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Aproveitamento do resíduo de laranja
para a produção de enzimas
lignocelulolíticas
por Pleurotus ostreatus (Jack:Fr)
Universidade Federal do Ceará
Departamento de Tecnologia de Alimentos
Disciplina: Enzimologia e Tecnologia das Fermentações
Professora: Vanesca Frota
Ana Beatriz Bezerra Moraes
Ana Cláudia de Morais Lima Nascimento
Ana Karoline Ferreira Leite
Haysa Sales Rodrigues
Rayane Rodrigues
Sinara Lemos de Paiva
1. Introdução
2.Objetivos
3. Materiais e Métodos
4. Resultados e Discussão
5. Considerações Finais
6. Etapas Futuras
7. Referências Bibliográficas
Sumário
2
1. Introdução
3
• Nos últimos anos, há um interesse
crescente no uso de diversos resíduos
agroindustriais;
• Produção de diversas moléculas:
proteínas microbianas, ácidos orgânicos,
etanol, enzimas e metabólitos
secundários biologicamente ativos;
• Economicamente viável;
• Reduz os problemas ambientais.
4
1. Introdução
• A laranja está entre as frutas mais
produzidas e consumidas no mundo;
• A citricultura é uma das atividades
agrícolas que mais vem se desenvolvendo
na região noroeste do Paraná;
• 34% da produção é transformada em
suco;
• Em grandes países produtores esta
percentagem chega a 96%;
• O resíduo equivale a 50% do peso da fruta
e tem uma umidade aproximada de 82%.
5
1. Introdução
• O resíduo de laranja é usado
principalmente como complemento para
ração animal;
• Estes resíduos possuem utilização restrita;
• Grande quantidade de água e alto custo de
secagem;
• Interesse das empresas em desenvolver
mercado para bagaço cítrico úmido;
• Os resíduos de laranja podem ser utilizados
na obtenção de fertilizantes orgânicos,
pectina, óleos essenciais, compostos com
atividade antioxidante e várias enzimas
(pectinases e amilases).
6
1. Introdução
• Pleurotus spp.(Jack:Fr) Kumm.
(Pleurotaceae, Basidiomicetes) é um grupo
de cogumelos com alto valor nutricional;
• São fungos causadores da podridão branca
da madeira;
• Degradam a lignina, um polímero fenólico
recalcitrante encontrado nos vegetais;
• Produzem enzimas lignocelulolíticas
(lacases, Mn peroxidase e peroxidase
versátil) .
7
1. Introdução
• Cultura em estado sólido;
• Possibilita a obtenção de elevadas
atividades de enzimas, incluindo enzimas
ligninolíticas;
• O crescimento do microrganismo pode
ocorrer na superfície ou em todo o
substrato;
• A escolha do substrato específico deve
está relacionado ao custo e viabilidade;
• O cultivo em substratos lignocelulósicos
fornece elementos à nutrição fungica.
2. Objetivos
8
Neste trabalho foi proposto o uso de resíduos de laranja
como substrato para a obtenção de enzimas hidrolíticas e
oxidativas envolvidas na degradação de materiais
lignocelulósicos, como: lacase (EC 1.10.3.2), manganês
peroxidase (EC 1.11.1.14), xilanase (EC 3.2.1.8) e endo-1,4
glucanase (EC 3.2.1.4), por Pleurotus ostreatus cultivados
em estado sólido.
3.1- Microorganismo
● Pleurotus ostreatus CCB2;
● Em laboratório, a espécie é mantida por repiques
periódicos em ágar batata dextrose (BDA);
● Placas totalmente colonizadas, com até 2 semanas de
idade;
● Discos com 10 mm de diâmetro;
3. Materiais e Métodos
9
3.2 - Preparo dos resíduos de laranja
● Indústrias de suco da região de Maringá – PR;
● Secagem (estufa de ventilação forçada 35° C –
peso constante) e moagem;
● Após a Secagem: os resíduos foram triturados
em partículas com diâmetro médio de 4 mm;
10
3. Materiais e Métodos
3.3 - Condições de cultivo
4g resíduo de laranja seco – (Erlenmeyer 250 mL);
Foi adicionado Solução mineral ao substrato –
(umidades iniciais variando de 50 a 90%);
Os meios foram esterilizados em autoclave por 15 min.
a 121 °C;
4 discos de 10 mm de diâmetro das culturas de P.
ostreatus em BDA foram assepticamente transferidos
para os frascos;
11
3. Materiais e Métodos
3.3 - Condições de cultivo
As culturas foram mantidas em Temperaturas variáveis
(20 – 35°C até 30 dias) na presença/ausência de luz;
As culturas interrompidas a cada cinco dias;
As massas miceliais foram retiradas com auxílio de
uma espátula, lavadas com água destilada 2 vezes e
secas em estufa a 60 °C até peso constante para
determinação da biomassa.
