importante estarmos atentos no mo-
mento de comprarmos um produto. O in-
teressante ´e pesquisar e buscar negociar o
melhor pre¸co perante mercadorias com me-
lhor qualidade. Os an´uncios de descontos fi-
cam estampados na entrada dos com´ercios,
todos envolvendo n´umeros percentuais (por-
centagem), que s˜ao a forma mais adequada
de fornecimento de desconto. Dessa forma,
´e de extrema importˆancia que saibamos
alguns fundamentos de Matem´atica finan-
ceira, principalmente aqueles que envolvem
porcentagem, pois s˜ao os mais utilizados
pelos vendedores, afim de n˜ao sairmos no
preju´ızo e de verificarmos se realmente est˜ao
cumprindo com o informado.(FLAMMING
et al., 2014)
Tabela 1: Aumento
Aumentar Fator Multiplicar
10% (1+0.1) 1,1
20% (1+0,2) 1,2
5% (1+0,05) 1,05
100% (1+1) 2
Tabela 2: Desconto
Reduzir Fator Multiplicar
10% (1-0.9) 0,9
20% (1-0,2) 0,8
5% (1-0,05) 0,95
12% (1-0,12) 0,88
Juros Simples
Valor que se refere pelo empr´estimo de um
capital.
J= C. i. t ou J = Vi. i . t
Sendo: J = juros
C = capital inicial
i= taxa de juros
t = tempo ou per´ıodo
Vi = Valor inicial
Montante ou Valor final
Valor final `a receber somando o capital
mais a taxa de juros.
M=Vf = C + J
Exemplo:
1) Um capital de R$ 20.000,00 ´e aplicado
a juros simples a taxa de 2% ao mˆes pelo
per´ıodo de um ano, determine proveniente
o montante dessa aplica¸c˜ao:
Resposta:
Determinando o valor do juros.
J= C.i.t = 20.000,00 x 0,02 x 12 = 4.800,00
Determinando o montante.
M= C + J = 20.000,00 + 4.800,00
M= R$ 24.800,00
2)Determine o tempo necess´ario para que
um capital triplique, aplicado a juros
simples a taxa de juros de 40% ao ano.
Resposta:
Capital = c
Montante =3c
Juros = 2c
Sendo:
J = c .i .t→ 2c = c. 0,4t
t = 2
0,4
→ t = 5anos
Agora, vamos utilizar o capital de R$
100.000,00 a taxa de juros de 10% ao ano
para comparar os valores em juros simples
e juros compostos:
Tabela 3: Diferen¸ca entre juros simples e
juros compostos
Ano Juros Simples Juros Compostos
1 100,00 100,00
2 110,00 110,00
3 120,00 121,00
4 130,00 133,00
jorgecostasf@yahoo.com.br
Lista 1 Porcentagem e Juros Matem´atica
Atrav´es da tabela acima podemos
identificar uma diferen¸ca entre os juros
seimples e o juros compostos. Podemos
deduzir a equa¸c˜ao do juros compostos a
partir da equa¸c˜ao do juros simples. J = c.i.t
Para o primeiro ano temos:
Vf = Vi + i.Vi = Vi.( 1 + i )
Para o segundo ano temos:
Vf = Vi( 1 + i ) + Vi + i.Vi
Vf = Vi( 1 + i ).( 1 + i ) = Vi.(1 + i)2
Para o terceiro ano temos:
Vf = Vi( 1 + i ) + Vi.(1 + i)2
Vf = Vi (1 + i)3
Generalizando temos:
Vf = Vi (1 + i)n
onde, Vf ´e o valor final, = Vi ´e o valor inicial
e i ´e o percentual que foi acrescentado (+)
ou diminu´ıdo (-) e n ´e o per´ıodo ou tempo
de investimento.
0.1.1 Exerc´ıcios
jorgecostasf@yahoo.com.br
Referˆencias Bibliogr´aficas
[1]SILVA, M. N. P. da. Ma-
tem´atica financeira. In: . [S.l.]:
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/aumentos-
descontos.htm, 2011.
[2]FLAMMING, N. et al. Robowiki.
University of NY, 2014.
