Este documento descreve a história da revista portuguesa Blitz desde sua fundação como um jornal em 1984 até sua atual forma como uma revista mensal. Detalha sua missão original de fornecer informações musicais ao leitor e sua popularidade entre leitores jovens. Também discute mudanças em sua direção ao longo do tempo e sua propriedade atual pelo grupo Impresa.
Comunicação para Projetos Culturais -- AULA 3 | Assessoria de imprensa: Laris...
Os Média Hoje: História da Blitz
1. Instituto do Emprego e Formação Profissional
Delegação Regional de Lisboa e Vale do Tejo
CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE SINTRA
VIVER EM PORTUGUÊS
Os Media hoje
MEIO DE COMUNICAÇÃO:
ESCRITO – REVISTA
REVISTA BLITZ!
3. Introdução
Pretendo, com este trabalho, apresentar um dos meios de comunicação que
ainda hoje em dia é muito utilizado a nível nacional, independentemente do
avanço das novas tecnologias – o meio de escrita – neste caso, a Blitz: Em
tempos, um jornal, hoje – uma revista, talvez a mais conhecida e culta na
área musical no nosso país.
4. História
A revista intitulada Blitz, sendo anteriormente um jornal, é de origem portuguesa e destina-se
a revelar as novidades do mundo da música a nível profissional, sendo forte em termos
culturais (quanto à cultura jovem).
Durante vários anos até à actualidade, destaca-se a Blitz como sendo o único jornal dedicado
à música publicado semanalmente em Portugal.
No estatuto editorial, publicado na primeira edição
no dia 6 de Novembro de 1984, afirmava-se: “ O
nosso projecto baseia-se em fornecer ao leitor o
máximo de informação e procurar fazer a divulgação
das mais atraentes aventuras da música
contemporânea. ”
Esta é a capa do primeiro número do Blitz (jornal).
5. Ao BLITZ se deve, em grande parte, a afirmação da
juventude como criadora e consumidora de uma cultura
autónoma, através da música, do cinema e de muitas outras
importantes manifestações estéticas das últimas duas
décadas.
No que respeita ao seu conteúdo, o BLITZ assume-se como
um jornal do seu tempo e do tempo vindouro, moderno e de
leitura fácil, abrangendo os mais diversos géneros musicais
de origem nacional e internacional, ao mesmo tempo que
dedica parte do seu espaço a outras actividades artísticas
que muito tocam a população jovem.
6. Julho de 1992: A Blitz reforça o seu projecto editorial, pois é adquirida pela
Controljornal (actual Grupo Impresa), sendo que este proporcionou-lhe uma
tecnologia avançada para o tratamento de cor, transportando o jornal para uma
nova fase do seu crescimento e a afirmação próxima do seu público-alvo.
Abril de 1995: São lançados os Prémios de Música BLITZ, sendo estes uma
iniciativa inédita no nosso país, que, pela primeira vez, e até 2001, premiou as
melhores edições discográficas e as melhores intervenções artísticas através da
votação de um júri constituído por mais de 200 músicos e profissionais da indústria
discográfica e dos media.
7. Julho de 2003: A BLITZ deu forma a uma das mais ambiciosas manobras da sua
existência – entrou numa nova fase que passou pela reformulação gráfica e editorial de
alguns conteúdos, isto é, passou a estar nas bancas com uma imagem renovada,
contemporânea e dinâmica, tudo para ilustrar um conteúdo cada vez mais interessante
para o leitor, e com o objectivo de aperfeiçoar uma imagem que parecia relativamente
gasta, segundo o director do jornal.
Este ano marcou o alargamento significativo da visibilidade do BLITZ, passando o
conteúdo do jornal a ser mostrado em antecipação em meios como a rádio e a televisão.
8. 2004: É comemorado o 20º aniversário do jornal.
Abril de 2006: O jornal (1984-2006) cessa durante algum tempo, passando depois a ser
editado no formato de revista, continuando a ser publicada até hoje.
9. Actualmente, a Blitz está expandida pelos diversos meios de comunicação, não só sendo
publicada em revista, mas assim como também é apresentada como programa de rádio,
programa televisivo (Blitz TV) e online (site da Blitz: http://blitz.aeiou.pt ).
A Blitz TV estreou em Maio de 2010 na SIC Notícias, tendo como foco principal as notícias
do mundo da música, entrevistas, concertos e destaques musicais.