12
3. Materiais e Métodos
3.4 - Extração das enzimas
 Retirada da biomassa enzimas foram extraídas
adicionada 20 mL de água destilada substrato
culturas remanescentes;
 Mantidos a 8°C sob agitação/30min.;
 Materiais sólidos separados por filtração (gaze);
13
3. Materiais e Métodos
3.4 - Extração das enzimas
 Filtrados foram centrifugados/10min;
 Os sobrenadantes límpidos foram utilizados
como fontes das enzimas.
14
3. Materiais e Métodos
3.5 - Determinação das atividades enzimáticas
Lacase
- Substrato sirigaldazina
- Mistura:
1,5mL tampão fosfato (100 mM; pH 6,5)
0,2mL de sirigaldazina (0,5 mM em solução etanólica)
0,1mL de filtrado da cultura
Oxidação após 5min e a 30ºC absorve em 525nm
15
3. Materiais e Métodos
3.5 - Determinação das atividades enzimáticas
• Manganês peroxidase
- Oxidação:
10mM MnSO4 (30ºC)
50mM malonato de sódio
Presença de 0,5 mM H2O2 e pH 4,5
 O íon mangânico forma complexo com o malonato,
o qual absorve 270nm 16
3. Materiais e Métodos
3.5 - Determinação das atividades enzimáticas
• Xilanase, amilase, pectinase e endoglucanase
- Açúcares redutores
- Hidrólise dos substratos:
Xilano
Amido
Pectina
Carboximetilcelulose
• β-glicosidase e β-xilosidase
- substratos sintéticos:
p-nitrofenil-β-glicopiranosídeo
p-nitrofenil-β-xilopiranosídeo 17
3. Materiais e Métodos
3.6 - Outros métodos analíticos
 Carboidratos solúveis totais
- Método fenol sulfúrico (glicose)
Açúcares redutores
- Método ácido 3,5 dinitrosalicílico (glicose)
18
3. Materiais e Métodos
19
3.7- Análises estatísticas
• Teste ANOVA
• Teste Tukey (p<0,05)
3. Materiais e Métodos
Resultados e discussão
20
4.1 - Efeito da umidade inicial no crescimento e
na produção de enzimas por P. ostreatus
20 a 35 °C
nenhuma diferença
foi observada
no crescimento
do fungo
Fungo cresceu
melhor entre
25 e 30 °C
cultivos foram
mantidos a 28 °C
e no escuro
21
● O desenvolvimento da biomassa fúngica foi
fortemente afetada pela umidade do substrato. Analises
visuais das culturas mostraram que o crescimento e
desenvolvimento foram mais precoces quando Ui >
75% .
● Umidade adequada:
Ui que permitiram completa colonização dos substratos
até o 10º dia de cultivo, a 28 º C.
22
4.1 - Efeito da umidade inicial no crescimento e
na produção de enzimas por P. ostreatus
● 75% < Ui < 80% da cultura
O fungo cresceu de forma homogênea nas partículas do
substrato sólido.
● Ui > 80%
O crescimento deu-se pela formação de uma massa micelial
espessa, acima do substrato. Tal massa micelial foi removida
do substrato residual, permitindo a determinação da
biomassa fúngica produzida.
23
4.1 - Efeito da umidade inicial no crescimento e
na produção de enzimas por P. ostreatus
A produção de diversas enzimas oxidativas e
hidrolíticas por P. ostreatus foi determinada após
10 dias de cultivo em cinco umidades iniciais
distintas.
24
4.1 - Efeito da umidade inicial no crescimento e
na produção de enzimas por P. ostreatus
Figura 1 - Efeito da umidade inicial na produção de enzimas
oxidativas por P. ostreatus cultivado em resíduo de laranja.
