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A Contemporaneidade
Fazer o aluno compreender os rumos que tomaram a narrativa de ficção
contemporânea e quem foram alguns de seus principais representantes
O século XX assistiu a uma verdadeira revolução artística e literária. A arte já nas primeiras
décadas do século passado afastou-se da tradição. A narrativa ficcional se voltará para os
“problemas sociais do mundo moderno”, outras estarão preocupadas com o “mundo subjetivo do
protagonista” e outras ainda “experimentarão novos padrões lingüísticos”.
De qualquer maneira é D’Onofrio mais uma vez que vem em nosso auxílio. Sua explicação
sobre as novas espécies do gênero romance esclarecerão didaticamente como se comportou esse
gênero no século passado.
Teremos então o romance do Realismo socialista, "Por esta corrente estética, em direta
conexão com os princípios da doutrina político-social do Marxismo, o gênero narrativo, como a arte
em geral, é considerado uma superestrutura social que deve contribuir para a formação de uma
consciência ideológica.” (p. 430)
Máximo Gorki (1868-1936), romancista e escritor russo foi considerado o pai dessa vertente.
Já no romance de Realismo crítico os escritores se preocupam em representar
artisticamente os problemas sociais sem nenhum compromisso ideológico.(p.433) Um de se mais
importantes representantes e que dividiu sua vida entre o jornalismo e a literatura, foi Ernest
Hemingway ( 1898-1961). Uma das temáticas de seus romances foi falar sobre os horrores da
Primeira Guerra Mundial.
O romance de Realismo fantástico põe em relevo o que há de absurdo e desumano na
realidade individual e social... O principal romancista dessa modalidade estética é sem dúvida, Franz
Kafka. (p.435) Kafka (1888-1924) nasceu em Praga e sua obras mais conhecidas são A
Metamorfose e O Processo.
Também não podemos deixar de citar o prêmio Nobel de Literatura de 1982, o colombiano,
Gabriel García Márquez que nasceu em 1928 e faleceu em 2014. Em seu mais famoso romance, Cem
anos de solidão, o autor descreve a fundação e a destruição da cidade de Macondo
Para D’Onofrio,
Enquanto a narrativa das várias tendências “realistas” está preocupada
predominantemente com os problemas do viver social do homem, o romance
de fluxo da consciência tem por intuito a exploração da alma humana,
tentando desvendar os mistérios da presentificação da memória, do
subconsciente e do inconsciente.
p. 437
Essa vertente é do romance de instrospecção psicológica.
Virginia Woolf é uma das mais importantes representantes. Segundo D’Onofrio ela "abriu sua
residência num bairro nobre de Londres aos escritores e artistas, discutindo as teorias freudianas, as
ideias socialistas...e as mudanças de costumes após o fim da moral vitoriana." (p.438)
Por fim, Salvatore nos fala sobre a vertente do romance de experimentalismo formal.
"Nessa vertente da narrativa modernista, a linguagem não é mais considerada apenas um meio para
a representação do real, mas é criadora de novas realidades, pois utiliza signos sem referentes
extratextuais." "(...)O romance não tem mais por objeto de representação uma história linear, com
começo, meio e fim, mas é a transfiguração artística das associações de idéias e de sentimentos que
invadem o espírito dos personagens." (p.439)
Para D’Onofrio o pai dessa vertente é James Joyce (1882-1941). Nascido em Dublin tem em sua
obra mais famosa, "Ulisses, a epopéia do homem moderno, colocando perante nossos olhos todas as
áreas do conhecimento humano: reflexos filosóficas, perplexidades religiosas oscilantes(...),
consciência moral, ciências naturais e médicas, psicologia do subconsciente, política, sociologia,
economia, jornalismo, publicidade, literatura e artes plásticas." (p.440)
Ficou curioso? Caso você ainda não consiga ler ela no original em inglês, sugiro a brilhante
tradução do Caetano W. Galindo, pela editora Penguin-Companhia das Letras de 2012. São 1.106
páginas que o renomado tradutor levou 10 anos para traduzir. Fantástico não?