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Porc.juros

  • 1. Lista 1 Porcentagem e Juros Matem´atica 0.1 Porque tudo tem um pre¸co O pre¸co foi uma das mais revolucion´arias cria¸c˜oes de todos os tempos. Inven¸c˜ao sem dono. O melhor seira cham´a-la de uma evolu¸c˜ao darwinista, resultado de milhares de anos de adapta¸c˜ao do ser humano `a vida em sociedade: sobreviveu a maneira mais eficiente que o homem encontrou para alocar recursos escassos, no enunciado da defini¸c˜ao cl´assica da ciˆencia econˆomica. Di- ariamente tomamos decis˜oes (comprar uma gravata, vender um apartamento, demitir um funcion´ario, poupar para uma viagem, ter um filho, derrubar ou plantar uma ´arvore) ponderando custos e benef´ıcios. ´E a soma dessas a¸c˜oes, feitas no ˆambito pes- soal, que regula o custo e a disponibilidade de gravatas, apartamentos, funcion´arios, viagens, filhos ou mesmo ´arvores. Como diz o jornalista americano Eduardo Porter em O pre¸co de Todas as Coisas (tradu¸c˜ao de C´assio de Arantes Leite; Objetiva; 288 p´aginas: 39,90 reais),”toda escolha que fazemos ´e moldada pelos pre¸cos das op¸c˜oes que se apresentam diante de n´os, pesadas em rela¸c˜ao a seus benef´ıcios”. As consequˆencias dessa atitude, mostra Porter, nem sempre s˜ao ´obvias. At´e as formas femi- ninas est˜ao submetidas a uma virtual bolsa de valores veja o quadro abaixo, e o que se apresenta como gr´atis tamb´em tem seu pre¸co - sem falar que a dinˆamica de fixa¸c˜ao de pre¸cos pode falhar miseravelmente, como comprovam as bolhas financeiras. O livro passa longe da chatea¸c˜ao do economˆes e segue com talento a f´ormula de best-sellers do gˆenero econˆomico- divertido,como Frakonomics, de Eteven Levitt e Etephen Dubner. Porter investe boa parte do seu repert´orio de anedotas para desafiar o senso comum. Por exem- plo, conta como a tinta de impressora facilmente chega a ser mais cara que um refinado champanhe francˆes. Uma pesquisa feita pela revista americana PC World revelou que o pre¸co m´edio da tinta de cartuchos novos ´e de aproximadamente 1 000 d´olares o litro; o cartucho individual s´o parece barato porque o comprador n˜ao considera que est´a pagando por apenas ´ınfimos mililitros de tinta. As empresas, claro usam essa estrat´egia para iludir os consumidores. Uma das hist´orias contadas no livro traz VEJA como protagonista. Nos anos 90, a Coca-Cola desenvolveu uma m´aquina de venda de refrigerantes na qual os pre¸cos variam de acordo com a temperatura ambiente. Em um dia quente, aumenta a demanda por bebidas. Se a procura cresce, o pre¸co deve subir, pela mais b´asica das leis econˆomicas. A ideia se tornou conhecida em uma entrevista com o ent˜ao presidente da Coca, Douglas Ivester, publicada nas P´aginas Amarelas contra a ”m´aquina de extors˜ao autom´atica”, nas palavras do jornal San Francisco Chronicle, fez a Coca desistir do projeto.Por mais que Ivester, do ponto de vista estritamente econˆomico, estivesse coberto de raz˜ao. Porter investiga tamb´em o custo do (apa- rentemente) gratuito. Tome-se o caso dos spams, aquelas infernais e indesejadas mensagens que entopem as caixas de e-mail. Uma universidade alem˜a calculou que seus funcion´arios gastavam vinte horas por ano detectando e deletando spams - considerando o sal´ario m´edio dos 8 000 empregados, essas mensagens custavam ´a universidade cerca de 3,2 milh˜oes de euros