Os cultivos foram desenvolvidos a 28 °C por 10 dias
56,0 ± 4,3 U.g -1
6,50 ± 0,43 U.g -1
25
Figura 4.2 - Efeito da umidade inicial na produção enzimas
hidrolíticas por P. ostreatus cultivado em resíduo de
laranja. Os cultivos foram desenvolvidos a 28 °C por 10 dias
26
27
4.2 - Produção de biomassa e enzimas em
cultivos com 85% de umidade inicial
A característica de crescimento micelial superficial em
substrato com umidade inicial de 85% possibilitou a
separação da biomassa do resíduo de laranja
remanescente.
Valores de umidade superiores a 80%, o fungo se
desenvolveu nas camadas mais superficiais do substrato.
Desta forma, tal cultivo é mais propriamente considerado
como cultura de superfície.
A concentração de biomassa fúngica na superfície das
culturas permitiu que as mesmas fossem separadas do
substrato, e o crescimento pode ser avaliado pela
determinação direta da biomassa fúngica produzida
(Figura 4.3).
.
28
Figura 4.3 - Produção de enzimas e crescimento de P.
ostreatus em cultivos utilizando resíduo de laranja com
umidade inicial de 85%.
75 U.g -1
6,8 U.g -1
(?)
Máxima biomassa fúngica foi obtida após 20 dias de
cultivo (90 ± 5,7 mg.g-1
de substrato seco), com um
valor médio de 74 ± 5,6 mg.g-1
de substrato seco.
O fungo utiliza os açúcares redutores como fonte de
carbono nos primeiros 5 dias. Após este período,
quantidade desses açúcares permanece constante
(hidrólise dos polissacarídeos no resíduo).
Máxima atividade de lacase (75 U.g-1
de substrato
seco) foi obtida após 15 dias de cultivo, já o máximo de
atividade Mn peroxidase (6,8 U.g-1
substrato seco) foi
alcançado no 30º dia de cultivo.
29
4.2 - Produção de biomassa e enzimas em
cultivos com 85% de umidade inicial
30
4.2 - Produção de biomassa e enzimas em
cultivos com 85% de umidade inicial
A produção das enzimas xilanase e endoglucanase
pelo fungo, foi maior no 5º dia de cultivo, 0,65 ± 0,07
e 0,43 ± 0,05 U.mg-1
de substrato, respectivamente.
A produção de outras enzimas hidrolíticas, tais como:
amilase e pectinase, foi baixa (valores inferiores a
0,2 U.g-1
de substrato seco).
A redução na quantidade de carboidratos totais
solúveis nos meios de cultura (Figura 3), sugere que a
pectina esteja sendo degradada. Apesar dos resultados
não mostrarem uma efetiva produção de pectinases.
31
O meio à base de resíduo de laranja
proporcionou a obtenção de elevadas atividades
de enzimas com grande potencial de uso
industrial, especialmente lacase e manganês
peroxidase.
4.2 - Produção de biomassa e enzimas em
cultivos com 85% de umidade inicial
5. Considerações finais
Os resíduos de laranja gerados pela indústria de
sucos apresentam umidade superior a 80%;
O uso de resíduo de laranja serviu como um
substrato adequado para o cultivo de P. ostreatus e
produção das enzimas lacase e Mn peroxidase;
Altas atividades das enzimas foram produzidas em
períodos relativamente curtos;
Níveis mais altos da Mn peroxidase foram
detectados nos cultivos mais longos.
32
6. Etapas futuras
Novos experimentos devem ser realizados para
verificar se uma maior produção poderia ser obtida
em cultivos com tempos de incubação superiores a
30 dias;
O aproveitamento dos resíduos de laranja com
umidade inicial alta e sem a necessidade de
secagem prévia, reduziriam ainda mais os custos de
produção destas importantes enzimas.
33
7. Referências bibliográficas
Aproveitamento do resíduo de laranja para a
produção de enzimas
lignocelulolíticas por Pleurotus ostreatus (Jack:Fr)
Ana Maria ALEXANDRINO, Haroldo Garcia de FARIA,
Cristina
Giatti Marques de SOUZA, Rosane Marina PERALTA
Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos
Recebido para publicação em 1/8/2006 
Aceito para publicação em 23/4/2007 
Campinas, 27(2): 364-368, abr.-jun. 2007
34
BRIGADA!