James Joyce
E o Brasil? Como se comportou nossa literatura diante desse universo complexo, diverso e
revolucionário?
Aqui apelaremos para Cademartori. Segundo a autora No Brasil, por volta dos anos 30, Carlos
Drummond de Andrade, Murilo Mendes e Jorge de Lima superam as inovações técnicas do
Modernismo. A ficção renova-se com o surto regionalista das obras José Lins do Rego de Graciliano
Ramos e Guimarães Rosa. A obra de cada um deles apresenta dicção própria.
(...)
Na diversidade da manifestação literária contemporânea,particularizam-se discursos como o de
Autran Dourado, Lygia Fagundes Telles, Nélida Piñon,na narrativa; Ferreira Gullar e Afonso Romano
de Sant’Anna na poesia. (ps.73-74)
Quer saber mais sobre a literatura brasileira contemporânea?
Consulte:
www.literatura.bluehosting.com.br/literaturabrasileirahoje.pdf
Excelente obra do jornalista e crítico literário Manuel da Costa Pinto. Nela ele elenca 30 poetas
e 30 prosadores contemporâneos.
Quiz
1 Qual o romance que põe em relevo o que há de absurdo e desumano na
realidade individual e social...?
Romance de Realismo socialista.
Romance de Realismo fantástico.
Romance de Realismo crítico. ?
Romance de introspecção psicológica.
2 Qual o romance que põe em relevo o que há de absurdo e desumano na
realidade individual e social...?
Romance de Realismo socialista.
Romance de Realismo fantástico.
Romance de Realismo crítico.
Romance de introspecção psicológica.
Referências
CADEMARTORI, Ligia. Períodos Literários. São Paulo: Ática, 2000.
D'ONOFRIO, Salvatore. Literatura Ocidental: autores e obras fundamentais. São Paulo: Ática, 1991.

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001 a contemporaneidade

  • 1. A Contemporaneidade Fazer o aluno compreender os rumos que tomaram a narrativa de ficção contemporânea e quem foram alguns de seus principais representantes O século XX assistiu a uma verdadeira revolução artística e literária. A arte já nas primeiras décadas do século passado afastou-se da tradição. A narrativa ficcional se voltará para os “problemas sociais do mundo moderno”, outras estarão preocupadas com o “mundo subjetivo do protagonista” e outras ainda “experimentarão novos padrões lingüísticos”. De qualquer maneira é D’Onofrio mais uma vez que vem em nosso auxílio. Sua explicação sobre as novas espécies do gênero romance esclarecerão didaticamente como se comportou esse gênero no século passado. Teremos então o romance do Realismo socialista, "Por esta corrente estética, em direta conexão com os princípios da doutrina político-social do Marxismo, o gênero narrativo, como a arte em geral, é considerado uma superestrutura social que deve contribuir para a formação de uma consciência ideológica.” (p. 430) Máximo Gorki (1868-1936), romancista e escritor russo foi considerado o pai dessa vertente. Já no romance de Realismo crítico os escritores se preocupam em representar artisticamente os problemas sociais sem nenhum compromisso ideológico.(p.433) Um de se mais importantes representantes e que dividiu sua vida entre o jornalismo e a literatura, foi Ernest Hemingway ( 1898-1961). Uma das temáticas de seus romances foi falar sobre os horrores da Primeira Guerra Mundial. O romance de Realismo fantástico põe em relevo o que há de absurdo e desumano na realidade individual e social... O principal romancista dessa modalidade estética é sem dúvida, Franz Kafka. (p.435) Kafka (1888-1924) nasceu em Praga e sua obras mais conhecidas são A Metamorfose e O Processo. Também não podemos deixar de citar o prêmio Nobel de Literatura de 1982, o colombiano, Gabriel García Márquez que nasceu em 1928 e faleceu em 2014. Em seu mais famoso romance, Cem anos de solidão, o autor descreve a fundação e a destruição da cidade de Macondo Para D’Onofrio, Enquanto a narrativa das várias tendências “realistas” está preocupada predominantemente com os problemas do viver social do homem, o romance de fluxo da consciência tem por intuito a exploração da alma humana, tentando desvendar os mistérios da presentificação da memória, do subconsciente e do inconsciente. p. 437 Essa vertente é do romance de instrospecção psicológica. Virginia Woolf é uma das mais importantes representantes. Segundo D’Onofrio ela "abriu sua residência num bairro nobre de Londres aos escritores e artistas, discutindo as teorias freudianas, as ideias socialistas...e as mudanças de costumes após o fim da moral vitoriana." (p.438) Por fim, Salvatore nos fala sobre a vertente do romance de experimentalismo formal.