anuais. A internet, ali´as, ´e f´ertil na promessa ilus´oria de conte´udo gratuito, e a ind´ustria da m´usica ´e uma das que mais sentiram isso na pele: as vendas de CDs desabaram, e as grandes lojas est˜ao fechando as portas. Sites desafiam ainda a sobrevivˆencia de jornais impressos. Porter especula que, dentro de uma l´ogica capita- lista, n˜ao faz sentido produzir algo que n˜ao seja remunerado de alguma maneira. ”Isso violaria uma lei f´errea do universo conhecia como ’n˜ao existe almo¸co gr´atis’”m diz. Afinal, pop star nenhum produzir´a can¸c˜oes se n˜ao for pra ganhar dinheiro. Paul Mc-Cartney deixou isso claro numa de- clara¸c˜ao famosa, citada por Porter: ”John e eu sent´avamos para compor e diz´ıamos: ’Bom, vamos escrever uma piscina’”. ´E a jorgecostasf@yahoo.com.br
  • 2. Lista 1 Porcentagem e Juros Matem´atica vers˜ao contemporˆanea do pensamento do iluminista escocˆes Adam Smith, segundo o qual ”n˜ao ´e da benevolˆencia do padeiro, do a¸cougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia meu jantar, mas sim do empenho deles em promover seu autointeresse”. Tudo, afinal, tem um pre¸co. CUSTO X BENEF´ICIO Exemplos coletados pelo jornalista ameri- cano Eduardo Porter mostram os efeitos curiosos das leis b´asicas da economia (e sua distor¸c˜oes) no cotidiano. O CALOR DO LUCRO As vendas de refrigerante sobem nos dias de calor e caem com o frio. De acordo com a lei da oferta e da procura, n˜ao seria absurdo que os pre¸cos acompanhassem a temperatura. No fim dos anos 90, a Coca-Cola estudou lan¸car m´aquinas de refrigerante que cobrassem mais nos dias quentes e baixassem o pre¸co quando es- friasse. Mas desistiu diante da rea¸c˜ao negativa dos consumidores. BRINDE DE TINTA Para atrair compradores, as impressoras s˜ao relativamente baratas. Os fabricantes ganham dinheiro, na verdade, com a venda de cartuchos de tinta. O custo das recargas supera os 1 000 d´olares por litro - o pre¸co de um champanhe Krug vintage 1985 TUDO POR 0,99 Nos anos 60, um empres´ario californiano descobriu que cobrar 0,99 d´olar por garrafa aumentava as vendas de vinho. Uma pe- chincha? Nem sempre: as vendas cresce- ram mesmo para marcas que antes custa- vam 0,79 e 0,89. Anos depois, Steve Jobs lan¸cou o neg´ocio de vender m´usica a 0,99 no iTunes. jorgecostasf@yahoo.com.br
  • 3. Lista 1 Porcentagem e Juros Matem´atica O VALOR DA SILHUETA FEMININA A economia influencia at´e aquilo que se diria n˜ao ter pre¸co, com a beleza feminina. No in´ıcio do s´eculo XX, o busto das modelos em revistas de moda media o dobro da sua cintura.Conforme aumentou a presen¸ca feminina no mercado de trabalho - e as mulheres deixaram de ser vistas apenas como m˜aes -, o padr˜ao de beleza migrou para tipos delgados, como o da estrela de cinema Louise Brooks. No anos 201, o busto era apenas 10% maior que a cintura. As mulheres voltariam a ganhar contornos cheios das revistas de moda s´o nos anos 40,com sex symbols como a mais famos Ava Gardner. Agora, mais uma vez, com a mulher plenamente estabe- lecida no mercado de trabalho, o padr˜ao fa- vorece as magrelas no estilo de Angelina Jo- lie.(artigo publicado na revista Veja, edi¸c˜ao 2228, 03 de agosto de 2011) jorgecostasf@yahoo.com.br