35

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Seminário de enzimologia

  • 1. Aproveitamento do resíduo de laranja para a produção de enzimas lignocelulolíticas por Pleurotus ostreatus (Jack:Fr) Universidade Federal do Ceará Departamento de Tecnologia de Alimentos Disciplina: Enzimologia e Tecnologia das Fermentações Professora: Vanesca Frota Ana Beatriz Bezerra Moraes Ana Cláudia de Morais Lima Nascimento Ana Karoline Ferreira Leite Haysa Sales Rodrigues Rayane Rodrigues Sinara Lemos de Paiva
  • 2. 1. Introdução 2.Objetivos 3. Materiais e Métodos 4. Resultados e Discussão 5. Considerações Finais 6. Etapas Futuras 7. Referências Bibliográficas Sumário 2
  • 3. 1. Introdução 3 • Nos últimos anos, há um interesse crescente no uso de diversos resíduos agroindustriais; • Produção de diversas moléculas: proteínas microbianas, ácidos orgânicos, etanol, enzimas e metabólitos secundários biologicamente ativos; • Economicamente viável; • Reduz os problemas ambientais.
  • 4. 4 1. Introdução • A laranja está entre as frutas mais produzidas e consumidas no mundo; • A citricultura é uma das atividades agrícolas que mais vem se desenvolvendo na região noroeste do Paraná; • 34% da produção é transformada em suco; • Em grandes países produtores esta percentagem chega a 96%; • O resíduo equivale a 50% do peso da fruta e tem uma umidade aproximada de 82%.
  • 5. 5 1. Introdução • O resíduo de laranja é usado principalmente como complemento para ração animal; • Estes resíduos possuem utilização restrita; • Grande quantidade de água e alto custo de secagem; • Interesse das empresas em desenvolver mercado para bagaço cítrico úmido; • Os resíduos de laranja podem ser utilizados na obtenção de fertilizantes orgânicos, pectina, óleos essenciais, compostos com atividade antioxidante e várias enzimas (pectinases e amilases).
  • 6. 6 1. Introdução • Pleurotus spp.(Jack:Fr) Kumm. (Pleurotaceae, Basidiomicetes) é um grupo de cogumelos com alto valor nutricional; • São fungos causadores da podridão branca da madeira; • Degradam a lignina, um polímero fenólico recalcitrante encontrado nos vegetais; • Produzem enzimas lignocelulolíticas (lacases, Mn peroxidase e peroxidase versátil) .
  • 7. 7 1. Introdução • Cultura em estado sólido; • Possibilita a obtenção de elevadas atividades de enzimas, incluindo enzimas ligninolíticas; • O crescimento do microrganismo pode ocorrer na superfície ou em todo o substrato; • A escolha do substrato específico deve está relacionado ao custo e viabilidade; • O cultivo em substratos lignocelulósicos fornece elementos à nutrição fungica.
  • 8. 2. Objetivos 8 Neste trabalho foi proposto o uso de resíduos de laranja como substrato para a obtenção de enzimas hidrolíticas e oxidativas envolvidas na degradação de materiais lignocelulósicos, como: lacase (EC 1.10.3.2), manganês peroxidase (EC 1.11.1.14), xilanase (EC 3.2.1.8) e endo-1,4 glucanase (EC 3.2.1.4), por Pleurotus ostreatus cultivados em estado sólido.