  • 2. "Nessa vertente da narrativa modernista, a linguagem não é mais considerada apenas um meio para a representação do real, mas é criadora de novas realidades, pois utiliza signos sem referentes extratextuais." "(...)O romance não tem mais por objeto de representação uma história linear, com começo, meio e fim, mas é a transfiguração artística das associações de idéias e de sentimentos que invadem o espírito dos personagens." (p.439) Para D’Onofrio o pai dessa vertente é James Joyce (1882-1941). Nascido em Dublin tem em sua obra mais famosa, "Ulisses, a epopéia do homem moderno, colocando perante nossos olhos todas as áreas do conhecimento humano: reflexos filosóficas, perplexidades religiosas oscilantes(...), consciência moral, ciências naturais e médicas, psicologia do subconsciente, política, sociologia, economia, jornalismo, publicidade, literatura e artes plásticas." (p.440) Ficou curioso? Caso você ainda não consiga ler ela no original em inglês, sugiro a brilhante tradução do Caetano W. Galindo, pela editora Penguin-Companhia das Letras de 2012. São 1.106 páginas que o renomado tradutor levou 10 anos para traduzir. Fantástico não?
  • 3. James Joyce E o Brasil? Como se comportou nossa literatura diante desse universo complexo, diverso e revolucionário? Aqui apelaremos para Cademartori. Segundo a autora No Brasil, por volta dos anos 30, Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes e Jorge de Lima superam as inovações técnicas do Modernismo. A ficção renova-se com o surto regionalista das obras José Lins do Rego de Graciliano Ramos e Guimarães Rosa. A obra de cada um deles apresenta dicção própria. (...) Na diversidade da manifestação literária contemporânea,particularizam-se discursos como o de Autran Dourado, Lygia Fagundes Telles, Nélida Piñon,na narrativa; Ferreira Gullar e Afonso Romano
  • 4. de Sant’Anna na poesia. (ps.73-74) Quer saber mais sobre a literatura brasileira contemporânea? Consulte: www.literatura.bluehosting.com.br/literaturabrasileirahoje.pdf Excelente obra do jornalista e crítico literário Manuel da Costa Pinto. Nela ele elenca 30 poetas e 30 prosadores contemporâneos. Quiz 1 Qual o romance que põe em relevo o que há de absurdo e desumano na realidade individual e social...? Romance de Realismo socialista. Romance de Realismo fantástico. Romance de Realismo crítico. ? Romance de introspecção psicológica. 2 Qual o romance que põe em relevo o que há de absurdo e desumano na realidade individual e social...? Romance de Realismo socialista. Romance de Realismo fantástico. Romance de Realismo crítico. Romance de introspecção psicológica.
  • 5. Referências CADEMARTORI, Ligia. Períodos Literários. São Paulo: Ática, 2000. D'ONOFRIO, Salvatore. Literatura Ocidental: autores e obras fundamentais. São Paulo: Ática, 1991.