Este documento discute os principais paradigmas de pesquisa em educação, incluindo o positivista, interpretativo e crítico. Ele fornece definições de paradigma e explica cada um, mostrando como eles influenciam a pesquisa educacional. Um mapa conceitual sistematiza as abordagens e fontes bibliográficas são fornecidas.
1. Tabela de conteúdo[ HYPERLINK quot;
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esconder]1 Conceito de Paradigma2 Paradigmas Positivista, Interpretativo e Crítico3 Sistematização dos Paradigmas (Mapa Conceptual)4 Considerações Finais5 Bibliografia<br />Conceito de Paradigma<br />O termo paradigma tem vindo a ser usado por muitas pessoas nomeadamente nos últimos tempos, incorporado nos mais diversos meios. É natural, por exemplo, ouvirmos falar ou encontrarmos escrito em artigos em revistas, jornais ou textos científicos em que se anuncie que estamos viver quot;
novos paradigmasquot;
, quot;
mudança de paradigmasquot;
, quot;
paradigmas em crisequot;
. Nas conversas mais informais, é possível até encontrar o uso não apropriado deste termo ou a boa colocação deste quando analisamos um comportamento fora do normal, fora do aceito. E aí sentenciamos: esta pessoa “quebrou o paradigma” ou “rompeu com um paradigma”. Os cenários parecem diferentes, mas o conceito de paradigma tem um significado relacionado com a noção de modelo, forma ou padrão, que se expressa nas definições destacadas a seguir. <br />quot;
Um conjunto de princípios, teorias, estratégias metódicas e resultados cruciais que servem de modelo ou quadro orientador às pesquisas produzidas na sua áreaquot;
. (Silva e Pinto,1986 citado por Fernandes et al, 2002)<br />“Modelo ou padrões compartilhados que permitem a explicação de certos aspectos da realidade”. Moraes (1997, com base em Kuhn (1994)<br />quot;
A cada paradigma corresponde uma forma de entender a realidade e encarar os problemas educativos e a evolução processa-se quando surgem novas formas de equacionar as questões impulsionando a que os paradigmas fluam, entrem em conflito na busca de novas soluções para os problemas do ensino e da aprendizagemquot;
. (Coutinho, 2006)<br />quot;
Os paradigmas nem sempre competem entre si, os antigos não morrem, na maior parte das vezes são “completados” ou permanecem coexistindo com os novos paradigmasquot;
. Lakatos (citado em Coutinho, 2005)<br />quot;
Um misto de pressupostos filosóficos, de modelos teóricos, de conceitos-chave, de resultados influentes de investigações, constituindo um universo habitual de pensamento para os investigadores num dado momento do desenvolvimento de uma disciplinaquot;
. Herman (1983, citado em Lessard-Hébert et all., 1990)<br />quot;
O Paradigma (do grego parádeigma) literalmente modelo, é a representação de um padrão a ser seguido. É um pressuposto filosófico, matriz, ou seja, uma teoria, um conhecimento que origina o estudo de um campo científico; uma realização científica com métodos e valores que são concebidos como modelo; uma referência inicial como base de modelo para estudos e pesquisasquot;
. (Wikipédia)<br />Perante o referencial teórico apresentado concluímos que, um paradigma é uma tentativa de compreender toda uma mutação na forma de produzir conhecimentos ao longo do desenvolvimento da ciência e como estas influenciam a nossa forma de pensar e investigar em educação. A Educação, tratando-se de uma área com diversidade de linguagens e lógicas no que compete a investigação sobre os seus fenómenos, comporta visões ontológicas distintas, apoiadas em princípios teórico-filosóficos. Este espaço é influenciado por modelos de ciência que imperam em cada momento histórico (Moraes, 1997), e que explicam a relação que temos com a natureza assim como com a própria vida, portanto, reflecte um conjunto de valores pertencente a um sistema ou a uma comunidade. <br />Paradigmas Positivista, Interpretativo e Crítico<br />Quadro adaptado do grupo de trabalho da Universidade do Minho intitulado Paradigmas de Investigação em Educação (Rute Lopes, Diogo Machado, José carlos Lima; Severino Gonçalves e Rui Pinheiro, 2008/09). <br />Sistematização dos Paradigmas (Mapa Conceptual)<br />A cor de cada elemento do mapa está relacionada com a fonte bibliográfica que o originou. Nesse sentido é apresentada no canto superior direito do mapa, uma tabela com todas as fontes utilizadas. <br />Para uma correcta exploração do mapa necessitará do Flash Player instalado no seu browser. <br />Considerações Finais<br />Pretendemos com o presente trabalho contextualizar o conceito de paradigma e o modo como ele sustenta filosoficamente as formas de pensar, de organizar o conhecimento e também de