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COSMOGONIAS E FILOSOFIA:
 Do Mito para o Logos




 As cosmogonias
 são os mitos
 que narram
 a origem do universo.




• Hesíodo, na Teogonia:
• Antes de todas as coisas, surgiu o Caos; depois
  Géia (terra), de vasto seio, assento sempre firme
  de todos os Imortais que habitam os cumes do
  Olimpo, e o Tártaro tenebroso nos recessos da
  terra espaçosa, e Eros, o mais belo dos Deuses
  Imortais... Do Caos nasceram Erebo e a negra
  Noite; da Noite foram gerados o Eter e o Dia. A
  Terra gerou, semelhante a si própria em grandeza,
  o Céu (Urano)... e gerou depois os grandes
  montes, morada dos deuses e das Ninfas, que
  habitam nos seus vales."




                                                      1
• Aristóteles diz, na Metafísica:
• "O amante do mito é, de certo modo,
  também um filósofo, uma vez que o mito se
  compõe de coisas admiráveis. Costuma-se
  dizer que os deuses têm forma humana ou
  se transformam em semelhantes a outros
  seres viventes...”




• carácter      antropomórfico       das
  personagens mitológicas.
• os    problemas      cósmicos    foram
  concebidos inicialmente sob a forma de
  problemas humanos,
• traduzidos na personificação dos
  fenómenos     naturais   em    deuses,
  semideuses e heróis.




    • as mesmas forças que governavam a
      natureza, agiam no mundo humano
    • ao procurar compreender a natureza,
      o pensamento mítico já possuía
      conceitos relativos ao mundo
      humano.




                                              2
• Não é tarefa fácil traçar a fronteira entre o
  período em que prevaleceu o pensamento
  mítico e o aparecimento do pensamento
  racional.
• A epopeia de Homero, demonstra tão
  estreita interpenetração do pensamento
  mítico com os elementos racionais, que
  se torna impossível separá-los.




 •   não houve uma ruptura drástica entre
     ambos, mas sim uma passagem lenta e
     gradual.
 •    Os primeiros filósofos da natureza
     sucedem às teogonias, sem solução de
     continuidade,
 •   e no entanto, realizam
                        um
     extraordinário avanço em
     relação a estas.




 • devemos considerar a
   origem da filosofia e
   da ciência (pensamento
   lógico, racional)
 • como um processo de
   progressiva
   racionalização da
   visão religiosa do
   mundo implícita nos
   mitos.




                                                  3
No dizer de W. Jaegger:
 “esta íntima conexão (entre o mito e o
 pensamento racional) dá unidade
 arquitectónica à história do espírito grego...
 Não é fácil decidir se a ideia dos poemas
 homéricos, segundo a qual o Oceano é a
 origem de todas as coisas, difere da
 concepção de Tales, que considera a água o
 principio originário do mundo.
 O início da filosofia cientifica não
 coincide, nem com o principio do
 pensamento racional nem com o fim do
 pensamento mítico”.




 • A característica predominante dos
   primeiros filósofos,
 • chamados físicos
 • é a de se preocuparem em dar uma
   resposta à pergunta:
 • “O que existe?”.




 • Para a qual a resposta é:

 •   “as coisas existem”.




                                                  4
• Outra pergunta a que procuraram responder
  foi: “de que são feitas as coisas?”.
• Para a qual cada um dos filósofos
 encontrou uma resposta diferente,
• na busca
         do elemento
 fundamental constitutivo de
 todas as coisas.




                                              5

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  • 1. COSMOGONIAS E FILOSOFIA: Do Mito para o Logos As cosmogonias são os mitos que narram a origem do universo. • Hesíodo, na Teogonia: • Antes de todas as coisas, surgiu o Caos; depois Géia (terra), de vasto seio, assento sempre firme de todos os Imortais que habitam os cumes do Olimpo, e o Tártaro tenebroso nos recessos da terra espaçosa, e Eros, o mais belo dos Deuses Imortais... Do Caos nasceram Erebo e a negra Noite; da Noite foram gerados o Eter e o Dia. A Terra gerou, semelhante a si própria em grandeza, o Céu (Urano)... e gerou depois os grandes montes, morada dos deuses e das Ninfas, que habitam nos seus vales." 1
  • 2. • Aristóteles diz, na Metafísica: • "O amante do mito é, de certo modo, também um filósofo, uma vez que o mito se compõe de coisas admiráveis. Costuma-se dizer que os deuses têm forma humana ou se transformam em semelhantes a outros seres viventes...” • carácter antropomórfico das personagens mitológicas. • os problemas cósmicos foram concebidos inicialmente sob a forma de problemas humanos, • traduzidos na personificação dos fenómenos naturais em deuses, semideuses e heróis. • as mesmas forças que governavam a natureza, agiam no mundo humano • ao procurar compreender a natureza, o pensamento mítico já possuía conceitos relativos ao mundo humano. 2
  • 3. • Não é tarefa fácil traçar a fronteira entre o período em que prevaleceu o pensamento mítico e o aparecimento do pensamento racional. • A epopeia de Homero, demonstra tão estreita interpenetração do pensamento mítico com os elementos racionais, que se torna impossível separá-los. • não houve uma ruptura drástica entre ambos, mas sim uma passagem lenta e gradual. • Os primeiros filósofos da natureza sucedem às teogonias, sem solução de continuidade, • e no entanto, realizam um extraordinário avanço em relação a estas. • devemos considerar a origem da filosofia e da ciência (pensamento lógico, racional) • como um processo de progressiva racionalização da visão religiosa do mundo implícita nos mitos. 3
  • 4. No dizer de W. Jaegger: “esta íntima conexão (entre o mito e o pensamento racional) dá unidade arquitectónica à história do espírito grego... Não é fácil decidir se a ideia dos poemas homéricos, segundo a qual o Oceano é a origem de todas as coisas, difere da concepção de Tales, que considera a água o principio originário do mundo. O início da filosofia cientifica não coincide, nem com o principio do pensamento racional nem com o fim do pensamento mítico”. • A característica predominante dos primeiros filósofos, • chamados físicos • é a de se preocuparem em dar uma resposta à pergunta: • “O que existe?”. • Para a qual a resposta é: • “as coisas existem”. 4
  • 5. • Outra pergunta a que procuraram responder foi: “de que são feitas as coisas?”. • Para a qual cada um dos filósofos encontrou uma resposta diferente, • na busca do elemento fundamental constitutivo de todas as coisas. 5