  • 9. 3.1- Microorganismo ● Pleurotus ostreatus CCB2; ● Em laboratório, a espécie é mantida por repiques periódicos em ágar batata dextrose (BDA); ● Placas totalmente colonizadas, com até 2 semanas de idade; ● Discos com 10 mm de diâmetro; 3. Materiais e Métodos 9
  • 10. 3.2 - Preparo dos resíduos de laranja ● Indústrias de suco da região de Maringá – PR; ● Secagem (estufa de ventilação forçada 35° C – peso constante) e moagem; ● Após a Secagem: os resíduos foram triturados em partículas com diâmetro médio de 4 mm; 10 3. Materiais e Métodos
  • 11. 3.3 - Condições de cultivo 4g resíduo de laranja seco – (Erlenmeyer 250 mL); Foi adicionado Solução mineral ao substrato – (umidades iniciais variando de 50 a 90%); Os meios foram esterilizados em autoclave por 15 min. a 121 °C; 4 discos de 10 mm de diâmetro das culturas de P. ostreatus em BDA foram assepticamente transferidos para os frascos; 11 3. Materiais e Métodos
  • 12. 3.3 - Condições de cultivo As culturas foram mantidas em Temperaturas variáveis (20 – 35°C até 30 dias) na presença/ausência de luz; As culturas interrompidas a cada cinco dias; As massas miceliais foram retiradas com auxílio de uma espátula, lavadas com água destilada 2 vezes e secas em estufa a 60 °C até peso constante para determinação da biomassa. 12 3. Materiais e Métodos
  • 13. 3.4 - Extração das enzimas  Retirada da biomassa enzimas foram extraídas adicionada 20 mL de água destilada substrato culturas remanescentes;  Mantidos a 8°C sob agitação/30min.;  Materiais sólidos separados por filtração (gaze); 13 3. Materiais e Métodos
  • 14. 3.4 - Extração das enzimas  Filtrados foram centrifugados/10min;  Os sobrenadantes límpidos foram utilizados como fontes das enzimas. 14 3. Materiais e Métodos
  • 15. 3.5 - Determinação das atividades enzimáticas Lacase - Substrato sirigaldazina - Mistura: 1,5mL tampão fosfato (100 mM; pH 6,5) 0,2mL de sirigaldazina (0,5 mM em solução etanólica) 0,1mL de filtrado da cultura Oxidação após 5min e a 30ºC absorve em 525nm 15 3. Materiais e Métodos
  • 16. 3.5 - Determinação das atividades enzimáticas • Manganês peroxidase - Oxidação: 10mM MnSO4 (30ºC) 50mM malonato de sódio Presença de 0,5 mM H2O2 e pH 4,5  O íon mangânico forma complexo com o malonato, o qual absorve 270nm 16 3. Materiais e Métodos
  • 17. 3.5 - Determinação das atividades enzimáticas • Xilanase, amilase, pectinase e endoglucanase - Açúcares redutores - Hidrólise dos substratos: Xilano Amido Pectina Carboximetilcelulose • β-glicosidase e β-xilosidase - substratos sintéticos: p-nitrofenil-β-glicopiranosídeo p-nitrofenil-β-xilopiranosídeo 17 3. Materiais e Métodos
  • 18. 3.6 - Outros métodos analíticos  Carboidratos solúveis totais - Método fenol sulfúrico (glicose) Açúcares redutores - Método ácido 3,5 dinitrosalicílico (glicose) 18 3. Materiais e Métodos
  • 19. 19 3.7- Análises estatísticas • Teste ANOVA • Teste Tukey (p<0,05) 3. Materiais e Métodos
  • 21. 4.1 - Efeito da umidade inicial no crescimento e na produção de enzimas por P. ostreatus 20 a 35 °C nenhuma diferença foi observada no crescimento do fungo Fungo cresceu melhor entre 25 e 30 °C cultivos foram mantidos a 28 °C e no escuro 21
  • 22. ● O desenvolvimento da biomassa fúngica foi fortemente afetada pela umidade do substrato. Analises visuais das culturas mostraram que o crescimento e desenvolvimento foram mais precoces quando Ui > 75% . ● Umidade adequada: Ui que permitiram completa colonização dos substratos até o 10º dia de cultivo, a 28 º C. 22 4.1 - Efeito da umidade inicial no crescimento e na produção de enzimas por P. ostreatus
  • 23. ● 75% < Ui < 80% da cultura O fungo cresceu de forma homogênea nas partículas do substrato sólido. ● Ui > 80% O crescimento deu-se pela formação de uma massa micelial espessa, acima do substrato. Tal massa micelial foi removida do substrato residual, permitindo a determinação da biomassa fúngica produzida. 23 4.1 - Efeito da umidade inicial no crescimento e na produção de enzimas por P. ostreatus
  • 24. A produção de diversas enzimas oxidativas e hidrolíticas por P. ostreatus foi determinada após 10 dias de cultivo em cinco umidades iniciais distintas. 24 4.1 - Efeito da umidade inicial no crescimento e na produção de enzimas por P. ostreatus
  • 25. Figura 1 - Efeito da umidade inicial na produção de enzimas oxidativas por P. ostreatus cultivado em resíduo de laranja. Os cultivos foram desenvolvidos a 28 °C por 10 dias 56,0 ± 4,3 U.g -1 6,50 ± 0,43 U.g -1 25
  • 26. Figura 4.2 - Efeito da umidade inicial na produção enzimas hidrolíticas por P. ostreatus cultivado em resíduo de laranja. Os cultivos foram desenvolvidos a 28 °C por 10 dias 26
  • 27. 27 4.2 - Produção de biomassa e enzimas em cultivos com 85% de umidade inicial A característica de crescimento micelial superficial em substrato com umidade inicial de 85% possibilitou a separação da biomassa do resíduo de laranja remanescente. Valores de umidade superiores a 80%, o fungo se desenvolveu nas camadas mais superficiais do substrato. Desta forma, tal cultivo é mais propriamente considerado como cultura de superfície. A concentração de biomassa fúngica na superfície das culturas permitiu que as mesmas fossem separadas do substrato, e o crescimento pode ser avaliado pela determinação direta da biomassa fúngica produzida (Figura 4.3).