Com periodicidade semanal, o formato
televisivo tem uma duração entre 15 e 20
minutos, produzido pela SubFilmes, e tem
direito a quatro repetições ao longo da
semana.
10. Notícias, Fórum, Agenda, Festivais, Artistas de A a Z, Classificados, Galerias, Blitz TV, Edição Impressa, F.A.Q. são as secções e
conteúdos que este sítio oferece. Permite ligação aos sítios do Expresso, da Visão, entre outros.
11. Periodicidade/Tiragem
Periodicidade: Mensal (a partir de 21 de Junho de 2006)
Tiragem: A média de exemplares vendidos por edição é de 13.289.
A Blitz, ainda em formato de jornal, cessou em 2005 com uma circulação paga
de 6.802 exemplares, menos 1.153 do que em 2004, o que representou uma
queda de 14,5%.
12. Popularidade
A BLITZ mantém a liderança no segmento Cultura & Espectáculos (2011), sendo a mais
vendida, e estando à frente da Time Out e da Première.
Os resultados divulgados pela Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e
Circulação - respeitantes ao período entre janeiro de agosto de 2011 apontam para uma
circulação paga média (revistas vendidas por edição) acima dos 13 mil exemplares.
13. Com uma certa predominância de leitores do sexo masculino, o público da BLITZ pertence
na sua grande maioria à classe C1, sendo estudante, possuindo alguma ligação a actividades
musicais e artísticas, e situando-se essencialmente nos grandes centros urbanos, com
particular incidência em Lisboa, Porto e Setúbal, estendendo-se ainda a cidades como
Coimbra, Braga e Aveiro.
14. Direcção/
A Blitz, enquanto jornal, foi fundado em Novembro de 1984 pelos jornalistas:
Manuel Falcão, que foi o seu primeiro director (estando hoje numa agência de meios, a
Nova Expressão);
Rui Monteiro (assumiu o cargo de director em Setembro de 1988; encontra-se
actualmente na Time Out);
Cândida Teresa (directora gráfica até ao final de 1999);
Um profissional da indústria discográfica - João Afonso – o qual abandonou a publicação
em 1985, e tinha no seu quadro inicial colaborações de, entre outros, António Pires, Luís
Pinheiro de Almeida, Luís Vitta, Ana Cristina Ferrão, Rui Neves, e fotografia de Alfredo
Cunha e Luís Vasconcelos.
15. Actualmente, Miguel Francisco Cadete é o novo director da Blitz desde 2006, após o seu
director interino, Vítor Rainho, ter renunciado ao cargo.
Alguns dos seus objectivos, enquanto director, são o reforço da marca 'Blitz'", a reactivação
dos prémios do jornal e a reformulação do site.
Miguel Cadete também é crítico de música no Expresso, sendo que, no passado, já tinha
integrado a redacção do Blitz (anos 80). Foi também crítico musical do jornal Público.
A Blitz é propriedade do grupo Impresa, que também detém o Expresso.
"Constatou-se que era inviável um jornal de música semanal em Portugal" ,
disse Cadete.
A decisão desta reformulação deveu-se à quebra de circulação do jornal nos
últimos anos e à tentativa de seguir, por outro lado, a tendência dos mercados
internacionais.
16. Proprietária/Editora:
Medipress - Sociedade Jornalística e Editorial, Lda.
Conselho de Gerência: Francisco Pinto Balsemão, Pedro Norton, Francisco Maria Balsemão, José
Carlos Lourenço, Mónica Balsemão,
Paulo de Saldanha
Composição do Capital da Entidade Proprietária:
Impresa Publishing, SA - 100%
Secretária de Direcção
Ana Paula Fernandes
Directora Comercial
Maria João Peixe Dias
Director Coordenador de Publicidade
Manuel Geraldes
Coordenador de Publicidade
Hugo Rodrigues
19. Conclusão
Após uma viagem ao mundo da Blitz, pode-se ter uma visão positiva a nível de
sucesso, no que se refere aos seus objectivos, conteúdos e popularidade.
A tal revista, poder-se-á concluir que a esta se deve, maioritariamente, a afirmação
da juventude como sendo criadora e consumidora de uma cultura autónoma,
através da música e outras artes nos últimos anos.
Ler a Blitz é ser transportado para o mundo da música que todos crescemos a ouvir.