  • 4. Lista 1 Porcentagem e Juros Matem´atica Aumento e Desconto A economia de um pa´ıs est´a suscet´ıvel a situa¸c˜oes impostas pelo mercado mundial, pois h´a um v´ınculo entre as atividades econˆomicas desenvolvidas por diferentes pa´ıses. Atualmente os empres´arios bus- cam in´umeras alternativas de convencer o consumidor a optar por seus produ- tos, in´umeras promo¸c˜oes s˜ao realizadas, v´arias op¸c˜oes de pagamento s˜ao oferecidas, diversas taxas de juros s˜ao utilizadas en- tre outras jogadas comerciais.(SILVA, 2011) ´E importante estarmos atentos no mo- mento de comprarmos um produto. O in- teressante ´e pesquisar e buscar negociar o melhor pre¸co perante mercadorias com me- lhor qualidade. Os an´uncios de descontos fi- cam estampados na entrada dos com´ercios, todos envolvendo n´umeros percentuais (por- centagem), que s˜ao a forma mais adequada de fornecimento de desconto. Dessa forma, ´e de extrema importˆancia que saibamos alguns fundamentos de Matem´atica finan- ceira, principalmente aqueles que envolvem porcentagem, pois s˜ao os mais utilizados pelos vendedores, afim de n˜ao sairmos no preju´ızo e de verificarmos se realmente est˜ao cumprindo com o informado.(FLAMMING et al., 2014) Tabela 1: Aumento Aumentar Fator Multiplicar 10% (1+0.1) 1,1 20% (1+0,2) 1,2 5% (1+0,05) 1,05 100% (1+1) 2 Tabela 2: Desconto Reduzir Fator Multiplicar 10% (1-0.9) 0,9 20% (1-0,2) 0,8 5% (1-0,05) 0,95 12% (1-0,12) 0,88 Juros Simples Valor que se refere pelo empr´estimo de um capital. J= C. i. t ou J = Vi. i . t Sendo: J = juros C = capital inicial i= taxa de juros t = tempo ou per´ıodo Vi = Valor inicial Montante ou Valor final Valor final `a receber somando o capital mais a taxa de juros. M=Vf = C + J Exemplo: 1) Um capital de R$ 20.000,00 ´e aplicado a juros simples a taxa de 2% ao mˆes pelo per´ıodo de um ano, determine proveniente o montante dessa aplica¸c˜ao: Resposta: Determinando o valor do juros. J= C.i.t = 20.000,00 x 0,02 x 12 = 4.800,00 Determinando o montante. M= C + J = 20.000,00 + 4.800,00 M= R$ 24.800,00 2)Determine o tempo necess´ario para que um capital triplique, aplicado a juros simples a taxa de juros de 40% ao ano. Resposta: Capital = c Montante =3c Juros = 2c Sendo: J = c .i .t→ 2c = c. 0,4t t = 2 0,4 → t = 5anos Agora, vamos utilizar o capital de R$ 100.000,00 a taxa de juros de 10% ao ano para comparar os valores em juros simples e juros compostos: Tabela 3: Diferen¸ca entre juros simples e juros compostos Ano Juros Simples Juros Compostos 1 100,00 100,00 2 110,00 110,00 3 120,00 121,00 4 130,00 133,00 jorgecostasf@yahoo.com.br
  • 5. Lista 1 Porcentagem e Juros Matem´atica Atrav´es da tabela acima podemos identificar uma diferen¸ca entre os juros seimples e o juros compostos. Podemos deduzir a equa¸c˜ao do juros compostos a partir da equa¸c˜ao do juros simples. J = c.i.t Para o primeiro ano temos: Vf = Vi + i.Vi = Vi.( 1 + i ) Para o segundo ano temos: Vf = Vi( 1 + i ) + Vi + i.Vi Vf = Vi( 1 + i ).( 1 + i ) = Vi.(1 + i)2 Para o terceiro ano temos: Vf = Vi( 1 + i ) + Vi.(1 + i)2 Vf = Vi (1 + i)3 Generalizando temos: Vf = Vi (1 + i)n onde, Vf ´e o valor final, = Vi ´e o valor inicial e i ´e o percentual que foi acrescentado (+) ou diminu´ıdo (-) e n ´e o per´ıodo ou tempo de investimento. 0.1.1 Exerc´ıcios jorgecostasf@yahoo.com.br
  • 6. Referˆencias Bibliogr´aficas [1]SILVA, M. N. P. da. Ma- tem´atica financeira. In: . [S.l.]: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/aumentos- descontos.htm, 2011. [2]FLAMMING, N. et al. Robowiki. University of NY, 2014. 6