desenvolver investigação em educação. <br />O conceito de paradigma remete-nos para a forma como se produz saberes, informações e novos conhecimentos pelo campo científico, bem como para o impacto que estes produzem na realidade, constituindo-se por isso em grandes referências para um saber científico de uma época. Quando olhamos para trás, através das eras, através dos pressupostos filosóficos e de acontecimentos marcantes para uma época, observamos um intricado conjunto de relações sociais, de justificação das formas de propriedade e de produção da vida humana, onde pode entender-se a complexa evolução da história do homem, da relação homem e sociedade, da relação homem e conhecimento e estes intricados projectos de vida subsistem configurados em um ou mais paradigmas num mesmo período histórico. Os paradigmas traduzem conceitos de humanidade, da relação do Homem com o mundo, com os objectos. Aí está o seu poder: o de traduzir, de representar lugar, posições, papéis, ideias para os fenómenos e objectos reunidos num mesmo espaço e num mesmo tempo. <br />Os paradigmas surgem, pois, no processo interno contínuo em que se deu o desenvolvimento da ciência e dos modelos científicos apresentados e defendidos, que provocaram muitas mudanças na vida social através dos tempos. Os paradigmas são mais facilmente perceptíveis quando um novo modelo de ciência se instaura, evidenciando-se diferenças as formas de pensar e explicar os fenómenos. Um modelo dominante tende a esgotar-se quando surgem novos fenómenos para os quais suas bases não possuem explicações ou quando já não há credibilidade a validade científica das suas bases estruturantes. Nesse momento surge a necessidade de gerar novos conhecimentos que dêem conta dos novos fenómenos e de assegurar a fiabilidade na metodologia científica a ser empregue no tratamento dos dados que podem ser gerados. Quando uma nova forma de pensar é reconhecida como fiável pela comunidade científica poderá assim substituir o modelo científico anterior ou coexistir como um novo paradigma que disputa a legitimidade e a hegemonia na construção de conhecimento. <br />A história é testemunha da busca que o homem trava consigo e com a sua forma de pensar, pois quando o pensamento se traduz em ideias que passam de geração em geração, o homem vê-se limitado por determinismos. Resulta então a busca de novos conceitos que permitam ajustar-se a novas formas de viver e de relacionar-se com tudo que existe, sem o subjugar. Neste contexto, que paradigma pode ser tomado hoje, que permita ao homem deste século produzir novas formas de pensar, adequadas a uma nova conjuntura espacial e temporal? Que paradigma pode ser assumido para traduzir o homem de hoje na sua complexidade? Qual deles dará ferramentas ao homem para manobrar o presente de modo que possa ter um futuro imediato mais controlado? Qual deles permite ao homem ter uma maior compreensão, uma maior consciência de si? <br />Alguns autores consideram que, do ponto de vista metodológico, não há contradição nem continuidade entre investigação quantitativa e qualitativa, sendo apenas de natureza diferente. Considera-se também que, do ponto de vista epistemológico, nenhuma das duas abordagens é mais científica do que a outra, pelo que uma abordagem qualitativa em si não garante a compreensão em profundidade dos fenómenos nem uma pesquisa, por ser quantitativa, se torna necessariamente objectiva. Arriscar dizer que o paradigma qualitativo e o paradigma crítico são os paradigmas que melhor se adequam nas respostas para as perguntas acima anunciadas é também assumir um risco elevado. A resposta parece estar na observação do objecto científico, defrontando as suas características e singularidades. Há que distinguir as especificidades do objecto, as suas peculiaridades dentro de um universo em constante movimento, transformações e relações de interdependência e interconexões, para então se optar por vê-lo à luz de um determinado paradigma. <br />Bibliografia<br />BLAXTER L.; HUGHES C.; TIGHT, M. ,(2001) How to research . 2nd ed. Buckingham : Open University Press, 2001. : il.. ISBN 0-335-20903-3<br />COUTINHO, C.; SOUSA, A.; DIAS, A.; BESSA, F.; FERREIRA, M.; VIEIRA, S. (2009), Investigação-Acção: Metodologia Preferencial nas Práticas Educativas Universidade do Minho Psicologia, Educação e Cultura 2009, Vol. Xiii n.2 pp. 455-479<br />COUTINHO, C. (2006), Aspectos metodológicos da investigação em tecnologia educativa em Portugal (1985-2000), Univ. do Minho. 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http://wiki.ua.sapo.pt/wiki/Paradigmas_de_Investiga%C3%A7%C3%A3oquot;
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