  • 28. . 28 Figura 4.3 - Produção de enzimas e crescimento de P. ostreatus em cultivos utilizando resíduo de laranja com umidade inicial de 85%. 75 U.g -1 6,8 U.g -1 (?)
  • 29. Máxima biomassa fúngica foi obtida após 20 dias de cultivo (90 ± 5,7 mg.g-1 de substrato seco), com um valor médio de 74 ± 5,6 mg.g-1 de substrato seco. O fungo utiliza os açúcares redutores como fonte de carbono nos primeiros 5 dias. Após este período, quantidade desses açúcares permanece constante (hidrólise dos polissacarídeos no resíduo). Máxima atividade de lacase (75 U.g-1 de substrato seco) foi obtida após 15 dias de cultivo, já o máximo de atividade Mn peroxidase (6,8 U.g-1 substrato seco) foi alcançado no 30º dia de cultivo. 29 4.2 - Produção de biomassa e enzimas em cultivos com 85% de umidade inicial
  • 30. 30 4.2 - Produção de biomassa e enzimas em cultivos com 85% de umidade inicial A produção das enzimas xilanase e endoglucanase pelo fungo, foi maior no 5º dia de cultivo, 0,65 ± 0,07 e 0,43 ± 0,05 U.mg-1 de substrato, respectivamente. A produção de outras enzimas hidrolíticas, tais como: amilase e pectinase, foi baixa (valores inferiores a 0,2 U.g-1 de substrato seco). A redução na quantidade de carboidratos totais solúveis nos meios de cultura (Figura 3), sugere que a pectina esteja sendo degradada. Apesar dos resultados não mostrarem uma efetiva produção de pectinases.
  • 31. 31 O meio à base de resíduo de laranja proporcionou a obtenção de elevadas atividades de enzimas com grande potencial de uso industrial, especialmente lacase e manganês peroxidase. 4.2 - Produção de biomassa e enzimas em cultivos com 85% de umidade inicial
  • 32. 5. Considerações finais Os resíduos de laranja gerados pela indústria de sucos apresentam umidade superior a 80%; O uso de resíduo de laranja serviu como um substrato adequado para o cultivo de P. ostreatus e produção das enzimas lacase e Mn peroxidase; Altas atividades das enzimas foram produzidas em períodos relativamente curtos; Níveis mais altos da Mn peroxidase foram detectados nos cultivos mais longos. 32
  • 33. 6. Etapas futuras Novos experimentos devem ser realizados para verificar se uma maior produção poderia ser obtida em cultivos com tempos de incubação superiores a 30 dias; O aproveitamento dos resíduos de laranja com umidade inicial alta e sem a necessidade de secagem prévia, reduziriam ainda mais os custos de produção destas importantes enzimas. 33
  • 34. 7. Referências bibliográficas Aproveitamento do resíduo de laranja para a produção de enzimas lignocelulolíticas por Pleurotus ostreatus (Jack:Fr) Ana Maria ALEXANDRINO, Haroldo Garcia de FARIA, Cristina Giatti Marques de SOUZA, Rosane Marina PERALTA Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos Recebido para publicação em 1/8/2006  Aceito para publicação em 23/4/2007  Campinas, 27(2): 364-368, abr.-jun. 2007 34